história e memória volume i glpt
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8/3/2019 Histria e Memria VOLUME I glpt
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A MAONARIA
REGULARHISTRIA E
MEMRIA
FASCICULONMERO I
lvaro Carva
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HISTRIA E MEMRIA
FUNDAO DA MAONARIA
O CONTRIBUTO DA IDADE MDIA
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V inte e oito anos depois do nascimentoda Grande Loja de Portugal, passmos a viver numaRepblica. O que mudou h cento e vinte e oito anos
em Portugal? Quais as inovaes que a Repblica
trouxe maonaria que representamos? Qual a mar-
ca do nosso quotidiano?
Nenhum maon de hoje se recorda dos aconteci-
mentos ocorridos em 1882 e no h memrias pes-
soais a no ser os smbolos e os documentos. Se
certo que o nosso smbolo da Grande Loja evoluiu de
um cinzento ou preto em fundo branco, para as cores
verde e encarnado em 2006, ambas so a nossa
memria desse tempo e dessa poca. Esta associa-
o das cores verde e encarnado ao nosso smbolofoi to bem aceite, tal como hoje a referncia de
um Pas chamado PORTUGAL. So marcas identit-
rias que hoje revemos com mais facilidade, desde
que no se percam os laos histricos.
1882
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128 anos de
Maonaria
Mas o que mudou na Maonaria? O que se iniciou
em 1500? O que ocorreu em 1717? O que comeou
verdadeiramente em 1882? O que se iniciou em
1910? Perdeu-se, para sempre, os 767 anos da
Monarquia e os 128 anos da Maonaria que nossapertena? O que ocorreu em 2000 e em 2004? E em
2009?
So marcas identitrias que hoje revemos com mais facilidade,
desde que no se percam os laos histricos.
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FUNDAO DA MAONARIA
O CONTRIBUTO DA IDADE MDIA
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O Contributo da Idade
Mdia para a Maonaria
moderna.
FUNDAO DA MAONARIA
O CONTRIBUTO DA IDADE MDIA
A histria diz-nos que na Idade Mdia a maioria dos artesos
tinham residncia fixa. Produziam bens para a venda local e
permitiam que os intermedirios comercializassem os mesmos
em mercados distantes. A Arte dos maons era estranha para
todos os restantes artesos. Os maons tinham que se deslocarpara outros locais e esses locais de trabalho eram imprevisveis.
A Histria diz-nos ainda que a forma habitual de organizao
das artes e dos ofcios
era a Guilda local. Tra-
tava-se de uma organi-
zao social e econmi-
ca. Tratava-se de uma
organizao que permi-
tia que as pessoas se
tratassem como uma
famlia, apesar de essa
relao ser artificial. Unia-os interesses comuns, reforados por
juramentos e rituais. Existia um santo padroeiro da arte e umairmandade religiosa. As entidades civis tentavam controlar e
regulamentar as artes.
A afiliao Guilda era um privilgio que seria guardado, pre-
servado e aceitavam com tolerncia os visitantes ou forasteiros.
Eram tambm conhecidas como corporaes. Muitas eram
admitidas na vida e no governo dos burgos, sendo-lhes concedi-
do um selo da causa e onde eram definidos os seus direitos e
poderes.
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Idade Mdia
Ano de 1475
Ano de 1483
Ano de 1493
A Idade Mdia tambm muito conhecida como Idade Medie-val, Era Medieval ou poca Medieval.
A Idade Mdia teve inicio com a runa do Imprio Romano doOcidente, no sculo V, terminando com o fim do Imprio Roma-no do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no sculo XV eno ano de 1453 d.C..
O selo da Incorporao dos Maons e Artfices de Edimburgo foi
concedido em 1475. Em Aberdeen e Glasgow, os carpinteiros
(maons e artfices) e tanoeiros agrupavam-se em corporaes
que receberam os seus selos em 1527 e 1551. Mas as artes j
existiam muito antes destas ocorrncias. A recepo dos selos
podem porm explicar a visibilidade da organizao.
EmAberdeen, em 1483, o Conselho de Burgo envolveu-se numa
relao de disputa entre seis maons da Masownys of the Luge,
havendo multas por ofensas, com a excluso de alguns maons
da Loja. A Loja deve ter sido construda por volta de 1485.
Em 1493, trs maons comprometeram-se a permanecer e a
residir nessa Loja (Luge).
Originalmente, a Loja de um Maon seria o seu local de traba-
lho protegido, um local temporrio, eventualmente uma estru-
tura junto a uma parede de um edifcio j existente ou em cons-
truo.
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A palavra Loja no
existe em Inglaterra
Esccia e na Europa
Continental
Na Alemanha e no sculo XV, os Steinmetzen das Lojas (Bauhutten)
mantinham contactos e reunies peridicas para regularem a arte.
Sendo certo que em Inglaterra no existia a palavra LOJA. Alis, osAntigos Deveres falam de Assembleias Anuais.
O conceito de Loja utilizado na Esccia e na Europa Continental e,
s mais tarde, usado em Inglaterra.
As reunies anuais inglesas representavam mais um ideal que uma
realidade, podendo acontecer algumas reunies informais de
maons para regulamentarem o ofcio, certamente nos momentosmais importantes e relacionados com o trabalho de novas edifica-
es.
No incio da Idade Mdia, as roupas
assemelhavam-se ao estilo romnico
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18th century
Janeiro de 1717
Uma iluso
AInglaterra diz-se herdeira da Maonaria. Serverdadeira essa afirmao?Podemos declarar que em Inglaterra existiram no passado umas
cpias dos Antigos Deveres e o uso difundido da palavra maon
livre e maon aceite.
Mas a investigao histrica diz-nos que em 1717 no havia mao-
naria operativa em Inglaterrae a MAONARIA moderna ainda no
tinha sido desenvolvida.
O que ocorreu nessa data?
A histria manica moderna tenta associar-se aos Antigos Deveres
e fundamentar a sua pertena manica por associao s Guildas,
ou s Confrarias, que h muito tinham deixado de existir, por j no
serem necessrias.
Como nos coloca em relevo David Stevenson, (The First Freemasons,Scotlands Eraly Lodges and Their Members, Aberdeen University
Press, 1988), ilusrio continuar a sustentar que a Maonaria Espe-
culativa nasceu em Inglaterra, repentinamente, em 1717, com oacordo de quatro Lojas, formando a Grande Loja de Londres.
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Ausncia de documentos
J claro para os investigadores que no houve e no h athoje documentos que em termos de anlise cientfica, histrica,verosmil, credvel, atestem esta organizao e este facto hist-rico de 1717.
A ausncia de documentos que possamos considerar fidedignossobre a histria da Grande Loja de Londres em 1717 propicia oaparecimento de lendas e hipteses historicamente no com-provadas.
Na An Encyclopedia of Free Masonry, Albert G. Mackey,
maon norte-americano de grau 32, escreve que os elos emfalta da cadeia de provas tm sido frequentemente substitudospor invenes gratuitas [] e afirmaes de grande importncia
tm sido negligentemente baseadas em documentos cujaautenticidade no est provada.
A verso oficial diz ter havido uma reunio preparatria de qua-
tro Lojas. H quem v aceitando a Lenda, mas a histria daGrande Loja de Londres em 1717 e dos cinco anos subsequen-tes precisa ser validada. A investigao universitria, histrica ea prpria investigao manica exigem uma abordagem daHistria da Maonaria e a concluso actual o nascimento deuma maonaria artificial que acabou por ser aceite e associadaa 1717.
Em sntese, desenvolveu-se artificialmente a chamada Mao-naria actual. Com um conjunto de documentos medievais
desenvolveu-se a Maonaria Moderna.
Se aceitarmos a Lenda, formou-se uma macroestrutura admi-nistrativa em 24 de Junho de 1717, nas festividades de S. JooBaptista.
FIM DO FASCCULO I
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Arquivo Nacional Manico Alexandre Herculano
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Arquivo Nacional Manico Alexandre Herculano
Uma colectnea de pensamentos uma farmcia moral onde se encontram remdios para todos os
males, Voltaire
Cincia conhecimento organizado. Sabedoria vida organizada, Immanuel Kant
Quem Somos
No ARQUIVO NACIONAL MANICO ALEXANDRE HERCULANO encontram-se um conjunto de docu-mentos recebidos ou enviados pelas nossas organizaes manicas, mantendo-os de forma ordena-da, como fonte de informao para a execuo das nossas actividades. Os documentos preservados
pelo arquivo so de vrios tipos e em vrios suportes. No permitimos o acesso dos arquivos ao pbli-co, mas permite-se o acesso a Instituies Cientficas e a investigadores, desde que o acesso seja supe-riormente autorizado e para os fins a que se destinam.
O ARQUIVO NACIONAL MANICOALEXANDRE HERCULANO hoje um espao singular em PORTU-GAL, proporcionando diversas solues e alternativas aos documentos e informaes relativas MAONARIA.
Para alm dos livros, jornais, revistas e artigos que nos chegam de todos os cantos do MUNDO e rela-
cionados com a MAONARIA, encontra-se no mesmo espao a SEDE DA MAONARIA REGULAR DE
BASE TRADICIONAL EM PORTUGAL. Encontra o espao ideal para dar vida arte e a iniciativas decarcter cultural manico.
http://www.maconariaregular.org/arquivo/