historias de animais

26
HISTÓRIAS DE ANIMAIS CADERNO DE ORIENTAÇÕES

Upload: beebgondomar

Post on 02-Jun-2015

4.334 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

Caderno de orientacoes

TRANSCRIPT

Page 1: historias de animais

HISTÓRIASDE ANIMAIS

C A D E R N O D E O R I E N T A Ç Õ E S

Page 2: historias de animais

1 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

F

Por que ler histórias de animais?

ormar leitores significa preparar pessoas para que conheçam os mais variados gêneros e tipos de texto.Ler é um ato repleto de possibilidades: quanto mais conhecemos os diversos textos que existem, mais

aptos a ler nos tornamos. Por isso, é uma conquista quando podemos oferecer uma diversidade de livros àscrianças. Poderíamos direcionar nossa atuação nas escolas, ampliando ao máximo a quantidade e a variedade detextos a serem conhecidos.

Mas será suficiente garantir a oferta?

Certamente, uma criança que conhece muitas histórias, aos poucos, deduz as semelhanças entre elas e assimaprende cada vez mais sobre esse tipo de texto. Ler uma diversidade de tipos de narrativa também favoreceque se reconheça a diferença e as características específicas de cada uma delas. Mas essa aprendizagem podeser ainda mais potencializada quando as crianças encontram na escola uma ajuda, como, por exemplo, nassituações em que se deixam claras as características e as estruturas dos diferentes tipos de texto. Atenção:fazer isso não significa “dar aula” sobre as características do livro ou do texto escolhido, que tornaria o ensinodo texto muito difícil para a criança, mas, sim, participar de atividades bem planejadas e bem orientadas quecolocam em jogo seus conhecimentos. Essa aprendizagem se dará de forma cumulativa à medida que todoslerem, escutarem e trabalharem os textos.

O que são histórias de animais?

Histórias de animais são narrativas cujos personagens são animais com características humanas, e é uma dasmais antigas maneiras de contar uma história. Em sua maioria, são fábulas, cujo desfecho reflete uma lição oumensagem com a intenção de mostrar o que é certo e o que é errado, propriedade essencial das fábulas. Amoral é o aspecto mais visível das fábulas e nem sempre aparece destacada em uma frase no final do texto.Muitas vezes, encontra-se implícita na fala final de um dos personagens, por exemplo. As histórias de animaispodem também aparecer sob a forma narrativa de contos curtos, sem uma moral explícita, cujos personagens,no entanto, apresentam características e ações muito semelhantes às dos personagens que compõem as fábu-las: predomínio de um comportamento típico que, em confronto com outro, provoca determinadas con-sequências sobre as quais se pode extrair algum ensinamento. Poderíamos dizer que as histórias de animaiscomunicam-se fortemente com os pequenos leitores por seu caráter verossímil (que se assemelha ao real),pois tratam de temas da realidade humana por meio da ação de personagens alegóricos que se deparam comsituações muito concretas.

As histórias de animais na escola

Em geral, na escola, as explorações em torno das histórias de animais costumam enfatizar sua mensagemmoral: os textos são utilizados para passar lições, ensinando regras e valores às crianças.

Sem dúvida, nesse tipo de narrativa, especialmente no caso das fábulas, a presença da moral é uma dimensãoimportante e, sempre que possível, vale a pena ser mencionada e esclarecida às crianças. Porém, o trabalhonão pode ser limitado à exploração da mensagem do texto, ainda mais se considerarmos que uma das fun-ções da escola é formar bons leitores e favorecer o aprendizado da leitura e da escrita. Assim, é possível e

Ver:Cadernode estudos

A formação de bons leitores

Page 3: historias de animais

2 | T R I L H A S

necessário pensar outras formas de apresentar e apreciar esse tipo de texto na escola. Por exemplo, explicitar apresença de personagens com características contrastantes, como A cigarra e a formiga, A lebre e a tartarugaetc., e discutir o significado desse contrário na trama da história.

Se estes personagens pensassem e agissem da mesma forma, o que aconteceria com o enredo?

As histórias de animais facilitam a conversa com as crianças sobre dimensões aparentemente complexas dostextos (como, por exemplo, sua estrutura), porque, em sua maioria, são textos curtos que perseguem umaideia central. Além disso, o enredo costuma ser convidativo às crianças, já que faz uso do recurso da personifi-cação de animais que tanto as atrai.

Essas histórias podem ser exploradas pelas crianças para que elas pensem sobre “como” são narradas. Ao favo-recer que elas desvendem essa escrita, contribui-se para que avancem para além do contato com as histórias.Enfim, à medida que conhecem diversas histórias de animais, elas exploram e pensam sobre sua forma. Esseaprendizado vai se somando ao conhecimento de textos com outras características, e assim as crianças ganhamdesenvoltura no universo da escrita.

Neste Caderno de orientações, você vai encontrar propostas que podem ampliar a maneira como se costu-mam trabalhar as histórias de animais com as crianças. Nele, propõe-se uma atenção especial à personificaçãodos animais na história, à estrutura do texto, à sequência dos fatos ocorridos e aos diálogos dos animais.

Experimente desenvolver essas atividades com as crianças e surpreenda-se ao ver como elas são capazes deobservar e aprender!

Page 4: historias de animais

3 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

O

Sobre os livros

s três livros escolhidos para este Caderno de orientações contam histórias de animais. São narrativas dosaber popular que surgem da literatura oral ou anônima e são adaptadas ou recontadas. Duas delas, “O

bicho folharal” e “A flauta do tatu”, são parte do folclore brasileiro, recontadas e ilustradas por uma artista reno-mada, Angela-Lago. A terceira história, “Cabritos, cabritões”, tem origem na tradição oral norueguesa e, por isso,traz um personagem pouco comum nas narrativas brasileiras – o Ogro. Essas histórias têm importância nãoapenas pelos preceitos morais transmitidos de forma alegórica, mas também por sua estrutura narrativa, cujaprincipal característica é a repetição acumulativa: o mesmo acontecimento se repete várias vezes e vai se acu-mulando até ser resolvido. Essa maneira de contar histórias favorece a que as crianças participem de formamais autônoma da leitura, porque elas são capazes de antecipar os acontecimentos narrados e memorizara história. Vamos conhecer algumas características dessas histórias.

Cabritos, cabritõesAdaptado por Olalla González, com ilustrações de Federico Fernández

São Paulo: Instituto Callis, 2008.

Nesta história, três cabritos que vivem nas montanhas – um pequeno, um médio e um grande – têm comotarefa atravessar uma ponte para chegar a um campo de capim verde, onde podem se alimentar. Debaixo des-sa ponte, no entanto, vive um terrível Ogro que não deixa ninguém passar. Os cabritos, então, elaboram umplano para cruzar a ponte. O diálogo dos cabritos com o Ogro se repete três vezes, com pequenas alterações adepender de qual dos cabritos está atravessando a ponte naquele momento. O plano dos cabritos dá certo eeles conseguem não só passar pela ponte como também acabar com o Ogro, comer o capim e se transformarem três enormes cabritões.

Além do diálogo, os trechos com as descrições dos cabritos também contêm repetições. A ordem das frases ésempre a mesma e os adjetivos usados para caracterizá-los correspondem ao tamanho de cada um - pequeno, mé-dio ou grande: “O Cabrito Cabritão Pequeno / Tinha uma barba pequenininha; “O Cabrito Cabritão Médio / Tinhauma barba nem grande nem pequena; “O Cabrito Cabritão Grande / Tinha uma barba grandona”. Nos três casos, otamanho da letra corresponde ao tamanho do cabrito: o pequeno é descrito com uma letrinha e assim progressivamente.

Cada cabrito, ao atravessar a ponte, faz um barulho específico com as patas indicado no texto por meio dasonomatopeias: “patim”; “patam” e “patom”. Também nesse caso, as palavras são apresentadas em tamanhosproporcionais aos dos cabritos e se espalham na página como que vibrando o ruído que provocam.

As belíssimas ilustrações enfatizam as características dos personagens descritas no texto: os cabritos vão ocupandodiferentes dimensões nas páginas, com suas barbas e chifres, assim como o Ogro, a ponte e as montanhas.

O bicho folharalContado e ilustrado por Angela-Lago

Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

Este livro integra a coleção Virando Onça, que, como o próprio nome indica, tem a Onça como protagonistaem todos os títulos. Nesse caso, o Macaco é seu esperto oponente. Na trama, Dona Onça cisma de não deixá-

Page 5: historias de animais

4 | T R I L H A S

lo beber água em sua fonte. O bicho arma um plano, lambuza o corpo de mel e rola nas folhas secas, disfarçan-do-se de “bicho folharal”. Entra na fila dos animais que esperam a vez para beber água na fonte da Onça e logochama a atenção dela com seu aspecto exótico. Como não pode se molhar para não revelar sua identidade, omacaco canta a mesma música toda vez que se aproxima da fonte: “Eu sou o bicho folharal/ que cheguei domatagal. / E se beber passo bem./ Mas se molhar passo mal”. Apesar do canto, o Macaco acaba se molhando umpouquinho mais a cada vez. A música só se altera quando ele perde quase todas as folhas do corpo: “Eu sou obicho folharinho,/ que cheguei do matozinho”. Antes que Dona Onça tenha certeza de quem ele é, o Macacoconsegue fugir, saciado em sua sede, revelando a todos os outros bichos a sua verdadeira identidade.

As três idas do Macaco à fonte, a consequente perda progressiva do disfarce e a fala reiterada da Onça desco-brindo cada vez mais a identidade do “bicho folharal” configuram o aspecto acumulativo da história, narrada,nesse caso, com muito humor. As ilustrações também são divertidas e coloridas. Os traços irregulares lembramo desenho infantil e conservam certo ar matreiro, presente também na trama. As imagens ocupam duas pági-nas, em sua maioria. O detalhe final do Macaco mostrando a língua num canto da página para a Onça deitadano outro canto resume exemplarmente o brilhante diálogo entre texto e imagem.

A flauta do tatuContado e ilustrado por Angela-Lago

Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

Este livro também integra a coleção Virando Onça, assim como o anterior. Nesse caso, quem faz esperta oposi-ção à Onça é o Tatu. Para responder a uma provocação da Onça que vivia falando que seu prato predileto erasopa de tatu, o bicho cria uma canção que se repete ao longo da história, alterando-se em alguns trechos: “Voufazer uma flauta com a canela de uma onça que ainda é banguela. / Quer sopinha porque não tem dente. / Éporque não tem dente / É porque não tem dente / É porque não tem dente / Ô gente!” Com essa canção, o Tatuconsegue chamar a atenção dos outros animais, atrair a Onça para sua toca e deixá-la ali, anos e anos, definhan-do à sua espera, até morrer. Quando isso acontece, ele finalmente cumpre o anunciado em sua canção: com oosso da canela da Onça faz uma flauta e sai cantando em companhia dos demais bichos.

O desfecho da história é um convite à repetição em voz alta da canção do Tatu: “Ô gente, como era mesmo?”Além da repetição da canção e de alguns episódios, a informalidade e o ritmo da linguagem são marcas fortesdesse texto. As ilustrações, assim como no livro O bicho folharal, são coloridas, divertidas, com traços irregularesque lembram o desenho infantil. A sombra aparece como recurso ainda mais explorado que no volume anterior,afinal, o Tatu vive numa toca e para melhor enxergá-lo a luz não é suficiente.

O que há em comum nas três histórias?

São histórias alegóricas, porque transmitem pensamentos de forma figurada. Isto é, nelas, uma coisa é narradapara dar a ideia de outra, de modo que ideias, atitudes e comportamentos representem os conflitos humanos.Vamos observar algumas características comuns presentes na estrutura dessas histórias, que permitirão àscrianças reconhecerem suas regularidades.

1. São narrativas feitas em terceira pessoa, mas as histórias são construídas a partir do discurso direto, em queocorre repetição na fala das personagens: “Quem está fazendo patim, patim, patim na minha ponte?”

Page 6: historias de animais

5 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

LembreteSabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida diversasvezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros leitores se dará noequilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puro prazer – desfrutando de lite-ratura de qualidade – com outros momentos em que possam aprofundar conhecimentos sobre o texto.Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de histórias numa atividade mecânica. Assim, procuregarantir a leitura por prazer, de maneira independente das atividades com foco no texto. Este Caderno deorientações apresenta um roteiro de trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir deinstrumento para que as crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.

2. No discurso direto, há diálogos que se repetem, e neles aparece a presença marcante de frases exclamativas:“Eu vou te comer!” ou “Ô gente, ô gente!” Além da pontuação, devem-se considerar a sonoridade e as repetiçõesem forma de refrão, porque trazem ritmo às narrativas, provocando a sensação de musicalidade.3. Ocorre personificação: os animais agem como se fossem pessoas, querem enganar ou tirar vantagem, arquite-tam planos, cantam, dançam etc. Todas as ações, inclusive a conversa, são humanas.4. A trama das histórias se desenvolve em torno da transmissão de algum ensinamento. Elas narram experiênciasque servem de aviso, conselho ou exemplo e funcionam como orientação à conduta humana.5. As narrações são lineares e no desfecho o problema inicial é resolvido, como no caso de Cabritos, cabritões: depois deenganarem e afugentarem o Ogro, os cabritos atravessam a ponte e conseguem se alimentar como desejavam.6. É forte a presença de onomatopeias ou expressões tipicamente orais: “patim, patam, patom”; “ô gente”; “você aí”.

Em relação à ilustração:1. É possível antecipar a história que vai ser narrada por meio das imagens, pois as ilustrações se assemelham aotexto que será contado: a Onça com as patas na cara nas cenas finais de O bicho folharal indica o vexame peloqual passara; da mesma forma, em Cabritos, cabritões, a ilustração dos crânios de animais pendurados à ponteindica uma possível falta de habilidade dos que tentaram enganar o Ogro anteriormente.2. As ilustrações reforçam a personificação dos animais: o Cabritinho usa uma escada para descer do alto damontanha; o Tatu transforma osso em flauta; os animais dirigem-se à fonte da Onça carregando baldes paraestocar a água em falta.3. As ilustrações complementam o texto: nos dois livros ilustrados por Angela-Lago essa complementaridade sedá principalmente pela via do humor: os animais leem enquanto esperam na fila para beber água na fonte daOnça e o Tatu mostra o rabo para a Onça, de dentro de sua toca, tentando convencê-la de que agarrou uma Co-bra. No caso de Cabritos, cabritões o rascunho do plano elaborado pelos três para atravessar a ponte, que aparecenas páginas iniciais, também antecipa ao leitor acontecimentos importantes da história.

As atividades desenvolvidas aqui são referências para a exploração de livros com histórias de animais. O textoCabritos, cabritões serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir. Contudo, vocêpode experimentar o mesmo tipo de atividade com outros livros de estrutura semelhante. Este Caderno de ori-entações é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos, ampliando-os com as sugestões apre-sentadas. É por essa razão que já indicamos neste texto dois outros livros que compõem o acervo enviado juntocom este material. Bom trabalho!

Page 7: historias de animais

6 | T R I L H A S

Page 8: historias de animais

7 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Atividade 1 Conhecer a história

Atividade 2 Ordenar as ilustrações

Atividade 3 Relacionar os animais e seus sons

Atividade 4 Ler os diálogos da história

Atividade 5 Ordenar o texto e relacionar com a ilustração

Atividade 6 Ordenar as frases do diálogo

Atividade 7 Desenhar os encontros

Atividade 8 Ditar os diálogos da história

Sumário

8

10

12

14

16

18

20

22

Page 9: historias de animais

8 | T R I L H A S

O

Atividade 1

professor apresenta o livro Cabrito, cabritões às crianças,convidando-as a fazer antecipações a partir das ilustrações e do

título. Antes da leitura, faz uma pergunta para a turma e, depois de ler,conversa com as crianças sobre a personificação dos personagensna história.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoLer o livro preparando sua leitura em voz alta.

Organização do espaço e das criançasOrganizar o grupo de forma que as crianças estejam bem acomodadas e à vontade para ver as ilustrações.

Orientações para o professor Apresentar o livro, mas, antes de ler o título, folheá-lo, mostrando as ilustrações às crianças até o fim.

Voltar à capa e questionar sobre o que elas acham que o livro trata. Você pode dizer: “Hoje vocês vão conhe-cer uma nova história. Antes vou mostrar as ilustrações do livro para que depois me digam o que acham queserá contado”.

Ler o título e perguntar se elas conhecem alguma história parecida. Deixar que falem livremente.

Apresentar um resumo da história e fazer uma pergunta sobre o desfecho: “Será que os cabritos vão conseguiratravessar a ponte e chegar até o campo com capim verde?”

Ler a história e mostrar as ilustrações a cada página.

Fazer outra pergunta, após ler a parte em que o Ogro aparece, para orientar a escuta até o fim da leitura doconto: “Será que o plano dos cabritos dará certo?” Ouvir as crianças e comentar que você continuará lendo paraque elas possam saber o que vai acontecer.

Retomar, no fim do conto, a pergunta inicial. Falar sobre o plano dos cabritos e comentar sobre os motivosque levaram o plano dar certo.

Perguntar às crianças quem são os personagens da história. Conversar com elas mostrando que são todosanimais, mas agem como se fossem pessoas, e questionar se conhecem outras histórias em que isso acontece. Dei-xar que as crianças falem, destacando as ações dos animais que são características humanas como, por exem-plo, o plano desenhado no papel e a ação de descer a escada.

Conhecer a história

Fazer relações entreos acontecimentosdo conto.

Relacionar históriasconhecidas emque os personagensanimais agemcomo humanos.

Pensar sobreo conteúdo dahistória a partirdas ilustrações.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

Fazer relaçõesentre o que jáconhecem dahistória e o queestá por vir.

8 | T R I L H A S

Page 10: historias de animais

9 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

O que as crianças podem aprender Ao apresentar o livro “por fora”, explorando capa, contracapa, título e ilustrações, as crianças aprendem so-

bre o livro como objeto e observam suas características.

Ao realizar perguntas antes e durante a leitura, as crianças podem aprender a conversar sobre os persona-gens, suas ações e características, além de se manterem ativas na escuta da história.

O que mais é possível fazerPara dar continuidade a essa atividade, você pode fazer uma lista de histórias conhecidas em que há personificação.

O que é possível fazer em casaVocê pode sugerir que as crianças falem aos seus pais, colegas e vizinhos sobre o conto que escutaram e queperguntem se eles conhecem outras histórias em que os animais fazem coisas iguais às pessoas.

9 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 11: historias de animais

10 | T R I L H A S

O

Atividade 2

Ordenar as ilustrações

professor divide a sala em grupos e entrega cartelas com ilustraçõesda história Cabritos, cabritões, pedindo às crianças que as organizem

na ordem da narrativa.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoSeparar, para cada grupo, um conjunto de cartelas com ilustrações dos principais episódios da história.

Organização do espaço e das criançasEssa atividade acontece em pequenos grupos que precisam ser planejados para que as crianças possam cola-borar entre si.

Orientações para o professor Iniciar a proposta explicando às crianças que elas devem relembrar o conto, Cabrito, cabritões e ordenar as

cartelas com as ilustrações conforme a narrativa do livro.

Entregar um conjunto de cartelas com as ilustrações para cada grupo e pedir que ordenem essas cartelas con-forme a sequência narrativa da história. Você pode dizer: “Cada grupo vai receber as cartelas com as ilustraçõesdesse conto, mas estão todas fora de ordem e vocês devem reorganizá-las”.

Circular entre os grupos, intervindo e ajudando as crianças a retomarem a sequência da narrativa. Você podefazer perguntas: “Como começa essa história? E depois, o que acontece? Quem está presente nessa ilustração? E oque está acontecendo nessa parte da história?”

Propor aos grupos, depois de terminarem de ordenar as cartelas, que recontem a história, verificando se a sequên-cia das ilustrações está certa. Para isso, você pode pedir que um grupo comece contando a partir da primeirailustração selecionada, e depois os outros grupos dão sequência à narração. Estimular, sempre que preciso, aretomada de memória da sequência da narrativa. Caso as crianças fiquem em dúvida, você pode pegar o livropara que elas verifiquem se as cartelas estão na ordem correta.

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode entregarapenas as ilustrações dos encontros entre os cabritos e o Ogro, pedindo que elas ordenem apenas esses episódios.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que elas or-denem as ilustrações e depois escolham uma para substituir por texto.

Ordenar as ilustraçõessegundo a sequênciada narrativa.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

Recontar a históriae verificar seordenaram asilustrações nasequência certa.

10 | T R I L H A S

Page 12: historias de animais

11 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

O que as crianças podem aprender Ao pedir que as crianças ordenem as ilustrações da história, possibilita-se que se apropriem da sequênciada narrativa.

Ao pedir que as crianças recontem a história verificando se está correta a sequência da narrativa, favorece-seque recuperem o texto de memória com apoio da ilustração.

O que mais é possível fazerPara dar continuidade ao trabalho com as ilustrações da história e a sequência da narrativa, você pode entregaràs crianças algumas cartelas com ilustrações que são da história e outras que não são, pedindo que as criançasidentifiquem quais ilustrações não pertencem ao conto.

O que é possível fazer em casaCombinar com o grupo que haverá um rodízio para levar o livro Cabritos, cabritões para casa (cada dia um leva,lê com sua família e traz no dia seguinte). Escrever os nomes das crianças da sala num cartaz para controlar quemjá levou o livro e marcar juntamente com o grupo toda vez que o livro for emprestado.

11 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 13: historias de animais

12 | T R I L H A S

O

Atividade 3

Relacionar os animais e seus sons

professor mostra tiras onde estão escritos os sons de cada um doscabritos da história Cabritos, cabritões e as lê, dizendo em seguida

a qual deles o som pertence. Depois pede que as crianças relacionem astiras com as ilustrações correspondentes e completem na tira o nomedo cabrito.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoOrganizar, em quantidade suficiente para cada grupo, um conjunto de tiras com os sons de cada um dos cabri-tos e um conjunto de cartelas com as ilustrações de cada um.

Organização dos espaços e das criançasO primeiro momento dessa atividade é coletivo, e o segundo, em grupo.

Orientações para o professor Conversar com as crianças sobre os sons que os animais da história Cabrito, cabritões fazem. Dizer que, no

livro, os sons dos animais são escritos de forma diferente. Mostrar a página do livro em que aparece o CabritoCabritão Pequeno indo em direção à ponte, apontar para a escrita dos sons de seus passos e dizer: “Olha, aquio som dos passos do Cabrito Cabritão Pequeno aparece em letras pequenas”.

Fazer o mesmo com os sons dos outros dois cabritos.

Mostrar as tiras e contar que nelas estão escritos os sons de cada um dos animais. Explicar a proposta:“Nessas tiras, está escrito o som que os cabritos fazem ao atravessar a ponte. Vou ler para vocês e dizer de qual cabrito é,e vocês me dizem se acertei, combinado?”

Mostrar a primeira tira para todas as crianças. Ler e dizer de qual cabrito é aquele som. As tiras não devem serlidas na mesma sequência em que os animais aparecem na história.

Seguir essa mesma orientação para os outros dois cabritos. No decorrer da leitura, você pode trocar o som deum cabrito para que as crianças reconheçam o que está errado e digam qual é o certo.

Organizar as crianças em grupos e entregar para cada uma as tiras e as cartelas. Explicar a proposta: “Agoravocês vão juntar as ilustrações dos cabritos com o som de cada um”.

Estimular que as crianças usem a escrita de palavras conhecidas como fonte de informação: “Que nome decriança conhecemos que começa com as mesmas letras que os passos do Cabrito Cabritão Grande?”

Relacionar ailustração e osom de cadabicho e colocarem jogo asestratégias deleitura.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

12 | T R I L H A S

Page 14: historias de animais

13 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode realizar apenasa primeira parte da atividade.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que elas, alémde relacionar o som com a ilustração, relacionem também os nomes de cada cabrito. Para isso, entregue tirascom os nomes de cada um deles.

O que as crianças podem aprender Ao ler as tiras com a escrita dos sons dos animais e depois pedir que as crianças relacionem a ilustração com

a escrita do som, favorece-se que elas estabeleçam conexões entre as sequências dos personagens e os sons decada um deles.

Ao chamar a atenção das crianças sobre o recurso tipográfico utilizado para registrar o som dos animais,possibilita-se que elas aprendam a observar e reconhecer tipografias.

Ao solicitar que as crianças relacionem a escrita dos sons com a ilustração de cada cabrito, favorece-se quecoloquem em jogo diferentes estratégias de leitura.

O que mais é possível fazerPara continuar chamando a atenção das crianças para a escrita de onomatopeias, você pode levar para a sala deaula histórias em quadrinhos em que se observa essa forma de escrita das palavras.

13 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 15: historias de animais

14 | T R I L H A S

O

Atividade 4

Ler os diálogos da história

professor convida as crianças para ler, com ele, a história Cabritos,

cabritões. Para ajudá-las na leitura, chama a atenção para a repetiçãodos diálogos entre os cabritos e o Ogro.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoEnsaiar a leitura em voz alta antes de ler para as crianças.

Organização do espaço e das criançasEssa é uma atividade coletiva que pode ser realizada num local diferente, como, por exemplo, no gramado ouno pátio da escola.

Orientações para o professor Combinar com as crianças que você lerá de novo a história Cabritos, cabritões, mas dessa vez elas lerão junto.

Dizer que serão responsáveis pela leitura das falas dos cabritos e do Ogro, e você lerá as demais partes da his-tória (narrador). Você pode dizer: “Hoje vocês vão ler comigo. Vocês leem as falas dos cabritos e do Ogro quando elesse encontram na ponte e eu leio as demais partes. Combinado? Vou mostrando as ilustrações para que vocês acompa-nhem minha leitura”.

Dizer que, antes de iniciar a leitura do livro, as crianças lembrarão as partes que deverão ser lidas: “Mas, antesde lermos juntos toda a história, vamos ler o primeiro diálogo do Cabrito Cabritão Pequeno com o Ogro para lem-brar como está escrito no livro”.

Ler com as crianças o diálogo, deixando o livro virado para elas, de forma que consigam acompanhar o texto.Enquanto leem, você pode passar o dedo nas partes que estão sendo faladas para que as crianças acompanhem arelação do que está sendo falado com o que está escrito.

Chamar a atenção para a repetição nas falas dos cabritos e do Ogro e o que muda em suas falas: “Ah, então, sem-pre que o Ogro pergunta quem está fazendo aquele barulho sua fala muda conforme o cabrito que passa. E nas trêsvezes que o Ogro se encontra com um cabrito ele diz: ‘Eu vou te comer!’?”

Iniciar a leitura e parar de ler no momento de passar “a voz” às crianças. Quando parar, dizer por que parou einformar o que elas precisam fazer. Você pode dizer: “Agora vou parar de ler e vocês vão continuar”.

Ajudar as crianças retomando a sequência da narrativa caso seja necessário. Você também pode auxiliar reto-mando o que elas acabaram de falar e dando dicas sobre o próximo diálogo.

Ler o texto dememória eobservar arelação entreoral e escrito.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

Ler partes dahistória.

14 | T R I L H A S

Page 16: historias de animais

15 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode sugerirque elas leiam apenas as falas dos cabritos nos diálogos.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que, aolongo da semana, as crianças leiam a história em duplas, ficando cada membro da dupla responsável pelaleitura de uma parte da história.

O que as crianças podem aprender Ao convidar as crianças a lerem partes da história atentando para o apoio da ilustração e para a regula-

ridade do texto, possibilita-se que elas leiam com autonomia.

Ao chamar a atenção para a repetição presente nos diálogos da história, favorece-se que as criançasobservem a estrutura do texto.

O que mais é possível fazerVocê pode dar continuidade à proposta de leitura da história pelas crianças. Seguem algumas sugestões:

Dividir a turma de forma que cada criança leia uma parte da história.

Chamar as crianças da outra sala para que assistam à leitura compartilhada.

15 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 17: historias de animais

16 | T R I L H A S

O

Atividade 5

Ordenar o texto e relacionar com a ilustração

professor divide as crianças em grupos e pede que ordenem os diálogosda história Cabritos, cabritões segundo a sequência da narrativa,

juntando com as ilustrações correspondentes.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoSeparar cartões com as ilustrações dos encontros entre o Ogro e os cabritos. Preparar tiras com os diálogosentre a os cabritos e o Ogro. Usar sempre letra de imprensa maiúscula, como no exemplo a seguir:

- QUEM ESTÁ FAZENDO PATIM, PATIM, PATIM NA MINHA PONTE?- O CABRITO CABRITÃO PEQUENO.- EU VOU TE COMER!- AH, NÃO, EU AINDA SOU MUITO PEQUENO!ESPERE O CABRITO CABRITÃO MÉDIO, QUE É MAIS GORDINHO QUE EU.- NUNCA NINGUÉM PASSOU POR AQUI, MAS COM ESSE CABRITO CABRITÃO MÉDIO PODEREICOMER MAIS. ANDE, PASSE!

Organização do espaço e das criançasEssa atividade deve ser realizada em pequenos grupos, considerando a possibilidade de cooperação entre ascrianças durante a leitura.

Orientações para o professor Contar às crianças que elas farão uma atividade em grupo na qual terão de ler os diálogos da história e rela-

cioná-los com suas ilustrações. Você pode dizer: “Vou entregar essas cartelas com as ilustrações dos personagens etambém cartões com os diálogos entre os cabritos e o Ogro. Vocês vão juntar os diálogos às ilustrações. Uma dica:lembrem que o que muda na fala do Ogro é o som de cada cabrito”.

Dividir as crianças em grupos e entregar as cartelas com as ilustrações dos encontros entre os personagens da históriae os cartões com os diálogos.

Circular entre as crianças, ajudando os grupos a realizar a atividade proposta. Você pode intervir, dizendo:“Esta é a ilustração do Cabrito Cabritão Pequeno tentando atravessar a ponte. Que som ele faz? Vamos ler paraprocurar no diálogo onde está escrito ‘PATIM, PATIM, PATIM’?”

Oferecer ajuda, incentivando as crianças a relacionar as palavras já conhecidas que, por exemplo, comecem outerminem com a mesma sílaba da palavra que estão procurando.

Socializar com toda a turma as estratégias utilizadas pelos grupos para encontrar o diálogo correto: “Lucas, contepara seus colegas como seu grupo achou que esse é o cartão do Cabrito Cabritão Pequeno”. “Então, pessoal, como o Lucas

Relacionar informaçõessobre a escrita do textoe ordenar os diálogos.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

Compartilharestratégiasde leitura.

16 | T R I L H A S

Page 18: historias de animais

17 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

falou, eles acharam onde estava escrito PEQUENO, porque começa com as mesmas letras do nome do PEDRO.”

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode agrupá-las, entregar os cartões e ler. Elas apenas precisam identificar onde está o que você leu. Em seguida, o gruporelaciona os cartões com as ilustrações corretas.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elaslocalizem e ordenem os diálogos sem as cartelas de ilustrações.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças relacionem os diálogos com as ilustrações, ordenando-os, favorece-se que elas

relacionem as informações sobre a sequência da narrativa e a estrutura do texto e coloquem em jogo suasestratégias de leitura.

O que mais é possível fazerVocê pode dar continuidade ao trabalho de memorização e identificação dos diálogos da história. Seguemduas sugestões:

Entregar os textos dos diálogos da história misturados com textos de diálogos de outras histórias e pedirque as crianças encontrem quais são os diálogos “intrusos”.

Organizar um jogo de memória com as cartelas de ilustração e as tiras com o texto dos diálogos para ascrianças jogarem em grupos. No jogo, o desafio é que as crianças consigam parear as ilustrações e os diálogos.

17 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 19: historias de animais

18 | T R I L H A S

O

Atividade 6

Ordenar as frases do diálogo

professor organiza as crianças em duplas e entrega a elas tiras dahistória Cabritos, cabritões com as frases do diálogo entre o Cabrito

Cabritão Pequeno e o Ogro. Pede que as crianças retomem oralmente asequência do diálogo e propõe que organizem as tiras que receberam,deixando as frases do diálogo na ordem correta.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoPreparar, para cada dupla, tiras com as frases do diálogo entre o Cabrito Cabritão Pequeno e o Ogro. Escreversempre em letra de imprensa maiúscula.

Organização do espaço e das criançasEssa atividade acontece em duplas. As crianças precisam estar agrupadas de forma que ajudem umas às outrasna leitura das frases.

Orientações para o professor Contar às crianças que elas organizarão o diálogo entre o Cabrito Cabritão Pequeno e o Ogro. Você pode

dizer: “Crianças, hoje vocês vão se dividir em duplas e eu vou entregar tiras com partes do diálogo entre o CabritoCabritão Pequeno e o Ogro. Vocês já leram o som que faz cada animal dessa história e também já ordenaram osdiálogos na sequência da narrativa. Agora, o desafio é vocês ordenarem, na sequência correta, todas as frases dodiálogo”.

Dividir as crianças em grupos e entregar as tiras.

Retomar com elas o que precisam para fazer a ordenação: “Lembrem-se: para conseguir ordenar as tiras, vocêsprecisam recordar o diálogo entre o Cabrito Cabritão Pequeno e o Ogro . Vocês lembram como é? Depois precisamler as tiras e, para isso, vocês podem buscar frases que possuem palavras que vocês já conhecem, como, por exemplo, osom do cabrito. Aí vocês colocarão as frases em ordem”.

Circular entre os grupos, ajudando aqueles que precisam de auxílio para ler as tiras e pensar na ordem do texto.

Pedir aos grupos que já terminaram que leiam para você a sequência do diálogo, conferindo juntos secolocaram na ordem correta do texto. Você pode pedir que as crianças leiam passando o dedo pelas palavrase buscando adequar a fala ao que está escrito.

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode entregar para as duplas o texto

Tentar ajustaro que se fala com oque o está escrito.

Recuperar o textode memória ecolocar em jogoestratégiasde leitura.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

18 | T R I L H A S

Page 20: historias de animais

19 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

do diálogo inteiro em uma folha e pedir que elas identifiquem e circulem com lápis de cores diferentes as falasdo cabrito e do Ogro.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que elasreescrevam o diálogo da seguinte forma: enquanto uma criança dita, a outra escreve.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças ordenem as frases do diálogo, contribui-se para que elas recuperem o texto

memorizado, identifiquem as partes da história e coloquem em jogo suas estratégias de leitura.

Ao pedir que as crianças leiam o diálogo passando o dedo pelas palavras, favorece-se que elas ajustem oque se fala ao que está escrito.

O que mais é possível fazerVocê pode continuar propondo que as crianças leiam os diálogos da história. Para isso, seguem duas sugestões:

Entregar uma folha com um dos diálogos escrito e pedir que as crianças identifiquem e circulem algumaspalavras.

Entregar uma folha com um dos diálogos escrito e pedir que, em duplas, as crianças alternem as falas dospersonagens, lendo e acompanhando o texto com o dedo.

19 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 21: historias de animais

20 | T R I L H A S

O

Atividade 7

Desenhar os encontros

professor propõe que as crianças observem as ilustrações do livroCabritos, cabritões. Depois solicita que elas recuperem de memória

quais foram os encontros entre o Ogro e os cabritos e, em seguida, pedeque desenhem esses encontros e os organizem na sequência da história.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoPreparar papéis em branco (em formato aproximado de 20 x 15 cm) em quantidades suficientes para que cadagrupo de crianças possa desenhar os três encontros presentes na história. Separar materiais para que possamdesenhar.

Organização do espaço e das criançasNa primeira parte dessa atividade as crianças devem estar organizadas de forma que possam observar as ilus-trações do livro. Na segunda parte, organize as crianças sentadas à mesa e em grupos de três.

Orientações para o professor Conversar com as crianças sobre as ilustrações do livro, fazendo com que consigam observar os detalhes do

Ogro (grande e feio) e dos cabritos (um pequeno, outro médio e outro grande).

Passar o livro para que as crianças possam observar de perto os detalhes. Enquanto observam, você ressaltasuas observações estimulando a troca entre elas.

Organizar as crianças nos grupos e contar que elas serão os novos ilustradores desse livro, mas que irãoilustrar apenas os encontros entre o Ogro e os cabritos presentes na história.

Explicar como será feita a atividade: “Aqui comigo há papéis em branco para que vocês possam desenhar,mas cada grupo vai conversar para lembrar quantos encontros há nesta história e vir aqui pegar aquantidade de papel que precisa para desenhá-los”. Caso algum grupo de criança solicite papéis a mais ou amenos que o necessário, você pode retomar a história com elas para ajudá-las.

Deixar o livro disponível para que as crianças possam consultá-lo caso tenham alguma dúvida.

Entregar os materiais para que possam desenhar e propor que cada criança do grupo faça o desenho de um encontro.

Propor que os grupos coloquem os desenhos na ordem da sequência da história.

Escolher aquantidadede papel quecorresponda aosencontros entreos personagensda história.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

Desenhar osencontros entreos personagens.

Recuperar dememória a sequênciada história.

20 | T R I L H A S

Page 22: historias de animais

21 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Propor que façam uma exposição dos desenhos para que possam apreciar os trabalhos dos colegas.

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode entregar ospapéis já com o desenho do Ogro para que eles façam apenas o desenho dos cabritos.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que elasrealizem a atividade individualmente.

O que as crianças podem aprenderAo propor que as crianças observem as ilustrações do livro, possibilita-se que elas pensem sobre a relaçãotexto e ilustração.

Ao propor que solicitem a quantidade exata de papéis para os desenhos e depois os coloquem na ordem danarrativa, favorece-se que retomem a história e a sequência da narrativa.

O que mais é possível fazerVocê pode propor que as crianças desenhem outras partes da história. Para isso, faça com elas uma lista dosprincipais episódios e proponha que desenhem cada um deles.

21 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 23: historias de animais

22 | T R I L H A S

O

Atividade 8

Ditar os diálogos da história

professor retoma com as crianças os desenhos feitos por elas dosencontros presentes na história Cabrito, cabritões e propõe que elas

ditem a parte da história que representa os encontros para que eleescreva. Ao final, organiza um livro com os desenhos e a escritada história.

Roteiro de trabalho

PreparaçãoSeparar os desenhos feitos pelos grupos de crianças na atividade anterior e lousa ou papel grande para escritada história que as crianças irão ditar.

Organização do espaço e das criançasEssa é uma atividade coletiva. As crianças devem estar organizadas de forma que consigam visualizar a escritada história que irão ditar.

Orientações para o professor Retomar com as crianças os desenhos feitos por elas na atividade anterior. Você pode dizer: “Vocês lembram

quando, em grupos, desenharam os encontros dos cabritos com o Ogro? Quais foram os encontros desenhados?Quem lembra o que acontece na história nos momentos desses encontros? Vou mostrar os desenhos de vocês paraque possam se lembrar”.

Explicar para as crianças que hoje elas irão ditar os diálogos presentes nesses encontros para que você possaescrevê-los. Pedir que digam o diálogo entre o Cabrito Cabritão Pequeno e o Ogro, cuidando para ditar exatamentecomo está no livro.

Escrever na frente das crianças os diálogos chamando a atenção para o uso do travessão e da mudança de linha.Por exemplo: “Vocês disseram que o primeiro personagem que fala é o Ogro. No livro, todas as vezes que aparecemas falas de personagens, elas vêm acompanhadas desse traço, vou fazer o mesmo aqui. Para a resposta do cabritotambém vou colocar o traço e escrevê-la abaixo da fala do Ogro”.

Reler todo o diálogo ditado, após ter sido escrito, para que as crianças decidam se falta algo: “ Vou reler o quevocês me ditaram. Se acharem que é preciso mudar algo ou que falta alguma informação, para que fique bem parecidocom o livro, vocês me digam para que eu faça a alteração”.

Seguir com essa orientação para a escrita dos demais encontros.

Explicar para as crianças, ao final da escrita que você irá copiar o que elas ditaram em folhas de papel paramontar um livro com os desenhos feitos na atividade anterior.

Recuperar o texto dememória, ditando talcomo escrito no livro.

O que as criançaspodem pensar,dizer e fazer.

Observar o usode sinais depontuação edisposiçãodas linhas.

Verificar se hámodificaçõespara fazerno texto.

22 | T R I L H A S

Page 24: historias de animais

23 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Possíveis adaptaçõesCaso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode realizar essaatividade em pequenos grupos, de forma que você possa dar maior apoio a cada grupo. Cuidar para que osgrupos de crianças sejam montados conforme os desenhos feitos na atividade anterior.

Se o desafio proposto parecer muito fácil para algumas crianças, você pode realizar a atividade em trios e sugerirque as crianças se revezem no papel de escriba, ou seja, enquanto as outras duas ditam, uma delas escreve.

O que as crianças podem aprender Ao participar de uma atividade em que ditam uma parte da história ao professor, as crianças têm a oportuni-

dade de observar como cada uma das partes do texto é registrada por escrito. Também poderão observar ascaracterísticas do escrito, especialmente a disposição em linhas e sinais de pontuação.

Ao reler o que foi ditado, solicitando que pensem sobre a necessidade de mudar algo no texto, favorece-seque as crianças se apropriem da linguagem escrita nos textos.

O que mais é possível fazerVocê pode fazer cópias dos desenhos e da escrita da história para que cada criança da sala tenha seu própriolivro. Dessa forma, elas poderão levá-lo para casa e ler para seus pais, amigos e familiares.

23 | H I S T Ó R I A S D E A N I M A I S

Page 25: historias de animais

24 | T R I L H A S

Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:Instituto NaturaMinistério da Educação/Secretaria da Educação Básica

Realização:Programa Crer para Ver, Instituto Natura

Desenvolvimento:Comunidade Educativa Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Instituto NaturaCoordenação:Maria Lucia Guardia

Comunidade Educativa CedacCoordenação:Beatriz Cardoso e Tereza Perez

Concepção do conteúdo e supervisão:Ana Teberosky

Direção editorial:Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz

Consultoria literária:Maria José Nóbrega

Equipe de redação:Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori,Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Índice para catálogo sistemático:1. Rudimentos de leitura : Educação elementar 372.412. Literatura infantil : Estudo e ensino 087.5

(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OUTOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DO INSTITUTO NATURA,COMUNIDADE EDUCATIVA CEDAC E MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.”

Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Instituto Natura:Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Maria Eugênia Franco,Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão,Marcio Picolo

Edição de texto:Marco Antonio Araujo

Coordenação de produção:Fátima Assumpção

Projeto gráfico:SM&A Design/Samuel Ribeiro Jr.

Ilustrações:Vicente Mendonça

Revisão:Ali Onaissi

C122 Caderno de orientações : histórias de animais. – São Paulo, SP : Ministério da Educação, 2011. 24 p. : il. ; 28 cm. – (Trilhas ; v. 10)

ISBN 978-85-7783-072-5

1. Leitura (Educação pré-escolar). 2. Literatura infantil - Estudo e ensino (Pré- escolar). 3. Literatura infantil - Animais. 4. Leitores - Formação. 5. Crianças - Linguagem - Aprendizagem. I. Série.

CDU 372.41CDD 372.4

Page 26: historias de animais

O Q U E É O P R O J E T O T R I L H A S

D esde 1995, a NATURA desenvolve o Programa Crer para Ver, que tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação pública do Brasil. No contexto desse programa,

o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que visa orientar e instrumentalizar os professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de leitura e escrita.

O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes do MEC.

Este material contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do acesso à leitura de obras da literatura infantil. A escolha da leitura como o principal tema do projeto justifica-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para a aprendizagem e melhoria do desempenho escolar ao longo de toda a vida do estudante.

Com o objetivo de promover a qualidade da educação nas escolas públicas do país, o MEC apoia e distribui o conjunto de materiais do TRILHAS, que visa contribuir para o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 6 anos de idade.

Esperamos que você possa utilizá-lo da melhor forma para que a melhoria da educação pública seja concretizada em nosso país.