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Hortaliças não-convencionais na Amazônia

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Page 1: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Hortaliças não-convencionais

na Amazônia

ESTA CARTILHA FOI CRIADA PARA INTRODUZIR CONCEITOS GERAIS SOBRE AS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS.

ELA FOI PRODUZIDA A PARTIR DA PESQUISA CIENTÍFICA E DO CONHECIMENTO TRADICIONAL AMAZÔNICO.

AAssociação dos Moradores e Agricultores da Comunidade do Uberê do Puraquequara

AMACUP

Parceiros:

Page 2: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

AS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS

O que são hortaliças não-convencionais? Algo chamado de convencional é aquilo que é amplamente conhecido e aceito pela população de um local. No caso das hortaliças, podemos dizer que a alface, o repolho e a rúcula, por exemplo, são convencionais pois todo mundo conhece e pode encontrá-las em qualquer feira ou supermercado. Em contraposição, hortaliças que poucas pessoas conhecem ou que são difíceis de encontrar no mercado são chamadas de hortaliças não-convencionais. Mas a condição de ser convencional ou não pode mudar de uma região para outra e em diferentes épocas. O Jambu, por exemplo, muito conhecido na região norte e usado em vários pratos regionais, portanto aqui ela é considerada convencional, mas em São Paulo ela não é nada convencional pois quase ninguém usa. Outro exemplo é a rúcula, que há algumas décadas não era consumida em larga escala no Brasil, mas aos poucos foi sendo introduzida no mercado, e a produção foi aumentando até que hoje ela se tornou uma das principais hortaliças convencionais do prato dos brasileiros. A seguir você verá vários exemplos de hortaliças não convencionais que têm grande potencial de se tornarem convencionais conforme a produção for crescendo e as pessoas forem experimentando e gostando.

Porque produzir hortaliças não-convencionais? As hortaliças convencionais precisam de muita água, muito adubo, e não suportam calor e seca, além de serem muito atacadas por pragas. Isso faz com que a sua produção na terra firme da região amazônica seja difícil e muito cara, pois o calor é muito forte, nem sempre existe água perto, o solo é pobre em nutrientes e existem muitas pragas como fungos, lagartas e insetos que danificam as folhas. Quem já fez horta sabe das dificuldades!

DICAS PARA A PRODUÇÃO DAS

HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS

ONDE PLANTAR AS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS? As hortaliças apresentadas aqui podem ser produzidas em leiras como as hortaliças convencionais ou podem ser plantadas em covas espalhadas pela propriedade. É importante aproveitar os espaços que a propriedade já tem e, por exemplo, plantar as espécies de sombra, como a taioba e o inhame, debaixo das árvores do quintal ou de um plantio de ingá, cupuaçu, urucu, etc. Mas cada espécie tem uma preferência, umas devem ser plantadas na sombra e outras precisam de muito sol. Veja nas próximas páginas qual o ambiente que cada espécie gosta mais.

ESTAS HORTALIÇAS PRECISAM DE ADUBO? Estas espécies são muito rústicas, ou seja, se desenvolvem facilmente e são pouco exigentes em nutrientes. Mas como qualquer planta elas precisam de água e de matéria orgânica. Para que as plantas cresçam rápido e sejam vistosas coloque muita matéria orgânica sobre a leira ou dentro da cova e ao redor da planta. Podem ser usadas folhas secas, esterco de galinha (com cautela para não “queimar” as plantas), composto orgânico, terra preta, paú e restos de madeira. Quanto mais matéria orgânica melhor! Os melhores adubos são os naturais pois os adubos químicos possuem muitas substâncias venenosas para as pessoas. Usando adubos e defensivos naturais você estará garantindo que os consumidores terão alimentos saudáveis livres de venenos e que você estará mantendo a sua saúde. É importante deixar sempre o solo coberto com palha seca e folhas pois elas o protegem contra os pingos da chuva e contra o sol forte que esquenta a terra e pode “cozinhar” as raízes e

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Page 3: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

as folhas das hortaliças. Mantenha o solo sempre coberto com palha e folhas secas! O QUE É PRODUÇÃO ORGÂNICA? Ao contrário da agricultura tradicional, a produção orgânica não utiliza substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Não são utilizados fertilizantes, inseticidas, herbicidas e adubos químicos, nem qualquer tipo de agrotóxico e sementes transgênicas. Para ser considerado orgânico, o produto tem que ser produzido em um ambiente que siga os princípios agroecológicos que envolvem o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando também as relações sociais e culturais. A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo e garantir a saúde do produtor e do consumidor.

O QUE PODE SER PRODUZIDO DE FORMA ORGÂNICA? Pode-se produzir qualquer alimento de forma orgânica, tanto de origem vegetal quanto animal. Portanto, além das hortaliças, frutas e legumes, pode-se produzir também ovos, frangos e porcos orgânicos. Para uma produção orgânica ideal, toda a propriedade deve estar em harmonia com o meio ambiente, portanto preservar as matas ciliares e florestas nativas é também uma atitude que contribui para uma boa produção.

QUAIS AS VANTAGENS DA PRODUÇÃO ORGÂNICA? MENOR RISCO PARA A SAÚDE DO PRODUTOR E DO CONSUMIDOR A própria palavra “agro-tóxico” já diz que é uma substância tóxica, ou seja, venenosa. E esse veneno afeta o meio ambiente, contaminando o solo, a água e o ar, afeta a saúde dos produtores que respiram constantemente essas substâncias e por fim afeta a saúde de todos os consumidores que se alimentam diariamente desses produtos. Muitas pesquisas já identificaram que os agrotóxicos podem causar diversos problemas de saúde aos produtores como: falha no sistema nervoso, tumores, catarata, dificuldade respiratória, entre outras doenças

Muitas das hortaliças não convencionais são nativas da Amazônia, ou seja, evoluíram neste ambiente e por isso são adaptadas às condições do solo e do clima daqui. Elas também são bastante resistentes às pragas pois evoluíram junto com os insetos da região e ao longo do tempo foram criando defesas naturais e resistência contra eles. Mesmo aquelas espécies que não são nativas da Amazônia, são espécies rústicas que se adaptaram ao nosso clima e solo. Por estes motivos as hortaliças não-convencionais podem ser mais facilmente produzidas sem agrotóxicos, e portanto são mais saudáveis para o consumidor e para o produtor!

As hortaliças não-convencionais são nutritivas? As hortaliças em geral possuem muitas vitaminas e minerais e pouca gordura por isso são importantes para a prevenção contra diversas doenças e para manter uma vida saudável. O homem há muito tempo seleciona as plantas que come para produzir alimentos com as características que ele prefere. Por exemplo, quando comemos uma manga muito docinha e suculenta, guardamos a semente para plantar em casa pois sabemos que o pé que vai nascer dará frutas igualmente saborosas. Isso é uma forma de melhoramento. Atualmente o homem tem usado esse conhecimento para melhorar a produção e selecionar plantas que cresçam rápido e conseqüentemente dêem lucro também mais rápido. Mas para fazer isso o homem deixou de se preocupar com a qualidade da produção e selecionou variedades que conseguem acumular muita água para crescer mais que o normal e rápido, e por isso acabam ficando sem gosto, aguadas e pouco nutritivas. Você já percebeu a diferença de sabor entre o tomate comum e o tomate cereja? O tomate cereja, que é menor, é muito mais saboroso que o outro, o outro possui muito mais água do que nutrientes. Mas este processo ainda não aconteceu com as hortaliças não-convencionais, que por isso continuam sendo muito nutritivas. Cada espécie tem uma característica diferente, e nas próximas páginas você vai poder conhecer um pouco mais sobre elas.

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AS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS

O que são hortaliças não-convencionais? Algo chamado de convencional é aquilo que é amplamente conhecido e aceito pela população de um local. No caso das hortaliças, podemos dizer que a alface, o repolho e a rúcula, por exemplo, são convencionais pois todo mundo conhece e pode encontrá-las em qualquer feira ou supermercado. Em contraposição, hortaliças que poucas pessoas conhecem ou que são difíceis de encontrar no mercado são chamadas de hortaliças não-convencionais. Mas a condição de ser convencional ou não pode mudar de uma região para outra e em diferentes épocas. O Jambu, por exemplo, muito conhecido na região norte e usado em vários pratos regionais, portanto aqui ela é considerada convencional, mas em São Paulo ela não é nada convencional pois quase ninguém usa. Outro exemplo é a rúcula, que há algumas décadas não era consumida em larga escala no Brasil, mas aos poucos foi sendo introduzida no mercado, e a produção foi aumentando até que hoje ela se tornou uma das principais hortaliças convencionais do prato dos brasileiros. A seguir você verá vários exemplos de hortaliças não convencionais que têm grande potencial de se tornarem convencionais conforme a produção for crescendo e as pessoas forem experimentando e gostando.

Porque produzir hortaliças não-convencionais? As hortaliças convencionais precisam de muita água, muito adubo, e não suportam calor e seca, além de serem muito atacadas por pragas. Isso faz com que a sua produção na terra firme da região amazônica seja difícil e muito cara, pois o calor é muito forte, nem sempre existe água perto, o solo é pobre em nutrientes e existem muitas pragas como fungos, lagartas e insetos que danificam as folhas. Quem já fez horta sabe das dificuldades!

DICAS PARA A PRODUÇÃO DAS

HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS

ONDE PLANTAR AS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS? As hortaliças apresentadas aqui podem ser produzidas em leiras como as hortaliças convencionais ou podem ser plantadas em covas espalhadas pela propriedade. É importante aproveitar os espaços que a propriedade já tem e, por exemplo, plantar as espécies de sombra, como a taioba e o inhame, debaixo das árvores do quintal ou de um plantio de ingá, cupuaçu, urucu, etc. Mas cada espécie tem uma preferência, umas devem ser plantadas na sombra e outras precisam de muito sol. Veja nas próximas páginas qual o ambiente que cada espécie gosta mais.

ESTAS HORTALIÇAS PRECISAM DE ADUBO? Estas espécies são muito rústicas, ou seja, se desenvolvem facilmente e são pouco exigentes em nutrientes. Mas como qualquer planta elas precisam de água e de matéria orgânica. Para que as plantas cresçam rápido e sejam vistosas coloque muita matéria orgânica sobre a leira ou dentro da cova e ao redor da planta. Podem ser usadas folhas secas, esterco de galinha (com cautela para não “queimar” as plantas), composto orgânico, terra preta, paú e restos de madeira. Quanto mais matéria orgânica melhor! Os melhores adubos são os naturais pois os adubos químicos possuem muitas substâncias venenosas para as pessoas. Usando adubos e defensivos naturais você estará garantindo que os consumidores terão alimentos saudáveis livres de venenos e que você estará mantendo a sua saúde. É importante deixar sempre o solo coberto com palha seca e folhas pois elas o protegem contra os pingos da chuva e contra o sol forte que esquenta a terra e pode “cozinhar” as raízes e

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Page 5: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

as folhas das hortaliças. Mantenha o solo sempre coberto com palha e folhas secas! O QUE É PRODUÇÃO ORGÂNICA? Ao contrário da agricultura tradicional, a produção orgânica não utiliza substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Não são utilizados fertilizantes, inseticidas, herbicidas e adubos químicos, nem qualquer tipo de agrotóxico e sementes transgênicas. Para ser considerado orgânico, o produto tem que ser produzido em um ambiente que siga os princípios agroecológicos que envolvem o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando também as relações sociais e culturais. A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo e garantir a saúde do produtor e do consumidor.

O QUE PODE SER PRODUZIDO DE FORMA ORGÂNICA? Pode-se produzir qualquer alimento de forma orgânica, tanto de origem vegetal quanto animal. Portanto, além das hortaliças, frutas e legumes, pode-se produzir também ovos, frangos e porcos orgânicos. Para uma produção orgânica ideal, toda a propriedade deve estar em harmonia com o meio ambiente, portanto preservar as matas ciliares e florestas nativas é também uma atitude que contribui para uma boa produção.

QUAIS AS VANTAGENS DA PRODUÇÃO ORGÂNICA? MENOR RISCO PARA A SAÚDE DO PRODUTOR E DO CONSUMIDOR A própria palavra “agro-tóxico” já diz que é uma substância tóxica, ou seja, venenosa. E esse veneno afeta o meio ambiente, contaminando o solo, a água e o ar, afeta a saúde dos produtores que respiram constantemente essas substâncias e por fim afeta a saúde de todos os consumidores que se alimentam diariamente desses produtos. Muitas pesquisas já identificaram que os agrotóxicos podem causar diversos problemas de saúde aos produtores como: falha no sistema nervoso, tumores, catarata, dificuldade respiratória, entre outras doenças

Muitas das hortaliças não convencionais são nativas da Amazônia, ou seja, evoluíram neste ambiente e por isso são adaptadas às condições do solo e do clima daqui. Elas também são bastante resistentes às pragas pois evoluíram junto com os insetos da região e ao longo do tempo foram criando defesas naturais e resistência contra eles. Mesmo aquelas espécies que não são nativas da Amazônia, são espécies rústicas que se adaptaram ao nosso clima e solo. Por estes motivos as hortaliças não-convencionais podem ser mais facilmente produzidas sem agrotóxicos, e portanto são mais saudáveis para o consumidor e para o produtor!

As hortaliças não-convencionais são nutritivas? As hortaliças em geral possuem muitas vitaminas e minerais e pouca gordura por isso são importantes para a prevenção contra diversas doenças e para manter uma vida saudável. O homem há muito tempo seleciona as plantas que come para produzir alimentos com as características que ele prefere. Por exemplo, quando comemos uma manga muito docinha e suculenta, guardamos a semente para plantar em casa pois sabemos que o pé que vai nascer dará frutas igualmente saborosas. Isso é uma forma de melhoramento. Atualmente o homem tem usado esse conhecimento para melhorar a produção e selecionar plantas que cresçam rápido e conseqüentemente dêem lucro também mais rápido. Mas para fazer isso o homem deixou de se preocupar com a qualidade da produção e selecionou variedades que conseguem acumular muita água para crescer mais que o normal e rápido, e por isso acabam ficando sem gosto, aguadas e pouco nutritivas. Você já percebeu a diferença de sabor entre o tomate comum e o tomate cereja? O tomate cereja, que é menor, é muito mais saboroso que o outro, o outro possui muito mais água do que nutrientes. Mas este processo ainda não aconteceu com as hortaliças não-convencionais, que por isso continuam sendo muito nutritivas. Cada espécie tem uma característica diferente, e nas próximas páginas você vai poder conhecer um pouco mais sobre elas.

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graves, além de provocar a má formação de fetos. Os mais perigosos agrotóxicos são os inseticidas organofosforados, carbamatos, fungicidas ditiocarbamatos, herbicidas fenoxiacéticos e dipiridílicos, e fumegantes brometo de metila e fosfeto de alumínio. Talvez você ainda não conheça essas palavras difíceis, mas pode encontrá-las no rótulo dos agrotóxicos, portanto, fique de olho aberto pois estes são os maiores responsáveis por intoxicações nas zonas rurais do Brasil! ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS Por não utilizarem substancias tóxicas na produção, os produtos orgânicos são mais saudáveis e mais saborosos e possuem mais vitaminas e minerais que os alimentos comuns. Atualmente tem crescido a preocupação do consumidor em ter uma alimentação saudável, e por isso a procura por alimentos orgânicos tem crescido muito. A figura abaixo representa a mesa do brasileiro hoje em dia, repleta de agrotóxicos e outras substâncias nocivas para a saúde. Mas nós podemos mudar este cenário!

ONDE PODEM SER COMERCIALIZADOS? • Feiras livres • Cestas diretas ao consumidor • Restaurantes • Escolas – Merenda escolar

Na região Norte apenas 1% da produção agrícola é orgânica, ou seja, praticamente tudo o que comemos tem agrotóxico. Portanto o mercado de orgânicos está em expansão e tem espaço aberto para quem quiser entrar. Os produtos podem ser vendidos diretamente ao produtor em feiras livres – Manaus possui várias feiras de produtores e três feiras específicas para produtos orgânicos. Pode ser vendido para restaurantes que têm preocupação em valorizar os seus pratos e marcar uma posição de responsabilidade dos estabelecimentos por estimularem o desenvolvimento sustentável. Existe hoje uma preocupação do governo em incluir na merenda escolar produtos vindos da agricultura familiar local e inclusive das produções orgânicas.

COMO SE LIVRAR DAS PRAGAS SEM INSETICIDAS QUÍMICOS? Existem muitos inseticidas, herbicidas e adubos orgânicos naturais que podem ser utilizados para melhorar a produção. Alguns exemplos são: - Plantar gergelim para combater o ataque de formigas; - Caldo de fumo e sabão contra lagartas; - Macerado de urtigas contra pulgões; - Adubo orgânico = esterco de galinha + húmus + cinza + terra preta + composto; Com certeza você já conhece muitas outras receitas! Mas se quiserem saber mais sobre os inseticidas, herbicidas e adubos orgânicos perguntem à equipe técnica que poderá ensinar muitas receitas. Se você quiser saber mais sobre orgânicos, visite este site na internet:

www.prefiraorganicos.com.br

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graves, além de provocar a má formação de fetos. Os mais perigosos agrotóxicos são os inseticidas organofosforados, carbamatos, fungicidas ditiocarbamatos, herbicidas fenoxiacéticos e dipiridílicos, e fumegantes brometo de metila e fosfeto de alumínio. Talvez você ainda não conheça essas palavras difíceis, mas pode encontrá-las no rótulo dos agrotóxicos, portanto, fique de olho aberto pois estes são os maiores responsáveis por intoxicações nas zonas rurais do Brasil! ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS Por não utilizarem substancias tóxicas na produção, os produtos orgânicos são mais saudáveis e mais saborosos e possuem mais vitaminas e minerais que os alimentos comuns. Atualmente tem crescido a preocupação do consumidor em ter uma alimentação saudável, e por isso a procura por alimentos orgânicos tem crescido muito. A figura abaixo representa a mesa do brasileiro hoje em dia, repleta de agrotóxicos e outras substâncias nocivas para a saúde. Mas nós podemos mudar este cenário!

ONDE PODEM SER COMERCIALIZADOS? • Feiras livres • Cestas diretas ao consumidor • Restaurantes • Escolas – Merenda escolar

Na região Norte apenas 1% da produção agrícola é orgânica, ou seja, praticamente tudo o que comemos tem agrotóxico. Portanto o mercado de orgânicos está em expansão e tem espaço aberto para quem quiser entrar. Os produtos podem ser vendidos diretamente ao produtor em feiras livres – Manaus possui várias feiras de produtores e três feiras específicas para produtos orgânicos. Pode ser vendido para restaurantes que têm preocupação em valorizar os seus pratos e marcar uma posição de responsabilidade dos estabelecimentos por estimularem o desenvolvimento sustentável. Existe hoje uma preocupação do governo em incluir na merenda escolar produtos vindos da agricultura familiar local e inclusive das produções orgânicas.

COMO SE LIVRAR DAS PRAGAS SEM INSETICIDAS QUÍMICOS? Existem muitos inseticidas, herbicidas e adubos orgânicos naturais que podem ser utilizados para melhorar a produção. Alguns exemplos são: - Plantar gergelim para combater o ataque de formigas; - Caldo de fumo e sabão contra lagartas; - Macerado de urtigas contra pulgões; - Adubo orgânico = esterco de galinha + húmus + cinza + terra preta + composto; Com certeza você já conhece muitas outras receitas! Mas se quiserem saber mais sobre os inseticidas, herbicidas e adubos orgânicos perguntem à equipe técnica que poderá ensinar muitas receitas. Se você quiser saber mais sobre orgânicos, visite este site na internet:

www.prefiraorganicos.com.br

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Araruta (Maranta arundinacea) Espécies Nativas

Origem: regiões tropicais da América do Sul.

Como cultivar: por ser uma planta rústica, sua produção é alta mesmo em solos arenosos, mas precisa sempre de adição de matéria orgânica. Pode ser cultivada na sombra ou no sol, e gosta de solos úmidos mas não encharcados.

Sugestões de consumo:

mingaus

da raiz (foto ao lado) se fabrica polvilho e farinha, usados no preparo de

, bolos, biscoitos, pão de queijo, broas, sequilhos, brevidades e sopas.

Propriedades

: é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação.

Ariá (Calathea allouia)

Espécies Nativas

Origem: América tropical

Como cultivar:

Fazer covas grandes com bastante matéria orgânica - paú e terra preta, deixando a terra fofa para permitir o desenvolvimento das raízes. Pode ser cultivado a meia-sombra ou a pleno sol, podendo fazer parte de Sistemas Agroflorestais e quintais. É uma espécie semi-perene, que forma grandes touceiras que produzem de 20 a 30 batatas.

Sugestões de consumo: as raízes tuberosas são como deliciosas batatas, que podem ser consumidas cozidas, fritas ou utilizadas para fazer purês, sopas, e caldeiradas, etc.

Propriedades

: possui composição nutricional comparada à batatinha portuguesa, mas a qualidade da sua proteína é muito superior.

Foto: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

Fotos: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

À esquerda, planta do Ariá com suas bonitas folhas. À direita, detalhe das raízes do Ariá recém tiradas do solo.

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À esquerda exemplo de comercialização de fécula de araruta. À direita, biscoitos feitos com a fécula.

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Araruta (Maranta arundinacea) Espécies Nativas

Origem: regiões tropicais da América do Sul.

Como cultivar: por ser uma planta rústica, sua produção é alta mesmo em solos arenosos, mas precisa sempre de adição de matéria orgânica. Pode ser cultivada na sombra ou no sol, e gosta de solos úmidos mas não encharcados.

Sugestões de consumo:

mingaus

da raiz (foto ao lado) se fabrica polvilho e farinha, usados no preparo de

, bolos, biscoitos, pão de queijo, broas, sequilhos, brevidades e sopas.

Propriedades

: é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação.

Ariá (Calathea allouia)

Espécies Nativas

Origem: América tropical

Como cultivar:

Fazer covas grandes com bastante matéria orgânica - paú e terra preta, deixando a terra fofa para permitir o desenvolvimento das raízes. Pode ser cultivado a meia-sombra ou a pleno sol, podendo fazer parte de Sistemas Agroflorestais e quintais. É uma espécie semi-perene, que forma grandes touceiras que produzem de 20 a 30 batatas.

Sugestões de consumo: as raízes tuberosas são como deliciosas batatas, que podem ser consumidas cozidas, fritas ou utilizadas para fazer purês, sopas, e caldeiradas, etc.

Propriedades

: possui composição nutricional comparada à batatinha portuguesa, mas a qualidade da sua proteína é muito superior.

Foto: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

Fotos: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

À esquerda, planta do Ariá com suas bonitas folhas. À direita, detalhe das raízes do Ariá recém tiradas do solo.

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À esquerda exemplo de comercialização de fécula de araruta. À direita, biscoitos feitos com a fécula.

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Bertalha (Basella alba) Espécies Introduzidas

Origem: nativa da Ásia tropical

Como cultivar: em canteiros e covas bem adubadas (matéria orgânica).

Sugestões de consumo: os ramos e folhas podem ser consumidos como o espinafre, em sopas ou saladas. Escaldar as folhas duas vezes com água quente e depois refogar com o tempero de seu gosto.

Propriedades

: excelente fonte de vitamina A e C, e rica em cálcio, zinco e iodo.

Cariru (Talinum fruticosum)

Espécies Introduzidas

Origem: África tropical.

Como cultivar: preferencialmente à meia-sombra, com irrigação, embora também se adapte a áreas abertas. Se propaga por estaca – é só cortar os talos jovens ainda moles e colocar na terra que em algumas semanas você terá um novo pé de Cariru. Eles formam grandes moitas, portanto deixe espaço suficiente em sua horta para eles se propagarem.

Sugestões de consumo:

As folhas e talos podem ser consumidos com feijão, sopas e ensopados. Coloque algumas folhas e talos picadinhos do Cariru para deixar os ensopados mais saborosos e nutritivos.

Propriedades

: rico em vitaminas A, B e C, além de sais de cálcio, fósforo e ferro, pode ser utilizado na alimentação das crianças, para ajudar na formação de ossos e dentes; em casos de anemia e como fonte de vitaminas.

Aspecto geral de uma planta de Bertalha, que tem crescimento parecido com o de cipós. Foto: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

Detalhe de uma muda de Bertalha plantada no lote do Sr. Francisco do P.A. Água Branca. Foto: Catarina Jakovac, MUSA

Touceira de Cariru, destacando suas flores rosas.

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Bertalha (Basella alba) Espécies Introduzidas

Origem: nativa da Ásia tropical

Como cultivar: em canteiros e covas bem adubadas (matéria orgânica).

Sugestões de consumo: os ramos e folhas podem ser consumidos como o espinafre, em sopas ou saladas. Escaldar as folhas duas vezes com água quente e depois refogar com o tempero de seu gosto.

Propriedades

: excelente fonte de vitamina A e C, e rica em cálcio, zinco e iodo.

Cariru (Talinum fruticosum)

Espécies Introduzidas

Origem: África tropical.

Como cultivar: preferencialmente à meia-sombra, com irrigação, embora também se adapte a áreas abertas. Se propaga por estaca – é só cortar os talos jovens ainda moles e colocar na terra que em algumas semanas você terá um novo pé de Cariru. Eles formam grandes moitas, portanto deixe espaço suficiente em sua horta para eles se propagarem.

Sugestões de consumo:

As folhas e talos podem ser consumidos com feijão, sopas e ensopados. Coloque algumas folhas e talos picadinhos do Cariru para deixar os ensopados mais saborosos e nutritivos.

Propriedades

: rico em vitaminas A, B e C, além de sais de cálcio, fósforo e ferro, pode ser utilizado na alimentação das crianças, para ajudar na formação de ossos e dentes; em casos de anemia e como fonte de vitaminas.

Aspecto geral de uma planta de Bertalha, que tem crescimento parecido com o de cipós. Foto: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

Detalhe de uma muda de Bertalha plantada no lote do Sr. Francisco do P.A. Água Branca. Foto: Catarina Jakovac, MUSA

Touceira de Cariru, destacando suas flores rosas.

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Cubiu (Solanum sessiliflorum)

Espécies Nativas

Origem: Amazônia Ocidental. Como cultivar: cresce bem em regiões de clima quente e úmido. Esta planta é muito rústica, se dando bem em solos pobre ou ricos, argilosos ou arenosos. A frutificação é maior quando plantado a pleno sol. É nativa da Amazîonia e por isso é muito fácil de ser cultivada aqui, sem necessidade de cuidados especiais. Sugestões de consumo: pode ser consumido ao natural na forma de saladas. Pode ser feito um delicioso suco batido em liquidificador com água, leite ou associado com outras frutas. Podem ser utilizados também na confecção de doces, geléias, compotas, bolos e sorvetes.

Propriedades

: O Cubiu é rico em fibras, fósforo, vitamina C e pectina, sendo muito utilizado no combate e controle do diabetes e hiperglicemia, o mau colesterol, a anemia, a hipertensão, enxaqueca, entre outros. É digestivo, diurético e também tônico sexual. Os índios Waonrani, nativos das tribos amazônicas do Equador, utilizam seus galhos, folhas e raízes como poderoso cicatrizante e analgésico em ferimentos, queimaduras e contra picadas de aranha. Seu suco também é utilizado para dar brilho e revitalizar os cabelos.

Espinafre-amazônico (Alternanthera sp.) Espécies Nativas

Origem

: provavelmente América Tropical.

Como cultivar:

em canteiros com matéria orgânica (esterco, compostagem, folhiços, paú). Desenvolve-se bem em canteiros a pleno sol, mas prefere canteiros protegidos (“sombrite”) ou em consórcio com culturas de porte maior. Ficam mais tenras e verdes escuro à sombra. É preciso irrigar se não chover, para aumentar a produção/produtividade e qualidade organolética (sabor, textura,...).

Sugestões de consumo:

suas folhas podem ser consumidas cruas em saladas, ou podem ser utilizadas para preparação de pães, suflês, bolinhos, pastéis e saladas cozidas. Para consumi-las cozidas, primeiramente escaldar as folhas em água quente duas vezes para tirar o gosto amargo. Também pode ser consumida cozida no feijão.

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Acima, doce de cubiu preparado pela Dona Francisca e ao lado, Dona Ornélia preparando o suco de cubiu, no dia do segundo mutirão da Comunidade do P.A. Água Branca, em novembro de 2009.

À esquerda alunos do IFAM saboreando um bolinho frito de espinafre-amazônico. Acima aspecto geral da hortaliça que forma densas moitas.

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Cubiu (Solanum sessiliflorum)

Espécies Nativas

Origem: Amazônia Ocidental. Como cultivar: cresce bem em regiões de clima quente e úmido. Esta planta é muito rústica, se dando bem em solos pobre ou ricos, argilosos ou arenosos. A frutificação é maior quando plantado a pleno sol. É nativa da Amazîonia e por isso é muito fácil de ser cultivada aqui, sem necessidade de cuidados especiais. Sugestões de consumo: pode ser consumido ao natural na forma de saladas. Pode ser feito um delicioso suco batido em liquidificador com água, leite ou associado com outras frutas. Podem ser utilizados também na confecção de doces, geléias, compotas, bolos e sorvetes.

Propriedades

: O Cubiu é rico em fibras, fósforo, vitamina C e pectina, sendo muito utilizado no combate e controle do diabetes e hiperglicemia, o mau colesterol, a anemia, a hipertensão, enxaqueca, entre outros. É digestivo, diurético e também tônico sexual. Os índios Waonrani, nativos das tribos amazônicas do Equador, utilizam seus galhos, folhas e raízes como poderoso cicatrizante e analgésico em ferimentos, queimaduras e contra picadas de aranha. Seu suco também é utilizado para dar brilho e revitalizar os cabelos.

Espinafre-amazônico (Alternanthera sp.) Espécies Nativas

Origem

: provavelmente América Tropical.

Como cultivar:

em canteiros com matéria orgânica (esterco, compostagem, folhiços, paú). Desenvolve-se bem em canteiros a pleno sol, mas prefere canteiros protegidos (“sombrite”) ou em consórcio com culturas de porte maior. Ficam mais tenras e verdes escuro à sombra. É preciso irrigar se não chover, para aumentar a produção/produtividade e qualidade organolética (sabor, textura,...).

Sugestões de consumo:

suas folhas podem ser consumidas cruas em saladas, ou podem ser utilizadas para preparação de pães, suflês, bolinhos, pastéis e saladas cozidas. Para consumi-las cozidas, primeiramente escaldar as folhas em água quente duas vezes para tirar o gosto amargo. Também pode ser consumida cozida no feijão.

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Acima, doce de cubiu preparado pela Dona Francisca e ao lado, Dona Ornélia preparando o suco de cubiu, no dia do segundo mutirão da Comunidade do P.A. Água Branca, em novembro de 2009.

À esquerda alunos do IFAM saboreando um bolinho frito de espinafre-amazônico. Acima aspecto geral da hortaliça que forma densas moitas.

Page 14: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Feijão-de-asa (Psophocarpus tetragonolobus) Espécies Introduzidas

Origem: Asiático

Como cultivar: em qualquer tipo de solo, exceto os encharcados. É uma trepadeira, necessitando estacas de apoio, ou cercas. Pode ser cultivado a pleno sol. Pode tolerar curtos períodos de seca, mas precisam de água para uma melhor produção. A propagação se dá pela semente que germina facilmente.

Sugestões de consumo: pode ser quase 100% consumido. A vagem verde, folhas e flores podem ser utilizadas em saladas. As sementes maduras podem ser consumidas como o feijão comum ou ervilha, mas é necessário deixar de molho por cerca de 10 horas. A batata produzida pela raiz também pode ser consumida na forma de purê, mas aconselha-se colhê-la apenas quando ciclo de produção de frutos for finalizado.

Propriedades

: Como todas as leguminosas, o feijão de asa possui altos teores de proteína e lipídios nas sementes.

Folha – doce, Katuk (Sauropus androgynus)

Espécies Introduzidas

Origem: Ásia Tropical.

Como cultivar: A folha doce é um arbusto que fica com ramos bem densos. Pode ser reproduzido por meio de estacas. Para fazer as estacas deve-se cortar os ramos verdes em pedaços com aproximadamente 20 cm de comprimento. Em seguida plantar as estacas no chão em local ensolarado. As estacas se mantêm vivas até dois dias fora da terra, mas quanto antes forem plantadas maior a chance de sobrevivência.

Sugestões de consumo: as folhas e ramos finos podem ser cozidos no feijão, usados em omeletes e sopas. As flores e frutos também são comestíveis. Por serem muito saborosos, os frutos tem sido comercializados e muito procurados no exterior.

Propriedades

: as folhas são ricas em vitaminas A e C e possuem cerca de 13% de proteína, assim como os ramos mais tenros.

À esquerda vagem verde do feijao de asa, com sementes ainda imaturas. Àdireita, aspecto geral da planta, com folhas, flores e frutos.

Acima, detalhe de um ramo da folha-doce e à direita, detalhe dos frutos, que além de saborosos são também muito bonitos.

Page 15: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Feijão-de-asa (Psophocarpus tetragonolobus) Espécies Introduzidas

Origem: Asiático

Como cultivar: em qualquer tipo de solo, exceto os encharcados. É uma trepadeira, necessitando estacas de apoio, ou cercas. Pode ser cultivado a pleno sol. Pode tolerar curtos períodos de seca, mas precisam de água para uma melhor produção. A propagação se dá pela semente que germina facilmente.

Sugestões de consumo: pode ser quase 100% consumido. A vagem verde, folhas e flores podem ser utilizadas em saladas. As sementes maduras podem ser consumidas como o feijão comum ou ervilha, mas é necessário deixar de molho por cerca de 10 horas. A batata produzida pela raiz também pode ser consumida na forma de purê, mas aconselha-se colhê-la apenas quando ciclo de produção de frutos for finalizado.

Propriedades

: Como todas as leguminosas, o feijão de asa possui altos teores de proteína e lipídios nas sementes.

Folha – doce, Katuk (Sauropus androgynus)

Espécies Introduzidas

Origem: Ásia Tropical.

Como cultivar: A folha doce é um arbusto que fica com ramos bem densos. Pode ser reproduzido por meio de estacas. Para fazer as estacas deve-se cortar os ramos verdes em pedaços com aproximadamente 20 cm de comprimento. Em seguida plantar as estacas no chão em local ensolarado. As estacas se mantêm vivas até dois dias fora da terra, mas quanto antes forem plantadas maior a chance de sobrevivência.

Sugestões de consumo: as folhas e ramos finos podem ser cozidos no feijão, usados em omeletes e sopas. As flores e frutos também são comestíveis. Por serem muito saborosos, os frutos tem sido comercializados e muito procurados no exterior.

Propriedades

: as folhas são ricas em vitaminas A e C e possuem cerca de 13% de proteína, assim como os ramos mais tenros.

À esquerda vagem verde do feijao de asa, com sementes ainda imaturas. Àdireita, aspecto geral da planta, com folhas, flores e frutos.

Acima, detalhe de um ramo da folha-doce e à direita, detalhe dos frutos, que além de saborosos são também muito bonitos.

Page 16: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Espécies Introduzidas

Inhame (Colocasia esculenta)

Origem: Ásia (China, Japão).

Como cultivar: em covas profundas e largas. Apresenta boa produção em solos drenados mas prefere solos úmidos. Pode ser cultivado a pleno sol, mas é recomendável o plantio à meia-sombra sob pomares, árvores e sistemas agroflorestais.

Sugestões de consumo: as batatas (rizomas) são as partes comestíveis. Não se come as folhas! De sabor bem suave, são consumidas cozidas, podendo ser refogadas com temperos (alho, cebola), ou cozidas sem tempero e servida com melado de cana, como sobremesa.

Propriedades

: possui muitas proteínas, vitaminas e sais minerais.

Ora-pro-nóbis (Pereskia bleo) Espécies Introduzidas

Origem: Nativa do Panamá e Colômbia.

Características cact: é um o com folhas. Tem flores alaranjadas e grandes espinhos. O fruto é amarelo quando maduro.

Como cultivar

: se desenvolve bem tanto na sombra como no sol. O plantio é feito por estacas, mais apropriado na estação quente e úmida. Se o interesse for o consumo das folhas, melhor cultivar na sombra pois dá folhas maiores. Mas se a intenção é utilizar as flores, melhor cultivar a pleno sol.

Fotos: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

Acima, planta com flor, e à esquerda frutos de ora-pro-nobis. Abaixo as folhas de cozidas.

Sugestões de consumo: folhas e flores podem ser consumidas cruas em saladas. As folhas também podem ser refogadas com temperos do seu gosto, ou ainda usadas como base para preparo de patês, pães, e bolinhos e pastéis. Os frutos também são comestíveis, utilizados para sucos, geléias e licores.

Propriedades: As folhas do ora-pro-nobis são ricas em ferro, por isso ajudam a curar anemias.

À esquerda plantação de inhame e detalhe das raízes tuberosas (batatas). À direita, exemplos de formas de consumo do inhame: frito e sopa.

Page 17: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Espécies Introduzidas

Inhame (Colocasia esculenta)

Origem: Ásia (China, Japão).

Como cultivar: em covas profundas e largas. Apresenta boa produção em solos drenados mas prefere solos úmidos. Pode ser cultivado a pleno sol, mas é recomendável o plantio à meia-sombra sob pomares, árvores e sistemas agroflorestais.

Sugestões de consumo: as batatas (rizomas) são as partes comestíveis. Não se come as folhas! De sabor bem suave, são consumidas cozidas, podendo ser refogadas com temperos (alho, cebola), ou cozidas sem tempero e servida com melado de cana, como sobremesa.

Propriedades

: possui muitas proteínas, vitaminas e sais minerais.

Ora-pro-nóbis (Pereskia bleo) Espécies Introduzidas

Origem: Nativa do Panamá e Colômbia.

Características cact: é um o com folhas. Tem flores alaranjadas e grandes espinhos. O fruto é amarelo quando maduro.

Como cultivar

: se desenvolve bem tanto na sombra como no sol. O plantio é feito por estacas, mais apropriado na estação quente e úmida. Se o interesse for o consumo das folhas, melhor cultivar na sombra pois dá folhas maiores. Mas se a intenção é utilizar as flores, melhor cultivar a pleno sol.

Fotos: Valdely Kinupp, IFAM-ZL

Acima, planta com flor, e à esquerda frutos de ora-pro-nobis. Abaixo as folhas de cozidas.

Sugestões de consumo: folhas e flores podem ser consumidas cruas em saladas. As folhas também podem ser refogadas com temperos do seu gosto, ou ainda usadas como base para preparo de patês, pães, e bolinhos e pastéis. Os frutos também são comestíveis, utilizados para sucos, geléias e licores.

Propriedades: As folhas do ora-pro-nobis são ricas em ferro, por isso ajudam a curar anemias.

À esquerda plantação de inhame e detalhe das raízes tuberosas (batatas). À direita, exemplos de formas de consumo do inhame: frito e sopa.

Page 18: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Palma, nopal (Nopalea cochenillifera)

Espécies Introduzidas

Origem: México

Como cultivar:

em solo bem drenado (sem retenção de água), e rico em matéria orgânica. Desenvolve-se melhor a pleno sol, embora possa tolerar leve sombreamento.

Sugestões de consumo:

os caules, parecidos com folhas (filocládios), são consumidos refogados ou sob a forma de sucos verdes, pães e outras receitas. É preciso primeiro retirar os espinhos (foto 1), depois pique em cubinhos (foto 2) e refogue. O refogado pode ser utilizado também em omeletes (foto 3). As palmas jovens possuem poucos espinhos, facilitando o consumo.

Propriedades: boa fonte de minerais, especialmente cálcio, zinco e manganês.

Vinagreira (Hibiscus Sabdariffa)

Espécies Introduzidas

Origem: Ainda incerta. Provavelmente é originária da África ou Ásia.

Como cultivar: É uma planta anual. O ambiente amazônico é ideal para seu cultivo, mas prefere solos bem drenados, pouco ácidos e com alto teor de matéria orgânica. Portanto sempre junte folhas e paú na área de cultivo. Propaga-se por sementes ou estacas. As estacas devem ser tiradas antes da época de floração. Ela é pouco atacada por pragas e alguns acreditam que tenha ação inseticida, por isso é interessante cultivá-la junto com outras culturas.

Sugestões de consumo:

É muito utilizada na culinária em alguns Estados do Norte do Brasil, como o Maranhão. Suas folhas são utilizadas em comidas típicas como o “arroz de vinagreira”, e no preparo de cozidos de carne, feijão e sopas. Com os frutos podem ser feitos deliciosos doces e geléias que têm ganhado cada vez mais espaço no mercado. Com o cálice da flor pode-se preparar um refrigerante caseiro muito refrescante. Além disso, todas as partes da planta também possuem diversas propriedades medicinais.

Propriedades

:As folhas são ricas em vitamina A e B1 e em sais minerais como cálcio, fósforo e ferro, além de fornecerem vários aminoácidos para formação de proteínas.

1

2

3 Acima detalhe do cálice da flor e abaixo uma panqueca preparada com molho de vinagreira.

2

Page 19: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Taioba (Xanthosoma sagittifolium) Espécies Nativas

Origem: América do Sul, inclusive Brasil.

Como cultivar:

Quando se consome muitas folhas, a planta não forma uma batata grande, portanto é bom deixar um canteiro para a coleta das folhas e outro canteiro onde não são utilizadas as folhas e serão apenas colhidas as raízes.

da mesma forma que a taioba-roxa, em covas profundas e largas, em solos úmidos, mas também pode ser cultivada em solos mais secos. É recomendável o plantio sob pomares pois se adapta melhor à sombra, com as folhas ficando mais tenras e vistosas. Caso o objetivo seja a produção de batatas (rizomas), pode ser cultivada a pleno sol, embora as folhas fiquem menores.

Sugestões de consumo: as batatas (rizomas) podem ser consumidas cozidas ou fritas. As folhas devem ser consumidas sempre cozidas, nunca cruas. Refogar as folhas com tempero (igual couve) e também podem ser usadas em bolinhos fritos.

Propriedades

: riquíssima em pró-vitamina A, antioxidantes, proteínas, e sais minerais.

Taioba-roxa (Xanthosoma violaceum)

Espécies Nativas

Origem: região tropical das Américas, inclusive do Brasil.

Características: folhas grandes e em forma de coração, diferencia-se da taioba-verde pela cor dos talos e folhas, arroxeados.

Como cultivar: em covas profundas e largas. Prefere solos úmidos e se desenvolve bem na beira da água, embora possa também ser cultivada em solos mais drenados. Para o consumo das folhas, é recomendável o plantio sombreado, aproveitando espaços sob pomares (castanhais, bananais, etc). Se objetivo for a produção de batatas (rizomas), pode ser cultivada a pleno sol.

Sugestões de consumo: As batatas podem ser preparadas cozidas, fritas ou em purês, como as batatas comuns. As folhas não podem ser consumidas cruas - devem ser refogadas (como as couves) ou utilizadas no preparo de bolinhos fritos. De preferência deixar cozinhar até desmanchar, em panela de ferro ou cerâmica.

Propriedades

: alto teor de pro-vitamina A (Betacaroteno) nas folhas e rizomas. As folhas são ótimas fontes de zinco e outros sais minerais. A raiz é utilizada no tratamento de úlcera.

Folhas e raízes. Foto: Valdely Kinupp,

Folhas de taioba cozidas.

Page 20: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Taioba (Xanthosoma sagittifolium) Espécies Nativas

Origem: América do Sul, inclusive Brasil.

Como cultivar:

Quando se consome muitas folhas, a planta não forma uma batata grande, portanto é bom deixar um canteiro para a coleta das folhas e outro canteiro onde não são utilizadas as folhas e serão apenas colhidas as raízes.

da mesma forma que a taioba-roxa, em covas profundas e largas, em solos úmidos, mas também pode ser cultivada em solos mais secos. É recomendável o plantio sob pomares pois se adapta melhor à sombra, com as folhas ficando mais tenras e vistosas. Caso o objetivo seja a produção de batatas (rizomas), pode ser cultivada a pleno sol, embora as folhas fiquem menores.

Sugestões de consumo: as batatas (rizomas) podem ser consumidas cozidas ou fritas. As folhas devem ser consumidas sempre cozidas, nunca cruas. Refogar as folhas com tempero (igual couve) e também podem ser usadas em bolinhos fritos.

Propriedades

: riquíssima em pró-vitamina A, antioxidantes, proteínas, e sais minerais.

Taioba-roxa (Xanthosoma violaceum)

Espécies Nativas

Origem: região tropical das Américas, inclusive do Brasil.

Características: folhas grandes e em forma de coração, diferencia-se da taioba-verde pela cor dos talos e folhas, arroxeados.

Como cultivar: em covas profundas e largas. Prefere solos úmidos e se desenvolve bem na beira da água, embora possa também ser cultivada em solos mais drenados. Para o consumo das folhas, é recomendável o plantio sombreado, aproveitando espaços sob pomares (castanhais, bananais, etc). Se objetivo for a produção de batatas (rizomas), pode ser cultivada a pleno sol.

Sugestões de consumo: As batatas podem ser preparadas cozidas, fritas ou em purês, como as batatas comuns. As folhas não podem ser consumidas cruas - devem ser refogadas (como as couves) ou utilizadas no preparo de bolinhos fritos. De preferência deixar cozinhar até desmanchar, em panela de ferro ou cerâmica.

Propriedades

: alto teor de pro-vitamina A (Betacaroteno) nas folhas e rizomas. As folhas são ótimas fontes de zinco e outros sais minerais. A raiz é utilizada no tratamento de úlcera.

Folhas e raízes. Foto: Valdely Kinupp,

Folhas de taioba cozidas.

Page 21: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Palma, nopal (Nopalea cochenillifera)

Espécies Introduzidas

Origem: México

Como cultivar:

em solo bem drenado (sem retenção de água), e rico em matéria orgânica. Desenvolve-se melhor a pleno sol, embora possa tolerar leve sombreamento.

Sugestões de consumo:

os caules, parecidos com folhas (filocládios), são consumidos refogados ou sob a forma de sucos verdes, pães e outras receitas. É preciso primeiro retirar os espinhos (foto 1), depois pique em cubinhos (foto 2) e refogue. O refogado pode ser utilizado também em omeletes (foto 3). As palmas jovens possuem poucos espinhos, facilitando o consumo.

Propriedades: boa fonte de minerais, especialmente cálcio, zinco e manganês.

Vinagreira (Hibiscus Sabdariffa)

Espécies Introduzidas

Origem: Ainda incerta. Provavelmente é originária da África ou Ásia.

Como cultivar: É uma planta anual. O ambiente amazônico é ideal para seu cultivo, mas prefere solos bem drenados, pouco ácidos e com alto teor de matéria orgânica. Portanto sempre junte folhas e paú na área de cultivo. Propaga-se por sementes ou estacas. As estacas devem ser tiradas antes da época de floração. Ela é pouco atacada por pragas e alguns acreditam que tenha ação inseticida, por isso é interessante cultivá-la junto com outras culturas.

Sugestões de consumo:

É muito utilizada na culinária em alguns Estados do Norte do Brasil, como o Maranhão. Suas folhas são utilizadas em comidas típicas como o “arroz de vinagreira”, e no preparo de cozidos de carne, feijão e sopas. Com os frutos podem ser feitos deliciosos doces e geléias que têm ganhado cada vez mais espaço no mercado. Com o cálice da flor pode-se preparar um refrigerante caseiro muito refrescante. Além disso, todas as partes da planta também possuem diversas propriedades medicinais.

Propriedades

:As folhas são ricas em vitamina A e B1 e em sais minerais como cálcio, fósforo e ferro, além de fornecerem vários aminoácidos para formação de proteínas.

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3 Acima detalhe do cálice da flor e abaixo uma panqueca preparada com molho de vinagreira.

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Page 22: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

ESTA CARTILHA FOI CRIADA PARA INTRODUZIR CONCEITOS GERAIS SOBRE AS

HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS. ELA FOI PRODUZIDA A PARTIR DA PESQUISA

CIENTÍFICA E DO CONHECIMENTO TRADICIONAL AMAZÔNICO. A COMUNIDADE UBERÊ DO PURAQUEQUARA É A PRIMEIRA COMUNIDADE

DO AMAZONAS A PRODUZIR ESTAS HORTALIÇAS PARA VENDA. PORTANTO, VOCÊ

TEM MUITO A CONTRIBUIR PARA MELHORARMOS ESTA CARTILHA. COM A

SUA EXPERIÊNCIA VOCÊ PODERÁ AJUDAR OUTRAS PESSOAS A CONHECER E A

PRODUZIR ESTAS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS. VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA! USE ESTAS PÁGINAS EM BRANCO PARA ANOTAR AS SUAS OBSERVAÇÕES SOBRE A

PRODUÇÃO DAS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS E TAMBÉM RECEITAS QUE

VOCÊ GOSTAR OU INVENTAR.

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

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VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

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VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

COM AS SUAS DICAS CONSTRUIREMOS JUNTOS UMA CARTILHA

MUITO MELHOR!

Page 25: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

COM AS SUAS DICAS CONSTRUIREMOS JUNTOS UMA CARTILHA

MUITO MELHOR!

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VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

COM AS SUAS DICAS CONSTRUIREMOS JUNTOS UMA CARTILHA

MUITO MELHOR!

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MUSEU DA AMAZÔNIA - MUSA Ennio Candotti - Diretor Geral Diretores Adjuntos Rita Mesquita Marcílio de Freitas Equipe Técnica Projeto Produção de Hortaliças Não-Convencionais Coordenadora Ana Catarina Jakovac Técnicos Agrícolas Raimundo Rodrigues de Jesus Fabiane Suelem Costa INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS – IFAM Dr. Valdely Kinupp - Coordenador Colaborador Ficha técnica - Cartilha Hortaliças Não-Convencionais Na Amazônia Edição de Texto Ana Catarina Jakovac Rosana Subirá Fotos Valdely Kinupp Ana Catarina Jakovac Referências Bibliográficas Cardoso, 1997. Hortaliças não-convencionais da Amazônia. EMBRAPA Ocidental – Ministério da Agricultura e Planejamento.

Av. Constelação, 16

Morada do Sol, Aleixo, Manaus - Amazonas

(92) 3236-9197/ 3236-3079

VAMOS CRIAR NOSSA PRÓPRIA CARTILHA!

www.museudaamazonia.org.br

Page 28: Hortaliças não-convencionais na Amazônia

Hortaliças não-convencionais

na Amazônia

ESTA CARTILHA FOI CRIADA PARA INTRODUZIR CONCEITOS GERAIS SOBRE AS HORTALIÇAS NÃO-CONVENCIONAIS.

ELA FOI PRODUZIDA A PARTIR DA PESQUISA CIENTÍFICA E DO CONHECIMENTO TRADICIONAL AMAZÔNICO.

AAssociação dos Moradores e Agricultores da Comunidade do Uberê do Puraquequara

AMACUP

Parceiros: