cartilha homeopatia(27.10.2010)

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 HOMEOPATIA NOVO

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Homeopatia

novo

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA2

 DIAGRAMAÇÃO: Ana Laura Azevedo• IMPRESSÃO: Rettec Artes Gráficas • TIRAGEM: 3.000 exemplares

REDAÇÃO

Alcione Geralda de Alencar RochaAmarilys de Toledo CesarDaniel de Aguiar MaganoFlávia Silva TrovãoFlávio Ernesto MilaneseGraziela GarbiHelena Pires Fujiara GuerinoIvana Stefanini CarreiroJoely Pucci CristinoJosiane Cameshi MagalhãesLuiz Henrique de Faria e SilvaMárcia de Cássia Silva BorgesMarialba Salvador Lopes Moreno RochaSalette Maria Krowczuk de FariaStela Maria GarbiVera Lúcia Martins

REvISÃO TécnIcA:Daniel de Aguiar MaganoMarcelo Ferreira C. CunhaMárcia Rodriguez Vázquez PauferroVanessa Boeira Farigo

Expediete

Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo - Setembro/2010

DIRETORIA

Raquel Rizzipresidente

Marcelo Polacow Bissonvice-presidente

Pedro Eduardo Menegasso

diretor-tesoureiroMargarete Akemi KishiRsecretária-geral

cOMISSÃO ASSESSORA DEhOMEOPATIA

Daniel de Aguiar MaganoCoordenador

Flávia TrovãoHelena Pires GuerinoVice-coordenadoras

REvISÃO ORTOGRáfIcA:Allan Araújo

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 3

Essa cartilha é dedicada a todos aqueles que procuram esforçoscomuns na melhoria da qualidade de vida e no relacionamento social

mais humano e compreensível. Que o trabalho não fque somente no papel e que as liberdades democráticas de expressão de trabalho e

de vida não sejam meras utopias.

Comissão Assessora de Homeopatia

 

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http://slidepdf.com/reader/full/cartilha-homeopatia27102010 4/44COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA4

PALAvRA DA DIRETORIA A elaboração deste material representa a concretização de um projeto idealizado pelaDiretoria do CRF-SP com o intuito de oferecer informações sobre as várias áreas de atu-ação do prossional farmacêutico, em linguagem acessível e com diagramação moderna.

 As Cartilhas são desenvolvidas por prossionais que atuam nas respectivas áre-as abrangidas pelas Comissões Assessoras do Conselho Regional de Farmácia do

Estado de São Paulo (CRF-SP), a saber: Acupuntura, Análises Clínicas e Toxicológi -cas, Distribuição e Transporte, Educação Farmacêutica, Farmácia, Farmácia Clínica,Farmácia Hospitalar, Homeopatia, Indústria, Pesquisa Clínica, Plantas Medicinais eFitoterápicos, Regulação e Mercado, Resíduos e Gestão Ambiental e Saúde Pública.

Nestas Cartilhas são apresentadas:

• As áreas de atuação;• O papel e as atribuições dos prossionais farmacêuticos que nelas atuam;• As atividades que podem ser desenvolvidas;• As Boas Práticas;• O histórico da respectiva Comissão Assessora.

Cada exemplar traz relações das principais normas que regulamentam o segmento abor -

dado e de sites úteis para o exercício prossional. Se as Cartilhas forem colocadas juntas, po-

demos dizer que temos um roteiro geral e detalhado de quase todo o âmbito farmacêutico.

Por conta disso, as cartilhas são ferramentas de orientação indispensável para todaa categoria farmacêutica, tanto para aqueles que estão iniciando sua vida prossional,como para quem decide mudar de área.

 Aqui lhes apresentamos a Cartilha da área de Homeopatia.Boa leitura!

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 5

APRESEnTAÇÃO A Comissão Assessora de Homeopatia surgiu da necessidade de se promover o en- trosamento e a troca de informações entre os farmacêuticos atuantes nesta área, quepode ser considerada relativamente recente, tendo em vista o reconhecimento dessaárea pela Classe Farmacêutica somente em 1986. Embora seus conhecimentos tenhamsido desenvolvidos pelo médico alemão Samuel Hannemam em 1796, a Homeopatiapermaneceu, durante muito tempo, como uma prática não reconhecida no meio cien-

 tíco, dada a inexistência de métodos capazes de comprovar sua ecácia naquela época.

 Atualmente, esta Comissão integra a estrutura organizacional do CRF-SP, regidapela Deliberação nº 04/2007; tem caráter aberto e é constituída por farmacêuticoscom experiência na área de Homeopatia, que participam voluntariamente de suasreuniões e discutem temas relativos à área. Para se tornar um membro, é necessárioser farmacêutico com inscrição ativa no CRF-SP, atuar na área e ter participado de,

no mínimo, três reuniões consecutivas.

Esta Comissão assessora o Plenário e a Diretoria do CRF-SP em assuntos que exijamconhecimentos especícos da área de Homeopatia e também funciona como fórum de

debates para troca de informações entre prossionais com vivências e experiências distin-

 tas, bem como as diculdades cotidianas deste exercício. Os temas discutidos nessa Co-

missão são de vital importância para apontar caminhos ao Plenário e à Diretoria do CRF-SP.

Nas próximas páginas, são apresentados conhecimentos básicos sobre a área deHomeopatia que visam a ajudar tanto aqueles que já exercem o ofício como aquelesque desejam trabalhar nesta área, que tende a se expandir frente às emergentes de-mandas em saúde e bem-estar, fazendo jus ao compromisso com a sociedade, querequer um prossional farmacêutico cada vez mais bem preparado, tanto do pontode vista técnico-cientíco, quanto do ponto de vista ético e humanístico. Além disso,

como os medicamentos antroposócos são comumente dispensados em farmáciashomeopáticas, foi inserido um capítulo sobre Antroposoa.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA6

SUMáRIOIntrodução ...........................................................................................................7

A Homeopatia ................................................................................... 9

Histórico............................................................................................................10

 A Farmácia Homeopática ...................................................................................18 Áreas de Atuação ............................................................................................... 20

 Assistência Farmacêutica ..................................................................................... 23

 Atenção Farmacêutica ........................................................................................24

Homeopatia – para saber mais...........................................................................26

Sites Interessantes (Homeopatia) ........................................................................ 28

Legislação ..........................................................................................................30

A Antroposofia ................................................................................ 32

Medicamentos antroposócos – para saber mais ................................................35

Sites Interessantes (Antroposoa) .......................................................................36

 A Comissão Assessora de Homeopatia ..............................................................37

Depoimentos ....................................................................................................38

 Você sabia que... ...............................................................................................40

Bibliograa Consultada .......................................................................................41

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 7

InTRODUÇÃOSegundo a OMS, saúde é “um estado dinâmico de completo bem-estar físico,mental, espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.Desde a Assembleia Mundial de Saúde de 1983, a inclusão de uma dimensão“não material” ou “espiritual” de saúde vem sendo discutida extensamente, aponto de haver uma proposta para se modicar o conceito clássico de “saúde”da Organização Mundial de Saúde para “um estado dinâmico de completo bem-

estar físico, mental, espiritual e social e não meramente a ausência de doença”(WHO/MAS/MHP/98.2.15)

O universo da medicina humana é muito amplo. O conhecimento médico éestruturado por sistemas decorrentes de pensamentos losócos, inuenciados por um contexto social e evolutivo. Os sistemas constituem-se de métodos terapêuticoscom técnicas particulares para sua aplicação. Estes sistemas às vezes se interrelacio-

nam e divergem entre si, conforme o enfoque, mas todos têm o objetivo comumde preservar ou restaurar a saúde. Nos casos em que a cura não for possível, éimportante ao menos atenuar o sofrimento do doente.

No século XX, a adoção do modelo biomédico mecanicista (modelo cientícoque divide o ser humano em partes para poder compreender o funcionamento doorganismo) desencadeou inúmeros avanços na área médica. A utilização do mo-

delo biomédico levou ao desenvolvimento de vacinas e antibióticos para combater infecções potencialmente letais, de medicamentos para aliviar as dores do corpo(analgésicos anti-inamatórios) e da alma (antidepressivos), além de aumentar signi-cativamente a resolutividade da medicina de emergência e da clínica em si. Por outrolado, nas últimas décadas, vericou-se uma dependência excessiva da alta tecnologia,o que elevou signicativamente os custos dos tratamentos e produziu diversos efei- tos adversos, bem como a crescente desumanização das práticas prossionais. Essa

constatação tem abalado o prestígio da medicina cientíca, reabrindo espaço para aspráticas alternativas (GONÇALVES et al, 2008).

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA8

 A medicina complementar e alternativa é denida como uma terapêutica nãoalopática, não convencional, holística ou natural. O Cochrane Colaboration denea MCA como “um grande conjunto de recursos curativos que engloba todos ossistemas de saúde, modalidades práticas e suas teorias e credos, outras que nãointrínsecas ao sistema de saúde politicamente dominante, em uma sociedade par - ticular ou cultura em um período histórico denido (IAPO, 2010). São diversos osmodelos terapêuticos complementares ou alternativos entre os quais se inserem

a Homeopatia, a Naturopatia (no sentido da utilização de recursos naturais, comoas plantas medicinais), a Medicina Antroposóca, a Medicina Tradicional Chinesa, a Acupuntura, a Homotoxicologia, etc. Alguns desses modelos terapêuticos têm emcomum a ênfase no doente como um todo, mais do que na doença propriamente,sem, no entanto, ignorá-la.

Na Homeopatia, considera-se a doença como a expressão de um desequilí -

brio, que se manifesta na região mais suscetível, pela predisposição do organismo.Considera-se que este desequilíbrio não é apenas físico e, por isso, a homeopatiabusca rearticular a esfera biológica aos campos diversos que constituem a existênciahumana. Alinhando a subjetividade às suas práticas, aproxima-se do pensamentoantropológico, pois relaciona o adoecimento a uma multiplicidade de causas que nãosão xas, mas suscetíveis a mudanças.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 9

A hOMEOPATIA A Homeopatia é um método terapêutico seguro e ecaz, baseado na Lei dosSemelhantes, segundo a qual, para se curar uma doença, o corpo doente devereceber um substância que provoque os mesmos sintomas quando administrada aum corpo saudável. Embora, na maioria das vezes, utilize-se em suas preparaçõessubstâncias naturais, o preparo de seus medicamentos requer uma técnica especialde manipulação. É, antes de tudo, uma arte, baseada numa losoa. Ainda que não

seja considerada uma ciência, assim como a medicina em geral, segue um métodocientico no seu desenvolvimento e na sua aplicação. Ao contrário do que ocorreem outras áreas, o que se mostrou verdadeiro há 200 anos continua valendo atéhoje. A Homeopatia não nasceu de uma inspiração instantânea, como o “Eureca”,de Arquimedes. Ela é fruto de um saber histórico, que precisa ser conhecido paraser melhor compreendido.

Na Homeopatia, o diagnóstico correto não consiste em identicar a doença,mas sim em encontrar o medicamento que provocou sintomas semelhantes numsujeito saudável, e cuja administração conduzirá a uma cura. O médico homeopá- tico, ao examinar o paciente, considera não só os sintomas locais – como é o casono exame médico convencional – mas também as várias reações do doente ao frioou calor, às diferentes condições climatéricas, diferentes posturas do corpo, etc. Oestado psíquico da pessoa também é examinado. A pessoa é tratada como um todo

e o medicamento receitado curará não só os sintomas locais, mas também todosos outros sintomas. Por este motivo, a homeopatia é descrita como um métodoterapêutico holístico.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA10

hISTÓRIcOOs Antecessores da Homeopatia

O tratamento dos enfermos com substâncias medicamentosas que produziamquadros semelhantes às suas enfermidades já era conhecido pelos hindus e chineses,que as empregavam em suas terapêuticas desde a mais remota antiguidade.

Na Grécia antiga, Hipócrates, considerado o pai da medicina, dizia que a harmo-nia cósmica está implícita na vida de cada indivíduo e de cada coisa existente, e queo ser humano é uma unidade vital harmônica que está sujeita a inuências do seumeio. Também falava das duas leis de cura que regem a terapêutica:

I - Principio dos contrários (Contraria contraria curantur): a terapêutica é dirigida con-

tra o agente causal e se sustenta no fundamento: desaparecida a causa, suprime-se

o efeito. Pode ser usada quando se conhece a causa da doença.

II - Lei da semelhança (Similibus similia curantur ): a cura deve proceder de forma se-melhante ao que ocorre na natureza, estimulando a Vix medicatrix naturae1 e, paraisto, são empregadas substâncias que produzem em pessoas sãs sintomas semelhan- tes à enfermidade.

Galeno, que liderou o pensamento médico até a Renascença, baseou sua tera -pêutica na teoria dos contrários. Embora reconhecesse a importância da lei da se-melhança, como atestam seus escritos, não a utilizava. Armava ser a doença um de-sequilíbrio dos humores do organismo (sangue, bílis, pituita e astrabilis) e que cabiaà terapêutica restabelecê-lo. Desta forma de pensamento terapêutico originaram-sepráticas como as sangrias, as purgações e a polifarmácia.

1 Vix medicatrix naturae – um dos princípios utilizados por Hipócrates, que signica os meca-nismos naturais de cura do próprio organismo, ou os mecanismos de autorregulação do orga -nismo vivo.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 11

Paracelso (1493-1541), médico, botânico, astrólogo e alquimista nascido na Su-íça, estabeleceu novos postulados a respeito da medicina e da terapêutica em con- traposição ao pensamento de Galeno, enfatizando: o estudo da natureza, a indivi-dualização do doente, e a individualização do remédio (não só do medicamento),baseado na lei da similitude. Na sua prática médica, deu mais importância à teoria das signaturas do que à aplicação da lei dos semelhantes. Embora fosse um defensor dalei da semelhança, suas atividades relacionadas com ocultismo e esoterismo levaram

Hahnemann a não fazer referência a Paracelso em suas obras.

O Desenvolvimento da Homeopatia - Hahnemann

Coube nalmente ao médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann(1755-1843) estabelecer as bases cienticas e práticas da Homeopatia, introduzindoa experimentação de medicamentos em indivíduos sadios, a elaboração do me-

dicamento dinamizado (diluição seguida de agitação), bem como a elaboração dematérias médicas correlacionando as propriedades efetivas dos medicamentos comos sintomas produzidos pelas drogas experimentadas (desde os sintomas ditos men- tais até os físicos, dando importância inclusive, aos sintomas peculiares e raros queapareciam nas experimentações). Dava muita ênfase a uma anamnese cuidadosa eexigia o registro por escrito de cada caso em particular. Era conhecedor das ideias deFrancis Bacon e da física de Isaac Newton. Discordava dos métodos de cura basea-

dos na medicina galênica, que ele achava muito especulativa.

Hahnemann desenvolveu uma medicina de base experimental quando, em 1796,publicou no jornal de Hufeland seu “Ensaio Sobre um Novo Princípio para Descobrir as Virtudes Curativas das Substâncias Medicinais, Seguido de Algumas ExposiçõesSumárias Sobre os Princípios Aceitos até Nossos Dias”, no qual escreveu:

“Para aprofundar o conhecimento dos medicamentos, para adaptá-los aos males,deve-se confar o menos possível no acaso, mas proceder sempre racionalmente (...) só

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA12

nos resta, por conseguinte, experimentar no organismo humano os medicamentos deque se deseje conhecer o poder medicinal”.

O médico que queira aperfeiçoar verdadeiramente sua arte deve xar sua aten-ção em dois pontos: quais os efeitos simples produzidos por uma substância tomadaindividualmente no organismo humano e o que resulta das observações de seusefeitos em tal ou qual doença simples ou complicada. Estas armações provêm da

observação da relação de semelhança entre sintomas suscitados pela intoxicaçãopela quina e as curas obtidas por aquela planta citadas num livro de matéria médicade Cullen, médico escocês. Historicamente é dito que Hahnemann, ao traduzir aobra de Cullen do inglês para o alemão, teve a inspiração para desencadear suasexperimentações, e desenvolveu um raciocínio que culminou na nova terapêutica.Fez então em si mesmo a experimentação patogenética da quina - ingeriu a cascaseca de Cinchona pulverizada e observou a ocorrência de sintomas semelhantes aos

da malária. A partir daí experimentou várias outras substancias em si, seus familiarese seus colaboradores, expondo seus trabalhos num espírito rigorosamente objeti-  vo, inaugurando o método experimental antes de Claude Bernard (1813-1851).Era conhecedor das experiências com animais, mas acreditava que, em matéria de terapêutica, não era lícito aplicar no homem conclusões obtidas a partir dos animais.

Tratava-se de uma revolução que abalaria o pensamento médico e farmacêutico

do século XVIII, contrariando muitos hábitos e situações conquistadas para que seimpusesse sem choques.

A Homeopatia no Brasil

 A Homeopatia foi introduzida ocialmente no Brasil em 1840 pelo médico fran-cês Benoît Jules Mure, que veio para cá com o propósito de implantar comunida-

des societárias de trabalhadores franceses, mas trazia na bagagem a experiência degrande divulgador da homeopatia em algumas cidades europeias. Suas convicções e

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 13

propostas na área social encontraram campo de ação na divulgação da Homeopatia,pois se propunha a tratar os escravos e os socialmente excluídos do Brasil Império.

 A Homeopatia se propagou pelo Brasil pelas mãos dos discípulos de Mure, e foiabraçada pelo movimento positivista em ns do século XIX. Com o advento da Repú-blica, a Homeopatia ganhou força institucional, tanto na sua prática como no seu ensi-no. Figuras importantes como Monteiro Lobato e Rui Barbosa estiveram ligados a ela.

 A partir da década de 1930, a Homeopatia gradativamente perdeu força e impor - tância no Brasil, sem no entanto desaparecer. Conheceu um renascimento na décadade 1970, com o advento das ideias libertárias da época. De terapia “alternativa”, ela sedesenvolveu cientíca e politicamente para a posição de Prática Complementar, nesteinício do século XXI, avalizada pelas políticas de saúde do governo brasileiro.

A Homeopatia no Século XXI

Na consulta médica homeopática, o individuo deve ser considerado em sua to- talidade. Ele passa por uma serie de observações e, após repertorização2, será con-siderado não como portador de uma determinada doença, mas como uma pessoaque apresenta um determinado conjunto de sintomas, que também foram obser - vados na experimentação de uma substância medicamentosa. Não dizemos: “este

individuo tem sinusite” mas que o quadro do paciente é compatível com a sinusiteprovocada pela ingestão de raízes de Hydrastis, por exemplo.

 A abordagem terapêutica homeopática faz dela uma prática de saúde altamentedesenvolvida e plenamente inserida no contexto ecológico, tanto do ponto de vista

2 O uso do repertório faz parte da consulta homeopática. O repertório é um tipo de obra que traz os

sintomas organizados em ordem alfabética e por grau de importância, em seções, correlacionadosàs substâncias causadoras dos mesmos. Enquanto a matéria médica correlaciona sintomas a ummedicamento, o repertório correlaciona medicamentos com um sintoma. O repertório é usadopelo homeopata para facilitar a escolha do medicamento.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA14

de ajudar a homeostase do organismo sem suprimir suas respostas autoprotetoras,quanto do ponto de vista da sustentabilidade, já que se utiliza, em quantidades muitopequenas, da diversidade biológica sem promover sua degradação ou extinção, enão agride o meio ambiente com solventes potentes e poluidores.

Max Planck (1900 - início da física quântica), em seus estudos sobre radiações, trouxe algumas descobertas que sugerem a existência de outras leis operando no

universo de forma mais profunda do que as que conhecemos. Os conceitos danova física apresentam conrmações da noção de que os sistemas vivos e não vivos  têm capacidades inerentes autorreguladoras, auto-organizadoras e autocuradorasno sentido de manter a homeostase e desenvolver níveis cada vez mais elevadosde ordem e estabilidade.

Há muito para se investigar sobre o efeito dos medicamentos homeopáticos3 

nos seres vivos, cando cada vez mais evidente a necessidade de se utilizar métodosdiferentes dos até agora rmados pelo atual conhecimento, pois através destes últi-mos não se consegue explicar a efetividade ou seu “mecanismo de ação”. Cabe aospesquisadores e cientistas determinar estes métodos.

 A terapêutica homeopática, devido ao uso de doses innitesimais, não costumadesencadear interações medicamentosas e efeitos adversos, tão comuns na tera-

pêutica alopática. Em alguns casos, pode ocorrer a piora dos sintomas da doença,denominada de agravação. Nestas situações, o médico homeopata deve ser procu-rado, podendo decidir pela alteração da diluição do medicamento, espaçamento dasdoses ou, em situações mais graves, interromper o uso ou, até mesmo, utilizar umantídoto à ação do medicamento em uso. De modo geral, quando os tratamentosalopáticos e homeopáticos são utilizados em conjunto, observam-se efeitos sinérgi-cos, levando à diminuição e, às vezes, retirada do medicamento alopático.

3 Denominados também ultradiluições no âmbito da pesquisa cientíca básica.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 15

 Apesar dos avanços tecnológicos da Medicina Moderna e seus incontestáveis be-nefícios à saúde das pessoas, existe uma parcela crescente da população que nãoconsegue atingir um nível satisfatório de saúde com os tratamentos convencionais eque pode se beneciar da homeopatia, já que esta avalia o doente como um todo e,aparentemente, estimula o sistema de defesa. Como nem sempre os exames labo-ratoriais registram com delidade disfunções de órgãos percebidas pelos pacientes,o diagnóstico alopata pode ser impreciso em alguns e o prossional de saúde se vê

diante da situação de simplesmente ter de confessar ao paciente que “não encontrounada nos exames”. Muitas vezes, a Homeopatia complementa a assistência médicaconvencional, chegando, algumas vezes, a substituí-la, principalmente nos casos emque o paciente é intolerante às terapias convencionais.

Observa-se uma tendência ao aumento de moléstias crônicas por causa do au-mento da expectativa média de vida da população e os tratamentos atuais muitas

 vezes são inecazes ou apenas paliativos, além de serem frequentemente dispen-diosos. Nestes casos, a Homeopatia também pode ser muito útil, tanto no restabe-lecimento, quanto na manutenção da saúde.

 Ainda que não cure todas as doenças, nem a todos os doentes, a Homeopatia ofe-rece uma possibilidade real de cura para muitas doenças agudas, crônicas, epidêmicasou até mesmo hereditárias, como demonstram as pesquisas desenvolvidas na área.

Presume-se, em geral, que a maneira de pensar sobre a saúde e a doença e aspráticas de cura dos médicos convencionais é a única e a mais adequada, mas quan-do se pode compará-la com um modelo coerente de assistência, essas certezasdiminuem. Por isso é importante que a homeopatia seja disponibilizada como opção terapêutica a toda a população e não só a uma parte restrita dela.

 A Homeopatia brasileira ocupa hoje um lugar de destaque no cenário mundialdevido ao alto grau de desenvolvimento da sua prática e por estar inserida nos

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA16

órgãos ociais e acadêmicos nacionais. Com a aprovação da Política Nacional dePráticas Integrativas e Complementares (Portaria º 971/2006 – MS), a homeopatiapassou a integrar o rol de terapias oferecidas através do SUS e vem sendo gradual-mente implantada, o que a torna acessível a qualquer cidadão. Por outro lado, caberessaltar que existe ainda uma lacuna em relação à farmácia homeopática e à assis- tência farmacêutica no SUS. Esforços devem ser empreendidos para sanar esta falha,permitindo que, em futuro próximo, as práticas antes consideradas alternativas sejam

parte integrante de um sistema abrangente de atenção à saúde.

Regulamentação da Homeopatia no Brasil

 A farmácia homeopática no Brasil esteve desde cedo regida por dispositivoslegais. Em 1851 tem-se o registro mais antigo relativo ao exercício de farmácia ho-meopática, sendo que, até 1965, quem orientava os processos de licenciamento

de produtos homeopáticos era uma subcomissão de Assuntos Homeopáticos noServiço Nacional de Fiscalização de Medicina e Farmácia.

Pelo Decreto nº 57.477, de 20/12/65, foi regulamentada a manipulação, re-ceituário, industrialização e venda de produtos utilizados em homeopatia. Logodepois foi instituída a Portaria nº 17, de 1966, que o implantou.

Em 25/11/76, foi aprovada a primeira edição da Farmacopeia HomeopáticaBrasileira, graças aos trabalhos e empenho da Dra. Helena Minim, médica e far -macêutica homeopata.

 A Lei 5.991, de 17/12/73, incluiu a farmácia homeopática na legislação. Em 1976, aLei nº 6.360 incluiu os medicamentos homeopáticos no sistema de Vigilância Sanitária.

Em 1980, a Homeopatia foi aprovada como especialidade médica pelo Conse-lho Federal de Medicina.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 17

Em 1986, por meio da Resolução nº 176, o Conselho Federal de Farmácia rati- cou como privativa da prossão farmacêutica a farmácia homeopática. Em 1992,este mesmo Conselho regulamentou pela primeira vez a responsabilidade técnicaem farmácia homeopática.

Em 1997, foi publicada pelo Ministério da Saúde a segunda edição da Farmaco-peia Homeopática Brasileira.

 A partir de 2000, a farmácia homeopática foi incluída nas sucessivas normasde boas práticas de manipulação e, em 2003, o registro de medicamentos ho-meopáticos industrializados foi regulamentado pela Agência Nacional de VigilânciaSanitária - Anvisa.

Em 2006, o Ministério da Saúde publicou a Política Nacional de Práticas Integra-

  tivas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (Portaria º 971/2006– MS). Segundo essa política, as PIC compreendem um universo de abordagensdenominado pela OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa - MT/ MCA e incluem, dentre outras práticas: a acupuntura, a homeopatia e a toterapia.Para o usuário, isto signica a democratização na opção e no acesso à terapêuticaque melhor lhe convém, além de atender também à recomendação da OMS deintrodução de práticas complementares nos serviços de saúde.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA18

A fARMácIA hOMEOPáTIcA“O empenho do farmacêutico em liberar a essência da substan-

cia através de seu trabalho em dinamizá-la é a própria imagem dohomem no sentido da liberdade”

Flávio Milanese

Não se faz Homeopatia sem medicamentos, como pode ocorrer em algunsramos da medicina, passíveis de realizar a cura com outras técnicas ou mesmocom placebo ou interação médico-paciente. Daí a importância de um prossio-

nal bem treinado para a elaboração de medicamentos de acordo com as regras  farmacotécnicas e as Boas Práticas de Manipulação preconizadas para a Ho-

meopatia. Na aquisição de medicamentos homeopáticos é indispensável quese recorra a farmácia de merecida reputação, conduzida por um farmacêutico

homeopata bem formado, que conheça não só a técnica, mas tenha consciên-cia das modalidades dos medicamentos e um sólido conhecimento da losoahomeopática, para fazer não só uma boa dispensação, mas também uma assis- tência farmacêutica diferenciada.

 A farmácia homeopática é o estabelecimento que manipula fórmulas magis- trais e ocinais, segundo a sua respectiva farmacotécnica. Para isso, deve contar 

com prossional farmacêutico habilitado, possuir estrutura física e técnica ade-quadas e estar regularizada perante a Vigilância Sanitária para o exercício des-

sa atividade. Os medicamentos são aviados segundo uma prescrição médica,odontológica ou veterinária e devem ser registrados em livro de receituário. Épermitido às farmácias homeopáticas manter seções de vendas de correlatos e

de medicamentos não homeopáticos quando apresentados em suas embala-

gens originais. Assim como qualquer outro tipo de Farmácia, a Farmácia Home-

opática deve contar com assistência farmacêutica em tempo integral (responsá- vel técnico ou substituto).

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 19

 As técnicas para as preparações estão descritas na Farmacopeia Homeopática Bra-sileira, complementada pelo Manual de Normas Técnicas da Associação Brasileira deFarmacêuticos Homeopatas - ABFH (que também é reconhecido pela Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária - Anvisa) onde estão descritos desde recomendações sobreas instalações da farmácia ou do laboratório até a dispensação do produto nal.

Um insumo ativo é diluído sucessivamente em um insumo inerte em proporção

denida e constante, sofrendo agitação (no caso de líquidos) ou trituração (no casode sólidos) depois de cada diluição. Este processo, chamado de dinamização, des-perta as qualidades curativas sutis da substância medicamentosa, ao mesmo tempoem que uma eventual característica tóxica é mitigada.

Os medicamentos homeopáticos são mais comumente utilizados em uso in- terno, como soluções hidroalcoólicas dinamizadas, glóbulos de sacarose, pastilhas,

comprimidos ou pós. As soluções homeopáticas podem também ser incorporadasem veículos apropriados para uso externo como pomadas, géis, cremes, óvulos,supositórios etc. Algumas correntes homeopáticas utilizam a forma injetável.

Geralmente, o medicamento é identicado pelo seu nome em latim, através danotação binária, seguindo a nomenclatura ocial, fazendo com que seja reconhecidopelo mesmo nome, seja na Rússia, no Brasil ou na Inglaterra. O nome do medica -

mento é seguido por um número que indica quantas vezes ele sofreu o processo dedinamização e por letras que identicam por qual método ele foi preparado. Exem-plo: para a Arnica montana 12 CH, foi empregada a Arnica montana L., dinamizadadoze vezes, pelo método centesimal hahnemanniano ou CH.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA20

áREAS DE ATUAÇÃOFarmácia homeopática

Conforme a resolução do CFF nº 440/05, para trabalhar nesta área, o far -macêutico responsável e seu substituto devem comprovar seu conhecimentona área (exceto aqueles que já exerciam a responsabilidade técnica antes dapublicação da Resolução nº 319/97). O CFF considera habilitado a exercer a

responsabilidade técnica de Farmácia que manipule homeopáticos o farmacêu- tico que tenha cursado a disciplina de Homeopatia com mínimo de 60 horasmais estágio de 240 horas durante a graduação ou aquele que possua curso deespecialização em Homeopatia reconhecido pelo CFF. O farmacêutico devezelar pelas Boas Práticas de Manipulação, conforme a RDC 67/2007 e as alte-

rações introduzidas pela RDC 87/2008, bem como as Boas Práticas de Farmá-cia preconizadas pela RDC 44/2009. O gerenciamento da qualidade engloba a

documentação de todos os processos (elaboração de Manual de Boas Práticas,contendo todos os Procedimentos Operacionais Padrão), a avaliação farma-

cêutica das receitas, a qualicação de fornecedores, o controle da qualidadedas matérias-primas e produtos acabados, bem como a orientação ao paciente(Atenção Farmacêutica).

Indústria Homeopática

 A Indústria Homeopática é aquela que manipula e fabrica insumos farma-cêuticos dinamizados, produtos ocinais homeopáticos, medicamentos home-

opáticos industrializados e outros, de uso em homeopatia. Só poderá funcionar com autorização de funcionamento da Anvisa, sob supervisão do farmacêuti-co, de acordo com a legislação em vigor. A indústria de insumos farmacêuti-cos dinamizados produz principalmente tinturas-mãe e matrizes dinamizadas,

matérias-primas essenciais para que farmácias homeopáticas realizem a mani-pulação de medicamentos homeopáticos. Apesar de existir um número muito

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 21

pequeno de indústrias deste tipo no país, são elas que garantem a existênciado medicamento nas farmácias. O farmacêutico homeopata tem papel indis-pensável nesta indústria.

Com relação aos medicamentos homeopáticos industrializados, estes se divi-dem em produtos isentos de registro (porém passíveis de noticação) e passíveisde registro. De acordo com a RDC 26/2007, existem os medicamentos homeo-

páticos de componente único, passíveis de noticação ou de registro e os medi-camentos homeopáticos compostos, que são medicamentos passíveis de registro.Somente os medicamentos dinamizados de um único insumo ativo isentos deprescrição, conforme disposto na Tabela de Potências para Registro e Noticaçãode Medicamentos Dinamizados Industrializados, são passíveis de noticação. Todomedicamento homeopático industrializado deve ser preparado a partir insumosativos, em quaisquer potências, com base nos fundamentos da homeopatia, cujos

métodos de preparação e controle estejam descritos na Farmacopéia Homeopáti-ca Brasileira, edição em vigor, outras farmacopeias homeopáticas, ou compêndiosociais reconhecidos pela Anvisa, com comprovada ação terapêutica descrita nasmatérias médicas homeopáticas ou nos compêndios homeopáticos ociais reco-nhecidos pela Anvisa, estudos clínicos, ou revistas cientícas.

O rótulo dos medicamentos homeopáticos, além de atender (no que cou -

ber) ao regulamento vigente para rotulagem de medicamento, deve conter asseguintes informações: potência, escala, via de administração, forma farmacêuticae denominação do(s) insumo(s) ativo(s) utilizando a nomenclatura ocial. Tambémdeve constar no rótulo o texto “HOMEOPÁTICO (produtos sujeitos a registro)ou a expressão “FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA” (medicamentoshomeopáticos industrializados sujeitos a noticação, integrantes da FarmacopeiaHomeopática Brasileira), ou ainda a expressão “HOMEOPÁTICO” (medicamen-

 tos não inscritos na Farmacopeia Homeopática Brasileira, mas inscritos em outras farmacopeias e compêndios reconhecidos pela Anvisa).

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA22

Ensino

Considerando que a maior parte das faculdades de farmácia possui a disciplina deHomeopatia ou Farmacotécnica Homeopática, a presença de professores farmacêu- ticos com profundo conhecimento de Homeopatia é essencial.

Pesquisa

Embora a produção cientíca nesta área ainda seja reduzida, já existem algumaspesquisas em andamento nas universidades em que o farmacêutico está presentecomo membro de grupos de pesquisa multiprossional. Esta atividade é essencialpara o futuro seguro da Homeopatia, já que o desconhecimento do mecanismo deação é ponto frágil importante para a maior aceitação desta terapêutica.

Serviço Público

Com a implantação do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complemen- tares (PNPIC), é essencial que existam, na rede pública, farmacêuticos que garantama manipulação dos medicamentos homeopáticos ou qualiquem fornecedores con- veniados para o atendimento das prescrições geradas pelos homeopatas médicos edentistas que atendam a população.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 23

ASSISTÊncIA fARMAcÊUTIcAFaz parte do perl e das atribuições do farmacêutico homeopata ter um conhe-

cimento profundo da losoa e da medicina homeopáticas, e das diversas escolasnas quais a homeopatia se dividiu. Além disso, deve conhecer os medicamentos quemanipula, para melhor orientar o paciente. O farmacêutico é o elo entre o prescritor e o usuário.

No Brasil, as principais escolas homeopáticas são:

Unicista (prescreve um único medicamento, à maneira de Hahnemann, com basena totalidade dos sintomas do doente - o simillimum);

 Alternista, também conhecida como pluralista (a prescrição é de dois ou maismedicamentos para serem administrados em horas distintas, alternadamente, para

que um complemente a ação do outro, atingindo, assim, a totalidade dos sintomasdo paciente);

Organicista (a prescrição do medicamento é direcionada aos órgãos doentes, con-siderando as queixas mais imediatas do paciente). Essa conduta aproxima-se damedicina alopática, que fragmenta o ser humano em órgãos e sistemas. Numa visão organicista, o clínico xa-se apenas no problema local, não levando em conta

os sintomas emocionais e mentais, que podem estar relacionados ao problema;

Complexista (são prescritos dois ou mais medicamentos para serem administrados simultaneamente ao paciente).

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA24

ATEnÇÃO fARMAcÊUTIcAEm um país carente de assistência básica à saúde, a farmácia deve ser um dos pó-

los desta assistência, tanto na alopática quanto na homeopática, sempre com cautelae ética. No caso da farmácia Homeopática, que exige conhecimentos especícos, torna-se necessária e imprescindível a presença de um farmacêutico muitíssimo bempreparado. O farmacêutico homeopata exerce um papel-chave na dinâmica que háentre a consulta, a dispensação e a utilização do medicamento, até a nova consulta.

O farmacêutico homeopata pode ser o prossional capaz de orientar o usuárioa utilizar corretamente os medicamentos homeopáticos, auxiliando na cura deenfermidades leves e também prevenindo e evitando o desenvolvimento de en- fermidades graves, levando sempre em conta a lei dos semelhantes. A opção pelahomeopatia exige, por parte do paciente, uma compreensão do que é o trata -mento e uma observação atenta da ação do medicamento prescrito, ou seja, uma

observação atenta e crítica de si mesmo, e que ele exercite o empoderamento desua própria saúde, o que torna a homeopatia atual e interativa, como devem ser as terapêuticas da Nova Era. É preciso entender “que caminhos o organismo seguirápara chegar a um estado de equilíbrio melhor”, às vezes passando por períodosde agravação (geralmente passageiro e suportável), períodos de eliminação ouretorno de sintomas antigos.

O paciente deve ser orientado com relação a alguns cuidados com o medica-mento homeopático (AMHB, 2010):

 � Sempre mantê-los nos frascos originais e bem fechados; � Levar o medicamento diretamente à boca sem contato com as mãos no momento de

 tomá-lo. Evitar também que o conta-gotas ou tampa do frasco toquem à boca para que

não ocorra contaminação e fechar imediatamente o frasco;

 �

 Antes e após cada dose, permanecer sem se alimentar por um intervalo mínimo de 30minutos;

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 25

 �

Os medicamentos devem car longe de aparelhos eletrodomésticos ou que emitamradiação (rádio, televisão, forno de microondas, geladeiras, computadores, telefones

celulares, etc.);

 �  Ambientes úmidos ou expostos à luz solar direta, como também os locais que possuam

odores fortes de perfumes, sabonetes, produtos de limpeza, condimentos e outrosmedicamentos (principalmente canforados) alteram o medicamento. Portanto, deve-se

evitar guardá-los em bolsas com perfumes, balas ou cigarros;

 �

Nas viagens de carro, procurar guardá-los em sacolas térmicas, caixas de madeira ouisopor, pois o sol e o calor forte do porta-luvas podem danicá-lo;

 � Quando viajar de avião, evitar a exposição dos medicamentos aos raios X e arco

magnético. Sugere-se levá-los como bagagem de mão e explicar aos funcionários do

aeroporto que são medicamentos sensíveis às radiações.

 

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hOMEOPATIA - PARA SABER MAISPARA LER

Obras de Divulgação

(Estas obras são mais didáticas para principiantes)

Rosenbaum, Paulo. Homeopatia: Medicina sob medida, São Paulo, Publifolha, 2005.

Marins, Gerson Rodrigues. Homeopatia, o que é e o que não é 3ªed. São Paulo: Do autor.

Nassif, Maria Regina Galante: Homeopatia sem dúvida. São Paulo: Paulinas, 1996.

Brunini, Carlos et Sampaio,Carlos (coord.). Homeopatia, Princípios, Doutrina e Farmácia. São Paulo:

Mythos,1993.

Barollo, Célia Regina. Aos que se tratam pela Homeopatia. São Paulo: Typus,1989.

Obras Essenciais

(Estas são obras essenciais, mas difíceis de serem entendidas pelos principiantes)

Hahnemann, Samuel: Organon da Arte de Curar, 6ª edição, Trad. de Villela, E. M. e Soares, I. C. Museu

de Homeopatia Abraão Brickmann, Ribeirão Preto, 1995.

Hahnemann, Samuel: Matéria Médica Pura, Robe Editorial, 2007.

Hahnemann, Samuel: Doenças Crônicas, Sua Natureza Peculiar e Sua Cura Homeopática: Ed. Bento

Mure, 1999.

Outras obras indicadas

(Obras que explicam de forma mais didática)

 Vithoulkas, George. Homeopatia Ciência e Cura. São Paulo: Cultrix,1980.Kent, James T.: Filosoa Homeopática. São Paulo: Robe Editorial,1996.

 

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Demarque, Dénis: Homeopatia: Medicina de Base Experimental. Rio de Janeiro: Gráca Olímpica,1973

Fontes, Olney L. Farmácia Homeopática: teoria e prática 2ª ed. Barueri: Manole, 2005.

Soares, Antonius A. D.: Farmácia Homeopática. São Paulo: Andrei, 1977.

 Vannier,Leon. Manual de Terapêutica Homeopática. São Paulo: Organon, 2004.

Demarque, Denis. Técnicas Homeopáticas. Buenos Aires: Marecel S.L.R.,1981.

 Vithoulkas, George. The science of Homeopathy 1ª.ed.New York; Grave Press,1980.

 Jahr,G.H.G.: Nouvelle Pharmacopée Homeopathique, Paris; J.B.Bailliere et Fils1862.

Martinez, Juan Arsenio. Farmacia Homeopática. Buenos Aires: Albatroz,1979.

Banerjee, D.D. Text book of Homeopathic pharmacy. New Delhi: B. Jain Publishers,1991.

Lanuza, M.M.D.N.G; Suarez, R.B. Tratado de farmacotecnica homeopática. Buenos Aires: Biblioteca Ho -

meopatica Argentina,1962.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA28

SITES InTERESSAnTES (hOMEOPATIA)Publicações

Biblioteca Virtual de Saúde - BIREME: http://regional.bvsalud.org/php/index.php

(em LILACS pesquise por “homeopatia”)

Homeopathicum: http://www.homeopathicum.com/novo/index.asp

HomeopatiaOnLine: http://www.homeopatiaonline.com/ 

Portal Ecomedicina: http://www.ecomedicina.com.br/site/coneudo/index.asp

Revista de Homeopatia: http://www.aph.org.br/revista/index.php/aph/issue/archive

Liga Médica Homeopática Internacional: http://liga.iwmh.net

International Journal of High Dilution Research: http://www.feg.unesp.br/~ojs/index.php/ijhdr/index

(revista eletrônica aberta, especializada no campo de pesquisa de altas diluições. Mantém corpo edi -

 torial internacional e é indexada por LILACS/BIREME/PAHO/WHO e EBSCO. Faz parte de Qualis-CAPES (B3-interdisciplinar), Latindex, OJS/PKP, Google Scholar, DOAJ, NSDL/NSF, Open J-Gate,

 JournalSeek e Portal CAPES.

Associações

Instituto Hahnemanniano do Brasil - IHB: http://www.ihb.org.br 

Instituto Homeopático François Lamasson: http://lamasson.com.br 

 Associação Paulista de Homeopatia - APH: http://www.aph.org.br 

Centro de Estudos Avançados em Homeopatia - CESAHO: http://www.cesaho.com.br/cesaho/index.aspx

 Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas - ABFH: http://www.abfh.com.br 

 Associação Medica Homeopática Brasileira - AMHB: http://www.amhb.org.br 

 Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira - AMVHB: http://www.amvhb.org.br/portal/index.php

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 29

 Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia - ABRAH: http://www.abrah.org.br/ 

 Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas Homeopatas - ABCDH: http://abcdhnac.blogspot.com

Fundação de Estudos Médicos Homeopáticos do Paraná: http://www.femhpr.org.br 

Instituto James Tyler Kent: http://www.ihjtkent.org.br 

 Associação Médico Homeopática de Minas gerais - AMHMG: http://www.amhmg.org

Groupe International de Recherche sur L’Innitesimal - GIRI: http://www.giriweb.com

 

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LEGISLAÇÃODecreto nº 57.477, de 20 de dezembro de 1965: Dispõe sobre manipulação, re-

ceituário, industrialização e venda de produtos utilizados em homeopatia e dá outras

providências.

Portaria nº 17, de 22 de agosto de 1966: Dispõe sobre a manipulação, receituário

industrialização e venda de produtos utilizados em homeopatia.

Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973: Dispõe sobre o controle sanitário docomércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá ou-

 tras providências.

Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974: Regulamenta a Lei número 5.991, de

17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de

drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.

Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976: Dispõe sobre a vigilância sanitária a que

 cam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos,

cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências.

Decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977: Regulamenta a Lei no 6.360, de 23

de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamen-

  tos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene,

saneantes e outros.

Resolução RDC nº 26, de 30 de março de 2007: Dispõe sobre o registro de me-

dicamentos dinamizados industrializados homeopáticos, antroposócos e anti-ho-

motóxicos.

Instrução Normativa nº 3, de 11 de abril de 2007: Dispõe sobre a “Lista de Refe-

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 31

rências Bibliográcas Para Avaliação de Segurança e Ecácia de Medicamentos Di-namizados.”

Instrução Normativa nº 4, de 11 de abril de 2007: Dispõe sobre o Guia para a Re-

alização de Estudos de Estabilidade para Medicamentos Dinamizados.

Instrução Normativa nº 5, de abril de 2007: Dispõe sobre os limites de potência

para registro e noticação de medicamentos dinamizados.

Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007: Dispõe sobre Boas Práticas de

Manipulação de Preparações Magistrais e Ocinais para Uso Humano em farmácias.

RDC 87, de 21 de novembro de 2008. Alterações da RDC 67/2007.

Resolução nº 465, de 24 de julho de 2007. Dispõe sobre as atribuições do farma-

cêutico no âmbito da Farmácia Antroposóca.

Resolução CFF Nº 440 de 22 de setembro de 2005: Dá nova redação à Resolução

nº 335/98 do Conselho Federal de Farmácia, que dispõe sobre as prerrogativas para

o exercício da responsabilidade técnica em homeopatia.

Resolução CFM nº 1845/2008: Dispõe sobre a nova redação do Anexo II da Reso-

lução CFM nº 1.785/2006, que celebra o convênio de reconhecimento de especia-

lidades médicas rmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM), a AssociaçãoMédica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA32

A AnTROPOSOfIA A Antroposoa foi iniciada pelo lósofo austríaco Rudolf Steiner (1861 - 1925)

a partir do estudo da obra e do método cientíco de J. G. Goethe. Ela propõe umcaminho de evolução cognitiva que une os aspectos materiais, anímicos e espiritu-ais do ser humano, da natureza e do cosmo.

Com colaboração de muitos estudiosos, a Antroposoa foi introduzida em vá-

rios âmbitos de atuação humana, como na educação (pedagogia Waldorf), na agri-cultura (biodinâmica), nas artes (euritmia, arte da fala, etc.), na sociologia (trimem-bração social), economia, na religião (Comunidade de Cristãos) e na medicina eseus âmbitos correlatos, em que se destaca a farmácia antroposóca, ladeada por  terapias corporais e cognitivas. Todos estes âmbitos têm evoluído intensamentedesde o início do século XX.

 A farmácia antroposóca tem evoluído muito proximamente à homeopatia, noBrasil e no mundo. Elas compartilham a utilização de medicamentos dinamizados(ou ultradiluições), além de vários outros aspectos técnicos.

Fundamentos da Farmácia Antroposófica

Faz parte do conhecimento fundamental da Antroposoa o fato do ser humano

e a natureza terem tido uma evolução comum, existindo assim uma reconhecívelidentidade de processos entre o ser humano e os reinos da natureza.

Conhecendo-se assim as relações análogas existentes entre a natureza e o ser humano, pode-se reconhecer medicamentos capazes de estimular atividades básicasdo organismo humano ou de certos órgãos.

 A ação destes medicamentos não pode ser compreendida levando-se em contaapenas a composição química dos mesmos, eles são mais do que uma soma de

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 33

substâncias ativas. O medicamento deve ser uma unidade orgânica resultante deprocessos que ocorrem na natureza, que são enfatizados em seus diferentes aspec- tos através de processos farmacêuticos adequados.

Medicamentos Antroposóficos

Os medicamentos antroposócos são produzidos respeitando-se a natureza es-

sencial e qualitativa das substâncias dos reinos vegetal, mineral e animal, preparadospor processos farmacêuticos orientados pelos conceitos da Antroposoa, atravésdos quais se relacionam com os processos biológico, anímico e espiritual do homem  trimembrado. Os medicamentos antroposócos são, então, oriundos dos reinosmineral, vegetal e animal, e podem conter várias combinações dos mesmos.

 As matérias-primas obtidas destes reinos, de modo a manterem ao máximo as

suas características vitais originais, são transformadas em medicamentos por meio deprocessos farmacêuticos. Estes são escolhidos de acordo com a natureza das subs - tâncias e com a nalidade terapêutica do medicamento a ser preparado.

 A Farmácia Antroposóca utiliza procedimentos farmacotécnicos usuais, como osdescritos em farmacopeias e tratados de farmacotécnica, como tais, ou com varia-ções, e se utiliza também de processos farmacêuticos originais desenvolvidos a partir 

do conhecimento antroposóco da natureza e do homem.Dentre estes processos destacam-se os extrativos, com gradações de aplicação

de calor, luz e ritmos diversos, desde a maceração ou percolação a frio, passandopela digestão morna, pela fermentação, a infusão, até a decocção e destilação. Assubstâncias podem ainda ser tostadas, carbonizadas ou incineradas. Metais podemser sublimados ou espelhados. E todas estas preparações podem ser dinamizadas,

por meio da trituração em pós considerados inertes e da agitação ritmada em diver -sos excipientes líquidos.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA34

Os medicamentos são apresentados nas mais diversas formas farmacêuticas,como: soluções injetáveis, tinturas-mãe, extratos, diluições, hidrolatos, xaropes,elixires, colírios, errinos, colutórios, soluções otológicas, triturações, granulados,glóbulos, comprimidos, cápsulas gelatinosas, pomadas, pastas, cremes, unguentos,loções, óleos, gliceróleos, emulsões, géis, óvulos, supositórios, entre outras.

Regulamentação da Farmácia Antroposófica

 A atuação do farmacêutico no âmbito da farmácia antroposóca foi regulamenta-da por meio da resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 465, de 4 de julhode 2007. Ela se dá na farmácia magistral, comunitária, na indústria, na educação equalicação prossional, na scalização, na pesquisa e no desenvolvimento farma-cêutico. Para ns desta Resolução, entende-se por farmacêutico antroposóco oprossional graduado em ciências farmacêuticas e registrado no Conselho Regional

de Farmácia de sua jurisdição, com formação teórico-prática em farmácia antroposó- ca, promovida ou reconhecida pela Associação Brasileira de Farmácia Antroposóca(Farmantropo), que o habilita nas áreas de pesquisa, desenvolvimento, produção,controle de qualidade, garantia de qualidade e questões regulatórias dos produtos  farmacêuticos antroposócos, assim como do aconselhamento, da dispensação ecomercialização de medicamentos em farmácias.

Os medicamentos antroposócos estão regulamentados na Resolução RDC nº 26,de 3 de abril de 2007 e nas Instruções Normativas 3, 4 e 5, de 11 de abril de 2007.

 As técnicas peculiares utilizadas na farmácia antroposóca estão descritas no Có-digo Farmacêutico Antroposóco (Anthroposophic Pharmaceutical Codex - APC),publicado pela Associação Internacional de Farmacêuticos Antroposócos (Interna- tional Association of Anthroposophic Pharmacists - IAAP).

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 35

MEDIcAMEnTOS AnTROPOSÓfIcOS –

PARA SABER MAIS

PARA LER

HUSEMANN, F.; WOLFF, O. A Imagem do Homem como Base da Arte Médica. Vol 1, 2 e 3. São Paulo:

Editora Resenha Universitária, 1978. 1064 p

BOTT, V. Medicina Antroposóca, uma Ampliação da Arte de Curar. Vol. 1 e 2. 3ª ed., São Paulo: Associa-

ção Benecente Tobias, 1991. 400 p

MORAES, W. A. Medicina Antroposóca: Um paradigma para o século XXI. São Paulo: Associação Brasi-

leira de Medicina Antroposóca, 2005. 384 p

STEINER, R.; WEGMAN, I. Elementos Fundamentais para uma Ampliação da Arte de Curar. São Paulo:

Editora Antroposóca, 2001. 104

GARDIN, N. e SCHLEIER, R. Medicamentos Antroposócos - Vademécum. São Paulo: Editora João de

Barro, 2009, 285 p.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA36

SITES InTERESSAnTES (AnTROPOSOfIA) Associação Brasileira de Farmácia Antroposóca - FARMANTROPO: http://www.farmantropo.com.br 

International Association of Anthroposophic Pharmacists — IAAP: http://www.iaap.org.uk 

Sociedade Antroposóca no Brasil: http://www.sab.org.br 

Sociedade Antroposóca Universal: http://www.goetheanum.org

 Associação Brasileira de Medicina Antroposóca - ABMA: http://www.medicinaantroposoca.com.br 

International Federation of Anthroposophic Medical Associations — IVAA : http://www.ivaa.info

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 37

A cOMISSÃO ASSESSORA DE hOMEOPATIA A Comissão Assessora de Homeopatia conta com a colaboração de prossionais

especializados em Homeopatia, Antroposoa e Homotoxicologia, mas que também têm em seu currículo cursos de aperfeiçoamento em práticas demandadas em far -mácias homeopáticas, como Aromaterapia, Florais, Fitoterapia, Oligoterapia, etc. Ini-cialmente, estes farmacêuticos participavam das reuniões da Comissão Assessora deFarmácia, mas com a crescente demanda de assuntos a serem tratados, a Diretoria

do CRF-SP optou pela criação do Grupo de Trabalho de Homeopatia, com funcio-namento independente da Comissão Assessora de Farmácia, a partir de setembro de2004. Os trabalhos do Grupo foram avançando e, em fevereiro de 2008, foi criada aComissão Assessora de Homeopatia.

 A Comissão Assessora de Homeopatia tem por nalidade discutir assuntos queexijam conhecimentos especícos na área de homeopatia para dar assistência técnica

ao CRF-SP (Diretoria, Conselho, Fiscalização, Assessoria Jurídica, etc.). Participa deConsultas Públicas, dá sugestões e propõe temas para a Revista do Farmacêutico,para programação e participação em congressos e promoção de cursos informativosde homeopatia nos diversos locais onde se zer necessário.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA38

DEPOIMEnTOS“Formada há um ano, estudante de pós-graduação em homeopatia e trabalhan-

do na área, tomei conhecimento da comissão por amigos e há pouco tempo tive aoportunidade de participar das reuniões e discussões a respeito de assuntos relevan- tes para o farmacêutico homeopata. Tem sido uma grande experiência que a cadadia contribui para o meu crescimento e qualicação prossional, me auxiliando naassistência farmacêutica prestada a população”.

Josiane Caneschi Magalhães

“Atuando na área Magistral há 13 anos, sempre me questionei sobre o conceito -saúde e doença que conhecemos hoje. A medicina alopática preocupa-se em tratar sintomas locais, promovendo uma anestesia temporária aos seus pacientes que per -

manecem doentes, sem promover a cura efetiva. Após iniciar minha especializaçãoem homeopatia e frequentar as reuniões no CRF, vislumbrei um novo horizonteem minha prossão, no qual o ser humano é o foco principal e não a doença ou omedicamento a dispensado”.

Ivana Stefanini Carreiro

“Durante 12 anos, ocupei o cargo de Secretária de Farmácia da Liga Médica Ho-meopática Internacional durante. Com isto participei de uma dúzia de congressosinternacionais, conheci diversos países e culturas, assisti aos maiores nomes da ho-meopatia internacional, participei de reuniões anuais de diretoria e do comitê inter -nacional, com um representante de cada país. O idioma ocial é o inglês, mas vocêacaba usando tudo o que sabe em qualquer idioma (exceto polonês, foi impossível!).

Na maior parte destes países, o medicamento homeopático é industrializado, e opapel do farmacêutico é a indicação. Em alguns, o farmacêutico pode prescrever até

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 39

mesmo em consultórios, especialmente se tiver o título de homeopata, disponível também para leigos. Há poucos exemplos de países onde o farmacêutico manipulamedicamentos homeopáticos, mas sempre divulguei a experiência brasileira paraos homeopatas do exterior. Seções farmacêuticas tornaram-se rotina durante oscongressos internacionais, com exibição de vídeos e demonstrações práticas. Umaexperiência inesquecível.”

Amarilys de Toledo Cesar

“As pessoas que participam de entidades, além das inúmeras responsabilidades da vida prossional e pessoal, dedicam boa parte do seu tempo ao trabalho totalmente voluntário por amor à prossão. A estas pessoas agradeço carinhosamente por esta-rem sempre à disposição, com o desempenho e agilidade peculiar a cada uma. Dada

a importância crescente das práticas integrativas e complementares no contexto daatenção à saúde, é fundamental o apoio que esta Diretoria do CRF-SP tem dadopara a Homeopatia. Devemos ter em mente as palavras do pai da Homeopatia,Samuel Hahnemann: ‘Para mim, foi uma agonia estar sempre no escuro quando tinha

que curar o doente e prescrever de acordo com essa ou aquela hipótese arbitrária...’”

Dra. Margarete Akemi Kishi – Secretária Geral do CRF/SP

 JUNTE-SE A NÓS.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA40

 voê sabia que...... embora Hahnemann fosse um médico bem sucedido, parou de exercer a pros-

são porque estava desiludido com os métodos utilizados? Ele e sua família passaram

a viver do dinheiro que ganhava com a tradução de livros médicos. Certo dia, en-

quanto traduzia um livro de farmacologia, que falava sobre a planta Cinchona Of-

cinalis, usada para o tratamento da malária, pensou em experimentá-la e começou

a tomar doses diárias da infusão da planta. Foi assim que Hahnemann reparou que

o seu próprio corpo exibia sintomas semelhantes aos da malária e esta observaçãoo levou a descobrir a Lei dos Semelhantes.

... Hahnemann brigou muito com os boticários de sua época, passando a fazer ele

próprio os medicamentos por não conar neles?

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 41

BIBLIOGRAfIA cOnSULTADA

  AMHB. (Associação Médica Homeopática Brasileira). O que é homeopatia? Disponível em: http://www.

amhb.org.br/?op=conteudo&id=91: Acesso em 26/07/2010.

GONÇALVES, R.P; ANTUNES, H.M; TEIXEIRA, J.B.P; CARDOSO, L.O; BARBOSA, P.R. Prossionais

da área de saúde pública; atitudes, conhecimentos e experiências em relação a práticas médicas não-

convencionais. Rev. APS, 398 , v. 11, n. 4, p. 398-405, out./dez. 2008.

HILL, A. (org). Guia das medicinas alternativas: todos os sistemas de cura natural. São Paulo: Hemus, (sd).

IAPO (Interamerican Association of Pediatric Otorhinolaringology). MARCHISIO, P. BAGGI, E. RAGAZZI,

M; DUSI, E. BIANCHINI, S. O papel da medicina complementar e alternativa nas infecções das vias aéreas

 superiores em crianças In: Manual de Otorrinolaringologia da IAPO. Disponível em: http://www.iapo.org.br/ manuals/VI_Manual_br_Marchisio.pdf 

 Acesso em 20/07/2010.

 VALOURA, L.C. Paulo Freire, o educador brasileiro autor do termo empoderamento, em seu sentido trans-

 formador. Artigo disponível na internet em: http://www.paulofreire.org/pub/Crpf/CrpfAcervo000120/Pau-

lo_Freire_e_o_conceito_de_empoderamento.pdf. Acesso em 20/07/2010.

 

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COMISSÃO ASSESSORA DE HOMEOPATIA 43

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