histÓrico da economia criativa e a conjuntura dos municÍpios perifÉricos da regiÃo oeste do...

Upload: revista-orbis-latina

Post on 14-Jan-2016

10 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Este artigo tem por objetivo “Carac-terizar a Economia Criativa, num breve histó-rico, a sua representação em valores e a conjuntura dos Municípios Periféricos da Re-gião Oeste do Oeste do Paraná, com popu-lação inferior a sete mil habitantes“.

TRANSCRIPT

  • HISTRICO DA ECONOMIA CRIATIVA E A CONJUNTURA DOS MUNICPIOS

    PERIFRICOS DA REGIO OESTE DO PARAN, BR

    Srgio Luiz Kuhn*Jandir Ferrera de Lima**

    Resumo

    Este artigo tem por objetivo Carac-terizar a Economia Criativa, num breve hist-rico, a sua representao em valores e a conjuntura dos Municpios Perifricos da Re-gio Oeste do Oeste do Paran, com popu-lao inferior a sete mil habitantes. Pautou-se na compreenso da Economia Criativa, a partir do seu fundador John Howkins, focada no bem intangvel que gera riquezas e que a econo-mia que mais cresce no mundo. Para tal, fundamentou-se em dados de fontes secun-drias, em especial de bibliografias e rgos oficiais do Estado, bem como, em dados primrios, colhidos de 13 lideranas em cada um dos 20 municpios perifricos, com popula-o inferior a 7.000 habitantes. Destes, vrios so lindeiros a faixa de fronteira (Brasil, Para-guai e Argentina). A composio do pblico alvo de pesquisa foi ento uma amostra inten-cional de 13 lideranas, representantes de rgos pblico-privados, institucionais e cida-dos, totalizando assim 260 pesquisados. O instrumento de pesquisa foi um questionrio com questes objetivas e subjetivas aplicado in loco e acompanhado de entrevistas. Como resultado constatou-se no total que os munic-pios registraram na ltima dcada uma densi-dade demogrfica negativa de 1,7% (1.563 habitantes). Tambm que vrios municpios re-gistraram indicadores econmico sociais crti-cos (IDH e PIB per capita), como: Diamante do Sul e Diamante do Oeste, Ramilndia, So Jos das Palmeiras e outros. J como muni-cpios dormitrios destacam-se Ouro Verde do Oeste, So Jos das Palmeiras, Braganey, Ramilndia, Campo Bonito, So Pedro do Igua-u, Lindoeste, etc, cujos maiores empregado-res compreendem os complexos agroindus-triais: destacando-se a BRFood, Coopavel, Globoaves, Lar e Copacol, entre outros.

    Palavras-chave: Economia Criativa; Histrico; Indicadores; Desenvolvimento scio-econmico; Oeste Paranaense.

    Abstract

    This article aims to "characterize the Creative Economy, a brief history, its representation in values and the situation of Western Parana Peripheral Municipalities, with less than seven thousand inhabitants." It was guided in the understanding of the Creative Economy, from its founder John Howkins, focused on intangible asset that generates wealth and which is the fastest growing eco-nomy in the world. It was based on secondary data sources, especially bibliographies and state government-tal agencies as well as on primary data collected from 13 leaders in each of the 20 peripheral municipalities with populati-ons of less than 7,000 inhabitants. Of these, several are bordering the border region (Brazil, Paraguay and Argentina). The composition of the search target audience then was a purpo-sive sample of 13 leaders, representatives of public and private agencies, institutions and citizens, totaling 260 surveyed. The research instrument was a questionnaire with objective and subjective questions applied on the ground and with interviews. As a result it was found that the total counties recorded in the last decade a negative population density of 1.7% (1,563 inhabitants). Also that several countries recorded critical social economic indicators (HDI and GDP per capita), such as: Diamante do Sul, Diamante do Oeste, Ramilndia, So Jos das Palmeiras and others. As dormitory municipallities stand out Ouro Verde do Oeste, So Jos das Palmeiras, Braganey, Ramiln-dia, Campo Bonito, So Pedro do Iguau, Lindoeste, etc., whose major employers include the agro-industrial complex: highlighting the BRFood, Coopavel, Globoaves, Lar and Copacol, among others.

    Keywords: Creative Economy; History; Indicators; Socio-economic development; West Paranaense.

    * Doutor em Desenvolvimento Regional e Agronegcio pela UNIOESTE, campus Toledo, Pr. Docente da FAG, Cascavel, Paran, BR. e-mail: [email protected] ** Doutor em Desenvolvimento Regional (Ph.D.) pelo Universit du Qubec Chicoutimi, Canad (2005). Pro-Reitor de Planejamento e Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paran , Brasil. E-mail [email protected]

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 89

  • 1. INTRODUO

    Este artigo trata da caracterizao da Economia Criativa, apresentando um breve histrico no mundo, no Brasil e no seu contexto na regio Oeste do Paran, representando-a em valores. Discorre tambm sobre a conjuntura dos 20 muni-cpios perifricos do Oeste do PR, com menos de 7 mil habitantes; os seus indicadores econmico sociais (IDH, PIB per capita), populao pelo Censo e das condies de municpios dormitrios com o movimento pendular e outros.

    Vale destacar que vrios munic-pios estudados localizam-se na faixa de fronteira latina, do Brasil aos pases vizinhos: Paraguai e Argentina. Os muni-cpios estudados buscam a melhoria dos seus indicadores econmico sociais, assim como, legais e ambientais, o seu desenvolvimento e valorao, entre outros.

    2. HISTRICO DA ECONOMIA CRIA-TIVA NO MUNDO E CIDADES

    Como caracterizao, de acordo com Fonseca Reis (2012, p. 24), o conceito de Economia Criativa origina-se da expresso Creative Nation ttulo dado a um discurso proferido em 1994, pelo ento primeiro ministro do pas Paul Kreting, na Austrlia, o qual foi o prenn-cio da busca de uma convergncia de objetivos culturais, econmicos e sociais.

    Ainda, conforme a autora Fon-seca Reis (2008, p.16), o termo foi:

    inspirado no projeto Creative Na-tion, da Austrlia, de 1994, entre outros elementos, defendia a impor-tncia do trabalho criativo, sua contribuio para a economia do pas e o papel das

    tecnologias como aliadas da poltica cultural, dando margem posterior insero de setores tecnolgicos no rol das indstrias criativas.

    Depois, em 1997, o governo motivou a formao de uma fora tarefa multissetorial encarregada de analisar as contas nacionais do Reino Unido, as tendncias de mercado e as vantagens competitivas nacionais.

    Nesse estudo foram identifi-cados 13 setores de maior potencial, as chamadas indstrias criativas, entendi-das como indstrias que tm:

    sua origem na criatividade, habili-dade e talento individuais e que apresentam um potencial para a criao de riqueza e empregos, por meio da gerao e explorao de propriedade intelectual (FONSECA REIS, 2008, p.16).

    Alguns pases em desenvolvi-mento esto adotando gradativamente uma abordagem semelhante a da Ingla-terra. No Caribe, o primeiro-ministro de Barbados estabeleceu uma Fora-Tarefa Ministerial da Economia Criativa; o primeiro ministro da Jamaica tambm reuniu seu gabinete ministerial, selecio-nando as indstrias criativas como um setor-chave de grande crescimento para a economia jamaicana; os governos dos Estados do Caribe Oriental esto seguin-do o mesmo caminho em direo ao seu Plano de Viso 2015.

    Na frica, a parceria UNCTAD / PNUD (Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento) organizou uma conferncia internacional sobre Econo-mia Criativa e desenvolvimento, realiza-da em Ruanda, em agosto de 2006, preparando o terreno para que o primei-ro-ministro obtivesse o comprometimen-

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 90

  • to de todos os seus ministros para aumentar a Economia Criativa do pas.

    Finalmente, mas igualmente im-portante, esse tambm o esquema em vigor na China, onde os ministros do comrcio, da cultura, da cincia e tecnologia, da informao e da educao trabalham mais proximamente desde que o governo chins identificou as indstrias criativas e culturais como um dos pilares do desenvolvimento econ-mico da China no futuro.

    O relatrio sobre Economia Criativa das Naes Unidas, publicado em 2008, contabilizou mais de 60 cida-des que se autodenominam criativas.

    O pesquisador americano Richard Florida, autor de The Rise of the Creative Class (A ascenso da classe criativa), elaborou um ranking das cidades Americanas mais criativas.

    No mundo so marcos de Cidades Criativa: San Francisco e San Diego nos Estados Unidos, Barcelona na Espanha, Grenoble na Frana, Heindho-ven na Holanda, Malm na Sucia, Hong Kong na China, Abu Dhabi nos Emirados rabes Unidos, Buenos Aires na Argentina e outros.

    Em especfico, San Francisco nas artes realizou uma combinao de diversidade, inovao e cultura. Quando reduziu em 25% o oramento das secretarias, a Prefeitura resolveu manter intacta a verba da Comisso de Artes. Foi uma medida de estmulo ao turismo e indstria da hospitalidade restau-rantes, hotis, museus, teatros, os maiores empregadores da cidade, afir-ma Luis R. Cancel, diretor de assuntos culturais da comisso.

    Ainda, de metrpoles, inspirado-ras citadas por Richard Florida, esto Londres, New York, Xangai, Berlim, Amsterd e Bogot e outras.

    Londres, a capital britnica, d aula de como atrair gente talentosa. Valoriza a arte e seus criadores com incentivos pblicos para moradia a baixo custo, alm de locais de criao e exibio. Tem uma agenda extensa de eventos de moda, design, cinema, teatro e msica, excelente plano de mobilidade interna e tambm para outras cidades e reas verdes. Em Londres, a indstria criativa o segundo setor da economia. Responde por 25% dos postos de trabalho.

    J Amsterd, cidade porturia da Holanda, brilha com seus canais e casas flutuantes, pintores famosos, acervos de arte e regies livres para sexo e drogas.

    Barcelona soube se reinventar a partir da Olimpada de 1992, com pesa-dos investimentos em infraestrutura e outros.

    No Brasil, so cidades criativas: So Paulo, Paraty, Guaramiranga, etc.

    a) So Paulo: com as caracters-ticas das maiores cidades do mundo, luminosa na sua efervescncia econmi-ca e cultural, sombria em qualidade de vida e mobilidade. Ainda assim, atrai pessoas que buscam oportunidades e acesso arte e cultura. Nenhuma outra cidade brasileira oferece um card-pio to vasto de salas de cinema, teatros, galerias, restaurantes e espaos culturais para vrios tipos de pblicos.

    O maior evento de cinema, a Mostra Internacional de Cinema, realiza-da em outubro, rene mais de 400 ttulos exibidos em 20 salas. Na Virada Cultu-ral, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura desde 2005, o Centro vira palco de shows e performances por 24 horas.

    b) Guaramiranga no Cear: conserva a tradio da msica e dos saraus literrios deixados pela elite

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 91

  • cearense, que fugia do calor do vero da capital, no incio do sculo passado. Essa vocao estava presente de forma amadora e espontnea. Ento, percebe-se que o potencial criativo do cearense no estava no Carnaval, mas na qualidade de seus msicos, diz a antro-ploga Rachel Guadelha, scia e fun-dadora da produtora Via de Comuni-cao. Encontramos no jazz o gnero onde a criatividade fica mais evidente.

    Na primeira edio do festival, em 2000, no havia hotis ou restaurantes na cidade. Foi preciso convencer os moradores a oferecer suas casas para hospedagem. Hoje tem pousadas, cafs, galerias e servios que tambm atendem a populao local. Em 2005, o festival gerou mais de R$ 3 milhes para o municpio, o equivalente a dez meses de arrecadao de imps-tos. Hoje, a metade da populao que trabalhava na prefeitura transferiu-se para o turismo cultural e ecolgico.

    c) Paraty no Rio de Janeiro: caminhar pelas ruas histricas como voltar no tempo. A bela arquitetura colonial est preservada, no h carros no Centro e o calamento de paralele-ppedos mantm o charme do passado. H oito anos, entre julho e agosto, a cidade vive uma efervescncia literria.

    Neste ano, moradores e turistas cruzaram nas ruas com as escritoras Isabel Allende e Azar Nafisi, o poeta Ferreira Gullar e o cartunista Robert Crumb. Eles participaram da 8 Festa Literria Internacional de Paraty. Realizada no perodo de baixa atividade turstica, a Flip ajuda a reduzir os contrastes entre a alta e a baixa temporadas ao atrair cerca de 20 mil pessoas.

    A cidade viveu a glria do ouro, ficou um sculo no isolamento e na

    dcada de 60 foi abrigo de intelectuais, para s depois abrir-se ao turismo. Hoje o que faz da Flip um evento singular no calendrio literrio mundial o fato de ter nascido da boa leitura do espao fsico e das necessidades da populao. uma festa para a cidade e no da cidade, diz o arquiteto Mauro Munhoz, diretor da Associao Casa Azul, que organiza o evento.

    A Flip gera cerca de 2 mil empregos indiretos e resgatou uma atividade tradicional, a carpintaria naval, usada na construo dos palcos e pavilhes. Criou 33 pequenas bibliotecas escolares e a incluso de uma hora de leitura por semana nas escolas munici-pais.

    E, assim muitas outras cidades tambm se destacam e so referncia, portanto, de lugares ou espaos que preconizam a integrao entre atividades artsticas, culturais e sociais, com arte, paisagens contendo espaos verdes, calmos, cidades com mobilidade, prpri-os para andar a p e de bicicleta sem interferncia de carros; locais com dinamismo, indstrias e servios, geram novas oportunidades locais e regionais. So boas para se trabalhar, se divertir, morar, viver, criar os filhos, com segu-rana e qualidade de vida e outros so necessidades a serem implementadas pelas lideranas nas suas gestes nos municpios.

    2.1 HISTRICO DA ECONOMIA CRIA-TIVA NO BRASIL

    O embrio das discusses acerca da Economia Criativa no Brasil foi gerado em 2004, com a realizao, durante o encontro quadrienal da United Nations Conference on Trade and Deve-lopment (UNCTAD), em So Paulo, na

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 92

  • sesso temtica High Level Panel on Creative Industries and Development (FONSECA REIS, 2008, p. 19).

    Ainda conforme a mesma autora, como resultado concreto das aes seguintes, foi organizado em 2005, sob a liderana do Embaixador Rubens Ricupero, ento Secretrio Geral da Unctad e do Ministro Gilberto Gil, o Frum Internacional de Indstrias Criativas, em Salvador.

    Durante o evento, o ministro ratificou a proposta de criao do Centro Internacional das Indstrias Criativas, cuja misso seria constituir um banco de conhecimento e espao para as atividades e programas sobre o tema. Embora o centro no tenha se concretizado, o debate acerca da Economia Criativa teve seguimento no pas. Em 2006, o Frum Cultural Mundial, que se desenrolou no Rio de Janeiro, inseriu um mdulo paralelo de trs dias sobre o tema.

    Para Kovcs (2008, p. 119), na ver-dade, j existem muitas iniciativas nesse sentido, como:

    a criao de um centro interna-cional para as indstrias culturais no Brasil, conforme proposto na conferncia sobre Incrementar a Economia Criativa: Formar um Cen-tro Internacional das Indstrias Criativas (Salvador, Bahia, Brasil, 18-20 de abril de 2005), que preten-de oferecer apoio aos stakeholders, aos praticantes e tambm aos res-ponsveis pelas polticas dos pai-ses em desenvolvimento, interes-sados na promoo das indstrias criativas autossustentadas.

    Pouco depois, no ano de 2007, viu-se desabrochar as iniciativas esta-duais, com a organizao de eventos especficos, como o do Cear (por inicia-tiva privada), em So Paulo (liderada

    pelas secretarias de Cultura e Desenvol-vimento) e no Esprito Santo (realizada por aliana entre o Sebrae e a Secretaria da Cultura).

    Ademais, conferncias especfi-cas tiveram lugar na Bovespa (respons-vel por 70% do volume de negcios com aes na Amrica Latina) e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econmi-co e Social (BNDES), abordando facetas da Economia Criativa.

    Avanando nesta rea, foi criado por meio do Decreto 7743, de 1 de junho de 2012, a Secretaria da Econo-mia Criativa (SEC), tem como misso conduzir a formulao, implementao e o monitoramento de polticas pblicas para o desenvolvimento local e regional, priorizando o apoio e o fomento aos profissionais e aos micro e pequenos empreendimentos criativos brasileiros. O objetivo tornar a cultura um eixo estratgico nas polticas pblicas de desenvolvimento do Estado brasileiro. Est vinculada ao Ministrio da Cultura (MinC), tendo frente da pasta a secretria Cludia Leito.

    Pode-se compreender a tomada de deciso do Estado, mediante a sua alocao no mbito da cultura, por reco-nhec-la como um direito constitucional entre as suas prioridades e como foco que contribui para o desenvolvimento.

    Conta a Secretaria com o Plano Brasil Criativo, uma iniciativa do MinC e com parceria de intersetorialidade com vrios outros ministrios (Educao; Cincia, Tecnologia e Inovao; Traba-lho, Indstria e Comrcio, Turismo, Cida-des, Desenvolvimento Social e Comuni-caes), por meio de um comit gestor, prope a integrao de polticas pblicas e programas de diferentes setores de governo.

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 93

  • Objetiva estimular e fortalecer a Economia Criativa, mediante parcerias, linhas de crdito e microcrditos adap-tadas e apoiadas para produtos e servi-os criativos. A insero dos segmentos criativos nas estratgias governamentais para o desenvolvimento do pas, inte-grando e potencializando as polticas pblicas e que resultem em riqueza cultural, econmica e social.

    Ainda, h produo de bens, servios e tecnologias, em diversas reas, para uma competitividade dos produtos e servios criativos brasileiros no cenrio internacional. Tambm h gradativa qualificao profissional, au-mento das oportunidades de trabalho e gerao de renda, contribuindo para a incluso social.

    O Plano Brasil Criativo do MINC / SEC busca nos planejamentos pblicos e privados, ampliar a formalizao dos diversos segmentos, setores e reas locais e regionais, amparados nos seus princpios norteadores: inovao, diversi-dade cultural, incluso social e sustenta-bilidade. Esta, no mbito econmico, cultural, social e ambiental, em condi-es semelhantes de escolha para as geraes futuras.

    De acordo com Haddad (2009, p. 120), a promoo do desenvolvimento local e regional deve:

    estar fundamentalmente baseada na formulao e na implementao de polticas, programas e projetos con-cebidos e implantados a partir da atuao das sociedades locais, cabendo s agncias e instituies dos governos federal e estadual o papel de parceiras nesse processo.

    Em parceria com outros minis-trios e secretarias, bem como, tambm com instituies pblicas e privadas

    envolvidas nesse setor, busca a pers-pectiva de um novo desenvolvimento para o Brasil baseado na Economia Criativa.

    Isso significa utilizar a diversida-de cultural como insumo, de um Brasil transdisciplinar, construdo a vrias mos, com polticas pblicas voltadas a produtos e servios.

    Vale destacar a Economia Criativa como uma poltica econmica industrial moderna do sculo XXI, na qual os pases lderes perceberam a sua presena e importncia nos negcios junto aos setores, reas e atividades geradoras de valores no paradigma produtivo e no mundo atual, em que a indstria moderna de manufatura a que se mistura aos servios pelos intangveis.

    Destaca-se que os ganhos obtidos por meio da Economia Criativa so concretos em produtos e servios factveis e muito mais, nos processos, conforme adiante.

    2.2 REPRESENTAO DA ECONOMIA CRIATIVA EM VALORES

    Para John Howkins a Economia Criativa a economia que mais cresce no mundo. A mesma manifesta-se em variados valores e percentuais por pas, estado, municpio. Mas muitos no tm valores e percentuais mensurados da sua contribuio, impactos e represen-tao.

    Diferentes fontes por pas apontam que, a Economia Criativa represente entre 5 e 10% da economia mundial. No entanto, em outros pases, mais ou menos.

    De acordo com a secretria da Economia Criativa do Brasil, Mirian Leito, a Economia Criativa representa

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 94

  • de 8 a 10% do PIB dos pases desenvol-vidos e em alguns em desenvolvimento.

    O Brasil ainda no consta nestas pesquisas e nem se encontra entre os 20 pases de maior expresso nesta rea, tendo a sua frente, conforme o MinC com base na UNCTAD (2010), os pases da China, Estados Unidos, Alemanha, Hong Kong, Itlia, Reino Unido (Inglaterra), Frana, Pases Baixos, Sua, ndia, Espanha, frica do Sul e outros.

    De acordo com Duisenberg (2008, p. 64), nos pases mais avana-dos, as indstrias criativas, logo a Economia Criativa, esto liderando o crescimento econmico, o emprego e o comrcio. Na Europa em especfico, a Economia Criativa gerou um:

    faturamento de 654 milhes, cres-cendo 12% mais rapidamente do que a economia total e empregando cerca de 4,7 milhes de pessoas em 2004. No Reino Unido, os nmeros oficiais mostram que as indstrias criativas representam 8% da renda nacional e 5% da fora de trabalho mais do que o setor de servios financeiros. A Economia Criativa do Reino Unido respon-svel por um em cada cinco empregos em Londres, contribuindo com 11,4 bilhes para a balana comercial do Reino Unido, razo pela qual o governo do pas decidiu transformar a sua capital no centro criativo do mundo. A Dinamarca outro exemplo notvel em que a Economia Criativa representou 5,3% do PIB, provendo 12% do nu-mero total de empregos e represen-tando 16% do total de exportaes (DUISENBERG, 2008, p. 64).

    Outro exemplo a capital holan-desa, Amsterd, onde as indstrias criativas empregam 7% da sua fora de trabalho, contribuindo com 4,5% do

    valor agregado total gerado pela economia da cidade.

    As chamadas cidades criativas esto se proliferando, especialmente na Europa e na Amrica do Norte, como cidades de servios de negcios criativos, para restaurar as reas industriais mais antigas e revitalizar a economia, gerando empregos criativos atraentes, especialmente no campo das artes, das novas mdias e do entreteni-mento para os jovens talentos, que Ge-ralmente esto desprovidos de trabalho.

    importante notar que, nesse caso, so os pases desenvolvidos que esto usando a Economia Criativa como estratgia de desenvolvimento.

    J para Fonseca Reis (2008, p. 17), as estatsticas so reveladoras da representatividade das indstrias criati-vas na riqueza nacional (7,3% do PIB, em 2005) e com crescimento recorrente-mente significativo (6% ao ano, no perodo 1997-2005, frente a 3% do total).

    O impacto das indstrias criativas no Reino Unido em 2007, estimada em 7,3 do PIB, revelando um crescimento de 5% ao ano; de 1,8 milho de empregos no pas, de acordo com o Departamento de Cultura, Mdia e Esporte (DMCS) 157.400 empresas em 2008, representando 7,3% do total das empresas do pas, com destaque para as atuantes em softwares, jogos e publicaes eletrnicas (75 mil, msica, artes visuais e do espetculo 31,2 mil).

    Para Solanas (2008, p. 171), uma das caractersticas centrais das Indstrias Criativas a sua grande intensidade na gerao de valor e na criao de emprego, a qual a Unctad divulga que, entre 2000 e 2005, os produtos e servios criativos mundiais, cresceram a uma taxa mdia anual de 8,7%.

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 95

  • De acordo com Piedras Feria (2008, p. 145), no caso do Mxico, recentes estudos estatsticos revelam:

    uma intensificao da produo cultural, medida por sua participa-o no PIB, que atinge 6,7%, bem como por uma maior apropriao ou consumo de bens e servios culturais por parte das pessoas. Tal crescimento posicionou esse setor como sendo um dos mais importan-tes para a economia nacional.

    J Solanas (2008, p. 20), estima que:

    as indstrias criativas tenham contribudo em 2004 com 7,8% do PIB de Buenos Aires e 4,3% do emprego, assim como a Unctad divulga que entre 2000 e 2005 os produtos e servios criativos mundi-ais cresceram a uma taxa mdia anual de 8,7%.

    Para Kovcs (2008, p. 101), de acordo com algumas estimativas, a parti-cipao das indstrias culturais nos PIBs de cerca de 7% no mbito mundial, enquanto nos pases em desenvolvi-mento, inclusive na frica, ela represen-ta apenas 3%.

    Segundo o Ministrio da Cultura em seu questionamento: Quanto vale a Economia Criativa?. Estima-se que no Brasil, a mesma movimentou quase R$ 400 bilhes anuais (R$ 381.300.000,00) em 2006. Contando com 52 mil empre-sas, as quais em 90% dos casos so de pequenas empresas, que possuem at 19 funcionrios; cuja idade predominante em 70% at 39 anos de idade.

    Utiliza 22% da populao formal de trabalhadores, com solues inova-doras e com valor agregado, entre o hardware e o software, do material com o imaterial, de produto com o servio(s), para todos os grupos e populaes do

    pas, que representam no geral 16,4% do PIB do Brasil.

    De acordo com o MinC, estima-se que em 2010, na rea da cultura haviam aproximados 4 milhes de traba-lhadores e um faturamento de 95 milhes de reais.

    Por outro lado, segundo Solanas (2008, p. 174), a promoo e maior representatividade das Indstrias Criati-vas com possibilidade de transformarem-se em setores que dinamizem a economia, requerem:

    polticas pblicas que as apoiem, atores no governamentais que lhes deem suporte, investimentos, parcerias transversais dos diversos atores e entre atores regionais, entre outros fatores. As indstrias criativas podem por si s, ou ms-mo a chamada Economia Criativa, na concepo anglo-saxnica - no geram redistribuio da renda, o que constitui a nica forma pela qual possvel pensar em abando-nar o estigma de pases em vias de desenvolvimento para comear a caminhar com passo firme rumo transformao em pases desenvol-vidos. Somente a partir de reformas tributrias progressivas que produ-zam uma autntica redistribuio, ser possvel comear a deixar de lado essa condenao.

    As indstrias criativas podem contribuir com isso, porm de nenhuma maneira constituem uma panaceia do desenvolvimento. Sem um Estado com instituies fortes que possam apoiar tal mudana, esses desejos estaro mais prximos de um sonhado romance ou de um futuro roteiro cinematogrfico, do que da prpria realidade. Portanto, requerem a participao de diversos atores e, necessrio encurtar suas distncias en-tre eles, potencializar

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 96

  • sinergias e concre-tizar as suas polticas e aes concretas, entre outros.

    Por outro lado, Askerud (2008, p. 239) ressalta que,

    a ausncia de dados relacionados s indstrias criativas, vlidos, con-fiveis e comparveis, dificulta a elaborao de afirmaes oficiais sobre o grau e o valor dos investi-mentos realizados nas indstrias criativas em pases e regies diferentes, bem como, h pases nos quais as indstrias criativas pertencem a uma categoria quase que despercebida da economia, ou fazem parte da economia informal, assim como, ainda no se situam como parte da Economia Criativa.

    Para Fonseca Reis (2008, P. 31), a Economia Criativa se baseia em uma ampliao dos modelos de consu-mo existentes, a partir do amlgama entre:

    as tecnologias que do ao consumi-dor o protagonismo de suas deci-ses de consumo (e.g., web 2.0) e a identidade cultural que confere aos bens e servios um carter nico. Cria-se assim um novo est-gio de relacionamento das pessoas com seu ambiente e com a cultura sua volta, buscando novos mode-los e formas de consumo, com re-presentao na economia dos mu-nicpios, regies, Estados e pases.

    Ento, assim se revela tambm a constante busca de ideias geniais que valem dinheiro. De ativos intangveis e impalpveis na forma de bens como tesouro, tanto para o Brasil como para os Estados e municpios, em especial para os municpios perifricos da Regio Oeste do Paran, para alcanarem um lugar de destaque nesta paisagem global, sendo mais inclusivo, inovador e utilizando-se doutro grande insumo, o da diversidade cultural e tnica como

    vantagem competitiva e riqueza, para uma economia sustentvel econmica, social e ambiental.

    A Federao das Indstrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) tem como recorte a classificao em 20 grandes segmentos, que so: Arquitetura & Engenharia, Artes, Artes Cnicas, Biote-cnologia, Design, Culturais, Filme & Vdeo, Mercado Editorial, Moda, Msica, Pesquisa & Desenvolvimento, Publici-dade; Software, Computao e Telecom; Televiso & Rdio. Segmentos estes que bebem da Economia Criativa e estima-se que ela represente 18% do PIB do Estado.

    Enfim, qual o valor da criativi-dade? O custo de no t-la, cujo incio se d, pelas pequenas grandes sacadas, que se transformam e tambm transfor-mam os lugares, distritos, cidades, municpios, regies, etc., respeitando limitaes e potencialidades individuais, conectando-se a pontos em comum, adicionando e agregando valor local e regional. Quem sabe, o caso das casas dos vrios negcios.

    2.3 CONJUNTURA DOS MUNICPIOS PERIFRICOS DO OESTE DO PA-RAN

    De acordo com os aspectos pes-quisados, os municpios perifricos do Oeste do Paran, revelam vrios pontos em comum no seu territrio. Destacam-se historicamente na ocupao pelos seus pioneiros, a partir das dcadas de 1950, por uma grande populao rural, envolvida na produo de subsistncia e autoconsumo de produtos agropecu-rios.

    Este processo passou depois para a mecanizao agrcola, pelos pacotes de insumos modernos, mediante a crescente

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 97

  • incorporao de tecnologias, difundido pela extenso rural, por meio dos rgos de Estado, pelas Coopera-tivas de produo, empresas, engenhei-ros, mdicos veterinrios e tcnicos em geral. Esta condio facilitou sobrema-neira os servios e a produo crescente em produtividades, qualidade e em nveis de escala primria, tanto agrcola (cereais e vegetais) como pecuria (bovina, suna, aves, leite), silvicultura e outros.

    No entanto, foi um processo que impulsionou o xodo rural, mediante a migrao da populao para novas fron-teiras agrcolas em outras regies e estados do Brasil (Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Piau, Par, Rondnia, Rori-ma, etc.) e para o exterior (Paraguai, Bolvia), assim como, a migrao para as cidades, municpios e polos regionais.

    Diante deste movimento migrat-rio, destaca-se o esforo das cooperati-vas de produo e das integraes agropecurias e agroindustriais na mesorregio Oeste do Paran, na fixao e manuteno do homem no campo.

    Difundiu-se a diversificao das atividades da propriedade rural com a produo pecuria, in natura e matrias primas, de aves, sunos, bovinos, leite e outros, fortalecendo-se a agricultura familiar e a agroindstria. Esta transio foi apoiada ao longo dos anos por diferentes incentivos de programas de fomento do governo federal, estadual e municipal, incorporada em maior grau pela populao dos municpios perif-ricos das culturas e tradies de descen-dncia europeia (alemes, italianos, poloneses).

    Assim, existem atualmente v-rios destaques isolados nos municpios perifricos, com forte produo pecuria, a exemplo da bacia leiteira, cujo recolhimento da matria prima in natura

    normalmente se destina aos municpios prximos e ou distantes, realizando ento o intercmbio de matria prima.

    Neste sentido, no Paran, as indstrias e agroindstrias locais atual-mente so variveis por municpio. Grande parte dos municpios perifricos possui poucas ou o mnimo de inds-trias, enquanto alguns nem dispem de rea prpria para o parque ou polo industrial.

    Dentre os municpios perifricos pesquisados, na Economia Criativa, des-tacam-se pelos seus melhores desempenhos: Pato Bragado, Quatro Pontes, Entre Rios do Oeste, Marip, Mercedes, Serranpolis do Iguau e outros.

    Em especfico, Pato Bragado por possuir indstrias em diferentes segmen-tos: Cermica (So Luiz), Calados (Beira Lago), Confeces/costura (5 ou 6) e lavanderia; mquinas e equipa-mentos agrcolas (Schemaq) e de equi-pamentos de refrigerao (Ludwig), Indstria e Comrcio de Laticnios (Latco) e outras.

    No segmento de confeces destacam-se vrios municpios, dentre eles: Pato Bragado, Santa Lucia, Iguatu, Ramilndia, Lindoeste, Campo Bonito (miniconfeces) e outros.

    Neste sentido, como o das confeces, o custo de logstica de distribuio de diferentes itens de produtos e servios do interior mais difcil, demorado e maior, do que se dependesse do modal areo, ferrovirio, etc., por isso, a logstica fsica mais favorvel a da proximidade com as rodovias.

    J a indstria dinmica ou de ponta, que emprega muito capital e alta tecnologia, utiliza-se mais de mo de obra qualificada e pouca ou menos

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 98

  • operacional, paga maiores salrios e remuneraes.

    Atua mais os segmentos da qumica farmacutica; informtica / soft-wares, aeroespacial, telecomunicaes, metal mecnico, eletrnica e outros. Estas indstrias se localizam mais nas cidades polos, nas microrregies, a exemplo da PratiDonaduzzi em Toledo e outros.

    Por outro lado, a Indstria base-ada em conhecimento no sinnimo de indstria de alta tecnologia mais prxima a Economia Solidria, a Economia e Indstria Criativa, aquela indstria que tem origem na criatividade, habilidade e no talento individual.

    Tem um potencial de cresci-mento econmico social, bem como, de empregos, pela explorao do intangvel, da propriedade intelectual dos pequenos aos grandes negcios em ambientes criativos e para o mercado, mediante a gerao de bens e servios que impactam em riquezas em geral.

    3. RESULTADOS

    3.1INDICADORES ECONMICO-SOCIA-IS DOS MUNICIPIOS PERIFRICOS

    As condies econmicas, so-ciais, culturais, ambientais e outras, so, de um lado, causas de muitos benefcios e, por outro, de privaes, sendo estas condies associadas a questes de migrao, renda e pobreza, fome, crimi-nalidade e excluses, bem como, de perspectivas pessoais, profissionais, familiares e outras.

    Utilizando-se de fontes e dos dados mais recentes indicados, apresen-ta-se a figura 1.

    A conjuntura destes municpios perifricos da Regio Oeste do Paran bastante variada. Com relao ao Indi-cador de Desenvolvimento Humano (IDH), medido anualmente pela Organi-zao das Naes Unidas (ONU), um comparativo que envolve renda, educa-o (alfabetizao), esperana mdia de vida ao nascer (longevidade), natalidade e outros fatores, apresenta-se de muitas diferenas, porm de gradativos avanos a cada dcada, conforme apresentado na Figura 2.

    A partir desta, constata-se que houve uma melhora gradativa do IDH, no ranking em todos os municpios perif-ricos do Oeste do Paran, sendo a mdia geral em 1991 de 0,43235, em 2000 de 0,59485 e em 2010 de 0,70355, revelando entre as duas dcadas, um crescimento de 37,5% na primeira dcada e de 18,2% na segunda dcada.

    Registram os mais baixos desempenhos, medidos pelos ndices de IDH, basicamente nas trs dcadas, nos municpios de Diamante do Sul, Rami-lndia, Diamante do Oeste, Lindoeste, Campo Bonito, So Pedro do Iguau e Ibema. Utilizando-se como base 2010, o municpio de Diamante do Sul alcanou 0,608, sucedido por Rmilndia e Dia-mante do Oeste; considerando renda, educao e sade (longevidade), o que acompanham nveis de pobreza, analfa-betismo, alm das srias questes sociais, fome, misria, excluses, sade, criminalidade e outros.

    Por outro lado, os municpios perifricos com os mais altos indicadores de IDH decrescentes foram Quatro Pon-tes com 0,791, sucedido por Serran-polis do Iguau, Entre Rios do Oeste, Marip, entre outros, cuja classificao em duas faixas de retculas

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 99

  • (baixo e alto), pode ser vista pela figura 2, representada pelo mapa.

    Conforme a Figura 2 verifica-se pelas duas faixas de classificao, tendo com baixo desempenho de IDH (retcula escura), Diamante do Sul, Ramilndia, Diamante do Oeste, Lindoeste e Campo Bonito e outros. No outro extremo esto os municpios de alto desempenho de IDH (retcula clara), a saber: Quatro Pontes; Entre Rios do Oeste; Marip; Serranpolis do Iguau; Pato Bragado e outros.

    Nota-se que, os municpios de alto desempenho de IDH esto com a localizao mais prxima, na maioria na microrregio de Toledo, enquanto os de baixo IDH esto distribudos mais na microrregio de Cascavel, revelando assim tambm que, quanto maior o polo maior tambm a dependncia do polo, revelando assim no geral desem-penhos e quantitativos mais crticos.

    J o Produto Interno Bruto (PIB) corresponde soma em valores monet-rios de todos os bens e servios finais produzidos a preos correntes em uma determinada regio (pas, estados, muni-cpios) e comercializados, durante um perodo determinado de tempo (ms, trimestre, ano). E per capita calculado a partir da diviso do PIB pelo nmero de habitantes da regio e indica quanto cada habitante produziu em determinado perodo.

    No caso, calculado na forma per capita nos municpios Perifricos da Regio Oeste do Paran, revela-se varivel, mas ascendente quantitativa-mente ano a ano, conforme demons-trado na figura 3, na forma de grfico.

    Conforme a figura 3, observa-se no geral que houve um crescimento mdio na produo por habitante de 18% do Produto Interno Bruto per capita a

    preos correntes de mercado, durante o ano, no perodo de 2009 a 2010.

    O maior crescimento foi de Entre Rios do Oeste de 46,5%, sucedido por Santa Lcia 33,7% e So Jos das Palmeiras 31,4%. J o menor cresci-mento registrou-se em Ouro Verde do Oeste com 3,4%, sucedido por Iracema do Oeste 3,6% e So Pedro do Iguau 4,8%.

    Quanto aos valores, o menor PIB per capita de Diamante do Sul, que passou de R$ 7.107,00 para R$ 8.791,00, sucedido por Diamante do Oeste e Ramilndia, enquanto que o maior de Marip, que passou de R$ 24.256,00 para R$ 28.425,00, sucedidos por Entre Rios do Oeste e Quatro Pontes.

    O PIB per capita, colhido junto a fonte do Ipardes 2009 e 2010, refletiu-se nos nveis de renda, IDH e outros, sendo o mesmo baixo, compromete os demais indicadores econmico-sociais dos diver-sos agentes econmicos, bem como, de aes por implementar para melhorar os seus indicadores e desempenhos, alm do territrio e o seu entorno, a capilari-dade das aes e o acesso a bens e servios, entre outros.

    J quanto ao Censo popula-cional os municpios perifricos apresen-taram desempenhos variados, alguns com ganhos e outros com perda de habitantes, sendo esta confirmada em maior proporo nos municpios pesqui-sados, com os seus resultados de indicadores tambm mais crticos.

    Os mesmos resultados foram apresentados na Figura 4, porm pelo percentual de crescimento habitacional do maior % ao menor, conforme o grfi-co.

    A partir da Tabela 1 e desta Figura 4, esta disposta do maior ao menor crescimento na dcada, constata-

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 100

  • se que a populao residente nos muni-cpios perifricos em 10 anos registrou um crescimento negativo de aproxima-damente 2% da sua populao, perden-do 1.563 habitantes, passando de 91.274 para 89.711 habitantes.

    Este crescimento negativo, ocorreu em 12 municpios, com perda de populao, registrou-se pela ordem em Campo Bonito (14,1%), Lindoeste (13,9%), Iracema do Oeste (12,6%), So Pedro do Iguau (10,8), Braganey (7,4%) e So Jos das Palmeiras (6,6%).

    Por outro lado, destacaram-se pelo crescimento positivo os municpios de Pato Bragado com 19,1%; Entre Rios do Oeste 17,7%, Mercedes 9,5% e Ramilndia 6,9%.

    Para a manuteno do quantita-tivo populacional nos municpios perifricos, devem no mnimo os seus artistas, talentos, empreendedores for-mais e informais, visionrios e outros.

    Viverem da sua arte, criao e produo, terem os seus espaos de convvio e interao multissetorial, dos locais para o compartilhamento de experincias, o fortalecimento de redes e suas relaes para ampliarem seus mercados.

    Que consigam mediante um caldo maior de cultura transform-lo em inovao na forma de bens e servios com valor agregado e em riquezas, a exemplo dos pases ricos (G8), os quais o so pelo que produzem de tecnologias e solues, incorporando gradativos conhecimentos e trans-formando-os em bens e servios factveis aos variados mercados consumidores, dos tradicio-nais aos mais exigentes e sofisticados.

    3.,2 MUNICPIOS / CIDADES DORMIT-RIOS DO OESTE DO PARAN

    Quanto aos empregos nos municpios perifricos pesquisados, o maior empregador normalmente a prpria Prefeitura Municipal, envolvendo o funcionalismo pblico, sucedido pelo comrcio em geral. Alm do poder pblico ser um incentivador e propulsor da economia local, criando, gerando empregos e riquezas.

    A grande maioria dos vnculos laborais nos municpios formal, enquanto outra parte informal.

    Devido falta de oportunidade e de empregos, os mesmos so alcan-ados em municpios vizinhos, centros maiores e ou polos regionais, cujo apoio, recrutamento, encaminhamento e seleo so realizados de diferentes formas pelos municpios perifricos, s vezes pelas Agncias do Trabalhador, Secretarias da Ao Social, Indstria e Comrcio, CRAS, etc, ou ento proce-didas pelas prprias empresas contra-tantes nos referidos municpios.

    No entanto, esto entre as principais queixas levantadas sobre a carncia da mo de obra, bem como, sua qualificao e capacitao profis-sional, entre outros.

    Assim, muitos municpios dos pesquisados so conhecidos como municpios ou cidades dormitrios11, 11 Cidade Dormitrio uma nomenclatura utili-zada pela bibliografia. Nesta tese, a mesma foi transposta e ampliada, estendendo-se ao municpio como dormitrio, pois nele que ocorrem todas as aes de movimento pendular, com o deslocamento dirio de trabalhadores para a cidade, distritos, vilas e povoados, destinando-se ao trabalho numa indstria, empresa ou comrcio, localizada normalmente num

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 101

  • pelo movimento pendular, com o seu res-pectivo deslocamento dirio quantitativo de trabalhadores utilizando-se do meio de transporte nibus e Vale Transporte, em via pblica municipal e ou intermunicipal, da sua residncia para o local de trabalho junto s empresas empregadoras, localizadas nos polos regionais e municpios vizinhos.

    Neste caso, so os maiores beneficiados pelas suas foras centr-petas: Cascavel, Toledo, Medianeira, Matelndia, Marechal Cndido Rondon, Cafelndia, Palotina e outros.

    Em sua maioria, compreendem os segmentos empregadores dos com-plexos agroindustriais, metal mecnico e outros, conforme apresentados na Figura 5.

    De acordo com a Figura 5, verifica-se pela ordem decrescente que, dentre os municpios perifricos da Regio Oeste pesquisados, o movimento pendular, sendo os maiores dormitrios: Ouro Verde do Oeste, So Jos das Palmeiras e Braganey, tendo cada qual aproximadamente 460 empregados, sucedidos por Ramilndia, Campo Boni-to, So Pedro do Iguau, Lindoeste, Diamante do Oeste, Anahy, Ibema e outros, em menor quantidade, dentre 200 a 350 trabalhadores dirios.

    O movimento pendular, pelo quantitativo de trabalhadores dirios ocorre para as cidades polos de: Cascavel, Toledo, Medianeira, Mateln-dia, Marechal Cndido Rondon, Palotina, Cafelndia e alguns outros menores.

    As empresas e complexos indus-triais usurias desta mo de obra mdia

    municpio vizinho maior, polo e depois, no final do expediente retorna a sua residncia.

    diria em movimento pendular so apre-sentados na Tabela 2.

    Por segmento econmico ocorre, em primeiro lugar, aos complexos agroindustriais, em especial os abate-douros de aves, sunos e bovinos de diversas cooperativas agroindustriais e empresas da regio. Em segundo lugar, o segmento metal mecnico, das empre-sas Mascarello e Comil com aproxima-dos 330 trabalhadores e, por fim, dos frmacos pela PratiDonaduzzi e outros.

    Salienta-se que tal movimento pendular com fins de trabalho, com o acentuado deslocamento cotidiano, classificada ainda como uma salvao para a grande maioria dos pequenos municpios, principalmente envolvendo as plantas dos complexos agroindus-triais, localizados nos municpios prxi-mos e polos regionais, as quais ditam as regras do jogo pela sua condio econmica.

    Um conjunto de motivos contri-bui para a gradativa migrao dos filhos, jovens e mais vulnerveis, sendo eles: a) busca de oportunidades e perspectivas de trabalho, emprego e renda; b) estudo e/ou qualificao profissional; c) laos familiares, amizade e ou ento, d) movidas pelas srias questes sociais, o que ocorre aos municpios vizinhos melhor estruturados e aos polos regionais.

    No final, retornam poucos as suas origens, permanecendo ento mais os pais, porm apresentando pari passu a manifestao natural de sua senili-dade, tanto no meio rural como urbano, bem como, a reduo da fora de traba-lho, refletindo-se nas suas perspectivas para a estagnao econmica dos municpios perifricos.

    Por outro, registra-se a entrada gradativa de imigrantes levantados nos

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 102

  • municpios, a dos brasiguaios e para-guaios para as atividades da construo civil, a cultura da mandioca e os servios operacionais e braais, menos qualifi-cados, manifestando-se em Serranpolis do Iguau, Marip, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, etc, assim como, a busca pela sade pblica gratuita.

    Ainda, parte da migrao ocorre ligada ao setor tercirio, as atividades do comrcio e dos servios em geral, da Prefeitura tratando-se do funcionalismo pblico.

    Tambm pela dependncia dos municpios e centros maiores prximos, ou ento dos programas de transfe-rncias de renda; da Bolsa Famlia, das aposentadorias, penses, auxlio doena e acidentes, e outras rendas. Essas so cada vez mais significativas, entre 500 a 1000 beneficiados por municpio perif-rico, conforme foi informado pelos gestores pblicos municipais, recursos estes gastos no prprio municpio.

    Os municpios perifricos sofrem da carncia de recursos financeiros e materiais, da qualidade da sua gesto e das equipes, de polticas pblicas, discursos e prticas, rixas polticas, trocas de prefeitos por cassaes, impugnaes, conchavos e outros, ques-tes que prejudicam a credibilidade da gesto pblica, durante os seus manda-tos, conforme vistos em Ramilndia e Braganey, ante uma populao que espera muito ou demais da prefeitura e dos seus governos, quando no os v como a nica sada para o crescimento e desenvolvimento do seu municpio.

    Outra dificuldade a manuten-o da estrutura criada pelo governo (CRAS, postos de sade, escolas), com os custos da equipe de funcionrios, materiais, mquinas, equipamentos e imobilizados em geral, infraestrutura,

    estradas e outros, que fica para a prefeitura por em funcionamento depois da inaugurao e ou sua abertura.

    Por outro lado, influencia no de-senvolvimento dos municpios perifricos o capital social, pelas origens do povo e sua cultura, a partir da colonizao, que se tem revelado em desenvolvimento significativo, em predomnios dos des-cendentes europeus, (alemes, italianos, poloneses), destacando-se um em especial, Pato Bragado, local em que os mesmos so de aproximadamente 90% ariana e os demais 10%; isso que o torna um municpio diferenciado, nos diversos segmentos de atividades econmico-produtivas e resultados.

    Vale ressaltar tambm dentre os melhores indicadores econmico-sociais, de PIB per capita, IDH, ndices de IPARDES de Desempenho Municipal (IPDM), Razo de Dependncia (%), longevidade, entre os municpios que so menos dormitrios, melhores infra-estruturas, etc., destacam-se os munic-pios de: Quatro Pontes, Mercedes, Marip, Entre Rios do Oeste, Serran-polis do Iguau e Pato Bragado.

    Nestes, os muncipes tem uma interao maior e melhor com o poder pblico e, se conhecem. Percebeu-se que as aes so mais proativas, prospectivas e realizadoras, tornando-os municpios bons de morar e viver, com qualidade de vida, perspectivas e outros.

    Vrios municpios pesquisados se identificam tambm pelos seus lemas (slogans) como: Municpio da Longe-vidade - Quatro Pontes; Terra de gua Boa e, Trabalhando pelos que Mais Precisam Iguatu; nos Caminhos do Crescimento - Entre Rios do Oeste; Inte-grao e Sustentabilidade - Serranpolis do Iguau; Viver sem Fronteiras Pato

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 103

  • Bragado; Transformando Esperana em Qualidade de Vida Lindoeste e, outros lemas por municpio.

    4 CONCLUSES

    Verificou-se que a Economia Criativa completou duas dcadas, aps o discurso de Paul Kreting na Austrlia, cujas ideias se propagaram pelo mundo e tornou-se realidade em diversos pases, representando na mdia entre 7 a 10% do PIB, sendo para John How-kins, pai da Economia Criativa, a que mais cresce no mundo.

    No Brasil iniciou destacando-se So Paulo e depois se estendeu aos demais estados e municpios, nos seus diversos segmentos de atividades eco-nmicas imateriais, em diferentes propores.

    J a conjuntura dos municpios perifricos do Oeste do Paran varivel, sendo a maioria ainda forte no setor primrio e vrios apresentam indicadores econmico-sociais crticos (IDH, PIB per capita), Cidade, Dormitrio e outros, o que gera a migrao da sua populao para os

    municpios vizinhos e regies com foras centrpetas, a exemplo na regio para Cascavel, Tole-do, Foz do Iguau, Medianeira, Marechal Cndido Rondon, Matelndia, Palotina, Cafelndia e outros.

    Assim, alguns municpios se destacaram pelos seus indicadores econmico-sociais e pelas atividades da economia criativa, dos servios e dife-renciais oferecidos a sua populao e ao seu entorno, dentre eles: Pato Bragado, Quatro Pontes, Marip, Entre Rios do Oeste, Mercedes, Serranpolis do Igua-u e outros.

    Por outro lado, apresentam resultados mais crticos os municpios de Diamante do Sul e Diamante do Oeste, Ramilndia, So Jos das Palmeiras, Lindoeste, Campo Bonito, Ibema, Ouro Verde, Braganey, entre outros, os quais carecem de uma ao proativa e engrandecedora, a partir dos seus agentes econmicos, de forma integrada e indutora do desenvolvimento local e regional, entre outros.

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 104

  • Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 105

  • Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 106

  • Referncias

    ASKERUD, Pernille. As Indstrias Criati-vas: Perspectivas da Regio da sia-Pacfico. In ECONOMIA CRIATIVA como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. Ana Carla Fonseca Reis (org). - So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.DUISENBERG, Edna dos Santos. VISES GLOBAIS. A Economia Criativa: Uma Opo de Desenvolvimento Vivel? In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 107

  • FONSECA REIS, Ana Carla (org). Econo-mia Criativa como estratgia de desen-volvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008.______. (org). Cidades Criativas: da teoria prtica. So Paulo: SESI-SP editora, 2012. 236 p.HADDAD, Paulo. R. Capitais Intangveis e Desenvolvimento Regional. Revista de Economia, v. 35, n. 3 (ano 33), p. 119-146, set./dez. 2009. Editora UFPR.INSTITUTO Paranaense de Desenvol-vimento Econmico e Social. Leituras rgionais: mesorregies geogrficas Paran-enses: sumrio executivo. Curitiba: IPARDES, 2004.KOVCS, Mt. A Economia Criativa e a Erradicao da Pobreza na frica: PRIN-CPIOS E REALIDADES. In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.PIEDRAS FERIA, Ernesto. Mxico: Tecno-logia e Cultura para um Desenvolvimento Integral. In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.SOLANAS, Facundo. Economia Criativa e as Possibilidades de Desenvolvimento na Argentina. In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.

    Recebido em 08/04/2015Aprovado em 15/05/2015

    Revista Orbis Latina, vol.5, n1, janeiro-dezembro de 2015. ISSN: 2237-6976 Pgina 108

    HISTRICO DA ECONOMIA CRIATIVA E A CONJUNTURA DOS MUNICPIOS PERIFRICOS DA REGIO OESTE DO PARAN, BR1. INTRODUOEste artigo trata da caracterizao da Economia Criativa, apresentando um breve histrico no mundo, no Brasil e no seu contexto na regio Oeste do Paran, representando-a em valores. Discorre tambm sobre a conjuntura dos 20 muni-cpios perifricos do Oeste do PR, com menos de 7 mil habitantes; os seus indicadores econmico sociais (IDH, PIB per capita), populao pelo Censo e das condies de municpios dormitrios com o movimento pendular e outros.Vale destacar que vrios munic-pios estudados localizam-se na faixa de fronteira latina, do Brasil aos pases vizinhos: Paraguai e Argentina. Os muni-cpios estudados buscam a melhoria dos seus indicadores econmico sociais, assim como, legais e ambientais, o seu desenvolvimento e valorao, entre outros.HADDAD, Paulo. R. Capitais Intangveis e Desenvolvimento Regional. Revista de Economia, v. 35, n. 3 (ano 33), p. 119-146, set./dez. 2009. Editora UFPR.INSTITUTO Paranaense de Desenvol-vimento Econmico e Social. Leituras rgionais: mesorregies geogrficas Paran-enses: sumrio executivo. Curitiba: IPARDES, 2004.KOVCS, Mt. A Economia Criativa e a Erradicao da Pobreza na frica: PRIN-CPIOS E REALIDADES. In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.PIEDRAS FERIA, Ernesto. Mxico: Tecno-logia e Cultura para um Desenvolvimento Integral. In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.SOLANAS, Facundo. Economia Criativa e as Possibilidades de Desenvolvimento na Argentina. In FONSECA REIS, Ana Carla (org). Economia Criativa como Estratgia de Desenvolvimento: uma viso dos pases em desenvolvimento. So Paulo: Ita Cultural, 2008. 267 p.