história - pré-vestibular impacto - grécia religião e imaginário

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  • 8/14/2019 Histria - Pr-Vestibular Impacto - Grcia Religio e Imaginrio

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    KL 280408

    GRCIA RELIGIO - IMAGINRIO

    FAO IMPACTO -A CERTEZA DE VENCER!!!

    PROF: PANTOJA

    Fa

    le

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    m.br

    VESTIBULAR

    2009

    CONTEDO

    A Certeza de Vencer

    05

    1

    Cermica representando dipo e a esfinge: O grandemito grego representado na famosa tragdia deSfocles serviu de base para teorias freudianas.

    Apoteose de Hom ero Jean Auguste Dominique Ingres

    (1897): O poeta a quem creditamos a autoria de Ilada eOdissia aparece como uma importante fonte para oestudo da histria grega bem como para a divulgao desua mitologia.

    (...). somente no curso do sculo V que, entre certos autores, seus campos de aplicao vo se dissociar, mythospassando a designar, por razes diversas segundo se poeta como Pndaro, historiador como Herdoto e Tucdides, filsofocomo Plato e Aristteles, o que se quer se definir e que se ope, por isto fazer, aos domnios do demonstrado, do verificado,

    do verossmil, do conveniente.VERNANT, Jean Pierre. Fronteiras do Mito. In: Textos didtico s: Repensando o Mundo Antigo .IFCH/ Unicamp. n23 Fevereiro de 2005. p.14

    A IDIA DE MITO ENTRE OS GREGOS A palavra Mito usada correntemente pelo homem

    contemporneo. Geralmente designa uma narrativa tradicional

    conservada ao longo de geraes no interior de sua cultura comcaractersticas fantsticas e retratando feitos inverossmeis. Quandohoje olhamos para as civilizaes antigas de costume apontar parao conjunto de suas crenas religiosas e denominarmos estas de mitologia, numa clara oposio com a religio crist, tida como averdade revelada em seu livro sagrado.

    De fato, ao contrrio das grandes religies monotestas, osgregos jamais tiveram um livro sagrado. A cosmogonia (teorias enarrativas que explicam a origem do universo) e os mitos destacivilizao chegaram at ns por intermdio de textos literrios,histricos e filosficos. Neste sentido, o mito era, dentro destacultura, uma linguagem usada para fornecer explicaes acerca de

    um passado remoto sobre o qual impossvel estabelecer provas de sua autenticidade. Deste modo, o mito muitas vezes

    encontrado na busca pelas origens seja do universo, dos deuses, da existncia humana, das mulheres, das guerras ou dasinstituies polticas.

    Mito e HistriaUma vez que apontamos a importncia do mito para a busca das origens entre os gregos, surge a necessidade de

    discutir sua relao com a histria na maneira como era percebida por eles. Segundo sabemos durante os primeiros tempos dahistria grega a palavra mythos no se opunha palavra logos, ambas designavam uma espcie de relato que no eradiferenciado por seu contedo. Teria sido apenas no apogeu das cidades-estados que uma tentativa de separao teria sidofeita, observe nas palavras do grande estudioso francs dos mitos helnicos Jean-Pierre Vernant:

    Vernant nos mostra a preocupao de certos autores gregos do sculo V em exigir a administrao da prova daquilo queseria tratado como verdade, ou no mnimo como confivel. Um grande exemplo desta preocupao est no historiadorateniense Tucdides, autor de A Guerra do Peloponeso, veja o seu comentrio sobre o que se pensava sobre a Guerrade Tria:

    (...). a expedio a Tria haja sido maior do que qualquer das anteriores, apesar de menor que as do presente, (...) sendonatural supor que ele1, como poeta, tenha adornado e amplificado a expedio, evidente que ela foi comparativamentepequena.

    Segundo as minhas pesquisas, foram assim os tempos passados, embora seja difcil dar crdito a todos os

    testemunhos nesta matria. Os homens, na verdade, aceitam uns dos outros relatos de segunda mo dos eventos passados,negligenciando p-los prova (...).TUCDIDES. Histria da Guerra do Peloponeso. Braslia : Editora UNB . 2001 . p. 7-8,13.

    Podemos dizer, com o devido cuidado, que o mito estsendo percebido como algo afastado devendo ser objeto dasfantasias dos poetas e dos loggrafos que visam os deleites e aaprovao dos ouvintes em certo momento, um passado remotoque no cabe ao historiador apresentar. A histria deveria serfeita com regras e campos delimitados para que seu contedopudesse ser til para as geraes posteriores.

    1Homero

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    2009

    Teseu e o Minotauro

    TEXTOS ACERCA DA VIDA RELIGIOSATEXTO I: Ritos de Nascimento

    Esses ritos em geral desenrolavam-se em torno do lar, pelo qual velaria Hstia. A criana cujo nascimento eraanunciado por um ramo de oliveira colocado em cima da porta da casa, no caso de um menino, ou uma faixa de l, node uma menina era, cinco ou sete dias aps o seu nascimento integrada ao lar famlia durante a cerimnia das

    Anfidrmias: a criana era carregada ao redor da casa e, em seguida, depositada no cho. No dcimo dia aps seunascimento, oferecia-se um sacrifcio seguido de banquete, e era geralmente nessa ocasio que a criana recebia seunome. Antes disso a casa era purificada dos miasmas resultantes do sangue derramado no parto.

    MOSS, Claude. Dicionrio da Civil izao Grega. RJ: Jorge Zahar Ed, 2004. p.250TEXTO II : Rito s de passagem adolescncia

    Os ritos de passagem adolescncia dizem mais respeito religio cvica que religio domstica, em particularo rito que consistia no sacrifcio da cabeleira dos jovens a rtemis durante o Festival das Apatrias. igualmente rtemisque preside a iniciao das moas, ou, melhor dizendo, de algumas, as chamadas urses, que passavam um ano a servioda deusa em seu santurio de Bruron.

    MOSS, Claude. Opcit p. 250TEXTO III : O Casamento

    Na vspera do casamento, a jovem sacrificava seus brinquedos, e freqentemente uma mecha de seu cabelo artemis. Os dois jovens purificavam-se com um banho ritual. No dia das bodas, um sacrifcio seguido de banquete ocorriana casa do pai da jovem, durante o qual objetos simbolizando a fecundidade eram trocados. noite um cortejoacompanhava a jovem esposa da casa de seu pai casa de seu esposo, onde o pai e a me dele a esperavam. Ela dava

    a volta na casa que ento passava a ser sua, enquanto eram jogados figos secos e nozes em sua cabea. No diaseguinte, realizavam-se novos sacrifcios. Finalmente, por ocasio das festas das Apatrias, o jovem esposo apresentavasua mulher aos membros de sua frtria.

    MOSS, Claude. Opcit p. 250TEXTO IV: Os Rituais Fneb res

    O morto era lavado e perfumado, vestido com roupas brancas e envolvido em faixas de pano. Durante um dia oudois ficava exposto na entrada da casa, enquanto as mulheres de sua parentela choravam e entoavam um canto fnebre,o tren, arrancando-se os cabelos. O cadver era ento colocado em um carro e um cortejo o seguia de sua casa aocemitrio, geralmente noite. O corpo era enterrado ou cremado. Nesse ltimo caso, as cinzas eram recolhidas em umaurna . O tmulo era geralmente coberto por uma lpide, sobre a qual colocava-se um grande vaso ou uma estela, emgeral esculpida quando a famlia do morto era rica. Em torno do tmulo eram depositados oferendas, coroas, adereos ealimentos. Um sacrifcio seguido de banquete ocorria nos dias imediatamente subseqentes aos funerais.

    MOSS, Claude. Opcit p. 250QUESTO PROPOSTA

    A imagem nos mostra uma cena extrada da mitologia grega, o conhecido dueloentre Teseu e o Minotauro, alegorias como essa eram muitas vezes utilizadaspelos gregos com a finalidade de demonstrar as origens de muitas instituies ecostumes daquele povo, construindo desta forma uma grande variedade denarrativas que eram reproduzidas nos espaos pblicos e privados por diversasgeraes. A respeito da religio e da religiosidade entre os gregos, considere asseguintes proposies:

    I. A Religio grega no apresentava Dogmas ou valores maniquestas, tendo sua aplicao voltada para as atividadesprticas, uma vez que os gregos no a destinavam para a salvao das suas almas.II . Os deuses gregos eram vistos como tits, associados completamente aos elementos da natureza e completamentedistantes das caractersticas fsicas e psicolgicas dos homens. O panteo grego ressalta a noo de politesmo da culturapag clssica, envolvendo uma grande variedade de deuses, semideuses, heris e entidades como stiros e ninfas.I I I . Os deuses gregos eram diferenciados dos seres humanos devido ao fato de serem imunes ao tempo e as feridas,serem capazes de se tornarem invisveis, percorrerem longas distncias quase instantaneamente e terem o poder de falarcom os seres humanos sem o conhecimento destes.IV. Os gregos preocupavam-se com a oferenda peridica de sacrifcios animais aos deuses olmpicos com a finalidade de

    buscar a proteo destes contra a ida para o Trtaro (Mundo dos mortos, governado por Hades), uma espcie de infernopara onde os condenados eram enviados depois da morte.Esto corretas:

    A) II e V B) I, II e IV C) I, II, III e IV D) II, III, IV e V E) I, II, III e V