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1 HISTÓRIA E ORGANIZAÇÃO DA PMGO/CFP 2017

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HISTÓRIA E ORGANIZAÇÃO DA PMGO/CFP 2017

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Sumário Unidade I – Pra missão, com coragem, marchemos ......................................................................................... 3

Unidade II – De Tiradentes nós herdamos a virtude, nosso patrono, exemplo sem igual.............................. 8

Unidade III – Atalaia que vem e que passa, toda raça na missão a cumprir ................................................ 12

Unidade IV – Manter a ordem é a missão a todo instante ............................................................................. 21

Unidade V – Quer na escola, avenida ou lá na praça, se faz presente a Polícia Militar ............................... 39

Anexos .............................................................................................................................................................. 57

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UD I – PRA MISSÃO, COM CORAGEM, MARCHEMOS 1.1 Origem e Significado do Termo Polícia

Na etimologia, a palavra “polícia” tem origem no vocábulo latino politia,

que, por sua vez, resultou da latinização da palavra grega politeia, esta derivada de polis que significa “cidade”. Tanto politia como politeia significavam “governo de uma cidade”, “cidadania”, “administração pública” ou “política civil”. Sabemos que o termo

assumiu diferentes significados ao longo da História, mas, de maneira geral, origina-se da palavra grega politeia e da palavra latina politia, ambas derivadas da palavra

polis, ou seja, cidade. A origem da atividade policial, segundo alguns historiadores, ocorreu na China, na qual a aplicação da lei era realizada por funcionários do governo, que se

reportavam a autoridades superiores como os governadores que temos hoje, os quais, por sua vez, eram nomeados pelo Imperador ou outro chefe do respectivo estado.

Estes funcionários superintendiam na administração civil da respectiva área, sendo alguns deles responsáveis pela realização de investigação criminal nas suas

jurisdições, com uma função semelhante às dos modernos agentes de polícia judiciária e tal como os modernos agentes policiais respondem perante os juízes, respondiam perante os magistrados locais.

O sistema de prefeituras desenvolveu-se nos os reinos de Chu e Jin, durante o Período das Primaveras e Outonos (771 a 403a.C.). Em Jin, espalhados por

todo o estado, existiam dúzias de prefeitos, cada qual dispondo de uma autoridade limitada e cumprindo uma comissão de serviço durante um período de tempo igualmente limitado. Posteriormente, o conceito do sistema de prefeituras viria a

alargar-se a outros estados da região, como a Coreia e o Japão. O sistema de aplicação da lei na antiga China era também consideravelmente progressista para a

época, permitindo, por exemplo, que mulheres exercessem o cargo de prefeitas. A história da polícia como a conhecemos hoje é, no entanto, relativamente recente, não remontando além do século XVII, quando o rei francês

Luís XIV criou a figura do tenente-general de polícia em Paris, no ano de 1665. Porém, é a Inglaterra, na primeira metade do século XIX, que estabelece o modelo

das polícias modernas, quando o Duque de Wellington força o governo a criar um órgão de força interna para evitar a utilização do Exército na repressão das revoltas sociais.

Desde então, a polícia tornou-se parte do Estado-nação moderno, voltada para manter a ordem interna dos países que a constituíram. A polícia, assim, é hoje

uma instituição fundamental para manter a incolumidade das pessoas, do patrimônio e da ordem pública na sociedade moderna.

1.2 Origem e Significado do Termo “Militar”

A milícia tem o sentido de ser uma profissão da honra e da glória. Poucas palavras hão que tenham conservado através dos tempos o timbre glorioso do seu nascimento e etimologia. Vejamos que origem teve as palavras “milícia” e “militar”

(adjetivo). Antigamente, quando se desejava organizar uma unidade castrense apta

a levar a cabo as mais inverossímeis façanhas bélicas, pediam-se voluntários entre os que reunissem determinadas condições, dentre elas figuravam “a de ser exercitado no trabalho, forte e de ânimo constante, de boa estirpe e riqueza”, os quais hão de

possuir as quatro virtudes cardeais - “Prudência, Fortaleza, Temperança e Justiça”. Todos os que acorriam a apresentar-se para o Serviço das Armas

julgavam-se possuidores das mesmas invejáveis virtudes e condições, e assim era na

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realidade. Impunha-se uma seleção que permitisse admitir somente tantos quantos

necessários, seleção esta, a fazer de tal forma que a honra dos recusados não se ficasse manchada ou menosprezada. E, para se conseguir isto, chegou-se a colocar em prática o processo de escolher um de cada mil candidatos apresentados. Com este

processo nasceu já o primeiro grau da palavra militar, dado que ao escolhido se chamava mille (do latim, mil) e, mais tarde, milite, plenamente admitida pela Real

Academia Espanhola para designar um militar. Com o tempo e ao generalizar-se a criação destas Unidades Castrenses pelo processo da seleção entre o milhar de homens que, para isso, se apresentavam

às Unidades assim criadas e formadas por milites, tiveram que ter hegemonia própria na denominação, a qual se deu um valor idiomático de coisa principal. Assim, chegou-

se à substantivação do que até ali era uma reunião de milite, surgiu então a palavra millitia que, por não se pronunciar o “t” no seu próprio som no latim de então, pois se pronunciava como “c”, veio a ser a atual palavra milícia.

Todavia, hoje se pretende usar esta palavra sem a substantivar e, assim, é frequente ouvir-se, entre grandes setores do povo e, sobretudo, entre soldados de

deficiente cultura, dizer mili em vez de milícia. “Quando sair da mili” ou “para o ano que vem entro na mili”, etc., não substantivam a sua condição de milites que,

subordinada a outra mais principal, deu lugar a milícia, logo, da palavra militia à palavra militar é um passo.

1.3 Polícia: dos Primórdios à Idade Contemporânea

A História nos mostra que o ser humano sempre se organizou em sociedades, desde as pequenas tribos, dos primórdios, passando pelas aldeias,

cidades e culminando nos grandes impérios. Essa aglomeração e essa organização social resultaram em um problema: como manter a harmonia onde muitos se

aglomeram e convivem com suas diversidades? Os primeiros filósofos e estudiosos pensaram em códigos de convivência, onde os interesses particulares eram sacrificados pelo bem comum. Certamente, nem todos estavam dispostos a cumprir

as regras impostas, surgindo outra necessidade: a da criação de instituições capazes de impedir as transgressões e puni-las, caso estas ocorressem.

As normas sociais surgiram da preocupação do ser humano com a sua proteção, incolumidade física, garantia de propriedade e transações comerciais, ou seja, o homem sempre buscou condições para viver livre de perigos, ameaças e

prejuízos. Em um primeiro momento histórico, a garantia do cumprimento dessas

normas ou a aplicação da penalidade era feita pela própria pessoa ou grupo lesado, a justiça do “olho por olho, dente por dente”. Com o passar do tempo, o conceito evoluiu e essas atribuições de garantir o cumprimento das normas e aplicar

penalidades passaram a ser do poder público, ou seja, do Estado, detentor da força – poder coercitivo.

Nos primórdios da civilização humana, então, as pessoas trataram de se organizar para a vida em sociedade de tal forma que um grupo, escolhido entre toda a população, passasse a fazer pelo povo tudo aquilo que ele não poderia fazer por si só

e que fosse de interesse público. Surgia, assim, a delegação ao Estado das liberdades individuais, sem se tornar escravo, em proveito do interesse do coletivo, na forma de

um contrato social. Nas palavras de Rousseau “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo, a si mesmo,

permanecendo assim tão livre quanto antes’. Esse é um problema fundamental cuja solução o contrato social oferece”.

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Com a modernização do Estado, muitos movimentos sociais mudaram o

rumo da sociedade. A Revolução Francesa de 1789 constitui um marco com os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, além da teoria de separação dos poderes, surgindo assim a necessidade de distinção da polícia nos ramos da justiça e da polícia

em si. Consolidou-se em seguida o Estado de Direito, pautado nos princípios da defesa do cidadão que, principalmente pela Declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão e pela Constituição dos Estados Unidos da América, redimensionaram a atividade policial. Surge a imposição de limites e o fim da relação com a vontade do governante, passando a considerar, mesmo de forma incipiente, a dignidade humana.

Logo, a polícia passou a se constituir modernamente como uma instituição devidamente autorizada a interferir, se necessário, nas relações entre as

pessoas, e mais, se necessário, também estava autorizada a utilizar legalmente a força. As polícias vêm acompanhando o desenvolvimento histórico das

sociedades nas quais estão inseridas, desta forma, novas características vão se agregando a seu conceito. Logo, a ideia primordial é que se devem escolher estas

novas características de acordo com sua importância no contexto sociocultural, de forma que o conceito seja aceito pela sociedade.

Um dos maiores pesquisadores da etimologia do termo Polícia e um dos mais eminentes analistas europeus da segurança pública, Jean-Claude Monet,define o órgão de polícia como “uma força organizada e armada que serve para obrigar os

indivíduos a acatar as normas coletivas”. Já David Bayley, professor de Justiça Criminal da Universidade de Nova

Iorque, “Polícia” pode ser definida como: “… pessoas autorizadas por um grupo para regular as relações interpessoais dentro deste grupo através da aplicação da força física”.

Esta afirmação possui três elementos definidores essenciais para a existência da “POLÍCIA”: força física, uso interno e autorização para seu uso,

sendo que a falta de um deles descaracteriza o conceito apresentado. A seguir, temos a explanação destes elementos: - Força física: a função precípua da polícia é o uso da força física, seja

real ou presencial (por ameaça). Os policiais são os agentes executivos da força do Estado.

- Uso interno: é o uso da força física dentro os limites do território nacional, parâmetro esse fundamental para excluir daí os exércitos. Porém, quando as forças militares forem usadas para a manutenção da ordem dentro da sociedade,

estas devem ser vistas como forças policiais. - Autorização para seu uso: este elemento é necessário para que se

possa excluir daí grupos que usam a força com propósitos não coletivos, como por exemplo, milícias e torcidas organizadas, quadrilhas, terroristas, proprietários de terras, grupos como o MST, etc.

Segundo Bayley, para a maioria das pessoas, as forças policiais mais respeitadas e importantes são aquelas públicas, especializadas e profissionais.

Estas três características são quase um sinônimo de policiamento moderno, tais características merecem uma breve passagem para melhor entendê-las: - Públicas: refere-se à natureza da agência policial. Elas devem ser

formadas, pagas e controladas pelo poder público. Para ser considerada como uma força policial, o poder desta deve advir do poder estatal e não de grupos privados.

- Especializadas: é uma força policial concentrada no uso da força física. - Profissionais: refere-se a uma preparação explícita para realizar

atividades exclusivas de polícia. A profissionalização envolve: recrutamento por mérito, treinamento formal, evolução na carreira estruturada, disciplina sistemática e

trabalho em tempo integral.

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As forças policiais variam de acordo com a cultura de cada sociedade e

acompanha o grau de desenvolvimento de cada uma, variam também em outros aspectos como: estrutura, treinamento, formas de emprego da força, reputação, poder e composição social.

Desta maneira podemos, através da ótica de Bayley, formular o nosso conceito de polícia:

“Instituição pública, profissional e especializada autorizada legalmente por um grupo social para regular as relações interpessoais dentro de uma sociedade, através do uso da força física”.

É importante ainda, colocar que a “POLÍCIA” possui três dimensões da sua atuação:

- Legalidade: existe lei que ampara a atuação? - Necessidade: a atuação é necessária? - Conveniência: é conveniente que a atuação seja da maneira como

você planejou?

1.4 O papel do policial militar

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado de Goiás. Ela é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro e integra o Sistema de Segurança

Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos Estados, assim como os membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.

Basicamente, as atribuições da PMGO são as descritas no art. 144 da CF/88. A Constituição Estadual também define algumas funções inerentes à referida instituição. São elas:

- o policiamento ostensivo de segurança; - a preservação da ordem pública;

- de polícia judiciária militar, nos termos da lei federal; - de orientação e instrução da Guarda Municipal, quando solicitadas pelo Poder Executivo municipal;

- de garantia do exercício do poder de polícia, dos poderes e órgãos públicos estaduais, especialmente os das áreas fazendária, sanitária, de uso e ocupação do

solo e do patrimônio cultural; - as de polícia ambiental, incumbida de proteger as nascentes dos mananciais e os parques ecológicos, de polícia rodoviária estadual e de trânsito.

Como qualquer Organização Militar (OM), a disposição de cargos dar-se-á da seguinte forma: oficiais (2º tenente, 1º tenente, capitão, major, tenente-coronel e

coronel) e praças (soldado de 3ª classe, soldado de 2ª classe, soldado de 1ª classe, cabo, 3º sargento, 2º sargento, 1º sargento, subtenente, cadete e aspirante a oficial). Por se tratarem de agentes da autoridade policial, independente de posto ou

graduação, poder-se-á utilizar das próprias especificações citadas nas legislações das Constituições acima citadas como as atribuições de cada cargo para com a Segurança

Pública. A Polícia Militar do Estado de Goiás ocupa lugar cativo na vanguarda da busca pela excelência profissional se tornando uma das primeiras do país a: (I)

oferecer formação de nível superior para soldados, com a oferta do Curso Superior Sequencial de Segurança Pública para as turmas que compuseram o CFP de 2003-

2005 e 2005-2007; (II) instituir um Manual de Procedimento Operacional Padrão (2003), que hoje já se estende a praticamente todos os níveis de atuação; (III) exigir do candidato a Oficial da PM o diploma de bacharel em direito desde 2005; (IV) Plano

de carreira das Praças, (V) exigir do candidato a Soldado PM a formação superior em qualquer área desde 2010 e (VI) credenciar o Comando da Academia da PM como

Escola de Pós-Graduação. Tais ações culminaram na direta valorização do profissional

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policial militar, elevando a PMGO, em determinado momento histórico, à categoria de

segunda Polícia Militar mais bem remunerada do país. Profissionalmente falando, existem outras características que acabam por delimitar o perfil profissional do candidato a policial militar, quais sejam: (I) limitação

de idade para o concurso público; (II) vagas regionalizadas; (III) limitação do número de vagas ofertadas às candidatas do sexo feminino em 10%; (IV) legislação funcional,

própria; (V) incompatibilidade das funções policiais militares para pessoas com deficiência; (VI) ausência de políticas públicas afirmativas de inclusão (cotas raciais, por exemplo). Tudo isso são questões que devem ser levadas em consideração,

quando do momento da escolha de abraçar essa carreira.

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UD II – DE TIRADENTES NÓS HERDAMOS A VIRTUDE, NOSSO PATRONO, EXEMPLO SEM IGUAL

2.1 Lá e de volta outra vez

O modelo policial no Brasil está diretamente ligado ao modelo Francês, pela origem da colonização. No entanto, a história particular da colônia trouxe peculiaridades que se integraram ao sistema policial, juntamente com características

próprias das instituições portuguesas. As províncias brasileiras, atuais Unidades Federativas, organizaram suas

forças policiais no período colonial, primeiramente nos municípios e, depois, abrangeram a província como um todo. Essas corporações seguiam o modelo do exército, sendo militarizadas e uniformizadas, participando inclusive de vários

episódios bélicos como guerras, revoltas e revoluções. No Brasil, a influência francesa se consolidou em 1831, com a publicação

da Lei nº 261, de 03 de dezembro e com o Regulamento nº 120, de 31 de janeiro de 1842, que tratava sobre a execução policial e criminal, versando sobre a

polícia administrativa e polícia judiciária, ficando a polícia judiciária com a função de auxiliar a Justiça na busca da verdade real e de sua autoria, desta forma, agindo a posteriori, isto é, depois que a segurança foi violada e a boa ordem perturbada;

enquanto que a polícia administrativa ficou com a função preventiva, agindo a priori, para evitar a infração.

Em 1891, as forças policiais ou Forças Públicas estavam tão bem estruturadas que representavam um poder paralelo ao da União. Por isso, em 1917, foi editada uma lei que fixava a organização das polícias e as vinculava ao Exército

Brasileiro. O apoio das Forças Públicas nas revoluções de 1930 e 1932 provocou a definitiva intervenção federal nas polícias, diminuindo seu poder bélico e intervindo

fortemente na formação dos militares estaduais. O processo de centralização e controle das polícias evoluiu para que a chamada Constituição Democrática de 1946 definisse que cabia à União legislar sobre

a organização, instrução, justiça e garantias das polícias, delegando-as ainda para o exercício da segurança interna e manutenção da ordem. No ano de 1964 o controle da

União passou a ser ainda mais rigoroso; os comandantes das Polícias Militares passaram a ser oriundos do Exército e seu treinamento tipicamente militar, o etos bélico perdurou até o início da década de 1980.

Na atualidade as polícias estaduais e do Distrito Federal são organizadas de acordo com o modelo francês. Há uma polícia judiciária, de natureza civil, e uma

polícia administrativa, ostensiva, de natureza militar. Esta dicotomia originária da Revolução Francesa divide as atividades policiais em prevenção e repressão. Desta forma, a polícia administrativa informa e a polícia judiciária prova. No caso da polícia

brasileira verifica-se sucessivamente a função de polícia administrativa e de polícia judiciária.

O modelo inglês de polícia acrescentou às características do modelo francês a aproximação da instituição com a sociedade, lançando mão do consenso como forma de se legitimar. A diminuição das desordens, a cooperação voluntária da

população, o uso mínimo da força física e a prestação adequada de serviços a toda a sociedade destacam-se entre as principais características desse modelo.

Coube a Sir Robert Peel, primeiro ministro inglês que criou em 1829 a Polícia Metropolitana de Londres, homem de ampla visão em problemas de criminalidade, enunciar os famosos princípios, que ganhariam o seu nome. Peel,

considerado o precursor do policiamento interativo, onde policiais e cidadãos trabalham em conjunto, advoga a tese de que:

1. A missão fundamental para a polícia existir é prevenir o crime e a desordem.

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2. A capacidade da polícia para exercer as suas funções está dependente da

aprovação pública das ações policiais. 3. A Polícia deve garantir a cooperação voluntária dos cidadãos, no cumprimento

voluntário da lei, para ser capaz de garantir e manter o respeito do público.

4. O grau de cooperação do público pode ser garantido se diminui proporcionalmente à necessidade do uso de força física.

5. A Polícia não deve se manter (criar prestígio e autenticidade) apenas com prisões, não preservando assim o favor público e abastecendo a opinião pública, mas pela constante demonstração de absoluto serviço abnegado à lei.

6. A Polícia usa a força física na medida necessária para garantir a observância da lei ou para restaurar a ordem apenas quando o exercício da resolução pacífica,

persuasão e de aviso é considerado insuficiente. 7. A Polícia, em todos os tempos, deve manter um relacionamento com o público

que lhe dá força à tradição histórica de que a polícia é o público e o público é a

polícia, a polícia é formada por membros da população que são pagos para dar atenção em tempo integral aos deveres que incumbem a cada cidadão, no

interesse do bem-estar da comunidade e a sua existência 8. A polícia deve sempre dirigir a sua ação no sentido estritamente de suas

funções e nunca parecer que está a usurpar os poderes do judiciário. 9. O teste de eficiência da polícia é a ausência do crime e da desordem, não a

evidência visível da ação da polícia em lidar com ele.

Por acreditar que o uso da força era um privilégio do cargo e que não

deveria ser modelo de policiamento, Peel sepultou os atos repressivos da polícia inglesa. Como no Brasil de hoje, naquele tempo, a desigualdade social na

Inglaterra era enorme e o distanciamento entre os ricos e pobres era abismal. Peel entendia que os serviços policiais deveriam ser prestados em tempo integral, bem

como serem financiados pela Coroa. A Polícia Metropolitana de Londres nasceu disciplinada, organizada militarmente, porém com a investidura civil para os seus membros. É notório que a

reforma da polícia no mundo teve o seu início com a criação da Polícia Metropolitana de Londres, sendo ainda hoje extremamente atual a principiologia adotada à época

para a modelagem inédita da segurança pública do Reino Unido. O novaz modelo inglês lançou os alicerces da abordagem proativa que busca a história do crime, conhecendo os seus atores principais, seus locais habituais

de ocorrência, suas causas e as soluções para evitá-lo, enquanto na abordagem reativa a polícia responde a cada incidente toda vez que ela é acionada pela central de

operações, sem, contudo, se preocupar com a história do incidente criminal. A grande descoberta inglesa foi a de que o teste de eficiência da polícia estava na ausência do crime e da desordem pública, não na evidência da ação policial,

ainda de que a polícia é o público e o público é a polícia. No Brasil, no início da década de 80 do séc. XX, o mentor das reformas

policiais foi o notável coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira, à época comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Após visitar a Police Foundation nos EUA, Nazareth Cerqueira introduziu na PMERJ a metodologia do policiamento

comunitário que a partir daí se irradiou para o Espírito Santo, onde foi criada a mais relevante metodologia brasileira de interação com a comunidade, ou seja, a Polícia

Interativa, iniciada em 1994 na cidade de Guaçuí e depois replicada em mais de duas dezenas de estados brasileiros. Foi Nazareth Cerqueira quem alinhavou uma ampla reforma na polícia

carioca, destacando-se como o pioneiro reformador policial de nosso país. Nazareth Cerqueira foi barbaramente assassinado no centro da cidade do Rio de Janeiro em

meados de 1999.

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2.2 Contexto Histórico da Criação da Polícia Militar

2.2.1 Tiradentes – O Patrono das Polícias do Brasil

Joaquim José da Silva Xavier nasceu na Vila de São José Del Rei – atual cidade de Tiradentes, Minas Gerais, em 1746. Exerceu diversos trabalhos entre eles

tropeiro, minerador e por fim Alferes, fazendo parte do regimento militar dos Dragões de Minas Gerais. Alferes Tiradentes lutou pela independência do Brasil, num período em

que nosso país sofria o domínio e a exploração de Portugal, refletidos na opressão fiscal, nos impostos extorsivos, na corrupção e nos desmandos das autoridades

lusitanas. Patriota, idealista e determinado, unido a integrantes da aristocracia mineira começou a fazer parte do movimento dos inconfidentes cujo objetivo principal

era transformar o Brasil numa República independente de Portugal. Por sua capacidade de organização e liderança foi escolhido para liderar a Inconfidência

Mineira. O movimento foi descoberto e interrompido pelas tropas oficiais em

1789, após ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis. Em 1792 os inconfidentes foram julgados e condenados, sendo exilados na África após três anos de cárcere. Porém, Tiradentes foi condenado à forca e foi executado em 21 de abril

de 1792, na cidade do Rio de Janeiro; partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais, sua casa foi queimada e seus

bens confiscados. A história da Inconfidência Mineira se confunde com a vida dos Inconfidentes. Neste movimento revolucionário, além da atuação pessoal de cada

integrante, podemos sentir a transformação de uma sociedade inteira, com seus pequenos e grandes casos, com seus avanços e recuos, sua perplexidade, desespero e

busca por uma situação melhor do que aquela resultante da condição de colônia. Apesar de existir uma corrente histórica revisionista, é inegável que Tiradentes teve papel destacado na conspiração e que sua participação foi decisiva

para que o movimento ficasse marcado na história. A Independência do Brasil tornou-se o motivo de sua vida, não se importando com a entrega de seu bem maior naquela

revolução. Seu modo de agir contrastava com os dos outros conspiradores, pois falava abertamente sobre a necessidade da revolução e pregava-a em qualquer lugar. Por sua demonstração de amor à Pátria, foi homenageado em 1946,

quando o presidente Eurico Gaspar Dutra assinou o Decreto-Lei nº 9208 de 29 de abril, instituindo o dia 21 de abril como o Dia das Polícias Militares e Civis, sendo o

Mártir da Independência considerado o Patrono Cívico da Nação e das Polícias Militares e Civis do Brasil. O Alferes Tiradentes honrou, com sua própria vida, valores éticos e

morais, valores inerentes à atividade policial militar. Embora este movimento de libertação não tenha atingido seus ideais, a participação de Tiradentes foi um

importante fator para a formação da Nação Brasileira.

2.2.2 O regimento de Dragões de Minas Gerais

Em 1736, chega a Goiás, proveniente de Minas Gerais, o primeiro

destacamento militar, o Regimento de Dragões, corpo exemplar, com integrantes fisicamente perfeitos, inteligentes, educados, honestos e muito bem recompensados pelo Governo. O Regimento contava com1 Capitão, 1 Tenente, 1 Alferes, 1 Furriel, 1

Tambor, 3 Cabos de Esquadra e 37 Soldados. Cabia-lhes a segurança interna, a vigilância das fronteiras, o patrulhamento intensivo da região diamantífera (Rio

Claro/Pilões), o transporte dos quintos, a arrecadação dos dízimos e dos impostos.

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Ao lado dos Dragões existia o Corpo Auxiliar, formado por uma

Companhia de Pedestres (armados de espada), com a função de vigilância e proteção. Era composto por 40 Soldados, 1 Capitão e 1 Alferes. Os Dragões e o Corpo Auxiliar serviam nas duas principais vilas de Goiás (Vila Boa e Meia Ponte), junto aos Dragões

e ao Corpo Auxiliar existiam também as ordenanças, encarregadas de combater os contrabandistas, montar guarda na cadeia, fazer a ronda e acompanhar o Ouvidor-

Mor nas visitas de Correição nos arraiais de Anta, Crixás, Pilar, Natividade, São José e Santa Lúcia. Suas patentes eram distribuídas pelo Governador da Província, atendendo aos interesses pessoais.

Os Oficiais foram nomeados, mas as Companhias só existiram no papel; em muitas povoações era maior o número de pretensos soldados que o de habitantes.

Com a vinda dos Dragões para Goiás, o cargo de Capitão-Mor da Capitania passou a ser mais honorífico que real, ficando a segurança das minas, das autoridades e das principais vilas da Província a cargo da referida Companhia.

Os Dragões foram substituídos paulatinamente a partir de 1770, pois, distantes da Pátria e sem grandes incentivos, foram se tornando inoperantes para as

missões a eles confiadas. Para substituir os Dragões, foram criados os Regimentos Regulares de Cavalaria Auxiliar, que, com a vinda da Família Real para o Brasil em

1808, formaram o embrião do Exército Brasileiro. Sob pressão constante da metrópole, novas Companhias de Ordenanças, de homens brancos e pretos, de Cavalaria, de Infantaria e de Henriques, foram

criadas nas províncias. Em Goiás, havia na época em exercício, “26 Companhias de Cavalaria, 30 Companhias de Infantaria, 27 Ordenanças e 11 Companhias de

Henriques” (PALACÍN, Luís. O século do ouro em Goiás, 1979, p. 127), número inflacionado na certa, pois a Capitania não comportava tal contingente.

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UD III – ATALAIA QUE VEM E QUE PASSA, TODA RAÇA NA MISSÃO A

CUMPRIR. 3.1 A Conquista e defesa do Brasil Central

O final do século XVII é o marco histórico da conquista do Brasil Central.

A Capitania de Goyaz foi criada e integrada às Capitanias de São Paulo e Minas Gerais. Sua ocupação iniciou-se com a descoberta de minas de ouro e estabeleceu a luta pela posse da terra entre brancos e índios.

Os primeiros habitantes da terra dos Goyazes enfrentaram os brancos, na sua maioria extraviadores de ouro e fugitivos de um passado obscuro, que, como

exploradores das riquezas naturais, transformaram a terra ocupada em fonte de poder econômico e público. Após as primeiras descobertas auríferas e durante toda a primeira

metade do século XVIII, a Província passou a receber um grande fluxo migratório, dado que as lavras auríferas de Goiás, em sua grande maioria de aluvião e de fácil

extração, foram, por conseguinte, de esgotamento rápido e de baixa produtividade, ocasionando um povoamento instável, pois essa população era praticamente um

contingente volante. Goiás constituiu-se na segunda região produtora de ouro do País, mas a distância dos demais centros produtores e administrativos fez com que se criasse aqui

inicialmente um governo de poder familiar, vinculado à Província de São Paulo, preocupado unicamente com o contrabando que tinha se tornado uma prática usual

na Província. Dentro deste contexto, necessário se fez organizar uma defesa, encarregada principalmente dos problemas relacionados à riqueza maior, o ouro.

3.2 A participação de Bartolomeu Bueno da Silva

Em 1726, Bartolomeu Bueno da Silva recebeu o título de Capitão-Mor de Goyaz, título que deu origem ao embrião das milícias em Goiás, sendo encarregado, principalmente, de combater os primeiros povoadores, na sua maioria, fugitivos da

Justiça, extraviadores de ouro, devedores contumazes e insolventes. O Anhanguera, como ficou popularmente conhecido, contava com um

reduzido efetivo composto por ordenanças, encarregados da defesa local, sendo estes voluntários e desarmados.

3.3 Segurança Pública em Goiás no século XIX

Depois de aportar em Salvador, na Bahia, a comitiva real desembarcou no Rio de Janeiro, em 07 de março de 1808, quando se iniciou a quebra do sistema colonial com a abertura dos portos e com a elevação do Brasil à categoria de Reino

Unido a Portugal e Algarves. A partir desta data, foram efetuadas modificações na estrutura militar do Brasil. Uma nova realidade então se esboça no quadro da

segurança, pois o sistema policial vigente nas cidades era precário, funcionando nas mãos dos quadrilheiros e ordenanças. Em Goiás, as unidades de milícias e polícias foram reestruturadas e o

sistema de recrutamento para o Regimento de Cavalaria do Exército era feito à força (em que o recruta servia por 16 anos), voluntariamente (pelo período de oito anos)

ou como semestreiro (sistema normalmente usados pelos filhos de pessoas ricas, que inicialmente serviam por seis meses e, nos anos subsequentes, por três meses a cada ano). O policiamento local continuava sendo feito pelas ordenanças e pelos

quadrilheiros. Consolidada a Independência em 1822, agravou-se a crise econômica

devido à instabilidade do mercado externo, as divergências na classe dominante

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abriram espaço para o processo de descentralização do poder, surgindo, em 1831, o

sistema regencial. A Regência tomou uma série de medidas no sentido da desmobilização do Exército, que foi reduzido à metade, seu interesse estava na criação da Guarda Nacional “Cidadão em Armas” — encarregada agora da manutenção

da Segurança Pública — uma instituição que delimitaria o espaço possível da cidadania, como expressão do compromisso entre o poder local e o Estado

centralizado.

3.4 A participação na Guerra do Paraguai em 1865

O sucesso socioeconômico e a autonomia internacional do Paraguai

destoavam do conjunto latino-americano e prejudicavam os interesses ingleses na região. Desejando ampliar seu território, criando o “Paraguai Maior”, Francisco Solano López visava, sobretudo, obter acesso ao Atlântico e, para tanto, ambicionava anexar

regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil, principalmente do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso.

Solano Lopez rompeu relações diplomáticas com o Brasil, ordenando, em 1864, o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda, no Rio Paraguai e

retendo, entre seus passageiros e tripulantes, o Presidente da Província de Mato Grosso, Carneiro de Campos, a resposta brasileira foi a declaração de guerra por parte do Imperador D. Pedro II.

Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso e o norte da Argentina e, no mesmo ano, os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tríplice Aliança.

O Presidente Dr. Augusto Ferreira França, que tomara posse do governo em 27 de abril de 1865, decidiu criar o primeiro elemento de Voluntários da Pátria, em ato datado de 5 de maio, publicando o Decreto nº 3.383, assinado em 21 de

janeiro de 1865, que estabelecia que se colocasse à disposição do Governo Central a Guarda Nacional de cada Província, conforme o seguinte documento:

“O Presidente da Província, em virtude do Decreto nº 3.371, de 7 de janeiro do ano corrente, e tendo em vista Avisos do Ministério da Justiça de 26 de dezembro de 1864 e da Guerra de 10 de janeiro de 1865, tem resolvido criar uma Companhia de Voluntários da Pátria, adida ao Batalhão de Caçadores desta Província, a qual terá a mesma organização das Companhias do dito Batalhão e irá sendo preenchida à proporção que se forem apresentando cidadãos para nela se alistarem. Façam-se as necessárias comunicações. Palácio do Governo de Goiás, 5 de maio de 1866. (a) Augusto Ferreira França” (DUARTE, Paulo de Queiróz. O Comando de Osório, 1981). Coube à Província de Goiás, o fornecimento de um efetivo de “427 Guardas Nacionais convocados pelo Presidente Dr. Augusto Ferreira França, do total de convocados 276 eram voluntários, 108 pertenciam à Guarda Nacional e 43 eram escravos libertos, todos passaram a fazer parte do 16° Corpo de Voluntários da Pátria, sendo que só seguiram para a luta 276 recrutas” (ALENCAR, Vicente Peixoto. Capacete Vazio, p. 8, obra em andamento).

O 16º Corpo de Voluntários da Pátria, organizado em Vila Boa, capital da

Província de Goiás, partiu rumo ao Mato Grosso sob o comando do Tenente-Coronel do Exército Brasileiro Joaquim Mendes Guimarães. Depois de completo, foi comandado

pelo Major do Exército em comissão Manuel Batista Ribeiro Faria, que o incorporou ao 20º Batalhão de Linha. A participação dos recrutas goianos na Guerra do Paraguai foi

importantíssima, apesar de não terem enfrentado os invasores paraguaios, eles eram encarregados do fornecimento de víveres às tropas estabelecidas às margens do Rio

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Coxim, além de abastecer os diversos acampamentos distribuídos ao sul e ao norte de

Mato Grosso. “O Governo da Província, para facilitar os trabalhos de arregimentação de alimentos, criou então o depósito dos Bahús, concentrando as produções enviadas por dezenas de outros pequenos depósitos espalhados pelo Sudoeste de Goyaz, região mais próxima da posição ocupada. Bahús era uma fazenda com diversos produtores reunidos em pequena distância, localizada no Município de Coxim, na extremidade do Norte, próximo às terras do Município de Rio Verde. Nela se enquadravam consideráveis vantagens para a implantação do estabelecimento, principalmente pela sua localização à margem da antiga estrada que ligava Coxim a Rio Verde, velha rota comercial entre Goyaz e Mato Grosso” (CUNHA NETO, Oscar. Rio Verde. Apontamentos para a sua História, 1993, p. 271).

Terminada a guerra, tornou-se urgente solucionar as questões internas da Província, que, neste período, tornaram-se mais precárias, uma vez que o Exército se afastou das questões provinciais, deixando a seu cargo a manutenção da

segurança interna. No governo Antero Cícero de Assis, em 10 de julho de 1874, baixou-se a Resolução Provincial nº 520, fixando a Força Policial de Goyaz,

que se encontrava inoperante desde sua criação em 1858.

3.5 A participação na Revolução Constitucionalista de 1932

Desde o início do Governo provisório, o relacionamento político de Getúlio

Vargas com São Paulo foi complicado, a elite cafeicultora paulista não havia aceitado o Interventor nomeado por Getúlio e os partidos políticos paulistas nutriram a Frente Única Paulista, exigindo a nomeação de um Inventor civil para o Estado e a imediata

constitucionalização do país. Em maio de 1932, um grupo de manifestantes foi disperso da ala durante

uma reunião na sede da Legião Revolucionária em São Paulo, onde morreram quatro deles. Este fato gerou a organização de um movimento que, no dia 9 de julho de 1932, iniciou a luta armada como forma de rompimento com o Governo Vargas. O

Governo Federal congregava a maior parte das Forças Armadas da 2ª Circunscrição Regional do Exército, para os rebeldes paulistas.

O Estado de Goiás foi convocado a compor as tropas federais sob o comando do Major Benedito Quirino de Souza, que organizou um contingente formado

por soldados, músicos, corneteiros e tambores, rumando para Leopoldo de Bulhões, ponto final da estrada de ferro, numa frota de dez caminhões. Enquanto permaneciam em Leopoldo de Bulhões, foram convocados todos os Oficiais e Praças destacados nas

cidades do sul do Estado, para apresentarem-se ao contingente. No dia 21 de julho de 1932, o contingente embarcou com destino à

cidade de Uberlândia, num total de 111 homens, divididos em três pelotões. Foi criado também um Comando Geral das Forças Goianas, na ocasião foi comissionado no posto de Coronel o 1º Tenente reformado do Exército Domingos Netto Velasco, que

estabeleceu seu Quartel-General na cidade de Itumbiara, organizando ali três batalhões sob os comandos de Major PM Manoel Balbino de Carvalho, Major PM

Atanagildo França e Major PM Joaquim Câmara Filho. O Estado-Maior era formado pelo Tenente-Coronel Salomão Clementino de Faria e pelo Capitão Benedicto de Albuquerque Melo e Cunha.

No dia 25 de julho de 1932, o contingente unido embarcou em dez caminhões e quatro automóveis para a cidade de Uberaba, seguiu para Frutal,

Santana de Parnaíba, São Francisco de Sales e Ituramã, conquistou Podo Alencastro na divisa de Minas Gerais com o Mato Grosso, onde foi instalado um posto de observação. Travaram-se lutas em Quitéria, Santa Josefina, Sucuriú e Três Lagoas,

contra as tropas mato-grossenses fiéis aos ideais paulistas. Em agosto, as tropas

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goianas deixaram Quitéria rumo à Fazenda Beija-Flor, perto do Rio Sucuriú, onde

havia revoltosos refugiados protegendo a cidade de Três Lagoas, conquistando-a e ali permanecendo até 20 de setembro de 1932. Segundo relato do Coronel Sebastião de Oliveira Souza:

“Em 20 de setembro 1932 saiu do acampamento da Fazenda Beija-Flor, município de Três Lagoas, Estado do Mato Grosso, um piquete de cavalaria comandado pelo 1° Tenente Francisco Silveira Martins que, após transpor o rio Paraná na localidade denominada Porto Faia, invadiu o Estado de São Paulo, atingindo a estrada de ferro Noroeste do Brasil, entre as estações de Itapura e Jupiá, destruindo grande extensão da via férrea. Dinamitou, ainda, um pontilhão, cortou a linha telegráfica e fez cinco prisioneiros das forças rebeldes estacionadas em Itapura. A 5 de outubro de 32, o contingente da Força Pública de Goyaz deixou o acampamento da Fazenda Beija-Flor em cumprimento à determinação do Comandante Geral das Forças em Operação e

marchou para a cidade mato-grossense de Três Lagoas, ficando acantonada em casas requisitadas. Em 12 de outubro de 1932 o contingente da Força Pública, transportado por via férrea, dirigiu-se ao Estado de São Paulo, tendo às 13:25 horas do dia 13 atingido a cidade de Araçatuba, seguindo na mesma data com destino a Bauru. Em 15 atingiu a cidade de Uberaba e, nessa mesma data, em virtude da rendição dos rebeldes paulistas, o contingente foi dispensado.

A notícia da rendição das tropas paulistas era esperada, pois sem condição de prolongar uma resistência que apenas aumentaria o número de vítimas

de uma guerra perdida, as tropas paulistas depuseram as armas, aceitando a derrota militar, que, na prática, converteu-se numa importante vitória política, não apenas de São Paulo, mas de todos os brasileiros que, desde a Revolução de 30, vinham lutando

pela redemocratização do País” (Artigo de Antônio Penteado Mendonça, publicado no Jornal da Tarde, de 4 de julho de 1997, e em Páginas da História, junho de 1998, nº

18, informativo do Museu da Polícia Militar do Estado de São Paulo). Por resolução do Quartel-General, as unidades patrióticas foram dissolvidas e desarmadas, regressando às suas unidades em Jataí, Rio Verde,

Itumbiara, Cidade de Goiás e em distritos adjacentes, de trem, via Uberaba e Araguari. Ao chegarem a Leopoldo de Bulhões, foram dali encaminhados para cidade

de Goiás, onde foram recepcionados pelo Interventor Pedro Ludovico Teixeira.

3.6 Revolução de 1964 e o período militar

A Revolução de 1964 esboçou, progressiva e autoritariamente, o segundo projeto de desenvolvimento econômico para o país, através dos governos militares.

Denominado “internacionalização da economia”, este projeto criou uma demanda adicional de consumo interno por produtos requisitados, levando à aristocratização do consumo.

Os investimentos, que antes eram destinados a substituir as importações, foram substituídos pelos de bens de consumo modernos para o mercado interno e por

bens exportáveis, havendo, portanto, um aumento considerável das exportações, assegurando o poder inconteste do capital estrangeiro. “Um crescimento de 10% ao ano veio caracterizar, na década de 1980, o

que foi denominado de "milagre brasileiro". Tal crescimento econômico encobria a concentração de renda, a violenta repressão das forças democráticas, a instalação das

multinacionais e os grandes empréstimos internacionais gastos em projetos faraônicos e não sociais” (SOUZA, Cibeli. Retrospectiva histórica de Goiás, 1996). Os governadores passam a ser escolhidos através de uma lista tríplice. O

Estado de Goiás foi governado nesse período por Otávio Lage, Leonino Caiado,

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Irapuan Costa Júnior e Ari Valadão. O Presidente da República, General Humberto de

Alencar Castelo Branco, editou então o Decreto-Lei nº 317, de 13 de março de 1967, que reorganizou e deu outras providências às Polícias e aos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal.

“Decreto-Lei nº 317 - de 13 de março de 1967 Reorganiza as Polícias e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal e dá outras providências. O Presidente da República, tendo em vista o art. 8º, letra “v”, do inciso XVII, da Constituição promulgada em 24 de janeiro de 1967, e no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 30 do Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, combinado com o art. 92- do Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966, resolve baixar o seguinte decreto-lei: Art. 1º - As Polícias Militares, consideradas forças auxiliares, reserva do Exército, serão organizadas na conformidade deste decreto-lei. ... Art. 5º - O Comando das Polícias Militares será exercido por oficial superior combatente, do serviço ativo do Exército, preferencialmente do posto de Tenente-Coronel ou Coronel, proposto ao Ministro da Guerra pelos Governadores de Estados, e de Territórios ou pelo Prefeito do Distrito Federal. ... Capítulo IV Instrução e Armamento Art. 12 - A instrução militar das Polícias Militares será orientada e fiscalizada pelo Ministério da Guerra, através da Inspetoria Geral das Polícias Militares, na forma deste Decreto-Lei. ... Art. 16 - As aquisições de armamento e munição dependerão de autorização do Ministério da Guerra e obedecerão às normas, previstas pelo Serviço de Fiscalização de Importação, Depósito e Tráfego, de produtos controlados pelo Ministério da Guerra (SFIDT). ...

Capítulo V Justiça e Disciplina Art. 17 - As Polícias Militares serão regidas por Regulamento Disciplinar regido à semelhança do Regulamento Disciplinar do Exército e adaptado às condições especiais de cada Corporação. ... Capítulo VI Da Inspetoria Geral das Polícias Militares Art. 20 - Fica criada no Ministério da Guerra a Inspetoria Geral das Polícias Militares (IGPM) diretamente subordinada ao Departamento Geral do Pessoal (DGP). Art. 21 - O cargo de Inspetor-Geral das Polícias Militares será exercido por um General de Brigada. Brasília, 13 de março de 1967; 1462 da Independência e 792 da República. H. Castello Branco Carlos Medeiros Silva Ademar de Queiroz” (Fonte adaptada de: DUQUI, Pedro Dei - Maj PM. Legislação PMEGO. Vol.II).

Este decreto subordinou as Polícias Militares, que não perderam sua autonomia, mas passaram a ser controladas pelo Exército, principalmente porque seu

Comando passou a ser exercido por Oficiais Superiores daquela Força Armada (Art. 5). A IGPM (Inspetoria Geral das Polícias Militares), que ainda funciona, centraliza,

coordena e inspeciona as Corporações Militares Estaduais. Em abril de 1998, por determinação ministerial, foi criado o COTER (Comando de Operações Terrestres), que

passou a acompanhar a IGPM, que permaneceu ligada diretamente aos assuntos relacionados às Corporações Militares Estaduais.

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3.7 Guerrilha do Araguaia (Xambioá)

Durante o período militar no Brasil, eclodiu na região norte do Estado de Goiás a chamada Guerrilha do Araguaia, conhecida pelos goianos como “Xambioá”. Os

guerrilheiros e simpatizantes eram protegidos por leis internacionais, bem armados e orientados por especialistas estrangeiros.

Em março de 1973 (P. Op. 001/73) foi criado o Plano de Operação Araguaia, que acionava a Polícia Militar no sentido de, através da ação contra guerrilheiros e simpatizantes, auxiliar o Exército Brasileiro na execução das missões

peculiares, a extirpar um núcleo de guerrilheiros instalados na região do Estado do Pará, na margem esquerda do Rio Araguaia, confrontando com os Municípios de

Xambioá, Arraias e Araguatins. Previu-se que, com a ação antiguerrilha das tropas regulares naquela área problema, os guerrilheiros poderiam se refugiar na margem direita do Rio

Araguaia, ganhando os Municípios pertencentes à área de responsabilidade do 3º BPM, onde até então havia ambiente propício para o desenvolvimento de atividades

guerrilheiras. O General de Exército Orlando Geisel, então Ministro do Exército, baixou

as ‘Diretrizes iniciais para a Operação’ no dia 18 de setembro de 1973, cujas ideias básicas eram: ‘A realização de um cerco afastado a cargo do Comando Militar da Amazônia (CMA) e Comando Militar do Planalto (CMP), utilizando respectivamente as

PMPA (Polícia Militar do Pará) e PMGO (Polícia Militar de Goiás) ’. Ato contínuo, o General de Divisão Olavo Viana Moog, Comandante da CPM/11ª RM, em Ofício nº

216/E de 02 de setembro de 1973, estabeleceu missões de Segurança Interna para a PMGO, regulando-lhe as ações, para que se desenvolvessem dentro das ideias básicas do Ministro do Exército.

Para tal, a PMGO fez instalar uma Companhia Operacional em Paraíso do Norte, com missões definidas, subordinando-as ao 3º BPM, cujo comando era exercido

pelo Major PM Éber Martini, que foi designado Comandante das Operações. A partir de 5 de outubro de 1973, a Polícia Militar do Estado de Goiás acionou o 3º BPM e suas duas Companhias Operacionais em apoio à Operação, estabelecendo barreiras fixas e

móveis em todas as rodovias do Norte do Estado e em todos os postos ou embarcadouros fluviais dos Rios Araguaia e Tocantins com a função de, segundo o

Ministro do Exército - General Orlando Geisel, ‘realizar uma atividade ininterrupta, com o controle total do pessoal em trânsito, bem como estabelecendo especial reforço na área do cerco para intensificar o seu policiamento’ ”. (Extraído do Ofício nº 096/80-

PM/3, enviado ao Comandante Geral da Polícia Militar de Goiás, pelo Tenente Coronel PM Éber Martini, solicitando concessão de medalhas)

A Operação Araguaia criou as diretrizes iniciais da ação, considerada também a fase das informações, de estudos de situações e de planejamento operacional e se estruturou através da Operação Vinor I (Vigilância do Norte),

encarregada de detectar os problemas da área com um contingente de mais ou menos 5.000 homens, numa ação conjunta das Polícias Militares de Goiás e do Pará,

encarregadas de combater a população ribeirinha, aliciada pelos líderes dos guerrilheiros na região, Dina e Osvaldão, e pressionada pelo Exército. Coube à Polícia goiana, através do 3º BPM, a missão de segurança

interna na região de Xambioá e Paraíso do Norte, missão efetuada entre março e outubro de 1973.

A partir de outubro de 1973 iniciou-se a Operação Vinor II, com uma abrangência maior chamada de “libertação da Amazônia”, usando armamentos pesados, viaturas com rádio HF/SSB. Segundo depoimentos, as mortes ocorridas no

período foram mais por problemas regionais como doenças e assaltos do que por confrontos; ressaltam, entretanto, que os guerrilheiros simpatizantes foram

exterminados.

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Em 1974 entrou em ação a quarta operação na região, chamada de

Operação Norte, com o objetivo de restabelecer a ordem, esta operação terminou em 1977. Segundo levantamento feito através de depoimentos, conclusão é que para a população ribeirinha houve um desgaste muito grande durante todo o período do

conflito, pois esta se sentia acuada tanto pelos guerrilheiros quanto pelo Exército e pela Polícia Militar; sua privacidade foi invadida e eles se tornaram alvo dos dois

lados. Analisando sob o ponto de vista da região, houve um crescimento político-econômico, pois a presença das Forças Armadas e a vasta região a ser

fiscalizada fizeram com que fossem abertas estradas vicinais na região; o INCRA assentou agrovilas ao longo da Transamazônica, com títulos entregues à população

ribeirinha. A Polícia Militar fez um trabalho de atendimento médico preventivo à população, que morria mais por problemas de doenças endêmicas do que pelo conflito

em si. Os governos dos Estados de Goiás e Pará intensificaram a fiscalização sobre o contrabando de madeira e gado, aumentando consideravelmente a arrecadação de

impostos na região.

3.8 A criação da Polícia Militar do Estado do Tocantins Com o advento da Constituição Federal de 1988, foi criado o Estado do

Tocantins, instalado na Região Norte, para o qual foram transferidas quatro unidades policiais militares: 3º BPM em Araguaína; 5º BPM em Gurupi; 1ª CIPM em Arraias e a

3ª CIPM em Guaraí. MOVIMENTAÇÃO DE PRAÇAS BOLETIM GERAL Nº 50, de 14 Mar 1989 ...com base no que dispõe o art. 85. Parágrafo único. Letra “b” da Lei nº 8.033, de 02 Dez 75, combinado com os artigos 23, parágrafo único, 24, §19, 29 e 39 da Lei Complementar Federal nº 31, de 11 Out 77 e em harmonia com o § 69 do art. 13, das disposições constitucionais transitórias da Constituição Federal e ainda por analogia sejam desligados do serviço ativo da Polícia Militar desse Estado, a contar de 01 de janeiro de 1989 em virtude de haverem optado pela permanência na Polícia Militar do estado de Tocantins, os seguintes policiais militares: 1003 PPMM entre Capitães e todas as graduações de praças.

3.9 A separação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás

A Polícia Militar do Estado de Goiás, em 5 de novembro de 1957,

antevendo a criação de uma Unidade de Bombeiros, encaminhou à Polícia Militar do Estado de Minas Gerais onze Policiais Militares, dentre eles um Tenente e dez Praças, para frequentar um curso de bombeiros, com duração de oito meses.

Em 17 de dezembro de 1958, foi editada a Lei nº 2.400, que criava uma Companhia de Polícia que exercia as atividades de bombeiro. Esta funcionou

precariamente por algum tempo nas dependências do Comando Geral da PM, àquela época com sede à Rua 14, no Centro de Goiânia, transferindo-se posteriormente para uma edificação na Av. Anhanguera, próxima ao Lago das Rosas, mudando-se logo

depois para um prédio localizado à rua R-11 no Setor Oeste. Mais tarde, em 1963, mudou-se para a Rua 66, nº 253, Centro, onde

hoje se encontra instalado o 1º Grupamento de Incêndio. É oportuno lembrar que, naquela época, o seu trem de combate a incêndio era composto de apenas uma Auto Bomba Tanque (ABT), tipo Thames 2.000 e uma viatura Pirsch - Auto Pó Químico,

ambas doadas por Carlos Lacerda, então Governador do Rio de Janeiro. A Lei nº 5.542, de 10 de novembro de 1964, criou a Companhia de Bombeiros.

Em 1967, pela Lei nº 6.814, de 14 de novembro, a Companhia de Bombeiros recebeu a estrutura de Batalhão de Polícia Militar, com a denominação de

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5º BPM - Corpo de Bombeiros, o que só foi concretizado com efetivação da Portaria nº

01/70 PMGO. Com base na Lei nº 8.125, de 18 de dezembro de 1976, artigos 2º, 3º, 9º e 11, combinado com o Decreto nº 1.936, de 27 de agosto de 1981, o Comando

Geral da PMGO baixou a Portaria nº 04/81- PM/3, que extinguiu o 5º BPM (Corpo de Bombeiros) e criou os órgãos a seguir:

- Comando do Corpo de Bombeiros (CCB), instalado no Centro Administrativo; - 1º Grupamento de Incêndio (1º GI), sediado nas instalações do então

5º BPM (Corpo de Bombeiros); - 1ª Seção de Combate a Incêndio (1ª SCI), com sede no Aeroporto

Santa Genoveva; - 2ª Seção de Combate a Incêndio (2ª SCI), com sede em Campinas; - 3ª Seção de Combate a Incêndio (3ª SCI), com sede na cidade de

Anápolis/GO, aquartelada nas instalações do 4º BPM; - 4ª Seção de Combate a Incêndio (4ª- SCI), na cidade de Itumbiara/GO.

A 2ª Seção de Combate a Incêndio, prevista para Campinas, não chegou a ser instalada; a 4ª Seção de Combate a Incêndio, prevista para Itumbiara, só veio a

ser instalada em 1983, assim mesmo como pelotão. Pela Constituição Estadual, promulgada em 5 de outubro de 1989, o Corpo de Bombeiros passou a constituir-se numa Corporação independente e

autônoma, desvinculada da Polícia Militar, com as seguintes missões: - prevenção e extinção de incêndios;

- busca e salvamento de pessoas e bens; - vistorias para fins de “habite-se” e funcionamento; - perícia de incêndio;

- atividades de defesa civil; - atividades educativas relacionadas com a defesa civil, prevenção de

incêndio e pânico; - análise de projetos e inspeção de instalações preventivas de proteção

contra incêndio e pânico nas edificações. MOVIMENTAÇÃO DE PRAÇAS BOLETIM GERAL Nº 43, de 05 Mar 1990 Considerando que a Constituição Estadual tornou o Corpo de Bombeiros um órgão independente dentro da estrutura organizacional do Estado, transfiro, no interesse próprio as seguintes praças: 596 PPMM (desde Al Sd até Al Oficial)

3.10. Segurança Pública no Estado de Goiás

A estruturação no Estado de Goiás é fundamentada legalmente pela Constituição Estadual goiana nos arts. 121 ao 126. A Secretaria de Segurança Pública

e Administração Penitenciária é o órgão que, de forma holística, traça as diretrizes e objetivos dos demais componentes, em sua matriz, são localizadas as sedes dos

comandos destes. Em virtude da dinâmica e grande abrangência da atividade, na prática, o organograma das instituições na esfera estadual em Goiás se dá, basicamente, da

seguinte forma: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), Superintendência Executiva de

Administração Penitenciária, PROCON Goiás, dentre outros. A Polícia Militar de Goiás (PMGO) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado de Goiás. Por

força da Carta Magna, ela é considerada uma Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus

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integrantes são denominados Militares dos Estados, juntamente com os membros do

Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Basicamente, as atribuições da PMGO são as descritas no art. 144 (§§ 5º e 6º) da Constituição Federal e art. 124 da Constituição Estadual de Goiás.

Especificamente na Constituição Estadual também encontramos algumas funções inerentes à PMGO, quais sejam:

- o policiamento ostensivo de segurança; a preservação da ordem pública; - de polícia judiciária militar, nos termos da lei federal;

- de orientação e instrução da Guarda Municipal, quando solicitadas pelo Poder Executivo municipal;

- de garantia do exercício do poder de polícia, dos poderes e órgãos públicos estaduais, especialmente os das áreas fazendária, sanitária, de uso e ocupação do solo e do patrimônio cultural;

- as de polícia ambiental, incumbida de proteger as nascentes dos mananciais e os parques ecológicos, de polícia rodoviária estadual e de trânsito.

Dentro do estado de Goiás, a Polícia Militar se subdivide operacionalmente em 17 (dezessete) Comandos Regionais Operacionais e 03 (três)

comandos regionais específicos (Ambiental, Rodoviário e de Missões Especiais), sendo chefiada, sempre, por um Oficial PM do último posto (Coronel QOPM), investido na função de Comandante. Dentro das regionais, designadas Comando Regional Policial

Militar (CRPM), existem as subestruturas “batalhão” e “companhia independente”, sendo de cunho geral (unidades de área) ou específico (unidades especializadas).

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UD IV – MANTER A ORDEM É A MISSÃO A TODO INSTANTE

4.1 Policiamento a pé

Sabe-se que o surgimento do policiamento a pé confunde-se com o nascimento da Polícia Militar de Goiás, pois inicialmente, eram executadas duas

modalidades de policiamento, sendo eles: o montado e o a pé, podendo ser facilmente identificados ainda hoje nesta corporação. Em 1995 foi criada a 1ª Companhia do 1ª Batalhão de Polícia Militar,

especificamente para o serviço de policiamento de SPO (Serviço de Policiamento Ostensivo), com um efetivo de aproximadamente 250 componentes, divididos em três

turnos (matutino, vespertino e noturno), que trabalhavam em uma escala de 06 (seis) horas de serviço por 18 horas de descanso (06x18), de segunda a sábado.

Nesta modalidade de policiamento, são formadas duplas ou trios, que

trabalham em um perímetro pré-estabelecido. Contudo, em um determinado período, foi empregado o Grupo Tático de SPO, composto por cinco integrantes que

patrulhavam toda a área central, realizando abordagens a grupos em atitudes suspeitas na área da 1ª Cia do 1º BPM.

Atualmente a modalidade é costumeiramente empregada apenas no policiamento de praças esportivas (jogos de futebol), grandes eventos (Pecuária) ou no período de final de ano (Operação Boas Festas), nas principais vias comerciais dos

municípios e regulada por um Processo específico que integra o Manual do POP (211).

4.2 Policiamento a cavalo:

Governava Goiás o então Tenente-Coronel do Exército Brasileiro Braz Abrantes,

que por necessidade da época, sancionou a Lei nº 49, de 19 de agosto de 1893, elucidando no parágrafo único do artigo 1º a criação do serviço de ordenanças e

diligências perigosas: um Piquete de Cavalaria. Já em 1918, com a Lei nº 624 de 31 de julho de 1918, foi dada maior ênfase à Cavalaria, criando-se o Pelotão de Cavalaria, motivo pelo qual foi autorizado

pelo Governo do Estado a aquisição de montarias, fardamento próprio, equipamentos e arreamentos, além de armamento para todo o contingente policial.

Para o exercício de 1926, houve significativo aumento de efetivo e a denominação específica de Piquete de Capturas, o qual contava com 01 Oficial, 39 Praças montados e 70 solípedes.

Nos idos de 1959 passou à condição de Regimento, tendo como sede o local onde hoje funciona o Hipódromo da Lagoinha, era o Regimento Coronel

Demerval de Morais Brito. Infelizmente, durante um lapso temporal o povo goiano ficou sem uma Cavalaria, porém, no ano de 1980, por intermédio da Lei nº 8.776, de 17 de janeiro

de 1980, surgiu o Esquadrão de Polícia Montada, que funcionou no Parque de Exposição Agropecuária da Nova Vila.

Através do Decreto nº 2.593 de 07 de março de 1982, teve elevada sua categoria passando a ser novamente Regimento de Polícia Montada. É o atual Regimento de Polícia Montada Eng. Ary Ribeiro Valadão Filho, em homenagem ao filho

do então Governador Ary Valadão, morto em acidente aéreo. Em abril de 1993, deu-se a chegada da primeira remonta de animais,

advinda do Estado do Rio Grande do Sul. Investimentos também foram realizados no material humano, especializando Oficiais e Praças. No ano de 1996, o Regimento de Polícia Montada passou a executar

trabalho exclusivamente voltado para o Policiamento Montado, pois, até então, a Unidade também era constituída de um Esquadrão de Radiopatrulha e outro de

Guardas e Destacamentos (entorno de Goiânia).

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Em novembro de 2008, foi autorizada a formação de uma Comissão para

empreender viagem ao Sul do País, onde se realizou uma nova aquisição de 30 (trinta) animais, criteriosamente selecionados conforme os padrões exigidos para o serviço de policiamento montado. Dessa forma, a cavalaria atual é composta de 85

(oitenta e cinco) animais pertencentes à Corporação. No último quinquênio, Oficiais e Praças especializaram-se em vários

cursos atinentes à matéria de cavalaria, como o da Escola de Equitação do Exército Brasileiro no Rio de Janeiro, o de Socorrismo de Equinos realizado no Esquadrão de Polícia Montada da coirmã da Bahia, o de Tropa Montada realizado no Regimento “9

de Julho” da coirmã de São Paulo, o de Ferrageamento na Faculdade do Cavalo no Estado de São Paulo e o de Policiamento Montado no Regimento Coronel

Rabelo/PMDF. Trata-se de uma Unidade subordinada ao Comando de Missões Especiais, prestando serviços à sociedade nos vários setores e bairros da Capital em caráter

ordinário, praças esportivas e/ou lazer, estádios de futebol, acompanhamento de torcidas aos estádios, bem como em eventos de grande público. Não raramente, apoia

outros Comandos Regionais, principalmente no tocante a eventos festivos e/ou operações de reintegração de posse. Quando requisitado, executa trabalho

relacionado ao setor de relações públicas, abrilhantando eventos como desfiles, formaturas, homenagens, cavalgadas, festas de rodeio, exposições diversas e outros. Além das atividades tipicamente policiais militares, com destaque para o

seu emprego como tropa de Choque Montado, o RPMon desenvolve outras de cunho social de extrema importância, como o apoio em parceria com o Núcleo de

Equoterapia do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santilo/CRER, tornando a frequência de civis uma constante na Unidade, proporcionando uma interação benéfica entre Polícia Militar e sociedade, evidenciando o RPMon também

como uma Unidade de relações públicas da Corporação, o que muito a orgulha e enobrece.

Via de regra, o policial militar interessado em se tornar um Cavalariano deve concluir, com sucesso, algum curso na área, como, por exemplo, o CPMon ou Choque Montado.

4.3 Policiamento feminino:

A inserção da mulher nas carreiras militares se dá a partir da década de 80, iniciada pela Marinha em 1980; em 1982 foi a vez da Aeronáutica e apenas dez

anos depois, em 1992, ingressou a primeira turma na Escola de Administração do Exército (EsAex – Salvador/BA) para a formação de oficiais de carreira.

O estado de São Paulo é o pioneiro na inserção de Policiais Femininas através do Corpo de Policiais Femininos desde maio de 1955. Goiás se insere nesse contexto somente em 14 de janeiro de 1986, sob o governo de Iris Rezende Machado

e por proposta do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás à época, o Coronel PM Álvaro Alves Junior, que criou a Companhia de Polícia Militar Feminina de

conformidade com o Decreto-Lei nº 9.967, para o emprego exclusivo na atividade-fim da Corporação.

Sua turma pioneira contava com 99 soldados que se formaram em 15 de

agosto de 1986. Após o recrutamento as soldados imbuídas da responsabilidade, coadjuvando com os demais segmentos que integram o sistema de segurança pública,

foram empregadas em várias frentes de serviço, onde se destacaram mais no policiamento escolar/trânsito, atividade amplamente elogiada pelos diversos segmentos da sociedade.

Na tentativa de melhorar o rendimento da CIAPMFem abriram-se concursos para Oficiais, Sargentos, Cabos e Soldados femininos, sendo que duas

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alunas foram enviadas para o curso de Oficiais na PMMG, duas para a PMPR e seis

alunas para se formarem sargentos na PMMG. Com o aumento da população e com a necessidade de maior utilização do potencial feminino, a Companhia PM Fem foi elevada à categoria de Companhia

Independente de Polícia Militar em 08 de novembro de 1991; já tinha em seu quadro oficiais, sargentos, cabos e soldados.

Com o evoluir dos tempos não mais se admitia a separação da Companhia de Polícia Feminina e a integração se fazia urgente e necessária. No dia 08 de dezembro de 1994, a CIAPMFem foi extinta e através da Lei Estadual nº 12.608,

de 17 de abril de 1995, foi unificado o Quadro de Organização e Distribuição, criando o 13º Batalhão de Polícia Militar, que passou a ocupar as instalações e a congregar o

efetivo feminino. Seu efetivo foi distribuído nas UPM’s e passou-se a adotar o critério de destinarem-se 10% das vagas nos concursos. Hoje a corporação conta com policiais femininas empregadas por todo o

Estado, inclusive em unidades especializadas como GPT / CPE, Cavalaria, Choque e BOPE; a sua presença tem sido um fator de humanização de extrema importância no

trabalho de segurança pública.

4.4 Patrulha Maria da Penha O estado de Goiás é uma das unidades da federação que mais avançou

na implementação da Patrulha Maria da Penha, proposta no Plano Nacional de Segurança Pública. A primeira Patrulha goiana foi criada em março de 2015 na capital

e prestava serviço especializado no atendimento e acompanhamento da situação de mulheres vítimas de violência doméstica e de seus agressores na região noroeste do município de Goiânia.

Atualmente, outros municípios também já são atendidos pela Patrulha Maria da Penha, entre eles: Posse, Goiás, Águas Lindas, Anápolis e Aparecida de

Goiânia. O lançamento da Patrulha Maria da Penha em Aparecida de Goiânia, que teve sua unidade lançada pelo governador Marconi Perillo e pelo vice-governador José

Eliton, ex-titular da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária, se deu em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A unidade tem sido uma

grande aliada das mulheres vítimas de violência doméstica prestando atendimento qualificado aos casos de violência em família, previstas na Lei Federal nº 11.340/2006, a Lei Maria da Penha. As equipes atuam basicamente no atendimento

às ocorrências de agressão, ameaças e outros tipos penais contra a mulher dentro dos lares, oferecendo as condições para que as vítimas apresentem suas denúncias ou

representações. A Patrulha Maria da Penha executa a sua função de monitorar as imediações das casas das vítimas e, ao perceberem o não cumprimento das medidas,

encaminham provas para a DEAM pedir à justiça que determine a prisão dos agressores. A presença dos patrulheiros dá suporte às vítimas que se sentem mais

confiantes e dispostas a retornarem às atividades do seu cotidiano. Desta feita, a Patrulha Maria da Penha contribui para inibir a reincidência dos agressores, uma vez que ao menor sinal de descumprimento de medidas

protetivas a Deam é avisada para oferecer as provas ao judiciário. Em praticamente todas as localidades em que a Patrulha está presente há queda no número de casos

de violência doméstica. A Patrulha Maria da Penha é ligada ao Batalhão Escolar da Polícia Militar de Goiás e é coordenada pela hoje Coronel PM Silvana Rosa de Jesus. A unidade da

capital trabalha com 13 policiais, sendo sete homens e seis mulheres, que se dividem em duas equipes de patrulheiros. As demais unidades atuam com uma equipe de

quatro ou três policiais.

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4.5 Com emprego de bicicletas:

Esta modalidade de policiamento surgiu no ano de 2005 no 1º BPM

através de um convênio realizado entre a Polícia Militar e a Prefeitura de Goiânia, mais especificamente a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). Tinha por finalidade o patrulhamento preventivo/ostensivo dos principais parques da cidade – todos estes

pertencentes à área do 1º BPM – sendo eles: O Parque Sulivan Silvestre (Vaca Brava), Parque Areião, Parque Flamboyant, Parque Botafogo e o Lago das Rosas.

No início o serviço contava com 10 (dez) PPMM, algum tempo depois chegou a um total de 36 (trinta e seis) PPMM, que eram escalados em seu horário de folga e recebiam uma gratificação paga pela Prefeitura de Goiânia. A escala do

policiamento ciclístico era de 06 (seis) horas, em dias alternados. No ano de 2009, com a posse do novo prefeito na época, houve o

cancelamento de todos os convênios realizados pela prefeitura, inclusive o com a Polícia Militar, pondo fim ao policiamento ciclístico na época. Contudo, no dia 30/01/2014, foi relançada esta modalidade de

policiamento pelo Capitão PM Alan Pereira Cardoso, Comandante da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar, o qual foi um dos responsáveis pelo policiamento

ciclístico na época do 1º BPM. A meta consistia em utilizar o policiamento no Parque Sulivan Silvestre (Vaca Brava) e na ciclovia da avenida T-63 (desde o Setor Jardim América até a Praça Nova Suíça), estendendo a um raio de aproximadamente

2.000 (dois mil) metros destes locais.

4.6. Com emprego de motocicletas de média e baixa cilindrada: O policiamento com emprego de motocicletas sempre esteve presente

nas atividades dos Batalhões de Trânsito e Rodoviário da PMGO, mas encontrou seu auge no programa Ronda de Quarteirão, que equipou a PMGO com novas motocicletas

e as usou numa modalidade diferente de policiamento comunitário, com o apoio do Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual – o SIMVE.

Nos dias de hoje temos o Ponta de Lança como equipe tática do BPMTran e o uso de motocicletas das mais variadas cilindradas nas Companhias de Policiamento Especializado estado afora.

4.7. Com emprego de motocicletas de alta cilindrada:

O Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) foi criado em setembro de 1998, pelo então Capitão Júlio César Motta Fernandes, que retornando do Chile e

Uruguai, por onde esteve em viagem de estudo por ocasião de Conclusão do seu Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), trouxe algumas ideias de policiamento

desenvolvido com motocicletas, realizado naqueles países. As ideias trazidas dos países vizinhos foram adaptadas, observando as

condições climáticas, a intensidade do fluxo de veículos e outras particularidades de

nossa capital e implementadas na nossa Sesquicentenária Corporação Anhanguerina. O GIRO foi criado para intensificar o combate a uma modalidade

delituosa que cresce exponencialmente na grande Goiânia há décadas, qual seja, os crimes praticados por indivíduos que utilizam motocicletas como meio de fuga, aproveitando-se do trânsito caótico de regiões comerciais e centrais da cidade, bem

como da dificuldade do deslocamento das viaturas. Em contrapartida, as equipes do GIRO possuem como principal característica a facilidade de deslocamento.

Seus integrantes passam por rigoroso treinamento de táticas e técnicas policiais, no intuito de desenvolver a pilotagem rápida e arrojada, sendo preparados

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para deslocamentos nos mais variados tipos de terreno, e sob quaisquer condições

climáticas. Inicialmente as equipes do GIRO atuavam com motocicletas XT 600 cilindradas, hoje trabalham com potentes motocicletas XT 660 cilindradas, utilizam

pistolas calibre .40 mm de porte e uma carabina Bushmaster 5,56 mm. Todos da equipe utilizam coletes antibalístico e outros equipamentos de proteção individual e

rádios individuais. Uma equipe de Giro é composta de cinco policiais militares, os quais

atuam em quatro motocicletas, sendo um garupa, todos possuem funções doutrinárias

bem definidas. O GIRO nasceu dentro do BPMChoque, como 3ª Companhia do Batalhão,

onde permaneceu por doze anos. Foi Companhia Independente e atualmente possui a estrutura de um Batalhão, integrado ao Comando de Missões Especiais, chamado de Grupamento de Intervenção Rápida e Ostensiva.

Via de regra, o policial militar interessado em se tornar um Cavaleiro de Aço deve concluir, com sucesso, algum curso na área de pilotagem de motocicletas de

alta cilindrada, como, por exemplo, o CIRO, ou similar em forças coirmãs.

4.8 Com emprego de aeronaves:

No ano de 1980, o Governo do Estado de Goiás adquiriu para a Polícia

Militar do Estado de Goiás um helicóptero Helibrás Esquilo, montado no Brasil, na cidade de Itajubá, Minas Gerais, mas com tecnologia francesa, o qual foi entregue em

1981. Como não havia sido estruturado nenhum serviço de radiopatrulha aérea na Corporação, o helicóptero acabou sendo entregue aos cuidados do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (SAEG), para sua guarda e manutenção.

Com o passar do tempo a aeronave foi tendo sua utilização incorporada às atividades daquele órgão, desvirtuando, portanto, sua finalidade de servir a

segurança pública. Assim, durante aproximadamente sete anos, nada havia sido implantado quando foi designado pelo Comando da Corporação o Tenente Coronel PM Djair Bonfim de Melo, chefe da 2ª Seção do EMG, assessorado pelo piloto civil Roni

Piagetti Souto, para orientarem os trabalhos de implantação de um Serviço de Radiopatrulha Aérea.

A partir de então, foi construído e homologado o primeiro heliporto do Estado de Goiás, localizado no 1º BPM (Batalhão Anhanguera), ocasião em que o helicóptero foi devolvido à Corporação, no papel, pois estava sendo recuperado e

revisado em São Paulo, em razão de ter ficado inoperante por quase um ano no SAEG.

Foi montado um programa de instrução que foi preparado e aplicado a uma equipe operacional da PM/2 de pronta reação. Neste ínterim, também foi efetivado um acordo operacional entre a PMGO e o Serviço Regional de Proteção ao

Voo (SRPV/DF), órgão do Ministério da Aeronáutica, com a finalidade de propiciar a cobertura legal às operações aéreas da PMGO.

Finalmente, em 14 de setembro de 1988, a aeronave foi recebida pela Corporação em condições operacionais. A primeira missão ocorreu em 16 de setembro de 1988, em apoio ao Corpo de Bombeiros no combate a um incêndio florestal,

ocorrido na reserva do Parque Ecológico de Goiânia. A partir do ano de 1989, foi implantada a base operacional, com a construção do hangar junto ao heliporto,

estabelecendo-se uma condição operacional de caráter constante. Em 30 de agosto de 1989, com a criação da Companhia Independente de Operações Especiais (COE), o GRAer foi encampado por esta unidade, passando a

constituir o 4º Pelotão. Já em 17 de outubro de 1990, com a transformação da CIOE em Batalhão de Polícia Militar de Choque (BPMChoque), o GRAer passou a ser o 4º

Pelotão da lª Cia, para posteriormente, em 18 de outubro de 1991, ser ativado como

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a 2ª Cia do BPMChoque, pela Portaria nº 693-PMG0/023-PM/1, comandada pelo então

Capitão PM Jorge Alves Sobrinho, primeiro oficial da corporação a qualificar-se na Força Aérea Brasileira (FAB) como piloto de helicóptero, tendo como auxiliar o 2º Sgt PM Edgard Martin de Oliveira, primeiro mecânico de helicóptero da Corporação.

O período de 1991 a 1994 referencia o marco de formação de pessoal próprio para as operações do GRAer, sendo a primeira missão executada por uma

equipe de radiopatrulha aérea constituída por uma tripulação só de policiais militares: Capitão PM Jorge Sobrinho (Comandante), Tenente PM Jovânio (Operações), Subtenente PM Edgard (mecânico) e o Soldado PM Wellington (tripulante), esta

operação ocorreu em 8 de novembro de 1994, em apoio ao policiamento ostensivo geral.

No ano de 1997, o Major PM Jairo Alves do Nascimento qualificou-se como piloto de helicóptero. O Governador do Estado, Maguito Vilela, autorizou a compra de mais uma unidade, o AS 355 N biturbina para a PMGO, entregue em 1998,

data em que ficou ligado diretamente ao Comandante do BPMChoque. O Ofício nº 500, de 8 de junho de 1998, do Gabinete do Governador, autoriza o Coronel BMDF RR

Paulo Sérgio Ramos a prestar serviço ao GRAer como piloto de helicóptero, em apoio a novos pilotos em formação.

A Portaria n°. 0476/98-PM, de 8 de setembro de 1998, tornou o Grupo de Radiopatrulha Aérea, administrativa e financeiramente autônomo, passando a partir de então a compor a estrutura orgânica da Polícia Militar de Goiás, subordinado

ao Gabinete do Comandante Geral para todos os fins. O GRAer hoje está subordinado ao CME da PMGO. O helicóptero,

caracterizado como policial militar por suas cores e inscrições, empregado isoladamente em patrulhamento preventivo, atua como unidade de dissuasão de ilícitos, reforçando a presença da Polícia Militar em sua missão básica, a prevenção,

nas vias principais de trânsito urbano e rodoviário, em lagos e rios, em parques, florestas e matas, onde haja risco de incêndios e de outros problemas ecológicos, em

zonas industriais, refinarias ou depósito de petróleo; na observação e localização de pistas de pouso clandestinas, na cobertura ao transporte de numerários, na escolta de dignitários e na execução de fotografias aéreas.

Em apoio ao policiamento ostensivo geral, atua essencialmente como plataforma de observação, ou unidade de transporte rápido em averiguações policiais

em andamento, em acompanhamentos a veículos, em ocorrências policiais envolvendo reféns, em grandes operações policiais, na remoção de feridos, no salvamento e resgate, entre outras.

À medida que os criminosos evoluem e sofisticam a sua atuação delituosa, é preciso que a sociedade, através do Estado, se aperfeiçoe também,

instrumentalizando sua Polícia e modernizando seus métodos de prevenção e os meios de repressão. O helicóptero representa um recurso de inegável valor e com amplas possibilidades de emprego operacional em ações e atos ou sinistros que alterem a

ordem pública. Hoje a PMGO conta com aproximadamente 15 Oficiais da ativa

habilitados na pilotagem das aeronaves e várias praças formadas para tripularem o veículo, cursados aqui, nas três edições que tivemos do COA e em outras corporações (formação indispensável para o tripulante da aeronave).

4.9 Com emprego de cães

Criado em meados de 1971 pelo então 1º Tenente Wilson Mendes Pereira (in memoriam), inicialmente com um pelotão pertencente a 1ª Companhia do 1º BPM

(Batalhão Anhanguera), no setor Pedro Ludovico em Goiânia, com o propósito de apoiar os diversos serviços prestados pela Polícia Militar à comunidade goianiense, o

canil da PMGO, hoje Companhia de Operações com Cães, pertencente ao BPMChoque,

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desde aquela época, vem mantendo em seu plantel canino, cães de raça Pastor

Alemão, Dobermann, Rottweiler e Retriever do Labrador que são percussores dos canis de todo o mundo. Desde sua criação, a atividade de policiamento ostensivo preventivo e

controle de distúrbios civis com cães vem sendo realizada com sucesso, assim como as atividades de relações públicas, que são, nos dias de hoje, um dos principais papéis

desempenhado pelo canil. A busca incessante de melhorias nas instalações e no plantel são marcos da atual administração, o que já se pode observar pela inclusão de novas raças, pelo

que podemos destacar o Pastor Belga Malinois, um cão versátil e excelente no trabalho de ataque e defesa, também podendo ser utilizado no trabalho de faro.

A COC (Companhia de Operações com Cães) vem logrando êxitos nas mais diversas operações e é solicitada para diversos eventos, tanto operacionais quanto de demonstrações.

Ao longo dessas décadas, o curso foi atualizado em sua carga horária e destinação, passando a se chamar COCEP – Curso de Operações Com Emprego de

Cães, tendo formado uma nova turma em 2013.

4.10 Policiamento de rádio patrulhamento motorizado

O rádio patrulhamento é uma das modalidades de policiamento que se

define em uma atividade ostensiva realizada por um conjunto de homens e materiais, empregados de forma técnica, tática e operacional, em permanente contato com uma

Central de Operações que exerce a sua coordenação e controle. Sua primeira citação nos históricos da Polícia Militar é com a criação do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário (BPMRv) que teve seu início com a necessidade

de segurança e comodidade dos usuários das rodovias goianas. O COPOM é o canal de comunicação, responsável por estabelecer o elo

entre o cidadão que solicita a prestação de serviço em tese de atribuição da polícia militar, principalmente no atendimento a ocorrência via serviço de rádio patrulha. Os primeiros registros da comunicação policial, nos moldes do COPOM em

Goiás, ocorreram na Companhia de Rádio Patrulha na década de 70, instalada na Rua 4, Setor Central da Capital, local onde foram erguidas as instalações do Centro de

Convenções de Goiânia. No ano de 1976, buscando aprimoramento e eficácia no atendimento ao público externo, teve suas instalações transferidas para o prédio do Quartel da

Ajudância Geral, localizada na Av. Contorno nº 879, Setor Central, permanecendo nesse local até julho de 2006, quando fora novamente transferido para o Centro

Integrado de Atendimento a Emergências – CIAE, situado no Setor Norte Ferroviário de Goiânia. O COPOM, durante muito tempo, foi relegado ao segundo plano pela

administração estadual. Hoje, temos unidades com uma estrutura melhor, conquista obtida primeiramente com a inauguração do CIAE na estrutura da Secretaria da

Segurança Pública de Goiás. No ano de 2001, visando aprimoramento e eficácia das chamadas via 190 e ainda a descentralização do serviço para melhor atender a população em Aparecida

de Goiânia/GO, foi criado e instalado, com os poucos recursos existentes, ainda em fase embrionária, o COPOM na cidade de Aparecida de Goiânia/GO, instalado na sede

do 8º BPM, Unidade sob o Comando do Major PM Silvio Benedito Alves, que coordenou sua criação, instalação e manutenção. No final do ano de 2004, o COPOM de Aparecida de Goiânia/GO foi

transferido para sua atual sede, no Setor Buriti Sereno Garden, utilizando do Sistema Integrado de Atendimento a Emergência – SIAE, para geração, registro, empenho de

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recursos e a contabilização dos atendimentos. O COPOM do 2º CRPM (46ª CIPM) foi

ativado em 2001, assumindo a posição de CIPM em 2013. Já o COPOM Anápolis foi ativado em 1994, na sede do Comando Regional e teve suas instalações reformadas e adaptadas em 2013. Atualmente coordena o

serviço de rádio patrulhamento e emprego nos municípios de Anápolis, Terezópolis, Goianápolis e distritos de Anápolis.

Em 2008 foi a vez do Entorno Sul (5° CRPM) ganhar um COPOM integrado para coordenar o rádio patrulhamento motorizado nas cidades de Luziânia (Jardim Ingá), Valparaíso, Cidade Ocidental, Novo Gama e Cristalina, instalado e

ativado no CIOPS do Jardim Ingá, bairro de Luziânia. Praticamente toda UPM que não possui integração a um COPOM regional

possui efetivo policial militar destinado à função “dia-ao-rádio”, militar responsável por atender as solicitações feitas via 190 e empenhar as viaturas no atendimento às ocorrências policiais militares.

4.11 Policiamento de trânsito urbano e rodoviário

O primeiro policiamento em rodovia estadual foi desenvolvido pela Polícia

Militar no ano de 1964, durante a Festa de Trindade, por um pelotão do 1º BPM, na rodovia GO-060, no trecho Goiânia – Trindade. O referido Policiamento teve apoio do Departamento de Estradas e Rodagens de Goiás (DER-GO) com alimentação, viatura e

combustível. O êxito do Policiamento despertou a ideia de se criar um segmento

Policial Militar em convênio com o DER-GO. A primeira medida foi enviar para fazer curso de especialização em Policiamento Rodoviário, na Polícia Militar Rodoviária de São Paulo, o 2º Tenente PM José Chaves de Matos, que foi o primeiro comandante da

recém-criada Companhia Rodoviária do 1º BPM. Em 1961 foi criada a primeira Ala de Policiamento Rodoviário.

O Decreto-lei nº 43, de 06 de março de 1968, criou o 4º BPM, oficializou e estruturou o Policiamento de trânsito urbano e rodoviário, tornando real o sonho iniciado em 1964, na rodovia GO-060 de Goiânia- Trindade. O Departamento de

Estradas e Rodagens de Goiás (DER-GO) doou uma área para sediar o 4º BPM, no setor Santa Genoveva, em Goiânia, onde funciona hoje o BPMTran.

A Constituição Estadual de 1989 já traz em seu bojo, especificamente no seu art. 124, parágrafo único a previsão legal de uma unidade específica para policiamento em rodovias e outra em trânsito, dentre outras previsões.

O crescimento constante do Estado e, consequentemente, da Polícia Militar, ainda a exigência cada vez maior de policiais nas rodovias goianas fizeram

com que, em 24 de julho de 1979, fosse criado o BPMTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), transferindo-se a denominação de 4º BPM para Anápolis. Fala-se que na verdade não foi criado um Batalhão, mas sim uma

pequena companhia e que, somente com o advento da Constituição Estadual de 1989, ativado pela Portaria nº 357/PM-1 do Boletim Geral nº 126 de 06 de julho de 1990, o

Batalhão Policial Militar de Trânsito (BPMTRAN) foi criado tendo como 1º Comandante o Tenente-Coronel PM José Ribeiro da Silva. O Batalhão de Polícia Militar de Trânsito ficou então encarregado do

Policiamento rodoviário e do trânsito urbano. Em abril de 1982 foi criada a Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviária (CIPMRV), também funcionando nas

instalações cedidas para seu funcionamento desde sua criação. O Decreto-Lei nº 23.928, de 10 de maio de 1988, ativado pela Portarianº 092/PM-1, de 01 de março de 1990, cria o Batalhão da Polícia Militar Rodoviário

(BPMRv), ratificado pelo art. 124, parágrafo único da Constituição Estadual e é promovido a Comando de Policiamento Rodoviário com a promulgação da Lei Estadual

nº 17.091, de 02 de julho de 2010.

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Hoje o policiamento rodoviário é representado pelo Comando de

Policiamento Rodoviário, composto por 05 Batalhões, sendo um deles o COD (Batalhão de Polícia Militar de Operações de Divisas) e 02 Companhias Independentes, cuidando de 217 Rodovias que se estendem por quase 20.738 Km com 34 (trinta e

quatro) postos ao longo das mesmas. Ao longo dos anos a tropa motorizada passou por diversas mudanças nos

modelos de veículos, tivemos desde jipes e fuscas até os Pálios que iniciaram a era das viaturas locadas pela PMGO, no ano de 2009, passando em 2012 para o modelo Gol (5ª geração) onde metade da frota adquirida tem motor 1.6.

Antes disso, no ano de 2005, em virtude da parceira firmada entre PMGO e AGETOP tivemos o emprego de viaturas locadas (VW Parati) pela Agência Goiana de

Transportes e Obras Públicas e disponibilizada para o então BPMRv (invólucro do que viria a se tornar o CPE / CPRv, já em 2010). Via de regra, o policial militar interessado em atuar nas rodovias

estaduais deve demonstrar, no mínimo, afinidade com o CTB e concluir, com sucesso, algum curso na área, como, por exemplo, o CCOD ou CPR.

4.12 Policiamento ambiental

A participação da Polícia Militar do Estado de Goiás na proteção ambiental é relativamente recente. O que a fez envolver-se nessa atividade foi o trágico

acidente ocorrido em Goiânia em 1987 com uma cápsula de césio 137. Ocorrido o acidente, a Polícia Militar direcionou um grupo de policiais e

bombeiros militares para efetuar o isolamento das áreas afetadas. Depois, com a criação do Depósito de Rejeitos Radioativos – DRR – provisoriamente criado no município de Abadia de Goiás, foi também criada na estrutura da Polícia Militar a

Companhia Independente de Policiamento Especial – CIPOLES – com o fim único de realizar a vigilância do DRR.

Em 1990, a CIPOLES foi transformada no Batalhão de Polícia Militar Florestal por força do Decreto 3.441, assinado pelo Governador do Estado na data de 05 de junho. Na estruturação do Batalhão, manteve-se uma Companhia encarregada

de fazer a segurança do DRR e duas outras Companhias foram criadas para realizar a proteção ambiental no Estado de Goiás.

Em 2003, acompanhando reforma administrativa iniciada pelo Governo do Estado em 1999, o Batalhão de Polícia Militar Florestal teve sua denominação alterada para Batalhão de Polícia Militar Ambiental.

A partir da constatação da gravidade do evento, a Polícia Militar foi chamada a fazer o isolamento dos locais que foram identificados pelos técnicos da

CNEN como áreas de risco. A participação da PM deu-se com o envio de tropa composta tanto por bombeiros quanto por policiais militares. Essa participação foi efetiva e iniciou-se no dia 29 de setembro,

consistindo no isolamento e proteção das áreas afetadas, depois, na escolta dos rejeitos até o depósito provisório em Abadia de Goiás e na vigilância e proteção do

Depósito de Rejeitos Radioativos. Devido ao desconhecimento sobre o assunto e aos fortes boatos que surgiram em torno do ocorrido, era natural uma certa resistência dos servidores em

atuar no recém criado “lixão”. A solução encontrada pelo Comando da Corporação à época foi a criação de uma Companhia Independente, com a missão única de realizar

a vigilância e proteção do DRR. Assim, surge a CIPOLES – Companhia Independente de Policiamento Especial e Controle Ambiental – por força de Decreto do Governo do Estado nº 2.846

de 19 de outubro de 1987, como medida criada para atrair efetivo foi estabelecida por força de Lei uma gratificação de 40% (quarenta por cento) do salário bruto do policial

militar que servisse na Companhia.

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A CIPOLES foi instalada a princípio no prédio do Centro Administrativo, à

Rua 82, Centro, com um efetivo inicial de cento e seis Policiais Militares, entre Oficiais e Praças e por força da Portaria nº 560/87, foi designado como primeiro comandante o Major PM Luiz Carlos Machado.

O Constituinte Goiano reservou ao meio ambiente um tratamento de destaque. Interessa-nos especialmente ressaltar que a Constituição Goiana de 1989,

em seu Art. 124 Parágrafo Único, determina a criação de uma unidade na estrutura da Polícia Militar especializada em policiamento florestal. O Decreto nº 3.441 de 05 de junho de 1990 criou o Batalhão de Polícia Militar Florestal que foi oficialmente

instalado na data de 28 de julho de 1990, abrangendo as atribuições da CIPOLES e ficando responsável ainda pelo policiamento florestal e de mananciais no Estado.

Por mais de dez anos o Batalhão Florestal logrou fazer a defesa do meio ambiente goiano e para o bom desempenho de sua missão, sempre contou com importantes parcerias feitas com vários órgãos governamentais e com segmentos

organizados da sociedade, como: IBAMA, Ministério Público, Agência Goiana do Meio Ambiente, SEMARH, DEMA, Universidade Federal de Goiás, Universidade Católica de

Goiás, TURVALE, Fundação Pró-Cerrado, Fundação Aroeira, Anjos Verdes, entre outros.

Com o incremento da legislação ambiental e a consequente especialização dos Oficiais e Praças, um processo de autocrítica foi iniciado sobre a adequação da denominação “Batalhão Florestal” que é um termo restritivo,

propiciador inclusive de argumentações por parte de advogados que na defesa de seus clientes, alegavam não poder a OPM confeccionar multas que não fossem sobre a

flora. Neste aspecto, um arrazoado foi apresentado ao Secretário de Segurança Pública e Justiça, Prof. Jônathas Silva que incontinenti, fez publicar a Portaria nº

073/2003-SSPJ datada de 26 de fevereiro de 2003, mudando a denominação do Batalhão Florestal para Batalhão de Polícia Militar Ambiental. Isso possibilitou maior

garantia no desempenho das atribuições da Unidade, principalmente daquelas relacionadas à pesca, fauna, degradação e poluição. O BPM Ambiental tinha atribuição em todo o território goiano e estava

estruturado em Companhias, Pelotões e em GPMs (Grupos Policiais Militares), mas era subordinado, na condição de Batalhão, ao 2º CRPM.

Considerando a extensão do Estado de Goiás e a necessidade de se intensificar os procedimentos táticos operacionais a serem desenvolvidos pelos policiais militares na modalidade de policiamento ambiental, ainda buscar maior

eficiência dos serviços prestados à população no que diz respeito à defesa do meio ambiente relativa à fauna e à flora, é que se resolveu criar através da Lei nº 17.091

de 02 de julho de 2010, o 16º CRPM – Comando de Policiamento Ambiental. O referido Comando foi ativado e instalado com sede no município de Abadia de Goiás através da Portaria nº 982 de 11 de novembro de 2010, tornando-se

o responsável pelo planejamento das atividades em defesa do meio ambiente no Estado de Goiás.

Possui como Unidades subordinadas e executoras o 1º Batalhão PM Ambiental – sediado em Abadia de Goiás, 1ª CIPMA com sede em Aruanã e a 2ª CIPMAno município de Uruaçu-GO.

O 1º Batalhão PM Ambiental possui em sua estrutura quatro Companhias, sendo:

A 1ª Cia/Operacional responsável pela área de Goiânia e seu entorno até 100km, na Mesorregião Centro-Oeste. A 2ª Cia/Operacional responsável pela Mesorregião Sudeste.

A 3ª Cia/Operacional responsável pela Mesorregião Sul. A 4ª Cia/Operacional responsável pela Mesorregião Nordeste.

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O Núcleo de Educação Ambiental – NEA, atuando na área específica,

feiras, eventos e afins. Via regra, o policial militar interessado em atuar no policiamento ambiental deve possuir afinidade com a atividade e concluir, com sucesso, algum

curso na área, como, por exemplo, o CPA.

4.13 Operações de choque e controle de distúrbios civis:

Na década de 70 tínhamos uma Companhia de combate a distúrbios civis

chamada CPCHOQUE, Companhia Incorporada ao 1º BPM. Em 30 de agosto de 1989, essa Companhia tornou-se independente, sendo criada a 3ª CIPM (COE), que na

época contava com um efetivo previsto de 420 PPMM. Nos anos 80, foi criada a ROTAM, que teve por seu primeiro Comandante o Tenente-Coronel PM Antônio Marmo, contava com um Pelotão GAS (Grupo Antissequestro), um Pelotão Canil e um

Pelotão SAPM (Serviço Aéreo PM), hoje GRAer (Grupo de Radiopatrulha Aérea), ficando a Companhia subordinada diretamente ao CPM, que depois se tornou CPC.

Considerando que a problemática de combate a assaltos, sequestros e outros de competência da Corporação exigiam especialização e aperfeiçoamento do

homem, no dia 30 de julho de 1990, o Decreto Estadual nº 3483, aprovou o novo QOD da PMGO, criando então o Batalhão de Polícia Militar de Choque, no Comando do Coronel PM Luiz Carlos Valadares Veras, tendo como primeiro Comandante o Major PM

Alquino Gomes da Silva. Na década de 90, o Batalhão de Choque, localizado no Setor Marista, em

Goiânia, era estruturado em três Companhias, num total de 272 PPMM, sendo a 1ª Cia - ROTAM (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), a 2ª Cia - COE (Companhia de Operações Especiais), que contavam com o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais),

e a 3ª Cia - GRAer e o Canil. A CPChoque, subunidade embrião do BPMChoque, tem como missão

primária atuar em conflitos urbanos ou rurais no Estado de Goiás, visando possíveis atuações como: controle de distúrbios civis; operações de choque em ambientes prisionais; policiamento de praças desportivas; reintegração de posse em ambientes

urbano e rural; escoltas especiais e patrulhamento tático de recobrimento às demais Unidades da Capital. Seus membros são selecionados através dos Cursos de

Operações de Choque – COC, Patrulhamento Tático – CPT . Sem sombra de dúvida a CPChoque constitui-se numa das Subunidades de Operações de Choque mais eficientes do País na atualidade, com inúmeras

operações desencadeadas com absoluto sucesso no restabelecimento e preservação da ordem pública.

Com o emprego de táticas especiais e técnicas menos que letais, age com rigorosa observância aos preceitos doutrinários e legais para a contenção de Distúrbios Civis, respeitando as garantias e direitos individuais e, sobretudo, aplicando

a lei na proteção da incolumidade física e patrimonial do cidadão de bem. Quanto à operacionalidade, a missão principal do BPMChoque é estar em

permanentes condições de adestramento para atuar preventivamente e/ou repressivamente, isolado ou em conjunto com outras forças legais em áreas onde ocorra ou haja iminência de perturbação da ordem. São de sua competência específica

ações nas operações de controle de distúrbios civis, contraguerrilha urbana e rural, ocupação, defesa e/ou retomada de pontos sensíveis.

A atividade especializada do BPMChoque é uma modalidade especial e perigosa de policiamento, o que requer uma especialização diferenciada e constante treinamento e aperfeiçoamento para que o nosso PM possa agir com segurança e

energia, sempre dentro dos preceitos da moral e da legalidade. Para tanto, a instrução é a melhor maneira de manter o Policial Militar esclarecido, bem orientado e

seguro em suas ações de Polícia.

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Vejamos alguns dos trabalhos do BPMChoque: educação física

(diariamente), tiro policial (atividade realizada dentro da realidade da nossa Corporação, porém da forma mais próxima da realidade da rua) e palestras (sobre temas variados).

O Batalhão é hoje um dos segmentos mais especializados da Polícia Militar, usando equipamentos de última geração, procurando a cada dia, animar uma

reserva estratégica dos comandantes e chefes, acionada em crises e em eventos extraordinários, com a competência que se destaca nas fardas e boinas pretas, com espírito de destemor que é o orgulho do Batalhão e com a certeza de um bom serviço

prestado à sociedade. Via de regra, o policial militar interessado em compor as fileiras do

Batalhão de Choque deve concluir, com sucesso, algum curso na área, como, por exemplo, o COC, COCEP, Operador Químico.

4.14 Operações Policiais Especiais:

As atividades de Operações Especiais no Brasil iniciaram-se, especialmente, baseadas em ações desenvolvidas pelo Exército no decorrer da

primeira metade do século XX. Observou-se que, após um estudo aprofundado, a necessidade de emprego deste tipo de atividade dentro das Polícias Militares do País era uma situação indispensável, pois o crescimento e aprimoramento das ações

criminosas se tornavam a cada dia mais elaboradas e complexas em seu combate. Na PMGO, no início da década de 1990, o Batalhão de Choque era

formado por três Companhias, dentre elas a 2ª Cia (Companhia de Operações Especiais - COE), a qual contava com um reduzido efetivo de policiais com a função de executar ações ligadas às atividades de Operações Especiais.

No ano de 1994 o Coronel PM Colemar Elias Campos e o Capitão PM Jorge Renato da Costa Azeredo e os então Oficiais Subalternos desta Corporação,

sendo, à época, o 1º Ten PM Célio Pereira Bueno, 1º Tenente PM Rodrigo Victor da Paixão e 1º Ten PM César Valente, realizaram uma viagem de estudo ao município de Curitiba, no Paraná, com o escopo de se inteirar das atividades de Operações

Especiais na Polícia Militar daquele estado para um desenvolvimento destas ações no estado de Goiás e a utilização de novas técnicas no combate à criminalidade.

Vale ressaltar que a Polícia Militar do Estado do Paraná foi uma das pioneiras na execução destas atividades no Brasil. Assim, após conhecimento da realização de um Curso de Operações Especiais na Corporação paranaense, a PMGO

solicitou o quantitativo de 03 vagas àquela Instituição, que atendeu prontamente. Após uma rigorosa seleção, as vagas foram preenchidas pelos supramencionados

Oficiais Subalternos. Durante os meses de agosto a dezembro de 1994, os Oficiais Subalternos destacados, realizaram e concluíram com êxito o Curso de Operações Especiais

promovido pela Corporação paranaense, tornando-se os primeiros policiais militares goianos a serem possuidores do Curso em destaque na sua forma regular, além de

serem também os primeiros oficiais policiais militares no Brasil a alcançarem tal feito. Tendo seu começo doutrinário em 2004, no ano posterior a este (2005), dá-se início, dentro da 2ª Companhia do Batalhão de Choque(COE), o planejamento e

condução do 1º Curso de Operações Especiais, embrião da profissionalização deste segmento em Goiás, coordenado e elaborado pelos Oficiais possuidores do curso

regular de Operações Especiais elencados acima. Foram destacados 15 policiais militares pertencentes ao GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), os quais possuíam vasta experiência no desenvolvimento desta atividade. Apesar das grandes

dificuldades, tais policiais militares se tornaram os possuidores do 1º Curso de Operações Especiais realizado pela PMGO.

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Como representação do Grupo, foi designada a inscrição “De Opresso

Liber” mais tarde substituída pela inscrição “Satis Verborem”, indicando que o Grupo entrava em ação quando o diálogo cessava. Apesar das intempéries enfrentadas e estruturas utilizadas consideradas

rudimentares para a década do ano 2000, a atividade de Operações Especiais em Goiás conseguiu um pleno desenvolvimento e continuidade em suas precípuas

atribuições, tendo, atualmente, uma estrutura logística capaz de executar com plenitude as atividades inerentes a este grupamento. No ano de 2013 a Companhia de Operações Especiais, antes integrada ao

Batalhão de Choque, se torna independente, denominando-se Companhia Independente de Operações Especiais.

As atribuições de Operações Especiais em Goiás destacam-se pelo combate ao crime organizado, mais especificamente nas atividades de Gerenciamento de Crises (negociadores), explosivistas (ocorrências envolvendo artefatos explosivos)

e ações do Grupo Tático (sequestros, roubos a instituições financeiras com reféns). O 35º BPM – Batalhão de Operações Policiais Especiais foi ativado em

dezembro de 2014 e possui 3 companhias em sua estrutura: 1ª – COE (Operações Especiais); 2ª CAP (Atiradores de Precisão); e 3ª CAB (Esquadrão Anti-bombas). Para

ingressar nas fileiras dessa unidade o policial militar deve concluir com êxito o Curso de Operações Especiais (normalmente batizado de COEsp) na PMGO ou em instituição co-irmã (seja FFAA ou Estadual), nesse segundo caso passando por um curso de

nivelamento.

4.15 Patrulhamento tático ou pronta reação

No ano de 1981, devido às necessidades que a época exigia, foi

anunciada na Unidade do 1º Batalhão da Polícia Militar, mais precisamente na Companhia de Policiamento de Choque – CPCHOQUE, a criação da Ronda Ostensiva

Tática Metropolitana – ROTAM, fundando-se então o 1º Pelotão desta especializada, tendo sua origem no espaço reservado da 2ª Seção do Estado Maior Geral – PM/2, situado no Quartel da Ajudância Geral – QAG, sendo designado como primeiro

Comandante o 1º Tenente PM Antônio Marmo. Em meados de 1985 o Comandante Geral da Polícia Militar determina que

Policiais Militares pertencentes ao pelotão de ROTAM realizem uma visita técnica à cidade de São Paulo – SP, mais precisamente no Batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar – ROTA, sendo implantado desta forma a nomenclatura “ROTAM

Comando”, que seria a caracterização do oficial comandante do serviço operacional ostensivo do pelotão de ROTAM.

Em 1988, a Companhia de Choque do 1º Batalhão consegue sua independência passando a ser denominada de Companhia Independente de Operações Especiais – CIOE, sendo a ROTAM o primeiro pelotão desta recém-criada Companhia.

Posteriormente, no ano de 1991, a CIOE é transformada em Batalhão de Choque, e o 1º Pelotão de ROTAM passa a ser a 1ª Companhia de ROTAM.

Em razão da busca pelos conhecimentos doutrinários, em 1996 um grupo de Policiais Militares lotados na Companhia de ROTAM foi novamente à ROTA de São Paulo – SP, sendo esta doutrina posta em prática no ano de 1999 no Estado de Goiás.

A referida doutrina de ROTAM é aprovada e publicada pelo Comandante Geral no ano de 2002, e no corrente ano a 1º Companhia de ROTAM do BPMCHOQUE

ganha sua independência, passando a ser chamada de 9ª CIPM/ROTAM. Também no mesmo ano fora realizado o primeiro Curso Operacional de ROTAM – COR. Na data de 05 de outubro do ano de 2007 a 9ª CIPM/ROTAM foi

reestruturada, passando a ser denominado Batalhão de ROTAM. A conclusão do 16º Curso de Operações de ROTAM foi o marco inicial das

atividades da 4ª Companhia Destacada que desenvolve suas atividades no Entorno

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Sul do Distrito Federal. A iniciativa nasceu anos atrás quando o Comando do 20º BPM

criou a Força Tática do 5º CRPM, com a proposta de reunir os Grupos de Patrulhamento Tático da Região. Em 2008 o Comando da Corporação entendeu ser melhor desativar a Força Tática e ativar a 33ª CIPM (Companhia de Choque),

mantendo em suspensão o atendimento a um antigo anseio da população da área, qual seja pela atuação da ROTAM naquela região.

Em outros municípios temos o patrulhamento tático sendo exercido de três formas: I) Grupos de Patrulhamento Tático; II) Companhias de Patrulhamento Tático; III) Companhias (Independentes) de Policiamento Especializado.

Tecnicamente, a diferença entre as três composições está na estrutura da unidade (efetivo e recursos materiais).

Via de regra, o policial militar candidato a ingressar em qualquer dessas unidades precisa concluir com sucesso um curso de atividade especializada (COR, CPT, CIRO e afins).

4.16 O Policiamento Comunitário

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) há algum tempo percebeu

que apenas exercer sua função constitucional não estava bastando para coibir o alto índice de criminalidade que assola as cidades goianas, dessa forma, foi desenvolvido (com base em modelos como o do Japão e Inglaterra) em parceria com outros órgãos

da Secretaria de Segurança Pública (SSP) o projeto de Polícia Comunitária. Ao longo dos últimos anos a preocupação da sociedade com as questões

relacionadas à segurança pública tem sido cada vez maior. As discussões sobre segurança pública nunca estiveram tão em evidência como hoje. O que antes era uma questão preocupante apenas nas grandes metrópoles brasileiras passou a fazer parte

do nosso cotidiano. Hoje, a PMGO age nas mais variadas frentes de atendimento e isso

facilitou a implantação da Polícia Comunitária, que se norteia pelas ideias de Trojanowicz & Bucqueroux. É importante salientar que, apesar de se basear na prevenção dos

delitos, o modelo de Polícia Comunitária não prescinde da reação imediata, posto que nem tudo pode ser prevenido. Investir apenas em prevenção, deixando de rever

também os procedimentos de restauração da ordem pública é uma estratégia inadequada, na medida em que, mesmo com um trabalho mais proativo da Polícia na prevenção, ainda ocorrerão casos emergenciais que necessitem da intervenção do

Estado, através da Polícia. Entretanto, é interessante que estes procedimentos reativos passem

também por uma revisão à luz dos princípios que regem a filosofia de Polícia Comunitária, a fim de minimizar o impacto negativo de uma ação policial repressiva, bem como para adequá-los às peculiaridades de cada comunidade, o que não foi tão

árduo colocar em prática em nossa cidade que desde então percebeu um declínio nos índices de criminalidade, principalmente nos de furto e depredações, que ocorriam

com grande frequência nas escolas públicas. Com todos estes fatos podemos perceber que a atual preocupação da SSP não está focada apenas no combate ao alto índice de Violência Urbana que assola

nosso Estado, este órgão também trabalha com a prevenção, através da implantação de projetos como este.

Em 2011 houve um grande avanço com a edição do POP 210 que incluiu na 3ª Edição do Manual de Procedimento Operacional Padrão como deveriam ser executadas as atividades de policiamento comunitário, conceituando atendimentos

proativos, preventivos e reativos, modelos de relatórios de visita comunitária e visita solidária.

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Atualmente, temos o CPCOM (Centro de Polícia Comunitária), que foi

ativado em 2013, visando concentrar e elaborar diretrizes institucionais de aplicação prática dos preceitos de Polícia Comunitária em todo o Estado de Goiás.

4.17 Fundação Tiradentes

O serviço de assistência social ao policial militar de Goiás foi criado no Comando do Cel. Ex Eurípedes Curvo, em 23 de março de 1966, através de uma Norma Geral de Ação, inicialmente composto por uma equipe de três membros,

chefiados pelo Cap PM Farmacêutico Zenon Sardinha de Oliveira. Em 1982, houve uma reestruturação no Centro de Assistência Social,

visando um melhor atendimento aos usuários, com os serviços de Assistentes Sociais e Psicólogos. Em 15 de julho de 2003, foi criada a Fundação Tiradentes, com a finalidade de prestar Assistência Social ao Policial Militar do Estado de Goiás.

A Fundação Tiradentes foi uma iniciativa do comandante geral da PMGO, Coronel PM Marciano Basílio de Queiroz, do Subcomandante Geral da PMGO, Coronel

PM Edson Costa Araújo e do Diretor de Assistência Social da PMGO, Coronel PM Elói Bezerra de Castro Neto, que convidaram todas as entidades representativas de classe

da Polícia Militar para serem os instituidores da Fundação Tiradentes. O estatuto da Fundação Tiradentes foi elaborado pelo Coronel Elói Bezerra de Castro Neto e registrado em cartório.

São instituidores da Fundação Tiradentes as seguintes entidades de classe: Associação dos Oficiais da PMGO – ASSOF, Associação de Cabos e Soldados da

PMGO – ACS, Associação dos Militares Inativos – AMIGO, Associação das Pensionistas – APPB, Associação dos Subtenentes e Sargentos da PMGO – ASSEGO e a Caixa Beneficente dos Servidores Militares de Goiás – CB.

Hoje são benefícios administrados pela Fundação Tiradentes: fardamento do Policial Militar, Fitness Center, assistência social, assistência médica, hospitalar,

odontológica e laboratorial, ajuda de custo de tratamento odontológico, assistência farmacêutica, exames complementares e guias de tratamento ambulatorial, ajuda de custo de óculos, aparelhos ortopédicos e auditivos, transporte em ambulâncias e

assistência de funeral.

4.18 PROERD

Em 1983, o Departamento de Polícia de Los Angeles – EUA, após a

realização de estudos acerca de dados estatísticos de ocorrências de uso e tráfico de drogas entre crianças e adolescentes daquela cidade, chegou à conclusão de que a

atividade repressiva da força policial não estava atingindo a eficiência esperada. A partir deste momento, o Departamento de Polícia, juntamente com o Distrito Escolar de Los Angeles, criou, sob a supervisão e coordenação da pedagoga Ruth Rich, o

DARE (Drugs Abuse Resistance Education), utilizando material didático adequado à realidade das crianças da faixa etária de 09 a 12 anos de idade.

Atualmente, 60 países do mundo aplicam o programa sob os mais variados nomes, todos baseados no modelo norte-americano, utilizando material didático com algumas modificações adaptadas à realidade dos diferentes países.

Anualmente são formadas cerca de 30 milhões de crianças em todo o mundo. O DARE chegou ao Brasil em 1992 no Estado do Rio de Janeiro, com o

nome PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência. No Estado de Goiás o Programa foi iniciado em 1998. O PROERD é um programa de caráter preventivo, sem fins lucrativos, religiosos ou políticos, voltado para crianças

do ensino fundamental e desenvolvido no Brasil pelas Polícias Militares. O programa consiste em 11 lições, com aulas uma vez por semana,

aplicadas ao longo do semestre letivo. As aulas são ministradas por policiais militares

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fardados e acompanhados pelos professores responsáveis pela turma. Atualmente o

PROERD é desenvolvido em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. O PROERD oferece uma variedade de atividades interativas e construtivas, que levam em consideração as experiências do cotidiano dos alunos e,

sobretudo, exploram suas potencialidades. As aulas são bastante dinâmicas, com a participação de grupos e aprendizado cooperativo, por meio de dramatizações e

estudos de casos. Vale ressaltar que o policial militar instrutor não tem sua atuação restrita apenas à sala de aula, prestando também segurança na escola onde leciona durante o

período de sua permanência. A atuação dos policiais do Programa representa uma modalidade de policiamento comunitário.

4.19 Colégios Militares

Desde o ano de 1976 o Colégio da PM já constava na estrutura organizacional da Polícia Militar, vez que naquela época houve uma modificação da

legislação da PM na estrutura dos seus quadros e constou a possibilidade da existência deste colégio conforme a Lei nº 8.125 de 18 de julho de 1976, que dispõe

sobre a Organização Básica da Polícia Militar no seu artigo 23, Inciso I, que cria o Colégio da Polícia Militar (CPM), isto se torna realidade a partir do dia 27 de julho de 1998, quando é designado o TC PM Carlos Felix do Nascimento para acumular funções

de Comandante da APM e Diretor do CPM e o CAP PM Geraldo de Castro para Secretário Geral, dando início ao processo de sua efetivação.

Para tal foi designada uma comissão para realizar estudos visando a efetivação do CPM composta pelo Tenente-Coronel PM Julio César Mota Fernandes e o Capitão PM Geraldo de Castro.

No dia 31 de julho de 1998, esta Comissão encaminhou à Secretaria da Educação e ao Conselho Estadual de Educação (CEE) o Processo nº 16207955,

solicitando a autorização de funcionamento de cursos de ensino fundamental e de cursos de ensino médio (não profissionalizante) e serem realizados no Colégio da Polícia Militar.

As instalações da Academia da Polícia Militar – APM, sediada no setor Universitário foram escolhidas provisoriamente para sediar a referida escola, sendo

vistoriada pelo Conselho Estadual de Educação que considerou as instalações adequadas. A Portaria nº 0604/98PM, de 19 de novembro de 1998, ativou o Colégio

da Polícia Militar de Goiás, dando início à estrutura para o seu funcionamento a partir de 1999.

A Portaria nº 0605/95/PM-GAB designa a partir de 1º de novembro de 1998, o Major PM Balthazar Donizete de Souza para função de Comandante e Diretor da primeira Unidade do Colégio da Polícia Militar. A partir desta data o Colégio da

PMGO passa a denominar-se Colégio da Polícia Militar de Goiás Cícero Bueno Brandão. No dia 30 de novembro de 1998 foi empossado o 1º Comandante e

Diretor do Colégio da Policia Militar de Goiás. No ano de 1999, a Polícia Militar de Goiás recebeu do Governo do Estado a Unidade Vasco dos Reis iniciando seus trabalhos com 440 alunos, sendo que esta

unidade foi integrada à Unidade Leste (APM) sob o Comando do então Tenente-Coronel Balthazar Donizete de Souza. No ano de 2003, houve o desmembramento

desta unidade, sendo que a partir de então, teve comando e direção própria. No ano de 2000 a Secretaria de Educação entregou à PMGO a direção do Colégio Estadual “Hugo de Carvalho Ramos”, com mais de 1700 alunos matriculados.

O CPMG Hugo de Carvalho Ramos (HCR) colocou à disposição da sociedade mais 455 vagas. O maior desafio do CPMG nesta época foi vencer a resistência de sindicalistas,

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Grêmio Estudantil, União Municipal de Estudantes Secundaristas, alunos, pais de

alunos, professores e funcionários administrativos. Passando por diversas transformações, não só no campo pedagógico, mas também no físico e estrutural, esta unidade escola ampliou e melhorou todo o

espaço físico para atender com uma melhor qualidade de ensino. Ainda no ano de 2000, na Região Noroeste de Goiânia, que era

considerada uma das mais violentas da capital, concentrava-se um acentuado registro de ocorrências policiais nas adjacências do CAIC (Centro Integral de Assistência à Criança e ao Adolescente), sendo que por um clamor da comunidade daquele setor,

foi autorizado pelo Governador Marconi Perillo a criação da Unidade Ayrton Senna. Com o clamor da sociedade itumbiarense aliado às vontades políticas

locais, o Governador do Estado de Goiás se sensibilizou, e pela Lei Estadual nº 14.050 de 21/12/2001, criou mais uma unidade escolar, que foi denominada de Colégio da Polícia Militar de Goiás, unidade Itumbiara.

O CPMG Itumbiara iniciou de fato e de direito as suas atividades pedagógicas absorvendo os alunos e professores da antiga Escola de 1º Grau

Comunitária que foi extinta no final do ano de 2001 para que se instalasse e ativasse em Itumbiara uma escola administrada pela Polícia Militar de Goiás, nos moldes das

demais sediadas em Goiânia-GO, sendo com isso aberto processo seletivo para o ingresso de novos alunos. Esta Unidade recebeu o nome de Dionária Rocha. Já na cidade de Rio Verde foi criadA mais uma unidade de ensino

administrada pela PMGO, a denominação desta homenageia postumamente Carlos Cunha Filho, figura proeminente da história do município, pai do prefeito municipal a

época Paulo Roberto Cunha, maior incentivador da instalação do CPMG em Rio Verde. Funcionando nas instalações do 2º BPM, devidamente reformadas e adequadas com recursos municipais – o CPMG Carlos Cunha Filho, foi inaugurado em 29 de janeiro de

2007, com 430 (quatrocentos e trinta) alunos matriculados. A sexta unidade do colégio da Polícia Militar de Goiás, denominada Dr.

Cézar Toledo, começou a funcionar em 2006, sendo esta instalada na promissora cidade de Anápolis, especificamente no Bairro Alexandrina. Foram sugeridas várias escolas para sediar a nova Unidade, mas a escolha foi o Colégio de Aplicação Dr.

Cézar Toledo com mais de 1700 alunos. O CPMG Dr. Cezar Toledo, assim como as demais unidades do CPMG trouxe uma proposta pedagógica que visava resgatar os

valores éticos e de cidadania há muito deixados de lado pela sociedade. Para comandar e dirigir esta unidade foi designado o Major PM Paulo Roberto de Oliveira que foi o responsável por edificar e solidificar a filosofia do CPMG naquele município.

Sintonizado com os anseios da sociedade goiana e atendendo aos clamores de vários municípios Goianos, hoje temos trinta e seis unidades no Estado.

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UD V – QUER NA ESCOLA, AVENIDA OU LÁ NA PRAÇA

SE FAZ PRESENTE A POLÍCIA MILITAR 5.1 Conceitos da Polícia Militar de Goiás hodierna

As Unidades Policiais Militares são as Organizações Policiais Militares que

têm a missão precípua de emprego na atividade fim da corporação e são denominadas: Batalhão, Regimento, Grupamento e Companhia Independente. As frações subordinadas às Unidades de Polícia Militar são denominadas: Companhia,

Esquadrão, Pelotão, Grupo e Destacamento. São denominadas frações incorporadas, aquelas vinculadas fisicamente a uma determinada Unidade Policial Militar. São

denominadas frações destacadas, aquelas desvinculadas fisicamente de uma determinada Unidade Policial Militar. Existem atualmente duas maneiras de se organizar uma Unidade Policial

Militar. Nenhuma delas está certa ou errada, depende da política do comandante, da estrutura e do efetivo disponível, quais sejam: o Estado Maior Clássico e o Estado

Maior Contemporâneo. Não existem dúvidas quanto ao vínculo legal (constitucional, inclusive)

existente entre a Polícia Militar (PM) e o Exército Brasileiro (EB). A organização e estruturação das Polícias Militares (em especial no Estado de Goiás, nosso foco) é resultado de um modelo de hibridismo ainda maior do que a definição própria do

termo Polícia Militar (que une administração pública – Poder Executivo Estadual com a mimetização do modelo de militarismo federal).

Do EB, temos copiada (com as devidas adaptações) a figura do Estado-Maior do Exército (EME), que é o Órgão de Direção Geral (ODG) responsável pela elaboração da Política Militar Terrestre, pelo Planejamento Estratégico e pela

orientação do preparo e do emprego da Força Terrestre, visando o cumprimento da destinação constitucional do Exército Brasileiro (EB).

Conforme disponível no sítio www.eme.eb.mil.br, historicamente, as raízes remotas do Estado-Maior do Exército são encontradas ainda no período colonial, no Comando de Armas da Corte, criado em 1808 pelo Conde de Linhares, Primeiro

Ministro da Guerra. Em 1824, logo após a Proclamação da Independência, D. Pedro I reorganizou o Exército Imperial e estabeleceu o Quartel-General da Corte, com

funções de Comando e Estado-Maior. O Ministério de Caxias, em 1857, substituiu o Quartel-General da Corte pela Repartição do Ajudante Geral. Após a Guerra da Tríplice Aliança, seguiu-se um

período de diminuição do espírito profissional, que desviou a inteligência militar para cogitações filosóficas e científicas e para o positivismo, levando à participação política

da qual resultou a "Questão Militar". O surgimento do Estado-Maior do Exército correspondeu ao início da reação contra essa fase (www.eme.eb.mil.br, 2013). O Estado-Maior do Exército foi criado em 24 de outubro de 1896, pela Lei

n° 403, sancionada pelo Presidente da República Prudente de Moraes, com o objetivo de tornar o Exército uma instituição moderna, que acompanhasse as evoluções da

Arte da Guerra e que tivesse maior presteza administrativa. Sua missão: "preparar o Exército para a defesa da Pátria no Exterior e a manutenção das leis no Interior" (www.eme.eb.mil.br, 2013).

Um Estado-Maior existe no sentido de permitir o cumprimento da missão de uma organização militar: estudar, planejar, orientar, coordenar e controlar, no

nível de direção geral, as atividades da instituição, em conformidade com as decisões e diretrizes do Comandante (www.eme.eb.mil.br, 2013). O Estado-Maior normalmente está dividido em elementos especializados

num assunto específico. Conforme o tipo de Estado Maior, esses elementos podem ser chamados seções, células, repartições, divisões, etc. Os números identificam a

especialidade de um elemento dentro do estado-maior, sendo, normalmente: (I)

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pessoal e administração; (II) informações (inteligência) e segurança; (III) operações;

(IV) logística; (V) planejamento; (VI) comunicações e sistemas de informação; (VII) instrução; (VIII) finanças; (IX) cooperação civil-militar. O elemento de pessoal e administração (I) é, normalmente, chefiado por

um oficial com o título de "Ajudante". É responsável pelo secretariado e assuntos administrativos da unidade, sobretudo em relação ao seu pessoal.

O elemento (II) se refere às informações (inteligência) e segurança, sendo responsável pelo recolhimento e análise de informação (inteligência) acerca do inimigo, com o objetivo de determinar o que o mesmo está fazendo ou irá fazer.

Também pode estar encarregado dos mapas e outras informações geográficas. Como elemento de segurança, encarrega-se da verificação de segurança do pessoal da sua

unidade. O elemento de operações (III) é responsável pelo planejamento e coordenação das operações e de tudo o que é necessário para a unidade manobrar e

atingir o seu objetivo, na maioria dos estados-maiores este é o maior e o principal elemento. Todos os aspectos da sustentabilidade das operações da unidade,

planejamento de operações futuras e exercícios são da responsabilidade deste elemento. Nos estados-maiores de pequenas unidades, onde não existem elementos

especializados de planejamento e de instrução, estas áreas são incluídas nas operações. O elemento (IV) – logística – era, tradicionalmente, chefiado por um

oficial com o título de "Quartel-Mestre". É responsável pela gestão do apoio logístico, reabastecimento e transporte de munições, combustíveis, alimentos e água. Pode ser

também, responsável pela gestão da manutenção do material da unidade. O elemento de planejamento (V), normalmente, só existe em estados-maiores de grandes unidades. É responsável pelo planejamento estratégico.

As comunicações e sistemas de informação são de responsabilidade do elemento (VI), que é responsável pela gestão das redes de telecomunicações de

informática, que ligam o comando da unidade às suas subunidades e que ligam estas entre si. Nos estados-maiores de pequenas unidades, este elemento é responsável por todos os equipamentos eletrônicos existentes, incluindo computadores, faxes,

fotocopiadoras e telefones. O elemento (VII) – instrução – só existe, normalmente, em estados-

maiores de grandes unidades ou de unidades especializadas na instrução. É responsável pela articulação da política e métodos de doutrina, instrução, treino e formação. Nos estados-maiores das pequenas unidades, esta área está,

normalmente, integrada no elemento de operações. As finanças são asseguradas pelo elemento (VIII), amplamente

responsável pela gestão financeira da unidade, especialmente na área da contabilidade. Este elemento trabalha, muitas vezes, interligado ao elemento de administração.

Por fim, temos o elemento (IX), responsável pela cooperação civil-militar. Este elemento integra, na maioria das vezes, estados-maiores de unidades que se

encontram em operações de paz ou em regiões ocupadas sob administração militar. As suas funções são as de estabelecer, manter, influenciar ou explorar as relações entre as forças militares, as organizações civis, governamentais ou não-

governamentais e a população civil, com o objetivo de facilitar as operações militares e atingir os objetivos da missão.

Nem todos os elementos existem em todos os estados-maiores. Existe uma certa liberdade de flexibilização na qual parte das organizações militares possa se estruturar de maneira a buscar a maior operacionalização da sua missão.

De lá para cá, temos a mimetização do Estado-Maior de Forças Armadas para o Estado-Maior Policial Militar, que sofre corruptelas e adaptações para se

adequar às diversas políticas de comandantes e governantes responsáveis pela

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administração do aparato policial. Independentemente das adaptações e adequações

de sua divisão, sabemos que o Estado-Maior se adequa a uma unidade militar de qualquer tamanho, variando apenas no número de subdivisões. Especificamente na Polícia Militar do Estado de Goiás, ainda no comando

do Coronel PM Marciano Basílio de Queiroz (08/01/2003 a 31/01/2006) a PMGO passou por uma drástica alteração na estrutura de Estado-Maior adotada nas

Unidades Operacionais: aqui chamada de estrutura contemporânea de Estado Maior, na qual tivemos a criação e instalação, dentre outras, das Seções Administrativa (SAd), Operacional (SOp) e Agências Locais de Inteligência (ALI) – chamadas de

Agências Regionais de Inteligência nos Grandes Comandos. Como um de seus atos ao assumir, pela primeira vez, o Comando-Geral

da Corporação, o Coronel Edson Costa Araújo (01/02/2006 a 20/11/2008, em seu primeiro Comando) determinou que as Unidades se reorganizassem de acordo com o modelo clássico de Estado Maior, retornando a nomenclatura das seções de acordo

com os “elementos” (P/1, P/2, P/3 e demais seções). Em ambos os períodos tivemos um oficial superior do último posto exercendo simultaneamente as funções de Chefe

do Estado Maior e Subcomandante-Geral da Corporação, o que se alterou somente a partir do ano de 2011, quando tivemos a separação das duas funções e a cadeia de

comando da Corporação estruturada oficialmente em três degraus. Ainda no Estado Maior Geral, tivemos algumas alterações específicas quanto à função da Sétima Seção do Estado Maior e criação de uma Oitava Seção,

com papéis definidos pelo alto escalão, mas pouco conhecidos no universo operacional da nossa corporação.

5.2 Estrutura Organizacional Castrense

O BPM (Batalhão PM) se encontra normalmente instalado em áreas com população superior a 50 mil habitantes, estruturado, frequentemente, em 03

companhias (destacadas ou incorporadas). Ex.: Senador Canedo, Novo Gama e Uruaçu. Temos dois tipos de unidades que possuem a estrutura de um BPM: os Regimentos (nome normalmente empregado para os quartéis da cavalaria) e o

Grupamento (em específico, na PMGO, o BPMGIRO ou simplesmente, GIRO). A CIPM (Companhia Independente PM) se encontra com mais frequência

instalada em áreas com população superior a 25 mil habitantes. Estruturado, no mínimo, em 03 pelotões. Ex.: Jaraguá, Ceres e Mineiros. A Companhia Destacada é sempre subordinada ao comando de um

Batalhão PM. Ex.: Bela Vista e Piracanjuba. O DPM (Destacamento PM) é um pelotão subordinado ao comando de

uma UPM. Ex.: Britânia e Nerópolis. Toda UPM possui uma divisão administrativa que deve ser observada. Nela temos a figura do Comando, que é o responsável pelas diretrizes da Unidade, do

Subcomando, que é responsável pela disciplina, o CPU – Comandante do Policiamento da Unidade é o responsável pela fiscalização do policiamento ostensivo e Adjunto o

responsável pela manutenção da unidade. Existe ainda o PCS, composto por Praças PM auxiliares do serviço de dia, responsáveis por setores pontuais, tais como a bomba de combustível, o rádio, atendimento de ligações 190, a reserva de armamentos, etc.

Além disso, nas Unidades PM, temos as Seções do Estado Maior, que podem assumir duas configurações: Estrutura Clássica de Estado-Maior ou Estrutura

Básica (Moderna) de Estado-Maior. Na Clássica temos: P/1: Seção de Pessoal (Plano de Férias, Ficha Individual, Dispensas,

Atestados e publicações em Diário Oficial Eletrônico PM);

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P/2: Inteligência (Policiamento Velado, Diagonal, Secretaria do

Comandante, Justiça e Disciplina, Elogios e publicações em Diário Oficial Eletrônico Reservado PM); P/3: Planejamento Operacional (Escalas de serviço) e Financeiro, nos

Comandos Regionais; P/4: Carga da Unidade (Relatório de quilometragem de viaturas, bens

móveis, imóveis e afins); P/5: Comunicação Social (divulgação de ocorrências de destaque para o Portal da PM e imprensa em geral);

P/6 e P/7: Normalmente não existe na OPM, uma vez que a maioria das unidades não possui autonomia financeira e/ou seção de gestão informacional.

Na moderna (ou básica), temos: SAd – Seção Administrativa: seção de pessoal (plano de férias, ficha individual, dispensas, atestados), publicações em DOEPM e DOERPM, carga da

unidade (relatório de km de viaturas, bens móveis, imóveis e afins) e comunicação social (divulgação de ocorrências de destaque para o Portal da PM e imprensa em

geral); SOp – Seção Operacional: planejamento operacional (escalas de serviço)

e administração da verba do Fundo Estadual da Segurança Pública - FUNESP (Nível Comando Regional); ARI (Agência Regional de Inteligência) / ALI (Agência Local de

Inteligência): inteligência (policiamento velado, diagonal, secretaria do comandante, justiça e disciplina, elogios) ligadas à ACI (Agência Central de Inteligência).

5.3 Organização básica

Na carência de uma Lei Estadual de Organização Básica da Polícia Militar do Estado de Goiás atualizada e moderna (em fase final de elaboração por uma

Comissão nomeada para esse fim) temos hoje a prevalência da ativação de unidades policiais militares baseadas no poder discricionário do Comandante-Geral da Corporação, no uso das atribuições legais que lhe confere o § 3º, do art. 3º, c/c art.

4º, da Lei Estadual nº 8.125, de 18 de julho de 1976. O documento mais completo para consulta, no momento, é a Portaria nº 2337 de 04 de abril de 2012, com

diversas alterações posteriores. Assim, podemos afirmar que a Polícia Militar do Estado de Goiás é estruturada em Órgãos de Direção, Órgãos de Apoio e Órgãos de Execução, conforme

estudaremos a seguir.

5.3.1 Órgãos de Direção: O alto escalão da Corporação é representado e exercido por três Oficiais

do último posto (Coronéis do Quadro de Oficiais da PMGO). O Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás é exercido pelo Comandante Geral (CG1) e o

Subcomando Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás pelo Subcomandante Geral (CG2).

5.3.1.1 Gabinete do Comando Geral - GCG:

O Gabinete do Comando Geral terá a seguinte estrutura organizacional: I – Chefia;

II – Secretaria Geral; III – Serviço de Superior de Dia;

IV – Ajudância de Ordens e Segurança;

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V – Seção de Procedimentos e Processos Disciplinares;

VI – Seção de Procedimentos e Processos Judiciais; VII – Assessoria Jurídica; VIII – Fiscalização Administrativa.

a) Almoxarifado.

5.3.1.2 Estado Maior Estratégico: O Estado Maior Estratégico será coordenado pelo Chefe do Estado Maior

Estratégico, cuja estrutura é:

I - Chefia do Estado Maior Estratégico; II - Secretaria; III - 1ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/1 - Planejamento de Pessoal e

Normatização; IV - 2ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/2 - Planejamento em Inteligência;

V - 3ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/3 - Planejamento Operacional; VI - 4ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/4 - Planejamento Prospectivo;

VII - 5ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/5 - Planejamento em Comunicação Social; VIII - 6ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/6 - Planejamento Orçamentário;

IX - 7ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/7 - Planejamento em Gestão Estratégica e Auditoria Interna;

X - 8ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/8 - Elaboração e acompanhamento da execução de projetos da Polícia Militar.

A 1ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/1 terá a seguinte estrutura Organizacional:

a) Chefia; b) Subseção de Planejamento de Pessoal; c) Subseção de Normatização.

A 2ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/2 terá a seguinte estrutura

Organizacional: a) Chefia; b) Secretaria;

c) Subseção de Planejamento de Informação; d) Subseção de Análise;

e) Subseção de Assuntos Internos; f) Subseção de Operações de Inteligência; g) Subseção de Contra Inteligência;

h) Subseção de Assuntos Sociais.

A 3ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/3 terá a seguinte estrutura Organizacional:

a) Chefia;

b) Subseção de Planejamento Operacional; c) Subseção de Avaliação de Risco a Ordem Pública;

d) Subseção de Avaliação e Orientação Operacional; e) Subseção de Ordem Pública; f) Subseção de Ordem Pública Rural.

A 4ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/4 terá a seguinte estrutura

Organizacional:

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a) Chefia;

b) Subseção de Planejamento Prospectivo; c) Subseção de Análise Prospectiva; d) Subseção de Coordenação de Pesquisa.

A 5ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/5 terá a seguinte estrutura

Organizacional: a) Chefia; b) Secretaria;

c) Subseção de Relações Públicas; d) Subseção de Imprensa;

e) Subseção de Marketing; f) Subseção Portal PM.

A 6ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/6 terá a seguinte estrutura Organizacional:

a) Chefia; b) Subseção de Planejamento e Controle Orçamentário;

c) Subseção de Auditoria Financeira.

A 7ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/7 terá a seguinte estrutura

Organizacional: a) Chefia;

b) Subseção de Gestão Estratégica; c) Subseção de Auditoria Interna.

A 8ª Seção do Estado Maior Estratégico - PM/8 terá a seguinte estrutura Organizacional:

a) Chefia; b) Subseção de Assuntos Comunitários; c) Subseção de Projetos Sociais.

5.3.2. Órgãos de Apoio:

5.3.2.1 Comando de Correições e Disciplina – CCD:

A então Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás foi instituída através da Portaria nº 316 PM/014-PM1, datada de 14 de maio de 1993. Foi incluída

no QOD PMGO através do Decreto nº 4.173, de 10 de fevereiro De 1994. Teve seu Regimento Interno aprovado através da Portaria nº 570 de 18 de setembro de 1995, o qual estabeleceu sua competência e atribuições legais com o fito de assegurar a

disciplina funcional no seio da tropa, com o objetivo de apurar infrações disciplinares e criminais dentro dos parâmetros legais estabelecidos em lei, com observância dos

preceitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório. O Comando de Correições e Disciplina, como conhecemos hoje, foi criado através da Lei Estadual nº 14.050 de 21 de dezembro de 2001, depois alterada pela

Lei nº 17.091 de 2 de julho de 2010, e é hoje o órgão que detém as atribuições de Polícia Judiciária Militar, ou Polícia Administrativa, que atua frente às infrações

disciplinares previstas nos Decretos 4.713/96 (Conselho de Disciplina) e 4.717/96 (Regulamento Disciplinar da PMGO). O Comando de Correições e Disciplina terá a seguinte estrutura

organizacional: I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante;

II - Secretaria;

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III - 1ª Seção - Análise e Parecer;

IV - 2ª Seção –Investigação Interna; V - 3ª Seção – Escrituração; VI - 4ª Seção - Procedimentos Complexos;

VII - 5ª Seção - Controle e Arquivo Geral; VIII - 6ª Seção - Assuntos Judiciários;

IX - 7ª Seção - Plantão Correcional; X - Fiscalização Administrativa. a) Almoxarifado.

XIV - Presídio Militar, estruturado em: a) Chefia;

b) Secretaria; c) Seção penal; d) Seção de Segurança;

e) Seção de Controle de População Carcerária.

XV - Centro de Custódia, estruturado em: a) Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante;

b) Secretaria; c) Divisão de Custódia; d) Carceragem.

5.3.2.2 Comando de Gestão e Finanças – CGF:

O CGF existe para desempenhar as missões inerentes ao pessoal da PMGO em todos os níveis da carreira. Comandado por um Oficial PM do último posto,

este órgão possui a Assessoria Técnica, a Secretaria e a Fiscalização Administrativa. O Comando de Gestão e Finanças terá a seguinte estrutura

organizacional: I – Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Assessoria Técnica;

III - Secretaria; IV - Chefia de Recursos Humanos, estruturada em:

a) 1ª Seção de Controle de Processos e Inativação; b) 2ª Seção de Disciplina, Reinclusão e Exclusão; c) 3ª Seção de Recrutamento e Seleção de Pessoal;

d) 4ª Seção de Administração de Pessoal; e) 5ª Seção de Identificação e Inclusão;

f) 6ª Seção dos Inativos e Pensionistas. V - Chefia de Execução Orçamentária e Financeira, Estruturada em: a) Chefia;

b) Seção de Apostilamento; c) Seção de Execução Orçamentária, estruturada em:

1) Subseção de Pagamentos; 2) Subseção de Contabilidade. d) Seção de Folha de Pagamento, estruturada em:

1) Subseção de Inativos e Civis; 2) Subseção de Pensão Alimentícia;

3) Subseção de Processamento da Folha. VI - Fiscalização Administrativa. a) Almoxarifado.

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5.3.2.3 Comando de Apoio Logístico e Tecnologia da Informação – CALTI:

O Comando de Apoio Logístico e Tecnologia da Informação terá a seguinte estrutura organizacional:

I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Secretaria;

III - Gabinete Odontológico; IV - Guarda; V - Divisão de Compras, estruturada em:

a) Chefia; b) Seção de Especificação de Material;

c) Seção de Planejamento; d) Seção do Fundo de Reaparelhamento e Aperfeiçoamento; e) Comissão Permanente de licitação.

VI - Divisão de Controle de Atividades Especiais, estruturada em: a) Chefia;

b) Seção de Cadastro, Registro e Fiscalização de Armas de Fogo; c) Seção de Controle e Registro de Blindagem;

d) Seção de Controle, Fiscalização e Registro de Atividades Especiais; e) Seção de Controle e Fiscalização de Segurança Privada. VII - Divisão de Material Bélico, estruturada em:

a) Chefia; b) Seção de Controle de Carga das OPM's;

c) Seção de Manutenção em Armamento; d) Seção de Recarga de Munição; e) Diário Oficial Eletrônico Reservado;

f) Almoxarifado. VIII - Divisão de Motomecanização, estruturada em:

a) Chefia; b) Seção de Combustível; c) Seção de Controle de Frota Locada;

d) Seção de Controle de Frota Própria; e) Seção de Controle de Notificações e Multas de Trânsito;

f) Seção de Controle, Manutenção de Autos e Transporte. IX - Divisão de patrimônio, estruturada em: a) Chefia;

b) Seção de Controle e Distribuição de Material de Intendência e Fiscalização Administrativa;

c) Seção de Patrimônio Imobiliário; d) Seção de Patrimônio Mobiliário; e) Seção de Tarifas Públicas;

f) Seção de Projetos de Engenharia e Arquitetura. X - Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação, estruturada em:

a) Chefia; b) Seção de Desenvolvimento e Análise de Software; c) Seção de Infraestrutura;

d) Seção de Radiocomunicação; e) Service Desk;

f) Núcleo de Processos; g) Núcleo de Projetos; h) Laboratório.

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5.3.2.4 Comando de Ensino Policial Militar – CEPM:

O Comando de Ensino Policial Militar terá a seguinte estrutura organizacional:

I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Secretaria;

III - Seção de Ensino Militar; IV - Seção de Ensino Civil; V - Seção de Instrução;

VI - Seção Administrativa; VII - Seção de Comunicação Social;

VIII - Seção de Pesquisa; IX - Inciso revogado pela Port. nº 8887 de 07.02.17 X – CPMG - Hugo de Carvalho Ramos;

XI - CPMG – Vasco Reis; XII - CPMG – Airton Senna;

XIII- CPMG – Anápolis; XIV - CPMG – Rio Verde;

XV - CPMG – Itumbiara; XVI - CPMG - Cidade de Goiás (João Augusto Perilo); XVII - CPMG - Jataí (Nestório Ribeiro); XVIII - CPMG - Formosa (Clementina Rangel

de Moura); XIX - CPMG - Porangatu (Tomás Martins da Cunha

XX - CPMG - Quirinópolis (Dr. Pedro Ludovico); XXI - Fiscalização Administrativa. XXII - CPMG - Catalão (Polivalente Dr. Tharsis Campos);

XXIII - CPMG - Posse (Dom Prudêncio); XXIV - CPMG - Itauçu;

XXV - CPMG - Goiatuba; XXVI - CPMG - São Luis de Montes Belos (Sebastião José de Almeida Primo); XXVII - CPMG - Caldas Novas (Nivo das Neves);

XXVIII - CPMG - Goiânia (Major Oscar Alvelos); XXIX - CPMG - Itapuranga;

XXX - CPMG - Jaraguá (Silvio de Castro Ribeiro). XXXI - CPMG - Anápolis (Polivalente Gabriel Issa); XXXII - CPMG - Inhumas (Manoel Vilaverde);

XXXIII - CPMG - Goianésia (José Carrilho); XXXIV - CPMG - Aparecida de Goiânia (Sargento Nader Alves dos Santos);

XXXV - CPMG - Jussara (Maria Tereza G. Neta Bento); XXXVI - CPMG - Itaberaí (Maria Heleny Perillo); XXXVII - CPMG - Novo Gama (José de Alencar);

XXXVIII - CPMG - Valparaíso (Fernando Pessoa); XXXIX - CPMG - Formosa (Domingos de Oliveira);

XL - CPMG - Palmeiras de Goiás (Cabo Edmilson de Sousa Lemos); XLI - CPMG - Goiânia (Miriam Benchimol Ferreira) XLII - CPMG - Goiânia (Waldemar Mundim)

XLIII - CPMG - Goiânia (Jardim Guanabara) XLIV - CPMG - Aparecida de Goiânia (Colina Azul);

XLV - CPMG - Aparecida de Goiânia (Mansões Paraíso); XLVI - CPMG - Aparecida de Goiânia (Madre Germana); XLVII - CPMG - Senador Canedo (Pedro Xavier Teixeira);

XLVIII - CPMG - Ceres (Hélio Veloso); XLIX - CPMG - Anápolis (Arlindo Costa);

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5.3.2.4.1 Os Colégios da Polícia Militar de Goiás:

Cada CPMG, como já citado anteriormente, consiste numa Unidade de Ensino vinculada à Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte (SEDUCE) e

administrada pela PMGO, possuindo a seguinte estrutura Organizacional: I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante;

II – Secretaria Geral; III – Seção Disciplinar; III - Seção de Ensino, estruturada em:

a) Subseção de Educação Física e Desportos; b) Subseção de Projetos e Eventos;

c) Subseção de Recursos Didáticos; d) Subseção de Mecanografia. IV - Seção Administrativa, estruturada em:

a) Subseção de Material e Patrimônio; b) Subseção de Finanças;

c) Subseção de Aprovisionamento.

5.3.2.5 Comando da Academia de Polícia Militar – CAPM: O Comando da Academia de Polícia Militar terá a seguinte estrutura

organizacional: I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante;

II - Secretaria; III - Divisão de Ensino, estruturada em: a) Seção Psicopedagógica;

b) Seção Técnica de Ensino; c) Seção de Educação Física;

d) Seção de Coordenação Pedagógica; e) Seção de Meios Auxiliares. IV - Fiscalização Administrativa, estruturada em:

a) Almoxarifado; b) Transporte;

c) Aprovisionamento; d) Tesouraria; V - Seção de Comunicação Social;

VI - Biblioteca; VII - Centro de Formação de Oficiais;

VIII - Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças; IX - Centro de Pós-Graduação; X - Companhia de Comando e Serviços;

XI - Bandas de Música; XII - Centro de Instrução da Polícia Militar de Goiás.

5.3.2.5.1 O Centro de Instrução da Polícia Militar:

O Centro de Instrução da Polícia Militar terá a seguinte estrutura Organizacional:

I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Secretaria; III - Seção de Instrução e Adestramento, estruturada em:

a) Coordenação de Instrução Individual; b) Coordenação de Instrução Coletiva;

c) Coordenação de Capacitação;

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d) Coordenação de Estágios e Treinamentos.

IV - Seção de Doutrina e Pesquisa, estruturada em: a) Coordenação de Doutrina Policial Militar; b) Coordenação de Avaliação Operacional.

V - Seção de Apoio, estruturada em: a) Coordenação de Meios Auxiliares;

c) Coordenação de Esporte, Lazer e Saúde. VI - Fiscalização Administrativa. a) Almoxarifado.

5.3.2.6 Comando de Saúde – CS:

O Comando de Saúde terá a seguinte estrutura organizacional: I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante;

II - Secretaria; III - Núcleo Integrado de Atenção Biopsicossocial - NIAB;

IV - Centro de Saúde Integral do Policial Militar, estruturado em: a) Chefia;

b) Secretaria; c) Assessoria de Análise Epidemiológica; d)Seção Médica;

e) Seção Odontológica; f)Seção Laboratorial;

g) Seção Psicológica; h)Seção Nutricional; i)Seção de Serviço Social;

j)Seção de Condicionamento Físico. V - Hospital do Policial Militar;

a) Chefia; b) Secretaria; c) Ambulatório Médico;

c) Centro de Diagnóstico Clínico do HPM; d) Pronto Atendimento HPM;

e) Diretoria Técnica. VI - Serviço Médico; a) Chefia;

b) Secretaria; c) Diretoria Clínica, Pesquisa e Acadêmica.

c) Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT. VII - Serviço Odontológico;

a) Chefia; b) Secretaria;

c) Supervisão de Serviços da Capital e Região Metropolitana; d) Supervisão de Serviços do Interior; e) Centro Odontológico do HPM;

f) Saúde Coletiva; g) Centro de Diagnóstico Odontológico.

VIII - Serviço de Psicologia; a) Chefia; b) Secretaria;

c) Seção de Prevenção e Saúde; c) Seção Clínica Psicológica;

d) Seção de Avaliação Psicológica;

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e) Seção de Psicologia Social e do Trabalho.

IX - Serviço Multiprofissional; a) Chefia; b) Secretaria;

c) Departamento Laboratorial; d) Departamento de Serviço Social;

e) Departamento de Serviço de Enfermagem; f) Departamento de Serviço de Farmácia; g) Departamento de Nutrição.

X - Centro de Reabilitação e Inserção Social. a) Chefia;

b) Secretaria; c) Supervisão Geral; d) Serviço de Saúde em Geral;

XI - Perícias Médicas. a) Junta Central de Saúde - JCS:

1. Presidente da JCS; 2. Secretaria.

b) Juntas Temporárias: 1. Junta Superior de Saúde; 2. Junta de Seleção

XII - Centro de Assistência Social - CASO. a) Chefia;

b) Secretaria; c) Seção de Transporte; d) Seção de Assistência Social.

XIII - Fiscalização Administrativa. a) Almoxarifado.

XIV - Relações Públicas. a) Chefia. O SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

será estruturado em: I - Um Médico do Trabalho;

II - Um Médico Psiquiatra; III - Um Psicólogo; IV - Um Fisioterapeuta;

V - Um Enfermeiro do Trabalho; VI - Um Assistente Social;

VII - Um Engenheiro de Segurança do Trabalho; VIII - Três Técnicos em Segurança do Trabalho.

5.3.2.7 Quartel da Ajudância Geral – QAG:

O Quartel da Ajudância Geral terá a seguinte estrutura organizacional: I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Secretaria;

III - Seção Administrativa; IV - Companhia de Comando e Serviço;

V - Seção de Controle de Pessoal; VI - Arquivo Geral; VII - Fiscalização Administrativa.

a) Almoxarifado.

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5.3.2.8 Base Administrativa da Polícia Militar – BAPM:

A Base Administrativa da Polícia Militar terá a seguinte estrutura organizacional:

I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Secretaria;

III - Seção Administrativa; IV - Seção de Editoração do Diário Oficial da PMGO; V - Seção de Justiça e Disciplina;

VI - Seção de Cadastro; VII - Banco de Horas;

VIII - Fiscalização Administrativa. a) Almoxarifado; b) Seção de Transporte.

5.3.2.9 Comissões e Comitês:

As Comissões serão nomeadas pelo Comandante Geral e se destinam a

assessorar o Comando Geral na realização de estudos e trabalhos específicos, possuindo caráter transitório, exceto a Comissão de Promoção de Oficiais - CPO, a Comissão de Promoção de Praças - CPP, a Comissão Permanente de Medalhas - CPM e

a Comissão Interna de Direitos Humanos - CIDH, que são regidas por leis e regulamentos específicos.

5.3.2.10 Assistências Policiais Militares – AsPM:

São Assistências Policiais Militares: I - Assistência Policial Militar no Tribunal de Justiça;

II - Assistência Policial Militar na Assembleia Legislativa; III - Assistência Policial Militar no Tribunal de Contas do Estado; IV - Assistência Policial Militar na Câmara Municipal de Goiânia;

V - Assistência Policial Militar no DETRAN - GO; VI - Assistência Policial Militar no Ministério Público;

VII - Assistência Policial Militar no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás; VIII - Assistência Policial Militar na Secretaria de Segurança Pública e Justiça; IX - Assistência Policial Militar na Secretaria de Estado da Administração Penitenciária

e Justiça.

5.3.2.11 Centro de Polícia Comunitária da Polícia Militar – CPCom: Criado recentemente para servir como unidade centralizadora e

normatizadora das atividades de Polícia Comunitária em todo o Estado de Goiás.

5.3.3. Órgãos de Execução: 5.3.3.1 Os Comandos Regionais de Polícia Militar - CRPM

Os Comandos Regionais de Polícia Militar - CRPM serão estruturados em:

I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Seção Administrativa - P/1; III - Seção de Inteligência - P/2;

IV- Seção Operacional - P/3; V - Fiscalização Administrativa - P/4;

a) Almoxarifado;

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b) Transporte.

VI - Seção de Comunicação Social - P/5; VII - Centro de Operações Policial Militar - COPOM; VIII – Batalhões de Polícia Militar – BPM;

IX – Companhia Independente de Polícia Militar – CIPM.

5.3.3.2 O Batalhão de Polícia Militar - BPM - será estruturado em: I - Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante;

II - Seção Administrativa - P/1; III - Seção de Inteligência - P/2;

IV- Seção Operacional - P/3; V - Fiscalização Administrativa - P/4; a) Almoxarifado;

b) Transporte. VI - Seção de Comunicação Social - P/5;

VII - Companhias, sendo destacadas ou Incorporadas. § 1º O Batalhão de Polícia Militar terá no mínimo 2 (duas) Companhias, as quais terão

no mínimo dois Pelotões; § 2º Os Pelotões terão quantos Destacamentos forem necessários.

5.3.3.3 A Companhia Independente de Polícia Militar - CIPM - será estruturada em:

I – Comando, que compreende o Comandante e o Subcomandante; II - Seção Administrativa - P/1; III - Seção de Inteligência - P/2;

IV- Seção Operacional - P/3; V - Fiscalização Administrativa - P/4;

a) Almoxarifado; b) Transporte. VI - Seção de Comunicação Social - P/5;

VII - Pelotões. § 1º A Companhia Independente de Polícia Militar terá no mínimo 2 (dois) Pelotões.

§ 2º Os Pelotões terão quantos Destacamentos forem necessários. § 3º No município sede de Pelotão não haverá Destacamento PM.

5.3.3.4 Divisão por unidades:

1º Comando Regional de Polícia Militar (1º CRPM ou CPC – Comando do Policiamento

da Capital), com sede na cidade de Goiânia (Setor Central):

a) 1º Batalhão de Polícia Militar - 1º BPM (Batalhão Anhanguera), em Goiânia (Sede no Setor

Marista);

b) 7º Batalhão de Polícia Militar - 7º BPM (Batalhão Triunfo), em Goiânia (Sede no Jardim

Europa);

c) 9º Batalhão de Polícia Militar - 9º BPM (Batalhão de Guardas rebatizado como Capitão Hilton

Modesto de Araújo), em Goiânia (Sede no Goiânia II);

d) 13º Batalhão de Polícia Militar - 13º BPM (Batalhão Tenente Daniel da Mata), em Goiânia

(Sede no Jardim Curitiba);

e) 30º Batalhão de Polícia Militar - 30º BPM (Batalhão Sentinela do Leste), em Goiânia (Sede

no Jardim Novo Mundo);

f) 31º Batalhão de Polícia Militar - 31º BPM (Batalhão Guardião), em Goiânia (Sede no Parque

Atheneu);

g) Batalhão de Polícia Militar ROTAM - BPMROTAM, em Goiânia (Sede no Alphaville);

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52 h) Batalhão de Polícia Militar Escolar - BPMESCOLAR, em Goiânia (Sede no Setor Leste

Universitário)

i) Batalhão de Polícia Militar de Eventos - BPMEve, em Goiânia;

j) Batalhão de Polícia Militar Trânsito - BPMTran, em Goiânia (Sede no Jardim Concórdia);

k) 1ª Companhia Independente de Polícia Militar - 1ª CIPM, em Goiânia (Sede no Setor

Campinas);

l) 8ª Companhia Independente de Polícia Militar - 8ª CIPM (COPOM), em Goiânia;

m) 9ª Companhia Independente de Polícia Militar - 9ª CIPM (Companhia Vaca Brava), em

Goiânia (Sede no Setor Coimbra);

n) 15ª Companhia Independente de Polícia Militar - 15ª CIPM, em Goiânia (Sede no

Residencial Monte Carlo);

o) 27ª Companhia Independente de Polícia Militar - 27ª CIPM (Companhia Horizonte), em

Goiânia (Sede no Residencial Itamaracá);

p) 28ª Companhia Independente de Polícia Militar - 28ª CIPM (Companhia Capitão Deusdete

Ferreira de Moura Júnior), em Goiânia (Sede no Setor Andréia Cristina);

q) 29ª Companhia Independente de Polícia Militar - 29ª CIPM, em Goiânia (Sede no Conjunto

Vera Cruz I);

r) 37ª Companhia Independente de Polícia Militar - 37ª CIPM, em Goiânia (Sede no Setor

Norte Ferroviário);

O 2º Comando Regional de Polícia Militar - 2º CRPM, sede na cidade de Aparecida de

Goiânia, com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 8º Batalhão de Polícia Militar - 8º BPM (Batalhão Horizonte rebatizado para Capitão

Euler Deolindo Justino Franco), em Aparecida de Goiânia;

b) 22º Batalhão de Polícia Militar - 22º BPM (Batalhão Terra Santa), em Trindade;

c) 27º Batalhão de Polícia Militar - 27º BPM (Batalhão Ouro Negro), em Senador Canedo;

d) 36º Batalhão de Polícia Militar - 36º BPM, em Aparecida de Goiânia (Complexo Prisional)

e) 39º Batalhão de Polícia Militar - 39º BPM, Aparecida de Goiânia;

f) 40º Batalhão de Polícia Militar - 40º BPM, em Trindade;

g) 16ª Companhia Independente de Polícia Militar - 16ª CIPM (Companhia Serra das

Areias), em Aparecida de Goiânia;

h) 26ª Companhia Independente de Polícia Militar - 26ª CIPM, em Aparecida de Goiânia;

i) 41ª Companhia Independente de Polícia Militar - 41ª CIPM (Companhia Vila Brasília),

em Aparecida de Goiânia;

j) 43ª Companhia Independente de Polícia Militar - 43ª CIPM, em Aparecida de Goiânia

(CPE);

k) 46ª Companhia Independente de Polícia Militar - 46ª CIPM (COPOM), em Aparecida de

Goiânia.

3º Comando Regional de Polícia Militar - 3º CRPM, sede na cidade de Anápolis, com

as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 4º Batalhão de Polícia Militar - 4º BPM (Batalhão Santana), em Anápolis;

b) 28º Batalhão de Polícia Militar - 28º BPM, em Anápolis;

c) 37º Batalhão de Polícia Militar - 37º BPM, em Pirenópolis;

d) 23ª Companhia Independente de Polícia Militar - 23ª CIPM (Companhia Inhuma), em

Inhumas;

e) 24ª Companhia Independente de Polícia Militar - 24ª CIPM (Companhia Tenente Coronel

João Batista Alves), em Goianápolis;

f) 31ª Companhia Independente de Polícia Militar - 31ª CIPM (CPE), em Anápolis;

g) 47ª Companhia Independente de Polícia Militar - 47ª CIPM, em Silvânia;

h) 48ª Companhia Independente de Polícia Militar - 48ª CIPM, em Goianira.

O 4º Comando Regional de Polícia Militar - 4º CRPM, sede na cidade de Goiás, com as

seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 6º Batalhão de Polícia Militar - 6º BPM (Batalhão Vila Boa), em Goiás;

b) 32º Batalhão de Polícia Militar - 32º BPM (Batalhão Água Limpa), em Jussara;

c) 34º Batalhão de Polícia Militar - 34º BPM (Batalhão Itaberaí), em Itaberaí;

d) 17ª Companhia Independente de Polícia Militar - 17ª CIPM (Companhia Guanicuns), em

Anicuns;

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53 e) 44ª Companhia Independente de Polícia Militar - 44ª CIPM (Companhia Coronel

Francisco Ferraz de Lima), em Aruanã; e

f) 45ª Companhia Independente de Polícia Militar - 45ª CIPM (Companhia Tenente-

Coronel PM José Gonçalves Pacheco), na Cidade de Goiás (CPE).

O 5º Comando Regional de Polícia Militar - 5º CRPM, sede na cidade de Luziânia, com

as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 10º Batalhão de Polícia Militar - 10º BPM (Batalhão Alvorada), em Luziânia;

b) 19º Batalhão de Polícia Militar - 19º BPM (Batalhão Nova Brasília), em Novo Gama;

c) 20º Batalhão de Polícia Militar - 20º BPM (Batalhão Eldorado), em Valparaíso de Goiás;

d) 33º Batalhão de Polícia Militar - 33º BPM, em Cidade Ocidental;

e) 2ª Companhia Independente de Polícia Militar - 2ª CIPM (Companhia do Ingá), em

Luziânia;

f) 32ª Companhia Independente de Polícia Militar - 32ª CIPM (Companhia Vale dos

Cristais), em Cristalina;

g) 33ª Companhia Independente de Polícia Militar - 33ª CIPM, em Valparaíso (Companhia

de Choque).

h) A 4ª Companhia Destacada de ROTAM possui sede em XXXX, mas está subordinada ao

Comando do Batalhão de ROTAM;

O 6º Comando Regional de Polícia Militar - 6º CRPM, sede na cidade de Itumbiara,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 5º Batalhão de Polícia Militar - 5º BPM (Batalhão Tiradentes), em Itumbiara;

b) 26º Batalhão de Polícia Militar - 26º BPM (Batalhão Águas Quentes), em Caldas Novas;

c) 29º Batalhão de Polícia Militar - 29º BPM (Batalhão Bandeirantes), em Goiatuba;

d) 10ª Companhia Independente de Polícia Militar - 10ª CIPM (Companhia dos Palmares,

em Morrinhos.

O 7º Comando Regional de Polícia Militar - 7º CRPM, sede na cidade de Iporá, com as

seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 12º Batalhão de Polícia Militar - 12º BPM (Batalhão Caiapó), em Iporá;

b) 25º Batalhão de Polícia Militar - 25º BPM (Batalhão Vale das Palmeiras), em Palmeiras

de Goiás;

c) 4ª Companhia Independente de Polícia Militar - 4ª CIPM (Companhia Araguaia), em

Aragarças;

d) 20ª Companhia Independente de Polícia Militar - 20ª CIPM (Companhia Montes Belos),

em São Luis de Montes Belos.

O 8º Comando Regional de Polícia Militar - 8º CRPM, sede na cidade de Rio Verde,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 2º Batalhão de Polícia Militar - 2º BPM (Batalhão Gama Cerqueira), em Rio Verde;

b) 5ª Companhia Independente de Polícia Militar - 5ª CIPM (Companhia Vale do Rio

Turvo), em Indiara;

c) 12ª Companhia Independente de Polícia Militar - 12ª CIPM, em Quirinópolis;

d) 19ª Companhia Independente de Polícia Militar - 19ª CIPM, em Rio Verde (CPE);

e) 21ª Companhia Independente de Polícia Militar - 21ª CIPM (Companhia Prof. César de

Freitas Silva), em Santa Helena;

O 9º Comando Regional de Polícia Militar - 9º CRPM, sede na cidade de Catalão, com

as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 11º Batalhão de Polícia Militar - 11º BPM (Batalhão Corumbá), em Pires do Rio;

b) 18º Batalhão de Polícia Militar - 18º BPM (Batalhão Pirapitinga), em Catalão;

c) 40ª Companhia Independente de Polícia Militar - 40ª CIPM (Companhia Entre Rios), em

Ipameri.

O 10º Comando Regional de Polícia Militar - 10º CRPM, sede na cidade de Uruaçu,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 14º Batalhão de Polícia Militar - 14º BPM, em Uruaçu.

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54 O 11º Comando Regional de Polícia Militar - 11º CRPM, sede na cidade de Formosa,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 16º Batalhão de Polícia Militar - 16º BPM (Batalhão Itiquira), em Formosa;

b) 21º Batalhão de Polícia Militar - 21º BPM (Batalhão Vale do Rio Maranhão), em

Planaltina de Goiás; e

c) 14ª Companhia Independente de Polícia Militar - 14ª CIPM, em Alto Paraíso de Goiás.

O 12º Comando Regional de Polícia Militar - 12º CRPM, sede na cidade de Porangatu,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 3º Batalhão de Polícia Militar - 3º BPM, em Porangatu;

b) 13ª Companhia Independente de Polícia Militar - 13ª CIPM, em São Miguel do Araguaia;

O 13º Comando Regional de Polícia Militar - 13º CRPM, sede na cidade de Posse, com

as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 24º Batalhão de Polícia Militar - 24º BPM, em Posse; e

b) 42ª Companhia Independente de Polícia Militar - 42ª CIPM, em Campos Belos.

O 14º Comando Regional de Polícia Militar - 14º CRPM, sede na cidade de Jataí, com

as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 15º Batalhão de Polícia Militar - 15º BPM (Batalhão Vale do Rio Claro), em Jataí;

b) 7ª Companhia Independente de Polícia Militar - 7ª CIPM (Companhia Parque das Emas),

em Mineiros; e

c) 18ª Companhia Independente de Polícia Militar - 18ª CIPM, em Jataí (CPE).

O 15º Comando Regional de Polícia Militar - 15º CRPM, sede na cidade de Goianésia,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 23º Batalhão de Polícia Militar - 23º BPM, em Goianésia; e

b) 3ª Companhia Independente de Polícia Militar - 3ª CIPM, em Jaraguá.

O 16º Comando Regional de Polícia Militar - 16º CRPM, sede na cidade de Ceres, com

a seguinte Unidade Policial Militar:

a) 22ª Companhia Independente de Polícia Militar, em Ceres.

O 17º Comando Regional de Polícia Militar - 17º CRPM, sede na cidade de Águas

Lindas de Goiás, com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 17º Batalhão de Polícia Militar - 17º BPM (Batalhão Esperança), em Águas Lindas de

Goiás;

b) 11ª Companhia Independente de Polícia Militar - 11ª CIPM (Companhia Renascer), em

Santo Antônio do Descoberto;

c) 35ª Companhia Independente de Polícia Militar - 35ª CIPM (Companhia Parque da

Barragem), em Águas Lindas de Goiás;

d) 36ª Companhia Independente de Polícia Militar - 36ª CIPM (Companhia Vão dos

Angicos), em Padre Bernardo; e

e) 34ª Companhia Independente de Polícia Militar - 34ª CIPM (Companhia Olhos D´Àgua),

em Alexânia.

O Comando de Policiamento Rodoviário - CPR, com sede na cidade de Goiânia, com as

seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 1º Batalhão de Polícia Militar Rodoviário - 1º BPMRv(Batalhão Jaime Câmara), em

Goiânia;

b) 2º Batalhão de Polícia Militar Rodoviário - 2º BPMRv, em Firminópolis;

c) 3º Batalhão de Polícia Militar Rodoviário - 3º BPMRv(Batalhão Serra da Mesa), em

Uruaçu;

d) Batalhão de Polícia Militar Fazendária - BPMFaz, em Goiânia;

e) 1ª Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviário - 1ª CIPMRv(Companhia Serra

de Caldas), em Caldas Novas; e

f) 4º Batalhão de Polícia Militar Rodoviário de Operações de Divisas - COD, em Goiânia

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55 O Comando de Policiamento Ambiental - CPA, sede na cidade de Abadia de Goiás,

com as seguintes Unidades Policiais Militares:

a) 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental - 1º BPMA, em Abadia de Goiás;

b) 1ª Companhia Independente de Polícia Militar Ambiental - 1ª CIPMA, em Aruanã; e

c) 2ª Companhia Independente de Polícia Militar Ambiental - 2ª CIPMA, em Uruaçu.

O Comando de Missões Especiais - CME, sede na cidade de Goiânia, com as seguintes

Unidades Policiais Militares:

a) Batalhão de Polícia Militar de Choque - BPMCHOQUE, em Goiânia;

b) Regimento de Polícia Montada – RPMON (Engenheiro Ary Ribeiro Valadão Filho), em

Goiânia;

c) 1º Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva - 1º GIRO, em Goiânia;

d) Batalhão de Operações Especiais - BOPE (35º BPM), em Goiânia;

e) Grupamento de Rádio Patrulha Aérea - GRAER, em Goiânia.

RESUMINDO...

BATALHÕES

1º Goiânia 21º Planaltina de Goiás

2º Rio Verde 22º Trindade

3º Porangatu 23º Goianésia

4º Anápolis 24º Posse

5º Itumbiara 25º Palmeiras de Goiás

6º Goiás 26º Caldas Novas

7º Goiânia 27º Senador Canedo

8º Aparecida de Goiânia 28º Anápolis

9º Goiânia 29º Goiatuba

10º Luziânia 30º Goiânia

11º Pires do Rio 31º Goiânia

12º Iporá 32º Jussara

13º Goiânia 33º Cidade Ocidental

14º Uruaçu 34º Itaberaí

15º Jataí 35º BOPE

16º Formosa 36º CPOG – Aparecida de Goiânia

17º Águas Lindas de Goiás 37º Pirenópolis

18º Catalão 38º Desativado

19º Novo Gama 39º Aparecida de Goiânia

20º Valparaíso de Goiás 40º Trindade

- BPMROTAM - BPMChoque

- BPMEsc - RPMon

- BPMTran - GIRO

- BPMEve - GRAER

- BPMAmb - BPMFaz

- COD - BPMRv (3)

CIPM

1ª Goiânia – Campinas 25ª Desativada

2ª Jardim Ingá – Luziânia 26ª Aparecida de Goiânia

3ª Jaraguá 27ª Goiânia – Residencial Itamaracá

4ª Aragarças 28ª Goiânia – Setor Andreia Cristina

5ª Indiara 29ª Goiânia – Setor Vera Cruz

6ª Desativada 30ª Desativada

7ª Mineiros 31ª CPE – Anápolis

8ª Copom 1º CRPM 32ª Cristalina

9ª Goiânia – Setor Coimbra 33ª Choque do Entorno

10ª Morrinhos 34ª Alexânia

11ª Sto. Antônio do Descoberto 35ª Águas Lindas de Goiás

12ª Quirinópolis 36ª Padre Bernardo

13ª São Miguel do Araguaia 37ª Goiânia – Setor Central

14ª Alto Paraíso 38ª Rio Verde

15ª Goiânia – Res. Eldorado 39ª Desativada

16ª Ap. de Goiânia – Jd. Tiradentes 40ª Ipameri

17ª Anicuns 41ª Aparecida de Goiânia – Vila Brasília

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18ª CPE – Rio Verde 42ª Campos Belos

19ª CPE – Jataí 43ª CPE – Aparecida de Goiânia

20ª São Luís de Montes Belos 44ª Aruanã

21ª Sta. Helena de Goiás 45ª CPE – Goiás

22ª Ceres 46ª Copom 2º CRPM

23ª Inhumas 47ª Silvânia

24ª Goianápolis 48ª Goianira

- CIPMAmb (2) - CIPMRv

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ANEXOS

Regulamento nº 120 de 31 de janeiro de 1842

O Regulamento nº 120, de 31 de janeiro de 1842, trata sobre a execução policial e criminal, versando sobre a polícia administrativa e polícia

judiciária, ficando a Polícia Judiciária com a função de auxiliar a Justiça na busca da verdade real e de sua autoria, desta forma, agindo a posteriori, isto é, depois que a segurança foi violada e a boa ordem perturbada; enquanto que a polícia

administrativa ficou com a função preventiva, agindo a priori, para evitar a infração.

Neste Regulamento, no quesito “Disposições Policiais”, este determina:

“Art. 1º: A Polícia Administrativa e Judiciária é incumbida, na

conformidade das Leis e Regulamentos:

§1º Ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça, no exercício da Suprema Inspeção, que lhe pertence como primeiro chefe e centro de toda administração policial do Império. §2º Aos Presidentes das Províncias, no exercício da Suprema inspeção, que nelas tem pela lei do seu regimento, como seus

primeiros encarregados de manter a segurança e tranquilidade pública e de fazer executar as leis. Art. 4º: No Município da Corte, em cada Província haverá um chefe de Polícia que residirá na Capital. Art. 7º: Os Chefes de Polícia das Províncias terão um Delegado em cada Termo, e tantos Subdelegados quantos os Presidentes das mesmas Províncias, sobre sua informação, julgarem necessários.

Haverá por via de regra um Subdelegado em cada distrito de Paz, quando for mui populoso, e também se for muito extenso, e houver neles pessoas idôneas para exercer esse e os outros cargos públicos”.

Os Chefes de Polícia eram nomeados pelo Imperador dentre os Desembargadores e Juízes de Direito. Delegados e Subdelegados, indicados pelos Chefes de Polícia ao Presidente, nomeados pelo Imperador, devendo ser juízes de Paz,

bacharéis formados ou cidadãos que forem cabeça de termo.

O organograma de comando era assim estruturado: a. Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça – Administrador; b. Presidentes das Províncias – Inspeção;

c. Chefes de Polícia - Comando provincial; d. Delegados e Subdelegados - Comando local;

e. Juízes Municipais (Bacharel em Direito) - Comando local; f. Juízes de Paz (homens bons) - Comando local; g. Inspetores de Quarteirão - Membros da Guarda Nacional;

h. Câmaras Municipais e seus fiscais - (homens bons); i. Carcereiros (contratados).

Dentro desta nova estrutura, ficou determinado que o policiamento das Províncias fosse feito pelas Forças de Linha (tropa recrutada), que recebiam ordens

tanto dos Presidentes das Províncias quanto do Governo Central. Isto gerava choques ideológicos, que causavam sérios prejuízos para a segurança pública, pois os

Presidentes nomeados para a Província de Goiás eram “estrangeiros” e exerciam autoridade sobre a vereança e os Chefes de polícia, que, na sua maioria, eram

analfabetos e despreparados para a função, excedendo na sua autoridade. Esta era a realidade que caracterizava o século XIX, período que marca decadência econômica de

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Goiás com a queda da produção aurífera e, consequentemente, a ascensão do

coronelismo. Com a decadência aurífera, a fome e a pobreza passaram a ser características marcantes de Goiás, que tem agora na pecuária sua principal atividade

econômica. “Dentro do processo econômico, destacam-se as grandes propriedades

rurais, que se estruturaram lentamente, via sistema de patrimônio (posse da terra, sem qualquer vínculo jurídico), cujos limites eram definidos pela capacidade financeira daquele que se apossava da terra e a cultivava de modo extensivo” (SOUZA, Cibeli.

Retrospectiva Histórica de Goiás, 1996, p. 39). Foi neste contexto que se pensou na criação de uma polícia com ação

limitada à capital da Província (Vila Boa), Arraias e Palma.

Resolução nº 13 de 28 de julho de 1858

Em 1858, baixou-se a Resolução nº 13, em 28 de julho de 1858, criando a

Força Policial de Goyaz, através de um decreto do então presidente da província de Goyaz, Dr. Januário da Gama Cerqueira, fixando seu efetivo em: um tenente (João

Pereira de Abreu), dois alferes (Aquiles Cardoso de Almeida e Antônio Xavier Nunes da Silva), dois sargentos, um furriel e quarenta e um praças.

RESOLUÇÃO Nº 13, DE 28 DE JULHO DE 1858, RELATIVA À CRIAÇÃO DA FORÇA

POLICIAL DE GOYAZ “Francisco Januário da Gama Cerqueira, Presidente da Província de Goyaz: Faço saber a,

todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa provincial decretou e eu sancionei a resolução seguinte:

Art. 1º - O Presidente da Província fica autorizado para organizar uma Força Policial,

conforme o plano que abaixo segue:

Nº de Graduações Vencimento Mensal Vencimento Anual

1 Tenente 50$000 600$000

2 Alferes 80$000 960$000

2 Sargentos 56$000 672$000

1 Furriel 24$000 288$000

3 Cabos 60$000 720$000

41 Praças, inclusive um tambor a 600 réis diários

738$000 8.856$000

Soma 1008$000 12.096$000

Art. 2º. - O mesmo Presidente, expedirá o regulamento para a boa execução da presente Lei, submetendo-o depois ao conhecimento da Assembleia, a fim de ser definitivamente aprovado.

Art. 3º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta resolução pertencer, que a cumprirão e irão cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.

Palácio do Governo de Goyaz, aos vinte e oito dias de julho de mil oitocentos e cinquenta e

oito, trigésimo sétimo da Independência e do Império. L.S. Francisco Januário da Gama Cerqueira Carta de Lei, pela qual V. Exª. manda executar a

resolução da Assembleia Legislativa provincial, criando uma força policial, como acima se declara. Para V. Exª. Ver. Aurélio Caetano Silveira Pinto a fez.

Selada e publicada nesta Secretaria do Governo da Província de Goyaz em 31 de julho de 1858. O Secretario Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Registrada a fl. 24v do livro de leis e resoluções da Assembleia Legislativa provincial. Secretaria do Governo de Goyaz, 3 de agosto de 1858. Basilio Martins Braga Serradourada” (Adaptado de: Gazeta Official de Goyaz nº 47, ano I, de sexta feira, 24 de dezembro de 1858. Arquivo Público Estadual).

Com a criação da Força Policial, vários civis foram contratados para o policiamento local: eram os “bate-paus”. Sem qualquer instrução, com disciplina

precária, eles não possuíam qualquer garantia e só recebiam do governo uma

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pequena diária e ajuda de custo, para que não passassem muita fome durante as

diligências. Usavam como arma apenas um pedaço roliço de madeira (tipo cassetete), que representava o símbolo do poder da Justiça e podiam ser indicados na hora de efetuar uma prisão ou diligência, ou defender alguém de uma agressão. Sem

fardamento, nem armas privativas, eles passaram posteriormente a ser escolhidos pelas demonstrações de coragem e por critérios estabelecidos pelos próprios

delegados. Muitos desses bate-paus fizeram profissão e tinham a preferência dos chamados, como acontecia com os profissionais do crime, quando se destacavam por suas qualidades de força, coragem e destreza.

A Força Policial recém-criada tinha que conviver com o 20º Batalhão do

Exército e Esquadrão de Cavalaria, também com sede na capital, que consequentemente, intervinha em suas atividades, gerando conflitos internos e grandes desmandos. Para sediar a Força Policial foi adquirida pela Fazenda Provincial,

em junho de 1863, uma área de 724m2, comprada dos herdeiros do finado Coronel João Nunes da Silva, destinada à construção do primeiro Quartel da Força Policial de

Goyaz, que abrigou o Comando da Corporação de 1863 a 1936, e atualmente é a sede do 6º BPM na cidade de Goiás.

O Primeiro Regulamento da Força Policial de 3 de novembro de 1858

Na data de 03 de novembro de 1858, com base na Resolução de 28 de

julho do mesmo ano, foi baixado pelo Presidente da Província, o primeiro Regulamento da Corporação, composto de 71 artigos distribuídos em 4 capítulos que tratavam, respectivamente, sobre a organização referente à Companhia da

Força Policial da Província de Goiás, do Uniforme, dos Delitos e das Penas, e, por último, do Processo.

Tal Regulamento foi substituído várias vezes, sucessivamente, conforme se segue:

- por Ato do Presidente da Província, datado de 02/07/1879, com base na Lei nº 595, de 30/10/1879;

- pelo Decreto nº 7, de 28/03/1892; - pelo Decreto nº 2.735, de 21/07/1910; - pelo Decreto nº 8.914, de 13/02/1926;

- pelo Decreto nº 7.599, de 28/07/1943, quando foi aprovado o Regulamento Geral da Força Policial do Estado;

- Lei nº 1.193, de 14/11/1955, com a sua vigência integral a partir de sua publicação no Diário Oficial do dia 19/05/1956;

- pelo Decreto-Lei nº 25, de 28/07/1969, o Governador do Estado, nos termos do parágrafo 12, do artigo 22 do Ato Institucional nº 5, de 13/12/1968, combinado com o disposto no Ato Complementar nº 49, de 27/02/1969, baixou o Estatuto do Pessoal da Polícia Militar do Estado de Goiás.

Resolução Provincial nº 520 de 1874

“CORREIO OFFICIAL Sábado, 1º de Agosto de 1874 nº 32 Governo Provincial Resolução nº 520 de 10 de julho de 1874 Cria nesta província uma Força Policial

Antero Cícero de Assis, Presidente da Província de Goyaz: Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial decretou e eu sancionei a resolução seguinte:

Art. 1º - Fica criada nesta província uma Força Policial, que no ano financeiro de 1874 a 1875 será composta a saber de:

Capitão Comandante Tenente Alferes 1º Sargento

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2º Ditos

Furriel

Cabos Cornetas Soldados Art. 2º - Os vencimentos dos oficiais e praças, bem como as despesas com esta Força, serão

regulados pela Tabela Anexa. Art. 3º - Os oficiais serão de livre nomeação do presidente da Província, que os poderá

demitir, quando for conveniente ao serviço público.

Art. 4º - O presidente da Província fica autorizado não só a lançar mão, desde já, dos meios necessários para a criação da Força aproveitando dos favores da lei geral, como aumentá-la nas mesmas condições até o completo de duas companhias, formando um corpo, logo que seja possível.

Art. 5º - O presidente da Província dará o regulamento necessário para esta força. Art. 6º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as

autoridades, a quem o conhecimento e execução desta resolução pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Secretário desta província a faça imprimir, publicar e

correr. Palácio do Governo de Goyaz, aos dez de julho de mil oitocentos setenta e quatro, quinquagésimo

terceiro da Independência e do Império. (L. S.) Antero Cícero de Assis Selada e publicada nesta Secretaria do Governo da Província de Goyaz, aos 10 de julho de

1874. Secretário, Caetano Nunes Silva” (Adaptado de: Correio Official. nº 32, Sábado, 1 de agosto de

1874, Arquivo Público Estadual).

A Resolução nº 520, não muda a realidade da Força Policial que, em 1879, é mais urna vez reestruturada recebendo novo regulamento e nova

denominação, conforme comprova o Ato Governamental abaixo: “REGULAMENTO DA COMPANHIA POLICIAL DE GOYAZ

Ato de 02.07.1879 dando novo Regulamento para a Companhia Policial de Goyaz.

PARTE I Capítulo I

Da organização da Companhia e seus fins Art. 1º- A Companhia Policial da Província de Goyaz se comporá do número de Oficiais e praças constantes do plano anexo à Lei Provincial nº 696 de 30 de outubro de 1878, ou do que for estabelecido na respectiva lei anual. Art. 2º - Esta Força, que fica sob as ordens do presidente da província, é destinada a auxiliar as autoridades policiais, manter a

ordem, com segurança e tranquilidade pública na província, e desempenhar, em geral as comissões do serviço público que forem direta ou indiretamente ordenadas pelo presidente da província. [Os demais capítulos são idênticos aos propostos no regulamento da Força Policial de 1868.]” (Adaptado de: Correio Official, nº 2.518, de 2 de julho de 1879. Arquivo Público Estadual).

Desde a data da Lei que a reformou, nenhuma alteração mais fez no antigo quadro, o que não deixou de prejudicar a Província.

“A Companhia de Polícia continua a prestar satisfatoriamente o serviço a que é destinada. Com o auxílio concedido pelo Governo Imperial acha-se paga em dia. É o seu estado efetivo de 117

homens, 4 oficiais e 113 praças, aos quais encontravam-se na Capital 3 oficiais e 22 praças” (Fragmentos de um documento que relata a criação da Companhia de Polícia, p. 49, à disposição no Museu da Polícia Militar de Goiás).

Em 1884, o Presidente da Província de Goyaz, Dr. Camillo Augusto Maria

de Brito, mais uma vez reorganiza a Companhia Policial, voltando a denominação de Força Policial e nomeia seu primeiro Comandante que dá início enfim a seu

funcionamento, conforme comprova o Decreto abaixo:

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“Dr. Camillo Augusto Maria de Brito presidente da província de Goyaz: Faço saber a todos os

seus habitantes que a Assembleia Legislativa provincial decretou e eu sancionei a lei seguinte: Art. 1º - A Força Policial para os exercícios de 1884 a 1885 e de 1885 a 1886 é fixada nos

seguintes termos da lei nº 697 de 19 de julho de 1884:

Capitão Comandante 01

Tenente 01

Alferes 02

1º Sargento 01

2º Sargento 02

Furriel 01

Cabos 06

Cornetas 02

Soldados 80

Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer que o cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Secretário desta Província a faça imprimir publicar e correr. Palácio da Presidência de Goyaz, aos dezenove de julho de mil e oitocentos e oitenta e quatro, sexagésimo terceiro da Independência e do Império.

L.S.

Camillo Augusto Maria de Britto” (Adaptado de: Gazeta Official de Goyaz, nº 31. Sábado, 2 de agosto de 1884, Arquivo Público Estadual).

Nomearam-se oficialmente seu primeiro Comandante, o Capitão João Fleury Alves de Amorim, o Tenente João Pereira de Abreu e os Alferes Achiles Cardoso

de Almeida e Antônio Chavier Nunes da Silva.

Eram Oficiais de honra: Coronel Joaquim da Gama Lobo d’Eça, Tenente José da Costa Brandão, Alferes Felipe José Correia de Melo, Dr. Francisco de Paula Alvéolos, Padre Capelão Tenente Joaquim Cornélio Brom e Padre Inácio Francisco de

Souza. Os Oficiais Honorários eram Capitão Antônio Fleury Curado, Augustinho Ribeiro de Fontoura, Cincinato da Mota Pedreira, João Crisóstomo Moreira, Tenentes Luiz

Macedo de Carvalho Júnior, Manoel José Pinto e Alferes Ayres Emídlio Dias, Francisco d’Abadia Velasco e Antônio José do Vale Heitor.

A Resolução Provincial nº 520 acabou com os bate-paus, que tantos serviços prestaram ao nosso governo e ao nosso povo.

Em 1893, foi criada a Banda de Música, no comando do Major Honorário do Exército João Maria Berquó e sob a direção do Alferes da Guarda Nacional, Joaquim

Santana Marques, seu primeiro regente, que comandava uma banda formada, em grande parte, por integrantes da antiga Banda de Música da Guarda Nacional e por

músicos de cidades vizinhas como Jaraguá, Pirenópolis e Corumbá. Por volta de 1898, a direção da Banda de Música passou para o Mestre Braz de Arruda, substituído algum tempo depois por seu discípulo João Rodrigues de Araújo, o Mestre Araújo, que

permaneceu no cargo até 1933.

A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, inicia uma nova fase política que dá maior autonomia aos Estados e, consequentemente, às

Polícias, que tiveram de se amoldar às necessidades impostas pelo novo regime e pela nova Constituição.

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As denominações recebidas pela corporação desde sua criação

Como visto anteriormente, em 28 de julho de 1858, o então presidente da província de Goyaz, Dr. Januário da Gama Cerqueira, sancionou a Resolução nº 13,

criando a Força Policial de Goyaz, com ação limitada à capital da província (Vila Boa), Arraia e Palma, fixando seu efetivo em um tenente (João Pereira de Abreu),

dois alferes (Aquiles Cardoso de Almeida e Antônio Xavier Nunes da Silva), dois sargentos, um furriel e quarenta e um soldados.

Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889 inicia uma nova fase política que dá maior autonomia aos Estados e, consequentemente, às

policias, que tiveram de se amoldar às necessidades impostas pelo novo regime e pela nova constituição. Em 1892, através do Decreto nº 5, de 12 de julho, passa-se a denominar Corpo de Polícia de Goyaz.

Durante o período republicano, compreendido entre 1910 e 1945,

houveram várias denominações dirigidas à instituição em questão, a saber:

- Batalhão de Polícia de Goyaz(Lei nº 364, de 2 de julho de 1910); - Força Pública de Goyaz (Decreto nº 395, de 19 de dezembro de 1930);

- Polícia Militar de Goyaz (Decreto nº 139, de 1º de junho de 1935); - Força Policial de Goyaz (Decreto-lei nº 3.035, de 29 de março de

1940);

Com o aumento da produção econômica de Goiás, no prosseguimento da

década de 1940, tudo se transformou e em consequência dessas mudanças a Polícia goiana foi totalmente reestruturada passando a ser chamada Polícia Militar do

Estado de Goiás (a 18 de novembro de 1946, com a promulgação da Constituição Federal daquele ano, posteriormente ratificada esta denominação, com o advento das Constituições do Estado, datadas de 1947 e 1963), nomenclatura a qual designa esta

Instituição até os dias atuais.

Polícia Militar do Estado de Goiás

História

Em 28 de julho de 1858, o então presidente da província de Goyaz, Dr. Januário da Gama Cerqueira, sancionou a Resolução nº 13, criando a Força Policial de Goias com ação limitada à capital da província (Vila Boa), Arraia e Palma, fixando seu efetivo em um tenente (João Pereira de Abreu), dois alferes (Aquiles Cardoso de Almeida e Antônio Xavier Nunes da Silva), dois sargentos, um furriel e quarenta e um soldados.

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63 Com a criação da força policial, vários civis foram contratados para o policiamento local. Sem qualquer instrução, com disciplina precária, eles não possuíam qualquer garantia e só recebiam do governo uma pequena diária e ajuda de custo. Usavam como arma apenas um pedaço roliço de madeira (tipo cassetete), que representava o símbolo do poder da Justiça e podiam ser indicados na hora de efetuar uma prisão ou diligência, ou defender alguém de uma agressão. Sem fardamento, nem armas privativas, eles passavam posteriormente a ser escolhidos pelas demonstrações de coragem e por critérios estabelecidos pelos próprios delegados.

Para sediar a Força Policial foi adquirida pela fazenda Provincial, em junho de 1863, uma área de 724m², comprados dos herdeiros do finado coronel João Nunes da Silva, destinada à construção do primeiro Quartel da Força Policial de Goyaz que abrigou o Comando da Corporação de 1863 a 1936, e atualmente é a sede do 6º BPM na cidade de Goiás.

Os anos se passaram e a força policial começou a ter uma participação ampliada de todas casualidades que surgiram na região centro-oeste. Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso, tendo assim uma guerra entre as províncias, a participação dos recrutas goianos, nesta guerra, foi importantíssima, apesar de não terem enfrentado os invasores paraguaios. Eles eram encarregados do fornecimento de víveres às tropas estabelecidas às margens do Rio Coxim, além de abastecer os diversos acampamentos distribuídos ao sul e ao norte de Mato Grosso.

Novas propostas foram surgindo, em 1893, foi criada a Banda de Música, no comando do major honorário do Exército João Maria Berquó e sob a direção do alferes da Guarda Nacional Joaquim Santana Marques, seu primeiro regente, que comandava uma banda formada, em grande parte, por integrante da antiga Banda de Música da Guarda Nacional e por Músicos de cidades vizinhas como Jaraguá, Pirenópolis e Corumbá. Por volta de 1898, a direção da Banda de Música passou para o Mestre Braz de Arruda, substituído algum tempo depois por seu discípulo João Rodrigues de Araújo, o Mestre Araújo, que permaneceu no cargo até 1933.

A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889 inicia uma nova fase política que dá maior autonomia aos Estados e, consequentemente, às policias, que tiveram de se amoldar às necessidades impostas pelo novo regime e pela nova constituição. Com o aumento da produção econômica de Goiás, nas primeiras décadas do século XX, tudo se transformou e em consequência dessas mudanças a Polícia goiana, antes denominada Força Policial de Goyaz, foi totalmente reestruturada passando a ser chamada Polícia Militar do Estado de Goiás.

Estrutura Operacional

Recentemente, foi elaborado um estudo aprofundado da descentralização de Comandos que resultou a aprovação da nova metodologia de comando na corporação e foi decretado de imediato a descentralização do Comando de Policiamento do Interior e da Capital. Os antigos CPI e CPM se dividiram em Comandos Regionais. A descentralização em Regionais permite que a Política do Comando Geral da Polícia Militar seja transmitida com maior agilidade, e os problemas sejam detectados e administrados de acordo com as necessidades, tratando especificamente e prioritariamente cada situação na medida exata e com as providências necessárias e atuantes.

Comandos Regionais de Polícia Militar[editar | editar código-fonte]

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Comandos Regionais de Polícia Militar

1º COMANDO REGIONAL DE POLÍCIA MILITAR - COMANDO DE PATRULHAMENTO DA CAPITAL - CPC - GOIÂNIA

1º BPM - 1º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR - Al. Sebastião Fleuri c/ Rua 1142 St Pedro Ludovico -

Fone: 3201-1777 / 3201-1751.

7º BPM - 7º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - Av. Milão, Qd 52/53, Jardim Europa - Fone: 3201-1621

Comando / 1630 recepção.

9º BPM - 9º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR - Av. Frei Nazareno Confallone s/nº Goiânia ll - Fone:

3201-1572.

13º BPM - 13º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR (22° CIOPS) - Av. do Povo s/nº Jardim Curitiba III -

Fone: 3201-6340/ 6342.

30º BPM - 30º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - Av. Anápolis - Vila Matilde Fone: 3201-2375.

31º BPM - 31º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - Rua AT5 com AT3 , Unidade 203 - Parque Atheneu -

Fone: 3273-6778 / CPU: 99969-5694.

BPMEsc - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR ESCOLAR - 5º Avenida, QD 71, ST Vila Nova - Fone:

3201-1558 (P/2).

ROTAM - BATALHÃO DE ROTAM - Av. Ayrton Sena, Setor Alphaville – Fone: 3201-2423/2422 / CPU:

99968-4585.

BPMTRAN - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR DE TRÂNSITO - Av. Concórdia SN, St Santa Genoveva

- Fone: 3201-1507.

BATALHÃO DE EVENTOS – 1º BPMEVE - Rua 72 s/n Parque da Criança – Jardim Goiás – Fones:

3201-1683 / 1671 /CPU: 99930-3694.

1ª CIPM – 1ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR – Campinas Rua 5, QD 21, Vila

Abajá - Fone: 3201-4113 / CPU: 99954-2825.

9ª CIPM - 9ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - Av. Milão, Qd 52/53, Jardim Europa

- Sala no complexo do 7º BPM. - Fone: 3201-1625 CPU:99628-9524.

15ª CIPM - 15ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - Rua MC-8, qd 04 Área 1 -

Residencial Monte Carlo - Fone CPU: 99631-4275/3289-1947.

27ª CIPM - 27ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - Rua SP-19, S/N, Pça dos

Esportes, Residencial Itamaracá - Fone: 3586-3162.

28ª CIPM - 28ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - Rua Jorge Camargo,Qd 01 Area

01 Setor Andréa Cristina - Fone: 3588-7711/ CPU- 99628-9512.

29ª CIPM - 29ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - Av. Gercina Borges Teixeira, Qd

QC18, Lt 01, Conjunto Vera Cruz I - Fone: 3201-6318-6350 / CPU: 99631-4146.

37ª CIPM - 37ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - Rua 44, s/nº, Araguaia Shopping

– Setor Central - Fone: 3201-1899 - 3201-1848 / 1833.

COPOM 1º CRPM - CENTRO DE OPERAÇÕES POLICIAIS MILITARES - Av. Anhanguera nº 7.364

Setor Aeroviário Goiânia-Go - Fone: 3201-4801 / 4802 / 4808 / 4936

2º COMANDO REGIONAL DE POLÍCIA MILITAR – 2º CRPM – APARECIDA DE GOIÂNIA

46ª CIPM (COPOM 2º CRPM - CENTRO DE OPERAÇÕES POLICIAIS MILITARES) - Av. Liberdade Qd.

138A Lt. 01 - Buriti Sereno Garden Fone: 3201-1728,

8º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – APARECIDA DE GOIÂNIA - Av. das Nações s/nº Bairro

Vera Cruz - CEP: 74976-190 Fone: 3201-1700.

22º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - TRINDADE - Av Santa Maria c/ Rua Padre Balestiere n°

22 ST SUL - Fone: 62-3505-8184

27º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - SENADOR CANEDO - GO 403 KM 09, CONJUNTO

MORADA DO MORRO, SENADOR CANEDO CEP 75250-000 Fone: 62 3201-2410 .

36º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR (ANTIGA 8ª CIPM) - BR 153 KM 1292 ÁREA

INDUSTRIAL, APARECIDA DE GOIÂNIA CEP: 74923-650 Fone: 62-3201-1301.

39º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR (antiga 25ª CIPM - 25ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR) - Rua X-26 Qd.68 Lt. 08 Vila Santa Luzia - Fone: 3201-2497 - CPU: 62-99974-

1913.

40º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR (Antiga 30ª CIPM / 2º CRPM) - TRINDADE - Rua

Turmalina, s/nº, Praça Central, Conjunto Dona Iris I – Fone: 3201-4787.

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16ª CIPM - 16ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - AP. DE GOIÂNIA - RUA 15 QD

59 LT 25 JARDIM TIRADENTES - . Fone: 62-3201-1632.

26ª CIPM - 26ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - AP. DE GOIÂNIA - Av. Newton

Ferreira QD 14 Nº 05 Conjunto Cruzeiro do Sul - Fone: 3277-4597 / 2591.

41ª CIPM - 41ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - AP. DE GOIÂNIA - Av. Anápolis

s/n, ilha, Vila Brasília - Fone: 3201-2694/2695.

43ª CIPM / CPE - COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR / COMANDO POLICIAMENTO ESPECIALIZADO – AP. DE GOIÂNIA Rua 2-A esq. Com 3-A, Setor Residencial, Garavelo Park - FONE:

3201-1706.

3º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 3º CRPM - ANÁPOLIS

4º BPM - 4º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - ANÁPOLIS Av. Brasil Sul, s/nº , Bairro Jardim

Gonçalves – Anápolis Fone: 3328 - 2409

28º BPM - 28º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – ANÁPOLIS Av Buriti Alegre nº 75 Vila Jaiara

Anápolis Fone: 3319-7094 Fax: 3319-7044.

37º BPM - 37º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – PIRENÓPOLIS Rua Bernardino Lobo, qd 03, Vila

Santa Bárbara – Pirenópolis (Antiga Feira Livre ) – Fone: (62) 3331-1765.

38º BPM - 38º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – ANÁPOLIS Av. Brasil Sul, s/nº, Bairro Jardim

Gonçalves – Fone: (62) 3328-2409.

23ª CIPM - 23ª COMPANHIA INDEPEDENTE DE POLÍCIA MILITAR – INHUMAS Av. Antônio Moreira

S/N St. Bueno – Inhumas Fone: (62) 3514-2440.

24ª CIPM - 24ª COMPANHIA INDEPEDENTE DE POLÍCIA MILITAR – GOIANÁPOLIS RUA ALAOR DE

SÁ ABREU, ESQUINA COM RUA SEBASTIANA R. SANTOS, SETOR NOVO HORIZONTE GOIANÁPOLIS GO/ TELEFONE: (62) 3341-1517/1100

31ª CIPM / CPE - COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR / COMANDO POLICIAMENTO ESPECIALIZADO - ANÁPOLIS AV. A Q 08 L 01 Bairro Cidade Jardim - Anápolis 3328-2415

47ª CIPM - 47ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR – SILVÂNIA Av. Padre Leandro

Caliman, n. 1105, Bairro Nossa Senhora de Fátima,Silvânia/go: (62) 3332-1459.

48ª CIPM - 48ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - GOIANIRA RUA 03 Setor

Sobradinho, Goianira – GO. TELEFONE: 3516-1180.

4º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 4º CRPM - GOIÁS

6º BPM - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – CIDADE DE GOIÁS Al. Alcides Jubé s/nº Goiás Cep:

76600-000 Fone: 3371-7381

32º BPM - BATALHÃO DE POLICIA MILITAR (ANTIGA - 19ª CIPM) - JUSSARA Rua 11 esq. rua 4 s/nº

Bairro Nortista - Jussara Cep: 76590-000 Fone: 3373-2278.

34º BPM - BATALHÃO DE POLICIA MILITAR (ANTIGA 39ª CIPM) – ITABERAÍ Av. Goiás Centro –

Itaberaí (62) 3375-2176.

17ª CIPM - 17ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - ANICUNS.

44ª CIPM - 44ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR – ARUANÃ Rua Willy Aurelli qd

21, lt 5-A, Central, Aruanã-GO – CEP: 76710-000 - Fone: (62) 9994-2404.

45ª CIPM / CPE - COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR / COMANDO POLICIAMENTO ESPECIALIZADO – GOIÁS AV. Deosdete Ferreira de Souza, s/n, Centro- Goiás Velho – CEP: 76600-000

3371-7311/99977-4927.

5º COMANDO REGIONAL DE POLÍCIA MILITAR – 5º CRPM - LUZIÂNIA

10º BPM - 10º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR - LUZIÂNIA Av. Alfredo Nasser, qd 155, lt 1/20, P.E.D

II, Luziânia-GO, CEP: 72820-020 (61)3601-3240.

19º BPM - 19º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR – NOVO GAMA Av. Central conj. 12 HC Área Especial

s/nº Novo Gama - Cep 72860-000 Fone: (61) 3628-6307

20º BPM - 20º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR – VALPARAÍSO Av. Principal Área Especial s/nº qd 01

Valparaiso II Cep: 72870-000 Fone: (61) 3627-3615.

2ª CIPM - 2ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR – DISTRITO JARDIM INGÁ-

LUZIÂNIA/GO Rua Dona Guiomar Ribeiro Lotes “F e G”, Área Especial – Distrito do Jardim Ingá – Luziânia-GO, CEP: 72.800-000 Fone: (61) 3623-2338.

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33º BPM - BATALHÃO DE POLICIA MILITAR (ANTIGA - 3ª CIPM) – CIDADE OCIDENTAL-GO

Endereço: SQ 09 Q 06 s/nº -Friburgo “A”- Cidade Ocidental-GO. Fone/fax: (61) 3625-1790.

32ª CIPM - 32ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - CRISTALINA Praça José

Adamian, S/nº, Centro, Cristalina-GO. CEP: 73.850-000,Fone: (61) 3612-3315.

33ª CIPM / CIA CHOQUE - 33ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR / COMPANHIA CHOQUE- VALPARAÍSO / Av. Desembargador Dr. José Dilermando Meireles

Área Especial s/nº Módulo Policial Bairro Cidade Jardins, Valparaíso de Goiás-GO. CEP: 72870-354/ C P U: F one: (61)99616-8295.

6º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 6º CRPM - ITUMBIARA

5º BPM - 5º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - ITUMBIARA Av. Modesto de Carvalho s/nº km-03 St

Industrial CEP: 75500-000 Itumbiara Fone:(64) 3404-5115.

26º BPM - 26º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – CALDAS NOVAS Av. Antônio Sanches Fernandes

Qd 02 s/nº Itaguaí III - Caldas Novas CEP 75690-000 Recepção: (64) 3454-6680.

3ª CIA DEST PM / 26º BPM - PIRACANJUBA – Rua 16, qd 02 s/n Setor Aeroporto Piracanjuba CEP:

75640-000 COPOM: (64) 9977-6089.

29º BPM - 29º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – GOIATUBA Rua Piauí s/nº Bloco 2 Centro Goiatuba

-GO Cep 75.600-000 Fone: (64) 3495-1687.

10ª CIPM - 10ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - MORRINHOS Av. 101-A nº 700

St Aeroporto Morrinhos CEP: 75650-000 Copom: (64) 3413-1582

7º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 7º CRPM - IPORÁ

12º BPM - 12º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - IPORÁ - Rua Carolina Nº 72 Bairro Mato Grosso

Iporá (64) 3603-7480.

25º BPM – 25º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – PALMEIRAS DE GOIÁS Rua 60 Qd 02 Lt 07 St

Alvorada – Palmeiras de Goiás CEP: 76190-000 Fone: (64) 3571- 2314.

4ª CIPM – 4ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR – ARAGARÇAS - Rua Alfredo Luz,

nº 508 Setor Aeroporto CEP 76250-000 Aragarças Fone: (64) 3638-1589

20ª CIPM - 20ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - SÃO LUIZ DE MONTES BELOS

- RODOVIA GO 060, KM 119, ST VILA SERRÂNEA, FONE: (64) 3671-7380

8º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 8º CRPM - RIO VERDE

2º BPM - 2º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - RIO VERDE Av. Pres. Vargas esq. BR 060 – Rio Verde

CEP: 75800-00 Fone: (64) 3620-0909.

5ª CIPM - 5ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - INDIARA BR 060 Km 253 Indiara

Fone: (64) 3547-1547.

12ª CIPM - 12ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR –- QUIRINÓPOLIS Av. Rui

Barbosa s/n Bairro São Francisco – Quirinópolis Cep: 75860-000 Fone: (64) 3651-1073

19ª CIPM / CPE - COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR / COMANDO POLICIAMENTO ESPECIALIZADO – RIO VERDE- Endereço: Av. Beija Flor, Esquina com Av. Atlantida, Setor Valdeci

Pires, Rio Verde, FONE (64)3620- 0900.

21ª CIPM - 21ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR –SANTA HELENA AV.

ESPERIDIÃO PAULO CURI s/ nº BAIRRO LUCILENE CEP: 75920-000 (64) 3641-3759.

9º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 9º CRPM - CATALÃO

11º BPM - 11º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - PIRES DO RIO Rua Abdala Davi nº 01 Centro. Pires

do Rio Cep: 75200-000 Fone: (64) 3461-2346.

18º BPM - 18º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR – CATALÃO Av. Dr. Lamartine P. de Avelar nº 1320 St

Universitário Catalão Cep: 75700-000 Fone: (64) 3441-1681.

40ª CIPM - 40ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR – IPAMERI Rua VS 5, SETOR

VILAGE SUL, FONE: (64) 99671-2243 func/ (64) 3491-1868.

10º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 10º CRPM - URUAÇU

14º BPM - 14º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - URUAÇU Rua Santana s/nº, ST SUL I Uruaçu CEP:

76400-000 Fone: (62) 3357-2238.

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67 11º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 11º CRPM - FORMOSA

16º BPM - 16º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR - FORMOSA Av. Valeriano de Castro nº 674 Centro

Formosa CEP: 73800-000 Fone: (61) 3631-4879.

21º BPM - 21º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR – PLANALTINA Área Especial nº 26 Bairro Santa Rita

St Leste Planaltina-G o Cep: 73750-000 - COPOM Fone: (61) 3637-1613.

14ª CIPM – 14ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - ALTO PARAÍSO Rua Ari

Valadão s/nº St. Planalto 62 3446-1190.

12º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 12º CRPM - PORANGATU

3º BPM - 3º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - - PORANGATU Av. Amazonas s/nº Vila Recor,

Porangatu Cep: 76550-000 Fone: 3363-1166 Fax: 3363-1060.

13ª CIPM – 13ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA

Rua 4 s/nº St Eliziário São Miguel do Araguaia Cep: 76590-000 Fone: 3364-1190

13º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 13º CRPM - POSSE

24º BPM - 24º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - POSSE Av. Nazário Ribeiro Bairro Santa Luzia

Posse Cep: 73900-000 Fone: (62) 3481-1221

42ª CIPM - 42ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - CAMPOS BELOS AV. DAS

INDUSTRIAS, QD3 LT21 A 30, ST INDUSTRIAL, CEP:73840-000/TELEFONE:(62)3451-1757.

14º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 14º CRPM - JATAÍ

15º BPM - 15º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - JATAI Rua José Pereira nº 854, Antiga Rodoviária,

Jataí CEP: 75800-000 Fone: (64) 3631-3404 / (64) 3632-0782.

7ª CIPM - 7ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - MINEIROS Av Antônio Carlos

Paniago, QD 121, s/nº, St Pecuária – Mineiros, CEP:75.830-000. Fone: (64) 3661-2975.

18ª CIPM / CPE - COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR / COMANDO POLICIAMENTO ESPECIALIZADO - Rua Capitão Francisco Joaquim Vilela, nº 1.321 – Centro em Jataí-GO CEP: 75.800-

054, Telefone: (64) 3636-8681

15º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 15º CRPM - GOIANÉSIA

23º BPM - 23 º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - GOIANÉSIA Rua 21 esq. com 44 Bairro Dona Fica

Goianésia Cep: 73680-000 Fone: 3353-3944.

3ª CIPM - 3ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR– JARAGUÁ – AV. SOLON BATISTA

S/N; SETOR AEROPORTO- (62) 3344-1990.

16º COMANDO REGIONAL DE POLICIA MILITAR – 16º CRPM - CERES

22ª CIPM 22ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - CERES Av Brasil esq. com Rua 9

– Jd Sorriso I Ceres Fone: (62) 3307-1310.

17º COMANDO REGIONAL DE POLÍCIA MILITAR – 17º CRPM - ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

17º BPM - 17º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR - ÁGUAS LINDAS Área Especial qd 45 Jardim Brasília

Águas Lindas Fone: (61) 3613-2517.

11ª CIPM – 11ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR - SANTO ANTÔNIO DO

DESCOBERTO - GO Av. Pernambuco QD 91/ 92 - Àrea especial - Centro - Santo Antônio do Descoberto – GO (61) 3626 - 1138.

34ª CIPM – 34ª COMPANHIA INDEPEDENTE DE POLÍCIA MILITAR – ALEXÂNIA Av Brasília Qd 10 Lts

10/15, Centro – Alexânia - GO, TELEFONE: (62) 3336-3511.

35ª CIPM - 35ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - ÁGUAS LINDAS FONE: (61)

3613-7499.

36ª CIPM - 36ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLICIA MILITAR - PADRE BERNARDO Av. Rio

Verde, Conjunto Habitacional 9 de maio, Setor Oeste, Padre Bernardo Cep 73700-000 Fone: (61) 3633-2223.

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68 18º CRPM COMANDO DE MISSÕES ESPECIAIS – CME GOIÂNIA

GRAER - GRUPO DE RÁDIO PATRULHA AÉREO - Al. Sebastião Fleury c/ Rua 1142 St Pedro Ludovico

Cep: 74180-060 Fone: 3201-9227.

BPMCHOQUE - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR DE CHOQUE - Al. Sebastião Fleuri c/ rua 1142 St

Pedro Ludovico Cep:74180-060, Fone: 3201-1690.

RPMON - REGIMENTO DE POLICIA MONTADA - Cavalaria Av. Santos Dumont s/nº Nova Vila Cep:

74672-410 Fone: 3201-1590.

BOPE - 35º BPM - BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (Antigo COE - COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS) - Av. Sebastião Fleuri Filho esq Americano do Brasil St Marista. Fone: 3201-

1739.

GIRO - 1º GRUPAMENTO DE INTERVENÇÃO RÁPIDA OSTENSIVA DA POLÍCIA MILITAR - (antiga 6ª CIPM) - Av. Santos Dumont s/nº Nova Vila Cep: 74672-410 Giro: 3201-1589..

COMANDO DE POLICIAMENTO RODOVIÁRIO - CPRv - GOIÂNIA

1º BPMRV - 1º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR RODOVIÁRIO - GOIANIA Rodovia GO-070, Km 03,

Vila Mutirão I, Goiânia, CEP 74480-080. Fone: 3201-6311.

2º BPMRV - 2º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR RODOVIÁRIO - FIRMINÓPOLIS Av. das Américas,

nº 93, Centro, Firminópolis-GO. CEP: 76105-000 FONE: (64) 3681-1109.

1ª CIPMRV - 1ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR RODOVIÁRIA - CALDAS NOVAS

Rodovia GO – 213 Km 54, Zona Rural Novas (64) 3455-3348.

3º BPMRv (ANTIGA 2ª CIPMRV) - URUAÇÚ. Rodovia GO – 237 Km 05, Zona Rural Uruaçu (62)3068-

1001.

1º BPMOD - COD - COMANDO DE OPERAÇÕES DE DIVISAS Base Administrativa do COD - GO-060,

Km 05, Setor Maysa - Saída para Trindade Telefones: 3593-8345.

BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR FAZENDÁRIA (GOIÂNIA)- BPMFAZ - Funcional: 62 – 9805-8399.

COMANDO DE POLICIAMENTO AMBIENTAL (CPA) - GOIANÁPOLIS

1º BPMA - BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL – ABADIA DE GOIÁS - Parque Estadual

Telma Ortegal BR 060 KM 174 - Fone: 3503-1419.

Unidades de Apoio Administrativo

Quartel de Ajudância Geral (QAG)

Gerência de Correição e Disciplina

Diretoria de Saúde (DS)

Comando de Apoio Logístico (CAL)

Diretoria de Apoio Administrativo e Financeiro (DAAF)

Gerência Financeira (GeFin)

Centro Integrado de Operações Estratégicos (CIOE)

Fundação Tiradentes

Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS)

Colégios da Polícia Militar de Goiás (CPMG)

CPMG DR.César toledo;

CPMG Ayrton Senna;

CPMG Vasco dos Reis;

CPMG Fernando Pessoa;

CPMG Dionária Rocha;

CPMG Carlos Cunha Filho;

CPMG Polivalente Gabriel Issa;

CPMG Hugo de carvalho ramos;

CPMG Prof. João Augusto Perillo;

CPMG. Unidade José Carrilho;

CPMG "Madre Germana"

CPMG Colina Azul

CPMG Clementina Rangel de Moura;

CPMG José Carrilho;

CPMG Tomaz Martins da Cunha;

CPMG Pedro Ludovico;

CPMG Nestório Ribeiro;

CPMG José de Alencar;

CPMG Manoel Vilaverde;

CPMG Maria Tereza Garcia Neta Bento;

CPMG Sargento Nader Alves dos Santos.

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Bibliografia

DUARTE; Paulo de Queiróz; O Comando de Osório; 1981.

ALENCAR; Vicente Peixoto; Capacete vazio.

CUNHA NETO; Oscar; Rio Verde; Apontamentos para sua História - p. 271; 1993.

Histórico da PMGO; O Anhanguera - p. 07; 2005.

Referências

http://www.pm.go.gov.br/upload/PLANO_ESTRATEGICO_2017.pdf http://www.pm.go.gov.br

Referências Bibliográficas Polícia Militar de Goiás, GOIÁS. Síntese Histórica da Polícia Militar, 1972. 27 p;

SOUZA, Cibele de, O ANHANGUERA, Ano I, Quadrimestral, 1999, 224 p.