homeopatia-explicação

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 Os Métodos 30/08/2012 19:27:00 Existem três métodos de preparação das formas farmacêuticas deriva¬das: a!ema!!ia! o" #orsa#ovia!o e de f$uxo co!t%!uo& O Método Hahnemanniano (H) " assim camado por ter sido criado pe$o fu!dador da 'omeopatia" pode ser su(dividido em três outros métodos: ) *étodo +$,ssico ou dos -rascos *.$tip$os" dese!vo$vido para preparar formas farmacêuticas derivadas !as esca$as decima$ ' e ce!tesima$ +'" a partir de ti!turasmães e droas so$.veis& ) *étodo da 4rituração" dese!v o$vido para preparar formas farmacêu¬ticas derivadas !as esca$as decima$ ' e ce!tesima$ +'" a partir de droas i!so$.veis& Esse método é uti$i5ado tam(ém !a esca$a ci!6e!ta mi$esima$" a partir de droas so$.veis ou !ão& ) *étodo da +i!6e!ta *i$esima$" espec%fico para preparar formas farmacêuticas derivadas !a esca$a ci!6e!ta mi$esima$ *" a partir de droas mi!erais" a!imais e veetais" estas duas .$ti mas !o estado fres¬co" ou" excepcio!a$me!te" a partir de ti!turasmães& O Método Korsakoviano (K) " tam(ém camado de método do frasco .!ico ou do f$uxo desco!t%!uo" foi criado em 1832 por um oficia$ do exército russo camado orsa#ov para simp$ificar o método de 'a!e¬ma!!& 4 eve a idéia de rea$i5ar a di!ami5ação em um .!ico f rasco 6ue" ao ser esva5iado" reti!a !as suas paredes a 6ua!tidade de $%6uido e6uiva$e!te a um ce!tésimo do vo$ume a!terior" se!do !ecess,rio acresce !tar mais 99 partes de i!sumo i!erte e sucussio!ar a so$ução assim o(tida para a$ca!çar a potê!cia seui!te& ,rios fatores co$a(oram para a i!defi!ição da esca$a proporção e!tre os i!sumos ativo e i!erte" como a viscosidade da so$ução" o tama!o e a porosidade do frasco" a força empreada !a di!ami5ação etc& ;orta!to" o método #orsa#ovia!o !ão aprese!ta esca$a defi!ida como o a!ema!!ia!o& <eu uso é co!sarado para preparar a$tas potê!cias com mais rapide5 e 6ua!do !ão , !.mero suficie!te de frascos esteri$i5ados& 4 odavia" como !ão se trata de um método exato" sua uti$i5ação some!te se  =ustifica em casos de urê!cia médica& O Método de Fluxo Continuo (FC)  suriu com a i!tr odução de a$t%ssimas potê!cias !a 'omeopatia" por i!termédio do médico ame¬rica!o >ames 4 ?$er e!t" 6ue" para o(tê$as" pro=etou um apare$o di!ami5ador& *ais tarde" esse apare$o foi aperfeiçoado por <#i!!er& <eu!do a -armacopéia omeop,tic a (rasi$eira @@" assim como o método #orsa#ovia!o" o método de f$uxo

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Os Mtodos30/08/2012 19:27:00
Existem trs mtodos de preparao das formas farmacuticas derivadas: hahnemanniano, korsakoviano e de fluxo contnuo.


O Mtodo Hahnemanniano (H), assim chamado por ter sido criado pelo fundador da Homeopatia, pode ser subdividido em trs outros mtodos:

Mtodo Clssico ou dos Frascos Mltiplos, desenvolvido para preparar formas farmacuticas derivadas nas escalas decimal (DH) e centesimal (CH), a partir de tinturas-mes e drogas solveis.

Mtodo da Triturao, desenvolvido para preparar formas farmacuticas derivadas nas escalas decimal (DH) e centesimal (CH), a partir de drogas insolveis. Esse mtodo utilizado tambm na escala cinqenta milesimal, a partir de drogas solveis ou no.

Mtodo da Cinqenta Milesimal, especfico para preparar formas farmacuticas derivadas na escala cinqenta milesimal (LM), a partir de drogas minerais, animais e vegetais, estas duas ltimas no estado fresco, ou, excepcionalmente, a partir de tinturas-mes.


O Mtodo Korsakoviano (K), tambm chamado de mtodo do frasco nico ou do fluxo descontnuo, foi criado em 1832 por um oficial do exrcito russo chamado Korsakov para simplificar o mtodo de Hahnemann. Teve a idia de realizar a dinamizao em um nico frasco que, ao ser esvaziado, retinha nas suas paredes a quantidade de lquido equivalente a um centsimo do volume anterior, sendo necessrio acrescentar mais 99 partes de insumo inerte e sucussionar a soluo assim obtida para alcanar a potncia seguinte. Vrios fatores colaboram para a indefinio da escala (proporo entre os insumos ativo e inerte), como a viscosidade da soluo, o tamanho e a porosidade do frasco, a fora empregada na dinamizao etc.


Portanto, o mtodo korsakoviano no apresenta escala definida como o hahnemanniano. Seu uso consagrado para preparar altas potncias com mais rapidez e quando no h nmero suficiente de frascos esterilizados. Todavia, como no se trata de um mtodo exato, sua utilizao somente se justifica em casos de urgncia mdica.


O Mtodo de Fluxo Continuo (FC) surgiu com a introduo de altssimas potncias na Homeopatia, por intermdio do mdico americano James Tyler Kent, que, para obt-las, projetou um aparelho dinamizador. Mais tarde, esse aparelho foi aperfeioado por Skinner. Segundo a Farmacopia homeoptica brasileira II, assim como o mtodo korsakoviano, o mtodo de fluxo contnuo empregado para a preparao de formas farmacuticas derivadas a partir da trigsima dinamizao centesimal hahnemanniana (potncia 30CH). Devido s caractersticas do mtodo, que emprega fluxo contnuo e constante, este tambm no proporciona uma escala definida.


Mtodo Hahnemaniano Para as Escalas Decimal e Centesimal a Partir da Tintura-Me


Os Insumos Inertes


Para as trs primeiras dinamizaes centesimais e para as seis primeiras decimais, utilizar o mesmo insumo inerte empregado na preparao da TM. Isso necessrio para impedir que ocorra ruptura da estabilidade da soluo. Para as potncias intermedirias e matrizes, utilizar etanol 70% (p/p). Para a ltima potncia, o insumo inerte a ser utilizado vai depender da forma farmacutica a ser dispensada, se liquida (dose nica lquida e preparaes lquidas administradas sob a forma de gotas) ou slida (dose nica slida, glbulos, comprimidos, tabletes e ps).


A Tcnica de Preparao

1. Colocar sobre a bancada do laboratrio quantidade suficiente de frascos dinamizadores, devidamente identificados, para preparar a potncia desejada. O lquido a ser dinamizado dever perfazer 2/3 da capacidade do frasco para que ocorra um bom vascolejamento. Desse modo, por exemplo, para dinamizar 20 mL usar um frasco com 30 mL de capacidade.

2. Nos trs primeiros frascos, para a escala centesimal, e nos seis primeiros, para a escala decimal, acrescentar, com o dispensador, 99 ou nove partes, respectivamente, do insumo inerte de mesmo ttulo da TM.

3. Para as potncias intermedirias, assim como para as potncias de estoque (matrizes), adicionar 99 (escala centesimal) ou nove partes (escala decimal) do etanol 70% (p/p). Na ltima potncia utilizar etanol 30%, para as formas farmacuticas lquidas, ou etanol igual ou superior a 70%, para as formas farmacuticas slidas. Usar os dispensadores para medir o volume dos insumos inertes.

4. Acrescentar ao frasco designado pela primeira potncia uma parte da TM com uma micropipeta de capacidade adequada e executar cem sucusses, batendo o fundo do frasco fortemente contra um anteparo semi-rgido, num movimento contnuo e ritmado. Est pronta a 1CH ou 1DH.

5. Com a micropipeta, transferir uma parte da primeira dinamizao centesimal ou decimal para o segundo frasco e executar cem sucusses. Est pronta a 2CH ou 2DH.

6. Com a micropipeta, transferir uma parte da segunda dinamizao centesimal ou decimal para o terceiro frasco e executar cem sucusses. Est pronta a 3CH ou 3DH.

7. Para as demais dinamizaes, proceder de maneira idntica at atingir a potncia desejada.


A seguir, para facilitar o entendimento da tcnica de preparao das formas farmacuticas derivadas a partir da TM, ser dado dois exemplos esquemticos, um na escala decimal e outro na centesimal.


Exemplo de medicamento preparado na escala decimal a partir da TM:


Potncia a ser preparada = 6DH

Capacidade do frasco dinamizador = 60 mL

No estoque = TM de Sabadilla

Teor hidroalcolico da TM = 90%


Com o frasco dinamizador de 60 mL, podem-se preparar 40 mL, que representam 2/3 da sua capacidade. Para obter a quantidade de insumo ativo (uma parte), necessrio dividir o volume de 40 mL por 10, pois se trata da escala decimal. Para obter a quantidade de insumo inerte (nove partes) que ir solubilizar a TM de Sabadilla, necessrio multiplicar o volume do insumo ativo por 9 ou diminuir o volume total (dez partes) do volume do insumo ativo (uma parte).


Assim, teremos:

4 mL da Sabadilla TM + 36 mL de etanol 90% + ?? = Sabadilla 1DH

4 mL da Sabadilla 1DH + 36 mL de etanol 90% + ?? = Sabadilla 2DH

4 mL da Sabadilla 2DH + 36 mL de etanol 90% + ?? = Sabadilla 3DH

4 mL da Sabadilla 3DH + 36 mL de etanol 90% + ?? = Sabadilla 4DH

4 mL da Sabadilla 4DH + 36 mL de etanol 90% + ?? = Sabadilla 5DH

4 mL da Sabadilla 5DH + 36 mL de etanol 90% + ?? = Sabadilla 6DH


Exemplo de medicamento preparado na escala centesimal a partir da TM:


Potncia a ser preparada = 6CH

Capacidade do frasco dinamizador 30 mL

No estoque = TM de Nux vomica

Teor hidroalcoLico da TM = 50%


Com o frasco dinamizador de 30 mL, podem-se preparar 20 mL, que representam 2/3 da sua capacidade. Para obter a quantidade de insumo ativo (uma parte), necessrio dividir o volume de 20 mL por 100, pois se trata da escala centesimal. Para obter a quantidade de insumo inerte (99 partes), necessrio multiplicar o volume do insumo ativo por 99 ou diminuir o volume total (cem partes) do volume do insumo ativo (uma parte).


Assim, teremos:


0,2 mL da Nux vomica TM + 19,8 mL de etanol 50% + ?? = Nux vomica 1CH

0,2 mL da Nux vomica ICH + 19,8 mL de etanol 50% + ?? = Nux vomica 2CH

0,2 mL da Nux vomica 2GH + 19,8 mL de etanol 50% + ?? = Nux vomica3CH

0,2 mL da Nux vomica 3CH + 19,8 mL de etanol 70% + ?? = Nux vomica 4CH

O,2 mL da Nux vomica 4GH + 19,8 mL de etanol 70% + ?? = Nux vomica 5CH

0,2 mL da Nux vomica 5GH + 19,8 mL de etanol 30% + ?? = Nux vomica 6CH

Nesse exemplo, se o medicamento for administrado sob a forma de gotas, preparar a ltima potncia em etanol 30%; se for administrado sob a forma slida, preparar a ltima potncia em etanol de ttulo igual ou superior a 70%. As trs primeiras dinamizaes apresentam o mesmo ttulo hidroalcolico da TM e as intermedirias so sempre obtidas em etanol 70%.

Metodo Hahnemanniano Para as Escalas Decimal e Centesimal a Partir de Droga Solvel

Os Insumos Inertes

Para as trs primeiras dinamizaes centesimais e para as seis primeiras decimais, utilizar o mesmo insumo inerte empregado na dissoluo da droga (gua ou etanol nas diferentes graduaes). Isto necessrio para impedir que ocorra ruptura da estabilidade da soluo.

Para as potncias intermedirias, assim como para as potncias de estoque (matrizes), utilizar etanol 70%. Para a ltima potncia, o insumo inerte a ser utilizado vai depender da forma farmacutica a ser dispensada, se lquida (dose nica lquida e preparaes lquidas administradas sob a forma de gotas) ou slida (dose nica slida, glbulos, comprimidos, tabletes e ps).

A Tcnica de Preparao

1. Colocar sobre a bancada do laboratrio quantidade suficiente de frascos dinamizadores, devidamente identificados, para preparar a potncia desejada. A soluo a ser dinamizada dever perfazer 2/3 da capacidade do frasco para que ocorra um bom vascolejamento.
2. Em um clice, dissolver uma parte da droga, pesada numa balana de preciso, em qsp cem partes (escala centesimal) ou dez partes (escala decimal) de insumo inerte. Transferir essa soluo para o primeiro frasco.

3. No segundo e terceiro frascos, para a escala centesimal, e do segundo ao sexto frasco, para a escala decimal, acrescentar, com o dispensador, 99 ou nove partes, respectivamente, do insumo inerte que solubilizou a droga.

4. Para as potncias intermedirias, assim como para as potncias de estoque (matrizes), adicionar 99 (escala centesimal) nove partes (escala decimal) do etanol 70% (p/p). Na ltima potncia, aquela a ser dispensada, utilizar etanol 30%, para as formas farmacuticas lquidas, e etanol superior ou igual a 70%> para as formas farmacuticas slidas. Usar os dispensadores para medir o volume dos insumos inertes.

5. Sucussionar cem vezes o primeiro frasco, batendo o fundo do frasco fortemente contra um anteparo semi-rgido, num movimento contnuo e ritmado, O antebrao dever compor um ngulo de mais ou menos 90 graus com o anteparo. Est pronta a 1CH ou 1DH.

6. Com a micropipeta de capacidade adequada, transferir uma parte da primeira dinamizao centesimal ou decimal para o segundo frasco e sucussionar cem vezes. Est pronta a 2CH ou 2DH.

7. Com a micropipeta, transferir uma parte da segunda dinamizao centesimal ou decimal para o terceiro frasco e sucussionar cem vezes. Est pronta a 3CH ou 3DH.

8. Para as demais dinamizaes, proceder de maneira idntica at atingir a potncia desejada.

A seguir temos um exemplo esquemtico, na escala na centesimal, para facilitar o entendimento da tcnica de preparao das formas farmacuticas derivadas a partir de drogas solveis.

Exemplo de medicamento preparado na escala centesimal a partir de droga solvel:

Potncia a ser preparada = 6CH

Capacidade do frasco dinamizador = 30 mL

No estoque = leo-resina terebintina

Solubilidade da droga = etanol

Com o frasco dinamizador de 30 mL, podem-se preparar 20 mL, que representam 2/3 da sua capacidade. Para obter a quantidade em peso de insumo ativo (uma parte), necessrio dividir o volume de 20 mL por 100, pois se trata da escala centesimal. Para solubilizar a terebintina necessrio completar com lcool 90% o volume para 20 mL (cem partes).

Assim, teremos:
0,2 g da leo-resina terebintina + qsp 20 mL de etanol 90% + ?? = Tere-binthinum 1 CH

0,2 mL de Terebinthinum LCH + 19,8 mL de etanol 90% + ?? = Terebinthinum 2CH

0,2 mL de Terebinthinum 2CH + 19,8 mL de etanol 90% + ?? Terebinthinum 3CH

0,2 mL de Terebinthinum 3CH + 19,8 mL de etanol 70% + ?? = Terebinthinum 4CH

0,2 mL de Terebinthinum 4CH + 19,8 mL de etanol 70% + ?? = Terebinthinum 5CH

0,2 mL de Terebinthinum 5CH + 19,8 mL de etanol 30% ou etanol de graduao igual ou superior a 70% + ?? = Terebinthinum 6CH

Nesse exemplo, se o medicamento for administrado sob a forma far-macutica lquida, usar etanol 30% na preparao da ltima potncia; se o medicamento for administrado sob a forma slida, usar etanol de graduao igual ou superior a 70% na preparao da ltima potncia. Para as trs primeiras dinamizaes centesimais utilizar o mesmo ttulo hidroalcolico do etanol que solubilizou a droga. Conforme regra geral, utilizar para as dinamizaes intermedirias o etanol 70%.

Mtodo Hahnemanniano Para as Escalas Decimal e Centesimal a Partir de Droga Insolvel

Os Insumos Inertes
Triturao, tambm chamada de dinamizao slida, um mtodo desenvolvido por Hahnemann, cuja finalidade despertar a atividade dinmica de substncias insolveis (lquida ou slida), desagregando suas molculas pela fora do atrito, utilizando a lactose (acar presente no leite) como insumo inerte. Esse mtodo utilizado tambm para triturar drogas, solveis ou no, na preparao da escala cinqenta milesimal, obrigatoriamente at a 3CH.

A lactose utilizada nas trs primeiras dinamizaes centesimais e nas seis primeiras decimais. Todas as substncias insolveis devem ser trituradas at a 3CH ou 6DH e solubilizadas a partir destas potncias.

A Tcnica de Preparao

1.Pesar a droga e a lactose.

2. Dividir a lactose em trs pores iguais.

3. Colocar a primeira poro no gral e triturar com o pistilo por cerca de dois minutos, para tapar os poros da porcelana.
4. Acrescentar uma parte da droga sobre a primeira poro de lactose, de acordo com a escala decimal ou centesimal. Se a droga for slida, esta dever estar pulverizada numa granulometria igual da lactose, ou seja, os grnulos do p de lactose e da droga devem ter tamanhos semelhantes.

5. Com a esptula misturar bem a droga na lactose.

6. Triturar com fora por seis minutos.

7. Com a esptula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, s paredes e ao fundo do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.

8. Ainda com a primeira poro, triturar com fora por seis minutos.

9. Com a esptula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, s paredes e ao fundo do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.

10. Acrescentar a segunda poro de lactose.

11. Triturar com fora por seis minutos.

12. Com a esptula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, s paredes e ao fundo do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.

13. Ainda com a segunda poro, triturar com fora por seis minutos.

14. Com a esptula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, s paredes e ao fundo do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.

15. Acrescentar a terceira poro de lactose.

16. Triturar com fora por seis minutos.

17. Com a esptula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, s paredes e ao fundo do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.

18. Ainda com a terceira poro, triturar com fora por seis minutos.

19. Com a esptula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, s paredes e ao fundo do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.

20. Ao final de, no mnimo, sessenta minutos de operao, teremos a primeira triturao decimal ou centesimal, dependendo da proporo da droga/lactose, 1DH trit. ou 1CH trit., respectivamente.

21. Essa primeira triturao ser acondicionada num pote de boca larga bem fechado e protegido da luz. Essa dinamizao constitui-se o ponto de partida para as demais trituraes. No caso de triturao decimal, fazer mais cinco dinamizaes slidas at obter a 6DH trit. Para a triturao centesimal, fazer mais duas dinamizaes at obter a 3CH trit.

22. Para solubilizar a 3CH trit. ou a 6DH trit., em um clice dissolver uma parte do triturado em oitenta partes de gua destilada, completar para vinte partes de etanol 96% e misturar. Sucussionar cem vezes para obter, desse modo, a 4CH ou 8DH. No se deve preparar a 7DH a partir da 6DH, pois a lactose utilizada na triturao insolvel na proporo 1/10. Assim, excepcionalmente, preparamos diretamente a 8DH a partir da 6DH (1/100).A seguir, sero dados dois exemplos esquemticos, um na escala decimal e outro na centesimal, para facilitar o entendimento da tcnica de preparao das formas farmacuticas derivadas a partir de drogas insolveis.

Exemplo de medicamento preparado na escala decimal a partir de droga insolvel:

Potncia a ser preparada = I2DH

Capacidade do frasco dinamizador = 120 mL

No estoque = prata metlica p

Solubilidade da droga = insolvel

Como a droga insolvel, a nica opo farmacotcnica prepar-la de acordo com o mtodo hahnemanniano da triturao at a 6DH. A partir dessa dinamizao slida, solubilizar 0,8 g (uma parte da 6DH) em 64 mL de gua destilada (oitenta partes) e completar para 80 mL com etanol 96%, quantidade que corresponde a 2/3 da capacidade do frasco dinamizador.

Sucussionar cem vezes para obter a 8DH. Veremos que nessa passagem da dinamizao slida (triturao) para a dinamizao lquida (diluio), excepcionalmente, acabamos fazendo uma diluio 1/100 no lugar da diluio 1/10, devido insolubilidade da triturao nessa proporo.

Todavia, da para frente, as demais dinamizaes intermedirias sero preparadas em lcool 70%, na proporo de 1/10, de acordo com a escala decimal. Para a preparao da 12DH, o insumo inerte a ser utilizado vai depender da forma farmacutica a ser dispensada, se lquida (dose nica lquida e preparaes lquidas administradas sob a forma de gotas) ou slida (dose nica slida, glbulos, comprimidos, tabletes e ps).

Assim, teremos:

1 g de prata metlica p + 9 g de lactose (escala decimal) + 60 mm. de tri-turao, conforme a tcnica de preparao para drogas insolveis = Argentum metailicum 1DH trit.

1 g de Argentum metailicum 1DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de triturao = Argentum metailicum 2DH trit.

1 g de Argentum metailicum 2DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de triturao = Argentum metailicum 3DH trit.

1 g de Argentum metailicum 3DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de triturao = Argentum metailicum 4DH trit.

1 g de Argentum metailicum 4DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de triturao = Argentum metailicum 5DH trit.

1 g de Argentum metailicum 5DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de triturao = Argentum metailicum 6D. ~rit.

0,8 g de Argentum metailicum 6DH trit. + 64 mL de gua destilada + qsp

80 ml de etanol 96% + = Argentum metailicum 8DH lquida (nesse caso, no teremos uma 7DM, pois a lactose insolvel na proporo 1/10). 8 mL de Argentum metailicum 8DH + 72 mL de etanol 70% + ?? = Argentum metailicum 9DH

8 mL de Argentum metailicum 9DH + 72 mL de etanol 70% + = Argentum metailicum LODH

8 mL de Argentum metailicum 1ODH + 72 rnL de etanol 70% + ?? = Argentum metailicum 1 IDH

8 mL de Argentum metailicum 1 1DH + 72 mL de etanol 30% ou etanol de graduao igual ou superior a 70% + ?? = Argentum metailicum 12DH

Exemplo de medicamento preparado na escala centesimal a partir de droga insolvel:

Potncia a ser preparada = 6CH

Capacidade do frasco dinamizador = 30 mL

No estoque = grafite p

Solubilidade da droga = insolvel

Como a droga insolvel, a nica opo farmacotcnica prepar-la de acordo com o mtodo hahnemanniano da triturao at a 3CH. A partir dessa dinamizao slida, podemos solubilizar 0,2 g (uma parte da 3CH) em 16 mL de gua destilada (oitenta partes) e completar para 20 mL com etanol 96%, quantidade que corresponde a 2/3 da capacidade do frasco dinamizador. Sucussionar cem vezes para obter a 4CH lq. Da para frente, as demais dinamizaes intermedirias sero realizadas em lcool 70%, na proporo de 1/100, de acordo com a escala centesimal.

Para a preparao da 6CH, o insumo inerte a ser utilizado vai depender da forma farmacutica a ser dispensada, se lquida (dose nica liquida e preparaes lquidas administradas sob a forma de gotas) ou slida (dose nica slida, glbulos, comprimidos, tabletes e ps).

Assim, teremos:

0,1 g de grafite p + 9,9 g de lactose (escala centesimal) + 60 mm. de triturao, conforme a tcnica de preparao para drogas insolveis Graphites 1CH trit.

0,1 g de Graphites 1CH trit + 9,9 g de lactose + 60 mm. de triturao = Graphites 2CH trit.

0,1 g de Graphites 2CH trit + 9,9 g de lactose + 60 mm. de triturao Graphites 3GH trit.

0,2 mL de Graphites 3CH trit. + 16 mL de gua destilada + qsp 20 mL de etanol 20% ?? = Graphites 4CH Lquida

0,2 mL de Graphites 4CH + 19,8 mL de etanol 20% + ?? = Graphites 5CH

0,2 mL de Graphites 5CH + 19,8 mL de etanol 30% ou etanol de graduao igual ou superior a 70% + ?? = Graphites 6CH

Metodo Hahnemanniano Para a Escala Cinqenta Milesimal

Os Insumos Inertes

O mtodo desenvolvido por Hahnemann para a escala cinqenta milesimal emprega a lactose para a fase slida da tcnica (triturao at a 3CH) e gua destilada e lcool 96% para a fase liquida (diluio seguida de sucusses). Usar lcool 30% para a dispensao.

A Tcnica de Preparao

1.Triturar o ponto de partida (droga mineral ou biolgica, vegetal ou animal) at a 3CH, conforme a tcnica de triturao. Sempre que possvel utilizar vegetal ou animal frescos. Excepcionalmente, poder ser usada a TM. Contudo, nesse caso, sua fora medicamentosa dever ser corrigida. Por exemplo: uma TM a 10% apresenta uma fora medicamentosa de 1/10 (uma parte da droga est contida cm dez partes da quantidade final de TM). Assim, para corrigir a fora medicamentosa, necessrio adicionar dez partes da TM em cem partes de lactose, misturar e deixar secar em temperatura inferior a 50 0C, antes de proceder a 1 triturao centesimal. Segundo o 270 da 6 edio do Organon, se a substncia a ser triturada for liquida, deve-se usar apenas uma gota dela. Todavia, julgamos importante manter a proporcionalidade de 1/100 tambm para os lquidos (p/p), ou seja, devemos pesar uma gota ou mais do lquido a ser triturado e multiplicar o resultado obtido por 99, para saber a quantidade de lactose a ser utilizada no processo de triturao.

2.Em uma proveta misturar uma parte de lcool 96% e quatro partes de gua destilada (v/v), por exemplo: 10 mL de lcool 96% + 40 mL de gua destilada.

3.Em um clice dissolver 0,063 g da 3CH trit. em 500 gotas da mistura acima, obtidas com o conta-gotas calibrado. Cabe ressaltar que cada gota dessa soluo contm 1/500 da 3CH trit.

4.Transferir uma gota da soluo acima para um flaconete de 5 mL.

5.Acrescentar cem gotas de lcool 96%, sempre com conta-gotas cali-brado, sobre a gota que est no flaconete, que ser preenchido com mais ou menos 2/3 do seu volume.

6. Sucussionar cem vezes. Est pronta a 1LM liquida (1 grau de dinamizao). Uma gota da 1LM lq. contm 1/50.000 da 3CH trit., pois a gota que continha 1/500 da 3CH trit. foi diluda cem vezes (1/500 x 1/100 = 1/50.000).

7.Em outro flaconete de 5 mL, colocar 500 microglbulos (mcglob.). Cada cem mcglob. pesam 0,063 g, aproximadamente. Portanto, 500 mcglob. pesam 0,3 15 g.

8.Acrescentar uma gota da 1LM lquida sobre os 500 mcglob. Agitar o flaconete de tal forma que todos os mcglob. possam ser igualmente embebidos pela gota.

9.Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri forrada com papel de filtro, para sec-los.

10.Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abrigo da luminosidade, e identific-los com o nome do medicamento acompanhado de 1LM.

11.Para preparar a 2LM, em um flaconete, dissolver 1 mcglob. da 1 LM em uma gota dgua destilada. Cabe ressaltar que este mcglob. contm, em tese, 1/500 da gota do 1 grau de dinamizaao.

12.Acrescentar ao flaconete cem gotas de lcool 96%.

13.Sucussionar cem vezes. Est pronta a 2LM liquida (2 grau de dina-mizao). Uma gota dessa soluo contm 1/50.000 da 1LM, pois o mcglob. que continha 1/500 da 1LM lquida foi diludo cem vezes

(1/500 x 1/100 = 1/50.000).

14.Em outro flaconete colocar 500 mcglob. padronizados (0,3 15 g).

15.Acrescentar uma gota da 2LM lquida sobre os 500 mcglob. Girar o flaconete de tal forma que todos os mcglob. possam ser igualmente embebidos pela gota.

16.Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri forrada com papel de filtro, para sec-los.

17.Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abrigo da luminosidade, e identific-los com o nome do medicamento acompanhado de 2LM.

18.Para as demais potncias, empregar a mesma tcnica.

Para a dispensao do medicamento dissolver um mcglob. em soluo hidroalcolica a 30%, devendo o volume dispensado ocupar 2/3 da capacidade do frasco.Autor: Colunista Portal - Educao