historias infantis

19

Upload: anonymous-nmk3jd

Post on 08-Dec-2015

51 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

tirado de um livro

TRANSCRIPT

Nascimentos

Pela manhã, no galinheiro, nasceram três pintainhos. Pelos patos foi aplaudida a galinha adormecida. A vaca endomingada traz leite prá pequenada. Quem será o padrinho? Será Firmino, o coelhinho. E quem será a madrinha? Será a cabra Minguinha. O galo, sempre a cantar, os amigos foi chamar. As aves estão felizes com o nascimento dos petizes.

Pai Natal coelho

É a noite 6 de Dezembro e está muito frio. Contudo, os coelhinhos, escondidos nas tocas, não conseguem dormir. Eles esperam… Enfrentando a neve e o vento, Pai Natal Coelho traz a sua saca cheia de cenouras destinadas a recompensar todos os coelhinhos bem comportados. E esta noite mágica é uma noite de treva: conta a lenda que, mesmo esfomeadas, as raposas nunca atacam na noite do Pai Natal Coelho.

O melhor é não brincar com as chaves

Saca-rolhas, o porquinho cor-de-rosa, que leu demasiadas vezes a história dos três porquinhos, tem a mania de fechar-se à chave onde quer que se encontre. Mesmo com os país a chamar a atenção, nada feito. Esta noite, a mãe de

Saca-rolhas fez crepes. Manda o filho lavar as mãos. Ele fecha-se na casa de banho, temendo sem dúvida ser atacado. Mas, por azar, a chave partiu-se. A porta ficou bloqueada. Para castigar o porquinho, os pais deixaram-no lá toda a noite, mas a irmã, muito gentil, meteu-lhe alguns crepes debaixo da porta.

Cruac e a neve

Está a nevar muito. Cruac, o jovem corvo, vê-a cair, de bico na vidraça e olhar triste. E contudo nada de mais simpático que a neve! De repente, batem à porta. É o melhor amigo de Cruac: Fusil, um lindo coelho branco… branco como a neve.

- Vens brincar lá fora? – pergunta Fusil.

Cruac segue o amigo a arrastar as patas.

- E se brincássemos ao esconde-esconde? – propõe Fusil.

Cruac pôs-se a pensar: ele todo preto, Fusil todo branco, sabe-se já quem vai ganhar!

Francisco Fueta, perfumista

Quando Francisco Fueta inaugurou a sua perfumaria, os bichos ficaram perplexos. Francisco cheira tão mal que os seus perfumes devem ser uma catástrofe. Para surpresa geral, os pequenos frascos dispostos nas prateleiras contêm odores delicados, elaborados a partir das mais cheirosas flores de Campo Verde. As senhoras da região acotovelam-se agora na perfumaria de Francisco Fueta, o perfumista.

A casa da neve

Caem grandes flocos de neve e isso não convém nada à família lebre, que não tem casa. Brrr…! Que frio! O lebracho e a irmã decidem fazer uma casa de neve. Os país acham a ideia excelente e

ajudam-nos. Depressa uma casa de neve se ergue na planura. Instalam-se todos nas poltronas de neve, dispostas em volta duma chaminé, também feita de neve. E o pai lebre acendeu um bom fogo… Catástrofe! Derreteu tudo!

Emílio Caranguejo

Bateram à porta de Emílio Caranguejo. Reconheceu as suas vizinhas, Ema e Susana polvo. No meio duma terrível discussão, as infelizes tinham ficado com os tentáculos presos e procuravam ajuda. Foram precisas a Emílio três noites de trabalho e paciência, para desembaraçar os tentáculos de Ema e Susana. Valeu muito a pena: mal se viram libertadas começaram de novo a discutir.

E se fôssemos brincar?

Desenha um burro sem cauda numa cartolina grande e espessa, e fixa-o na parede. Depois, recorta uma cauda de papel, no alto da qual prenderás um punaise. O material está pronto. Cada jogador, de olhos vendados, tem que tentar pôr a cauda no sítio exacto. O que conseguir ganha… O que falhar

deverá prestar uma prova escolhida pelo precedente. Divirtam-se!

O mais rápido

Vroooooooom! Quem corre tão depressa como um carro de corridas? Eu, o lobo-tigre! Sou o mais rápido de todos os animais! Não tenho reactores como os aviões, mas ninguém me bate na corrida. Apesar disso, uma vez, a girafa quis fazer despique. Com as longas pernas e o enorme pescoço, pensava poder ganhar-me. Mas numa curva derrapou e emaranhou-se toda, patas, pescoço, e mesmo cauda! Não se via mais que um grande nó! Então para a consolar, dei-lhe um beijinho no pescoço.

Boing! Boing!

- Tive muito medo – conta o bebé canguru – quando o malvado cão selvagem me quis comer. Saltei em direcção à minha mãe. Ele perseguia-me mostrando os dentes. Com destreza saltei para a bolsa da minha mãe e pop! A mãe pôs-se a saltar muito rápido, aos ziguezagues! Boing! Boing! A minha mãe tem umas patas enormes. E eu na minha bolsa via o cão selvagem que corria de língua de fora atrás de nós. Mas não nos apanhou. Quando eu for grande também serei

assim tão rápido! Mas de momento prefiro a bolsa da minha mãe.

Isto não se faz

O ratão é um preguiçoso espertalhão. Decidiu fingir que estava doente para não ir à escola. A mãe bem vê que ele está em plena forma, mas não diz uma palavra. Ratão, todo contente com a sua artimanha, passa o dia na cama. A mãe, chegada a noite, faz uma cara tristonha e diz:

- Coitado do pequeno, passou um dia feriado na cama!

Ratão tinha-se esquecido que a escola fechava naquele dia.

O castor habilidoso

Pipo, o castorzinho, pergunta-se se terá tempo de acabar os preparativos para o Natal que será daí a dias. É preciso que faça caixas em forma de estrela para os presentes, que ajude a mãe a fazer bolos, que vá com o pai escolher um pinheiro, que procure no sótão a iluminação e os enfeites da árvore, que cole as velas em cascas de noz douradas e que não esqueça o

principal: ser bem comportado para também receber presentes.

Uma boa ideia

Sob o estrelado céu polar, os cães de trenó descansam. O dia foi rude e o dono também. Este nunca está contente, sempre a fazer-se puxar. Nunca tem um agradecimento.

- O que eu não daria para poder viver uma bela aventura – suspira um dos cães.

É então que o mais velho diz:

- Bem depressa será Natal; no céu, vai passar a grande rena, conduzindo o Velho Homem. Vamos propor-lhe que este ano traga o seu trenó até junto de nós. Isso repousará a rena!

A ideia foi acolhida com alegria, e todos os cães adormeceram com os olhos cheios de estrelas.

Adalberto Pinguim

Adalberto Pinguim aborrece-se no banco de gelo. A paisagem toda branca é muito monótona. De repente, tem uma ideia e com um pincel e várias cores, faz uma pintura no gel: uma pradaria, flores, abelhas… Os amigos primeiro riram-se dele, mas logo ficaram encantados com a sua obra. O Pólo Norte passou assim a ter um belo jardim.

Ai! Isto pica!

Eu sou o pequeno caranguejo que pica. Já viram as minhas grandes pinças? Quando o mar desce, fico escondido nos rochedos. É aí que me escondo, e cuidado com as minhas pinças! Um dia, um peixe grande veio para me comer. Quando viu a minha grossa pinça que ultrapassava a borda do rochedo, disse para si:

- Deve ser um grande caranguejo! Se o apanho vai picar-me o nariz e as barbatanas. É melhor desconfiar.

E o grande peixe foi-se embora. Há! Há! Nunca mais voltou! Bem o levei!

Um talhante muito astuto

Era uma vez um lobo ladrão e provocador. Todas as manhãs entrava no talho, roubava trinta chouriços ao talhante e comia-os debaixo do seu nariz. Depois, palitava longamente os dentes. Um dia, o talhante disse-lhe:

- Em vez de te encheres de chouriço, come erva, fortifica os dentes e torna-os brilhantes!

Como o lobo não tinha ar de acreditá-lo, o comerciante acrescentou:

- Repara nas vacas: elas nunca vão ao dentista!

- É verdade! – Reconheceu o lobo. E zás! Enfiou-se num prado.

Desde então, o lobo tornou-se herbívoro, para grande alegria do talhante.

Quatro pombos

No telhado do meu lar

Quatro pombos vêm pousar.

Mas um gato, no beiral,

está pronto a fazer-lhes mal.

O cão, porém, está a vigiar

o gato que os quer apanhar.

O gato avança sem barulho

para os pombos que arrulham

Mas o cão dá um latido

e os pombos prevenidos

voam para um pinheiral,

deixando o gato ficar mal.

Depois de o perigo passar,

Pode o cão ir repousar.

O vendedor de guarda-chuvas

O burro Joaquim é vendedor de guarda-chuvas. Dos grandes para os elefantes, dos pequenos para os ratos. Para as zebras tem à riscas, e mosqueados para as panteras. Um guarda-chuva às flores para o ratão.

- Eu – diz o sapo Óscar, sentado no seu nenúfar – não preciso de guarda-chuva, gosto mesmo é de apanhar chuva…

O burro Joaquim não gosta de o ouvir assim!

A receita dos ursinhos

Dentro de dois dias é Natal. A mãe ursa, ajudada pelos três ursinhos, prepara uns biscoitos. Comprou formas com forma de animal: leões, girafas, elefantes… Eis a receita:

Deita num prato 500g de açúcar mascavado. Mistura 200 g de manteiga cortada em pequenos bocados. Junta dois decilitros de água. Mistura bem, Faltam ainda três colheres de café de canela e 40 g de farinha. Enche as formas com massa e mete-as no forno durante 15 minutos. Está pronto.

Só falta… ter a dose de paciência necessária para esperar pelo Natal!

É Natal!

Amanhã é Natal! A mais bela festa do ano. Heitor, o cão, foi buscar ao bosque um grande abeto, ajudado pelo seu primo Martinho. Instalaram-no na quinta. E agora vão decorá-lo… Com o bico, a pata põe as fitas douradas. As galinhas confeccionaram estrelas com fios de palha.

- E as velas? – grita o Leão, o porca, - esquecemo-nos das velas?

- Sei onde encontrá-las – responde o galo…

A noite mágica

No entretanto, Margarida, a cabrinha, prende aos ramos do abeto pequenos tufos de lã branca, que cortou com os dentes do dorso de Frisadinho, o carneiro. Parece mesmo neve… O galo volta com as velas, seguido de Leão, que traz os presentes. A noite desce lentamente, o abeto brilha e os animais preparam-se para a missa da meia-noite. Sozinhos num canto, o boi e o burro têm um ar triste.

- E nós – dizem eles – que vamos nós fazer?

- Vós ireis respirar suavemente sobre o menino Jesus para o aquecer – responde a vaca.

- Sois vós quem tem a tarefa mais bela!

- Foi num espectáculo como este que Jesus nasceu – disse Óscar, o gato – para mostrar que amava todos os homens e também os animais.

- Mesmo as aranhas? – pergunta o coelho Firmino.

- Sim, mesmo as aranhas! – responde Óscar.

À meia-noite, os sinos repicam, toda a gente se abraça, e distribuem-se os presentes. Bom Natal!

Rolando, o pelicano

Rolando é carteiro. Usa orgulhosamente um boné azul, marcado «S.A.P.R.», o que significa: Serviços Aéreos Postais Rolando. O bico de um pelicano é suficientemente grande para conter toda a correspondência de uma região. Pelo menos em tempos normais, porque com a aproximação do 31 de Dezembro, um número incontável de cartões vêm juntar-se ao movimento usual. Nestes últimos dias do ano, Rolando está constipado e febril. Mas não pode deixar de distribuir o correio: os serviços postais nunca param!

Atchiim!

Atingindo a sua altitude de cruzeiro, Rolando apercebe-se de que a sua viagem vai ser muito turbulenta. O bico está terrivelmente carregado e, apesar do cachecol que leva em volta do pescoço, a constipação fá-lo arrepiar-se. De súbito, é a catástrofe: o pelicano espirra! Centenas de cartões espalham-se pelos ares… Rolando, espavorido, voa em todos os sentidos para tentar recuperá-los. Que pode fazer um pelicano solitário e constipado, frente aos turbilhões de Inverno?

Um pequeno milagre

O dia de natal não tem o exclusivo dos milagres. O dia de Ano Novo é também um pouco mágico. Umas nuvens de jovens estorninhos, que iam para uma festa, aperceberam-se do drama de Rolando. Cada um toma conta de um cartão e propõe ao pelicano fazer a entrega. Rolando, muito comovido, aceita a proposta dos estorninhos e regressa para repousar e cuidar da constipação…

Obrigado, estorninhos!

Os jovens estorninhos fizeram maravilhas: num tempo recorde, distribuíram os cartões. Todos sentem uma grande alegria quando recebem algumas palavras gentis de amigos queridos ou de familiares. Alguns dias mais tarde, Rolando está curado e faz questão de agradecer aos estorninhos pela sua ajuda. Se costumas passear pelos campos, observa os estorninhos. Alguns dentre eles usam orgulhosamente um boné esplêndido, com a sigla «S.A.P.R»; são aqueles que ajudaram o pelicano no último dia deste ano.

O veado e o esquilo

A passos lentos, o grande veado avançava pela floresta. Tem umas hastes tão altas que tocam nos ramos das árvores. Este Inverno faz frio e ele procura alimento. Enquanto arranca uma casca duma árvore, ouve uma vozinha:

- Bom-dia, grande veado, desejo-te bom apetite! Se levantares a cabeça, consegues ver-me no último galho? Eu sou o esquilo Panache.

- Tens uma bela vista daí de cima. Que consegues ver? – pergunta o veado.

- Vejo campos, casas, cães…

- Cães, dizes tu? Tenho que ir embora. Os cães fazem-me medo. Vou prevenir as gazelas, que têm que se esconder. Até à vista, Panache, e obrigado!

O baile de ano Novo

Uma semana depois do Natal, os animais da Floresta das Maravilhas encontram-se para festejar o Ano Novo. Convidaram uma orquestra para animar o baile: «Dente - de - leão e os coelhos selvagens». Mas que encenação: guitarra, bateria, trompete e piano… Nunca tal se tinha visto na clareira dos Sonhos! É quase contagem decrescente: 5… 4… 3… 2… 1… E todos gritaram em uníssono:

- Feliz Ano Novo!