histórico do ensino médio no brasil

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ENSINO MÉDIO Designa a etapa escolar intermediária entre a Educação Elementar e o Ensino Superior; Não se limita a sua dimensão propedêutica, com vistas à formação humana integral, tem por objetivo a superação da dualidade; Ensino para a elite X ensino para a classe trabalhadora; Matriculados X fora da escola; Essa dualidade é perceptível em toda a história do

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Apresentação em PowerPoint do primeiro encontro do "Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio".

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ENSINO MÉDIO

Designa a etapa escolar intermediária entre a Educação Elementar e o Ensino Superior;

Não se limita a sua dimensão propedêutica, com vistas à formação humana integral, tem por objetivo a superação da dualidade;

Ensino para a elite X ensino para a classe trabalhadora;

Matriculados X fora da escola;

Essa dualidade é perceptível em toda a história do Ensino Médio no Brasil.

1) BALANÇO HISTÓRICO PERÍODO COLONIAL (1530-1822)

Educação Jesuítica Preparação para as universidades lusitanas Aulas Régias – 1759 Primeiras letras: Retórica; Gramática; Latim;

Grego; Desenho e figura; Filosofia Moral e Racional; Francês, Inglês Economia Política

IMPÉRIO (1822-1889) 1822-1834: sistemas das aulas régias (1827:

Plano de Estudos)

1834 – Ato Adicional à Constituição de 1824“Federalismo” – Às províncias cabia o direito (dever) de promover o Ensino Primário e Secundário;

À Coroa: Escolas do Rio de Janeiro e o Ensino Superior

OBS: Currículo centralizado

1835: Liceus Provinciais ( escolas)

1837: Colégio Pedro II - reconhecimento dos certificados, para formar elites coloniais.

Decadência dos Liceus: cursos preparatórios para o ingresso no Ensino Superior

PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930)

Constituição de 1891- Educação laica Ratifica o federalismoEstados: Ensino Primário, Secundário e SuperiorUnião: Secundário, Técnico e SuperiorPrivado- Primário, Secundário e Técnico.Redes estaduais: Atendiam as camadas mais pobres (exceto São Paulo).Rede Federal: atendia a elite, seletividade social, pedagógica e profissional.

• Ensino Secundário Normal;• Ensino Secundário Ginasial (Colégio Pedro II

e Liceus Reconhecidos);

Exame de Madureza da Seriação Originalmente de saída do secundário foi

gradativamente transformando-se em exame de ingresso no Ensino Superior;

Após aprovação no vestibular e com certificado de conclusão do ginasial no Colégio Pedro II.

A ERA VARGASReforma no Ensino Secundário:

Abril/1931.

Reforma de Francisco Campos: Reforçar as barreiras de Ensino pós primário;

Escolas secundárias; profissionais de comércio e da indústria, além do magistério primário sem articulação com o ensino secundário e nem com o superior.

O Golpe de Estado de 1937- fica atribuído à União fixar as diretrizes: Educação Física, Intelectual, Moral, da Infância e Juventude.

Em 1942- Para garantir o controle, sobre as escolas públicas e privadas de Ensino Secundário, precisava de autorização do Ministério para funcionamento, sendo inspecionada por 2 nos, em suas atividades, com equiparação ao padrão nacional: Colégio Pedro II RJ.

1950- 1988 LDBEN/61 – Equivalência entre cursos

técnico e colegial para efeitos de ingresso em cursos superiores;

Massificação da escola;

Reforma de 1971: Integração formal do primeiro ciclo do

Secundário ao Primário 1º Grau de 8 anos (obrigatório).

O segundo ciclo do Secundário: 2º Grau de 3 anos obrigatoriamente profissional – até 1982;

Teoria do Capital Humano;

Dualidade entre rede federal e 2º Grau “regular”;

Dualidade entre os que tinham acesso ao Secundário e os que não tinham.

REDEMOCRATIZAÇÃO

Modalidades de Ensino Médio hoje:- Regular - Magistério- Integrado (técnico)- EJA Proeja(técnico)Sendo parte da Educação -Com a nova LDBEN/ 9394/96- E. M com função formativa, como nível de educação básica, podia ser ofertado de formas adequadas à população de jovens e adultos como condições de acesso e permanência na escola.

CONSTITUIÇÃO DE 1988LBDN/96

Ensino Médio como parte da Educação Básica – Formação Integral;

Devendo ser ofertado de forma adequada às necessidades do público (acesso e permanência).

Educação de Jovens e Adultos Interferência de organismos internacionais

(BIRD)

Educação para o mercado de trabalho.

Separação obrigatório entre EM e Ensino Técnico;

Toyotização da vida prática (empregabilidade);

Pressões de movimentos sociais: Fóruns em Defesa da Escola Pública;

Projeto de formação humana integral;

Trabalho como princípio educativo e não como fim do processo educativo.

2) DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIO NA ATUALIDADE

Acesso: Quase metade dos jovens entre 14 e 17 anos está

fora do Ensino Médio, ou mesmo da escola. Permanência e sucesso; Um em cada quatro reprovam ou não concluem o

Ensino Médio; Apenas 15% dos alunos do Ensino Médio só

estudam.

REFLEXÃOColega professor:

Com ajuda de todas as pessoas que trabalham na Instituição e dos alunos, levante dados que permitam conhecer aspectos que vocês julguem importantes do perfil, social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio da Escola.

3) RUMO AO EM DE QUALIDADE; AS DCNEM, O DIREITO `A EDUCAÇÃO E

FORMAÇÃO INTEGRAL O Ensino Médio é um direito social de cada

pessoa e dever do Estado em sua oferta público e gratuita a todos.

Para isso é necessário um Sistema Nacional de Educação que efetive a integração de diferentes níveis e modalidades de educação escolar e a articulação entre as políticas educacionais e públicas.

Além disso, é fundamental garantir uma base igualitária para todos que seja assentada na concepção de formação humana integral.

A formação humana integral implicam competência técnica e compromisso ético, que se revelam em uma atuação profissional pautada pelas transformações sociais, políticas e culturais necessárias à edificação de uma sociedade igualitária.

Desafio para o EM é construir a travessia, reconhecendo os limites impostos pela sociedade em que se vive e a extrema desigualdade de ofertas dessa etapa.

Essa concepção de ser humano é radicalmente oposta à requerida pela lógica da globalização econômica.

O referencial proposto é contra hegemônico, sendo que deverão contribuir para formação de seres humanos capazes de participar politicamente como sujeitos nas esferas público e privada em funções de transformações que apontem na direção de melhorias coletivas, e de uma sociedade justa.

A escola não é um local que recebe alunos dotados desse ou daquela relação com os saberes, é também um local que induz as relações com os saberes.

É preciso incorporar ao currículo conhecimentos que contribuam para a compreensão do trabalho como princípio educativo.

• Esse princípio permite a compreensão do significado, econômico, social, histórico, político e cultural, das ciências das letras e das artes.

• Compreende-se que uma prática pedagógica significativa decorre de uma reflexão obre o mundo do trabalho, da cultura desse trabalho, das correlações de força existentes, dos saberes construídos a partir do trabalho e das relações sociais que se estabelecem na produção. p. 37

O currículo precisa contribuir sobre os dois princípios do trabalho como princípio educativo: Histórico- perceber sentido do trabalho nas diferentes sociedades humanas e sua evolução, como se transformou em trabalho assalariado;

Ontológico ou ontocriativo- relação entre homem natureza: elemento central da existência humana. É na busca da produção da própria natureza que o homem gera conhecimentos, os quais são histórica, social e culturalmente acumulados, ampliados e transformados.

QUESTÕES PRA DISCUSSÃO EM GRUPO.

Discutam e registrem, a compreensão do grupo.

Quais são os principais fundamentos que constituem a proposta de formação humana integral. Ler a partir da p. 33

Como materializar a proposta da formação humana integral na escola e as eventuais dificuldades a serem superadas.

• Decreto 5.154/04:• Ações: Reintegra-se o Ensino Técnico ao E. M. sendo contemplados no FUNDEB:• Recursos para o EM Integrado, Educação

Profissional; EJA; Programa Brasil Profissionalizado.

• PNE/2011 à 2020: • Meta 3- Universalizar até 2016 toda a pop. de

15 a 17 anos no EM. Meta 10: Oferecer 25% das vagas da EJA na forma integrada à E. P.

EDUCAÇÃO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Para avançar nessa travessia é fundamental o envolvimento de todos nesse processo, lutando pela melhoria das condições de trabalho, incluindo remuneração e carreira, ao mesmo tempo apropriando-se criticamente dos conteúdos das novas DCNEM para que, juntamente com os demais colegas professores, seja possível contribuir coletivamente para a sua materialização no chão da escola.

4) OUTROS DESAFIOS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS DO ENSINO MÉDIO

Sabemos que nos próximos anos, no âmbito educacional, a universalização do EM público e de qualidade, significa a implementação da escola unitária de currículo integrado, que tenha por princípio a dialética entre sociedade/trabalho, cultura, ciência e tecnologia.

O Projeto de Lei:8.035/2010, que substancia a PNE/2011 à 2020:

• Meta 3- Universalizar até 2016 toda a pop. de 15 a 17 anos no EM. • Meta 6- Oferecer educação em tempo integral em 50% das escola

públicas;• Meta 10: Oferecer 25% das vagas da EJA na forma integrada à Escola Pública.

Uma escola capaz de propiciar aprendizagem de conteúdos historicamente acumulados pela humanidade, nas diferentes áreas do conhecimento, além de tecnologia e cultura e tendo o trabalho como princípio educativo. Além de ser uma escola socialmente inclusiva de qualidade socialmente referenciada .

A escola pública terá que promover, política de melhoria de condições de trabalho e valorização dos professores e funcionários.

Par conquistar aprendizagem de qualidade entendemos que compete a instituição escolar definir, a partir no trabalho pautado no PPP, o objetivos e melhores estratégias para alcançar e avaliar a aprendizagem do grupo de estudantes. Essas definições precisam levar em consideração as relações de trabalho coletivo e democrático e se construir por meio deles.

A escola privada reduziu de modo expressivo sua participação percentual e absoluta nas matrículas deste nível da Educação Básica – passou de 27% em 1991 para 11,8% em 2010.

Conferência Nacional de Educação (CONAE), de universalizar sua oferta pública, conferir-lhe qualidade e identidade própria no sistema educativo, potencializar sua dimensão formativa sob a concepção de escola unitária. (p.44)

Fazer a leitura do item: Reflexão Ação p. 45 e discutir sobre os dados.