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Histórico Carlos Justiniano Ribeiro Chagas Oswaldo Oswaldo Cruz Cruz Instituto Soroterápico Federal, 1900 DOENÇA DE CHAGAS

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Page 1: Histórico Carlos Justiniano Ribeiro Chagas Oswaldo Cruz Instituto Soroterápico Federal, 1900 DOENÇA DE CHAGAS

Histórico

Carlos Justiniano Ribeiro Chagas

Oswaldo CruzOswaldo Cruz

Instituto Soroterápico Federal, 1900

DOENÇA DE CHAGAS

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A descoberta da doença

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Doença de Chagas Epidemiologia

• Endêmica nas Américas:

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Doença de Chagas Etiologia

• Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909):

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Doença de Chagas Epidemiologia

• Ciclo de vida do Trypanossoma cruzy:

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Doença de Chagas

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Doença de Chagas - transfusional

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Surtos por transmissão oral

Doença de Chagas aguda

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Surtos por transmissão oral

Doença de Chagas aguda

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Doença de Chagas Patogenia

• Infecção:

– ocorre geralmente à noite, – durante a alimentação dos insetos, – por meio de picadas em áreas expostas da pele, – usualmente membros superiores e face. – engurgitamento causado pela ingestão de sangue provoca

imediata defecação do triatomíneo, liberando as formas infectantes (tripomastigotas metacíclicos).

– penetração no hospedeiro humano ocorre:• via mucosa ou por escarificações microscópicas da pele,• conseqüência do prurido intenso no local da picada, • facilitando o acesso dos tripomastigotas à corrente sangüínea.

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Doença de Chagas Clínica

• Período de incubação:– é de 4 a 12 dias – a partir da infecção até o aparecimento dos sintomas da

fase aguda.

• Período de progressão:– após o término da fase aguda até a identificação das

manifestações crônicas– é variável, prolonga-se por 10 a 30 anos. – denominado de fase latente ou indeterminada. – freqüentemente assintomática.

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Doença de Chagas Patogenia

• Após a infecção:

a parasitemia associada ao parasitismo intracelular promove intensa reação inflamatória, com hiperplasia do SMF, vasodilatação e até necrose focal.

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Doença de Chagas Clínica

• Fase aguda: – geralmente não é identificada, por serem inaparentes ou

não valorizados os sintomas característicos:

– porta de entrada: • chagoma de inoculação:

– lesão infiltrada e pouco dolorosa, eritemato-violácea, de consistência elástica, com adenomegalia satélite.

– quando ocorre na face, corresponde ao sinal clássico de Romaña, descrito como edema elástico e indolor da região periorbitária e áreas adjacentes da face, de coloração violácea, com hiperemia conjuntival, freqüentemente com linfadenopatia pré-auricular.

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Doença de Chagas aguda no Brasil

Sinal de Romaña ou Chagoma de Inoculação

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Doença de Chagas Clínica

• Fase aguda: • chagoma de inoculação:

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Doença de Chagas Clínica

• Fase aguda: – porta de entrada:

• chagoma de inoculação:

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Doença de Chagas Clínica

• Fase aguda: • chagoma de inoculação:

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Fase aguda

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Doença de Chagas Patogenia

• Quadro crônico: – cardíaco:

• provavelmente pela presença de antígenos comuns entre as células miocárdicas e o T. cruzi,

• gerando reação inflamatória com lesão e necrose tecidual, que resulta em insuficiência cardíaca,

• distúrbios de condução (bloqueio de ramo direito do Feixe de Hiss, hemibloqueio anterior esquerdo) ou do ritmo cardíaco.

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Cardiopatia

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Doença de Chagas Patogenia

• No quadro crônico: – digestivo:

• lesão dos neurônios da cadeia parassimpática do plexo intramural da musculatura lisa

• alterações peristálticas, levando a

• descoordenação de pontos importantes no fluxo de alimentos pelo tubo digestivo como:

– esfíncter esofagiano inferior (acalasia) e a – transição ano-retal (megacólon).

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Doença de Chagas Patogenia

• No quadro crônico: – Megacolon chagásico:

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Colopatia

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DOENÇA DE CHAGAS - FASE AGUDADIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Pesquisa Direta: exame a fresco, gota espessa, esfregaço, biópsia de linfonodos ou músculo estriado.

Pesquisa Indireta: xenodiagnóstico, hemocultura, inoculação em camundongo.

Testes Sorológicos: Pesquisa de IgM (imunofluorescência, ELISA, HAI) e IgG.

PCR

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Pesquisa do parasito em esfregaço de sangue

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DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE CHAGAS

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PERFIL EVOLUTIVO DOS ANTICORPOS

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DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE CHAGAS

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Alterações radiológicas

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Megaesôfago

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Doença de Chagas Patogenia

• No quadro crônico: – Megacolon chagásico:

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Eletrocardiograma

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Holter

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TRATAMENTO ETIOLÓGICO

INDICAÇÕES:

• Infecção aguda• Infecção congênita• Infecção acidental• Em transplante de orgãos• Reativação em imunosuprimidos

Ministério da Saúde 1997

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TRATAMENTO ETIOLÓGICO

• Infecção recente (crianças, adolescentes)

• Forma indeterminada• Forma digestiva com coração normal• Forma cardíaca assintomatica

Ministério da Saúde 1997

< 60 anos de idade

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TRATAMENTO ETIOLÓGICO

Drogas eficazes

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• A incerteza da resposta terapêutica

Doença de ChagasTratamento etiológico da fase crônica

- Parasitismo intracelular- Parasitemia pouco detectada- Persistência de anticorpos - Curva sorológica pode ser errátil

Desfecho laboratorial

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• A incerteza da resposta terapêutica

Doença de ChagasTratamento etiológico da fase crônica

- Cronicidade da infecção- Patogenia não completamente conhecida

Desfecho clínico

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Tratamento etiológico da fase crônicaHá evidências para tratar!

Probabilidade de mudança para forma complicada, com ou sem tratamento com benznidazol

Benznidazol

Sem tratamento

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Tratamento etiológico da fase crônicaAS RECOMENDAÇÕES MAIS RECENTES