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Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de História da Educação João Pessoa Universidade Federal da Paraíba 15 a 18 de agosto de 2017 ISSN 2236-1855 1248 HISTÓRIA DO ENSINO PRIMÁRIO RURAL: AS ESCOLAS ISOLADAS DO MUNICÍPIO DE RIO CLARO/SP (1970-1990) 1 Kamila Cristina Evaristo Leite 2 Introdução Neste texto apresento resultados preliminares de pesquisa de Mestrado 3 em Educação vinculado ao projeto de pesquisa Formação e Trabalho de Professores e Professoras Rurais no Brasil: PR, SP, MG, RJ, MS, PE, PI, SE, PB, RO (décadas de 40 a 70 do século XX) financiado pelo CNPq e coordenado pela Profa. Dra. Rosa Fátima de Souza. O objetivo dessa comunicação é apresentar aspectos da história do ensino primário no estado de São Paulo enfatizando as escolas primárias rurais, representadas principalmente pelas Escolas Isoladas. O recorte temporal inicia na década de 1970 e finaliza na década de 1990. Nesse período muitas transformações ocorreram no ensino primário. Duas mudanças na organização do ensino primário se destacaram, a primeira em 1971 com a Lei n. 5.692, que reorganizou o ensino de 1º e 2º graus e a segunda mudança no ensino primário na zona rural em 1989 com o Decreto n. 29.499, que transforma as escolas isoladas rurais em escolas graduadas. Entre os modelos de escolas que são abordados neste texto estão: os grupos escolares, as escolas isoladas, as escolas de emergência, as escolas de primeiro grau, as escolas agrupadas e a as escolas nucleadas. Para analisar as escolas utilizarei um conjunto de fontes pertencentes ao município de Rio Claro, com o objetivo de reconstruir brevemente a história do ensino primário no estado de São Paulo e buscar vestígios/representações da estrutura física das escolas isoladas, apresentando indícios de suas condições precárias para o ensino. Entre as fontes estão: o Plano Diretor Integrado do município de Rio Claro (1972), a Legislação sobre as escolas e o ensino primário e um livro sobre a história das escolas municipais de Rio Claro (2014). 1 Bolsa CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Demanda Social. 2 Graduada em Pedagogia Licenciatura Plena pela Faculdade de Ciências e Letras UNESP-Campus/Araraquara. Mestranda em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP Campus/Marília. E-mail: [email protected] 3 O projeto de pesquisa desenvolvido em nível de mestrado tem como objetivo geral analisar a profissão docente na zona rural do município de Rio Claro no período de 1962 a 1989 através das memórias de professoras primárias que exerceram à docência na zona rural.

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Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de História da Educação João Pessoa – Universidade Federal da Paraíba – 15 a 18 de agosto de 2017

ISSN 2236-1855 1248

HISTÓRIA DO ENSINO PRIMÁRIO RURAL: AS ESCOLAS ISOLADAS DO MUNICÍPIO DE RIO CLARO/SP (1970-1990)1

Kamila Cristina Evaristo Leite2

Introdução

Neste texto apresento resultados preliminares de pesquisa de Mestrado3 em Educação

vinculado ao projeto de pesquisa – Formação e Trabalho de Professores e Professoras Rurais

no Brasil: PR, SP, MG, RJ, MS, PE, PI, SE, PB, RO (décadas de 40 a 70 do século XX)

financiado pelo CNPq e coordenado pela Profa. Dra. Rosa Fátima de Souza. O objetivo dessa

comunicação é apresentar aspectos da história do ensino primário no estado de São Paulo

enfatizando as escolas primárias rurais, representadas principalmente pelas Escolas Isoladas.

O recorte temporal inicia na década de 1970 e finaliza na década de 1990. Nesse

período muitas transformações ocorreram no ensino primário. Duas mudanças na

organização do ensino primário se destacaram, a primeira em 1971 com a Lei n. 5.692, que

reorganizou o ensino de 1º e 2º graus e a segunda mudança no ensino primário na zona rural

em 1989 com o Decreto n. 29.499, que transforma as escolas isoladas rurais em escolas

graduadas.

Entre os modelos de escolas que são abordados neste texto estão: os grupos escolares,

as escolas isoladas, as escolas de emergência, as escolas de primeiro grau, as escolas

agrupadas e a as escolas nucleadas.

Para analisar as escolas utilizarei um conjunto de fontes pertencentes ao município de

Rio Claro, com o objetivo de reconstruir brevemente a história do ensino primário no estado

de São Paulo e buscar vestígios/representações da estrutura física das escolas isoladas,

apresentando indícios de suas condições precárias para o ensino. Entre as fontes estão: o

Plano Diretor Integrado do município de Rio Claro (1972), a Legislação sobre as escolas e o

ensino primário e um livro sobre a história das escolas municipais de Rio Claro (2014).

1 Bolsa CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Demanda Social. 2 Graduada em Pedagogia Licenciatura Plena pela Faculdade de Ciências e Letras UNESP-Campus/Araraquara.

Mestranda em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP – Campus/Marília. E-mail: [email protected]

3 O projeto de pesquisa desenvolvido em nível de mestrado tem como objetivo geral analisar a profissão docente na zona rural do município de Rio Claro no período de 1962 a 1989 através das memórias de professoras primárias que exerceram à docência na zona rural.

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O método de análise aqui empregado é a análise da configuração textual proposto por

Mortatti (2000, p.31). Esse método apresenta questionamentos ao corpo de fontes a ser

analisadas, não como um roteiro, mas um entendimento da proposta do conteúdo

apresentado nas fontes. Mortatti (2000) entende que o texto deve ser lido e analisado

considerando aspectos como: temático-conteudística (o que?), estruturais-formais (como?),

determinado sujeito (quem?), lugar social (de onde?), momento histórico (quando?), movido

por certas necessidades (por quê?), propósito (para quê) e objetivando um efeito

determinado leitor (para quem?). Sendo assim, este conjunto de interrogações:

É, portanto, a análise integrada desses aspectos que propicia ao investigador: reconhecer e interrogar determinado texto como configuração “saturadas de agoras” e “objeto singular e vigoroso”, e dele produzir uma leitura possível e autorizada, a partir de seus próprios objetivos, necessidades e interesses. (MORTATTI, 2000, p.31).

As fontes foram localizadas no Arquivo Público e Histórico do Município de Rio Claro -

“Oscar Arruda Penteado”, no site da Prefeitura Municipal de Rio Claro, no site da ALESP -

Assembleia Legislativa de São Paulo.

Modelos de Escolas Primárias Paulistas: As Escolas Primárias do Município de Rio Claro

São João Batista do Ribeirão Claro foi fundada em 1827, passando a ser chamar Rio

Claro no ano de 1905. O município está localizado a 173 km da Capital, São Paulo e sua

população foi estimada para o ano de 2016 em 201.473 habitantes. Ao longo de seus 190

anos, Rio Claro passou por transformações econômicas, geográficas, políticas e sociais.

A principal atividade econômica no início da fundação de Rio Claro era a agricultura

com o plantio da cana-de-açúcar, milho, arroz e algodão, mas foi com o café que o município

adquiriu riquezas. Troppmair (2008) aponta que entre os anos de 1850 e 1900, com os lucros

do café, Rio Claro tornou-se a 3ª cidade economicamente mais importante da província de

São Paulo. Nesse momento foram criados em São João Batista do Rio Claro diversos espaços

considerados símbolos da urbanização e do progresso. Entre esses espaços estão os Grupos

Escolares representando a modernização e o progresso na área educacional.

O desenvolvimento das cidades não caberia apenas a instituições de saúde, cultura,

lazer, transporte e infraestrutura, mas, como afirma Souza (2008), a modernização que os

republicanos almejavam era sair do atraso e alcançar o progresso, para isso, não bastava

apenas uma aparência física do local, mas também a evolução cultural, o bom cidadão, o

homem trabalhador e, para que este ideal se realizasse, teriam também que modernizar as

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escolas e o ensino que era oferecido para poucos e, que apresentava altos números de

analfabetos, o que retardava o progresso.

No alvorecer do século XX, eram muitos e notáveis os traços de modernização da sociedade brasileira: crescimento urbano, remodelação e embelezamento das cidades com a abertura e calçamentos de ruas, prolongamentos de avenidas, construção de prédios públicos e arranha-céus, arborização, parques e jardins públicos, casas de comércio, bondes, iluminação elétrica, expansão das estradas de ferro, instalação de fábricas, entre outros melhoramentos. Em meio a tudo isso, a escola despontava como mais um símbolo do grau de civilização atingindo pelos núcleos urbanos. A modernização atingia também o campo educacional. (SOUZA, 2008, p.36 e 37)

De acordo com Souza (2012, p.35) durante a Primeira República o ensino primário era

constituído por diferentes tipos de escolas, sendo eles diferenciados pela organização

pedagógica, por critérios relacionados à titulação dos professores, faixa etária dos alunos,

localização das escolas, duração do curso, número de classes e clientela escolar. Entre os

modelos de escolas dois modelos se destacaram na expansão do ensino primário no estado de

São Paulo, os grupos escolares representando a modernidade, o progresso e a urbanização e

as escolas isoladas representadas pelo atraso, pela precariedade, pela inconstância de seu

corpo docente e situadas na zona rural.

Entre os grupos escolares e as escolas isoladas a diferenciação não estava apenas no

espaço geográfico predominante, a zona urbana ou a zona rural, mas principalmente na

infraestrutura dos prédios escolares e na organização pedagógica. Conforme descrito no

Código de Educação do Estado de São Paulo do ano de 1933 os grupos escolares eram escolas

graduadas que ofertavam o ensino primário com duração de 4 anos e as escolas isoladas eram

escolas multisseriadas que ofereciam o ensino primário com duração de 3 anos. Os prédios

dos grupos escolares tinham no mínimo 4 salas de aulas e os prédios das escolas isoladas era

composto por apenas uma sala de aula adaptada ao ensino.

De modo geral, prevaleceram dois modelos de organização pedagógica: as escolas unitárias ou singulares caracterizadas pelo ensino ministrado por um professor a grupos de alunos de diferentes níveis de adiantamento em um mesmo espaço (sala de aula) e as escolas graduadas compreendendo várias salas de aula com vários professores, alunos classificados em classes o mais homogênea possível pelo nível de adiantamento e a distribuição dos programas em séries. (SOUZA, 2012, p.35 e 36).

Os primeiros grupos escolares do município de Rio Claro datam do início do século XX.

Abreu (2013, p.66) menciona que os grupos escolares não foram construídos em larga escala

no interior do estado de São Paulo, pois os custos para as construções dos prédios escolares

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eram muito elevados. Em Rio Claro o primeiro grupo escolar foi instalado em prédio

construído em 1900 e o segundo grupo escolar em prédio adaptado em 1911.

Os grupos escolares eram o símbolo do progresso que os republicanos almejavam. Com

salas para cada série, com um corpo de professores, um diretor responsável pela

administração da escola e com uma estrutura física mais adequada ao ensino. No quadro

abaixo estão os primeiros grupos escolares do município de Rio Claro.

QUADRO 1 PRIMEIROS GRUPOS ESCOLARES DE RIO CLARO/SP

ESCOLA CRIAÇÃO PROVÉM ATUALMENTE

Cel. Joaquim Salles 1900 Grupo Escolar Escola Estadual Fundamental II

Marcello Schimdt 1911 Grupo Escolar Escola Municipal

Fundamental I

Irineu Penteado 1925 Grupo Escolar Núcleo de Ensino

Barão de Piracicaba 19084 Escola

Municipal Escola Estadual Fundamental II

Fonte: Quadro construído pela autora com base nas fontes estudadas.

Nos anos 30, 40 e 50 do século XX não foram criados outros grupos escolares no

município de Rio Claro. A partir dos anos de 1960 com o Plano de Ação do Governo do

Estado de São Paulo que fazia parte do FECE – Fundo de Construções Escolares, foram

construídos nessa cidade seis grupos escolares. Segundo Lima (2013), cujo o estudo sobre as

escolas implementadas no interior do Estado de São Paulo pelo Plano de Ação do Governo do

Estado afirma que nos anos de 1960 e 1961 foram construídos 4 grupos escolares em Rio

Claro - G.E. Prof. Marciano de Toledo Piza; G.E. Profa. Diva Marques Gouvêa; G.E.

Monsenhor Martins; e o G.E. Profa. Dijiliah Camargo de Souza. Ao analisar a arquitetura

dessas escolas pesquisada por Lima (2013) posso destacar a estrutura física desses grupos

escolares.

A estrutura das escolas contava com 8 a 10 salas de aula, sanitário masculino e

feminino, depósito, biblioteca, sala do diretor, sala do auxiliar de diretor, gabinete dentário,

sala dos professores, cozinha, despensa e galpão. Algumas escolas havia espaços

diferenciados como, cantina, vestiário, quadra poliesportiva, galpão pré-primário (areia e

cimentado), galeria e varanda.

4Conforme apresentado na tese de doutoramento de Abreu (2013, p.102)

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Para Carvalho (1988, p.93 e 94) o Plano de Ação do Governo do estado tinha como

objetivo construir, ampliar e equipar os prédios escolares do ensino público primário e

médio, para atender a população escolar que estava fora das escolas. Mesmo construindo

novas escolas, a redução do período de aula e a utilização de galpões e escolas de emergência

ainda eram necessárias para atender todas as crianças em idade escolar.

Entre as formas de aquisição dos recursos financeiros necessários para a construção,

ampliação ou equiparação dos prédios escolares estava a doação orçamentária e recursos do

Fundo da União e dos Municípios. A exemplo a Lei n. 663/1960 e a Lei n. 716/1960

autorizava o prefeito de Rio Claro, o Sr. Francisco Scarpa, a doar terreno para a construção de

prédio destinado ao funcionamento de grupo escolar. Essas leis são referentes ao Grupo

Escolar do Bairro do Bonfim e do Grupo Escolar do Bairro da Vila Operária.

QUADRO 2 GRUPOS ESCOLARES CRIADOS NA DÉCADA DE 1960

ESCOLA CRIAÇÃO PROVÉM ATUALMENTE

Prof. Marciano de Toledo Piza

1960 Grupo Escolar do Bairro do

Bonfim

Escola Estadual Ensino Médio

Profa. Diva Marques Gouvêa

1960 Grupo Escolar do Bairro do

Estádio

Escola Municipal Fundamental I

Monsenhor Martins 1961 Grupo Escolar

da Vila Operária Escola Municipal

Fundamental I

Profa. Dijiliah Camargo de Souza

1961 Grupo Escolar da Vila Alemã

Escola Municipal Fundamental I

Profa. Carolina Augusta Seraphim

1962 Grupo Escolar da Vila Indaiá

Escola Estadual Fundamental II e

Ensino Médio

Antônio Sebastião da Silva

19695

10º Grupo Escolar da

Cidade de Rio Claro

Escola Municipal Fundamental I

Fonte: Quadro construído pela autora com base nas fontes estudadas

Esses grupos escolares foram construídos em bairros mais distantes do centro da

cidade. Troppmair (1993) afirma que o município de Rio Claro em décadas anteriores já

5 A escola Antônio Sebastião da Silva apresenta dois decretos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Decreto de 14 de agosto de 1969 que dá denominação ao 10º G.E. de Rio Claro e o Decreto n. 7.517, de 3 de fevereiro de 1976 que cria unidades escolares no estado. Conforme apresentado no Livro sobre as escolas municipais de Rio Claro, organizado por Abreu e Campos (2014, p.42), o segundo decreto consta como a criação da escola.

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havia expandido bastante, a população crescia cada vez mais, a indústria começava a

despontar e a criação de novos bairros era necessário para acomodar a população,

principalmente a população vinda da zona rural.

As Escolas de Primeiro Grau foram instituídas a partir da Lei n. 5692/71 que

reorganizou o ensino no Brasil. Frattini (2011) afirma que a lei reorganizou o ensino de 1º e

2º grau, estruturando o ensino de 1º grau em 8 anos de duração, reunindo os grupos

escolares (1ª a 4ª série) com os ginásios (5ª a 8ª série) como uma escola única. As escolas

isoladas permaneceram apenas com as séries iniciais do ensino de 1º grau, escolarizando em

sua grande maioria até a 3ª série.

O quadro abaixo apresenta as escolas de primeiro grau que foram criadas nas décadas

de 1970, 1980 e 1990 em Rio Claro e a qual nível de ensino da educação básica atendem

atualmente.

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QUADRO 3 ESCOLAS CRIADAS APÓS A REORGANIZAÇÃO

DO ENSINO DE 1º GRAU (1ª A 8ª SÉRIE)

ESCOLA CRIAÇÃO PROVÉM ATUALMENTE

Dep. Fed. Hamilton Prado

1977 E.E.P.G Escola Municipal

Fundamental I

Prof. Nelson Stroili 1980 E.E.P.G da Vila

São Jorge

Ensino Fundamental II e

Ensino Médio

Prof. Délcio Baccaro

1983

E.E.P.G do Conjunto

Habitacional Inocoop

Ensino Fundamental II, Ensino Médio e

Educação de Jovens e Adultos

Prof. Sylvio de Araújo

1984 E.E.P.G da Vila

Cristina Escola municipal

Fundamental I

Prof. Roberto Garcia Losz

1986 E.E.P.G Jardim

Boa Vista

Ensino Fundamental II, Ensino Médio e

Educação de Jovens e Adultos

Profa. Heloísa Lemenhe Marasca

1986 E.E.P.G do

Bairro Bela Vista

Ensino Fundamental II e

Ensino Médio

Profa. Oscália Goes Correa Santos

1986 E.E.P. G do

Jardim Paulista II

Ensino Fundamental II e

Ensino Médio

Prof. José Cardoso 1989

E.E.P.G do Conjunto

Habitacional do Arco-Íris

Ensino Fundamental II, Ensino Médio e

Educação de Jovens e Adultos

Prof. Oscar de Almeida

1993 E.E.P.G do Distrito da Assistência

Ensino Fundamental e

Médio

Prof. João Baptista Negrão Filho

1996 E.E.P.G do

Jardim Guanabara

Ensino Fundamental II e

Ensino Médio

Fonte: Quadro construído pela autora com base nas fontes estudadas.

Na expansão do ensino primário juntamente com os grupos escolares estavam as

escolas da zona rural, representadas principalmente pelas escolas isoladas. Os estudos sobre

as escolas primárias rurais ainda são escassos, podendo destacar os trabalhos desenvolvidos

por Silva (2004); Souza (2012); Ávila (2013); Moraes (2014); Celeste Filho (2014); cujas

pesquisas versam sobre os modelos de escolas primárias, sobre a profissão docente na zona

rural e as políticas educacionais para o ensino primário rural.

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A partir desses estudos foi possível levantar alguns problemas e características do

ensino primário rural. Entre os problemas destacam-se: a falta de professores, a precariedade

das escolas, a baixa frequência dos alunos, o abandono escolar, a remoção e licença dos

professores, a deficiência e irregularidade da inspeção escolar, a falta de mobiliário, os baixos

salários, a falta de material pedagógico, professores iniciantes e a falta de matrícula nas

escolas.

As características do ensino primário rural são: curso primário de menor duração,

programas simplificados, não levar em consideração as diferenças regionais, o programa de

ensino não ser adaptado ao meio, essencialmente prático, fixar o homem no campo, único

professor, multisseriado, escolas com alto número de alunos (até 40 alunos de níveis

diferentes para apenas um professor) e objetivos modestos.

Entre os modelos de escolas primárias rurais existentes no período delimitado para a

pesquisa destaco as escolas isoladas, a escolas de emergência, as escolas agrupadas rurais e as

escolas nucleadas. Cada modelo tem as suas especificações, entre as diferenças estão a

estrutura física do prédio escolar, a titulação dos professores e o nível de escolarização

oferecido. As escolas isoladas e as escolas de emergência se aproximam muito em seus

aspectos físicos e nível de escolarização. As escolas agrupadas e nucleadas se aproximam das

escolas graduadas dos centros urbanos.

Abreu (2013) destacou que no início da República o município de Rio Claro contava

com um total de 65 escolas isoladas, sendo, 52 escolas mantidas pelo estado, 12escolas pelo

município e 1 escola estadual noturna. Na segunda metade do século XX, o Plano Diretor de

Rio Claro (1972) realizou um levantamento da rede de ensino de Rio Claro na zona urbana e

rural e contabilizou 45 escolas isoladas, sendo 35 estaduais e 10 municipais, desse total 11

escolas eram de emergência.

Carvalho (1988, p. 89) afirma que as primeiras escolas de emergências foram criadas

no ano de 1955 em caráter emergencial para atender a demanda da falta de vagas para o

ensino primário na zona urbana e rural e, partir da década de 1960, as escolas de emergência

passam a ser especificas da zona rural. Grande parte dessas escolas atendiam as crianças que

estavam no primeiro ano do ensino primário e as escolas eram entregue a professores

substitutos e com pouca experiência. As escolas de emergência perduraram até o fechamento

total das escolas primárias rurais unidocente, em meados da década de 1990.

Em Rio Claro, a primeira centralização de escolas rurais ocorreu em 1976. A 1ª, 2ª, 3ª e

4ª Escola Isolada de Ajapi e a Escola de Emergência de Ajapi foram unidas e transformadas

em uma Escola Agrupada, porém mantiveram-se autônomas uma em relação a outra. Com o

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Decreto n. 11.947, de 26 de julho de 1978 essa escola passou a ser denominada Escola

Estadual de Primeiro Grau (Agrupada) Prof. José Fernandes6, constituindo uma unidade

escolar. No ano de 1981 o Decreto n. 17.226, de 19 de junho, criou a Escola Agrupada de

Batovi7, com a denominação de Prof. Victorino Machado.

As Escolas Agrupadas e as Escolas Nucleadas foram modelos de escolas situadas na

zona rural e que abandonavam a estrutura das escolas isoladas, passando a funcionar em um

prédio escolar com várias salas de aula, contanto com um grupo de professores, um diretor

escolar e com o fim da multisseriação do ensino. As escolas agrupadas ofereciam além do

ensino primário os anos iniciais do ensino fundamental (5ª e 6ª série).

Com o Decreto Estadual 29.499/1989 a nucleação das escolas isoladas rurais foi

implantada no estado de São Paulo, nesse momento todas as escolas isoladas passaram a ser

escolas de emergência e gradativamente foram fechadas e transformadas em outras escolas.

Em Rio Claro as escolas rurais municipais foram localizadas nas sedes de distrito e no ano de

1991 com a Lei Municipal n. 2.404 de 17 de abril de 1991 foram criadas as Escolas Municipais

de Ajapi e Ferraz, posteriormente denominadas de Escola Laura Penna Joly em Ajapi e a

Escola Prof. Benedicto José Zaine em Ferraz.

Basso e Neto (2014, p.318) apontam que o processo de nucleação das escolas do campo

diminuiu o número de escolas e aumentou a distância percorrida pelos alunos, mas eliminou

rapidamente a multisseriação do ensino na zona rural. Vasconcellos (1993) afirma que o fim

das escolas isoladas favoreceria a formação de um corpo docente, tendo como objetivo uma

melhor troca de informações pedagógicas tirando-os do “isolamento”.

Uma análise sobre as escolas isoladas rurais de Rio Claro/SP

Para analisar as condições físicas e materiais das escolas isoladas rurais utilizei o Plano

Diretor Integrado do Município de Rio Claro. A análise tem como objetivo apresentar

vestígios/representações de como eram as condições físicas e materiais das escolas isoladas

na zona rural.

O Plano8 Diretor de Desenvolvimento Integrado do município de Rio Claro foi

publicado no ano de 1972 pela Comissão de Assessoria e Planejamento, o documento

apresenta uma introdução e 11 partes, sendo: 1ª) caracterização do município; 2ª)

6 Atualmente a Escola Estadual “José Fernandes” atende crianças do distrito de Ajapi e região, do ensino fundamental I até o ensino médio.

7 Atualmente a Escola Agrupada de Batovi foi municipalizada e passou a ser denominada Prof. Dennizard França Machado.

8 Localizei a cópia do Plano Diretor Integrado do Município de Rio Claro no Arquivo Público e Histórico do Município de Rio Claro – “Oscar de Arruda Penteado”.

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demografia; 3ª) economia; 4ª) educação; 5ª) saúde; 6ª) saneamento básico; 7ª) serviços

municipais; 8ª) organização territorial; 9ª) organização administrativa; 10ª) análise

financeira; 11ª) sumário das proposições.

A quarta parte do Plano Diretor contém informações sobre a educação do município de

Rio Claro, na esfera estadual e municipal. O primeiro capítulo apresenta o atendimento, a

demanda, o corpo docente, os prédios, os serviços auxiliares, as perspectivas futuras, as

conclusões e as recomendações para o ensino pré-primário e primário na zona rural. As

informações apresentadas no plano foram construídas a partir de um diagnóstico sobre as

escolas. Esse diagnóstico foi baseado em um questionário sobre os estabelecimentos de

ensino primário e foram respondidos por diretores e professores.

O texto inicia fazendo referência a população rural no município de Rio Claro,

constatando que no ano de 1971 a zona rural desse município era composta por 12% da

população. Dos 8.820 habitantes da zona rural havia 22 crianças matriculadas no curso

infantil do jardim de infância da Fazenda São José e 944 crianças matriculadas no ensino

primário, distribuídas nas 45 escolas isoladas existentes na época.

Troppmair (1993, p.20) aponta que a partir dos anos 20 e 40 do século XX o setor

industrial começou a se desenvolver em Rio Claro, e ao mesmo tempo verificou-se uma

retração das atividades agrícolas. Empregando mão-de-obra camponesa, o setor industrial

influenciou na saída da população rural para a zona urbana.

Ao analisar os dados de Troppmair (1993) e do Censo 2000 do IBGE – Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísticas, observa-se uma gradativa diminuição da população da

zona rural no município de Rio Claro. Após os anos de 1970, como aponta o Plano Diretor,

ocorreu uma acentuada queda da população rural em Rio Claro.

No ano de 1940 a população do município de Rio Claro contava com 55% da população

na zona urbana e 45% na zona rural, na década seguinte, 1950, passou a ter uma população

de 73% na zona urbana e 27% na zona rural. Na passagem do século XX para o século XXI o

município apresentava quase totalidade da população na zona urbana, 97,18% da população.

Segundo o diagnóstico apresentado no Plano Diretor (1972), havia 322 alunos

matriculados na 1ª série do ensino primário, 273 alunos matriculados na 2ª série, 203 alunos

matriculados na 3ª série e 146 alunos matriculados na 4ª série. Nota-se que o número de

alunos matriculados na primeira série era superior ao número de alunos matriculados na

última série do ensino primário.

Das 45 escolas isoladas existentes na zona rural de Rio Claro apenas 10 escolas

ofereciam a 4ª série primária, as outras 35 escolas ofereciam até a 3ª série. Desse total 31

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escolas ofereciam a 1ª série do ensino primário. Outra informação relevante analisada é que a

escola com maior número de matrículas, um total de 40, era a Escola Mista do Bairro Serra

D’Água, e a escola com o menor número de matrículas, um total de 8, era a Escola Mista do

Bairro do Simão.

Ao analisar a situação do prédio escolar o Plano Diretor (1972) apresentou 17 escolas

em estado precário, 31 escolas adaptadas ao ensino e 16 escolas com instalações sanitárias

precárias. Entre os benefícios para o ensino são apontadas 11 escolas com galpão coberto para

recreação, 11 escolas com equipamentos necessários para o ensino, 35 escolas com merenda

escolar, 5 escolas com assistência dentária e 24 alunos com direito ao transporte escolar.

Entre os apontamentos pode-se destacar que o diagnóstico realizado pela Comissão de

Assessoria e Planejamento concluiu que, com a diminuição da população rural, não havia

necessidade de abrir novas classes e nem pensar na centralização escolar na zona rural. Ao

consultar a legislação educacional do município de Rio Claro após o ano de 1972, ano da

publicação do Plano Diretor, localizei 4 decretos, todos sobre criação de escolas primárias na

zona rural, são eles: Decreto n. 2.098/74 – cria uma escola a título precário na Fazenda Mata

Negra; Decreto n. 2.347/1978 – cria uma escola a título precário no Bairro da Cachoeirinha;

Decreto n. 3.024/1984 – necessidade de criação de uma escola no Bairro São Bento; Decreto

n. 3.031/1984 – necessidade de criação de uma escola no Bairro dos Lopes.

Ao concluir o capítulo sobre as escolas da zona rural de Rio Claro, o Plano Diretor

(1972) sugere 5 recomendações para a melhoria no atendimento da criança do campo, são

elas: construções de galpões de recreio, melhoria dos sanitários, visitas periódicas para

conhecer e resolver problemas, assistência dentária e merenda escolar estendida às escolas

que não recebiam o benefício da merenda escolar.

Assim, ao analisar o Plano Diretor Integrado do Município de Rio Claro (1972) pude

perceber que a situação das escolas isoladas da zona rural era extremamente precária. Oriani

(2015, p. 5) observa que a imagem construída das escolas isoladas estava em torno da

provisoriedade, da simplicidade e das difíceis condições para o correto funcionamento da

escola.

Considerações Parciais

Dois modelos de escola primária se destacaram no século XX, as escolas graduadas,

representando o progresso, a modernização e localizadas na zona urbana e as escolas

singulares, representando a precariedade do ensino na zona rural. A diferença entre esses

dois modelos estava na estrutura física e pedagógica.

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A escola isolada ensinava as crianças do campo os rudimentos da leitura, escrita e do

cálculo em prédio adaptado ao ensino, com saneamento básico ineficiente, falta de

equipamentos, materiais e mobiliário. Enquanto que alguns grupos escolares foram

projetados com uma estrutura mais adequada para o ensino.

Ao longo do texto é perceptível a necessidade da existência das escolas primárias rurais

para a escolarização das crianças do campo. Na primeira metade do século XX foram

contabilizadas 65 escolas isoladas, na segunda metade do século 45 escolas rurais e após a

década de 1970 e efetivamente após o ano de 1989 foram implementados os agrupamentos

das escolas rurais visando melhores condições de ensino para o homem do campo.

A escassez de fontes permitiu somente apontar indícios sobre as escolas primárias

rurais após a década de 1970. O texto apresentou apenas um elemento do grande rol de temas

que podem ser estudados sobre as escolas primárias rurais. A síntese focou na construção da

rede de ensino primário do município de Rio Claro e a precariedade das escolas primárias na

zona rural.

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