história de santo antonio do pinhal, 1785-2015

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Zildo Aparecido da Silva José Antonio Marcondes 2ª Edição Santo Antônio do Pinhal De Sertão a Município - 1785 a 2015 Freguesia 1861 a 2015

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Obs: Ainda em diagramação e correção.Através de uma pesquisa extenuante e honesta, fundada, sobretudo, em documentos oficiais, sesmarias, fotos, mapas e inventários, os Autores oferecem com o presente livro uma real e fiel revisão histórica de Santo Antônio do Pinhal, uma das mais importantes estâncias turísticas do Estado de São Paulo, contando as contendas pertinentes as dúvidas divisórias entre as capitanias de São Paulo e Minas Gerais.

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Zildo Aparecido da SilvaJosé Antonio Marcondes 2ª Edição

Santo Antônio do PinhalDe Sertão a Município - 1785 a 2015

Freguesia 1861 a 2015

Com a publicação de “Santo Antônio do Pinhal – De Sertão a Município. 1785 a 2009”, o advogado José Antonio Marcondes da Silva e o professor de História e Geografia Zildo Aparecido enriquecem sobremaneira o acervo histórico da Serra da Mantiqueira.

Através de uma pesquisa extenuante e honesta, fundada, sobretudo, em documentos oficiais, sesmarias, fotos, mapas e inventários, os Autores oferecem com o presente livro uma real e fiel revisão histórica de Santo Antônio do Pinhal, uma das mais importantes estâncias turísticas do Estado de São Paulo.

Tivemos o privilégio de acompanhar pari-passu o esforço hercúleo e paciente dos Autores ao longo dos anos, com a permanente preocupação de que talvez eles desistissem da empreitada, ante a incompreensão de muitos e o descrédito de todos.

Valentes e corajosos, decididos e incansáveis, venceram todos os obstáculos que a cultura brasileira, marcada pelo desprezo à memória histórica, se lhes antepuseram.

E agora, presenteiam São Paulo e o Brasil com esta obra notável, de absoluta fidelidade histórica e de resgate de um passado longínquo.

A nosso modesto ver, deveríamos odiar os indiferentes, os abúlicos e os apáticos que transformam os arquivos oficiais da cultura brasileira em fogueiras da Idade Média.

É fundamental conhecer o passado para entender o presente e prover o futuro. O historiador José Honório Rodrigues revelou um aspecto singular: “Aprendi que a história não pode ser uma crônica aos mortos; ela deve servir aos vivos e assim deve ser escrita”.

Os Autores desta obra histórico-pedagógica, José Antonio Marcondes da Silva e Zildo Aparecido da Silva, ofertam um precioso presente aos pinhalenses: agora, Santo Antônio do Pinhal se conhece!

Santo Antônio do Pinhal, verão de 2.009.

Pedro Paulo Filho(in memorian)Membro do Instituto Histórico e Geográficode São Paulo, do Instituto de Estudos Vale-paraibanos, União Brasileira de Escritores,Academia de Letras de Campos do Jordão,

de Pindamonhangaba, de Santos e da Academia Valeparaibana de Letras e Artes.

Prefacio

Sobre este livro.

Santo Antônio do Pinhal, de Sertão a Município vem a público para preencher uma lacuna na história das gentes que povoaram as vastas terras do Brasil. Trabalho árduo e preciso de pessoas que laboraram com paixão, o livro fundamenta-se em pesquisa séria e infatigável. De fato, os Autores não se contentaram com a abordagem superficial dos fatos que apresentam: optaram por mergulhos mais profundos que vão desde a leitura de esquecidos livros-tombos de velhas igrejas até o trabalho de campo junto a descendentes daqueles que, pode-se dizer, construíram a história da cidade de Santo Antônio do Pinhal.

Procedendo desse modo, os autores fizeram falar os mortos ainda uma vez, mostrando-os nas lutas que, em vida, se empenharam. Por essa via, ressuscitaram-se bandeirantes que largaram da Vila de São Paulo, cruzaram as águas do Paraíba do Sul e embrenharam-se nos altos da Serra da Mantiqueira, abrindo caminhos, fundando o Brasil; por ela renasceram os imigrantes italianos, gentes que, no início do século XX, galgaram a Mantiqueira e, depois deles, os japoneses e outros tantos homens de várias etnias.

Trata, portanto, o livro que o leitor ora tem em mãos de uma história que é parte de um conjunto de histórias que terão se realizado em todo o país durante o seu período de maior povoamento.

Entretanto, não só do passado vive a presente obra. Se, de um lado, constatamos a passagem do tempo através de fatos como as três construções da Igreja Matriz, o patrulhamento das montanhas ao tempo da Revolução de 1932 e os incríveis sucessos que constituem a Revolta dos Canos, de outro temos a visão atual da cidade com informações úteis a quem queira visitá-la.

É com satisfação que recebo a publicação de Santo Antônio do Pinhal, de Sertão a Município. Filho da terra e tendo conhecido, em minha infância e juventude, muitas das pessoas nela citadas, valeu-me a leitura para recordar e refletir sobre homens e suas sagas em seu esforço comum para o desenvolvimento da região onde vivem.

Cidade de clima invejável e grande beleza natural, já era tempo de Santo Antônio do Pinhal ter a sua história. Quis o destino que a tivesse por mãos de autores que tudo fizeram para dignificá-la.

Ayrton César MarcondesSanto Antonio do Pinhal, fevereiro de 2009.

Prefácio

Vygotsky, (1896-1934) educador russo, afirmava que somos

seres históricos. Isto é, nós somos em pensamentos e ações, a soma de

todas as nossas experiências, vivências, convivências, tudo que vimos,

ouvimos e oralizamos. Enquanto o filósofo alemão Nietzsche,(1844-

1900)na sua teoria do Eterno Retorno, postulava que o retorno

comemorativo se faz necessário para que possamos reviver o que passou

e dar um recomeço ás nossas vidas. Nunca atermos a mesmice, nem

girarmos no mesmo lugar, mas girarmos em espiral ascendente. Desse

modo revivemos todos os anos o natal, o ano novo, aniversários, as festas

de santos, as datas históricas, etc. Outro grande dilema médico que nos

assusta atualmente é a possibilidade de perdermos a memória pela

insidiosa e malfadada doença de Alzheimer. A pior coisa que pode

ocorrer a nós humanos é, num lapso de memória não saber quem somos,

onde estamos, de onde viemos, para onde vamos. Somos seres históricos

e acumulamos conhecimentos, sem os quais, não somos nada porque

temos a vida roubada.

O trabalho de pesquisa e publicação do Advogado Dr. José

Antonio Marcondes e do Professor e Historiador Zildo Theodoro agora

em segunda edição, vem justamente preencher a lacuna de que trata

Vygotsky, ou seja, de que somos seres históricos porque acumulamos

conhecimentos ao longo da vida, bem como corrobora a tese

Nietzscheniana de que necessitamos conhecer nossos fatos históricos,

primeiramente para acharmos neles nossa identidade e posteriormente

para vivermos o eterno retorno.

Vivemos uma era de tecnologia dinâmica. A descoberta ou

invenção de ontem estará obsoleta amanhã. Temos que aprender e

desaprender o conhecimento e a informação a todo instante. A tecnologia

nos permite e patrocina isto, por outro lado, temos esse foco desviado

para o prazer e a satisfação momentânea dos jogos eletrônicos, das

músicas sem conteúdo, do erotismo gratuito, da cultura inútil, entre

outras, imposta pela mídia. É exatamente contra esse vazio cultural e em

favor de estabelecermos um ponto de partida que a dupla Zildo e Zé se

desdobram em pesquisas, em buscas incansáveis para trazer até você,

curioso leitor, a informação mais precisa, o fato mais explicado e o

conhecimento mais aprimorado. Parabéns aos pesquisadores, parabéns a

você leitor, pois todos saímos mais ricos cultural e socialmente dessa

empreitada.

Santo Antônio do Pinhal, janeiro de 2015

Prof.Mestre Sergio Roberto da Motta

1- Aspectos gerais 2- Origem do nome 3- Penetração bandeirante 4- Os indígenas 5- Os desbravadores 6- As sesmarias 7- As divisas entre capitanias 8- Os conflitos 9- Origens do município10- Anais da Câmara11- Os fundadores12- Fim da escravidão 13- Dados interessantes14- Família Jacintho da Silva15- O comércio local16- A religião17- Os Imigrantes18- A Revolução 19- Emancipação política 20- Estância Climática21- Revolta dos Canos22- Economia e desenvolvimento23- Transporte e comunicação24- Turismo25- As associações26- Educação27- Cultura28- Causos populares29- Esporte 30- Saúde31- Artistas populares32- Nomes de ruas33- Símbolos Municipais34- Galeria de Prefeitos35- História do legislativo36- Freguesia de Santo AntônioBibliografiaBiografia

Índice

Fonte Santo Antônio

Após índios e bandeirantes, ouro e escravos, no sertão do alto do Sapucaímirim em 1785 é concedida a primeira sesmaria da região pela Capitania de São Paulo. Um conflito se instalou por muitos anos, por causa da disputa da divisa entre as capitanias de São Paulo (1714) e Minas Gerais (1720). sertão do alto da serra para os paulistas que não aceitavam a divisa, e para os mineiros, seria no alto da serra da Mantiqueira, região denominada Sertão de Camanducaia. 1809, foi aberto um caminho pelos mineiros em terras habitadas pelos paulistas da Vila de Pindamonhangaba que já possuíam as sesmarias na região, mas logo foi fechado pelo então CapitãoMor Ignácio Marcondes do Amaral. 1811, após um acordo amigável , ficou combinado que continuaria aberta a estrada com uma guarda mantida por São Paulo no lugar denominado sertão em terras de Claro Monteiro do Amaral, cerca de 10 km acima de Sapucaí mirim( MG). Na região onde existe hoje a cidade de Sapucaímirim, estabeleceram-se diversos moradores sob a proteção do Capitão Manoel Furquim de Almeida, representante de Minas. Essas terras eram reclamadas pelo paulista Inácio Caetano Vieira de Carvalho, antigo sesmeiro, que conseguiu reavê-las em 1813 com intervenção da Câmara de Pindamonhangaba a seu favor.

Introdução

1814, em abril houve um contra movimento por parte de Minas retirando a guarda do local combinado e em julho foi instalado um quartel no alto da Serra da Mantiqueira. Em 31 de agosto do mesmo ano, a Câmara de Pindamonhangaba obrigou os mineiros a retirarem o quartel, que ficou abandonado até novembro quando foi queimado pelas autoridades de Pindamonhangaba. A denominação “Quartel Queimado” figura nos documentos de 1847 e no mapa de Minas de 1855. Com a abertura oficial da estrada em 1811, ligando as duas Capitanias, a região começou a prosperar. Com a fundação da Freguesia de São Bento do Sapucaí em 1828, as terras do alto da serra ficaram pertencendo à nova freguesia. Foram feitas muitas doações para a Capela de Santo Antônio no local denominado Bairro Pinhal. A mais conhecida delas ocorreu em 11 de de abril de 1856, quando o senhor Antônio José de Oliveira e sua mulher doaram terras ao santo de sua devoção.

Após anos de submissão, mandos e desmandos, os descendentes dos antigos povoadores decidiram conquistar a independência. O antigo Bairro do Pinhal, gerava através de sua produção e impostos 60% da renda de São Bento do Sapucaí, mas graças aos heróis pinhalenses, após demandas judiciais, comemorou-se a emancipação em 1960. Dessa data em diante a nova cidade prosperou e transformou-se no ́ ´ Charme da Serra´´.

foto 63Vista do cruzeiro da cidade

ASPECTOS GERAIS

Área: 141 km – Fonte SEADEAltitude da sede: 1.080 mPonto mais alto: 1.800 mClima: frio, variando entre -2 e 30 °C.Topografia: Montanhosa com predominância de mar de morros em formato de meia laranja.População: 6.750 habitantes-estimativa 2014 – Fonte IBGE - 2013Densidade demográfica: 48,76 habitantes por km²Coordenadas: 22º50' latitude sul, 45º38' longitude oeste.Distâncias: São Paulo: 173 km; Campos do Jordão: 17 km; Pindamonhangaba: 30 km; Taubaté: 32 km;São José dos Campos: 75 kmDivisas: São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão, Pindamonhangaba, Tremembé, Monteiro Lobato e Sapucaí-Mirim, ( Minas Gerais).Santo Padroeiro: Santo Antônio. Dia 13 de JunhoCEP: 12450-000DDD: 12Hidrografia: Rio da Prata (Rio Sapucaímirin), Ribeirão do Lageado, do Barreiro, do Rio Preto, do Boa Vista, do Pico Agudo.Vocação Turística: Turismo Ecológico, Romântico, Rural, de Aventura.

Acessos: Rodovias Presidente Dutra, Carvalho Pinto, Floriano Rodrigues Pinheiro (SP 123) Osvaldo Barbosa Guisard (SP 46) e SP 50.

Vista Parcial da Cidade

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DATAS IMPORTANTES

* Abertura da estrada em 1809*Abertura oficial entre as capitanias em 1811.* Queima do quartel mineiro em 1814.* Anexação à freguesia de São Bento do Sapucaímirim em 1827.* Freguesia pela Lei provincial nº. 2 de 23 de março de 1861.* Distrito de Paz pela Lei nº. 13 de 16 de março de 1880.* Anexado a Campos do Jordão pelo decreto Lei nº. 6.867, de 14 de outubro de 1934.* Reintegrado a São Bento do Sapucaí em 1944.* Elevado a município pela Lei n° 5.285 de 18 de fevereiro de 1959.* Criação do município: 26 de Janeiro de 1960 (Decisão STF).* Estância climática pela Lei estadual n° 9.714 de 27 de janeiro de 1967.

Bairro do Pinhal foi o nome encontrado em documentos de doação das terras à Capela de Santo Antônio, santo de devoção dos doadores, o povoado era um bairro de São Bento do Sapucaí. Sertão de Camanducaia, Sertão de Pindamonhangaba, Quartel Queimado, foram outros nomes encontrados no início do século XIX. Em 1827, com a anexação da região a São Bento do Sapucaí passou a chamar-se Bairro do Pinhal, em 1856 com a doação, Santo Antônio do Pinhal e freguesia em 1861.

ORIGEM DO NOME:2

Fundação da Freguesia.

Santo Padroeiro:

Santo Antônio nasceu no final do século XII (1190 ou 1195) em Portugal, onde se tornou membro da ordem dos franciscanos. Em 1220, foi para a África e dedicou-se aos trabalhos de catequese por um ano. Daí foi para a Itália, primeiramente esteve em Assis, depois em Pádua. Nessa cidade ensinou teologia e destacou-se como pregador dos Evangelhos.

Morreu em 1231, um ano após sua morte, foi canonizado. Sobre seu túmulo construíram uma basílica em seu louvor. Em Portugal é conhecido como Santo Antoninho, mas, por ter vivido grande parte de sua vida em Pádua, ficou mais conhecido como Santo Antônio de Pádua. É representado com o hábito marrom dos franciscanos, segurando um livro sobre o qual está apoiado o Menino Jesus. Segundo a tradição, tornou-se um santo de grande devoção popular, pois, sob sua proteção, muitas pessoas encontram não só os objetos perdidos como também o parceiro para se casar. Por esse motivo, é chamado de santo casamenteiro. O dia 13 de junho é dedicado a Santo Antônio.

Santo Antônio , o

PENETRAÇÃO BANDEIRANTE As Bandeiras Paulistas

geraram duas diferentes atividades ou ciclos: o ciclo da caça ao índio e o ciclo do ouro, nos quais os taubateanos tiveram importante participação. As bandeiras, em sua grande maioria, eram organizadas na Vila de São Paulo e de lá partiam em direção aos chamados sertões de Taubaté (ou Sertões dos Cataguás), região que mais tarde passou a chamar-se Minas Gerais. Taubaté transformou-se também em um importante centro de organização de numerosas bandeiras, algumas de passagem, vindas de São Paulo, e outras organizadas na própria vila,

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contando sempre com a participação de muitos taubateanos. Em consequência dessa intensa atividade dos bandeirantes taubateanos, foram fundadas as cidades valeparaibanas e também as famosas cidades históricas de Minas Gerais. Essa atividade dos bandeirantes foi a que mais movimentou a vila de Taubaté projetando-a para outras partes do Brasil, ao mesmo tempo em que se registrava definitivamente na história nacional. De passagem por Taubaté, as bandeiras paravam para repouso e reabastecimento. Era nessas ocasiões que muitos taubateanos – como eram chamados todos os moradores da vila, nascidos ou não no lugar – se integravam aos grupos de bandeirantes e seguiam viagem com eles. Numerosas bandeiras organizadas por taubateanos também se destacaram no ciclo do ouro em Minas Gerais. Partindo de Taubaté, havia diversas opções para se chegar às minas de ouro, uma vez que na Serra da Mantiqueira existiam várias passagens naturais que davam acesso a região das minas. Porém, a mais utilizada era a Garganta do Embaú, nas proximidades de Cachoeira Paulista ou a Garganta da Serra.

Os Guaianases tinham seu habitat na floresta, em aldeamentos próximos a cursos de água. Ainda hoje, numerosos depósitos de restos de cerâmicas indígenas são encontrados em todo o vale, assim como preciosos achados de igaçabas e tigelões de barro, na cidade de Aparecida, os desenhos das peças ornamentais superam esteticamente as formas pouco variadas dos objetos de uso doméstico ou guerreiro.

Os índios Puris eram mansos, trabalhadores e habitavam o Sertão de Guaiapacaré, onde pos

4 OS INDÍGENASPuris, segundo

versão de Rugendas.

teriormente se levantaria Lorena. Com a invasão dos brancos eles se recuaram para a mantiqueira.

Mesmo sendo nômades, os aborígines do Vale do Paraíba respeitavam a lei da natureza, eram saudáveis e sem vícios, diferentemente das tribos mais bárbaras cuja luxúria espantava os observadores da época.

ARTEFATOS INDÍGENAS

Com o estabelecimento do homem branco, na sua maioria português ou descendente, surgiram as primeiras aldeias e vilas no sertão valeparaibano. Numa das principais coordenadas da ocupação do solo paulista apareceram Jacareí, Taubaté - o núcleo bandeirante mais notável e Guaratinguetá, o ponto chave na intersecção da rota de Parati, no litoral fluminense com o Vale do Paraíba.

Essa afirmativa é comprovada pelos nomes indígenas de acidentes topográficos e vilas: Capivari, Pedra do Baú, Rio Canhambora, Rio Piracoama, Tremembé, Rio Sapucaí, Bairro Umuarama, Vila Jaguaribe, Serra da Mantiqueira, Taubaté, Pindamonhangaba, etc.

Essas vilas eram oriundas de provisões outorgadas pelo Capitão-Mor de Itanhaém e confirmadas pela donatária, a Condessa de Vimieiro, através do seu procurador. Eram fundadas pelos sertanistas e os moradores exploravam a terra mediante forais competentes. Os foreiros recebiam lotes de ambos os lados do caminho que margeava o rio Paraíba e iniciavam suas criações e culturas, afastando para mais longe os sertões onde viviam os Jeromis, Puris e gente bugre.

Artefatos Indígenas encontrados em Santo Antônio do Pinhal

No Bairro Renópolis, município de Santo Antônio do Pinhal, após a chegada da colônia japonesa em 1929 e com o cultivo da terra, no que são mestres, foram encontradas machadinhas, bodoques, cuias e pilões, todos artefatos indígenas e ainda hoje conservados por alguns dos descendentes dos primeiros japoneses.

No centro urbano da cidade também foram encontrados outros artefatos, comprovando, assim, a passagem dos índios pela região. Provavelmente foram os índios Puris, que frequentavam as regiões altas e frias próximas a Campos do Jordão, conforme relatado nos diários de viagem de Antônio Knivet, que rememorou a expedição de Martim Corrêa de Sá, em 1530. A expedição partiu do Rio de Janeiro e percorreu as cabeceiras do Rio Sapucaí.

Caetés: Pertenciam à tribo Tupi e foram os habitantes primitivos da região que abrangia desde o Cabo de Santo Agostinho até a Foz do Rio São Francisco.

Cataguás: Nome de uma tribo de índios selvagens que habitavam a região de Minas Gerais. O vocábulo “cataguases” é, portanto, de origem indígena e sua versão mais aceita é provavelmente a dos Drs. Diogo Luiz Pereira de Vasconcelos e Napoleão Reys, que o traduziu por “gente boa”, cuja forma original julgavam ser catu-auá.

Outros autores o traduziram por “terra das lagoas tortas” e “povo que mora no país das matas”

Preparando a Terra para o cultivo

Mapa da Capitania de Itanhaém.

Segundo o dicionário geográfico de Sant Adolfhe, as minas de Campanha do Rio Verde ( Itagiba) foram descobertas em 1720, sendo a freguesia criada quatro anos depois.

A transcrição do documento abaixo confirma esta afirmação, que está de acordo também com o que disse Inácio Caetano Vieira de Carvalho, em 1773, que sessenta ou setenta anos antes Gaspar Vaz da Cunha, chamado Oyaguara, abriu o caminho da Vila de Pindamonhangaba para o Sapucaí, rompendo as Campinas de Capivari.

Vale ressaltar que: Itagiba ficava onde hoje é a cidade de Campanha-MG, garganta do Embaú fica na subida da serra da Mantiqueira depois de Cruzeiro, campinas de Capivari foi aquele tempo Arraial que fazia parte da estrada real e hoje é distrito de Pouso Alto-MG.

“ O Padre João da Sylva Cavalo, clérico e presbítero do habito de Sam Pedro; certifico, em como entrei nestas novas minas de

5 OS DESBRAVADORES

Itajiba, em adjunto com Geraldo Cubas Ferreira com animo de assistir nellas, e dahi a hum mês, pouco mais, ou menos; entrou Gaspar Vaz da Cunha, cujo contando tanta grandeza de Sapucahy, e com promessas altas, que me fizerão elle dito e outros mais; me reduzirão a seguir viagem com elles, e como depois de chegado ao lugar me achasse no engano; tornei para estas ditas minas, donde estou assistente, por nellas achar ouro de sobra e com conta pelo que tenho visto em algumas esperiencias que fis, e pello ouro, que tenho visto; tem labrado o guarda mor, e seu genro e camaradas, e o estarem estas minas em má openião por cuja causa não vem gente a ellas; foi por cauza de hum cavalheiro escrever cartas a Tabay, bathe dizendo: não havia ouro nestas minas, e que estavão bromadas; falço grandiozo, porque ao contrario tenho visto, e os mais, que aqui se achão, não tiram sim de uma cata arobas de ouro mas sim tiram couza que os agrade; e por isso passar na realidade; juro esta verdade in verbo sacerdotis. Novas minas de Itajiba em novembro, 3 de 1723 annos. O Padre João da Sylva Cavalo”.

SESMARIALote de terras devolutas ( inculto ou abandonado) que o Rei de

Portugal concedia ao sesmeiro que quisesse cultiva-la.

Algumas das sesmarias de que se tem notícia nesta região são:

·11 de novembro 1785: duas léguas de testada e uma légua de sertão a José Homem de Mello ( - 1840), Agostinho Marcondes do Amaral (1770 - 1844), Manoel de Oliveira Silva e Joaquim de Oliveira Silva.

·27 de setembro de 1790: Inácio Caetano Vieira de Carvalho, João de Brito Marinho e Manoel José Botelho Mosqueira.

·2 de junho de 1795: uma légua e meia de testada e uma légua e meia de sertão a Manoel Monteiro de Castilhos (1737 - 1807), José Marcondes do Amaral e Manoel Cerqueira César ( - 1839 ).

·19 de outubro de 1795: uma légua e meia de testada por uma légua e meia de sertão a Domingos Moreira César e Salvador Leite do Prado.

6 AS SESMARIAS

A determinação da posição de limite dessas antigas sesmarias, provavelmente, explica muitas das esquisitices da linha divisória atualmente respeitada. Vale lembrar, que testada é a parte no alto da serra em frente a Pindamonhangaba e sertão é a parte que adentrava sentido oeste.

O nome sertão era utilizado pelos moradores de Pindamonhangaba, que usavam a denominação “Sertão da Paraíba”. Os moradores de Camanducaia, por sua vez, chamavam de “Sertão de Camanducaia”. Sertão era considerado toda área desabitada ou devoluta.

É importante ressaltar que, o Capitão Mor da Vila de Pindamonhangaba, Ignácio Marcondes do Amaral, teve grande influência na doação das cartas de sesmaria, uma vez que irmãos, cunhados e amigos a obtiveram como um meio para bloquear as tentativas de invasão no alto da serra por parte dos mineiros. A mais importante de todas as sesmarias foi a de José Machado da Silva, de onde gerou o núcleo urbano que é hoje a cidade de Santo Antônio do Pinhal.

Penetração bandeirista no território mineiro

José Machado da Silva, da Villa de Pindamonhangaba.Terras devolutas no alto da Serra de Parayba nas cabeceiras das terras de João Gonçalves do Prado e o Furriel Ignácio Soares de Toledo, do Bairro de Piracoama entre as testadas da sesmaria do Capitão Gaspar Nunes de Mendonça e o Tenente Domingos Marcondes do Amaral e terão de testada três quartos mais ou menos, entre as testadas dos ditos moradores e nas sobrequadras dos referidos João Gonçalves e Furriel Ignácio Soares, principiando a testadado rumo da sesmaria de Francisco da Silva Moraes, correndo o sertão conforme os ventos da testada dos acima ditos, duas léguas, mais ou menos, até um serrote redondo que fica por detraz da dita serra, onde findará o sertão.(livro de sesmaria nº 30,fls:133V)

Transcrição do livro de sesmaria

Essas terras devolutas acima referidas, no alto da Serra da Mantiqueira (antiga Parayba), tem a sua cabeceira voltada para o Bairro do Piracuama, na cidade de Pindamonhangaba.

Curiosidade: Uma légua é a medida itinerária equivalente a 3.000 braças ou 6.600 metros. O mesmo que légua de sesmaria.

A nobreza rural esteve bem representada em Pindamonhangaba:

Barão Homem de Mello – Francisco Ignácio Homem de MelloBarão de Itapeva – Ignácio Bicudo de Siqueira SalgadoBarão, depois Visconde da Palmeira – Antônio Salgado SilvaBarão, depois Visconde de Parahybuna – Custódio Gomes Varella LessaPrimeiro Barão de Pindamonhangaba – Manuel Marcondes de Oliveira MelloVisconde de Pindamonhangaba – Francisco Marcondes Homem de MelloBarão de Romeiro – Manuel Ignácio Marcondes RomeiroBarão de Taubaté – Antônio Vieira de Oliveira NevesBarão de Lessa – Eloy Bicudo Varella Lessa

Mapa de 1766

À medida que a região passou a ganhar importância, surgiu o questionamento a respeito da divisa entre as duas Capitanias a de São Paulo, criada em 1714 e a de Minas Gerais, em 1720.

A discussão tomou um caráter geográfico versando sobre o verdadeiro significado do termo “Serra da Mantiqueira”. Os paulistas admitiram a pretensão mineira da divisão pela demarcação de Thomaz Rubin, engenheiro mapeador.

Para os mineiros, a Serra da Mantiqueira era o divisor de águas entre o Rio Grande (incluindo o Rio Sapucaí) e o Rio Paraíba, ou seja, o que separa as águas que correm para o Vale do Paraíba.

Na visão dos paulistas, esse divisor, na parte correspondente ao Rio Sapucaí, era a Serra da Paraíba, enquanto que a Mantiqueira era uma lombada interna que atravessava os dois Rios Sapucaí e emendava-se com o tronco principal em frente à Vila de Guaratinguetá.

Segundo os paulistas, o nome “Serra da Mantiqueira” acompanhava a crista mais elevada do sistema, ao passo que, no ponto de vista dos mineiros, acompanhava o principal divisor hidrográfico, de acordo com o uso moderno de divisão.

7 A DIVISA ENTRE AS CAPITANIAS

Década de 1950

Os primeiros conflitos começaram com desentendimentos entre vizinhos. Em 1796, Inácio Caetano, sesmeiro da Capitania de São Paulo no atual município de Campos do Jordão, queixava-se que João da Costa Manso, antigo sesmeiro da Capitania de Minas, havia aberto caminho até as suas terras. Inácio Caetano atribuiu a esse ato 'usurpação' por parte dos mineiros, quando na verdade, pode ter sido apenas um ato de 'conveniência' para a comunicação com os vizinhos de Sapucaímirim, passando por detrás da sua fazenda.

Por volta de 1789, estabeleceu-se um registro mineiro nas vizinhanças de Itajubá Velho, hoje Delfim Moreira, num lugar chamado “as bicas”, quando houve uma tentativa por parte do comandante, de sujeitar à sua jurisdição a fazenda de Inácio Caetano. Logo depois, em 1792, o governo de São Paulo concedeu diversas sesmarias pelo Sapucaímirim abaixo.

Em 1803, as autoridades da Vila da Campanha das Minas Gerais tentaram estabelecer um registro na estrada de Itupeva, de modo que, a fazenda de Inácio Caetano e todas as demais em cima da serra passariam a pertencer às terras mineiras.

Esses conflitos entre paulistas e mineiros cessaram somente em 1862 com a publicação do mapa da Província de Minas Gerais, por Henrique Geber, quando os mineiros finalmente aceitaram a divisa imposta pelos paulistas.

8 OS CONFLITOS

Vista Parcial da Cidade 1905

Foram encon t r ados d ive r sos despachos ou correspondências entre o Comandante de São paulo e o de Minas, mostramos aqui alguns deles. Acredita-se que a expressão “subir a serra” tenha sido criada nesse período, em virtude de determinadas situações em que a paciência se esgota.

As partes dirigidas ao governo de Ouro Preto aconselhavam o estabelecimento do registro no “Alto da Serra da Mantiqueira” (para os mineiros) e “Serrote da Parahyba” (para aos paulistas), e tendo-se obtido ordem do governador de Minas nesse sentido, em julho de 1814 foi aí construído um quartel, conforme escreve o Capitão Mor de Pindamonhangaba ao comandante do registro de Jagoari:

Rua Principal década de 1910

ORIGENS DO MUNICÍPIO9

Os depachos

Despacho do Capitão Mor de Pindamonhangaba.

“A minha noticia chega que Vós Merce. Entrou pelo distrito desta Vila, e Capitania, sem atenção alguma ao governo, levantando casas sobre a Serra da Paraíba, que diz ser quartel, fazendo divisão sua própria contra as ordem de sua alteza real de tantos de novembro de 1798 em que mandou que cada capitania se conservasse na sua antiga posse, sem alteração....” “...que com simulado pretexto de patrulhar mandou entrar pela Capitania de São Paulo, afim de tomar terras de sesmarias da mesma, e com interesse particular.” Continua, “não nos perturbe , e se retire desistindo desse seu atentado que desde já protesto da parte do governo desta capitania não consentir que coisa alguma prejudique o distrito desta vila..”Ignácio Marcondes do Amaral, 22 de julho de 1814.

Escultura à Revoada

de D. Odete Eid

na Praça Calin Eid

Bairro Eugênio Lefévre

Assim respondeu o comandante de Jagoari ao oficio recebido do Capitão Mor da Vila de Pindamonhangaba.

“Recebi o oficio de V.mce de 22 do corrente e vejo o seu conteúdo ao que lhe respondo que fui mandado pelo meu exmo. General para vir por este quartel no logar em que o assentei, conhecido por todos a Serra da Mantiqueira, o mesmo exmo. Sr. Me não determinou no oficio de 20 de junho participasse a V.mce. E por a dita guarda neste lugar, nem também me diz no dito oficio faça eu participação alguma ao governo desta capitania...” Por fim “... E assim, o governo que decida com o meu General, que é que me mandou, enquanto o quartel fica armado, e o sr. Capitão Mor se tem poder o venha por abaixo, e assim passo a dar parte imediatamente ao meu exmo. General de ter armado o quartel conforme a sua ordem de 20 de Junho dirigida pelo Ilmo. Sr. Brigadeiro inspetor da Capitania, que me determina deixe eu no dito quartel dois soldados, esta guarda não proíbe a passagem de ninguém, pode passar por ela quem quiser, só vem evitar os extravios que prejudicão Sua Alteza Real. Quartel de Santo Antônio da Serra da Mantiqueira, 25 de Julho de 1814.”

Neste oficio aparece pela primeira vez o nome de Santo Antônio, referindo-se ao quartel construído pelos mineiros na Serra da Mantiqueira. Tudo leva a crer que se dava nome de santo a cada novo quartel. Depois destas correspondências, a Câmara de Pindamonhangaba obrigou a guarda mineira a se retirar a 31 de agosto, presumivelmente antes de ter chegado ao seu conhecimento o aviso régio expedido poucos dias antes a 22 do mesmo mês mandando guardar o “statu quo”, ou seja, permanecer tudo como está.

Pronunciamento na Câmara de Pindamonhangaba no fatídico dia 31 de agosto de 1814.

“Exmos e Illmos Srs.- pelo grande vexame que experimentaram os habitantes do Certão desta Vila Real com a guarda mineira que proibiu saídas e entradas dos mesmos sem consistir sair pessoa alguma mesmo para buscar remédios para enfermos dizendo que aquele caminho estava tapado e quem quisesse sair fosse por São Paulo, ou Itajubá tanto assim que nem a guarda posta por V. Exa. e senhorias consentiram entrar para render aos que lá estavam nas áreas proibidas; o que nos obrigou a requerimento do povo dizimeiro, e Capitão Mor, a irmos a dita

guarda e a ordem de S.A.R. (Sua Alteza Real) fizemos retirar para os seus limites; e temos assertado que se eles voltarem como costumam, não irmos lá mais sem divisão de S.A. Ou expressa ordem de V.Exa. e senhorias porque estes atentados vão ameaçando guerra pela pouca força e respeito que temos para com ele sem sermos munidos de ordens dirigidas a nós com algum militar e disto mesmo demos parte a S.A.R. Desejamos perfeita saúde e muitas felicidades a V. Exa. Para o nosso amparo e de todo este povo vexado e cansados com os assaltos mineiros e por isso merecedores de isenção de recrutas ao menos até a decisão de S.A. Sobre este caminho sendo isto aprovado como de gosto de V.Exa e senhorias a quem deus guarde por muitos anos.”

O novo quartel ficou abandonado até novembro do mesmo ano, quando foi queimado por ordem das autoridades de Pindamonhangaba como consta na correspondência com o governo de Minas enviado do quartel de Jagoari em 29 de novembro de 1814.

“No dia 28 do presente me deu parte o Capitão Comandante do Distrito de Camandocaia Manoel Furquim de Almeida que botaram fogo no quartel que se fez na Serra da Mantiqueira, e que tudo se queimou, e que foram mandados os que deitaram o dito fogo pelos empregados na Câmara da Vila de Pindamonhangaba; o povo esta muito alvoroçado porque fizeram o quartel com muita satisfação, e temo haja alguma novidade. A Câmara está tão atrevida que veio dentro da nossa Capitania prender Salvador Joaquim Pereira, e conduziram para dita Vila. Estes homens não respeitam a nada, e como sua excelência me determina no seu oficio que por ora nada inove, por esta razão estou aturando semelhantes insultos, e por temer maior desordem o nosso povo lhe não tirarão o dito prezo. V.S. Mandará o que for servido”.- José Pereira Mascarenhas Pessanha, Alferes Comandante.

A denominação de “Quartel Queimado” figura ainda nos documentos datados de 1847 e no mapa de Minas Gerais de 1855. Ao que parece, ele foi construído exatamente na garganta da serra onde se encontra hoje a Estação Ferroviária no Bairro de Eugenio Lefévre, em Santo Antônio do Pinhal

Em resumo:Na região do Alto Sapucahy, depois da ordem regia de 22

de Agosto de 1814, houve um período de calma relativa. A queixa de Salvador Joaquim Pereira parece referir-se aos fatos acima mencionados e também com relação ao soldado que foi preso pelos pindenses, na administração anterior.

Em 1809, os mineiros abriram um caminho em terras habitadas pelos paulistas da Vila de Pindamonhangaba, que já possuíam as sesmarias na região, mas logo foi fechado pelo então Capitão Mor Ignácio Marcondes do Amaral.

Em 1811, após um acordo amigável ficou combinado que seria aberta uma estrada em um lugar denominado Sertão( hoje Rio Preto) nas terras de Claro Monteiro do Amaral, cerca de 10 km acima da cidade de Sapucaímirim-MG e que seria viagiada por São Paulo.

Nessa região, hoje denominada Sapucaímirim, estabeleceram-se diversos moradores protegidos pelo representante de Minas, o Capitão Manoel Furquim de Almeida, cujas terras eram reclamadas pelo antigo sesmeiro paulista Inácio Caetano Vieira, que conseguiu reavê-las em 1813 quando a Câmara de Pindamonhangaba interveio a seu favor.

Em abril de 1814, houve um contramovimento por parte de Minas Gerais, culminando com a retirada da guarda do local combinado (guarda velha). Em julho os mineiros instalaram um quartel no alto da Serra da Mantiqueira, mas foram obrigados a retirá-lo em 31 de agosto por ordem da Câmara de Pindamonhangaba. O quartel ficou abandonado até novembro quando foi queimado pelas autoridades de Pindamonhangaba.

Com a reabertura da estrada em 1811 ligando as duas capitanias, a região começou a properar. Com a fundação da Freguesia de São Bento do Sapucaí, em 1828, as terras do Alto da Serra passaram a pertencer à nova freguesia.

A certidão escrita pelo Vigário de Pindamonhangaba, datada de 1814, atesta que residiam no Bairro do Cerrano (que confina com a Capitania de Minas Gerais, sobre a Serra da Mantiqueira, hoje região de São Bento do Sapucaí e Santo Antonio do Pinhal), duzentas e setenta pessoas distribuídas em 60 casas.

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL EM 1822

Em 1822, quando o Príncipe D. Pedro I passou por Pindamonhangaba com destino a S. Paulo, dez dos catorze oficiais residentes na Vila de Pindamonhangaba incorporaram-se à sua guarda de honra, cinco dos quais pertenciam à família Marcondes.

Cel. Manuel Marcondes de Oliveira e MelloCapitão João Monteiro do AmaralTenente Mor Francisco Bueno Garcia LemeSargento Mor Domingos Marcondes AndradeAlferes Manoel Ribeiro do AmaralAlferes Adriano Gomes Vieira de AlmeidaAntônio Marcondes Homem de MelloCapitão Benedicto Correa da SilvaMiguel de Godoy Moreira e CostaCapitão Manuel de Godoy Moreira

Manoel Ribeiro do Amaral O Alferes Manoel Ribeiro do Amaral nasceu em

Pindamonhangaba, era filho de José Machado da Silva e D. Clara Marcondes do Amaral. Em 1822 ocupou o posto de Alferes da Guarda de Honra do príncipe regente D. Pedro I e esteve às margens do Rio Ipiranga, quando rompeu-se do lábio augusto o brado de Independência ou Morte. Em 1833 foi eleito vereador da Câmara da então Villa Real de Pindamohangaba e seu nome figura em todas as indicações propondo os melhoramentos de que necessitava a sua terra natal.

Herdou, com o falecimento de seu pai, parte na sesmaria onde hoje é centro urbano de Santo Antonio do Pinhal e lá construiu 10 casas (Vide 1ª e 3ª doação). Em 1871, publicou-se petição de 42 tropeiros, pedindo nomeação de Manoel para o cargo de Inspetor do caminho do sul de Minas, Taubaté, para o porto de Ubatuba.

Faleceu a 11 de abril de 1879 na avançada idade de 82 anos. No Diário do Norte da época, menciona que: “ Não era, o finado, dotado de um espírito cultivado nas letras; mas no nível de suas luzes era uma inteligência forte e um dos homens de espírito mais recto e imparcial, a quem conhecemos.”

Consolidada a posse dos paulistas no alto da serra e São Bento do Sapucaí sendo elevado à freguesia no dia 16 de agosto de 1832, a Assembléia Geral Legislativa decreta em 1827, no artigo 4º, que:

Art. 4º O distrito da Villa de Pindamonhangaba, acima da serra da Mantiqueira, ficará pertecendo a freguezia de São Bento do Sapucahy-Mirim.

O distrito da Vila de Pindamonhangaba, acima da Serra da Mantiqueira narrada no artigo acima, é Santo Antônio do Pinhal que até este momento, ainda não tinha um nome certo. Os mineiros a denominavam Quartel do alto da Serra, mais tarde, Quartel Queimado.

10 ANNAES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, 1827.

As primeiras famílias

Através dos documentos de doação podemos afirmar que os primeiros habitantes deste rincão de que se tem conhecimento foram: José Rodrigues Moreira e Luiza Correa, sogros de Antonio José de Oliveira. As famílias Theodoro de Carvalho, Ferreira de Faria, Manoel Ribeiro do Amaral e Antônio José Moreira, que deve ter algum grau de parentesco com José Rodrigues Moreira. As famílias Teixeira, Arantes e Siqueira já residiam no povoado, e ao redor dele, muito antes da data de fundação da paróquia.

A lista das principais famílias que, em 1867, já habitavam este vilarejo, foi retirada do livro de batismo da Igreja Matriz de Santo Antônio do Pinhal.

As doações para a capela de Santo Antônio.

Em 1850, Luiza Correa doa, por escrito, a primeira gleba de terras a Capela de Santo Antonio. Terras que pertenciam a sesmaria de José Machado da Silva casado em 1794 com Clara Francisca do Amaral, também conhecida como Clara Marcondes de Andrade. Clara era a nona filha do Tenente Domingos Marcondes do Amaral (irmão do Capitão Mor Ignácio Marcondes do Amaral doador das sesmarias) e de dona Ana Izabel de Andrade.

11 OS FUNDADORES

“Por esta na melhor forma de direito digo os abaixo assignados Luiza Correa a meu rogo assigna Antônio José de Oliveira, que muito de minha vontade doam terras a que corresponder a dez mil réis, doava doação feita no inventario de Dona Clara Marcondes de Andrade sendo que comprei as ditas terras a Gustavo Francisco Berthu a qual houve do Herdeiro Domingos Marcondes Machado. Para patrimônio da Capella que esta edificando para o patrimônio de Santo Antônio neste lugar denominado Pinhal, districto de São Bento do Sapucahimirim e também no dito lugar o terreno das dez casas feitas por Manoel Ribeiro do Amaral e por Antônio José Moreira no valor de quinze mil reis sendo para se saber na porteira no outro lugar deste mesmo citio do dito terreno que corresponde aos ditos quinze mil reis. Muito de minha livre vontade fiz esta doação -------que sirva para o referido patrimônio da dita Capella e para que tenha inteira validade peço as justiças de sua majestade o Imperador o fação cumprir como se fosse escritura publica e por ---------falta alguma das clausulas dêem direito especial estão de hoje por cumpridas como se dellas fizessem menção, Pinhal districto de São Bento do Sapucahimirim, aos vinte seis do mez de junho de mil oitocentos e cincoenta = Arrogo de Luiza Correa, Gustavo Francisco Berthould. Arrogo de Luisa Correa, Antônio José de Oliveira, como testemunha Romão Lemes dos Santos, Como testemunha da presente Augusto Lemes.”

Os abaixo assignados, procuradores desta Capella do Santo Antônio do Pinhal declaram que a quantia de terras de que faz menção este titulo é com aproximação de cinco alqueires de planta de milho. Capella de Santo Antônio do Pinhal, quatro de março de mil oitocentos e cinqüenta e cinco. Gustavo Francisco Berthould = Luis Manoel Moreira= Antônio José de Oliveira, arrogo de José Correia de Souza, José Joaquim Ramos de Mello. Reconheço como verdadeiras as firmas de Gustavo Francisco Berthould, Antônio José de Oliveira, Romão Luis dos Santos, Augusto Luis, José Luis dos Santos, Luis Manoel Moreira, Manoel Joaquim de Oliveira, José Joaquim Ramos de Mello, as quais se acham assignadas nos termos e papeis de doação. Pindamonhangaba, vinte e sete de março de mil oitocentos e

A 1ª doação

cinqüenta e cinco. Em testemunho da Verdade, .... dou signal Publico o tabelião interino Candido Marcondes de Andrade = Numero três cento e secenta réis = Pagou cento e secenta reis ,Pindamonhangaba. Vinte e sete de março de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Marcondes = Pereira Araújo = Segundo o que se continha de lavrar nos ditos papeis de doação o que tudo que registrei com próprios originais numa pasta e dou fé .Eu Francisco Marcondes de Oliveira , tabelião que as escrevi.

Nesta carta acima descrita, percebe-se a clareza em mencionar que a doadora Luiza Correa adquiriu as terras de Gustavo Francisco Berthoud e este do herdeiro Domingos Marcondes Machado, filho de Clara Marcondes de Andrade. Também, na data de 26 de junho de 1850, a capela já estava sendo edificada e que no local, se encontrava dez casas feitas por Manoel Ribeiro do Amaral e Antonio José Moreira, portanto, os 5 alqueires estavam dentro da área do sítio, mas em outro lugar.

Vista aérea da cidade

Em 02 de abril de 1852, Luiza Correa dá esta declaração por escrito:

“Luiza Correa, que sou possuidora de humas terras no citio dos herdeiros da defunta Clara Marcondes de Andrade, compra feita do defunto marido pelo tio berthu de cujas terras breganhei , de hoje para sempre a quantia que corresponde com cinco mil réis da avaliacão feita no inventario sendo as ditas terras no Pinhal no lugar onde existe a Capella de Santo Antônio e como feito breganhei com Antônio José Moreira a quem pertencendo hoje em diante a troco de igual teor no tão mesmo valor de cinco mil réis do mesmo inventário. sendo este no caminho que vai no citio que foi de João Ferreira e por constar pedi a Gustavo Francisco Berthu que esta a fazer a Capella de Santo Antônio. Douz de Abril de mil oitocentos e cincoenta e douz = como testemunha que escrevi, Gustavo Francisco Berthoud = como testemunha José Lemes dos Santos = Arrogo de Luiza Correa. Romão Lemes dos Santos = Como testemunha Antônio José de Oliveira”

Caminho entre as Araucárias, Bairro Renópolis

Mais tarde, esclarece a quantia exata da permuta.

“Os abaixo assignados possuidores desta Capella de Santo Antônio do Pinhal declarão que a quantia de terras que faz menção este titulo he aproximadamente de douz e meio alqueires de planta de milho. Capella de Santo Antônio do Pinhal quatro de março de mil oitocentos e cincoenta e cinco. Gustavo Francisco Berthoud = Luiz Manoel Moreira , Antônio José de Oliveira = Manoel Joaquim de Oliveira = arrogo de José Correa de Souza = José Joaquim Ramos de Mello”

O defunto marido de Luiza era José Rodrigues Moreira, irmão de Antônio José Moreira. Aqui, mais uma vez, deixa claro que Gustavo Francisco Berthould foi o construtor da capela de Santo Antônio.

2ª doação

Já em abril de 1852, partes das terras de Antônio José Moreira e de sua mulher, também foram doadas conforme abaixo descrito:

“Por esta e na melhor forma de direito dizemos nos abaixo assignados Antônio José Moreira e minha mulher , a meu rogo por mim assigna Antônio Joaquim de Oliveira, Romão Lemes dos Santos que de nossas livres vontades doamos terras aqui declaradas para patrimônio da Capella de Santo Antônio no lugar chamado Pinhal e porque esta doação tenha inteira validade pedimos as justiças nacionais as facão cumprir como se fosse escritura publica e faltando algumas clausulas ------------as iniciamos por este ------------como se dellas fizéssemos a primeira menção por clareza pedimos a Gustavo Francisco Berthoud que este fizesse a Capella de Santo Antônio douz de Abril de mil oitocentos e cincoenta e douz .como testemunha que escrevi = Gustavo Francisco Berthoud = como testemunha José Lemes dos Santos = Arrogo de outorgante Joaquim Moreira da Silva = Romão Lemes dos Santos = Arrogo de Antônio José Moreira, Antônio José de Oliveira = Numero douz cento e sessenta e seis = Pagou cento e sessenta réis Pindamonhangaba dezessete de junho de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Marcondes

Nesse anterior, sublinhamos a palavra “pedimos”, pois então foi dentro das terras de Antônio José Moreira que foi construído a capela.

3ª doação

Cinco anos depois da primeira doação, em março de 1855, outras doações vieram somar o patrimônio da capela que já estava edificada e desta vez, Manoel Ribeiro do Amaral e sua esposa Catharina Maria de Jesus doavam dois alqueires .

“Dizemos nos abaixo assignados marido e mulher, que somos possuidores de humas terras no distrito da freguezia de São Bento, cujas terras ouvemos por compra de João Soares de Oliveira, de cujas terras nos damos o terreno que leva dous alqueires de milho, digo, de planta de milho, para o patrimônio da Capella do Santo Antônio no Pinhal, e porque esta doação tenha validade pedimos a Justiça Nacional a faça cumprir como se fosse escritura Pública e faltando algumas clausulas ------------ a vemos por declarado como dela fizemos menção e por não saber ler e escrever pedimos a Manoel Azevedo Fernandes que isto por nos fizesse arrogo assignados Capella de Santo Antônio, aos vinte de março de mil oitocentos e cinqüenta e cinco. Arrogo de Manoel Ribeiro do Amaral = Manoel Azevedo Fernandes = A pedido de Catharina Maria de Jesus = Gustavo Francisco Berthould. Testemunha presente Firminiano Monteiro do Amaral = testemunha presente Manoel da Silva Teles = Reconheço serem verdadeiras as firmas de Manoel de Azevedo Fernandes, Gustavo Francisco Berthould, Firminiano Monteiro do Amaral, Manoel da Silva Teles, Pindamonhangaba aos vinte e sete de março de mil oitocentos e cinqüenta digo e cinco. Em testemunho da verdade estava o sinal público o tabelião interino Candido Marcondes de Andrade = numero douz, cento e sessenta = pagou cento e sessenta Reis. Pindamonhangaba, vinte e sete de março de mil oitocentos e cinqüenta e cinco.= Marcondes = Pereira Araújo”

4º doação

Também Antônio Theodoro de Carvalho e sua primeira mulher, Ana Justina de Faria tinham terras dentro da Fazenda Pinhal e doaram três alqueires para a capela , conforme segue:

“Eu Antônio Theodoro de Carvalho e minha mulher Anna Justina de Faria, abaixo assignados que é verdade somos senhores e possuidores de uma parte de terras nesta fazenda denominada Pinhal do distrito da freguezia de São Bento do termo de Pindamonhangaba desta dita parte de terras, nos fazemos a doação para o senhor Santo Antônio da quantia de três alqueires de terreno de planta de milho e para o patrimônio do senhor por ser de muito nosso gosto dar esta terra livre e desembaraçada nos obrigamos a fazer firme e valiosa esta doação por vontade de tudo pedimos a Manoel de Azevedo Fernandes que este por nos fizesse e somente assigne por meu próprio punho a pedido do collector que assigna Plácido José de Almeida. Capella de Santo Antônio Quinze de Junho de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Antonio Theodoro de Carvalho. Testemunha presente João Baptista da Cunha = testemunha presente Balduíno Ferreira de Faria = Plácido José de Almeida = Numero hum cento e sessenta seis = pagou cento e sessenta reis Pindamonhangaba dezenove de junho de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Marcondes.”

Estes documentos foram registrados na Vila de Pindamonhangaba pelo tabelião Francisco Marcondes de Oliveira.

Curiosidade : A Lei de Terras, como ficou conhecida a lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, é um documento fundamental para compreender a organização agrária do Brasil. Ela atendia à evidente necessidade de organizar a situação dos registros de terras doadas desde o período colonial e legalizar as ocupadas sem autorização, para depois reconhecer as chamadas terras devolutas, pertencentes ao Estado. Esta lei foi de grande importãncia para a compra e venda de terras . Antes, a aquisiçao só era possível através de sesmaria.

Germana Maria de Jesus, doaram 20 alqueires de planta de milho, no valor de vinte mil réis à Capela de Santo Antônio, terras que houvera recebido da herança de seus falecidos sogros, Sr. José Rodrigues Moreira e D. Luiza Corrêa, conforme a escritura lavrada no cartório de notas da Vila Real de Pindamonhangaba, datada de 11 de abril do dito ano.

Escritura de doação que faz Antônio José de Oliveira...“Saibam quantos este público instrumento de escritura de doação virem que sendo ao ano de nascimento de nosso senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e cincoenta e seis, aos 11 de abril do dito mês, nesta cidade de Pindamonhangaba e sendo ai, comparecem presente Antônio José de Oliveira conhecido de mim tabelião, pelo próprio que dou fé e pelo outorgado doador me foi dito em presença de duas testemunhas abaixo assignado que este instrumento faz a doação a Capella de Santo Antônio deste termo, districto da freguezia de São Bento do Sapucaí-Mirim para seu patrimonio de uma sorte de terras no mesmo lugar que existe a capela, na extenção calculada em 20 alqueires de planta de milho no valor de 20 mil réis, sendo mil réis por alqueire, devendo ficar por divisa que ora marca: começando em um marco de pedra que esta afincado na beira do ribeirão que vem do alto da serra, que vai bordejando o caminho no lugar onde fronteia um vale perto do 'córrego fundo'; daí segue pelo rio acima que servirá de divisa, ficando as ruas da capella para o lado direito até frontear um valo que tem no espigão próximo a casa de moradia dele doante, e daí segue dito valo acima, subindo o espigão até o alto em direção as terras de Manoel José a encontrar com o valo de João Soares de Oliveira, filho do dito Manoel José e ficando compreendida toda a vertente para o lado da capella, até interar os dito 20 alqueires, e se exceder, fica da mesma sorte doado a dita capela, cujas terras ele doante houve parte por herança dos seus sogros e parte por compra que fez a Gustavo Francisco Berthoud, o qual possui livre e desimpedido e por isso de sua livre e espontânea vontade faz doação a dita capela de Santo Antônio, como por esta escritura doado tem afim de lhe servir de patrimônio para o que transfere a dita capela todo

Em 1856, Antônio José de Oliveira e sua esposa,

jus, posse e domicilio e pede a justiça de sua majestade que lhe de todo o vigor e faça com que, e assim me pediu lhe lavrasse este instrumento o que lhe passei em razão de meu oficio. Neste ato me foi apresentado pelo doador o conhecimento da casa, cujo é do teor seguinte: nº. 75, rua de tal, coletoria do distrito de Pindamonhangaba, ano financeiro de 1855 a 1856, as folhas 12 do livro de receita fica estipulado a quantia de $ 1.200,00 (hum mil e duzentos reis) que pagou o sr. Antônio José de Oliveira em 11 de abril de 1856 do dito ano cujo correspondente a $ 20.000,00 (vinte mil réis) importância que fez doação a Santo Antônio de uma terra no Bairro do Pinhal, distrito de São Bento do Sapucahy-Mirim”.

O coletor Claro Marcondes do Amaral, escrivão João Nepomuceno de Almeida. E por não ser esta distribuída, e lavrei, sendo-lhes lida achando-a contento aceitou, assinou perante as testemunhas de Miguel Monteiro de Godoy e José Moreira Marcondes Ramos, reconhecidos de mim, tabelião que escrevi.

Em tempo, declaro: houve por herança de seu falecido sogro e sogra José Rodrigues Moreira e sua sogra Luiza Correa e não de Gustavo Francisco Berthoud,

aa. Antônio José de Oliveira, Miguel Monteiro de Godoy, José Moreira Marcondes Ramos, a rogo de Germana Maria de Jesus, Claro Monteiro do Amaral. Esta conforme e dou fé.

Em 6 de julho de 1923, foi escriturada definitivamente pelo tabelião João José de Aquino a pedido do Padre José Vitta que oportunamente necessitava da documentação para a venda dos lotes de terras aos foreiros, no intuito de angariar fundos para a construção da nova Matriz.

Escritura de doação que fazem Antônio Theodoro de Carvalho e sua mulher Anna Justina de Faria, Manoel Ribeiro do Amaral e sua mulher Catharina Maria de Jesus e bem assim Antônio José Moreira, como abaixo se declaram aos 04 de julho de 1856.

No cartório da villa real de Pindamonhangaba, todos os moradores da capella de Santo Antônio, fazem doação a Capella de Santo Antônio deste terreno, para patrimônio do mesmo santo de um terreno de 20 alqueires de milho colocado ao redor da capella que já se acha medido e demarcada em trezentas e dezenove braças quadradas e com quatro marcos de pedra, incluindo-se neste terreno a doação feita pela finada Tereza Correa, em data de 26 de junho de 1850 e bem assim incluindo nesta doação que faz Antônio José Moreira ao mesmo santo em data de 04 de março de 1855 cujos papéis se acham registrados no presente livro de notas de mim tabelião.

E declaram que por estas escrituras demitiam de si todos os direitos que tinham em dito terreno, ficando de hoje em diante e para todo sempre pertencendo para o patrimônio do dito santo. Assinando, fazendo a rogo da doadora Anna Justina, Antônio Marcondes do Amaral, a rogo de Catharina, Cypriano Gomes dos Santos, a rogo de Manoel Ribeiro do Amaral, Manoel de Azevedo Fernandes.

Testemunhas Martinho de Almeida Salles, João Chrisosthomo, Francisco Marcondes de Oliveira, tabelião.

De todo exposto, concluímos que foi nos anos 50 do século XIX que se deu inicio ao povoamento em volta da capela que estava sendo edificada por Gustavo Francisco Berthu (Berthould), e que fizeram estes doações ao Santo Antônio , terras estas no Bairro do Pinhal, distrito da freguesia de São Bento do Sapucahy.

Os doadores das terras à Capela de Santo Antônio

Antônio Theodoro de Carvalho e sua mulher Anna Justina de Faria; Manoel Ribeiro do Amaral e sua mulher Catharina Maria de Jesus; Antônio José de Oliveira e sua mulher Germana Maria de Jesus;José Rodrigues Moreira e sua mulher Luiza Correa;Antônio José Moreira e Tereza Correa.

Santo Antônio do Pinhal possuía um grande número de escravos e mesmo antes da Lei Áurea, em 1888, uma família de grande importância no então recente distrito dá um exemplo de humanidade concedendo a liberdade a um escravo, conforme carta em forma de escritura pública lavrada no cartório local transcrita abaixo.

12 FIM DA ESCRAVIDÃO

Carta de liberdadePublica forma de teor d´uma carta de concessão de liberdade que fazemos, herdeiros da finada Maria Theodora de Carvalho, como abaixo se declara.

Saibam quantos este público instrumento virem, que sendo no anno de nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e oitenta e quatro, nesta freguesia de Santo Antônio do Pinhal, aos vinte dias do mês de março do dito anno, em meu cartório me foi apresentado para reproduzir em publica forma a carta do modo e teor seguinte: dizemos nos abaixo assignados filhos e herdeiros da finada Maria Theodora de Carvalho, que existindo entre os bens por aquella finada deixados o escravo Benedito, crioulo que sempre foi da particular estima da mesma, e tendo nos muitas vezes ouvido da dita nossa mãe que o escravo por sua morte seria livre em condição alguma. Queremos como bons filhos e consenciozos cumprir aquillo que ella o faria senão fosse

arrebatada pela morte repentina, pelo de comum acordo damos e sedemos, digo e consedemos ao dito escravo Benedito liberdade em condição alguma para que d´ora em diante gose de todos os fôros de cidadão livre como si assim houvesse nascido, e pedimos as justiças do império dem pleno vigor a este nosso feito que e a expressão da justiça em favor do mesmo. Santo Antônio do Pinhal, 20 de março de 1884.Antônio Theodoro de Faria, Pacifico Theodoro de Faria, Valério Celestino Fernandes, João Baptista Ferreira de Faria. Era o que se continha em a dita carta que me foi apresentada para ser reproduzido por cópia legal e autentica e ao qual me reporto em tempo declaro que no acto desta reprodução assignou o herdeiro Cândido Theodoro de Faria, o qual não tinha assignado o original, tendo da mesma bem e fielmente feito e extrahir a prezente publica forma. Que depois conferi e concertei com o original e por achá-la em tudo conforme a subscrevo e assigna em publico e rogo, entregando-a ao portador juntamente com aquelle original do que dou fé. Nesta freguesia de Santo Antônio do Pinhal em dia e hora. Eu José Maria Moreira escrivão a subscrevo e assigno em público e rogo.Em testemunho da verdade.José Maria Moreira

Anuário comercial do final do século XIXDistrito de Paz de Santo Antônio do PinhalLei nº. 13 de 16.3.1880

Fazendas, ferragens, armarinhos etc.Ten. Domingos Granato, Ten. Miguel Derrico, Ten. Luíz Jacintho da Silva, Ten. Marcolino Jacintho da Silva e Manoel José da Cunha Brandão.

Fazendeiros e lavradoresMaj. Francisco Inácio de Moura Marcondes, Ten. Francisco Justino Berthoud, Cap. Inoccencio Francisco Ramos, Alfs. Inácio Dias Chaves Pereira, Ten. José Pereira Machado, João Baptista da Silva, Miguel Derrico, Luíz Jacintho da Silva, Manoel Vaz Cardoso, Pedro Valvano.

13 DADOS INTERESSANTES

Hotéis:Ten. Joaquim Xavier de Assis César, Joaquim Alves Moreira.

Ainda consta neste anuário do final do século XIX, por volta dos anos de 1896 a 1898, que a população do distrito de Santo Antônio do Pinhal era de 3.000 habitantes aproximadamente.

Secos e molhados:Silvestre Dias Moreira, José Diogo de Souza, Olympio Pereira Leite, Antônio José Vicente Barbosa, Francisco Moliterno, Francisco Valvano, Francisco Jacintho da Silva, José Cândido Ramos, André Moliterno, Joaquim Alves Moreira, Ângelo Maria Granato, Antônio Ferreira Coelho de Andrade, Fabiano Marcílio da Silva, João Rabello e Cândido Monteiro da Silva.

Administração judiciária

Juiz de paz: 1º Antônio F. C. de Andrade 2º Virgilio S. de O. e Silva 3º José Moreira de Castilho

Escrivão: João Climaco E. Dias Autoridades policiais Subdelegado: Marcolino Jacintho da Silva Suplentes: 1º Joaquim Alves Moreira 2º Cândido Monteiro da Silva 3º Filipe Leopaldi Instrução pública Escola municipal Professor José Crescêncio P. Santos Professora Maria Marcondes Salgado

Administração religiosa

Culto católicoVigário-vagoSacristão José Francisco A. do Carmo

Agência de correioagenteAldina Castro

Comércio, indústria e profissões

Armazéns de secos e molhadosAntônio ValvanoAndré MoliternoBenedicto Sérgio PelloreiroFrancisco MoliternoSilvestre D. MoreiraManoel G. da C. Brandão HotéisBenedicto C. P. Moreira

LavradoresDomingos GranatoJosé Moreira MachadoMiguel Derrico Oficinas diversasAlfaiatesJosé da C. BrandãoJosé Francisco de Assis SapateiroJosé Oliva

Fabriqueiro:Domingos Granato

Transporte de Pessoas para Aparecida

Os Botões e os Jagunços.Veio a república, aqui comemorada, como não podia

deixar de ser com foguetório, banda de musica e criançada na rua, Capitão Luiz Jacintho da Silva, chefe do partido republicano, ”os Botões” gritando vivas a Deodoro nas portas das casas das autoridades que, uma a uma, foram destituídas de seus cargos, sendo nomeados novos ocupantes. Os depostos formavam o partido liberal, de tendência conservadora, favoráveis ao império, aqui chamados “Jagunços” liderados pelo capitão Marcolino Jacintho da Silva.

Conta-se que a rivalidade entre Jagunços e Botões estendeu-se até o fim do coronelismo e a luta era ferrenha. Quando um candidato de um determinado lado ganhava as eleições, a banda de musica saia pelas ruas da cidade a comemorar o feito, existiam a banda dos Botões e a dos Jagunços, na ocasião das eleições, o distrito transformava-se em uma praça de guerra e os candidatos gastavam verdadeiras fortunas na compra de votos dos eleitores que, frequentemente, votavam no outro candidato, dele também recebendo presentes.

Os coronéis surgiram no Brasil a partir da criação da Guarda Nacional em 1831, pelo Regente Feijó. Era uma corporação de elite, composta por elementos de posse, recrutados pela burguesia. Apesar da obrigatoriedade de servi-la, os elementos que a compunham eram selecionados, enquanto que o Exército recrutava indiscriminadamente para aumentar contingente.

A Guarda Nacional teve papel político importante no meio rural e era subordinada ao Ministério da Justiça, foi extinta em 1918 e seus remanescentes passaram a constituir o exército de 2ª linha.

O posto de coronel era ambicionado pelos senhores de terras, grandes fazendeiros e comerciantes que, depois de nomeados, compravam patente para poderem exercer a função de chefes, os coronéis dominavam a política de cada município de modo paternalista e arbitrário, cercavam-se de capangas e protegidos, intrometiam-se em todos os assuntos, até na igreja, resolvendo as coisas como bem entendiam, dominavam juízes e delegados em relação à disposição da lei, todos conheciam o lema: ”aos amigos justiça, aos inimigos aplicamos a lei”

O coronelismo ou “compromisso coronelista” chegou até

1930, o compromisso existia entre os chefes políticos e o governo que dava carta branca ao coronel que dominava o município à vontade, em troca, recebia apoio político para os candidatos situacionistas, não sendo o voto secreto o povo votava em quem o coronel mandasse.

Em Santo Antônio do Pinhal, antigo distrito, não existiram coronéis, mas sim, muitos que compraram os valiosos títulos: tenente Domingos Granato, tenente Miguel Derrico, tenente Manoel José da Cunha Brandão, major Ângelo Maria Granato, major Francisco Inocencio de Moura Marcondes, tenente Francisco Justino Berthould, tenente José Pereira Machado, tenente Inácio Dias Chaves Pereira, tenente Joaquim Xavier de Assis César e outros, mas os mais influentes foram o capitão Luiz Jacintho( chefe dos Botões) e seu irmão capitão Marcolino Jacintho(chefe dos Jagunços) que eram os mandões do lugar.

Em especial o capitão Luiz Jacintho, não chegou a comprar o título de coronel: não fez diferença, o poder político dele veio do poder financeiro. Foi a seu tempo o homem mais rico da região, nunca foi de ostentar o status adquirido, algumas vezes fora confundido como trabalhador do patrão, para alguns era capitão para outros Nhô Luiz. Foi colaborador financeiro, lógico com certa porcentagem de lucro nas letras de crédito, os exibidores estavam em São Bento, a prata legítima e a libra esterlina estavam aqui.

Alguns dados encontrados, mostram ser ele possuidor de 11 mil alqueires de terras, assim, seria hoje o dono de 60% do território de Santo Antônio, sem contar, terras em Paraisópolis-MG e sobrados em São Paulo-capital.

De volta as eleições, os daqui auxiliavam os de São Bento do Sapucaí, onde existia a câmara municipal. A história registra o grupo de coronéis que dominaram a cidade de São Bento e o distrito de Santo Antônio, alguns alternando o poder e outros perpetuando-se nele, como o caso do Coronel Manuel Marcondes da Silva que foi presidente da câmara por mais de 30 anos. Como chefe político dos Botões, com sua influência, elegeu por várias vezes, toda a câmara, governando sem oposição, expulsou um juiz de direito a toque de caixa e foguetes, mandava e desmandava, o juiz veio para o distrito de Santo Antônio do Pinhal onde permaneceu algum tempo, antes de ir embora solicitou apoio do estado.

FAMÍLIA JACINTHO DA SILVA14

Banda do Capitão Luís Jacintho da Silva

Por volta do final do século XIX, em Santo Antônio do Pinhal, surgiu a família Jacintho da Silva, que até os dias atuais possui grande influência na política local. Um exemplo dessa afirmativa é o fato de os três últimos prefeitos e várias autoridades locais serem descendentes do mesmo tronco Jacintho da Silva.

Capitão Luís Jacintho da Silva Nasceu no Estado de Minas Gerais em 1858, possivelmente Villa do Desemboque, alguns de seus irmãos são dessa cidade, hoje Sacramento-MG, região que prosperou com pedras preciosas e ouro. Faleceu, com 75 anos de idade em 1933, chegou em Santo Antônio, provavelmente, na década de 70 do século XIX com sua mãe que era originária do distrito, seu pai faleceu na retirada de Laguna na guerra do Paraguai, o fato de ser um ótimo comerciante o possibilitou comprar imensas glebas de terras. Capitão Luís Jacintho, casou-se em 1877 com Constância Theodora de Carvalho (neta de Gustavo Francisco Berthould) era

Os integrantes da banda em pé esquerda para direita: Benedito dos Santos,...?...,Acilino F. do Carmo, ....?....,....?...., Miguel Derrico, Artur Carlos de Andrade, Domingos Granato. Sentados no meio: José Lourenço Derrico, Pedro Antonio Valvano, Sebastião de Almeida Morais, João Rabelo, Tunico Granato. Sentados na frente:Nicolino Granato, João Jacintho da Silva, Paulino Granato, Rosa Bartolomeu Granato, ...?...

Capitão Marcolino Jacintho da Silva

São José de Toledo-MG e faleceu em seu domicílio neste distrito em 10 de maio de 1927. Casou-se com Maria das Dores em 1873 e deixou i n ú m e r o s d e s c e n d e n t e s n o município. Grande líder da política local e do Partido dos Jagunços ( d e n o m i n a ç ã o d a d a a o s simpatizantes do Partido Liberal, que apoiavam a Monarquia). Possuía grande quantidade de terras no município e tinha também uma banda de música que concorria diretamente com a de seu irmão.

Nasceu em 1855 batizado em

republicano no distrito, cuja alcunha era “Partido dos Botões”, dada à ostentação dos botões dos jalecos dos militares que proclamaram a República em nosso País.

Também era mantenedor de uma banda de música que concorria com a banda de seu irmão. Com o seu falecimento em 1933, a Igreja Matriz estava com crédito, graças à avultada doação de 10 contos de réis. Tal quantia foi entregue à caixa da igreja pelos filhos do capitão Luís que prometeu e cumpriu .

considerado o homem mais rico da região, foi o líder do partido

Capitão luiz Jacintho ou Porfírio como ficou conhecido, foi muito influente e pouco exibido, não gostava de tirar fotos, essa é a ú n i c a q u e conseguimos junto com seu amigo padre Estevan Masl. Ao lado sua esposa Constância Theodoro de Carvalho

O COMÉRCIO LOCAL

No início do século XX, Santo Antônio do Pinhal já possuía uma população de aproximadamente três mil pessoas, sendo que a maioria vivia na zona rural. O Bairro do Rio Preto era o mais populoso.

A igreja matriz era o coração do distrito e ao seu redor estavam instalados os poucos comércios, cuja procura maior era nos finais de semana quando havia missa dominical.

Como não havia automóveis na região, os meios de transporte dos sítios para a vila eram os cavalos, as charretes e as carroças. A rua principal e em torno da matriz eram locais disputadíssimos para a parada dos cavalos e dos demais meios de locomoção.

A riqueza era ostentada pelas selas ornamentadas com chapas trabalhadas em metal valioso e selim de prata maciça.

A pacata vila já contava com uma pensão, correio, alguns armazéns e uma escola pública, como descreve o anuário.

Encontramos um anúncio sobre a pacata Villa no ALMANACK DE SÃO PAULO-1895/96/97

Banda dos Jagunços 1905

15

Interessante artigo publicado pelo

ALMANACK DE SÃO PAULO-1896-1897

Interessante carta do Monteiro Lobato-1895- à sua mãe que estava tratando da saúde no antigo distrito de Santo Antônio do Pinhal. Sua mãe D. Olímpia Augusta Monteiro é filha de José F r a n c i s c o M o n t e i r o - B a r ã o e V i s c o n d e d e Tremembé?????????????

A Igreja

Em 27 de novembro de 1883 dá-se início oficial ao livro tombo da matriz de Santo Antônio do Pinhal, cujos registros eram feitos anteriormente em cadernos de anotações.

Já se tem comprovados através de documentos que, por volta de 1850 já existia uma capela no Bairro do Pinhal, distrito da freguesia de São Bento do Sapucaí. Com a elevação de capela à paróquia, em 23 de março de 1861, o italiano Francisco Cardelli torna-se o primeiro padre da nova freguesia de Santo Antônio do Pinhal.

A primeira Igreja 1905

16 RELIGIÃO

Consta no livro tombo nº. 1, datado de 7 de outubro de 1883 que: “péssimo estado e abandono em que se acha a Matriz. Falei e enxotei ao povo e nomeei um tesoureiro e um administrador das obras precisas ao reparo na pessoa do cidadão do tenente José Innocencio A. Bitterncourt e em seguida fomos esmolando e tratando dos concertos...”.

Francisco Monteiro César pediu demissão do cargo de vigário da matriz, que foi anexada à freguesia de São Bento do Sapucaí.

Os primeiros Casamentos de Santo Antônio do PinhalConforme encontrado no livro Nº 1 de casamentos de

Santo Antônio do Pinhal de 1867 a 1879:

03 de Janeiro de 1867Victoriano Ramos do Nascimento de São Bento do Sapucaí com Victoriana Maria de Oliveira de Jagoary-Minas. O Vigário foi José da Silva Figueiredo Caramuru.

11 de Janeiro de 1867Procópio Lemes dos Santos, filho de Francisco Lemes dos Santos e D. Generosa Maria de Jesus, com Maria Francisca de Jesus filha de Manoel Ribeiro da Silva e D. Alexandrina Maria de Jesus.

29 de Agosto de 1871Antônio José de Oliveira, filho de Antônio José de Oliveira e D Germana Luiza da Conceição, com Gertrudes Maria da Conceição, filha de João Leonardo dos Santos e Delfina Maria de Oliveira.

20 de Agosto de 1873 Marcolino Jacintho da Silva filho de Júlio Jacintho da Silva e Maria Clara dos Santos, com Maria das Dores filha de Honório Maranje e Verônica Maria de Jesus.

15 de Maio de 1877Luís Jacintho da Silva filho de Júlio Jacintho da Silva e Maria Clara dos Santos, com Constância Theodora de Carvalho filha de Antônio Theodoro de Carvalho e Constância Francisca Berthoud

Os primeiros batizados registrados:

Como não existia registros de batismo, a partir de 1885 iniciou-se um 'livro de batismo' e na medida do possível e conforme a necessidade, foram registrados batismos desde 1850. Abaixo, dois exemplos de registros transcritos do livro de batismo.

Antônio“Manoel Ribeiro do Amaral e a senhora Gertrudes Alves Monteiro, pessoas fidedignas e depois de prestarem juramento, declararam que Antônio, filho legitimo de Francisco Alves Moreira e de d. Maria Benedita de Jesus, fora batizado na matriz desta paróchia de Santo Antônio do Pinhal no ano de 1862 pelo reverendo vigário Nicolao. Sendo padrinhos Antônio Alves Cardoso, já falecido e a declarante Gertrudes Alves Monteiro e como não se fez o lançamento do dito assento no livro competente, por autorização de s. Exª senhor bispo diocesano, concedido por despacho de 07 de fevereiro de 1885, tomei por termos declaração acima referida para abrir o presente assento que firmo. Vig. Joaquim Antônio Siqueira.”

Francisco“Aos dez de junho de 1889 compareceram em minha presença Manoel José da Cunha Brandão e José Maria Moreira, os quais depois de prestarem juramento, declararam que Francisco, filho legitimo de Joaquim Fernandes de Azevedo e de Cândida Christina da Cunha foi batizado nesta matriz de Santo Antônio do Pinhal em 1862 ou 1863 e que foram seus padrinhos Manoel Fernandes de Azevedo e Manoela da Silva Franca. Fiz este assento por não achar livros de batismo daquelle annos. Vig. Domingos Perrone”.

Igreja em obras 1920

Pela provisão episcopal de 28 de abril 1917, foi nomeado vigário da paróquia de Santo Antônio do Pinhal, o Rev. Padre Estevam Masl, que tomou posse no dia 2 de maio do mesmo ano e tendo como testemunhas do ato os Srs. Cândido Monteiro da Silva e Antônio Ribeiro Pimenta.

Segunda igreja

Em 8 de julho de 1917, foi aprovada a comissão nomeada para a construção de uma nova matriz, pois a existente já se encontrava em estado bastante precário. No início de 1918, houve uma nova provisão e o Padre Estevam Masl manteve-se no cargo de vigário desta paróquia. No cargo de fabriqueiro, o Sr. Cândido Monteiro da Silva e como sacristão o Sr. Antônio Ribeiro Pimenta. Nos moldes da primeira igreja, com duas torres, as obras ficaram estagnadas por falta de verbas, até que parte do telhado e uma de suas torres desabaram com as intensas chuvas.

Bairros e moradores em 1917

Capóra: hoje entre Sertãozinho e Boa Vista

Sertãozinho: o mesmo

Bixiguento: São Judas Tadeu, entre José da Rosa e Lajeado

José da Rosa: o mesmo

Barreiro do Rio Preto: Barreirinho Rio Preto

Rio Preto: o mesmo

Da Barra: no Rio Preto

Mellos: o mesmo, hoje Campos do Jordão

Lageado: o mesmo

Fazenda do Pinhal: o mesmo no Rio Preto

Mouras: Machadinho saída para José da Rosa

Morro Grande: o mesmo

Barreiro do Lageado: o mesmo

Cassununga: o mesmo

Paiol Velho: o mesmo, hoje pertence a São Bento do Sapucaí

Fazenda Miguel Derrico: Rio Preto de baixo, subida para Maria Bela

A terceira e última igreja:

Com o desabamento de grande parte da construção, o Revmo. Bispo ordenou que fosse demolido o restante para dar início a uma nova obra, dessa vez mais sólida e acompanhada por um técnico. O arquiteto Francisco d'Arace elaborou uma planta de 10 x 13,50 metros e foi contratado para supervisionar a obra.

Em 1924 iniciou-se então a construção da nova matriz, foi feita uma grande festa para a colocação da primeira pedra.

Inauguração em 1929

Em artigo no periódico “O Pinhalense” de 15 de maio de 1925, o então vigário encarregado Padre José Vitta, coloca à venda alguns lotes de terras da capela para angariar fundos para terminar as obras da matriz, conforme descrito :

Comemorativo 1929

AvisoAos foreiros de Santo Antônio do Pinhal

“Sendo impossível pela grande falta de recurso, prosseguirem os trabalhos da nova matriz em construcção, o Exmo. Sr. Bispo autorizou-me a vender uma parte dos terrenos do patrimônio e empregar o producto em beneficio das obras da matriz, como os terrenos estão todos aforados, venho communicar aos illustres foreiros a nova resolução e que os terrenos de hoje em diante serão vendidos a quem mais vantagem offerecer. Os foreiros têm uma certa preferência na compra. Porem, uma vez que não queiram comprar e nem desistir para que se possam vender a outros, dar-se-á a desapropriação, conforme o regulamento da fabrica que diz.. “ficando a fabrica desta egreja com pleno direito ao domínio directo e desapropriação do mesmo terreno no caso de necessidade ou utilidade da egreja, com direito as indenizações das benfeitorias existentes”.

O encarregado – Pe. José Vitta

Com essa iniciativa tomada pelo Padre José Vitta, o centro de Santo Antônio passava das mãos do santo, representada pela igreja, para particulares, principalmente os foreiros.

Foreiro segundo Aurélio Buarque de Hollanda é: quem paga foro; aquele que tem domínio útil de um prédio, por contrato.

Naquela época, sendo a Igreja possuidora das terras recebidas por doação e com os povoados que cresciam ao redor da capela, ela cedia parte de seu domínio a particulares que pagavam um tributo para a sua utilização. Este domínio poderia ser transmitido por herança, mas sem a documentação necessária, pois a propriedade continuaria sendo da Igreja. Sendo a paróquia de Santo Antônio pobre e não podendo contar com o pagamento regular dos foros, e muito menos com grandes doações para a construção da nova matriz, algumas pessoas tomaram a iniciativa para a compra do respectivo terreno.

A nova matriz de Santo Antônio do Pinhal. Artigo do Organ Independente O Pinhalense em 15 de maio de 1925

“Grande tem sido a luta sustentada pelos encarregados da construção da nova matriz. Dificuldades de toda espécie, mil obstáculos se tem apresentado mas, até o presente, por uma graça do céu, não foi necessário parar, apesar de o serviço ser tratado com grande morosidade, pela grande falta de recursos.

A nova matriz a esta hora já poderia estar coberta e por conseguinte servindo, se não fosse o grande e condenável indiferentismo da maior parte da população desta paróquia e principalmente dos habitantes da sede, com honrosas exceções.

A princípio, era voz unânime que todos estavam prontos para concorrer na medida de suas posses, para a realização do ideal: a construção de nossa igreja; mas, infelizmente tal não sucedeu, como todos tiveram ocasião para presenciar, não sabemos qual o motivo; o lugar estava há cinco anos desprovido de igreja, assim nos expressamos, porque a que existia não preenchia as condições exigidas ou necessárias para um templo; o povo não cessava de reclamar, pedindo a construção de uma nova igreja, esse, diziam todos, era o veemente desejo dos habitantes desta paróquia.

Que contraste! A princípio, desconfiados, queria ver o inicio da obra; vieram-no, depois muitas outras desculpas, sem razão de ser, e afinal, parece que estão resolvidos a não contribuir com o que prometeram. Uma ingratidão para com a Igreja e uma nódoa na consciência daqueles que assim procedem!

Negar uma esmola prometida, para a construção de uma igreja é, sem dúvida, uma falta grave perante Deus! Os encarregados, com grandes trabalho, só conseguiram arrecadar a importância de 21.807$900, sendo que até a época presente as despesas são superiores a arrecadação. Essa arrecadação foi feita durante o largo prazo de um ano e daqui em diante há pouca esperança se o povo não mudar de orientação.

Há ainda 15 contos prometidos, mas pensamos que ficam só em promessas... E como tal não podemos contar com eles. Estamos na triste e dolorosa contingência de ser preciso parar o serviço, há duas semanas, que a caixa esta desprovida do necessário para o pagamento e assim continuando, os encarregados outra coisa não podem fazer senão suspender o serviço por algum tempo.

Que Deus não permita tal coisa, porque seria talvez um fracasso! Só faltam dez a 12 contos, para pôr a igreja em condição de ser utilizada. A quantia é pequena; não haverá nesta terra a possibilidade de arranjar a importância mencionada?

Apelamos para os filhos deste lugar, e eles nos respondam! Apelamos para o nobre sentimento deste povo! Unidos todos pelo sentimento de patriotismo, poderão, se quiserem, arranjar muito mais. Por isso, os encarregados da árdua tarefa esperam e contam com a máxima boa vontade de todos”.

Inauguração 1929

Major Ângelo Granato acompanhando a inauguração da igreja em 1929

Padre Vitta

Nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí Mirim cidade mineira antes conhecida como Santana do Sapucaí Mirim, e foi batizado em São Bento do Sapucaí. Viveu sua infância na fazenda de seus pais, Donato Vitta e Maria Leopoldina Ferreira e, em 1909 ingressou no Seminário Menor de Pirapora de onde se tranferiu para o seminário de Taubaté em 20 de fevereiro de 1911.

A bênção e vestição de batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915. Em 19 de setembro de 1917, D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva conferiu-lhe as quatro ordens menores. Em 16 de março de 1918 foi-lhe conferida a ordem do subdiaconato, e no dia seguinte a ordem do diaconato, também por D. Epaminondas que nessa época encontrava-se muito doente, já desenganado por doença cardíaca, mas recuperou-se, pois Deus ainda lhe reservava uma missão.

Pe. José Vitta passava férias na fazenda de seu pai, e de lá andava nove quilômetros a cavalo até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que queria ser padre mas não tinha recursos. Pe. Vitta conseguiu autorização do bispo diocesano para que ele não pagasse as anuidades. O menino passou a frequentar as aulas para os vestibulares do seminário em Taubaté, tendo sido aluno do Professor Plínio Salgado, o grande escritor e político católico de São Bento do Sapucaí. Foi aprovado e ingressou no seminário de onde saiu, anos mais tarde, como o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de Almeida Moraes Jr.

Ainda hoje, quem vai pela variante do bairro José da Rosa em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra, depois de atravessar uma ponte de concreto na divisa de estado, encontra à direita uma tosca moradia com os dizeres: “aqui nasceu D. Antonio de Moraes, Arcebispo de Niterói.

Pe. Vitta foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade presidida pelo núncio apostólico no Brasil, D. Ângelo Giacinto Scapardini, pois D. Epaminondas encontrava-se ainda enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo Colégio São Miguel, em Jacareí, em 1920. No início de 1922 foi

nomeado vigário cooperador de Caçapava e dali transferiu-se para Lambari, Minas Gerais.

Em maio de 1924 sofreu uma hemoptise e retornou à fazenda de seu pai, onde foi recebido por Angelina, sua madrasta, recuperou-se e foi para a casa de sua irmã em Pindamonhangaba, onde passou a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo.

Foi designado por D. Epaminondas a prestar serviços em Santo Antônio do Pinhal e com a ajuda do povo, construiu a igreja matriz, inaugurada em 1929.

Nessa época, as obras da E.F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefévre, a poucos quilômetros de Santo Antônio do Pinhal. Em 1925, guiado pela providência, comprou uma casa na Vila Abernéssia em Campos do Jordão, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras conhecidas por Mariquinha e Cotinha. Lá iniciou sua grande obra. no dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto do Papa Pio XII com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de Sua Santidade

Foto de 1924 em frente a 2ª igreja que foi demolida meses depois: Nicolino Granato, padre Vita, Paulino Granato, as irmãs do padre, Mariquinha e Cotinha, José Lourenço de Castro,...,......?

na presença do governador Lucas Garcez. Em 30 de abril de 1959 recebeu o título de Cidadão Honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão no dia 13 de dezembro de 1972, às 23h45, assistido por suas irmãs chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos os Drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, em Campos do Jordão a via de acesso ao Sanatório São Vicente de Paulo passou a ser denominada “Rua Monsenhor José Vitta” assim como a Escola de Primeiro Grau de Vila Abernéssia que também recebeu o seu nome.

Apagara-se uma luz na terra, e mais uma começou a brilhar no céu!

Monsenhor José Vita década 1970.

Inauguração Igreja de São Benedito 1948

Igreja de São BeneditoNo dia 21 de março de 1947, domingo de ramos, foi dada a

benção solene da 1ª pedra da Igreja de São Benedito, nesta paróquia, por delegação especial do Exmo. Sr. Bispo. Um ano depois a igreja foi inaugurada, marcada por empolgante manifestação de fé que iniciou com a procissão da qual faziam parte cinquenta pessoas da Irmandade de São Benedito.

Foi um dia inolvidável para todos os pinhalenses, e culminou com a celebração da primeira Missa celebrada pelo Pe. Sebastião Hugo Santana, o então vigário, e participação em massa da comunidade.

Casa Paroquial

Quando faleceu o vigário paroquial, Pe. Estevam Masl, deixou para a diocese um terreno e uma casa. Encontrando-se em péssimo estado de conservação, a casa foi vendida com a devida licença da autoridade diocesana e o dinheiro empregado na construção da matriz.

No final da década de trinta foi construída uma nova casa paroquial com oito quartos em um terreno mais próximo da matriz.

Existia na casa paroquial antiga, apenas uma mesa de jantar rude, uma cama velha e cobertor, uma cama de arame, uma mesa velha e estante simples. Com auxílio de amigos, filhos de Santo Antônio residentes em Pindamonhangaba, foi providenciado tudo o que era necessário para acomodar decentemente um vigário. Em 1944, foi inaugurado um pequeno salão ao lado da casa paroquial para as associações religiosas utilizarem em reuniões de trabalho e de lazer. Recentemente, o Cônego Pedro Alves dos Santos, conhecido carinhosamente como Padre Pedrinho, Pároco da Matriz desde 5 de janeiro de 1991, reformou por completo a antiga casa paroquial, transformado-a em um amplo sobrado para receber padres e visitantes.

Como a Igreja Católica faz parte da historia da cidade, esta diretamente ligada ao contexto do livro. Mas nem todos professam a religião católica, então, igrejas evangélicas foram se instalando na cidade com decorrer dos anos, tais como: Congregação Cristã do Brasil, Quadrangular, Assembléia de Deus e Testemunha de Jeová e que hoje agrega grande número de fiéis.

Adventista>>>>>>>>

Os ItalianosCom o sonho de fazer riqueza na América, desembarcaram

no Brasil, no final do século XIX, dezenas de famílias de italianos que vieram trabalhar nas plantações de café no Vale do Paraíba e Sul de Minas Gerais, mas, por motivos diversos, abandonaram as fazendas e se instalaram neste distrito. Com o passar dos anos essas pessoas transformaram-se em pontos de referência como comerciantes e agricultores, das quais destacaram-se: Família Granato (de Domingos Granato) Ângelo Maria Granato, de outra linhagem, Aurichio; Valvano, Cazari, Moliterno, Derrico, de Vita, Scadelaso, Roberti, Motolla e Grasso. A maioria das famílias veio de Corleto Monforte, província de Salermo, Reino da Itália.

No dia 13 de outubro de 1885, Ângelo di Ruberto e Felice de Vita embarcaram em um navio chamado “Vicenzo Florio”, com destino a Buenos Aires, Argentina. Mas quando o navio aportou no Brasil, Ângelo Di Ruberto e outras quatro famílias italianas da mesma região, e parentes entre si, desembarcaram no Rio de Janeiro no dia 11 de novembro de 1885. Entre essas famílias estavam os Vita (Felice), Moliterno (Andréa Moliterno), os Granato (Pietro Izidoro Granato e Ângelo Granato) e Pietro Valvano.

Conforme a certidão de desembarque, encontrava-se também no navio uma pessoa com o nome de Nicola Ruberto, acompanhante Ângelo Di Ruberto e Felice de Vita, cujo destino era a cidade de São Paulo. Certa vez, subiram a serra até Santo Antonio do Pinhal para vender suas mercadorias. Acharam o lugar tão parecido com Corleto e gostaram tanto que, a exemplo de outros, acabaram vindo morar aqui.

CuriosidadeJoão Antonio Moliterno era italiano da Comune de Corleto

Monforte e veio para o Brasil com aproximadamente quatro anos de idade. Como era filho de Andréa Moliterno ( André, como foi traduzido) o menino João ficou conhecido no município como “João André”. Casou-se com Maria Rosa de Vita, filha de Felice de Vita e Antonia Motolla.

Tenente Domingos Granato, casado com Luiza Derrico, foi pessoa de importantíssimo valor no distrito, sendo de uma outra linhagem de Granato. Era também a favor dos Botões e muito

OS IMIGRANTES17

Passaporte do sr. Felice Di vita de 13 de outubro de 1885

O Major (titulo comprado) Ângelo Maria Granato, filho de Izidoro Granato, comerciante e proprietário de muitas terras ganhou muito dinheiro e colaborava com o partido dos Botões (simpatizantes dos Republicanos) ajudando, assim, a manter a banda do mesmo partido. Com o poder que tinha apoiava deputados do estado em nosso distrito. Ainda hoje pode-se encontrar descendentes do Major em nosso município.

colaborou com a igreja como é citado pelo padre em trechos do livro tombo. Foi construtor das torres da 1ª igreja que foi demolida para dar início a 2ª em 1917 e demolida em 1924 dando lugar à atual versão. Seu filho, Nicolau Granato foi Diretor do Periódico “O Pinhalense ”

Personalidade Domingos Granato: nascido em 28 de junho de 1919 no

antigo distrito de Santo Antônio do Pinhal, filho de Ângelo Maria Granato e Madalena Cazari, recebeu este nome em homenagem ao grande amigo de seu pai Domingos Granato (imagem abaixo) que faleceu um ano antes de seu nascimento, foi combatente na Segunda Grande Guerra. Grande representante de nossa cidade na Itália, terra natal de seus pais. Faleceu dia 16-07-2008 em Cidade de São José dos Campos.

Luiza Derico, Domingos Granato, Paulino, Tunico e Rosa-1893

Os Imigrantes SuiçosFranz Dolder, Emil Pfeiffer, Alfred Luthold,

Kaufmann e Hans Sauberli. Os descendentes de Hans Sauberli ainda permanecem na cidade.

Os imigrantes Japoneses.A formação do primeiro núcleo de japoneses na região

ocorreu em 1929 no Bairro Renópolis, zona agrícola de clima temperado.

Segundo Shunsunke Kimura, na década de 20, Dona Renée Lujan de Carvalho, uma francesa casada com brasileiro e radicada no Rio de Janeiro, adquiriu uma área de 142 alqueires onde iniciou a construção de um hospital próxima à atual parada Renópolis. Seria o primeiro Sanatório da região, mas a obra foi abandonada no estágio da cobertura.

Em setembro do mesmo ano, um grupo de japoneses que pretendia fixar-se na região de Pindamonhangaba veio alojar-se e trabalhar nas terras emprestadas pelos próprios proprietários do loteamento Renópolis. Pouco tempo depois passaram a arrendá-las e mais tarde compraram 80 dos 142 alqueires, dando origem ao loteamento.

Em 1927, Dona Renée elaborou uma planta de loteamento de suas terras, sem chegar entretanto a registrá-la, dando ao loteamento o nome de Renópolis, que deriva de seu prenome Renée. Em 1929, com problemas financeiros viu-se obrigada a vender a sua propriedade, que foi adquirida por Orlando Drumond Murgel, então diretor da Estrada de Ferro de Campos do Jordão e Manoel Olímpio Romeiro, advogado da referida Estrada de Ferro e pelo poeta José Carlos Barbosa, que pouco tempo depois transferiu a sua parte para Orlando Murgel e ao seu pai Mauricio Eugenio Murgel.

Nove famílias japonesas foram as fundadoras da Colônia Renópolis: Morikiti Yoshikai, Kakiti Yao, Hissaiti Yamada, Takeiti Awata, Inao Kano, Ei-iti Mizuta, Matsuji Shibuya, Sakae Kurozawa e Sue Kussama.

Mais tarde vieram: Masato Yamada, Nizo Katayama, Shoji Kímura, Sussumu Nagaoka.

Brander,

Após 1933, outras famílias se estabeleceram na região do distrito: Riiti Katayama, Hayashida, Sanefugi, Shisito, Yoshikai e mais tarde, os Nakamura, Abe, Fukumitsu, Kaida, Nishimura, Yama-guchi, Yawasaki, Tamura, Tanaka, Oikawa, Hatsuda, Hirakawa, Watanabe e Ito.

No inicio mal falavam a língua e a agricultura era o caminho para a riqueza. Plantavam hortaliças como repolho, tomate, mas foi na cultura da cenoura que os primeiros colonos obtiveram êxito em seu trabalho. A colônia foi o berço dessa raiz em escala comercial no Brasil. Da cenoura, os japoneses passaram para fruticultura de clima temperado, plantando pêssego, ameixa, pêra, nectarina. Alguns obtiveram sucesso também na avicultura.

Foi através de um amigo mascate que a família Katayama conheceu a cultura da orquídea, que atualmente constitui a atividade principal da Colônia Renópolis com a variedade Cymbidium. O pioneiro na escala comercial foi Shoji Kimuraque iniciou o cultivo em 1976.

Em dezembro de 2008, a Câmara Municipal de Santo Antonio do Pinhal, através do Projeto de Lei Legislativo de autoria da Vereadora Rachel Carvajal, outorgou homenagem de honra ao mérito aos Produtores de Orquídeas, os senhores: Shiguero Katayama, Tadaki Yamada, Junji Kimura, Kazuo Takanashi, Antonio Kawakami, Antonio Ywasaki, Sakae Nischimura, Toschio Moricane, Kenji Ocabe, pela dedicação ao cultivo de orquídeas, que muito contribui para elevar o nome do município.

Santo Antônio do Pinhal, quando recém emancipado, tinha um número aproximado de 60 famílias japonesas residindo em terras pinhalenses.

Mas, esse número começou a cair no anos 70, quando a agricultura perdia seu valor comercial e os japoneses começaram a migrar para cidades maiores buscando outras alternativas. Seus filhos e netos começaram a fazer o trajeto contrário de seus avós, buscando dinheiro na “terra do sol nascente”.

Em 1979 comemorou-se os cinquenta anos da colônia no Bairro Renópolis, contando com a presença dos pioneiros e fundadores, das autoridades locais, do Engenheiro Orlando Murgel, Deputado Armando Pinheiro e representantes do Consulado Japonês no Brasil.

Hoje a Nihonjinkai de Renópolis denomina-se Associação Cultural Recreativa Nipo-Brasileira de Santo Antonio do Pinhal. Possui um pequeno número de associados, mas é muito bem estruturada, com sede própria, campo de futebol e quadra poliesportiva.

Em comemoração aos 100 anos da chegada dos primeiros japoneses no Brasil a bordo do navio Kasato Maru, a Praça Benedito Marcondes Raposo, também conhecida como Praça do artesão, ganhou contornos inovadores inspirados na cultura oriental que inclui um jardim japonês e um Portal Torii.

Em 2009, comemora-se 80 anos da colônia em nosso município.

Casa da Vó.Shoji Ito e sua mulher Yoshi Ito chegaram no Brasil a bordo

do Manila Maru em 1934. Com eles vieram cinco filhos e aqui em Santo Antonio nasceram três filhas. Emi Ito, residente em Santo Antonio, é uma de suas netas, filha de Paulo Mossami Ito e D. Tereza. Um fato interessante é que, mesmo sem falar bem o português D. Yoshi tornou-se conhecida. A família morava no bairro do Sertãozinho, onde é hoje a propriedade do exdeputado Armando Pinheiro. Cuidavam de pessoas enfermas dos mais

Apresentação Japonesa na Praça da Matriz

variados males com remédios à base de ervas. A casa ficou conhecida como "casa da Vó Yoshi" ou apenas casa da Vó. Ela era parteira, e de todos os recém-nascidos ela tirava um pedaço do cordão umbilical e levava ao fogo dentro de uma lata para desidratar. Depois dava-o à mãe dizendo que se a criança ficasse doente ela poderia usá-lo para fazer chá e dar para a criança beber. Poderia também ser utilizado por adultos. Interessante ressaltar que, num passado não muito distante o cordão umbilical era utilizado para tratamento. Atualmente, a área médica vem desenvolvendo pesquisas para tratamento através de células embrionárias. Durante muitos anos a colônia japonesa abasteceu os mercados horfrutigranjeiros da região com a sua produção. Nas últimas duas décadas a produção local diminuiu em razão dos descendentes dos antigos imigrantes terem-se voltado para outras atividades fora da cidade.

CuriosidadeUm Torii (em japonês), é um portão tradicional japonês.

Ele foi criado para ser originalmente apenas um simples portão das antigas cercas do santuário. Quando as cercas foram retiradas, o torii permaneceu para designar a entrada de um lugar sagrado e afastar os maus espíritos. O Torii é composto por dois pilares verticais, unidos no topo por uma trave horizontal (kasagi), geralmente mais larga que a distância entre os postes. Sob a kasagi há outra trave horizontal, (nuki) que une os dois pilares. As madeiras são geralmente pintadas de vermelho.

Praça Benedito Marcondes Raposo

A REVOLUÇÃO18

Em 9 de Julho de 1932, explode em São Paulo uma revolta contra o presidente Getúlio Vargas. Tropas federais são enviadas para conter a rebelião. As forças paulistas lutam contra o exército durante três meses. O episódio fica conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932.

Em 1930, uma revolução derrubava o governo dos grandes latifundiários de Minas Gerais e São Paulo. Getúlio Vargas assumia a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes. Todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais. Os governadores dos Estados foram depostos. Para suas funções, Vargas nomeou interventores. A política centralizadora de Vargas desagradava as oligarquias estaduais, especialmente as de São Paulo. As elites políticas, do Estado economicamente mais importante, sentem-se prejudicadas. E os liberais reivindicam a realização de eleições e o fim do governo provisório. O governo Vargas reconhece oficialmente os sindicatos dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. Estas medidas irritam ainda mais as elites paulistas.

Em 1932, uma greve mobiliza 200 mil trabalhadores no Estado. Preocupados, empresários e latifundiários de São Paulo se unem contra Vargas. No dia 23 de maio é realizado um comício reivindicando uma nova constituição para o Brasil. O comício termina em conflitos armados. Quatro estudantes morrem: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo.

As iniciais de seus nomes formam a sigla MMDC, que se transforma no grande símbolo da revolução. E em julho, explode a revolta. As tropas rebeldes se espalham pela cidade de São Paulo e ocupam as ruas. A imprensa paulista defende a causa dos revoltosos. No rádio, o entusiasmo de César Ladeira faz dele o locutor oficial da Revolução Constitucionalista. Uma intensa campanha de mobilização é acionada.

Revolução Constitucionalista de 1932, Segundo o Livro Tombo nº 2 da paróquia Santo Antonio

Inicia-se na Capital de nosso Estado de São Paulo, com ramificação em todo o território do Estado, tremenda movimentação revolucionária, revolucionária, secundado pelo Estado do Mato Grosso. Muitos homens em armas querem impor o regime da lei ao ditador Getúlio Vargas, obrigando-o a dar Constituição imediata a nação e demitir-se da cadeira ditatorial.

O povo de Santo Antônio do Pinhal, em grande maioria fazendeiros ou herdeiros de terras nas zonas rurais do município, com a noticia da revolução empreitada pelos paulistas, imigraram, a principio, para o mais junto de suas matas e voltando, depois de um mês a suas moradias no pequeno centro urbano e com menos temor da dita revolução. Ficando na cidade, somente Brás Oliva, homem culto, proprietário de uma sapataria. Tal medida de permanecer tinha sua importância. Primeira por que sua mãe estava muito doente e com problemas de locomoção e, em sua residência no centro da vila, funcionava a única linha telefônica e seria de grande utilidade ao serviço da revolução.Vizinho territorial do Estado e Minas Gerais, Santo Antônio do Pinhal viu suas casas, as suas estradas, as cristas de seus morros, povoadas pelos soldados da Lei.

Ficavam em sentinela contra a possível invasão mineira pelo seu território.Pela força revolucionária, foi pedido que regalassem auxílio à causa do Estado e assim, de todas as fazendas foram doadas rêses para a alimentação dos soldados. A estrada de rodagem que ligava esta vila à cidade de Pindamonhangaba através da garganta da Serra da Mantiqueira, que na época era de péssimo estado, teve uma participação integral dos homens pinhalenses com um auxílio considerável aos soldados paulistas para a comunicação com a Estrada de Ferro Central do Brasil. Cerca de 600 homens trabalharam na dita estrada.

Em 19 de agosto de 1932, encontrava-se nesta paróquia o padre João José de Azevedo, que pregou diariamente, sobretudo, aos soldados paulistas que, em número de 400 homens no município, guardavam as fronteiras de nosso Estado de São Paulo.

A casa paroquial foi requisitada pelas forças e entregue à intendência das tropas.

Em outubro de 1932 os exércitos ditatoriais, composto de po1iciais e forças federais de todos os Estados da União, conseguiram romper as linhas paulistas, vencendo em todos os setores as tropas que queriam o regime da Lei e uma Constituição na República.

Conseqüentemente, retiravam-se desta vila de Santo Antônio do Pinhal, os soldados que aqui se achavam acantonados por alguns meses, tempo suficiente para cunhar laços de amizades, relegarem apelidos e deixar suas marcas de trincheiras encravadas em terras pinhalenses, mas não sem antes de ter experimentado cerrado fogo das tropas mineiras por 34 horas ininterruptas, isto dentro do município vizinho de São Bento do Sapucaí.

O movimento constitucionalista do Estado de São Paulo estacionou por quase três meses na vila de Santo Antônio do Pinhal. Cerca de 300 homens do Batalhão Piratininga, constituído pela elite da mocidade estudantina e independente do Estado, ou seja, voluntários que lutavam em prol do movimento revolucionário, por serem estudantes, pertenciam às famílias de classe média e rica do Estado, receberam a alcunha de "Batalhão Pó de Arroz" queriam o regime da Lei e uma Constituição na República.

A emancipação e seus problemas:

Possivelmente os descasos de São Bento com o povo pinhalense foi um dos maiores motivos pela vontade de liberdade do distrito, após o período dos coronéis, Botões x Jagunços a vontade aumentou.

A disputa sempre acirrada pelos eleitores de Santo Antonio e São Bento, proporcionava casos insólitos.

Na década de 1930, precisamente em 1934, o distrito foi anexado à Campos do Jordão que possuía uma estrutura privilegiada e estava mais próxima. Assim permaneceu até 1944 quando foi re-anexado à São Bento do Sapucaí. Em 1948 através de plebiscito o povo pinhalense foi favorável de voltar a ser distrito de Campos do Jordão.

São Bento tinha filhos importantes, Miguel Reale, Plínio Salgado, políticos de renome herdeiros dos antigos coronéis que influenciaram muito contra o pequeno distrito, assim a assembléia legislativa de São Paulo deixou sem efeito o plebiscito de 1948. O tempo passou! Mas a vontade de emancipação não! A falta de sistema de água no distrito desencadeou, “Revolta dos Canos” e o processo emancipatório, descrito nas próximas páginas.

Em 1958 uma lei permitia a criação de novos municípios, um novo plebiscito foi marcado e de novo os pinhalenses confirmaram que a vontade de independência estava no sangue. Em seu favor um grande ministro que quando criança morou no antigo distrito, fez muitas amizades e tinha um grande amor por nossa terra. O Ministro Nélson Hungria, amigo de Candido Monteiro da Silva, foi apresentado aos emancipadores e engajou-se na luta dos heróis pinhalenses, mostrou aos de São Bento que a força política agora estava do nosso lado.

O município foi criado em 1959, mas os de São Bento não deixariam barato a descisão do STF: entraram com representação contra a descisão, incorformados com o fato de estarem nesse momento perdendo quase 60% de sua arrecadação. Todos os impostos pagos para São Bento seriam agora de Santo Antônio, assim o prefeito de São Bento tentou, tentou, gastou e quase, quase, quebrou sua cidade.

J o r n a l C o r r e i o Paulistano 15-12- 1934. Decreto 6.867 de 14 de d e z e m b r o d e 1 9 3 4 , anexando o distrito de Santo Antônio do Pinhal à Campos do Jordão.

Correio Paulistano 21 de dezembro de 1934.Opinião dos São Bentistas sobre o decreto através de seu correspondente.

”Decretos assignados hontem”O sr. Interventor federal assignou

hontem os seguintes decretos:Approvando o regulamento de

transito para o estado de São Paulo,que entrará em vigor em 1º de janeiro de 1935,com excepção dos capítulos 4,5,6,7,8,9,29 e 30, cujas disposiçõe só se tornarão effectivas 90 dias depois daquella data.

--Incorporando à estância sanitária de Campos do Jordão, o distrito de Santo Antonio do Pinhal.

19 EMANCIPAÇÃO POLÍTICA E SEUS PROBLEMAS.

Pela lei 6.867 de 14-10-1934, o distrito de Santo Antônio do Pinhal, foi anexado à Campos do Jordão, em 1944 voltou a ser distrito de São Bento do Sapucaí. Devido a diversos problemas existentes anteriormente com São Bento, o povo Pinhalense resolveu fazer um plebiscito em 24-10-1948 como demonstra a foto abaixo. Infelizmente um deputado amigo de São Bento agiu contra Santo Antônio, como veremos na próxima página

A votação de 1948, foi no antigo grupo escolar. Os dizeres do bilhete: A D. Maria Granato, incansável chefe da cantina do Q.G pró C. Jordão, com gratidão da turma. Em 24/10/1948

Noticiado no jornal de noticias do Estado de São Paulo, 13 de dezembro de 1948, deixando sem efeito o plebiscito de 24 de outubro de 1948.

Noticiado no Jornal de Notícias em 19 de 10-1948,telegrama de um vereador de Campos do Jordão à assembléia do estado.

Novo plebiscito agora em 1958.O plebiscito objetivava consultar a população, se ela queria

que Santo Antônio continuasse jungido e dependente de São Bento, como distrito, ou se almejava vê-lo desmembrar-se, tornar-se autônomo e, por fim, ser elevado à categoria de município.

Realizou-se, portanto, o plebiscito em 13 de dezembro de 1958, apresentando o seguinte resultado: total dos votos apurados, 317; votos pelo sim, 311; pelo não, três; em branco, dois; nulo um. A vitória da tese autonomista fora, portanto, esmagadora.

Em 31 de março de 1960, o prefeito de São Bento do Sapucaí, informa aos vereadores sobre as dificuldades encontradas para arrecadar impostos e o processo emancipatório ganho por Santo Antônio do Pinhal.

O prefeito de São Bento, informando que fora contratado um dos maiores advogados para tentar reverter decisão favorável a emancipação de Santo Antônio do Pinhal.

Telegrama entre Dr. Genésio e Plínio Salgado informando a perda do embargo sobre a emancipação.

Plínio Salgado, grande político nascido em São Bento e outros influenciaram no plebiscito de 1948 contra o povo pinhalense, agora já não possuia tanta representatividade.

O novo prefeito de Santo Antônio do Pinhal, Noé Alves Ferreira, informando sua renuncia ao cargo de vereador do antigo distrito de São Bento do Sapucaí.

6-10-61

Pela Segunda vez em 24-07-1961, o prefeito de São Bento interpõe recurso contra a criação do novo município de Santo Antônio do Pinhal- noticiado no jornal em 06-10-61

Vereadores de Santo Antônio do Pinhal propõem moção veemente de protesto contra o prefeito de São Bento-Benedito Gomes de Souza, pelo segundo recurso contra a criação do novo município.

Ofício do prefeito de São Bento à câmara municipal informando sobre a moção de protesto contra ele elaborada pela câmara do recém criado município de Santo Antônio do Pinhal publicada em jornal da capital, no dia 19-10-1961.

Ação do novo município de Santo Antônio do Pinhal contra o município de São Bento do Sapucaí, requerendo a prestação de contas desde sua criação em 18 de fevereiro de 1959, noticiado em 19-04-1962

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA E SEUS PROBLEMAS.

Flâmula comemorativa da emancipação 1960, do Atestado do vigário 1855 e da primeira eleição em 1961

Governador Carvalho Pinto assinando a criação do município. Junto da esquerda para direita: assessor, Sebastião Laércio Marcondes César, Oswaldo Gustavo da Silva, Félix Vieira, Noé Alves Ferreira, assessor do governador.

Por Ayrton César Marcondes

Muito antes dos celulares, das ligações telefônicas diretas e da Internet, a comunicação mais rápida a longa distância se fazia através de telegramas ou ligações via telefonista.

E foi através de telegrama que o povo de Santo Antônio do Pinhal recebeu a notícia de sua emancipação política. De concreto pode-se dizer que a notícia chegou por volta das duas horas da tarde e espalhou-se rapidamente por todos os bairros.

A partir daí foi como se ocorresse um levante: braços fortes largaram as enxadas e correram para a praça em frente à Igreja Matriz do recém-município. O anseio de liberdade até então adormecido, de repente fez-se coletivo e passou a governar a multidão que corria pelas ruas aos gritos de vitória. Lágrimas desciam livres nas faces, orações proclamavam-se em uníssono, a fraternidade irmanava as pessoas inundadas de sentimentos até então desconhecidos.

Foi assim. Os que viram jamais se esquecerão. As imagens de uma grande alegria coletiva poderão variar de uma memória para outra. Mas todas se uniram num mesmo grito, aquele que de repente conduziu a multidão aos pés do santuário de Nossa Senhora para, juntos, orarem e agradecerem.

Terminava a tarde. Estavam todos finalmente livres, não lhes importava muito de que jugo. Santo Antônio era agora um município, e esse fato maior estaria nos sonhos das pessoas da nova cidade na madrugada seguinte.

Sumário da EmancipaçãoPor Sebastião laércio Marcondes César

1 – Santo Antônio do Pinhal, ao final da década de 1950, já se sentia como comunidade, município seguro sobre seus membros adolescentes e fortes e, qual filho que ao atingir a maioridade se liberta da tutela paterna, queria conquistar sua autonomia político-administrativa, passando a gerir os seus próprios negócios e a esculpir o futuro com suas mãos.

Esse sentimento que pulsava na alma da comunidade, teve sua grande chance na Lei qüinqüenal nº 5.113 de 1958, segundo a qual, o distrito que contasse com uma série de requisitos básicos, por ela estabelecidos, poderia pleitear sua elevação à categoria de município e foi por este motivo que um grupo de bravos pinhalenses se reuniu em 21 de abril de 1958, na casa do Sr. Noé Alves Ferreira.

Neste encontro, o décimo realizado com objetivos autonomistas, foi criada a comissão emancipadora, que ficou

Emancipação-

assim constituída: presidente, Noé Alves Ferreira; vice-presidente, Expedito da Costa Manso; secretário, Miguel Derrico Neto e tesoureiro Vicente Chiaradia. Participaram do encontro: Getúlio Motta, Joaquim Francisco de Oliveira, Geraldo Ferreira de Lima, Gumercindo Fernandes da Silva, José Ferreira de Lima, Antenor Gustavo da Silva, Shicara Umesu, Taketomi, Carlos Kimura, Sebastião Targino e Afonso Vieira da Silva

2 – O movimento mal havia começado e já se incandescia, uma segunda reunião foi realizada em 28 de abril, já com a presença daquele que viria a ser um dos mais importantes autonomistas, o Monsenhor João José de Azevedo, que tão nobres e relevantes serviços haveria de prestar à causa nascente. Monsenhor João, na época, era o vigário ecônomo da paróquia local. Presentes, ainda, as destacadas figuras de João Batista da Motta e Oswaldo Gustavo da Silva, além de todos os membros da comissão emancipadora que participaram da primeira reunião.A partir desse momento, a maioria da população aderiu de corpo e alma ao movimento.

3 – Ainda na segunda reunião de 28 de abril de 1958, o Deputado André Franco Montoro foi aclamado pelos presentes como um dos líderes do movimento. Desse modo, em 30 de abril foi entregue ao deputado, na Assembléia Legislativa, uma representação do povo de Santo Antônio do Pinhal na qual se pleiteava a independência político-administrativa do distrito.

4 –Na Assembléia Legislativa em São Paulo, em meio à delegação pinhalense, fazia-se presente o Monsenhor João José de Azevedo que, àquela altura dos acontecimentos tinha sido elevado ao posto de presidente de honra do movimento autonomista. Outro aspecto bastante memorável foi o dia 30 de abril ter sido exatamente o prazo limite fixado pela Lei qüinquenal para ser dada entrada na Assembléia Legislativa uma petição autonomista, ou seja, um pedido visando a transformação de um distrito em município. É verdade que Santo Antônio apresentou a sua reivindicação no último instante, mas, em tempo hábil e juridicamente válido.

5 – Nesse estágio dos acontecimentos, entra em cena a figura impressionante de Benedito Marcondes Raposo, farmacêutico estabelecido na localidade desde 1932. Homem inteligente, culto e orador afamado, demorou um pouco para assumir o seu posto de “Capitão Ditinho Raposo”. Enquanto ele conquistava novas e importantes adesões nas cúpulas políticas e jurídicas, Noé arregimentava e incandescia as bases, com perfeita sintonia de estrategistas consumados.

Foi nessa fase que aderiu ao movimento o então Coronel

Ministro Nelson Hungria e o 1º Prefeito Noé Alves Ferreira entrando na Prefeitura

Sebastião Marcondes da Silva, irmão de Ditinho e também sãobentista de nascimento. Tornou-se, no entanto, um dos maiores heróis da emancipação, para a qual prestou assinalados e generosos serviços.

Mas, foi, sem dúvida, a amizade de Ditinho Raposo com o renomado penalista Ministro Nélson Hungria, do Supremo Tribunal Federal, o fator primordial da emancipação, a carta decisiva, o trunfo imbatível. Sem o engajamento de Ditinho Raposo não teria havido um interesse tão profundo do ministro pela causa e, sem o ministro, nem em sonho a emancipação teria acontecido.

Noé Alves Ferreira, pelo seu pioneirismo e pelo inquebrantável espírito de luta, pode ser considerado o pai da emancipação.

A Ditinho Raposo caberia, entre outros, o título de cérebro da emancipação ou arquiteto da autonomia.

6 – Entretanto, o processo de emancipação segue o seu acidentado curso e Santo Antônio, apesar dos contratempos, vai sempre conquistando mais espaço e mais direitos, como, por exemplo, a resolução de n°. 294/58 da Assembléia Legislativa, do Deputado Franco Montoro, autorizando a realização do plebiscito na terra dos pinheirais.

7 – Em 31 de dezembro de 1958, a Assembléia Legislativa votou a Lei nº. 5113, que criava vários novos municípios paulistas, sendo um deles Santo Antônio do Pinhal. Com a promulgação dessa lei, o TRE marcou as eleições dos municípios recém-criados para novembro de 1959. Seria a primeira eleição municipal de Santo Antônio.

Todavia, a euforia foi fugaz. São Bento do Sapucaí, não se conformando com a nova situação, entrou com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do Estado, conseguindo anular a criação do novo município. Constrangido, Santo Antônio, voltava novamente à condição de distrito de São Bento.

Entretanto, através da Lei n° 95.285 de 18 de fevereiro de 1959, a Assembléia Legislativa restabeleceu a criação de vários municípios, ficando pendente o caso de Santo Antônio em razão da adversa decisão pelo Tribunal de Justiça do Estado e dos embargos apresentados por São Bento.

Nos primeiros dias de janeiro de 1959, partiu para o Rio de Janeiro uma pequena comissão constituída por Benedito Marcondes Raposo, Noé Alves Ferreira e Mons. João José de Azevedo e foi prontamente recebida pelo Min. Nelson Hungria, no Supremo Tribunal Federal.

Informado do assunto, o ministro, sem tardança, encaminhou a comissão ao procurador geral da República do Governo Juscelino Kubitschek, pedindo sua ajuda no restabelecimento da lei que havia criado o município de Santo Antônio.

Alguns dias depois, por meio de um recurso extraordinário, o Supremo Tribunal Federal, na presença tutelar do ministro Nelson Hungria, anulou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, restabelecendo a criação do município de Santo Antônio do Pinhal, de acordo com a Lei 5.285, de 18 de fevereiro de 1959.

Esta histórica decisão do Supremo Tribunal Federal deu-se em 26 de janeiro de 1960.

8 – Entretanto, São Bento não se entregava tão facilmente. Entrou com um recurso mais forte, ou seja, ofereceu embargos à decisão do Supremo, requerendo a anulação da Lei 5.285, nos quais o próprio Supremo se fundamenta para outorgar a autonomia a Santo Antônio, pois, não os reconheceu como fundamento jurídico e não os aceitou. São Bento mais uma vez recorreu, dessa

vez com uma representação à Procuradoria Geral da República, última medida legal cabível na qual pleiteava a anulação, e que também não encontrou suporte legal.

Nesse interim, o Supremo Tribunal Federal confirma a legalidade da Lei 5.285, o que levou o Tribunal Regional Eleitoral a marcar, pela segunda vez, eleições em Santo Antônio do Pinhal, com data fixada para 5 de março de 1961.

No entanto, o município só viria a ser instalado em 21 de abril de 1961

DE CAPELA A MUNICÍPIO.Da formação de uma capela ao estabelecimento de um

município, existe um percurso de denominações. Entendam melhor quais são e o que significam:

CAPELA: pequeno templo fundado pelos nobres ou senhores nas terras de sua propriedade, geralmente ao lado de sua casa. Convertia-se muitas vezes em paróquia, formando uma Vila.

FREGUESIA: sede de uma igreja paroquial que servia para a administração civil. Era a categoria oficial em que era elevado um povoado quando nele havia uma capela administrada por um pároco que era mantido a custas dos moradores, que lhe pagavam um valor anual para o seu sustento

.VILA: Unidade político-administrativa autônoma equivalente a município, trazida de Portugal para o Brasil no início da colonização, tendo perdurado até fins do século XIX; toda vila deveria possuir Câmara e cadeia, além de um “pelourinho” – símbolo da autonomia ; termo empregado em substituição a município, pois este não podia ser empregado na colônia, ou seja, em terras não emancipadas.

TERMO: Território da vila, cujos limites são imprecisos; tinha a sua sede nas vilas ou cidades respectivas; era dividido em freguesias, limite, raia ou marco divisório que extrema uma área circunscrita.

CIDADE: Título honorífico concedido, até a Proclamação da República, pela Casa Imperial, a vilas e municípios, sem nada acrescentar à sua autonomia; a partir da Constituição de 1891, este poder é delegado aos Estados, que podem tornar cidade toda e qualquer sede de município; nome reconhecido legalmente para as povoações de determinada importância.

MUNICÍPIO: Divisão administrativa de origem romana, levada pelos romanos para a Península Ibérica, e de Portugal trazida para o Brasil; equivalente à vila; menor unidade territorial político-administrativo autônoma; entre os romanos, cidade que possuía o direito de se administrar e governar por suas próprias leis; no Brasil substitui definitivamente o termo “vila” a partir da República, tendo aparecido pela primeira vez na legislação através da Carta Régia de 29/10/1700.

ESTÂNCIA CLIMÁTICA20

Não bastava a Santo Antônio ser promovido à categoria de município, mas apresentava também condições naturais para ser elevado ao nível de estância climática ou a té mesmo de es tância hidromineral.

F o i u m a l u t a memorável, onde mais uma vez despontou os brios da gente pinhalense, tendo como seu g ê n i o t u t e l a r a f i g u r a inesquecível do deputado Benedito Matarazzo, grande amigo de Santo Antônio do Pinhal.

E foi de autoria desse deputado a Lei estadual n°. 9.714, de 27 de janeiro de 1 9 6 7 , a p r o v a d a p o r unanimidade de votos pela Assembléia Legislativa e que transformou o município em e s t â n c i a c l i m á t i c a . Posteriormente, essa lei foi s a n c i o n a d a p e l o e n t ã o governador Laudo Natel.

Digno de registro foi o episódio em que, à véspera do governador sancionar essa lei, veio ele a Campos do Jordão, em viagem pelo tradicional bondinho. Avisados de que o governador iria passar em L e f é v r e , o s p i n h a l e n s e s , encabeçados por Olavo Siqueira, encheram um caminhão e partiram rumo à famosa parada.

Comício

Inauguração da Delegacia

Inauguração do Pico Agudo

Reunião Política

Nas eleições de 15 de novembro de 1959 no município de São Bento do Sapucaí, Noé Alves Ferreira candidatou-se a vereador, porém, sempre chefiando e defendendo o movimento da independência política de Santo Antônio do Pinhal. O então prefeito de São Bento do Sapucaí, Sr. Sebastião de Mello Mendes, não acreditou no sucesso da autonomia de Santo Antônio do Pinhal. Junto a seu candidato a prefeito , o Sr. Benedito Gomes e outros políticos em convenção do partido escolheram os candidatos a vereador do distrito de Santo Antônio, Noé, Benedito Raposo, João Batista, Procópio Marcondes e outros.

Realizado as eleições em 15 de novembro de 1959, foi eleito Prefeito o Sr. Benedito Gomes de Souza, e pelo distrito de Santo Antônio foram eleitos vereadores os senhores: Noé Alves Ferreira, Procópio Marcondes de Azeredo, Francisco Alves Pereira

Para acerto das candidaturas, Noé Alves Ferreira propôs o melhoramento do abastecimento de água na então vila de Santo Antônio, tendo a proposta apresentada merecida aprovação pelos seus companheiros candidatos e vereadores pelo distrito. Cumprindo o acordo, imediatamente o prefeito Sebastião Mello Mendes enviou a Santo Antônio canos suficientes para melhorar o abastecimento de água. Tudo isso aconteceu em agosto de 1959.

21 A REVOLTA DOS CANOS

Lá chegando, o bondinho já estava de saída, com o governador e comitiva. Este, porém, avistando a caminhão que surgia, ordenou que a automotriz parasse, desceu e veio ao encontro da caravana pinhalense. Na oportunidade, o então vereador Laércio Marcondes manteve longa palestra com o chefe do executivo paulista, exaltando as qualidades naturais de Santo Antônio e rogando sua elevação à categoria de Estância Climática.

O governador ouviu atentamente a sua exposição, respondendo que ao examinar o projeto no dia seguinte, em São Paulo, o faria com bom ânimo, tendo em mente as palavras ouvidas naquele momento.

Mais tarde, em Campos do Jordão, Noé Alves Ferreira e João Batista da Motta reforçariam o mesmo pedido.

Jornal sobre a revolta dos Canos

e José Geraldo da Costa.Em 31 de dezembro de 1959 foram empossadas as

autoridades de São Bento do Sapucaí e os vereadores que representavam o distrito de Santo Antônio do Pinhal. E quanto ao serviço de melhoramento de água? Nada! Foi apenas uma estratégia para conseguir os votos de Santo Antonio do Pinhal. Os canos continuavam empilhados na Praça da Igreja Matriz de Santo Antônio desde agosto de 1959 durante a campanha eleitoral.

Em 16 de janeiro de 1960, o Prefeito Benedito Gomes de Souza ficou sabendo que Santo Antonio do Pinhal, dentro de poucos dias se tornaria município, por decisão do Supremo Tribunal Federal, tornando-se sem efeito a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. A notícia veio através do advogado do prefeito, Dr. Genésio Pereira Filho e seu assessor o jurista Miguel Reale, ambos filhos ilustres de São Bento do Sapucaí.

Tal circunstância de fatos a serem efetivados jurisprudencialmente. O Pref. Benedito Gomes de Souza manda os canos de volta para São Bento do Sapucaí. Os canos já estavam nos caminhões, quando Noé Alves Ferreira, na qualidade de vereador, deu contra-ordem e solicitou aos funcionários da prefeitura que descarregassem os caminhões, no que foi prontamente obedecido.

Entusiasmada pela emancipação do distrito, a população de Santo Antonio do Pinhal, deu total apoio ao Ver. Noé e amontoaram os canos na praça da matriz. Enquanto o Ver. Noé e o Mons. Azevedo tomavam providências, o prefeito de S. Bento telefonou para o vereador dizendo rispidamente que os canos seriam retirados e que os caminhões já haviam seguido para Santo Antonio com policiais para garantir a ordem. O vereador respondeu que só acataria a ordem se ela viesse com mandado judicial.

Os caminhões e os policiais logo chegaram, mas o povo montava guarda em volta dos canos. O Ver. Noé recebeu a ordem por escrito trazida pelo comandante dos policiais, e mais uma vez a rejeitou reafirmando que os canos só sairiam mediante ordem judicial. Mais uma vez os caminhões voltaram vazios para São Bento do Sapucaí.

A noite chegou e o povo ficou em vigília. No dia seguinte constatou-se que aumentara o número de pessoas solidárias ao movimento. Neste mesmo dia, 17 de janeiro de 1960, chegou um sargento enviado pelo governo do Estado com vários soldados da polícia militar para fazer com que se cumprisse a ordem judicial e os canos fossem entregues. Dia e noite o povo guardava os canos. Por duas noites Santo Antônio do Pinhal ficou sem iluminação elétrica. O povo acendia pequenas fogueiras e lanternas de querosene na cidade.

O prefeito conseguiu soldados do batalhão policial de Taubaté para garantir a ordem na hora precisa. Noé, por ordem do Monsenhor Azevedo mandou guardar os canos dentro da Igreja Matriz de Santo Antônio. A parte central da Igreja Matriz ficou toda tomada pelos canos.

Na ocasião, Noé era correspondente do Diário de São Paulo, e logo nos primeiros dias do movimento ele fez uma reportagem por telefone que foi transmitida pelo Grande Jornal Falado Tupi. Com essa divulgação do movimento popular, Santo Antônio recebeu vários repórteres de jornais e revistas tornando a "Revolta dos Canos", na ocasião assim denominada, conhecida em todo Brasil pelas reportagens e fotos do Diário de São Paulo, Folha de S. Paulo, Folha da Tarde e O Estado de S. Paulo, entre outros.

Durante quatro ou cinco dias os grossos canos enchiam a Igreja Matriz. A cidade cheia de gente aguardava também a decisão sobre a emancipação político-administrativa de Santo Antônio do Pinhal.

Enquanto isso o prefeito Benedito Gomes de Souza não conseguia a nomeação de um Juiz de Direito para a comarca de São Bento do Sapucaí, pois janeiro era período de férias forenses.

No dia 26 de janeiro de 1960, o Supremo Tribunal Federal anulou a decisão do Tribunal de Justiça do Estado que havia, pelo seu acórdão, decidido pela anulação da lei paulista que criara o município de Santo Antônio do Pinhal. Com a sentença da mais alta corte do Brasil, por unanimidade de seus ministros que assim votaram, Santo Antônio do Pinhal voltou a ser município tornando-se independente de São Bento do Sapucaí.

Às 6 horas da tarde, hora da Ave-maria, Noé, como de costume, fazia pelo alto-falante da Igreja Matriz o minuto de meditação. Logo em seguida deveria dar os avisos ao povo sobre a emancipação e sobre a guarda dos canos. Foi interrompido para atender um telefonema do advogado da comissão emancipadora de Santo Antônio do Pinhal, Volta ao microfone e dá a boa nova ao povo pinhalense.

Os sinos da Igreja Matriz e da Igreja de São Benedito repicaram festivamente. Os canos foram retirados de dentro da igreja pela grande multidão de pessoas que em poucos Minutos a deixaram

e em ordem para que o monsenhor João José de Azevedo e mais dois padres celebrassem à meia-noite do dia 26 de janeiro de 1960 a limpa para primeira missa em ação de graças do novo município. A festa continuou pela noite adentro. O povo cantava, rezava, chorava de alegria e emoção. Em grandes passeatas Noé e João Batista da Motta eram carregados pelo povo. Fogos de grandes potências estouravam no alto do santo cruzeiro e em todas as ruas de Santo Antônio do Pinhal. O povo continuava lotando as ruas. De todos os bairros chegavam caminhões, charretes, cavaleiros trazendo aqueles que desejavam compartilhar da festa da vitória. No dia seguinte, atendendo a um acordo amigável com o prefeito Benedito Gomes de Souza, Noé entregou os canos à prefeitura de São Bento do Sapucaí. O acordo foi assinado pelo vereador Noé, chefe do movimento, pelo representante do prefeito de São Bento, pelo delegado de polícia e várias testemunhas. O povo novamente unido ajudou a colocar os canos nos caminhões, devolvendo-os a São Bento do Sapucaí, satisfeitos e confiantes de que de agora em diante Santo Antônio do Pinhal teria condições de adquirir com seus próprios recursos novos encanamentos para refazer seu sistema de água.

Frente da Igreja Matriz

ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO22

Vilarejo do Pinhal

Um terreno abandonado cheio de entulho e mato, na entrada da cidade, foi neste local que um grupo de empresários paulistas já apreciadores da cidade decidiram construir um centro comercial organizado.

Um local que reunisse lojas, bons produtos, arte e alimentação, que recebesse bem o turista e acolhe-se eventos oferecendo um ponto de encontro e bem estar. Assim foi inaugurado em 29 de junho de 2002 Shopping Vilarejo do Pinhal. Sua arquitetura e a um só tempo arrojada e coerente com o entorno. Madeira roliça, cerâmica, telhas coloniais e telhados alpinos, também inspirados nas asas delta que voam pelos céus da cidade.

Muitos jardins, compondo um paisagismo representativo da região e sua altitude, incontáveis arvores nativas de mata atlântica e plantas exóticas de clima frio convivem em harmonia. O Vilarejo abrigou inclusive os primeiros caixas eletrônicos da cidade, facilitando em muito a vida dos moradores e visitantes.

Conforme comentou o bem humorado governador paulista Geraldo Alckimim em visita a cidade ; “O empreendimento destacou Santo Antônio das cidades vizinhas, gerou empregos, alavancou o comercio e tornou-se referencia de qualidade e bom gosto”.

AgriculturaO município de Santo Antônio do Pinhal sempre teve a

atividade agropecuária como base de sua economia. No inicio do século passado, destacava-se o cultivo de olerícolas, sendo o plantio limitado a algumas poucas culturas, como batata, repolho, além do cultivo de milho e mandioca.

Na década de 20, começaram a chegar os primeiros japoneses à região e com eles tem inicio o processo de diversificação das atividades produtivas. Inicia-se o plantio de cenoura em grande escala, cultura esta que encontrou grande receptividade nos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo. Essas culturas foram introduzidas principalmente nas áreas altas do município o que por conseqüência levou à retirada de boa parte da vegetação original, iniciando-se assim o processo de erosão em muitas áreas de declive acentuado. Teve inicio também, o plantio de algumas frutas de clima temperado, com destaque para o cultivo de marmelo, pera e uva.

Na década de 50, o plantio intenso de pêssego em várias regiões do Município deu inicio a uma era de prosperidade e Santo Antônio do Pinhal ganhou destaque no Estado pela grande produção de peras e pêssegos.Começam a aparecer as primeiras granjas para a produção de ovos e a pecuária de leite começa a se estabelecer de modo mais definitivo, fazendo com que se intensificasse o processo de redução da cobertura florestal, principalmente no topo dos morros.

No inicio da década de 70, a maior parte dos produtores de Pêssego inicia o cultivo de nectarina, que logo acaba ganhando destaque no mercado regional. A produção de pêra entra em declínio devido a uma série de fatores. Talvez o principal deles tenha sido a pequena preocupação com as técnicas necessárias para uma produção competitiva em escala comercial.

No fim da década de 70 algumas famílias japonesas dão inicio à produção de flores (Orquídeas). Nessa época

com a construção da Rodoviária SP-123, o turismo ganha novo impulso na região, com maior destaque para o turismo ambiental e de aventura. A prática do vôo livre também passa a ser mais explorada.

Já nos anos 80, a fruticultura começa a sentir os efeitos da importação de frutas de clima temperado do Chile e, devido ao alto custo de produção e à dificuldade de comercialização, passa a não ser um produto tão rentável. A grande maioria dos fruticultores substitui, então, a produção de frutas pela produção de flores. A avicultura começa a se concentrar nas mãos de grandes empresas e os produtores abandonam as atividades para investir mais recursos na floricultura.

Na década de 90, observa-se um grande crescimento do turismo na região; algumas propriedades começam a trabalhar com o turismo rural. Instalam-se as primeiras pousadas na área rural.

A especulação imobiliária passa a promover grande valor à terra. Muitos produtores começam a parcelar suas propriedades e com isso aumenta consideravelmente o número de pequenos sítios de lazer. Alguns produtores abandonam a atividade agropecuária e passam a trabalhar como funcionários nessas propriedades. Boa parte da mão de obra jovem, principalmente feminina, acaba indo trabalhar em pousadas e restaurantes instaladas no município.

As sucessivas crises econômicas que muito contribuíram para a descapitalização dos produtores, e as restrições ambientais que se impuserama com maior rigor a partir de 1998, quando o município foi inserido na APA – Área de Proteção Ambiental - contribuíram para a redução da atividade agropecuária, principalmente em termos de área cultivada. Mesmo assim, esse segmento ainda constitui o suporte da economia do município, desenvolvida atualmente em sua maioria por agricultores familiares que se dedicam ao cultivo de hortaliças diversas.

Quanto à comercialização, cerca de oitenta por cento dos produtos olerícolas são comercializados nos mercados de Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Taubaté. O restante da produção é comercializada nas quitandas, supermercados, restaurantes e pousadas do município.

PecuáriaO leite é comercializado através das cooperativas de São

José dos Campos e de São Bento do Sapucaí. Cerca de 20% do leite produzido é ventido “in natura” ou processado na fabricação de queijos e doces no próprio município.

No Bairro do Lageado encontra-se o Sitio Aconchego que se dedica à criação e venda de gado Jersey e a produção de leite “in natura”. De excelente qualidade, o Leite Integral Sitio Aconchego é processado no local, pasteurizado, engarrafado e vendido na região.

No Bairro do Rio Preto, o leite Mantiqueira é entregue na região e Vale do Paraíba.

Piscicultura

O clima frio de Santo Antonio do Pinhal é propício para o desenvolvimento da truticultura, condição que estimula alguns produtores a fazer dela uma fonte de renda.

Um dos principais fornecedores da truta que é consumida no Município é o engenheiro agrônomo Benedito Antonio da Costa, proprietário do Sítio Matão, localizado no bairro do Rio Preto. Benê, como é conhecido, é criador de trutas há 22 anos e produz cerca de 40.000 peixes por ano.

Além de fornecer para os restaurantes locais e Campos do Jordão, o produtor mantém um pesqueiro onde a truta pode ser pescada e saboreada na hora, no restaurante que funciona no sítio. O que favorece a criação dessa espécie de peixe da família do salmão é a água de boa qualidade, vinda da montanha a uma altitude de mais de 1.000 metros.

Existem outros pesqueiros no Município, dentre eles, o pesqueiro Arco Íris localizado no trecho entre Eugenio Lefévre e a entrada da cidade.

Curiosidade:A truta é um peixe da família do salmão e a espécie Arco-

Íris, originária da América do Norte, habita águas puras, cristalinas e muito oxigenadas, encontrando nas montanhas frias de Santo Antonio do Pinhal, um hábitat perfeito para sua criação. Além de ser uma excelente fonte de proteínas, sais minerais, cálcio, fósforo

e vitaminas, a truta possui ácido-graxo, o ômega-3, que reduz o colesterol se consumido regularmente.

Floricultura

O cultivo da orquídea foi introduzido no município pelo pioneiro Shiguero katayama, substituindo boa parte dos antigos pomares e hortas e as gerações foram se sucedendo no comando da produção. As primeiras mudas foram trazidas do Japão há 33 anos, principalmente das variedades Cymbidium que hoje deve render cem mil vasos e mais de um milhão de galhos (mudas); depois, a variedade Ondicium.

Dominado sobretudo pela colônia japonesa do município, o cultivo de orquídeas já incorpora modernas técnicas, como clonagem e multiplicação por meio de polinização em laboratórios que se dedicam a reproduzir variedades mais raras, por cruzamento (os híbridos) ou a partir de sementes colhidas na natureza.

Segundo os produtores, o clima é o que mais favorece o cultivo de orquídeas em Santo Antônio, entretanto, um dos fatores que dificultam a tarefa de produção de variedades raras é o tempo que se leva para conseguir chegar à floração, uma vez que uma planta pode levar até cinco anos para florescer.

Para comercializar o produto, foi instalado um galpão na estação Eugênio Lefévre, ponto de parada do bondinho de turistas da Estrada de Ferro Campos do Jordão, onde a venda é direta ao consumidor.

ArtesanatoAs artes e o artesanato em Santo Antonio do Pinhal são

manifestações que contam um pouco a história deste povo que valoriza a sua terra. Parte dessa história é vista na fusão do tradicional com as culturas vindas de outras terras. Uma delas é a “colcha de retalhos” ou “patchwork” nas mãos habilidosas da dona Fiica e de outras artesãs da cidade ( história em retalhos).

A arte de Eduardo Miguel faz uma releitura de madeiras reaproveitadas. Partes de árvores velhas que seriam utilizadas para queimar, transformam-se em esculturas, luminárias, móveis e

objetos de arte com destaque para as pipas. É a “arte ecologicamente correta”. Essa mesma matéria prima é utilizada pelo artesão Morito Ebine que trouxe do Japão a sua técnica de construir móveis só com encaixes, sem usar pregos ou parafusos.

Guilermo Estefânia, argentino radicado no município, trabalha com metais e produz jóias e semi-jóias com detalhes em madeiras, pedras e sementes.

A cerâmica também começa a ganhar força com o trabalho das artesãs Nancy e Cíntia do Jardins de Barro e de mais um ceramista, Luis de Julis, recém-chegado à cidade.

Essências, sementes e flores desidratadas são os ingredientes para a fabricação das velas artesanais da Oficina das Artes.

D. Odete Eid, escultora renomada, também faz história com as suas esculturas em bronze e alumínio.

A artesã Débora Murgel reside na Fazenda Renópolis, lá produz e comercializa lindíssimos trabalhos artesanais, além de chás, geléias e outros produtos, quase todos produzidos com matéria prima da própria fazenda. .

TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO

23Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos

exploradores do Vale do Sapucaí foi o transporte. Não havia estradas e sim caminhos naturais entre as matas virgens que foram no passado trilhas de índios ou abertos pelo homem.

O relevo acidentado com caminhos íngremes e tortuosos, estreitos e escorregadios, fizeram do burro o animal mais importante para o transporte por ser o que mais se adaptava as condições topográficas e que suportava cargas mais pesadas. Foi introduzido na região pelos bandeirantes e tornou-se o responsável pela integração do Vale do Paraíba com o Sul de Minas, transportando a nossa cultura junto com as pesadas cargas. As pessoas que buscavam ar puro para a sua saúde eram transportadas em liteiras ou no lombo dos animais. O clima de nossa região já era conhecido desde Século XIX como sendo benéfico para a

23

saúde.As primeiras trilhas na Serra da Mantiqueira ligando o Alto

Sapucaí ao Vale do Paraíba, foram aber tas pe los bandeirantes que usavam diversas trilhas entre elas a Garganta de Piracuama para se dirigirem às minas com suas tropas de burros.

Findo o ciclo dos minérios e dos Índios, vieram as sesmarias e depois surgiram as fazendas produtoras de ca fé , açúca r, cereais e de criação de gado, intensificando-se a criação de burros e aumentando o tráfego de tropas que desciam e subiam as trilhas da Serra da Mantiqueira.

Os fazendeiros que instalaram-se na região onde hoje encontram-se as cidades de Santo Antônio e São Bento do Sapucaí, pertenciam as tradicionais famílias de Pindamonhangaba e Taubaté, mantinham estreitas relações comerciais com as duas cidades. Usando as trilhas abertas, primeiro pelos índios, depois pelos bandeirantes, as tropas desciam e subiam a Serra, levando fumo, principal produto de exportação, toucinho, café, cereais, e do Vale, traziam ferramentas, querosene, sal, tecidos, armarinhos, produtos manufaturados e importados, enfim, o necessário para a vida dos serranos.

Tropa de Muares

Tropa do Virgilio

O tropeiroTeve papel importante no desenvolvimento sócio

econômico do distrito de Santo Antonio, sendo o elo entre o Vale do Paraíba e o Sul de Minas.

Tropeiro era o condutor-chefe da tropa, alguns eram donos dela, levavam consigo o condutor e o cozinheiro, chegavam a andar três léguas por dia e cada animal leva-va até 120kl.

Levando-se em con ta que uma l égua t em aproximadamente 6km e a distância entre Santo Antônio e Pindamonhangaba é de 30km, uma viagem entre as duas cidades durava cerca de uma semana, a viagem não era contínua em cada rancho de tropas que encontravam paravam para descançar os animais.

Tropa do Tunico Granato

Mais tarde, o transporte mais confortável passou a ser a charrete, algumas tinham cobertura e banco estofado e transportavam até três pessoas adultas mais alguma bagagem ou criança. O seu uso limitava-se ao trânsito entre a zona rural e a cidade.

Nas décadas de 40 e 50, Benedito Ribeiro Pimenta, mais conhecido como Dito Pimenta, fazia o transporte do distrito para a estação de trem Eugenio Lefévre.

Charrete do Dito Pimenta

AutomóveisSegundo documentos da época, o primeiro automóvel

surgiu na região de São Bento do Sapucaí na segunda década do século XX. Em 1917, Carmenuto Fitipaldi possuía automóveis de aluguel e o Sr. José Batista de Oliveira Paiva transportava pessoas até Eugênio Lefévre, ponto de conexão com a Estrada de Ferro Campos do Jordão. Em Santo Antônio o automóvel surgiu na década de trinta e o primeiro proprietário foi Tião Sissui, Sebastião Damasceno.

Em 1929 instalou-se a primeira empresa regular de transporte - Auto Viação São Paulo-Minas - de propriedade do Sr. Octaviano Marcondes Cabral e fazia o trajeto diário entre São Bento e Eugênio Lefevre, com saída às 7 horas da manhã e retorno às 17 horas. A precariedade das vias de acesso ao Vale do Paraíba tornou o automóvel pouco usado nas primeiras décadas do século, intensificando-se a partir da abertura da estrada Campos do Jordão-São José dos Campos-SP 50, passando por Santo Antônio do Pinhal. A região de serra era muito perigosa e os passageiros preferiam o bondinho, com baldeação em Eugênio Lefévre.

Aparecida do Norte: Geraldinho, João Ribeiro, Francisca, José L. Derrico- 24-04-1926

Estação Eugênio Lefévre- 1929

O sonho do tremNo contrato de concessão de uso e exploração de Estrada

de Ferro Campos do Jordão havia uma cláusula que obrigava a construção de um ramal ligando Paraisópolis - MG a Eugênio Lefévre, mas não foi cumprida. A idéia era unir a ferrovia elétrica a ferrovia a vapor que existia na cidade mineira, para facilitar o escoamento de mercadorias para o Vale do Paraíba. Houve outras tentativas de trazer o trem para Santo Antônio, 1949-1986, mas, todas frustradas.

CorreioO serviço de correio foi criado em 1858, no Distrito de

Santo Antônio a agência foi criada em 20-12-1876 noticiado pelo Jornal Correio Paulistano desse dia. Um estafeta fazia a viagem a cavalo uma vez por mês para Pindamonhangaba, levando e trazendo as correspondências. Isso durou até a chegada do automóvel, quando as viagens tornaram-se mais frequentes.

A comunicação entre Santo Antonio e o resto do país era muito difícil e lenta. Os tropeiros eram os únicos portadores das cartas enviadas pelos pinhalenses aos seus amigos e parentes de Pinda e Taubaté ou vice-versa.

O primeiro estafeta motorizado foi o Sr. José Batista de Oliveira Paiva, mais conhecido como Juca do Fonsico, usando o seu próprio automóvel ele fazia viagens diárias até Eugênio Lefévre, após 1914, onde apanhava a correspondência, ou a mala postal vinda pela E.F Campos do Jordão , deixava as correspondências de Santo Antônio e seguia viagem para São Bento do Sapucaí.

TelefoneO serviço telefônico foi instalado em 10 de dezembro de

1908 pela rede telefônica pindamonhangabense noticiado pelo Jornal Estado de São Paulo desse dia

Na região, após o inicio das atividades da Estrada de Ferro Campos do Jordão, empresa concessionária de telefonia.

Rádio e GramophoneOs aparelhos de rádio começaram a chegar por aqui na

década de 30, poucos se davam ao luxo de possuir um aparelho em casa, dado ao seu alto custo e poucos também possuíam o gramophone.

Luz elétricaNoticiado pelo Correio Paulistano em 30 de junho de 1916,

“Illuminção pública ficou óptima”

Jornal Cine repórter, 08 de outubro de 1948

TelevisãoO primeiro aparelho chegou a Santo Antônio nos anos 60 e

pertencia à Sra. Maria Barbosa, esposa de J.Monteiro dono do cinema inaugurado em 1948, sua casa ficava cheia de telespectadores, principalmente em dia de jogos de futebol, embora sintonizasse apenas um canal com mais chuviscos do que imagens.

Com o tempo, o televisor ficou mais popular e as antenas eram instaladas nos morros da cidade formando um emaranhado de fios cruzados por todos os lados. Era comum ver alguém com uma taquara desenrolando os fios paralelos depois que alguma coruja ou gavião pousava neles. Mais tarde foi construída uma torre repetidora no bairro Joaquim Alves que dava muito trabalho ao técnico de manutenção. Hoje a antena parabólica faz parte do visual do município.

ImprensaCorreio Paulistano de 1904, relata a publicação de

“Combate” jornal que se publica na freguesia de Santo Antônio, pelo Sr. José C. Palma.

Com relação ao periódico “A Abelha” noticiado em nosso livro 1ª edição, existiu de fato, mas somente na corte, não em nossa região, era destinado a todas as províncias.

Em 15 de maio de 1925 foi publicado o primeiro exemplar do jornal “O Pinhalense”, cujo diretor, fundador e proprietário era o Sr. Nicolino Granato; como gerente, o Sr. Paulino Granato; Redator Chefe, o Sr. Machado Vale visitante que passava longas temporadas neste distrito.

Depois de longos anos sem manifestação jornalística no Município, em 1º de dezembro de 1963 foi relançado o “O Pinhalense”, pelo novo diretor e fundador Sr. Sebastião Laércio Marcondes César, mais conhecido como Laércio Marcondes; redator chefe, Sr. Benedito Marcondes Raposo; gerente, o Comendador Heitor Cunha Filho. Sua tiragem mensal chegou à 12ª edição. Outros periódicos surgiram depois representados por pequenos jornais como Tribuna da Serra, ACB Mantiqueira, Jornal da Cidade, todos de vida efêmera.

Por fim, surge o informativo mensal da ACASAP que transformou-se no “Correio da Serra”. Fundado em dezembro de 2000.

Jornal “O PINHALENSE” DE 1925

Curiosa lista de anunciantes do jornal “O PINHALENSE” DE 1925.

Curiosa lista de anunciantes do jornal “O PINHALENSE” DE 1925.

Jornal “O PINHALENSE”1964

Curiosidade

Sertãozinho, Pico Agudo, Renópolis, Barreiro, Machadinho, Santa Cruz, Lageado, José da Rosa, Cassununga, Mouras, Pinhalzinho, São Judas Tadeu, Rio Preto de Cima, Rio Preto de Baixo, Reno, Barreirinho do Rio Preto, Boa Vista, Eugenio Lefévre.

Curiosidade Antonio Pereira da Silva (06-10-1922)Pirajui S.P

Antonio Pereira, ingressou na Força Pública em 1947, foi o 1º guarda florestal em Santo Antonio, trabalhou tambem em São Bento e Campos do Jordão. Chegou em Santo Antonio em 1958 e permaneceu até 1965, alguns filhos nasceram em Santo Antonio. Como era de sua função estava sem-pre fiscalizando os caminhões que transportavam ma-deira, na época era comum a devastação , ajudava no combate a incêndios, fiscalizando com rigor, por parte da Policia Florestal obteve elogios individuais graças ao seu excelente trabalho. Hoje é normal encontrar-mos guardas florestais, mas naquela epoca era muito raro. Foi casado com Santa Fernandes da Silva, tiveram doze filhos. Cinco filhas vivem hoje na Suíça, uma possui uma casa em Santo Antônio,outra uma chocolateria na Suiça.

Bairros Rurais:

Avenida década de 1950

mo

Turismo

isTur

A cidade de Santo Antônio do Pinhal está estrategicamente localizada no contexto geográfico brasileiro, a apenas vinte minutos da Rodovia Presidente Dutra, a principal via de ligação do Brasil que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e a dez minutos de Campos do Jordão.

Uma de suas características importantes é a altitude média de 1.100 metros, o que proporciona durante o ano todo temperaturas agradáveis que variam entre 20 e 23 graus durante o dia e 5 a 15 graus à noite. No inverno, época da alta temporada, as geadas fazem baixar os termômetros que chegam a indicar até 3 graus negativos, dando todo um charme à região da Serra da Mantiqueira.

O clima ameno favorece passeios como o do famoso Bondinho que corta a Serra, as caminhadas, cavalgadas e trilhas pelos caminhos entre a vegetação exuberante e preservada da Mata Atlântica, habitat dos esquilos, jacus, tatus e tucanos. Além dos passeios, a cidade oferece oportunidades da prática de esportes radicais e de aventura, favorece o turismo rural agrícola com visitação os locais de criação de trutas, cavalos, cultivo de shitake, orquídeas e ateliês dos artesãos e artistas locais. Os turistas não só visitam como levam para a casa ou para presentear um pouco da arte e da cultura local. E como não poderia deixar de ser, as opções gastronômicas são muitas, ricas e variadas, do trivial à típica comida mineira entre outras passando pela cozinha internacional.

Um dos principais pontos de visitação é o Pico Agudo, com altitude de aproximadamente 1.700 metros, de onde se tem uma perfeita visão de 360 graus da região. Lá no alto o vento é quase sempre constante e permite a prática do vôo livre com decolagem de asa delta, paraglider ou parapent.

Quer pela variedade das charmosas pousadas ou pela gastronomia, passeios, aventuras e gente hospitaleira, a verdade é que o turismo vem crescendo em Santo Antonio do Pinhal. Suas características proporcionam lazer, aventura e boas lembranças a todos que a visitam.

24 TURISMO

Pico AgudoA 9 km do centro da cidade por estrada de terra, os seus

quase 1.700m de altitude proporciona 360 graus de visão, avistando desde a Pedra do Baú, em S.Bento do Sapucaí, vale do Sapucaí Mirim, serra de St.Luzia até o Vale do Paraíba. Em dias claros é possível avistar as cidades do Vale, desde São José dos Campos até a Cúpula da Basílica de N.Sra. Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte.

Local preferido dos praticantes de esportes radicais, vôo livre, paraglider e pelos bikers que praticam down hill em suas encostas. É considerado uma das principais atrações turísticas do município.

Big BikerO cenário de Santo Antonio do Pinhal com o seu relevo

montanhoso e paisagem exuberante, recortadas por trilhas a serem descobertas em meio a natureza preservada, é palco para sediar etapas do Big Biker que já foram realizadas no município pelo terceiro ano consecutivo. O evento reúne atletas amadores e profissionais, adeptos do esporte e com fôlego suficiente para percorrer, pelo menos, 50 quilômetros de percursos “radicais”.

Além do Big Biker há outras opções de esporte de aventura, tais como: Cascading nas cachoeiras, Escaladas, Arborismo, Trekking e Rappel.

Mirante Nossa Senhora AuxiliadoraNo trevo de acesso a Santo Antônio do Pinhal, Bairro

Eugênio Lefévre, ergue-se no mirante voltado para o Vale do Paraíba, uma grande imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, com um pátio ao redor de onde tem-se uma vista privilegiada do vale. Ponto de acesso entre o Vale do Paraíba e o sul de Minas Gerais, esse local era anteriormente conhecido como Garganta da Serra ou do Piracuama.

Praça do CruzeiroLocal central da cidade de onde avista-se o antigo centro,

iniciado na década de 1920, foi construído um mirante no local em.... que onde permaneceu sem o Cruzeiro, sendo somente mirante. Foi colocado de novo uma nova cruz no dia 24-12-2014 . É nessa praça onde se inicia a procissão da Via Sacra durante a Quaresma.

Estação Eugênio LefévreInaugurada em 1916 em homenagem ao engenheiro

Eugênio Lefévre que juntamente com Euclídes da Cunha, projetaram a ferrovia nunca construída que ligaria Mogi das Cruzes ao porto de São Sebastião.

É uma verdadeira relíquia da história ferroviária do país. Conhecida como "Estação do Bondinho", localiza-se no trevo de acesso à cidade para quem vem do Vale do Paraíba. Atualmente pode-se realizar um pitoresco passeio de 14 km até Campos do Jordão através dos bondinhos. Os estudos indicam como local onde foi instalado o quartel da guarda mineira, queimado pelos paulistas em 1814.

Igreja Matriz de Santo AntônioA cidade ainda conserva a pureza das tradições populares

do Brasil e das festas religiosas. Todos os anos a igreja realiza as festas de São Sebastião, S. Benedito, Corpus Christi, Divino Espírito Santo e a grande festa dedicada a Santo Antônio, em 13 de junho. É a terceira Igreja Matriz de Santo Antônio construída no mesmo pátio da primeira, cujas obras iniciaram-se em 1924 e no dia 14 de Abril de 1929 ela foi aberta ao público durante a grande festa das missões. Padre Vitta foi o responsável pela obra, projetada e supervisionada pelo arquiteto Francisco D'Arace. Já passou por algumas reformas, inclusive os vitrais que trazem a pintura sacra e o altar em mármore.

Boulevard AraucáriaLocaliza-se na revitalizada Praça dos Emancipadores, área

central da cidade. É o ponto de encontro dos moradores que passam horas agradáveis sentados nos bancos de onde observam o movimento da cidade e o vai-e-vem dos turistas que param para fotografar os canteiros bem cuidados que florescem o ano inteiro. É o palco de eventos com música ao vivo que acontecem em algumas ocasiões.

Cachoeiras A região possui um relevo onde se vê cachoeiras descendo

vertiginosamente dos altos da Mantiqueira, destacando-se entre elas a do Lageado e a do Cassununga, ambas de fácil acesso.

Cachoeira do LageadoLocalizada no Bairro do Lageado a 5 km do centro da

Cidade, a cachoeira do Lageado é uma ótima opção para lazer,

entretenimentos e descanso. Possui uma queda d'água de 15 metros, proporcionando uma relaxante massagem corporal. Oferece ao turista toda a infra-estrutura necessária como: lanchonete, banheiros, churrasqueiras, bancos e trilhas pela mata.

Cachoeira do Rancho FelizSeguindo pela SP-46, entrando na SP-50 no sentido de São

Bento do Sapucaí, após 2 km do lado esquerdo no Bairro de Rio Preto encontra-se a entrada para a cachoeira que fica escondida numa clareira no meio da mata, ainda intacta como foi criada pela Natureza. É uma das muitas quedas d’água hoje localizadas dentro do Residencial Parque da Mantiqueira.

Cachoeira do FunilÀ margem da SP-50, no Bairro do Rio Preto a 500 metros

depois da cachoeira do Rancho Feliz, em meio à mata natural. É um fenômeno o rio de águas claras e abundantes que desaparece na terra, reaparecendo quase 500 metros depois.

Cachoeira do CassunungaÀ margem da SP-50, do lado esquerdo da rodovia no

sentido de Campos do Jordão. Local de fácil acesso e bem freqüentado pelos moradores do bairro Cassununga e a 10 km do centro da cidade bem próximo ao Bairro José da Rosa. Há diversas quedas d'água, poços para banhar, churrasqueiras, bancos, banheiros e o bar do Luisinho.

Fonte Santo AntônioEm f r en t e à P raça

Benedito Marcondes Raposo, é a mais conhecida. Sua água é radioativa, pura e de agradável sabor, indicada para pessoas com problemas de câncer e infecções internas. Há relatos de inúmeras curas de pacientes desenganados.

Mais conhecida como “biquinha”, a fonte é utilizada desde a fundação da cidade e a fama de suas propriedades curativas já ultrapassou os limites do Estado.

Fonte Santo EstevãoEstá localizada próxima à Igreja Matriz, no centro da

cidade, sua água é ferruginosa, indicada para pessoas anêmicas ou em fase pós-operatório. Local agradável, arborizado e bancos para ficar mais próximo da natureza. O som da água da fonte e do rio que corre ao lado, traz momentos de tranqüilidade interior.

Fonte São GeraldoLocaliza-se do lado direito da estrada da entrada da cidade,

no sentido centro de Santo Antônio do Pinhal. Sua água é magnesiana, pura e muito leve, é indicada para pessoas com problemas digestivos.

Jardins Temáticos

O município possui o primeiro e único parque de jardins temáticos do Brasil, localizado na entrada da cidade, do lado esquerdo, sentido centro de Santo Antônio do Pinhal. Local onde pode-se praticar modalidades de ecoturismo como tirolesa e arborismo. Os jardins foram inspirados no paisagismo italiano, japonês e canadense, e situam-se em meio às trilhas floridas. Além da caminhada ecológica pelos jardins, o parque conta ainda com restaurante, anfiteatro, loja temática e brinquedoteca para as crianças.

Parque Linear das Águas

O parque localiza-se no centro da cidade, próximo à Fonte Santo Antônio. Criado às margens do Rio da Prata, conta com painéis explicativos sobe o ciclo da água que esclarece a importância deste bem precioso. Para oferecer mais saúde e qualidade de vida aos pinhalenses, o parque conta ainda com uma academia de ginástica ao ar livre. O Parque está localizado no centro da cidade, próximo a Fonte Santo Antônio .

Shopping VilarejoO shopping da cidade que se tornou ponto turístico pela sua

arquitetura agradável, bonita e tranqüila. Durante o festival de inverno, final de ano e em outras ocasiões especiais, há apresentações de entretenimento como orquestras e grupos musicais.

BodegaConhecida pela variedade de cachaças, embutidos e

geléias, é um local perfeito para os amantes da cachaça além de muito agradável para um bom papo.

O presépio animado

Tradição natalina em Santo Antonio do Pinhal, o presépio animado atrai todos os anos muitas pessoas da cidade e região. O presépio idealizado pelo padre Clair em 1959 e ensinado ao Sr. José Honório Motta, conhecido por Zé Motta, que aperfeiçoou e melhorou com o movimento dos bonecos, mostra a história natalina, a história da cidade, da capella de Santo Antônio e as mais diversas ferramentas e costumes do primeiros habitantes da região, tais como: moinho de pedra movido a água, serra com duas pessoas, o monjolo, o engenho, a dança de roça, enfim o folclore local.

Infelizmente o Sr. Zé Motta não esta mais entre nós, (26/12/1934-16/09/2007) porém deixou a seu neto Gustavo Granato Motta da Costa, aos senhores Benedito Rodolfo de Mello, José Franco de Morais, Marcolino de Souza(in memorian), Santiago Batista da Motta, todo o conhecimento para poder mante-lo vivo, tanto o presépio que é montado e desmontado todos os anos. Quanto a seu conhecimento.....

A ACASAP - Associação Comercial e Turistica de Santo Antonio do Pinhal, fundada em 24 de novembro de 1992, constitui pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, com sede e foro no município de Santo Antonio do Pinhal, é constituída para: congregar todas as pessoas físicas ou jurídicas que explorem atividades comerciais, industriais, agrícolas, transportes, prestações de serviços, instituições financeiras, seguros, difusão, divulgação e todas as respectivas entidades de classe; congregar, individualmente, os sócios e diretores das empresas ou entidades enumeradas, associadas ou não e os ex-presidentes da entidade; a defesa dos superiores interesses do país, do estado e do município; a defesa e preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos.

São prerrogativas da Associação: representar e defender perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da sua categoria representada e os interesses individuais de seus associados; celebrar contratos, acordos de natureza econômica e jurídica; eleger e designar representante da categoria representada; colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social; impor contribuições a todos aqueles que participem das categorias representadas nos termos da Constituição Federal e legislação vigente; exercer todas e quaisquer atividades, inclusive de caráter econômico - financeiro, respeitadas as normas constitucionais e legais vigentes.

Prestar todo e qualquer serviço do interesse de suas categorias econômicas representadas e ou dos associados, a critério da Diretoria e dentro de suas possibilidades; incrementar a cultura através da elaboração e execução de projetos culturais, além de cursos palestras e eventos.

São deveres da Associação: colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social; promover eventos.

25 AS ASSOCIAÇÕES

"ACASAP"

- Festival da Truta - cidade, é um e

- Convênio Médico e Odontológico. . Implantação de Projetos na Formatação de Produtos Turísticos, e Qualificação Profissional, através do Programa de Desenvolvimento do Turismo Receptivo IPDTR.

APAE- Fundada em 26 de fevereiro de 1993, Sociedade Civil de caráter assistencial, sem fins lucrativos.Tem por finalidade, atendimentos variados para portadores de necessidades especiais e também seus familiares.

APRUSAP - Associação do produtores rurais de Santo Antônio do Pinhal, fundada em maio de 2005,tem por finalidade o fortalecimento dos produtores rurais do Município, sendo seu objetivo promover a união entre produtores, técnicos e pessoas ligadas a atividade agropecuária, para intercambio técnico e cultural, visando incrementar a atividade do setor.

Assistência Social Pinhalense- Fundada em 07 de setembro de 1963.Tem por finalidade atividades diversas, entre elas, atividades socio-educativas, culturais, ocupacionais, atendendo jovens de 7 a 14 anos. Para os jovens de 14 a 18 anos e os da melhor idade inclusão digital.

festival gastronômico consagrado na vento realizado anualmente pela entidade.

Praça dos Emancipadores

dEucação

Educação

A Assembléia Legislativa Provincial, lei nº9 de 11 de março de 1858, criou cadeiras de primeiras letras para o sexo masculino em Santo Antônio do Pinhal, publicado pelo jornal “ Publicador Paulistano.” Em outros documentos a partir 1884, informa escola para o sexo masculino e o professor era o Sr. João Baptista de Oliveira Santos.

Alguns alunos da época matriculados em 1895: Jacintho da Silva 6 anos, Philipe Derrico 7 anos, Nicolau Derrico 6 anos, Juvêncio Jacintho da Silva 7 anos, Manoel Vaz Cardoso Junior 8 anos, Basílio de Aguiar César 7 anos, Antonio Cesário Rabelo 12 anos, Florentino Chiaradia 7 anos, Benedito Jacintho da Silva 7 anos ,Joaquin Antonio de Faria 10 anos ,Luiz Jacintho da Silva Sobrinho 7 anos . No ano de 1901, foi implantada a Escola Municipal para o sexo feminino, e a professora era senhora Maria Athanazia Moreira. Algumas alunas: Rosa Bartholomeu Granato, Ramira Granato, Carmela Valvano, Rosa Valvano, Carmela de Vitta, Maria Barboza Derrico, Maria Jose Chiaradia, Maria Jose da Silva, Anna Jacintha da Silva.

Após 1910 foram implantadas as escolas mistas onde meninos e meninas estudavam juntos. O primeiro grupo escolar foi instalado em 1948 agrupando três escolas mistas: a do bairro do Sertãozinho, regida pela professora Delfina Barbosa; a urbana pela professora Mary de Arruda Camargo; e a do bairro do Cristal, pela professora Hilda Castilho. Além do grupo escolar, mais uma classe foi criada, regida pela professora Risoleta Moliterno e uma classe mista no bairro José da Rosa na década de 1950 denominada Grupo Escolar Antônio Porfírio da Silva, atualmente Benedito da Costa Manso.

O Ginásio Estadual de Santo Antônio do Pinhal foi instalado em 1968, funcionando no mesmo prédio do grupo escolar, o colégio estadual de Santo Antônio do Pinhal, em 1974.

Em 1976, houve a unificação do grupo escolar com o colégio estadual dando origem à Escola Estadual de 1° e 2° graus Desembargador Affonso de Carvalho.

26 EDUCAÇÃO

Em 1985, criou-se a escola Municipal de Ensino Fundamental, recebeu o nome do prefeito João Batista da Motta.

Em junho de 2008 foi inaugurada a Escola Prefeito Noé Alves Ferreira. Existem escolas rurais em alguns bairros, no bairro do Lageado, foi implantada uma parceria entre prefeitura e instituto Lumiar de São Paulo, onde tem uma escola particular bilíngüe, período integral, parte da manhã em inglês e á tarde portugues, na parceria com os mesmos moldes da particular, mas mantida pela prefeitura, o instituto criou uma nova maneira de educar.

E.E.Desembargador Affonso de Carvalho-Ensino Médio e Fundamental (Supletivo).

E.M Benedito da Costa Manso - Ensino Básico e Fundamental.

E.M Prefeito Noé Alves Ferreira - Ensino Fundamental.E.M Prefeito João Baptista da Motta- Ensino Infantil .

Classificação atual das Escolas

Prefeito Noé Alves Ferreira e escolas rurais sendo elas Otávio Leite, José da Fonseca Braga e Antônio Porfírio dos Santos totalizam 709 alunos.Benedito da Costa Manso e Antônio José Ramos totalizam 351 alunos.

Prefeito João Baptista da Motta tem um total de 324 alunos.

FAMSAP e FAMSAPINHA são as fanfarras de Santo Antônio do Pinhal, que fazem parte do Projeto Montanh’Art, mantido pela Prefeitura por meio das Secretarias de Educação e Cultura . Após um ano cheio de ensaios e apresentações com muito trabalho e dedicação, jovens e crianças que delas fazem parte, só têm que comemorar tantas conquistas em 2014.

A Fanfarra Municipal de SAP (FAMSAP) é composta por mais de 60 jovens maiores de 11 anos. Após muitos ensaios e apresentações durante 2014, a FAMSAP disputou no dia 30 de novembro de 2014 do campeonato Confaban em Resende, RJ e conquistou 4 troféus, 3 de campeão e 1 de vice-campeão.

“Foi assim o resultado: 1º lugar Mór, 1º lugar Corpo Coreógrafo, 1º lugar Baliza e 2º lugar Aspecto Musical”, contou o aluno Peterson Patrick Panace, satisfeito.

Já a Fanfarra Mirim Municipal “Silvana Silva e Souza” (FAMSAPINHA) estreou no desfile de aniversário da cidade no dia 13 de junho de 2014. Ela foi criada em 2014 e é composta com 30 crianças de 6 a 10 anos. Depois do desfile cívico, Peterson que é instrutor da Fanfarra Mirim, contou que a FAMSAPINHA se apresentou no Festival de Inverno da cidade, no festival de música da cidade e na festa do bairro Santa Cruz em outubro, na feira cultural da escola João Batista em novembro, e na festa de natal da escola Lumiar no Lajeado em dezembro.

O “Projeto Montanharte” foi implantado em 14 de Março de 2005 tem por objetivo promover a auto-estima das crianças e jovens pinhalenses. Desenvolvendo habilidades e competências para melhorar a qualidade da educação, oferece atividades culturais que favorecem o desenvolvimento integral da criança, além de auxiliar no desempenho escolar. Atende crianças a partir dos três anos de idade.

Projeto GuriO Projeto Guri teve início em 1995 em vários Municípios

do Estado de São Paulo e tem como missão promover a inclusão sócio-cultural de crianças e adolescentes de oito a dezoito anos através do ensino da música. Seu maior patrocinador é o Governo do Estado de São Paulo. O projeto chegou ao Município em 29 de Agosto de 2006 através de uma parceria com a Prefeitura Municipal.

Educação AmbientalPara melhor conscientizar a população pinhalense sobre a

importância do Meio Ambiente e do Turismo Sustentável, os alunos da rede municipal de ensino tiveram a matéria Ecoturismo implantada na grade curricular. Alunos de 1° a 8° séries agora aprendem sobre importância de preservar o meio ambiente e a natureza.

CULTURA 27

NEUZA MARCONDES DA SILVA - TabeliãDona Neuza, como era conhecida, nasceu na cidade de Roseira aos 04 de outubro de 1940, era filha de Arthur Marcondes Teixeira e Maria Rita Martins. Morou em sua infância na Fazenda Curuputuba,, município de Pindamonhangaba onde aprendeu as primeiras letras. Casou em 1960 com o pinhalense Theophilo Marcondes da Silva Netto e do matrimonio nasceram dois filhos, uma menina que faleceu com 03 anos de idade e o filho Jose Antonio Marcondes da Silva, advogado desta localidade. Foi professora rural no então recém-criado município, depois, secretaria da Camara Municipal, proprietária de uma pensão e assumiu o cartório de Registro em 1964 no lugar de José Affonso Pereira, onde permaneceu por mais de 30 anos. Aposentou com 60 anos de idade e foi cuidar de sua saúde por causa da obesidade que foi o grande empecilho em sua vida. Em 22 de setembro de 2007, aos 65 anos, o câncer colocou um ponto final na trajetória desta grande benfeitora do município que deixou um vasto legado notarial na vida dos pinhalenses.

Como todo lugar, Santo Antônio do Pinhal também tem suas lendas e contos. Verdade ou ficção? Não se sabe. O certo é que passam de boca em boca e de geração em geração povoando o imaginário de crianças e adultos, conferindo identidade à comunidade. Embora contados de maneira diferente os “causos” mantêm em comum o mesmo fato e refere-se a crendices religiosas.

Corpo secoJoão Mariano, lavrador e proprietário de terras no bairro do

Sertãozinho era católico fervoroso e não faltava à missa dominical. Certa feita, retornando para a sua residência pelo caminho do Clotário parou no mato para fazer suas necessidades.

Ainda de cócoras, ouviu um barulho estranho por perto. Assustado, levantou e deparou com um corpo seco, com roupas velhas e rasgadas, mas sem os músculos de sustentação da ossada.

No rosto, a falta de pele deixava às claras os ossos faciais enquanto os olhos, penetrantes e frios, olhavam para ele interrogativamente. Sem perda de tempo, João Mariano, sujeito direito, honesto e que não mentia, saiu correndo deixando para trás essa alma a procura de descanso.

Obs: Outros moradores também depararam com o corpo seco do Clótário, principalmente as mulheres que iam buscar lenha seca para alimentar o fogão

O defunto correioO transporte do correio e de passageiros era feito por uma

jardineira que vinha da cidade vizinha de São Bento do Sapucaí até a estação Eugênio Lefévre, Santo Antônio do Pinhal, durante o percurso parava para apanhar passageiros. Certa feita, estava lotado, e o motorista deixou que o passageiro subisse no bagageiro em cima da jardineira onde se encontrava um caixão de defunto. Este, um pouco receoso, verificou se o caixão estava vazio e deitou-se do lado. Quando começou a chover ele resolveu entrar dentro da urna funerária, deixando somente uma pequena abertura para a entrada de ar. Mais adiante havia outro passageiro e o motorista teve o mesmo procedimento. “Pode subir que já tem um lá em cima!” disse o motorista.

CAUSOS POPULARES28

Também receoso, olhando ressabiado para o caixão, ele deitou-se do lado para se proteger do vento. O de dentro esticou o braço para fora para ver se ainda continuava chovendo. O de fora, vendo o braço saindo do caixão, pulou da jardineira e saiu correndo. Até hoje ninguém sabe para onde ele foi.

O cruzeiroExistia aqui um padre chamado de Frei Caetano que

decidiu implantar um cruzeiro no morro mais alto do centro da cidade. A terra foi doada e o terreno preparado para receber a santa cruz que estava sendo confeccionada pelos homens da vila. A grande preocupação dos devotos era em relação ao tamanho e peso para ser transportado morro acima, mas o padre sempre os acalmava e dizia que quando chegasse a hora, ele resolveria. No dia da festa, depois da santa missa, o padre distribuiu oito pedaços de meio metro de fita de tecido benta para dezesseis moças puras que cobriram a bendita cruz. Podem acreditar, porque as moças levaram a cruz para o local definitivo no alto do morro. Todos admiraram a força de devoção do padre.

Tiroteio no cinemaA primeira exibição do cinema na cidade foi em 1947.

Todo o equipamento cinematográfico foi preparado e a sala de projeção foi inaugurada com um filme de faroeste, ou seja, o puro bangue-bangue americano. Em uma das cenas quando o tiroteio corria solto na tela, um dos espectadores que até aquele momento nunca tinha visto um filme, tirou da cintura um revólver e disparou contra a tela. Houve um alvoroço total na sala e a sessão foi interrompida.

Velha choronaContam os mais velhos que trata-se de uma senhora que

deu à luz mas a criança morreu antes de ser batizada. A mãe sem que ninguém soubesse enterrou-a na beira de um córrego. Acontece que quando a mãe morreu ela não teve permissão para entrar no céu, enquanto não achasse o seu filho. Por isso, todas as noites ela fica na beira dos brejos chorando e procurando o filho para que possa redimir-se dos pecados e entrar no céu.

Sexta feira SantaOs compadres João Paulino, Téo e Jorge Pestana estavam

caçando em mata fechada no Bairro do Trabijú. Ao anoitecer, em plena Sexta-Feira Santa, resolveram dormir por aquelas bandas. Noite adentro, uma tempestade os fez procurar um abrigo; encontraram uma choupana de portas lacradas. Romperam a resistência da porta de entrada e refugiaram-se dentro dela. Ao acenderem uma fogueira, perceberam que o chão batido de terra estava tingido de sangue e do teto escorria filetes de sangue pelo madeiramento com um odor típico da morte. Nada mais foi possível parar a louca disparada dos compadres até chegarem ao centro da cidade. Quando lá voltaram novamente, nada encontraram.

Lenhador da noiteSegundo os moradores, em algumas noites no bairro do

Lageado, antes da meia noite, ouve-se o barulho do machado e depois o tombo da árvore. Dizem que foi um escravo que estava no mato cortando madeira quando foi assassinado. Ainda hoje os moradores escutam o escravo cortando a madeira.

LobisomemSegundo os mais antigos numa família de sete filhos

homens o mais novo vira lobisomem se não for batizado pelo mais velho. São vários os causos de lobisomem, mas o mais conhecido é o do casal de namorados que estava perto de se casar. Os pais da moça tinham uma desconfiança do noivo e sempre alertavam a filha sobre algumas atitudes suspeitas dele. De vez em quando ele sumia à noite e só aparecia no dia seguinte. Casaram e tiveram o primeiro filho.

Um dia eles foram participar de uma festa de bairro o que é comum. Quando estavam voltando para casa já bem noitinha , o marido disse à mulher que precisava dar um pulo no mato, para fazer as suas necessidades. Alguns minutos depois apareceu uma criatura enorme e foi direto pra cima da criança. A m u l h e r apavorada deu alguns passos e subiu numa porteira tentando defender a criança da fera, enquanto gritava pela ajuda do marido que não apareceu. Por sorte, algumas pessoas que moravam próximo ouviram seus gritos e vieram em seu socorro. Depois de

muito tempo que ela estava em casa o marido chegou e perguntou a ela o que tinha acontecido. Enquanto ela contava ele deu risada, e então ela viu que entre os dentes dele estava cheio de fiapos do cobertor da criança.

O homem que vendeu a almaA história conta sobre um homem que vivia em situação

de pobreza, sempre trabalhando mas não conseguia se acertar na vida. Um dia, depois de muito pensar na vida de miséria que vivia, ele perdeu a fé em Deus. Segundo contam os mais velhos, ele fez um pacto de sangue com o diabo. O diabo disse que no dia seguinte ele se tornaria uma pessoa de muitas posses até o último dia de vida, mas após a morte sua alma seria dele. Há relatos de pessoas que afirmam que a prova mais concreta sobre este fato é que quando a pessoa morre seu corpo desaparece. Então, o velório é feito com o caixão fechado e no enterro coloca-se dentro do caixão um talo de bananeira para dar peso e parecer que tem um corpo dentro.

Invenção da arma de fogoMuitos dizem que a arma é criação do diabo, mas

somente algumas pessoas sabem porque. Segundo o que foi contado, o diabo procurava uma maneira de matar e ensinar os seres humanos a matarem , então, experimentou de tudo, arremesso de pedras, espada, estilingue. Ele sempre fazia o teste com sua mãe. .Ele arremessava e antes que o objeto atingisse a sua mãe ele corria o segurava. Primeiro foi com a pedra, depois com a espada, e depois com o estilingue. Ele arremessava, corria e chegava na frente, evitando que acertasse a sua mãe. Um dia ele inventou a pólvora e o revólver. Fez o teste atirando na sua mãe, só que dessa vez não deu tempo de chegar na frente. Por isso dizem que arma de fogo é coisa do diabo.

O fusca do FunilEsse fato incomum aconteceu há alguns anos no bairro

do Cassununga. Havia lá um fusquinha de muita estima, sempre bem cuidado, todinho original, o orgulho do dono, de todos do bairro e até mesmo da cidade. Em um dia de verão quando foi buscar seu carro para um passeio, triste fato ele presenciou. “Cadê o meu fusca”? - ele se perguntou.

O fusquinha tinha desaparecido. A tristeza assolou toda a família e ninguém achava a resposta para o fato. “O que teria acontecido?” - pensavam eles. Ninguém sabia quem seria o culpado pelo sumiço do querido carro. Mas, grande foi a surpresa após alguns dias, quando o dono do fusquinha foi avisado por um vizinho próximo que o seu carro estava na boca do Funil. Funil é onde o rio do Cassununga adentra-se na terra e reaparece depois de uns quinhentos metros pra frente. Uma obra da natureza, é verdade, mas o fato é que o culpado pelo sumiço do querido fusquinha havia sido uma inundação causada pela grande quantidade de chuva que ocorreu na noite anterior. Como o carro ficava em uma garagem próxima do rio ele foi levado até o funil pela correnteza. A água não conseguiu levá-lo para mais longe .

CemitérioPor volta dos anos 60, o cemitério local ainda não estava

totalmente fechado e as covas dos defuntos eram rasas. Com as chuvas os ossos desciam morro abaixo. No Bar do Dito Rodolfo, Téo, homem metido a valentão, apostou um relógio de pulso com Totico que, à meia-noite de sexta feira 13 ele entraria no cemitério e pegaria um crânio. Ganhou a aposta, e também um inimigo. O dono do crânio passou a atormentá-lo querendo-o de volta. Téo, só voltou a ter sossego na vida quando finalmente devolveu o crânio ao dono que estava enterrado no abrigo final dos homens.

O cemitério dos MellosDizem os moradores dos Mellos que, próximo à igreja

do Congo existe um cemitério que foi construído só para enterrar os negros que moravam no bairro e na região. Não se sabe se é verdade, mas existem algumas pedras no local dando a impressão de que algo está enterrado ali.

O Congo No mesmo Bairro dos Mellos, a igrejinha e o local onde ela

fica receberam o nome de Congo. Muitos não sabem que Congo é um país da África de onde vieram milhares de escravos para o Brasil, no período triste da nossa história. Segundo os mais antigos, o local recebeu este nome porque um rico fazendeiro possuía um escravo que fora apelidado de Congo. Escravo muito bom e fiel, era o carreiro do fazendeiro. Um dia o escravo sofreu um

acidente neste local, com os bois do carro que trabalhava e faleceu. Então, em sua homenagem, deram o nome de Congo ao local e construíram uma igrejinha .

Procissão dos mortosO dia dos fiéis defuntos, dia dos mortos ou dia de Finados é

celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, no dia seguinte de Todos-os-Santos. Os moradores mais antigos da cidade, contam que à Meia noite acordavam ouvindo sons de rezas que iniciava no Largo de São Benedito e finalizava, com o badalar dos sinos na Igreja Matriz. As janelas das casas se abriam para ver o cortejo passar, mas não viam pessoas, apenas ouviam as vozes daqueles que já tinham partido deste mundo.

PisadeiraEstá na crendice popular do nosso município conhecida

como Pisadeira. Ela vem com os seus pés enormes a procura de alguém que esteja dormindo de barriga para cima. Com um pé em cima da casa e o outro em cima do peito da pessoa ela pressiona o coração tentando evitar que a vítima consiga respirar, ocasionando um terrível desconforto que pode levar à morte . Muitas pessoas já contaram essa história, mas esperamos que seja mentira.

A escritura enferrujadaSegundo os moradores mais antigos, existiram no passado,

moradores que detinham de certas posses e também muita astúcia, “Os grileiros pinhalenses” uns dois desses, eram famosos por grilarem terras dos mais simples e de menos conhecimento.

O modo de agir era simples, chegavam à casa, puxavam conversa e perguntavam onde era a divisa do fulano, o fulano contava tudo, eles corriam no cartório e em parceria com o cartoriante faziam escritura baseada nas informações passadas.

Depois de certo tempo voltavam ao mesmo local e perguntavam se o dono possuía escritura, como na maioria dos casos ninguém tinha escritura, eles diziam que tinham escritura daquele local e acabou-se a história.Certa vez estavam os dois reunidos planejando quem seria a próxima vítima! Seria um antigo caçador da vila e foram fazer a visita. Chegaram e como de costume muito educados, pediram ao morador setivesse escritura se poderiam vê-la, pois para eles aquele local pertencia a eles.

O morador já conhecia a fama dos Grileiros e também muito educado disse:

Claro que tenho! espera só um minuto que vou buscar, esta atrás da porta, ela esta um pouco enferrujada por falta de uso, mas ainda funciona.

Os dois que não eram nada bobos, percebendo no mesmo instante que viria chumbo grosso, montaram em seus cavalos e se escafederam.

O caçador e cão valente ( mentiroso 2)Conhecido na Vila como caçador e um pouco vantajoso nas

histórias que contava, possuidor de um ótimo cachorro para caçar tatus, muitas foram às vezes que o cachorro provou ser o melhor da região, corria para o mato, encontrava, entocava e ele mesmo matava os bichos, más o tempo passou, o cachorro ficou velho, perdeu os dentes e mesmo assim continuava valente. O caçador saiu com o fiel cão para uma caçada e o animal latiu e sumiu. Já estava escuro, depois de algum tempo o caçador começou a tremer, pois começou a escutar uma forte gargalhada no meio do mato. De noite, gargalhada, só poderia ser assombração, conforme o caçador seguia em frente o barulho aumentava, foi então que com uma lanterna que possuía iluminando o trilho, encontrou seu fiel cachorro que tinha encurralado do lado de uma árvore um enorme tatu canastra. Que estava tentando morder a barriga do tatu, pois é desta forma que os cachorros matam os bichos. Enretanto como era velho estava desdentado e fazia somente cócegas no tatu que estava quase morto, mas de tantas gargalhadas.

O Padre que fez a missa na sorveteriaExistia na antiga Vila um padre muito severo e sempre

preocupado com a determinação dos fiéis de sua paróquia. A antiga sorveteria da Vila era conhecida pelo delicioso sorvete, pelas mesas de bilhar, pela cerveja da boa e pela grande quantidade de homens que freqüentavam o local e não participavam das missas dominicais.

Os fatos eram sempre relatados ao padre, sobre tudo o que acontecia na sorveteria. Certa vez, pouco antes do início da missa, o padre já sabedor dos hábitos dos pinhalenses, chamou o sacristão e algumas beatas correram à sorveteria. Como o local estava

cheio e sem saberem que o padre viria todos estavam tranqüilos, o padre muito esperto correu para o lado de dentro e pediu ao proprietário que fecha-se as portas para que ninguém saísse, enfim depois de um breve sermão foi celebrada a missa dentro da sorveteria com muitos novos participantes.

O Sacristão e o SinoProvavelmente esse é um dos mais velhos causos que

escrevo, entre 1890 e 1900 formaram-se no Vilarejo a pedido do vigário, que naquela época mandava na cidade, duas Bandas de musica, a dos Botões e dos Jagunços, a primeira a favor da recém implantada a república e a segunda ainda dos favoráveis à monarquia.

A disputa sempre acirrada entre as Bandas, não somente nas festas que aconteciam no Vilarejo, mas com maior empolgação no período da disputa política entre os candidatos a deputados, o Vilarejo era distrito de São Bento e tinha seus eleitores a serem conquistados.

As Bandas ajudavam muito os candidatos e seus simpatizantes a serem a favor de um ou outro candidato. Em certa festa lá por volta de 1905 no período eleitoral estavam as duas Bandas no largo da matriz esperando a hora de inicio da missa, iniciaram-se os insultos por parte dos Jagunços, os Botões muito atrevidos replicaram e começaram as ofensas, quase chegando a contatos físicos já que não era a primeira vez que isso acontecia.

O sacristão percebendo a situação que já estava acirrada, todos com os ânimos exaltados, correu na torre da igreja e começou a tocar o sino que simbolizava o início da missa. No mesmo instante, todos muito respeitosos à Igreja, devotos assíduos dos assuntos religiosos, acalmaram-se e foram para dentro da casa de Deus antes da hora oficial da missa.

29 ESPORTE MUNICIPAL

Na edição de 15 de maio de 1925 do Pinhalense, a coluna de notas cita que: “...realizou-se em Lageado, bairro deste formoso recanto climatérico, o encontro amistoso de futebol entre os quadros Raízes da Serra( do piracuama) e Lageado Futebol Clube. Verificando o seguinte resultado: Raízes 8 –Lageado 2.”.

Esta foi a primeira nota que temos sobre esse esporte em nossa cidade. O bairro do Lajeado, por ser o maior produtor agrícola da região, vinham famílias de outras cidades para trabalharem no local. Aassim, após o dia normal de trabalho da época, por tarefas, os homens dedicavam-se à pratica do “football” esporte que acabara de chegar do solo europeu onde foi inventado. Aqui em nosso distrito, chegavam do velho continente as primeiras levas de italianos para se instalarem e divulgarem as regras do novo esporte que se tornaria, em futuro próximo, a paixão nacional. Coloco aqui a escalação da época: Arqueiro, lateral, back de

Agremiações futebolísticas locais

U.E.P. – União Esportiva PinhalenseE.C.P. – Esporte Clube PinhalenseU.C. – Unidos Clube. Mistura entre os jogadores da cidade e a equipe do Lageado, como se fosse uma seleção da cidade de Santo Antônio.Paulista Atlético Clube, fundado oficialmente em 10 de abril de 1962. Em 1966, o nome foi modificado para Santo Antônio F.C., que permanece até os dias atuais. Estas equipes são das décadas de 30, 40, 50, 60.

Atualmente existem as seguintes equipes: S.A.F.C, José da Rosa F.C, Barreiro F.C, Rio Preto F.C, Sertãozinho F.C. e Melos F.C.

Equipe do Unidos Clube 1957

Em pé da esquerda para direita: Marcolino, João Valerio, Nego Romeiro, Zicão, Dito João e Pereirão. Agachados da esquerda para direita: João Pedro,

Brás João, Viola, Antônio Carlos e Romeu.

Equipe do U.E.P 1933.

Agachados esquerda para direira: Jorge Faria, Zé L a d a u , G u m e r c i n d o Valério, Alcides, Oscar chato, Goleiro Pedro Bernardo. Em pé esquerda para direita, Tião Sissui, Orlando Nunes, Dito Nunes, João Gomes, Zé C a b r a l , S e b a s t i ã o Severino.

Campo de futebol O campo de futebol é a área onde se pratica o popular esporte de

origem inglesa. Poderíamos comparar à praça de esportes uma vez que, não existindo um outro lugar, esta área era utilizada para diversos eventos.

Em Santo Antônio do Pinhal, existem poucas áreas planas, fator essencial para a prática de futebol. Por isso, o campo de futebol foi deslocado várias vezes até chegar ao local atual.

No começo do século XX , o campo era no local onde é hoje a escola João Batista da Motta; depois mudou próximo à rodoviária atual; anos mais tarde passou para o alto do morro onde encontra-se o prédio onde seria o hospital. Em 1976, finalmente foi inaugurado o atual Estádio Maurício Nader na Vila de Fátima.

Quadra Poliesportiva José Pereira Neto, finalizada em 13 de junho de 1997, passa no momento por reforma.

Jogos de verãoAcontecem desde 1994 e prioriza atividades para todas as faixas

etárias, proporcionando diversão e lazer.

Equipe S.A.F.C 2004

Torneio em homenagem ao Senhor Benedito Barboza no bairro do Lajeado

Em pé da esquerda para direita: Rubens Camargo, Willian, Alberio, Nelsinho, Zezão, Matheus, Durval, Lucas, Leandro. Agachados da esquerda para direita: Pedro,

Gustinho, Weslei, Rafael, Zildo, Tiago, Fabrício, João e Bruninho

Centro de SaúdeAberto 24 horas para atendimentos e agora com plantões

médicos. Além de curativos, suturas, administração de medicamentos injetáveis, soroterapia, ECG, observação e repouso/dia.

Os exames de imagem são realizados em Campos do Jordão (no Hospital S3) já os exames como tomografia, USG, mamografia, ressonância magnética, endoscopia, etc. Os atendimentos com médicos especialistas são agendados pela central de vagas .

Programa de Saúde da Família - Equipe 1Dividida em 7 microáreas: urbana e rural, composta por: 1

médico; 1 enfermeira; 2 auxiliares de enfermagem; 7 agentes comunitários e 1 equipe de saúde bucal.

Esta equipe atende toda a área urbana e uma parte rural que abrange: o centro da cidade, Bairro Joaquim Alves, Bairro do Sertãozinho, Bairro do Barreiro , Renópolis e Bairro Santa Cruz.

Programa de Saúde da Família - Equipe 2Dividida em 6 microáreas rurais é composta: 1 médico; 1

enfermeira; 2 auxiliares de enfermagem e 6 agentes comunitários. Esta equipe atende somente a área rural nos bairros do Rio Preto, José da Rosa, Reno, Cassununga, Pinhalzinho, Machadinho, Boa Vista, Santa Luzia e Lageado.

Na retaguarda das duas equipes de PSF, existem algumas especialidades como pediatria, ginecologia, cardiologia, psiquiatria e psicologia.• Atendimento de Enfermagem;?Atendimento odontológico das 8h às 17h diariamente;?Realização de PKU- (exame do pezinho);?Sala de vacina das 8h às 12h;?Agendamento e coleta para exames laboratoriais;?Puericultura com acompanhamento de peso e crescimento das crianças menores de 2 anos, uma vez por mês, e entrega da multi-mistura àquelas indicadas;?Distribuição de preservativos e anticoncepcionais com orientação individual sobre DST/ AIDS e planejamento familiar;?Farmácia do PSF com distribuição e orientação sobre o uso correto dos medicamentos prescritos;?Coleta de material para exame de papanicolaou, realizado pela enfermeira do PSF e pelo médico.

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Equoterapia Haras Saracuras, Santo Antônio do Pinhal

Segundo dados estatísticos de São Paulo, cerca de cinco por cento da população apresenta necessidades especiais. Entende por necessidade especial toda deficiência física, mental, sensorial e ou múltiplas condutas, apresentada pelo indivíduo, em caráter temporário ou permanente.

Nos Municípios de Santo Antônio, Campos do Jordão, Caçapava, Pindamonhangaba e Sapucaímirim, existem órgãos que prestam auxílio a essas pessoas e seus familiares. Há, porem, um déficit de espaços e profissionais adequados para o atendimento da população necessitada de tratamento.

A equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicosocial de pessoas portadoras de necessidades especiais, distúrbios de comportamento, desequilíbrios emocionais, aprendizado e fala. Esse método terapêutico exige a participação do corpo como um todo, e contribui para o desenvolvimento do tônus muscular ao mesmo tempo em que promove relaxamento, conscientização do próprio corpo e o equilíbrio. O resultado é o aperfeiçoamento da coordenação motora, da autoconfiança e auto estima. A equoterapia promove a reabilitação e a educação do praticante de forma global.

O cavalo é utilizado com fins terapêuticos pela sua docilidade, força, porte, e por se deixar montar. Ao montar e relacionar-se com o animal, o praticante passa a se aceitar resgatando sua autoestima, já que o cavalo também o aceita independentemente da sua condição. Um fato importante é que a equoterapia requer do praticante atenção concentrada durante a sessão, cuja duração é de aproximadamente trinta minutos. Além disso, auxilia a aprimorar as percepções auditivas, visuais, táteis, cinestésicas e proprioceptivas. Desenvolve o equilíbrio, a postura, a lateralidade, as motricidades ampla e fina, contribui inclusive para o enriquecimento do vocabulário.

31 ARTISTAS POPULARES

Luar pinhalense Milton Barbosa Monteiro (1928- )

IComo é gostoso de vez em quando recordarOs tempos idos em Santo Antônio do PinhalCom o luar iluminando toda a rua E a moçada pela mesma a passearComo eram lindas aquelas noites de luarAgradeço a Deus do céu esta belezaQuando me lembro fico sempre a pensar Como é tão triste aqueles tempos não mais voltar.

IINa rua os casais de namorados trocavam juras para um dia se casarOuvindo aquelas músicas românticas que tocava no alto falante sem cessarAinda sinto saudade do cinema quando tocava o prefixo para sessão começar Era uma correria de pessoas pra comprar o ingresso e o filme apreciar.

Aqui em Santo Antônio, além de proprietário da Pousada Vento Verde, tem a Banda Vento Verde com os amigos e filhos.

Atualidade

Existem no município dois estúdios de gravação, o Jardim Suspenso da Babilônia, tendo sempre seus eventos e Festival de Inverno. E também o Recanto Bem-te-vi com a criação do Festival de Talentos de Santo Antônio. Atualmente com os mais variados gêneros musicais e bandas. Dentre elas: Jammes Jack, No Id, Canal 13, Last Blaze, Delirious Jam e Quintus e Friends. No momento a que esta em ascendência é a Mr Crash.

BRANCO

Marcio Leonardo Sossia, popular Branco, nasceu na cidade de São Paulo - Capital, em 1.947 e desde 1.981 frequenta Santo Antonio, em sua juventude já compunha músicas e tinha conhecido vários artistas, tal com Sergio Reis, Tim Maia, Roberto Carlos e outros. Sua composição mais famosa foi “A festa de Santo Reis”, interpretada e gravada por Tim Maia e outros.

Banda Jammes Jack

Poema de Santo AntônioJoão Paulino (1925 - )

IHá muito tempo passado, Santo Antônio foi capela!As casas toda de barro, com jeito muito singelo!Cadeia de pau-a-pique toda feita de marteloQuando tinha um prisioneiro que ia dormir na celaDe madrugada fugia pelo buraco da janela!

IISanto milagroso que deu um pulo tão beloSanto Antônio emunicipou por ser o filho mais beloPara desmembrar de São Bento foi preciso fazer guerraA parada foi dureza quase correu sangue na terraEntregaram foi de medo do cano parabelo (arma) IIISanto Antônio é só progresso até fazer dueloHoje nossa Santo Antônio é presépio da serraAs casas que eram de barro virou castelo!Deputados e senadores é quem moram dentro delasSanto Antônio hoje é cidade e não mais pé de chinelo

IVPara correr nossa divisa tenho um cavalo amareloEu entro aqui pelo Barreiro, do Lageado até os MellosDou volta pro Zé da Rosa, divisa do Paiol VelhoDesço lá pelo Rio Preto na fazenda Maria BelaPasso no dito Pimenta pra tomar uma pinga Amélia VAgora que eu vou contar os bichos da minha terraE o cachorro late grosso por que tem força na goelaAs moreninhas mais bonitas comem doce de marmelaPro homem é boi na brasa, pois não come mortadela.

Estância de ecologia Santiago da Motta (1945 - )

Por entre pinheiros e flores silvestresNum vale encantado que Deus criou Bem junto a nascente do rio da prataQue um viajante seu rancho plantou

Sem saber que um dia no dorso da mata Nascesse a cidade que ele sonhouAlguém com carisma e muita bravataFez sua casinha bem simples pacatae nossa cidade se originou

Famílias cresceram se multiplicaramLutando com garra e muito idealNasceu uma vila num dia sagradoPois treze de junho e um memorial

Então santo Antonio que veio de PáduaPassou a ser santo Antonio do pinhalTrazendo mas fé para o brasileiroQue um milagroso e casamenteiroVeio a residir em nosso pinheiral

Depois de um tempo sem muito sucessoNasceu pinhalense com sangue valenteQue muitos lutaram buscando progressoCom dificuldade Mais muito prudentes

Passou a município Estância climáticaTrabalho de heróis com muita euforiaPorem compensado o tempo passadoCom muito orgulho estamos conversadoPois já e estância de ecologia

Curiosidade: Santiago da Motta, filho exprefeito João Batista da Motta

Percorrendo o MunicípioPaulo Valério (1939- 2004)

Hoje foi meu pagamento o que vou fazer agoraVou dar uma volta no mundo pra conhecer o CaporaVou pegar o trem das onze pra mim viajar mais gostosoVou ate o Pico Agudo mirante com faragoso

Varando por Sertãozinho fui ate o São Gotardo Conheci a Vargem Grande Boa Vista e MatinadoDescendo por Morro Grande fui ate o BarreirinhoSo não cheguei la nos Britos porque vim pro Pinhalzinho

Pra chegar la no Rio Preto varamos por Ponte Funda Visitei Fazenda Velha e também o Caçununga Subindo pro Zé da Rosa fui a São Judas Tadeu Só não cheguei lá nos Mellos porque logo escureceu

Visitei também Lageado, Santa Cruze e Fazendinha Bairro dos Mouras e Salgado, Brejo Grande e CachoeirinhaCosta Manso e Machadinho eu deixo por derradeiro Visito com Rio das Pedras quando eu for la pro Barreiro

Se o meu tempo foi tão curto mais fiz mais que obrigaçãoPeço desculpa aos amigos la do Bairro da Estação A Colônia Japonesa quero parabenizar que qualquer hora talvezNos aparece por la

Berço do meu coraçãoJoão Valério e (1929- 2006)

Miguel Valério( 1941- 2010 )

Eu nasci num velho rancho no recanto do sertãoEu adoro minha terra berço do meu coraçãoLá me criei na invernada lidando com criaçãoLaçando boi pantaneiro foi a minha inclinaçãoSentindo o peso do laço no calo da minha mão

Quando o sol se despedia e escondia no espigãoA noite vinha chegando com sua negra escuridãoPra curar o meu cansaço eu sentava no galpãoAfinava bem meu pinho e cantava uma cançãoA natureza aplaudia meu amigo violão

Porem tudo se acabou grande saudade me mataNão vejo mas o sertão nem o luar cor de prataNão vejo mais o sereno na folhagem lá da mataNão vejo mais a beleza do riacho e da cascataMeu violão emudeceu não toca mais serenata

Hoje longe muito longe esquecer não sou capazA saudade mais aumenta muita lembrança me traz A ilusão e uma fumaça que no espaço se desfazAssim foi minha infância que os anos jogou pra trazDigo adeus aos meus bons tempos que não volta nunca mais

Adeus juventudeZé Morgado (1931- 1994)

Quem nasceu pequenininho e já teve sua infânciaHoje velho tem saudade do seu tempo de criançaA vida passou depressa que nem o vento alcançaQuando lembro do passado chego a chorar de lembrança

Assim foi meu bom tempo que passou como fumaçaTal qual meu pensamento que ninguém vê quando passaHoje longe muito longe do parquinho lá da praçaA distancia traz tristeza e a saudade me abraça

Assim como choro eu da tristeza que me evadeComo posso ser feliz sem ter a felicidadeA cabocla que eu amava foi embora da cidadeSó me deixou por lembrança a tristeza e a saudade

Adeus minha juventude que deixei a muito tempoAdeus saudosa infância que não sai do pensamentoQuero esquecer não consigo me lembro a cada momento Pra não morrer de saudade choro de sentimento

Curiosidade: João Valério , Miguel Valério, Paulo Valério e Zé Morgado eram todos irmãos filhos de Gumercindo Fernandes da Silva (Gumercindo Valério), família tradicional de violeiros da região.

Av. Ministro Nelson Hungria (Lei nº 2 de 1961)Antiga Rua Cônego Tomas passou a ser denominada de

Avenida Nelson Hungria, nasceu a 16 de maio de 1891, no Município de Além Paraíba, Estado de Minas Gerais. Era filho de Alberto Teixeira de Carvalho Hungria e de D. Anna Paula Domingues Hungria. Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, por decreto de 29 de maio de 1951, pelo Presidente Getúlio Vargas e aposentado por decreto de 11 de abril de 1961. Seu pai foi fiscal de barreira na divisa entre SP-MG, passou a infância nesta cidade fazendo aqui diversos amigos, teve forte influencia na emancipação do distrito.

Av . Antônio Joaquim de Oliveira (Lei nº 20 de 1961)Um dos doadores das terras à Capela de Santo Antonio no

ano de 1856, terras que houve por herança do sogro e sogra José Rodrigues Moreira e dona Luiza Correia. Antonio residia na Cidade de Taubaté e casou com a pinhalense Germana Maria de Jesus. Seu nome correto é Antônio José De Oliveira.

Rua Gov. Carvalho PintoCarlos Alberto Alves De Carvalho Pinto, nasceu em 1910

na cidade de São Paulo. Era sobrinho-neto do ex-presidente da república, Rodrigues Alves. Formou-se em Direito em 1931 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Professor de Ciências das Finanças na Faculdade Paulista de Direito e advogado da prefeitura de São Paulo. Sua carreira pública culminou com sua eleição para o governo do Estado. Seu governo decorreu de 1959 a 1963, foi com sua assinatura criado o município de Santo Antônio do Pinhal, faleceu na capital paulista em 21 de julho de 1987.

Rua Cônego Tomás (Lei n º 20 de 1961)Passou a denominar-se Rua Cônego Tomaz a antiga e

popular Rua da Boiada. Homenagem prestada ao Cônego Tomas De Affonseca e Silva que em 1883 era Conego neste distrito. Antes, a Rua Cônego Tomas, foi, por muitos anos, a rua central do

32 NOMES DE ALGUMAS RUAS

distrito, hoje Av. Ministro Nélson Hungria.

Rua Dep. Franco Montoro (Lei n º 20 de 1961)Foi o ilustre Deputado André Franco Montoro o patrono

da emancipação deste município na Assembléia Legislativa do Estado. Vereador em São Paulo, Deputado Estadual e três vezes Deputado Federal, Senador e Governador do Estado. Nasceu na Capital paulista em 1916 e faleceu no dia 10 de julho de 1999.

Lutou com dedicação à causa Pinhalense apresentando razões justas e de direito à autonomia, foi seu o projeto de resolução da Assembléia ao plebiscito da causa.

Rua Dr. Lourenço de Sá (Lei n º 20 de 1961)Ocupando o cargo de sub-prefeito deste distrito, Dr.

Lourenço era um verdadeiro cristão que se preocupava com os desprovidos da sorte e criou a Legião Brasileira de Assistência em Santo Antônio. Como católico de fé, construiu um monumento em louvor à rainha do Brasil em sua fazenda Rio das Pedras. Quando vendeu a sua propriedade, a imagem foi deslocada e uma nova gruta construída para abrigar a Santa. Por muitos anos esteve aberta ao povo, estava situada em frente a escola Desembargador Afonso de Carvalho.

Rua Cel. Sebastião Marcondes da Silva (Lei n º 20 de 1961)Nasceu na Cidade de São Bento do Sapucaí em 1919, filho

do abastado fazendeiro Teófilo Marcondes da Silva e de dona Henriqueta Chiaradia. Era irmão de Benedito Marcondes Raposo e um grande colaborador na luta pela emancipação. Vereador por São Paulo, Deputado Estadual pelo MDB de 1975 a 1979 e suplente por diversas vezes. Formado em Direito, Medicina, Farmácia e Economia. General do Exercito Brasileiro, faleceu na capital paulista no dia 28 de junho de 2004.

Rua Bráz Oliva (Lei n º 20 de 1961)Antiga Rua da Biquinha ganhou o nome do inesquecível

Braz Oliva, nasceu em Santos no ano de 1888 e era filho único dos italianos José Oliva e dona Filomena. Casou- se com Maria José, filha do célebre Capitão Marcolino Jacinto da Silva e não tiveram filhos. Foi chefe do serviço telefônico local que conseguiu trazer

da E.F.C.J. Também foi um dos baluartes da iluminação publica do distrito em 1911. Homem culto, político, conselheiro mais concorrido em sua época, desempenhou importantíssimo papel na história de nossa terra. Faleceu em 08 de setembro de 1959. Brás Oliva, guia e símbolo imortal da gente Pinhalense.

Travessa Padre Sebastião Hugo Santana (Lei n º 20 de 1961)]Foi um dos párocos mais atuante que esta Paróquia

possuiu, pois, desde o ano de 1943 a 1951, Padre Sebastião não só cuidou da direção espiritual, mas se esforçou para o bem geral da coletividade. Além de sua dedicação pela causa sacerdotal, era um trabalhador e de espírito progressista, construiu a antiga casa Paroquial, adquiriu um relógio para a torre da Matriz, construiu a bela igreja de São Benedito, as festas religiosas reapareceram, e conseguiu todas as imagens para a semana santa.

Rua Capitão Luís Jacintho da Silva (Lei nº 20, item c, de 1961)

Capitão Luís Porfírio,foi o líder do Partido Republicano no distrito, cuja alcunha era “Partido dos Botões” dado a ostentação dos enormes botões dos Jalécos dos militares que proclamaram a República em nosso país. Foi casado com Constância Theodoro de Carvalho, neta de Gustavo Francisco Berthoud, um dos fundadores de Santo Antônio do Pinhal

Praça Monsenhor João José Azevedo (Lei 19 de 1961)Nome dado a praça da igreja Matriz, Monsenhor Azevedo,

desde 1924, já dirigia os destinos espirituais dos pinhalenses, sendo nesta data nomeado vigário desta Paróquia. Foi líder da Comissão emancipadora desde o inicio do movimento autonomista e nos momentos mais cruciais, junto aos poderes do Estado.

Praça Benedito Marcondes RaposoPraça em frente a fonte Santo Antonio e ao lado da casa

onde morou o farmacêutico Ditinho Raposo. Nascido na Cidade de São Bento do Sapucaí em 1905 e faleceu em 1977 com a idade de 73 anos. Curava seus pacientes com poções que preparava no fundo da farmácia. Inicialmente não aderiu à Emancipação por ser filho de São Bento, mas quando abraçou a causa, lutou

heroicamente. Seus discursos eram famosos por toda região. Foi eleito vereador e 1º presidente da Câmara Municipal na 1ª Legislatura.

Praça Calin Eid Nasceu em 08-05-1923 em Novo Horizonte, São Paulo,

cursou dois anos de medicina e abandonou, foi chamado para servir na Segunda Grande Guerra mas a guerra acabou. Casou-se em 1946 com D. Odete Haidar (Odete Eid, escultora) e tiveram quatro filhos, começou a negociar e criou uma rede de mercados (Gigante) foi secretário do abastecimento, presidente da Associação Comercial de São Paulo, Diretor comercial da Fepasa e Chefe da Casa Civil do Governador Maluf. conseguiu muitos benefícios para Santo Antônio. Conheceu a cidade através do exdeputado Sr. Armando Pinheiro,

Rua Gumercindo Fernandes da Silva Nasceu em 1904 em Santo Antônio do Pinhal, casou em

1926 com Daliria Moreira da Silva, foram pais dos saudosos violeiros da cidade: João Valério, Paulo Valério, Miguel Valério e Zé Morgado. Agricultor e comerciante, muito colaborou com a emancipação, foi membro da comissão emancipador e muito colaborou com a cidade, tinha nos pensamentos seu grande potencial, faleceu em 1979.

Rua Mário Tavares

Rua Neuza Marcondes da Silva

Como muitos municípios, Santo Antonio do Pinhal ganhou símbolos, como o hino e o brasão:

Oficializado em dezembro de 1988. Autor: Milton Barbosa

33 HINO E BRASÃO

INa Serra da MantiqueiraExiste um lindo lugar:É minha terra querida,A sua beleza aqui vou cantar...

IISanto Antonio do Pinhal,Nunca esquecerei, A sua paisagem colossal, Jamais outra igual, encontrarei...

IIITens os mais lindos pinheirais, E mil e cem metros de altitude, Fontes de águas minerais, Um clima abençoado, oh terra da saúde...

IVTem a nascente do Rio da Prata,Em teu solo fértilDeslizando Por entre a mataNesse pedaço, do meu Brasil...

VA saudade me maltrataEstando longe de tíSe gorgeia o Sabiá lá na mataOu canta o Juruti...

VIPico-Agudo é uma belezaBem pertinho do céuAgradeço a Deus Pai e a mãe naturezaSer um dos filhos teus...

Agradeço a Deus Pai e a mãe natureza,Ser um dos filhos seus...

HINO: “MINHA TERRA”

(Autor Milton Barbosa Monteiro)

Vem conhecer minha terra

Tem água e clima sem igual

Na Serra da Mantiqueira

És um mimo, Santo Antonio do Pinhal

Sejam bem-vindos, senhores visitantes

Venham ver os mais lindos pinheirais

Pico Agudo e vales deslumbrantes

Que não esquecerão jamais, jamais!

de felicidade, pureza, temperança e amizade, a revelar as belezas naturais da região, a pureza e higidez das águas e do ar, destacando ainda os atributos de administradores e munícipes ao relacionamento leal, de compreensão e harmonia de que desfrutam;III - A cruz grega, com os braços iguais é das armas da família Bulhões, lembra a figura de Fernando Martins de Bulhões, daquela nobre estirpe, que, tendo abandonado os esplendores da riqueza e da nobreza para seguir sua vocação religiosa, transformou- se no glorioso Servo de Deus que foi Santo Antônio, Padroeiro do Município.IV - A cruz é o Símbolo máximo da fé cristã e a cor vermelha é indicativa de Audácia e honra, virtudes dos primeiros colonizadores da região, legadas a seus pósteros, que, sem esmorecer ante as dificuldades naturais que se lhes opunha a aspereza do sertão, lançaram as sementes de nosso Município;V - Os pinheiros simbolizam constância, referindo-se aqui, às terras ubérrimas a vegetação luxuriante de que o Município tanto se beneficia;VI - O chefe, colocado na parte superior do escudo, é a primeira das peças honrosas de primeira ordem e a cor azul é emblema de justiça, referência sempre presentes às virtudes de administradores do povo de Santo Antônio do Pinhal e ainda ao Turismo, a propiciar as benesses do repouso e recreação;VII - As três fontes de prata, aludem à riqueza hidrográfica do Município, em especial às fontes Santo Estevão, São Geraldo e Santo Antônio, ao Ribeirão da Prata e também aos

Do Brasão: Criado em 1968 e modificado pelo heraldista Dr. Lauro Ribeiro Escobar, revogado e oficializado em 03-01-1998, tem a seguinte interpretação;I - O escudo ibérico era usado em Portugal à época do descobrimento do Brasil e sua adoção evoca os p r i m e i r o s c o l o n i z a d o s e desbravadores da nossa Pátria;II - O metal prato no campo do escudo, é representativo heráldico

numerosos córregos, ribeirões e nascentes, de onde jorra a mais pura água;VIII - O contra chefe, peça colocada na parte inferior do escudo, endentado ( com dentes em forma de serra), salienta o terreno acidentado em que se situa o Município, coberto de matas nativas, onde a flora e a fauna são objetos de cuidadosa proteção.IX - A coroa mural, é o símbolo da emancipação política, e, de prata com oito torres, das quais unicamente cinco estão aparentes, vem a ser a reservada às cidades; as portas abertas de sable ( preto) proclamam o caráter hospitaleiro do povo de Santo Antônio do Pinhal;X - A rama de tomateiro com frutos e as orquídeas em flor, atestam a fertilidade das terras generosas do Município, assim como sua vocação agrícola, apontando as lides do campo como fator básico da economia municipal;XI - No listel de goles (vermelho), o topônimo “SANTO ANTONIO DO PINHAL”, em letras de prata, identifica o Município.

Da Bandeira Municipal:

Também do mesmo heraldista Dr. Lauro Ribeiro Escobar, assim se descreve: retangular, de verde, com uma cruz firmada de vermelho, coticada de branco e tendo brocante sobre o cruzamento de seus ramos um circulo de branco, carregado do Brasão de Armas.1° - Tem a Bandeira 14 M (quatorze módulos) de altura, por 20 M (vinte Módulos) comprimento; os ramos da cruz três 2 M (dois módulos) de largura e as cóticas, 0,5 M (meio módulo), estando a linha mediana do ramo vertical situada a 7 M (sete módulos) de distância da tralha, o círculo tem 10 M (dez módulos) de diâmetro e o Brasão de Armas, 8,5 M (oito módulos e meio) de altura.2° - A cruz é símbolo de fé e o circulo, de eternidade, assinalando que os munícipes, depondo irrestrita fé no Criador, buscam liberdades municipais.3° - O simbolismo das cores da Bandeira é o mesmo ao Brasão de Armas, observando-se, contudo, que o metal prata dos brasões de armas corresponde ao branco das bandeiras.

OS TRÊS PODERES:

Na República Federativa do Brasil, o governo é formado por três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Eles são independentes entre si, tem papéis bem definidos pela Constituição e formam um tripé que é base da democracia.

O poder executivo é exercido pelo presidente, pelos governadores de estado e pelos prefeitos das cidades. Eles são eleitos diretamente pelo voto popular para um período de quatro anos, com direito à reeleição para um período de mais quatro anos. Eles têm a responsabilidade de administrar o País, os Estados e os Municípios, criarem metas de administração, investirem em saúde e saneamento básico e tudo mais que diz respeito ao bem-estar da população.

O poder legislativo é exercido pelos senadores, eleitos por um período de oito anos, e deputados federais no âmbito federal; deputados estaduais nos Estados; e vereadores nos municípios, todos eleitos para períodos de quatro anos. Senadores e deputados federais estabelecem as leis do País e fiscalizam as ações do presidente e dos ministros, enquanto os deputados estaduais criam leis no Estado e fiscalizam as ações do governador. Os vereadores, por sua vez, criam as leis das cidades e fiscalizam as ações do prefeito.

O poder judiciário é exercido pelos juízes. Compete a eles julgarem, executarem as leis e zelarem pela carta magna, a Constituição.

ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO ATRAVÉS DOS TEMPOS

Noé Alves Ferreira21-4-1961 a 20-04-1965 (1º prefeito)21-4-1969 a 31-01-1973 (3º)

João Batista da Motta21-04-1965 a 21-04-1969 (2º)

José Geraldo Martins01-02-1973 a 31-01-1977 (4º)01-02-1983 a 31-12-1988 (6º)01-01-1997 a 31-12-2000 (9º)

José Olegário César e Silva21-01-1977 a 31-01-1983 (5º)01-01-1993 a 31-12-1996 (8º)

34 GALERIA DE PREFEITOS

Mario Luiz Vieira01-01-1989 a 31-12-1992 (7º)01-01-2001 a 31-12-2004 (10º)

José Augusto G. Pereira (11º)01-01-2005 a 31-12-200801-01-2009 a 31-12-2012 (12º).

GALERIA DE PREFEITOS

Clodomiro de Toledo Júnior 01-01-2013 a 31-12-2016 (13º)

HISTÓRIA DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

1ª legislatura-21 de abril de 1961 a 20 de abril de 1965

Resumo da Campanha

Foram dois os candidatos que pleitearam o cargo de primeiro prefeito em Santo Antônio do Pinhal: Noé Alves Ferreira e Procópio Marcondes Azeredo, Noé foi vereador pelo distrito em São Bento do Sapucaí, pinhalense e grande baluarte da emancipação política, filho de Joaquim Alves Ferreira e de dona Maria Ferreira de Lima, concorrendo pelo partido Democrático Cristão (PDC), tendo como vice, João Batista da Motta. Anteriormente Noé já tinha sido vereador pelo distrito, pela União Democratica Nacional (UDN) de Carlos Lacerda.

O Sambentista e farmacêutico Procópio Marcondes Azeredo acompanhado com o vice João Gustavo da Silva, pertencente a família pinhalense. Santo Antonio em 1961 tinha 1.028 eleitores inscritos em suas cinco seções (três da cidade, uma do Rio Preto e uma do Zé da Rosa) e nesta eleição de 05 de março de 1961 que escolheu o primeiro prefeito, votaram 937 e elegeram Noé Alves Ferreira com um total de 578 votos contra 330 de Procópio (Tóte).

Os vices também eram votados e neste item, o vice João Batista da Mota, obteve mais votos que o seu concorrente com 585 votos. Na câmara, Benedito Marcondes Raposo foi o mais votado com 148 votos sendo eleito o primeiro presidente da Câmara Municipal de Santo Antonio do Pinhal.

Curiosidade: No último dia para a inscrição dos candidatos e partidos políticos para o primeiro pleito eleitoral em Santo Antônio do Pinhal no cartório eleitoral da Comarca em São Bento do Sapucaí, a secretária do Partido Democrata Cristão

Mudaran-se os partidos políticos, mas, por tradição, continuaram com os antigos nomes todos os descendentes e adeptos dos jagunços e botões dos tempos republicanos, inclusive a rivalidade: filho de jagunço, jagunço sempre, o mesmo com os botões.

tradicional

35

encontrava-se na cidade de Taubaté. Não tinha portanto, tempo hábil para regressar e providenciar a sua assinatura no pedido de inscrição para que o candidato Noé Alves Ferreira, seu vice e demais candidatos a vereadores concorresem na eleição. Daí ter-se forjado a assinatura dela, dando-se entrada nos documentos de foram aceitos. Se fosse descoberta a falsidade desta assinatura, o primeiro prefeito em Santo Antonio do Pinhal teria sido então, Procópio Marcondes Azeredo, mais conhecido como Tóte e seu vice João Gustavo. Fato narrado pela própria secretária.

Votação dos Candidatos a Prefeito Eleitorado: 1.028 eleitores1º Noé Alves Ferreira - PDC – 578 votos 2º Procópio Marcondes Azeredo (Tóte) – UDN - 330

votos Eleito Prefeito: Noé Alves Ferreira- PDCVice-Prefeito: João Baptista da Motta - UDNVereadores eleitos:Benedito Marcondes Raposo (Ditinho Raposo, neto de

Manuel Marcondes da Silva)BotãoOswaldo Gustavo da Silva (Nino, Neto de Luiz Jacintho

da Silva) BotãoAcyr Pereira (Cirinho, bisneto de Marcolino Jacintho da

Silva)JagunçoSebastião Honório PereiraExpedito Costa Manso (Neto de Luiz Jacintho ) BotãoAntonio Pereira dos SantosBenedito Faria da Silva (Dito Faria, Neto de Luiz

Jacintho ) BotãoGeraldo Inácio Vieira (Neto de Luiz Jacintho ) BotãoLuiz Ferreira da Costa (Neto de Luiz Jacintho ) Botão1.ª Sessão LegislativaPresidente: Benedito Marcondes Raposo-BotãoVice Pres. : Benedito Faria da Silva-Botão

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Oswaldo Gustavo da Silva- BotãoVice Pres. : Expedito Cosa Manso- Botão1.º secretário: Antonio Pereira dos Santos

2ª legislatura- 21 de abril de 1965 a 21 de abril de 1969

Resumo da Campanha

Em sete de março de 1965, João Batista da Motta, vice de Noé e tendo o apoio do mesmo, foi eleito prefeito numa disputa contra Comendador Heitor Cunha Filho

Prefeito: João Batista da MottaVice-Prefeito: Benedito Faria da Silva- Botão

Vereadores eleitos:Benedito Theodoro de FariaBenedito Alves PereiraGeraldo Monteiro da CostaCelso GattoJosé Bernardo Souto LemosVinício Inácio PereiraBenedito Hugo de BarrosJoaquim Honorato MartinsProcópio Marcondes Azeredo (Tóte)

1.ª Sessão LegislativaPresidente: Celso GattoVice Pres. : Vinício Inácio Pereira1.º secretário: José Bernardino Souto Lemos2.º secretário: Geraldo Monteiro da Costa

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Celso Gatto ( reeleito)Vice Pres.: Procópio Marcondes Azeredo (Tóte)1.º secretário: Geraldo Monteiro da Costa (reeleito)2.º secretário: Vinício Inácio Pereira

Entre os feitos desta administração estão:

1. A urbanização da “biquinha” hoje Fonte Santo Antonio.2. A criação e instalação do Ginásio Estadual que só teve

autorização de funcionamento após publicação no Diário Oficial, depois de muito empenho em fazer com que os pais matriculassem seus filhos e que houvesse numero suficiente para o funcionamento legal. Para tanto fez-se necessário diariamente transportar alunos dos bairros vizinhos no único carro disponível da prefeitura, até que comprassem um ônibus “jardineira” vinda de Natercia-MG. Isso aconteceu em abril de 1967 e funcionou no antigo prédio de cinema da propriedade de Juca Monteiro.

3. Com o apoio e empenho dos diretores do DNER Eng. Portela e Eng. Alcides fez-se a pavimentação da rua principal da cidade.

4. Remodelamento e urbanização na praça da Matriz com pedras decorativas trazidas de São Tomé das Letras-MG.

5. A abertura da estrada do Pico Agudo, em congresso realizado em Serra Negra - SP, no começo do ano de 1967, o Dr. Mario Henrique Simonsen, secretário estadual das estâncias turísticas estabeleceu que Santo Antônio só se elevaria a Estância Mineral e Climática se urbanizasse as fontes e tivesse um atrativo turístico diferencial. Era preciso abrir estrada até o cume do Pico Agudo com a maior urgência.

Não houve tempo para fazer concorrência pública, fez-se então a tomada de preço, mas o valor da obra não poderia ultrapassar dos CR$ 10.000,00. A Companhia contratada pertencia a Fauze Paulo de Campos do Jordão. A inauguração deu-se em 7 de setembro de 1967 e a cidade de Santo Antônio então foi elevada a Estância.

3ª legislatura-21 de abril de 1969 a 31 de janeiro de 1973

Resumo da Campanha

Prefeito: Noé Alves FerreiraVice-Prefeito: Heitor Cunha Filho

Vereadores eleitos:Benedito da Costa MansoShunsuke KimuraAntonio Martins Pereira Filho (Toninho Martins)José Felix da Silva (Zé Félix)João Batista da MottaJosé Cirineu RosaBenedito Theodoro de FariaArlindo Inácio FernandesVicente Chiaradia (Nene Chiaradia)

1.ª Sessão Legislativa Presidente: Benedito da costa Manso

Vice Pres. : Shunsuke Kimura1.º secretário: José Félix da Silva2.º secretário: Antonio Martins P. Filho

2.ª Sessão LegislativaPresidente: João Baptista da MottaVice Pres.: Antonio Martins Pereira Filho1.º secretário: Vicente Chiaradia2.º secretário: Joaquim Moreira da Rosa

4ª legislatura-1.º de fevereiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977Resumo da Campanha

O prefeito Noé Alves Ferreira estava com dificuldade em pagar os salários atrasados dos funcionários da prefeitura Municipal e não tinha candidato para apoiar. José Geraldo Martins com o apoio do presidente da Câmara Municipal, Sr. Benedito da Costa Manso, propôs que tivesse como vice Francisco Pereira, que não aceitou o cargo. Então Zé Martins indicou seu vice o Sr. José Geraldo da Costa, conhecido como Zé Costa, filho do presidente da Câmara pinhalense. O prefeito Noé pregou o voto nulo em sua campanha e por não ter candidato da situação, foi uma vitória certa

Curiosidade: Maria de Lourdes da Silva (Lurdinha) mãe do atual prefeito Clodomiro Correa de Toledo Junior, foi a primeira mulher a ser eleita vereadora e presidente da Câmara Municipal.

Prefeito: José Geraldo Martins Vice-Prefeito: José Geraldo da Costa

Vereadores eleitos:José Olegário César e Silva (Zé Olegário)Joaquim Moreira da RosaJosé Aparecido dos SantosJosé Candido MachadoMaria de Lourdes da Silva (Lurdinha)Miguel Cardoso da CostaNilson Carlos Faria Shiguero Katayama (representando a Colônia Japonesa)Vicente Pereira de Carvalho

1.ª Sessão LegislativaPresidente: José Olegário César e SilvaVice Pres.: Shiguero Katayama1.º secretário: José Aparecido dos Santos2.º secretário: Maria de Lourdes da Silva2.ª Sessão LegislativaPresidente: Maria de Lourdes da Silva (Lurdinha)Vice Pres.: José Aparecido dos Santos1.º secretário: José Olegário César e Silva2.º secretário: Shiguero Katayama

5ª legislatura-31 de janeiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983

Resumo da Campanha

O partido ARENA1 (Aliança Renovadora Nacional) indicou José Olegário César e Silva, então vereador, para o cargo majoritário. Concorreu pela oposição, José Roberto da Costa Barbosa com o vice Clodomiro Correa de Toledo pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro) José Teodoro de Souza (Zé da Vó) e seu vice Benedito Jorge de Melo; Para o Vice de Olegário, foi indicado o protético José Faustino de Mello, mais conhecido como José Dentista. Foi uma campanha tranquila, sem ataques pessoais, onde a união dos candidatos prevaleceu.

Prefeito: José Olegário César e SilvaVice-Prefeito: José Faustino de Mello (Zé Dentista)

Vereadores eleitos:José Benedito de Morais (Zé Morais)Antonio KawakamiArlindo Inácio FernandesNoé Alves FerreiraJosé Cândido MachadoJosé João FerreiraJoão Baptista da MottaJoão Batista dos Santos (João Paulino)Noé Teodoro da Mota

1.ª Sessão Legislativa Presidente: Noé Alves Ferreira

Vice Pres. : José Benedito de Moraes1.º secretário: Antonio Kawakami2.º secretário: João Baptista da Motta

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Antonio KawakamiVice Pres.: 1.º secretário: 2.º secretário:

6ª legislatura-1.º de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988

Resumo da Campanha

Prefeito: José Geraldo MartinsVice-Prefeito: Benedito Faria da Silva

Vereadores eleitos:

José Rubens Reno de FreitasAntonio Pedro Claro (Nico) – PDSBenedito Flávio Simões Faria (Dico) – PMDBEliseo Divino Lopes – PDSFrancisco Antonio PereiraGeraldo Valvano – PDSJosé Aparecido dos SantosJosé Benedito de MoraesValter Veloso Mendonça

1.ª Sessão Legislativa Presidente: José Rubens Reno de Freitas

Vice Pres. : Geraldo Valvano1.º secretário: José Bendito de Moraes2.º secretário: Valter Veloso Mendonça

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Benedito Flavio Simões FariaVice Pres.: Antonio Pedro Claro1.º secretário: Geraldo Valvano2.º secretário: Eliseo Divino Lopes

3ª Sessão LegislativaPresidente: José Benedito de MoraesVice Pres.: José Rubens Reno de Freitas1.º secretário: Antonio Pedro Claro2.º secretário:José Aparecido dos Santos

7ª legislatura-1.º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992

Resumo da Campanha

Prefeito: Mario Luiz VieiraVice-Prefeito: José Olegário César e Silva

Vereadores eleitos:José Rubens Reno de FreitasJosé Antonio de Carvalho (Ferrugem)Newton Bueno Candotta Junior José Benedito MagalhãesLioiti HirakawaNelson Vicente dos SantosLazaro ValvanoArlindo Inácio FernandesJosé Benedito de MoraesPaulo Benedito da Silva (Paulo Preto)Joseane Maria Pereira

1.ª Sessão Legislativa Presidente: Joseane Maria Pereira

Vice Pres. : Nelson Vicente dos Santos1.º secretário: Lioiti Hirakawa2.º secretário:

2.ª Sessão LegislativaPresidente: José Rubens Reno de FreitasVice Pres.: Lioiti Hirakawa1.º secretário: Joseane Maria Pereira2.º secretário: José Benedito Magalhães

8ª legislatura-1.º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996

Resumo da Campanha

Prefeito: José Olegário César e SilvaVice-Prefeito: Antônio Santiago da Motta

Vereadores eleitos:

José Antônio de Carvalho (Ferrugem)Geraldo Valvano – PMDBJoão Benedito Magalhães (Joao do Xande)– PMDBPaulo Benedito da Silva – PMDB (Paulo Preto)Pedro Paulo de Lima (Pedrinho) – PSDMárcio José Martins –PPBEdna Emi Ito Ferreira – PFLBenedito Edson da Costa – PDT (Dito Macaco)Lázaro Valvano – PFL

1.ª Sessão Legislativa Presidente: José Antônio de Carvalho

Vice Pres. : Geraldo Valvano1.º secretário: João Benedito Magalhães2.º secretário: Paulo Benedito da Silva

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Edna Emi Ito FerreiraVice Pres.: José Antonio de Carvalho1.º secretário: Benedito Edson da Costa2.º secretário: Marcio José Martins

9ª legislatura-1.º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000

Resumo da Campanha

Votação dos Candidatos a Prefeito:1º - Jose Geraldo Martins (PPB) – 1.716 votos2º - Mario Vieira (PSDB) – 1.046 votos3º - Sergio Franco Pereira (PFL) – 980 votos

Prefeito: José Geraldo Martins – PPBVice-Prefeito: José Carlos de Morais (Carlinho Moraes)

– PPB

Vereadores eleitos:

Paulo Aparecido da Luz – PPB – 174 votosDaniel Ambrogi – PFL – 152 votosLazaro Valvano – PFL – 148 votosEliseo Divino Lopes – PPB – 133 votosSinídio Pereira de Lima – PMDB – 117 votosJob Vitória da Mota – PMDB – 113 votosMarcio José Martins – PPB – 112 votosJosé Benedito de Moraes – PFL – 111 votosPedro Paulo de Lima – PSDB – 107 votos

1.ª Sessão Legislativa Presidente: Marcio José Martins

Vice Pres. : José Benedito de Moraes1º secretário: Daniel Ambrogi2º secretário: Eliseo Divino Lopes

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Daniel AmbrogiVice Pres.: Marcio José Martins1º secretário: José Benedito de Moraes2º secretário: Lazaro Valvano

10ª legislatura-1.º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004

Resumo da Campanha

Votação dos Candidatos a Prefeito:1º - Mario Vieira (PSDB) – 1.990 votos2º - Sergio Franco Pereira (PFL) – 1.119 votos3º - Jose Geraldo Martins (PP) – 1.048 votos

Prefeito: Mario Luiz Vieira – PSDB Vice-Prefeito: José Olegário César e Silva – PMDB

Vereadores eleitos:

José Augusto de Guarnieri Pereira – PPS – 236 votosJosé Antonio de Carvalho (Ferrugem) – PMDB – 226

votosJosé Antonio de Moraes (Zinho) – PSDB – 201 votosIrami Batista Cardoso de Mello – PSDB – 175 votosRachel Ribeiro da Silva Carvajal (Profª Raquel) – PFL –

161 votosBenedito Edson da Costa ( Dito Macaco)- PDT – 160

votosCírio Moraes – PMDB – 145 votosLazaro Valvano – PPB – 141 votosPaulo Aparecido da Luz ( Paulo da Luz)- PSDB – 134

votos

1.ª Sessão Legislativa Presidente: José Antonio de Carvalho

Vice Pres. : Paulo Aparecido da Luz1.º secretário: Irami Batista Cardoso de Mello2.º secretário: José Antonio de Moraes

2.ª Sessão LegislativaPresidente: José Antonio de MoraesVice Pres.: Rachel Ribeiro da Silva Carvajal1.º secretário: José Augusto de Guarnieri Pereira2.º secretário: Círio Moraes

11ª legislatura-1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008

Resumo da Campanha

Uma campanha desigual da máquina administrativa contra o “moleque” do PT. O prefeito Mário Vieira, experiente político e tentando a reeleição utilizou todos os meios para evitar a sua derrota. Mesmo tendo um alto índice de rejeição durante o seu governo, ele e seus correligionários, acreditavam em uma vitória sobre a oposição.

Paralelo e obscuro, o PV com o candidato Marcio Martins apenas participava como número. Eleito, Augusto Pereira, com o lema da campanha em “Participação e Transparência”, tornou-se o prefeito mais jovem de Santo Antônio com apenas 26 anos de idade.

Votação dos Candidatos a Prefeito:1º - Augusto Pereira (PT) – 2.424 votos2º - Mario Vieira (PSDB) – 1.799 votos3º - Márcio Martins (PV)– 135 votosPrefeito: José Augusto de Guarnieri Pereira (Augusto

Pereira) – PT - Vice-Prefeito: Rogério Oliveira – PSB

Vereadores eleitos: Rubens Jacinto de Camargo – PTB – 212 votosPaulo Aparecido da Luz (Paulo da Luz)– PL – 194 votosJoão Manoel Lourenço Pereira (Professor João) – PT –

182 votosRachel Ribeiro da Silva Carvajal (Professora Raquel) –

PPS – 166 votosJosé Luiz Donizete da Silva (Zé Luis Mecânico) – PTB –

163 votosLuzia Valéria de Oliveira (Valéria do Zé da Rosa) – PPS

– 144 votosJob Vitório da Motta (Jobinho do Rio Preto) – PMDB –

131 votosCésar Carlos de Almeida (César da Pousada) – PSDB –

117 votosLázaro Valvano – PSDB – 87 votos

1.ª Sessão LegislativaPresidente: Rubens Jacintho de CamargoVice Pres. : Paulo Aparecido da Luz 1.º secretário: 2.º secretário:

2ª Sessão LegislativaPresidente: Rachel Ribeiro da Silva CarvajalVice Pres. : 1.º secretário: 2.º secretário:

12ª legislatura-1.º de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2012

Resumo da CampanhaApós uma administração exemplar, Augusto Pereira foi

reeleito com grande maioria dos votos.Votação dos Candidatos a Prefeito1º Augusto Pereira (PT) – 3595 votos – 79,06 % dos

votos validos2º Junior Martins (PP) – 952 votos – 20,94% dos votos

validosPrefeito: José Augusto de Guarnieri Pereira (Augusto

Pereira) – PT -Vice-Prefeito: Rogério Oliveira – PSB

Vereadores eleitos:Rubens Jacintho de Camargo – PTB – 252 votosLuiz Inácio Batista (Luiz Inácio) – PTB – 226 votosCarla Oliveira de Carvalho Berti – PSB – 214 votosJosé Antônio Marcondes da Silva – PT – 189 votosEdenilson Demetrio – PT – 179 votosRachel Ribeiro da Silva Carvajal – PPS – 175 votosJose Roberto dos Santos – PSB – 169 votosPaulo Aparecido da Luz – DEM – 162 votosLuiz Alberto de Oliveira – PSDB – 114 votos

1.ª Sessão Legislativa Presidente: Rachel Ribeiro da Silva Carvajal

Vice Pres. : Paulo Aparecido da1.º secretário: 2.º secretário:

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Carla Oliveira de Carvalho BertiVice Pres.: Luiz Alberto de Oliveira1.º secretário: Luiz Inácio Batista2.º secretário: Paulo Aparecido da Luz

13ª legislatura-1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016

Resumo da Campanha

A maior dificuldade do então prefeito Augusto Pereira (PT) era encontrar um nome que pudesse agregar valores, confiança, conhecimento da maquina estatal e fidelidade ao estilo de governo. Dos nomes existentes, alguns se destacavam e outros não, mas, o jovem advogado da prefeitura Dr. Clodomiro Correia de Toledo Junior foi o nome escolhido pelo prefeito e acolhido pela cúpula do PT pinhalense.

Até então desconhecido pela população, tinha que ser trabalhado para entrar na acirrada campanha eleitoral. De outro lado, a oposição tinha dois nomes fortes, um do ex-prefeito Mario Vieira pelo PSDB, que mesmo sem participar da ultima eleição em 2008, tinha seus eleitores fiéis. De outra banda, o jovem arquiteto Junior Martins (PP) que trazia um recall de 900 votos da ultimas eleição e contava com o apoio dos dissidentes do PT pinhalense.

No inicio da campanha, a coligação do PSDB posicionava na frente nas pesquisas e seguido de perto pelo candidato do PP, lá embaixo, na intenção de votos, o candidato da coligação do PT saindo do zero. A virada foi questão de tempo, primeiro com a desistência do atual Vice Prefeito Rogério de Oliveira de participar do pleito e a entrada em cena da candidata a vice-prefeita Valéria (PPS) representando o eleitorado feminino, seguindo o exemplo das outras coligações que tinha como candidata a vice a professora Lili (PSDB) e a professora Nilcéia (PHS).

Nos últimos meses a coligação “Responsabilidade e Desenvolvimento” polarizou e ultrapassou nas sondagens realizadas. A eleição de 2012 ficou manchada pelos panfletos noturnos e sem autoria, deixando de lado as propostas de governo esperado pela população e exatamente este foi o fator determinante para a escolha do novo governante.

Não havia mais o que fazer para reverter o clamor popular e o jovem desconhecido Junior Advogado, passava então, através do voto no dia da eleição, a ser o novo prefeito de Santo Antonio do Pinhal com mais de 60 % dos votos válidos, deixando para trás as ofensas pessoais, as intrigas, as mentiras.

Votação dos Candidatos a Prefeito Eleitorado: 60471º Junior Advogado (PT) – 2.890 votos Abstenção: 967 (15,99%)2º Mario Vieira (PSDB) – 1.035 votos Comparecimento: 5.080 (84,01%)3º Junior Martins (PP) – 732 votos Em branco: 95(1,87%)4º Nany (PMDB) – 99 votos Nulos: 154 (3,03%)5º Cesar da Pousada (PDT) – 75 votos Votos Validos: 4.831 (95,10%)

Eleito Prefeito: Clodomiro Correa de Toledo Junior (Junior Advogado) – PT-Vice-Prefeito: Valéria – PSB

Vereadores eleitos:

Anderson José Mendonça - PTB – 295 votos Luiz Inácio Batista – PTB – 199 votosOsmar da Silva – PRB – 191 votosRaquel Ribeiro da Silva Carvajal – PPS – 160 votosJosé Antônio de Morais – PMDB – 147 votosEdenilson Demetrio – PT - 143 votosPaulo Aparecido da Luz - PSDB – 141 votosJosé Antônio do Nascimento - 129 votosLuiz Alberto de Oliveira – PSDB – 123 votos

1.ª Sessão Legislativa Presidente: Luiz Inácio Batista

Vice Pres. : Luiz Alberto de Oliveira1.º secretário: Anderson Jose Mendonça2.º secretário: Paulo Aparecido da Luz

2.ª Sessão LegislativaPresidente: Paulo Aparecido da LuzVice Pres.: Raquel Ribeiro da Silva Carvajal1.º secretário: Luiz Alberto de Oliveira2.º secretário: Luiz Inácio Batista

Baseado em vasta pesquisa, Santo Antônio do Pinhal, de Sertão a Município é o fiel relato da história da cidade-

título e dos homens que a construíram. Para elaborá-la, os Autores consultaram documentos antigos, livros-tombos de velhas igrejas e entrevistaram inúmeras pessoas.

A obra plasma passado e presente ao narrar a saga dos homens que povoaram a região e, ao mesmo tempo, apresentar um quadro vivo e estimulante do que a cidade é atualmente.

Cidade de clima invejável e grande beleza natural, Santo Antônio do Pinhal finalmente tem a sua história em livro. Quis o destino que a tivesse por mãos de autores que tudo fizeram para

dignificá-la.

Um povoad e sua i óri trav de toso h st a a és fo

p v a su i i a e sUm o o do e a h stór a atr vés d foto

Santo Antônio do Pinhal -S.P

Paróquia Santo AntônioFreguesia criada pela lei numero

2 de 23 de março de 1861

36

Paróquia Santo Antônio

150 anos de evangelização.

Capítulo I: A ocupação e a construção da Capela

1- As primeiras famílias

2- As primeiras doações de terras à Capela de Santo Antonio

3- Fundação da Paróquia de Santo Antonio do Pinhal (1861)

4- Os primeiros registros

5- Os primeiros padres

6- Os primeiros casamentos

7- Inicio da construção da 1ª Capela

8- As primeiras festas religiosas, devoção Popular e irmandades

Capitulo II: A construção da Matriz e a oficialização da Paróquia

9- Construção da 2ª igreja e seus problemas

10- Construção da 3ª e atual Igreja

11- Monsenhor VITTA

12- Festa das missões em 1929

13- Revolução Constitucionalista de 1932

14- Doações das imagens e sinos

15- Construção da Igreja de São Benedito em 1948

16- Os padres da Paróquia

Capitulo III – A Paróquia Emancipada

17- Emancipação Política em 1960

18- As Capelas das Comunidades

19- As Festas e festeiros da Paróquia

20- Os Padres da década de 70, 80 e 90

21- 20 anos do Cônego Pedrinho

22- Reforma da matriz, igreja Sâo Benedito, Altar mor, Afrescos

Capitulo IV – Memória Fotográfica

23- As praças da Igreja Matriz

24- A igreja

25- Os Bispos e padres

O Santo Antônio

1195: Nasce em Lisboa, filho de Maria e Martinho de Bulhões. É batizado com o nome de Fernando. Reside na frente da Catedral.

1202: Com sete anos de idade, começa a freqüentar a escola, um privilégio raro na época.

1209: Ingressa no Mosteiro de S. Vicente, dos Cônegos Regulares de S.

Agostinho, perto de Lisboa. Torna-se agostiniano.

1211: Transfere-se para Coimbra, importante centro cultural, onde se

dedica de corpo e alma ao estudo e à oração, pelo espaço de dez anos.

1219: É ordenado sacerdote. Pouco depois conhece os primeiros franciscanos, vindos de Assis, que ele recebe na portaria do mosteiro. Fica impressionado com o modo simples e alegre de viver daqueles frades.

1220: Chegam a Coimbra os corpos de cinco mártires franciscanos. Fernando decide fazer-se franciscano como eles. É recebido na Ordem com o nome de Frei Antônio, enviado para as missões entre os sarracenos de Marrocos, conforme deseja.

1221: Chegando a Marrocos, adoece gravemente, sendo obrigado a voltar para sua terra natal. Mas uma tempestade desvia a embarcação arrastando-a para o sul da Itália. Desembarca em Sicília. Em maio do mesmo ano participa, em Assis, do capítulo das Esteiras, uma famosa reunião de cinco mil frades. Aí conhece o fundador da Ordem, São Francisco de Assis. Terminado o Capítulo, retira-se para o eremitério de Monte Paolo, junto dos Apeninos, onde passa 15 meses na solidão contemplativa e no trabalho braçal. Ninguém suspeita da sabedoria que aquele jovem frade português esconde.

1222: Chamado de improviso a falar numa celebração de ordenação, Frei Antônio revela uma sabedoria e eloqüência extraordinárias, que deixam a todos estupefatos. Começa sua epopéia de pregador itinerante.

1224: Em brevíssima Carta a Frei Antônio, São Francisco o encarrega da formação teológica dos irmãos. Chama-o cortesmente de " Frei Antônio, meu bispo".

1225: Depois de percorrer a região norte da Itália, passa a pregar no sul da França, com notáveis frutos. Mas tem duras disputas com os hereges da região.

1226: É eleito " custódio" na França e, um ano depois, " provincial" dos frades no norte da Itália.

1228: Participa, em Assis, do Capítulo Geral da Ordem, que o envia a Roma para tratar com o Papa de algumas questões pendentes. Prega diante do Papa e dos Cardeais. Admirado de seu conhecimento das Escrituras, Gregório IX o apelida de "Arca do Testamento".

1229: Frei Antônio começa a redigir os "Sermões", que hoje possuímos impressos em dois grandes volumes.

1231: Prega em Pádua a famosa quaresma, considerada como o momento de refundação cristã da cidade. Multidões acorrem de todos os lados. Há conversões e prodígios. Êxito total! Mas Frei Antônio está exausto e sente que seus dias estão no fim. Na tarde de 13 de junho, mês em que os lírios florescem, Frei Antônio de Lisboa morre às portas da cidade de Pádua. Suas últimas palavras são: " Estou vendo o meu Senhor ". As crianças são as primeiras a saírem pelas ruas anunciando: "Morreu o Santo".

1232: Não tinha bem passado um ano desde sua morte, quando Gregório IX o inscreveu no catálogo dos santos.

1946: Pio XIII declara Santo Antônio Doutor da Igreja, com o título de "Doutor Evangélico".

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As primeiras famílias

Através dos documentos de doação podemos afirmar que os primeiros habitantes deste rincão que temos conhecimento foram: José Rodrigues Moreira e Luiza Correa, sogros de Antonio José de Oliveira.

As famílias Theodoro de Carvalho, Ferreira de Faria, Manoel Ribeiro do Amaral e Antônio José Moreira, que deve ter algum grau de parentesco com José Rodrigues Moreira.

As famílias Teixeira, Arantes e Siqueira já residiam no povoado, e ao redor dele, muito antes da data da fundação da paróquia.

A lista das principais famílias que em 1867, já habitavam este vilarejo, foi retirada do livro de batismo da Igreja Matriz de Santo Antônio do Pinhal.

As doações para a capela de Santo Antônio

Em 1850, Luiza Correa doa, por escrito, a primeira gleba de terras a Capela de Santo Antonio. Terras que pertenciam a sesmaria de José Machado da Silva casado em 1794 com Clara Francisca do Amaral, também conhecida como Clara Marcondes de Andrade. Clara era a nona filha do Tenente Domingos Marcondes do Amaral (irmão do Capitão Mor Ignácio Marcondes do Amaral doador das sesmarias) e de dona Ana Izabel de Andrade.

De todo exposto, concluímos que foi nos anos 50 do século XIX que deu-se inicio ao povoamento em volta da capela que estava sendo edificada por Gustavo Francisco Berthu (Berthould) e que fizeram essas doações ao Santo Antônio , terras estas no Bairro do Pinhal, distrito da freguesia de São Bento do Sapucahy.

Os doadores das terras à Capela de Santo Antônio

Antônio Theodoro de Carvalho e sua mulher Anna Justina de Faria; Manoel Ribeiro do Amaral e sua mulher Catharina Maria de Jesus; Antônio José de Oliveira e sua mulher Germana Maria de Jesus; José Rodrigues Moreira e sua mulher Luiza Correa; Antônio José Moreira e sua mulher Tereza Correa.

Registro de doação que fazem Manoel Ribeiro do Amaral e sua mulher, Antonio Theodoro de Carvalho e sua mulher, Luisa Correa à Capella de Santo Antonio no Bairro do Pinhal, como abaixo se declara.

Dizemos nós abaixo assignados marido e mulher, que somos possuidores de humas terras no distrito da freguezia de São Bento, cujas terras ouvemos por compra de João Soares de Oliveira, de cujas terras nos damos o terreno que leva dous alqueires de milho, digo, de planta de milho, para o patrimônio da Capella do Santo Antonio no Pinhal, e porque esta doação tenha validade pedimos a Justiça Nacional a faça cumprir como se fosse escritura Pública e faltando algumas clausulas ------------ a vemos por declarado como dela fizemos menção e por não saber ler e escrever pedimos a Manoel Azevedo Fernandes que isto por nós fizesse arrogo assignados Capella de Santo Antonio, aos vinte de março de mil oitocentos e cinqüenta e cinco. Arrogo de Manoel Ribeiro do Amaral= Manoel Azevedo Fernandes= A pedido de Catharina Maria de Jesus. Gustavo Francisco Berthould= testemunha presente Firminiano Monteiro do Amaral= testemunha presente Manoel da Silva Teles = Reconheço serem verdadeiras as firmas de Manoel de Azevedo Fernandes, Gustavo Francisco Berthould, Firminiano Monteiro do Amaral, Manoel da Silva Teles, Pindamonhangaba aos vinte e sete de março de mil oitocentos e cinqüenta digo e cinco. Em testemunho da verdade estava o sinal público o tabelião interino Candido Marcondes de Andrade = numero douz, cento e sessenta = pagou cento e sessenta Reis. Pindamonhangaba, vinte e sete de março de mil oitocentos e cinqüenta e cinco.= Marcondes = Pereira Araújo=digo eu Antonio Theodoro de Carvalho e minha mulher Anna Justina de Faria, abaixo assignados que é verdade somos senhores e possuidores de uma parte de terras nesta fazenda denominada Pinhal do distrito da freguezia de São Bento do termo de Pindamonhangaba desta dita parte de terras, nos fazemos a doação para o

da quantia de três alqueires de terreno de planta de milho e para o

e desembaraçada nos obrigamos a fazer firme e valiosa esta doação por vontade de tudo pedimos a Manoel de

senhor Santo Antonio

patrimônio do senhor por ser de muito nosso gosto dar esta terra livre

Azevedo Fernandes que este por nós fizesse e somente assigne por meu próprio punho a pedido do collector que assigna .Placido Jose de Almeida , Quinze de Junho de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Antonio Theodoro de Carvalho testemunha presente João Baptista da Cunha = testemunha presente Balduino Ferreira de Faria = Placido Jose de Almeida = Numero hu cento e sessenta seis = pagou cento e sessenta reis Pindamonhangaba dezenove de junho de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Marcondes = Digo Luiza Correa, que sou possuidora de humas terras no citio dos herdeiros da defunta Clara Marcondes de Andrade, compra feita do defunto marido pelo tio berthu de cujas terras breganhei , de hoje para sempre a quantia que corresponde com cinco mil reis da avaliacao feita no inventario .sendo as ditas terras no Pinhal no lugar onde existe a e como feito breganhei com Antonio Jose Moreira a quem pertencendo hoje em diante a troco de igual teor no tão mesmo valor de cinco mil reis do mesmo inventario.sendo este no caminho que vai no citio que foi de João Ferreira e por constar pedi a

= como testemunha que escrevi ,Gustavo Francisco Berthoud = como testemunha Jose Lemes dos Santos = Arrogo de Luiza Correa. Romão Lemes dos Santos = Como testemunha Antonio Jose de Oliveira = Os abaixo assignados possuidores desta Capella de Santo Antonio do Pinhal declarao Que a quantia de terras que faz menção este titulo he aproximadamente de douz e meio alqueires de planta de milho. Capella de Santo Antonio do pinhal quatro de marco de mil oitocentos e cincoenta e cinco.Gustavo Francisco Berthoud = Luiz Manoel Moreira ,Antonio Jose de oliveira = Manoel Joaquim de Oliveira = arrogo de Jose Correa de Souza = Jose Joaquim Ramos de Mello = por esta e na melhor forma de direito dizemos nos abaixo assignados Antonio Jose Moreira minha mulher , a meu rogo por mim assigna Antonio Joaquim de Oliveira ,Romão Lemes dos Santos que de nossas livres vontades doamos terras aqui declaradas

e porque esta doacao tenha inteira validade pedimos as justiças nacionais as facão cumprir como se fosse escritura publica e faltando algumas clausulas -------

Capella de Santo Antonio

Capella de Santo Antonio

Gustavo Francisco Berthu que esta a fazer a Capella de Santo Antonio Douz de Abril de mil oitocentos e cincoenta e douz

para patrimônio da Capella de Santo Antonio no lugar chamado Pinhal

-----------as iniciamos por este ------------como se dellas fizéssemos a primeira menção por clareza pedimos a Gustavo Francisco Berthoud que este fizesse a Capella de Santo Antonio douz de Abril de mil oitocentos e cincoenta e douz .como testemunha que escrevi=Gustavo Francisco Berthoud=como testemunha José Lemes dos Santos=Arrogo de outorgante Joaquim Moreira da Silva = Romão Lemes dos Santos = Arrogo de Antônio José Moreira ,Antônio José de Oliveira = Numero douz cento e sessenta e seis=Pagou cento e sessenta reis ,Pindamonhangaba dezessete de junho de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Marcondes = por esta na melhor forma de direito digo os abaixo assignados Luiza Correa a meu rogo assigna Antônio José de Oliveira, que muito de minha vontade doam terras a que corresponder a dez mil reis, doava doação feita no inventario de Dona Clara Marcondes de Andrade sendo que comprei as ditas terras a Gustavo Francisco Berthu a qual houve do Herdeiro Domingos Marcondes Machado.

---------e

.sendo para se saber na porteira no outro lugar deste mesmo citio do dito terreno que corresponde aos ditos quinze mil reis .Muito de minha livre vontade fiz esta doação -------que sirva para o referido patrimônio da dita Capella e para que tenha inteira validade peco as justicas de sua majestade o Imperador o facão cumprir como se fosse escritura publica e por ---------falta alguma das clausulas dêem direito especial estão de hoje por cumpridas como se dellas fizessem menção ,

= Arrogo de Luiza Correa, Gustavo Francisco Berthould. Arrogo de Luisa Correa, Antonio José de Oliveira, como testemunha Romão Lemes dos Santos, Como testemunha da presente Augusto Lemes. Os abaixo assignados, procuradores desta Capella do Santo Antonio do Pinhal declaram que a quantia de terras de que faz menção este titulo é com aproximação de cinco alqueires de planta de milho. Capella de Santo Antonio do Pinhal, quatro de março de mil oitocentos

Para patrimônio da Capella que esta edificando para o patrimônio de Santo Antonio neste lugar denominado Pinhal, districto de São Bento do Sapucahimirim também no dito lugar o terreno das dez casas feitas por Manoel Ribeiro do Amaral e por Antonio Jose Moreira no valor de quinze mil reis

Pinhal districto de São Bento do Sapucahimirim aos vinte seis do mez de junho de mil oitocentos e cincoenta

e cinqüenta e cinco. Gustavo Francisco Berthould = Luis Manoel Moreira= Antônio José de Oliveira, arrogo de José Correia de Souza, José Joaquim Ramos de Mello. Reconheço como verdadeiras as firmas de Gustavo Francisco Berthould, Antônio José de Oliveira, Romão Luis dos Santos, Augusto Luis, José Luis dos Santos, Luis Manoel Moreira, Manoel Joaquim de Oliveira, José Joaquim Ramos de Mello, as quais se acham assignadas nos termos e papeis de doação.

Em testemunho da Verdade,----------dou signal Publico o tabelião interino Candido Marcondes de Andrade = Numero três cento e secenta reis = Pagou cento e secenta reis ,Pindamonhangaba Vinte e sete de marco de mil oitocentos e cincoenta e cinco = Marcondes = Pereira Araújo = Segundo o que se continha de lavrar nos ditos papeis de doação o que tudo que registrei com próprios originais numa pasta e dou fé.

Eu Francisco Marcondes de Oliveira , tabelião que as escrevi.

Francisco Marcondes de Oliveira

Pindamonhangaba, vinte e sete de março de mil oitocentos e cinqüenta e cinco.

A doação mais importante ao patrimônio do Santo Antônio.

Escritura de doação que faz Antônio José de Oliveira

Saibao quantos este publico instrumento digo escritura de doação virem que sendo no anno de nascimento de nosso senhor Jesus christo de mil oitocentos e cincoenta e seis aos honze de abril do dito anno nesta cidade de Pindamonhangaba em meu cartório vindo ahi compareceo Antonio Jose de Oliveira conhecido de mim tabelião pelo próprio de quem dou fé e pelo outorgante doador me foi dito em presença de duas testemunhas abaixo assignadas que por este instrumento fazia doação a capella de Santo Antonio do pinhal deste termo distrito da freguesia de São Bento do sapucahimirim para ser patrimônio de uma sorte de terras no mesmo lugar em que existe a capella na estensão calculada em vinte alqueires de planta de milho no valor de vinte mil reis sendo mil reis por alqueire devendo ficar conprehendida que o marco começando em hu marco de pedra que esta afincado na beira do ribeirão que vem do alto da serra que vem bordejando o caminho no lugar onde fronteia hu vallo perto do córrego fundo ahi segue pelo rio acima que servia de diviza ficando as terras da capella para o lado direito athe frontear hu vallo que termina espigão próximo a casa de morada delles doantes ahi segue pelo dito vallo acima sobindo o espigão athe o alto dahi volta em direção a terras de Manoel Jose encontra com o vallo de João Soares de oliveira filho do dito Manoel Jose ficando conprehendida toda vertente para o lado da capella athe inteirar os dito vinte alqueires e fica a mesma sorte o espigão doado a dita capella cujas terras elles doantes houveram parte por herança de seus sogros parte por compra que

fez a Gustavo Francisco Berthu as quais possuem livres e desimpedidas e pos isso

por esta escritura doado tem a fim de servir de patrimônio para o que transfere a dita capella todo jus para domínio pedimos as justiças de sua majestade que lhes dem todo de forma uma, digo todo o vigor facão cumprir e me pedio lhe lavrasse este instrumento o que lhe fazíamos com ação de meo officio neste acto me foi apresentado pelo doador o conhecimento do selo cujo he de teor seguinte – numero setenta e cinco para selar – collectoria do distrito de Pindamonhangaba –anno financeiro de mil oitocentos e cincoenta e seis- folhas doze do livro de receita ,fica lançada a quantia de mil e duzentos reis que pagou o senhor Antonio Jose de Oliveira ,

correspondente a vinte mil reis de humas terras no bairro do pinhal distrito da freguesia de São Bento –o collector Claro Marcondes do Amaral - o escrivão João Nepomuceno de Almeida –E por mim de todos atribuídos paguei- E sendo tudo ,lido achando a contento de todos assignando perante as testemunhas , logo: Doutor Miguel Monteiro de Godoi ,Jose Moreira Marcondes Romeiro, reconhecidos pelos próprios de mim Francisco Marcondes de Oliveira, tabelião que escrevi.

Antônio José de Oliveira Miguel Monteiro de Godoi José Moreira Marcondes Romeiro A rogo de Germana Maria de JesusClaro Marcondes do Amaral

sua livre e espontânea vontade faz doação a dita capella de Santo Antonio

No dia honze de abril de mil oitocentos e cincoenta e seis do dito anno

porque fez doação a Santo Antonio

Em tempo, de dano houve por herançaDe seus falecidos sogro e sograJosé Rodrigues Moreira sua sogra Luiza Correa e não de Gustavo Francisco Berthu, O escrivão Oliveira

A primeira igreja

Em 27 de novembro de 1883, dá-se o início oficial do livro tombo da matriz de Santo Antônio do Pinhal, que antes era feito em cadernos de anotações. Consta no livro tombo nº. 1, datado de 7 de outubro de 1883, que: “péssimo estado e abandono em que se acha a Matriz. Falei e enxotei ao povo e nomeei um tesoureiro e um administrador das obras precisas ao reparo na pessoa do cidadão do tenente José Innocencio A. Bitterncourt e em seguida fomos esmolando e tratando dos concertos...” Francisco Monteiro César pediu demissão do cargo de vigário da matriz, que foi anexada à freguesia de São Bento do Sapucaí.

Na véspera da virada do século, em outubro do ano de 1899, o Sr. Domingos Granato, italiano residente nesta paróquia entrega completamente reformada a parte frontal da igreja matriz com a construção de duas torres de tijolos, como também o muro principal da frente da igreja, tendo-se gasto na obra quantia superior a seis contos de reis.

Este dinheiro foi em parte organizado entre os fieis desta paróquia e de outras localidades.

Na visita pastoral ocorrida em 10 de outubro de 1911, ou seja, 12 anos depois da reforma frontal da igreja, Dom Epaminondas, bispo de Taubaté, escreve que “A pobre Matriz acha-se quase no mesmo triste estado em que encontrou-a o Exm. Sr. D. Lino, Bispo de São Paulo quando visitou-a há vinte e tantos anos..”

Temos, comprovado em documentos que, por volta de 1850, já existia uma capela no bairro do Pinhal, distrito da freguesia de São Bento do Sapucaí, temos também um o atestado do padre em 1855 e o mais importante, uma declaração possessória de Gustavo Francisco Berthoud de 1845, conforme mostra a próxima página.

N1 PG de selo 16 São Bento, setembro de 1845Ferreira

Digo eu Gustavo Francisco Berthoud e mª.mer Maria Alvez Ferrª que fomos snrº e possuidores de humas terras sitas no Bairo do Pinhal districto de S. Bento, por compra q'e fizemos a Domingos Marcondes Machado avaliadas as ditas terras a cento e noventa e três mil quinhentos e cinquenta e três reis no inventario dos herdeiros da defunta Dona Clara Marcondes de Andrada.De cujas terras vendemos ao Snr. José Rodrigues Moreira a parte que tocar em proporção ao valor de cinquenta mil reis da dita avaliação.Cuja parte de R: 50#000, vendemos pello preço de duzentos mil reis pagando o comprador a competente ...?. Tendo nos recebido do Snr. José Rodrige. Morª a quantia de sessenta mil reis em dinheiro e cento e quarenta mil em hum credito q'e o dito Snr: nos pasara para pagar ao 22 de maio de 1846. Cedemos lhe todo o jus e domínio que tínhamos n'esa parte q'e lhe temos vendido e para clareza passei o presente e asignei e a rogo de minha muer.

Asigna-se Antonio José de Oliveira.a rogo de Maria Alvez Ferrª Antonio José de Oliveira.

Bairro do Pinhal, 22 de maio de 1845. Ass. Gustavo Francisco Berthoud Como tst- Presente Antonio Ferraz de Araújo

O Reverendíssimo João Nepomuceno de Assiz Salgado, Cavalheiro da Ordem de Christo, Cônego Honorário da Se de São Paulo e Vigário collado na Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba por S. M. ?????????

Attesta que nos Pinhaiz termo da Cidade de Pindamonhangaba existe huma Capella, dedicada a Santo Antonio, cuja Capella dista desta cinco legoaz conforme diferença e outro tanto de distancia sendo que os caminhoz com ?????? para aquelle lado da Freguesia de São Bento: e discurso que esta na colletoria o juramento Sacrificio da Missa. juro que há ali bastantes habitantez , esses muitoz pobrez, he o que próprio juro, e teor me ter fidedignamente estigma Pindamonhangaba 23 de fevereiro de 1855. O Cônego Vigário João Nepomuceno de Assiz Salgado

Atestado do Vigário

Fundação da Paróquia de Santo Antonio do Pinhal

Com a elevação de capela a paróquia, em 23 de março de 1861,

José Tavares Coelho e Rocha em 30 de setembro de 1861, tornou-se

vigário encomendado da nova freguesia de Santo Antônio do Pinhal que

já era curato quando foi elevado a categoria de freguesia pela Lei

provincial de 23 de março de 1861.

Capela curada em 9 de abril de 1876, exautorada da categoria de

freguesia pela lei provincial de 04 de março de 1876, voltando pela

provisão de 9 de setembro de 1876 á capela curada, até que foi

novamente elevado a categoria de paróquia (pag. 5 verso- livro tombo 2)

Instituída canonicamente como freguesia a capela de Santo

Antonio do Pinhal do município de São bento do Sapucaí, pela lei

provincial nº13 de 16 de março de 1880.

Sendo vigário encomedado o reverendo padre Francisco

Cardelli, subdito italiano, com todo o apoio do Senhor Bispo diocesano

D.Lino Deodato Rodrigues.

Curato é um termo religioso, derivado de cura ou padre, que

era usado para designar aldeias e povoados com as condições

necessárias para se tornar uma freguesia, ou seja, tornar-se distrito de

um município, era o povoado onde morava o Cura.

D.Lino Deodato RodriguesBispo da Diocese, Faleceu em 19 de agosto de 1894

Primeira igreja 1905

Os primeiros registros

Somente em 12 de junho de 1889, Dom Lino Deodato

Rodrigues de Carvalho, Bispo Diocesano de São Paulo autorizou o

Reverendo Padre Joaquim Antonio de Siqueira, vigário da Paróquia de

São Bento do Sapucaí, abrir o primeiro livro Tombo da Paróquia de

Santo Antonio do Pinhal.

O livro Tombo, segundo a autorização, serviria para nele ser

lançado os provimentos de visita, os inventários dos bens e objetos

pertencente à Igreja Matriz e Capelas filiais, a escritura do patrimônio, a

lei provincial da criação da Freguesia e provisão da respectiva

instituição Canônica. Tal ato ocorreu em 15 de maio de 1889 quando o

bispo, dirigindo-s à Paróquia de São Bento do Sapucaí, “em busca de

alivio a sérios incômodos de sua saúde, foi-nos preciso demorar a

viagem nesta Freguesia de Santo Antonio do Pinhal, o qual é vigário

encomendado o Rev. Domingos Perroni, natural da Italia e cidadão

brasileiro”, permaneceu em visita pastoral, por dois dias nesta Paróquia.

Segundo o Bispo, do exame e observação a que procedeu,

evidenciou-se o estado pouco satisfatório da Matriz em sua parte

material, quer a falta de paramentos e alfaias de que necessitava.

Quanto ao templo, escreve o bispo, “é pequeno, de construção

frágil (madeira e barro, vulgo paredes de mão). Já está deteriorado e

precisando de importantes reparos. Só está forrado na capela-mor...”

O livro tombo teve uma interrupção de um longo 12 anos sem

anotações e somente reativada com a visita pastoral em 10 de outubro de

1911, quando D. Epaminondas aqui esteve. Segundo o mesmo, “o

estado dos livros da paróquia é simplesmente vergonhoso. Nem um

documento trancrito nestes três tristes anos do paroquiato do atual

vigário. Os registros de batizados, de casamentos e de óbitos feitos com

faltas enormes, gerais e substanciais..”

A conseqüência desta falta de zelo pelo livro tombo e outros da

paróquia de Santo Antonio do Pinhal, foi a destituição do padre Alino

Petibom do cargo de vigário da mesma e esta anexada a paróquia de São

Bento do Sapucaí sob o comando do vigário Rev. Padre Francisco Reale.

Os primeiros casamentos

Conforme encontrado no livro Nº 1 de casamentos da recém criada

freguesia de Santo Antonio do Pinhal - 1867 a 1879, citamos alguns

casamentos:

03 de Janeiro de 1867

Victoriano Ramos do Nascimento de São Bento do Sapucaí com

Victoriana Maria de Oliveira de Jagoary-Minas. O Vigário foi Jose da

Silva Figueiredo Caramuru.

11 de Janeiro de 1867

Procópio Lemes dos Santos, filho de Francisco Lemes dos

Santos e D.Generosa Maria de Jesus, com Maria Francisca de Jesus filha

de Manoel Ribeiro da Silva e D.Alexandrina Maria de Jesus.O Vigário

foi Jose da Silva Figueiredo Caramuru

29 de Agosto de 1871

Antonio Jose de Oliveira, batizado em Taubaté, filho de

Antonio Jose de Oliveira e D. Germana Luiza da Conceição . com

Gertrudes Maria da Conceição, filha de João Leonardo dos Santos e

Delfina Maria de oliveira. O Vigário foi Jose da Silva Figueiredo

Caramuru

20 de Agosto de 1873

Marcolino Jacintho da Silva, batizado em São José de Toledo-

MG, filho de Julio Jacintho da Silva e Maria Clara dos Santos, com

Maria das Dores, batizada em Taubaté filha de Honório Maranje e

Verônica Maria de Jesus.Vigário Francisco Antonio Marcondes

09 de dezembro de 1874

Roque dos Santos, batizado em Taubaté, filho de Domingos

José Vaz e Ana Maria da Glória com Leopoldina Maria Leite, filha de

Manoel Moreira dos Santos e Custódia Francisca Leite. O Vigário José

Benedito Marcondes de Mello

Os primeiros casamentos

15 de Maio de 1877

Luiz Jacintho da Silva filho de Julio Jacintho da silva e Maria

Clara dos Santos, com Constancia Theodora de Carvalho filha de

Antonio Theodoro de Carvalho e Constancia Francisca berthu. O

Vigário José Benedito Marcondes de Mello

28 de outubro de 1883

Antonio Theodoro de Carvalho, viúvo de Constancia, sepultada

na freguesia de Santa Rita, com Gertrudes Francisca Berthur, batizada

em São Bento do Sapucaí, filha de Gustavo Francisco Berthur e da finada

Maria Alves Ferreira. Vigário Joaquim Antonio Siqueira

11 de fevereiro de 1886

Domingos Granato, da Itália filho de Nicolau Granato e Joana

Juliana com Luiza Derrico, da Itália, filha de Fellippe Derrico e Bárbara

Granato. O Vigário Fellipe Gavetosa

04 de julho de 1887

Angelo Lippi, de Oneta na Itália, filho de João Domingos Lippi

e Maria Luiza Tomei com Maria Azzema Lippi filha de Constantinon

Lippi e Clementina Pelegrini. O Vigário Fellipe Gavetosa

25 de outubro de 1902

Valério Celestino Fernandes, viúvo de Bernadina Theodoro de

Faria com Francisca Jacinto da Silva, viúva de Benjamim Ferreira de

Mattos. O Vigário Francisco Realle

14 de janeiro de 1904

Nicolau de Vitta, da Itália, filho de Felice de Vitta e Antonia

Motolla com Bárbara Moliterno, da Itália, filha de Andrea Moliterno e

Rosa Giuliano. O Vigário Francisco Realle

Os primeiros batizados registrados:

Como não existia um livro de batismo, a partir de 1885 iniciou-

se um livro de batismo e na medida do possível, conforme a

necessidade, foram registrados os batismos antigos desde 1850. Aqui

daremos o exemplo de dois registros deste livro de batismo da paróquia

de Santo Antônio do Pinhal:

Antônio

“Manoel Ribeiro do Amaral e a senhora Gertrudes Alves

Monteiro, pessoas fidedignas e depois de prestarem juramento,

declararam que Antônio, filho legitimo de Francisco Alves Moreira e de

D. Maria Benedita de Jesus, fora batizado na matriz desta paróchia de

Santo Antônio do Pinhal no ano de 1862 pelo reverendo vigário

Nicolao.

Sendo padrinhos Antônio Alves Cardoso, já falecido e a

declarante Gertrudes Alves Monteiro, como não se fez o lançamento do

dito assento no livro competente, por autorização de s. Exª senhor bispo

diocesano, concedido por despacho de 07 de fevereiro de 1885, tomei

por termos declaração acima referida para abrir o presente assento que

firmo. Vig. Joaquim Antônio Siqueira.”

Observação: o Sr. Manoel Ribeiro do Amaral, acima referido,

foi um dos integrantes da guarda de honra de D.Pedro I em 1822 e um

dos doadores de uma área de terras a Santo Antônio no ano de 1856.

Francisco

“Aos dez de junho de 1889 compareceram em minha presença

Manoel José da Cunha Brandão e José Maria Moreira, os quais depois

de prestarem juramento, declararam que Francisco, filho legitimo de

Joaquim Fernandes de Azevedo e de Cândida Christina da Cunha fora

batizado nesta matriz de Santo Antônio do Pinhal em 1862 ou 1863 e

que foram seus padrinhos Manoel Fernandes de Azevedo e Manoela da

Silva Franca. Fiz este assento por não achar livros de batismo daquelles

annos. Vig. Domingos Perrone”.

Os primeiros padres

Rev. p

30 de setembro de 1861

Rev. padre Joaquim Antonio de Siqueira 1863/1866

Rev. padre José da Silva Figueiredo Caramurú 1867

Rev. padre Francisco Antonio Marcondes em 1868/1873

Rev. padre José Benedito Marcondes Homen de Mello, vigário em

09 de setembro de 1872/1877

Rev. padre Francisco Cárdelli, vigário de 1880 até 1883

Rev. padre Conego Thomas de Affonseca e Silva- Tudo fez no

sentido de regularizar a escrituração nos livros, promoveu

melhoramentos na igreja que servia como matriz, devido a seu zelo

e esforço proporcionou uma melhora sensível na paróquia,1880 até

1883

Rev. padre Francisco Monteiro César, vigário em 1884

Rev. padre Felippe Gavetosa, vigário de 1885 até 1888

Rev. padre Domingos Perrone, vigário em 1888/1889

Rev. padre José Carnevale, vigário em 1894

Rev. padre André Bertone, vigário em 1895/1896

Rev. padre Domenico Antonio Sccacia, vigário em 1901/1902

Rev. padre Emílio Vigorita,vigário em 1904

Rev. padre Delfino Bonae, vigário em 1905 até 1907

Rev.padre Bernardo Chico 29/07/1916 (Livro tombo nº 12)

28/04/1917

adre José Tavares Coelho e Rocha, vigário encomendado em

Os padres

Padre Estevan Masl, tomou posse em 02/05/1917

Padre José Vita, em maio 1924 chegou em Santo Antonio do

Pinhal

Padre José Francisco de Von Alzingen, 1933

Padre Pedro do Valle Monteiro,1934

Padre Plínio Gonçalves de Freitas, 1935 até 1942

Padre Nestor José de Azevedo, 1942/43

Padre Sebastião hugo Santana, , tomou posse em 31.10.1943 um

dos mais populares.

Padre Plínio,

Padre João José de Azevedo, 1956

Padre Américo, 1956

Padre Clair, 1959

Frei Mariano, 1960

Padre Joãozinho,1963

Padre Tabir,1973

Padre Luiz Mancilha,1980

Padre Donizete, 1982 até 1985

Padre Joaquim,1985 até 1990

Padre Pedro Alves dos Santos, tomou posse em 1991 e segue até

os dias atuais

Capitulo II: A construção da Matriz e a oficialização da

Paróquia

1- Construção da 2ª igreja e seus problemas

Pela provisão episcopal de 28 de abril 1917, foi nomeado vigário

da paróquia de Santo Antônio do Pinhal, o Rev. padre Estevam Masl, que

tomou posse no dia 2 de maio do mesmo ano e, tendo como testemunha

do ato os srs. Cândido Monteiro da Silva e Antônio Ribeiro Pimenta.

Em 8 de julho de 1917, foi aprovada a comissão nomeada para a

construção de uma nova matriz, pois a existente estava em estado

precário.

No início de 1918, houve uma nova provisão e o padre Estevam

Masl manteve-se no cargo de vigário desta paróquia. No cargo de

fabriqueiro, o sr. Cândido Monteiro da Silva e como sacristão Antônio

Ribeiro Pimenta.

Reza no livro tombo que a promessa de ajuda para a construção

da nova matriz não passou de meras palavras.

Em abril de 1918, iniciou-se a construção e neste ano não houve

festa pública para dar ao povo maior facilidade de ajudar na obra.

Em setembro do mesmo ano, a velha igreja já estava

desmanchada e o Santuario da nova estava coberto e assoalhado, mas, o

caixa já estava esgotado.

Escreve o pároco: “O Conselho não ajuda eficazmente. Os

interesses particulares parecem dominar”. E ainda: “A Sé está na mão

dos políticos e da politicagem”.

A partir deste fato, o vigário começa a ignorar o Conselho e

trabalhar de acordo com os membros e o povo da roça.

Os bairros do Sertãozinho, Capora, José da Rosa, Cassununga,

Moura, Lageado, Rio Preto mostraram-se muito dedicados.

Os bairros dos Mellos, Bixigento, Paiol Velho, Barreiro e Barra

do Rio Preto são mais ou menos indiferentes.

Por fim, os bairros da Fazenda do Pinhal, Pinhal e Barba de Bode

são nulos.

A Segunda Igreja em 1920

Segunda igreja 1922

Construção da 2ª igreja e seus problemas

Em outubro do mesmo ano, uma grande ventania ocorreu em

Santo Antonio do Pinhal e abalou os muros orientais da Igreja em

construção, que ficou oitenta centímetros fora do aprumo, mas as

ligações permitiram, depois de muito trabalho, recoloca-los em seu

devido lugar.

Em maio de 1919, o vigario nota a ineficácia do método de não

fazer festa para que o povo possa auxiliar na construção da nova matriz

e escreve: “O povo gosta de festas e tem sempre dinheiro para gastar e

sobrar nos divertimentos públicos. Não se devem suprimir as festas.”

Maiores problemas estavam por vir. Em julho do mesmo ano, a

igreja já estava coberta e o vigário emprestou oito contos de réis para

chega a este ponto da obra. A comissão já não ajudava mais. Os

operários deixaram o lugar e a freguesia de Santo Antonio parecia estar

deserta.

Segundo o padre, “Os que não quizeram e nem querem cumprir

com as suas promessas, criticam a igreja.” E desabafa: “O povo nota

que um tal inimigo declarado da igreja, de abastado e honrado, tornou-

se de repente pobre e desprezado”.

No mês de agosto de 1920, inicia-se a execução de abertura de

caminhos para dividir as terras da igreja em lotes com um traçado de

seis kilometros. A abertura tem por objetivo alugar os lotes para

interessados em residir na paróquia.

Ainda neste ano, os trabalhos na construção permanecem

parados e causando péssima impressão sobre as pessoas de fora que

vem ao distrito em busca de um lugar de saúde, considerado superior ao

de Campos do Jordão em vários pontos, tais como abundancia em água

mineral, principalmente para aquelas que padecem do fígado e

intestino; clima sempre igual; ventilação ligeira e constante que

purifica sempre o ar; ausência de neblina e céu sempre puro.

Do outro lado das qualidades do distrito, a igreja enfrenta

dificuldades com o aforeamentos, cujos foreiros costumavam a pagar

sempre atrasado, de dois em dois anos. Ou seja, entra sem pagar e

depois de dois anos, retira-se sem pagar.

A conseqüência é inevitável, o vigário ficou responsável pelos

oito contos emprestados para a construção da igreja e garantidos pelas

promessas particulares das famílias pinhalenses.

Construção da 2ª igreja e seus problemas

A autoridade Diocesana não quis reconhecer a divida da igreja,

também as famílias não cumpriram com as suas promessas. O vigário

por sua vez, não tinha dinheiro e rogou para Deus pagar (livro tombo 1,

pag. 22).

Um ano depois, em 20 de agosto de 1921, Dr. Fortunato,

secretário do Estado, combina com o vigário os meios de estabelecer um

sanatório em Santo Antonio. O governo projeta a compra de todos os

terrenos compreendidos entre o alto da Serra e Santo Antonio. Seria a

salvação da igreja, que finalmente teria meios de reorganizar a Paróquia

com escolas católicas nos principais bairros e terminaria a Matriz.

Nos anos seguintes, a missa continuava a ser campal, ou seja,

em frente da construção da matriz.

Fato marcante foi o reinicio dos trabalhos para dividir o

patrimônio em lotes para construção de casas. Os aforamentos, na maior

parte eram escolhidos na cidade de São Paulo pelo D. Eugenio de

Toledo.

Tem noticia que o Sr. Angelo Granato foi desapropriado do seu

aforamento por causa de utilidade e necessidade da igreja. Por seu turno,

este rejeita sair do local e invoca motivos sem valor e recusa de

submeter-se a queixas do bispado, recorrendo ao Juiz de Direito da

Comarca de São bento do Sapucaí.

Em julho de 1923, o governo do Estado de São Paulo aceita

fazer um caminho para automóvel do alto da Serra à Santo Antonio. A

divisão do Patrimônio em lotes foi sem duvidas, a causa determinante

para abertura da estrada e que traria desenvolvimento à paróquia.

Enquanto isto, a Comissão nomeada para os trabalhos da igreja

não produz efeito e a Matriz que se encontra abandonada, vai se

deteriorando e não recebe nenhum concerto.

Perto da construção, os trabalhos para abertura das ruas já estava

bem adiantado e o terceiro quilometro era entregue. Apresentavam-se

como foreiros vários senadores, deputados e capitalistas de São Paulo.

Antes de finalizar o ano, acaba o sexto quilometro de rua no

patrimônio. O Sr. Angelo Granato continua a oposição, quer aos

trabalhos das ruas como também da igreja e influencia de sobremaneira

a Comissão que fica não somente inútil como nociva, pois neste

momento, a construção já estava minada pelas águas.

Construção da 2ª igreja e seus problemas

Depois de ser muito criticado, o vigário Padre Estevan Masl fica

desanimado e pensa em deixar a paróquia, mas os foreiros de São Paulo

pedem-lhe a continuação de seus serviços que, por Deus e por eles

somente, aceita a permanecer trabalhando em Santo Antonio do Pinhal.

A torre da igreja, minada pelas águas do telhado durante cinco

anos, caiu durante a noite chuvosa do dia 19 de abril de 1924.

Em maio do mesmo ano, foi constituído uma nova Comissão

para a reconstrução da Igreja e foi eleito como presidente desta

Comissão, o Padre José Vitta.

PADRE JOSÉ VITA O GRANDE BENFEITOR

Nessa foto de 1924, 2ª igreja antes da queda da torre, estão presentes, da esquerda

para direita: Nicolino Granato, padre Vita, Paulino Granato, Mariquinha e Cotinha

irmãs do padre, Artur...desconhecido e o menino desconhecido

O grande benfeitor

O Padre José Vitta nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí

Mirim, antes conhecida como Santana do Sapucaí Mirim, cidade

mineira, foi batizado em São Bento do Sapucaí, cidade paulista mais

próxima.Viveu sua infância na fazenda de seu pai, Donato Vitta e com

sua mãe Maria Leopoldina Ferreira, em 1909, ingressou no seminário

menor de Pirapora de onde transferiu-se para o de Taubaté em 20 de

fevereiro de 1911.

A investidura da batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915

quando D. Epaminondas Nunes de Avila e Silva conferiu-lhe as quatro

ordens menores em 19 de setembro de 1917. Quando esteve para morrer,

por doença cardíaca, já desenganado, Dom Epaminondas conferiu-lhe a

ordem do subdiaconato em 16 de março de 1918, e no dia seguinte a

ordem do diaconato, não morreu, Deus lhe reservara uma missão.

Passava as férias na fazenda de seu pai, e de lá andava a cavalo

nove quilômetros até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que insistia

em ser padre, mas não tinha recursos, ao que padre Vitta conseguiu do

bispo diocesano autorização para que ele não pagasse as anuidades. Esse

menino pobre teve aulas para os vestibulares do seminário em Taubaté,

seu professor foi Plínio Salgado, o grande escritor e político católico, de

São Bento do Sapucaí.

O jovem conseguiu ser aprovado e ingressou no seminário, de

onde saiu para ser o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de

Almeida Moraes Junior, quem vai pela variante do bairro José da Rosa

em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra depois de atravessar

uma ponte de concreto na divisa de estado encontrava à direita, uma

tosca moradia, com os dizeres: "aqui nasceu D. Antonio de Moraes,

arcebispo de niterói."

Pe. Vita foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade

presidida pelo núncio apostólico para o Brasil, D. Angelo Giacinto

Scapardini, uma vez que Dom Epaminondas encontrava-se enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo colégio São

Miguel em Jacareí, no ano de 1920, no início de 1922 foi nomeado

vigário cooperador de Caçapava, dali se transferindo para Lambari em

Minas Gerais.

Padre José Vitta

Padre José Vitta

O grande benfeitor

Em maio de 1924 sofreu uma hemoptise e retornou à fazenda de seu pai, onde foi recebido por sua madrasta, Angelina; recuperando-se, dirigeu-se a Pindamonhangaba, na casa de sua irmã, Tereza Granato, passando a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo.

Dom Epaminondas designou-o para prestar serviços em Santo Antônio do Pinhal, onde, com a ajuda do povo construiu a igreja matriz entre os anos de 1925 e 1929 quando foi inaugurada.

Nessa época, as obras da E.F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefevre, a poucos quilômetros de Sto. Antônio do Pinhal.

Em 1926, guiado pela providência, comprou uma casa em vila Abernéssia, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras, Mariquinha e Cotinha aí iniciou a sua grande obra, no dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto do papa Pio XII, com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de S. Santidade, presente o governador lucas Garcez e em 30 de abril de 1959, com o título de cidadão honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão, no dia 13 de dezembro de 1972, às 23:45 horas, assistido por suas irmãs, chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos, drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, na

cidade de Campos do Jordão a via de

acesso ao sanatório São Vicente de

Paulo, passou a ser denominada de "Rua

Monsenhor José Vitta" e bem acima a

escola de 1.° grau de Vila Abernéssia.

“Apagara-se uma luz na terra e

começou a brilhar mais uma estrela no

céu”.

1- Construção da 3ª e ultima Igreja

Dom Epaminondas, Bispo de Taubaté, publica uma portaria no dia 18 de julho de 1924 em que narra a urgente necessidade em dotar uma igreja na freguesia de Santo Antonio do Pinhal e que atendendo aos poucos recursos da população somente poderia atender este fim, centralizando todos os meios nas mãos da Comissão Executora das obras por eles nomeados. Também suprimiu temporariamente o Conselho da Fabrica, passando todas as atribuições que lhes correspondiam pelo regulamento à Comissão Executora.

Em 1924, passou a ser construída uma nova Matriz. Tendo caído grande parte da igreja feita pelo então vigário, padre Estevam Masl, o Exmo. sr. bispo ordenou que fosse demolido o que ainda restava da Matriz para dar início a uma nova obra, mais sólida e dirigida por um técnico.

Mandou o arquiteto Francisco d'Arace executar uma planta de 10 x 18,50 m e contratou o mesmo para dirigir a obra, foi feita uma grande festa para a colocação da 1ª pedra.

A obra da terceira e atual matriz teve inicio no dia no mês de maio de 1924. Em 12 de fevereiro de 1925, toma posse desta Paróquia o Padre Francisco Luis dos Passos que deveria auxiliar o Padre Estevan Masl que já se encontrava bem idoso.

Para financiar a obra, o Bispo de Taubaté concedeu o primeiro alvará para que o Padre José Vitta pudesse vender a quem mais desse, cinco ou seis alqueires de terras do patrimônio da paróquia, empregando o produto da venda, isto é, oito ou dez contos nas obras da matriz, o alvará foi liberado em 30 de março de 1925.

Em artigo no periódico O Pinhalense de 15 de maio de 1925, o padre José Vitta, encarregado, coloca a venda alguns lotes de terras da capela para angariar fundos, conforme alvará concedido:

Aviso aos foreiros de Santo Antônio do Pinhal

Sendo impossível pela grande falta de recurso, prosseguirem os trabalhos da nova matriz em construcção, o Exmo. sr. Bispo autorizou-me a vender uma parte dos terrenos do patrimônio e empregar o producto em beneficio das obras da matriz.como os terrenos estão todos aforados, venho communicar aos illustres foreiros a nova resolução e que os terrenos de hoje em diante serão vendidos a quem mais vantagem offerecer.

Os foreiros têm uma certa preferência na compra. Porem, uma vez que não queiram comprar e nem desistir para que se possam vender a outros, dar-se-á a desapropriação, conforme o regulamento da fabrica que diz.. “ficando a fabrica desta egreja com pleno direito ao domínio directo e desapropriação do mesmo terreno no caso de necessidade ou utilidade da egreja, com direito as indenizações das benfeitorias existentes”.

O encarregado – pe. José Vitta

Com esta iniciativa tomada pelo padre José Vitta, o centro de Santo Antônio passava das mãos do santo, representada pela igreja, para particulares, principalmente os foreiros.

Foreiro segundo Aurélio Buarque de Hollanda é: quem paga foro; aquele que tem domínio útil de um prédio, por contrato.

Naquela época, sendo a Igreja possuidora das terras recebida por doação e com os povoados que cresciam ao redor da capela, esta cedia parte de seu domínio a particulares que pagavam um tributo para a sua utilização. Este domínio poderia ser transmitido por herança, mas sem a documentação necessária, pois a propriedade continuaria sendo da Igreja. E, sendo a paróquia de Santo Antônio pobre e não podendo contar com o pagamento regular dos foros e muito menos com grandes doações para a construção da nova matriz, algumas pessoas tomaram a iniciativa para a compra do respectivo terreno.

A nova matriz de Santo Antônio do Pinhal, Artigo do Organ Independente O Pinhalense em 15 de maio de 1925 “Grande tem sido a luta sustentada pelos encarregados da construção da nova matriz. Dificuldades de toda espécie, mil obstáculos se tem apresentado, mas, até o presente, por uma graça do céu, não foi necessário parar, apesar de o serviço ser tratado com grande morosidade, pela grande falta de recursos.

A nova matriz a esta hora já poderia estar coberta e por conseguinte servindo, se não fosse o grande e condenável indiferentismo da maior parte da população desta paróquia e principalmente dos habitantes da sede, com honrosas exceções.

A princípio, era voz unânime que todos estavam prontos para concorrer na medida de suas posses, para a realização do ideal: a construção de nossa igreja; mas, infelizmente tal não sucedeu, como todos tiveram ocasião para presenciar, não sabemos qual o motivo; o lugar estava há cinco anos desprovido de igreja, assim nos expressamos, porque a que existia não preenchia as condições exigidas ou necessárias para um templo; o povo não cessava de reclamar, pedindo a construção de uma nova igreja, esse, diziam todos, era o veemente desejo dos habitantes desta paróquia.

Que contraste! A princípio, desconfiados, queriam ver o inicio da obra; vieram-no, depois muitas outras desculpas, sem razão de ser, e afinal, parece que estão resolvidos a não contribuir com o que prometeram. Uma ingratidão para com a Igreja e uma nódoa na consciência daqueles que assim procedem! negar uma esmola prometida, para a construção de uma igreja é, sem dúvida, uma falta grave perante Deus! Os encarregados, com grandes trabalho, só conseguiram arrecadar a importância de 21.807$900, sendo que até a época presente as despesas são superiores a arrecadação. Essa arrecadação foi feita durante o largo prazo de um ano e daqui em diante há pouca esperança se o povo não mudar de orientação.

Há ainda 15 contos prometidos, mas pensamos que ficam só em promessas... E como tal não podemos contar com eles. Estamos na triste e dolorosa contingência de ser preciso parar o serviço, há duas semanas, que a caixa esta desprovida do necessário para o pagamento e assim continuando, os

encarregados outra coisa não podem fazer senão suspender o serviço por algum tempo.

Que Deus não permita tal coisa, porque seria talvez um fracasso! só faltam dez a 12 contos, para pôr a igreja em condição de ser utilizada. A quantia é pequena; não haverá nesta terra a possibilidade de arranjar a importância mencionada?

Apelamos para os filhos deste lugar, que eles nos respondam! apelamos para o nobre sentimento deste povo! Unidos todos pelo sentimento de patriotismo, poderão, se quiserem, arranjar muito mais. Por isso, os encarregados da árdua tarefa esperam e contam com a máxima boa vontade de todos”.Outros alvarás foram concedidos dando licença para o Padre José Vitta vender a quem mais der os terrenos que ainda possui a referida paróquia, e do produto reservar seis contos de reis para a conclusão das obras da matriz, que foi mais tarde revogado. O restante deveria ser recolhido à Cúria Diocesana a fim de se converter em títulos de renda para a Paróquia, conforme determinava a Santa Sé. Foram seus dedicados auxiliares os irmãos Paulino Granato e Nicolino Granato a quém o padre deixou n o l i v r o t o m b o s e u s s i n c e r o s a g r a d e c i m e n t o s .

A venda dos terrenos em muito auxiliou na construção. Até aquela data, já tinha entrado mais de oito contos de reis e sem aquela impor t ânc ia , não t e r i a s ido inaugurada.

Na visita Diocesana nesta Paróquia, o visitador que ficou hospedado na casa do padre Estevam Masl, isto em 29 de junho de 1928, escreve que: “A matriz continua em obras sob a direção do Rev. Padre José Vitta, fabriqeiro da Matriz, embora residente nos Campos do Jordão.

O que está feito é uma prova evidente de quanto aquele operoso, apesar de doente, tem feito em beneficio desta paróquia”

Lembrança das Missões

Alguns meses depois, faleceu Padre Estevan Masl, em 12 de setembro de 1929, no hospital da cidade de Taubaté. Com a morte do vigário, foi provido no cargo de vigário ecônomo da Paróquia até 31 de dezembro de 1930, o Padre José Vitta que acumulava o trabalho de fabriqueiro nesta matriz e vigário em Campos do Jordão.

A duvida ficou na questão dos aforamentos dos terrenos, quando Padre José Vita assumiu os bens da Paróquia, encontrou na localidade mais de sessenta foreiros e quase todos da cidade de São Paulo.

Depois de obter licença para vender os terrenos, foi escrito uma carta a todos os foreiros, dando-lhes preferência na alienação por escritura definitiva. Quase todos se recusaram a comprar os terrenos aforados.

Padre José Vita consultou alguns juristas e estes chegaram a conclusão de que todos os aforamentos feitos pelo Padre Estevam Masl eram nulos por não ter tido concorrência e edital, condições indispensáveis para a legitimidade de aforeamento.

Além disto, todos os foreiros tinham deixado passar três anos sem pagamento do foro anual, perdendo portando todo e qualquer direito sobre as terras.

No dia 14 de abril de 1929 a matriz foi inaugurada e entregue ao culto público, por ocasião da inauguração estavam na Paróquia e pregavam as Santas Missões os Reverendos Padres Redentoristas tendo como fim um resultado espiritual bastante consolador.

Revolução Constitucionalista de 1932

Material histórico encontrado no livro Tombo n° 2 da Casa Paroquial de

Santo Antônio do Pinhal e depoimentos de pessoas que viveram na época da

revolução de 1932.

Inicia-se na Capital de nosso Estado de São Paulo, com ramificação em todo o território do Estado, tremenda movimentação revolucionaria, secundado pelo Estado do Mato Grosso. Cento e muitos mil homens em armas querem impor o regime da Lei ao Ditador Getulio Vargas, obrigando-o a dar Constituição imediata a nação e demitir-se da cadeira ditatorial.

O povo de Santo Antonio do Pinhal, em grande maioria fazendeiros ou herdeiros de terras nas zonas rurais do município, com a noticia da revolução empreitada pelos paulistas, migraram, a principio, para o mais junto de suas matas e voltando, depois de um mês a suas moradias no pequeno centro urbano e com menos temor da dita revolução.

Ficando na cidade, somente Braz Oliva, homem culto, proprietário de uma sapataria. Tal medida de permanecer tinha sua importância. Primeira por que sua Mãe estava muito doente e com problemas de locomoção, em sua residência no centro da Vila, funcionava a única linha telefônica e seria de grande utilidade ao serviço da revolução.

Vizinho territorial do Estado e Minas Gerais, Santo Antônio do Pinhal viu suas casas, as suas estradas, as cristas de seus morros, povoadas pelos soldados da Lei. Ficavam em sentinela (estado de vigia e prontidão) contra a possível invasão mineira pelo seu território.

Pela força revolucionaria, foi pedido que regalassem auxilio a causa do Estado e assim, de todas as fazendas foram doadas rezes à alimentação dos soldados. A estrada de rodagem, que na época era de péssimo estado que ligava esta Vila a cidade de Pindamonhangaba através da garganta da Serra da Mantiqueira, teve uma participação integral dos homens pinhalense, num auxilio considerável aos soldados paulistas para a comunicação com a Estrada de Ferro Central do Brasil. Cerca de seiscentos homens se prestaram ao serviço da dita estrada.

Em 19 de agosto de 1932, encontrava-se nesta Paróquia o Padre João José de Azevedo, que pregou diariamente, sobretudo, aos soldados paulistas que em numero de quatrocentos homens no município, guardavam as fronteiras de nosso Estado de São Paulo. Muitos eram os soldados e oficiais que assistiam diariamente ao Santo sacrificio da missa e ouviam a palavra de Deus naquele momento de tensão provocada pela revolução. A casa Paroquial foi requisitada pelas forças e entregue a intendência das tropas.

Em outubro de 1931, com a traição sórdida de elementos oficiais da força pública paulista, chefiada pelo seu comandante geral Cel. Herculano de Carvalho, novo Calabar paulista, os exércitos ditatoriais, composto de po1iciais e forças federais de todos os Estados da União, conseguiram romper as linhas paulistas, vencendo em todos os setores as tropas que queriam o regime da Lei e uma Constituição na Republica.

Conseqüentemente, retirava-se desta Vila de Santo Antonio do Pinhal, os soldados que aqui se achavam acantonados por alguns meses, tempo suficiente para cunhar laços de amizades, relegar apelidos e deixar suas marcas de trincheiras encravadas em terras pinhalense, mas não sem antes de ter experimentado cerrado fogo das tropas mineiras por trinta e quatro horas ininterruptas, isto dentro do município vizinho de São Bento do Sapucaí.

A Vila foi evacuada, o quartel general localizado na Casa Paroquial, sem que, houvesse ficado no mesmo dano de grande porte, a não ser a falta de higiene que a deixaram, também foram arrombadas todas as portas e janelas. Por fim, foram gastas ou consumidas as varas das cercas da mesma.

O movimento Constitucionalista do Estado de São Paulo estacionou por quase três meses em nossa Vila de Santo Antonio do Pinhal.

Cerca de trezentos homens do Batalhão Piratininga, constituído da elite da mocidade estudantina e independente do Estado, ou seja, voluntários que lutavam em pró ao movimento revolucionário, por serem estudantes, pertenciam às famílias de classe média e rica do Estado, receberam a alcunha de "Batalhão Pó de Arroz".

O relógio da matrizFoi adquirido por ocasião da festa de Santo Antonio, graças

a boa vontade do católico e progressista povo pinhalense, um magnífico e suntuoso relógio.

Foi inaugurado no dia 13 de junho de 1945, com as bênçãos do Exmo Rev. Dom Francisco Borgia do Amaral e a benção significativa do ato, pelo ilustre prelado bispo desta diocese, findo o ato, foi tocado pela banda local o Hino Nacional

A imagem do Santo Antônio

O ilustre Dr. Carlos de Aguiar, da cidade de São Paulo que esteve em Santo Antônio, assistindo um certo domingo a missa e notando a desproporção entre a pequena imagem do padroeiro e a respectiva igreja em construção e altar mor, prometeu espontaneamente a paróquia, uma imagem de Santo Antônio de cento e oitenta centímetros, ou seja, um metro e oitenta de altura, tamanho normal de uma pessoa.

Dr. Carlos Aguiar cumpriu a promessa aos dezoito dias do mês de dezembro de 1932, quando fez chegar nesta Vila à referida imagem que foi benta pelo vigário canônico diante de fiéis que encheram a Igreja.

Procissão religiosa década de 1940

As irmandades da Paróquia Santo Antônio

Irmandade dos Vicentinos, fundada 27/09/1914

Presidente Jose David de Faria

Irmandade da Congregação Mariana, fundada 08/12/1919

Presidente Jose Olegário Cezar e Silva

Irmandade do Santíssimo Sacramento, fundada 01 /05 1920

Presidente Salvador dos Santos e Geraldo Fernandes

Apostolado da oração, fundada 12/06/1921

Presidente Gonsalina dos Santos

Irmandade São Benedito, fundada 13/04/1974

Presidente Terezinha Marcelina do Espírito Santo

Irmandade da Legião de Maria, fundada 08/04/1994

Presidente Benedita Messias

Casa paroquial

Com o falecimento do bom Padre Estevam Masl, vigário da

Paróquia, deixou este a diocese, um terreno e casa. Achando-se a mesma

em péssimo estado de conservação, foi com a devida licença da

autoridade diocesana vendida e a importância empregada na construção

da matriz.

Hoje, funciona a casa Paroquial em uma boa casa, de oito (8)

quartos, ótimo terreno, mais perto da matriz, também ligado a paróquia

do mesmo padre Estevam Masl que a construiu. Foi melhorada,

acrescentando, com auxilio colhido a esmo, comedor, serviços

sanitários, tendo mandado cercar o terreno para o quintal e feito concerto

no telhado, forro e assoalho. Existia na casa paroquial antiga, apenas uma

mesa de jantar tosca, uma cama velha e cobertor, uma cama de arame,

uma mesa velha e estante tosca.

Consegui acrescentar à casa paroquial com auxilio de bons

amigos, filhos de Santo Antonio residentes em Pindamonhangaba, tudo o

que precisava a dita casa paroquial, para asilo cômodo e decente de um

vigário. Assim é que adquiri para ela o seguinte: 4 camas e respectivos

colchões, sendo uma nova “patente”, 1 de madeira e duas de arame; 1

escrivaninha nova, 1 guarda comida, 12 pratos fundos e rasos, 12 talheres

de cada espécie, 6 toalhas de mesa, idem guardanapos, utensílios de

cozinha, um grupo de mobília de vime, com 4 cadeiras, 1 de balanço,

sofá, 1 mesa de centro, 6 cadeiras de madeira para a sala de jantar.

Ofereceram ainda a casa paroquial alguns quadros, uma nossa senhora da

Aparecida, bules, bacias, jarros, etc, etc.

Em 1944, foi inaugurado um pequeno salão Paroquial, ao lado da

casa Paroquial, para as associações religiosas utilizarem para reuniões e

lazer.

Recentemente, com o Padre Pedro, conhecido carinhosamente

pelo nome de Padre Pedrinho, decono da Matriz, reformou por completo

a antiga casa paroquial, em seu lugar, erigiu um sobrado de grande porte

para receber padres visitantes.

A antiga casa paroquial e a nova, o sonho realizado com os esforços do bravos pinhalenses e o incansável padre Pedrinho.

As Capelas da Paróquia Santo Antonio

Capela São Benedito Bairro: Centro.

Doador do terreno: José e sua esposa 1947. Fundador - Pe. Hugo S. Santana, dia e hora de Missa: 1ª quinta-feira às 07h, festa anual 3º domingo de Abril.

Capela São Sebastião Bairro: Joaquim Alves.

Doador do terreno: Joaquim Alves e Maria F. Alves com oferta por uma graça alcançada em 1975, dia e hora de Missa: Missas alternadas conforme planejamento do ano.

Capela São Francisco das Chagas Bairro: Fazendinha

Doador do terreno: Benedito Monteiro, 1971, dia e hora de Missa: 3ª sexta-feira às 19h, festa anual mês de Outubro.

Capela São Pedro Bairro: Santa Cruz

Doador do terreno: Otávio Leite, 1989, dia e hora de Missa: 4ª terça-feira às 19h, festa anual 3º Domingo de Julho.

Capela Santa Cruz (Marieta) Bairro: Santa Cruz.

Doador do terreno: Adriano Messias de Souza, 1930, dia e hora de Missa: Missas alternadas conforme planejamento do ano.

Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Bairro: Lajeado.

Doador do terreno: Milton Pedro Lopes, fundador Antônio José Ramos 1925, dia e hora de Missa: 3ª terça-feira às 19h festa anual Setembro.

Capela Nossa Senhora do Desterro Bairro: Congo

Doador do terreno: Antônio José Ramos, 1953, dia e hora de Missa: 2ª segunda-feira às 19:30h, festa anual Fevereiro.

Capela São José Bairro: José da Rosa

Doador do terreno: José Maria, 1987, dia e hora de Missa: Aos domingos 16:30h e 1ª sexta-feira 19h, festa anual Maio.

Capela Santos Reis Bairro: Paiol Velho

Doador do terreno: José Francisco da Silva, 1978, dia e hora de Missa: 1ª quinta-feira às 19h, festa anual Janeiro.

Capela São Miguel Bairro: Mouras

Doador do terreno: José Batista, 1900, dia e hora de Missa: Missas alternadas conforme planejamento do ano.

Capela Sagrado Coração de Maria Bairro: Cassununga.

Doador do terreno: Noel Alcides dos Santos, 1950. Fundador Nicolau Emiliano., dia e hora de Missa: 1º domingo 15h, festa anual Maio.

Capela Nossa Senhora Aparecida Bairro: Fazenda Velha.

Doador do terreno: Miguel Cardoso da Costa, 1940, dia e hora de Missa: 2ª quinta-feira às 19h, festa anual Novembro.

Capela São José Bairro: Pinhalzinho.

Doador do terreno: Sebastião Laércio da Mota, 1991, dia e hora de Missa: 2ª sexta-feira às 19h, festa anual Março.

Capela São Benedito do Trevo Bairro: Rio Preto

Doador do terreno: Plínio Claudino Barbosa, 1960, dia e hora de Missa: Missas alternadas conforme planejamento do ano, festa anual Setembro.

Capela Santa Luzia Bairro: Rio Preto.

Doador do terreno: José Inácio, 1975, dia e hora de Missa: 3º domingo às 15h, festa anula Dezembro.

Capela São João Bairro: Reno

Doador do terreno: Sebastião Reno Sobrinho, 1979. Fundador José Rubens de Freitas 1961, dia e hora de Missa: 2º domingo ás 15h, festa anual Junho.

Capela Bom Jesus Bairro: Rio Preto.

Doador do terreno: Nélson Monteiro da Silva, 1928. Fundador José Monteiro, dia e hora de Missa: Ultima sexta-feira às 19h, festa anual Agosto.

As mais importantes capelas:Os caminhos eram dois que vinham de Minas sentido vale

do Paraíba; o primeiro vindo pelo lado de Sapucaímirim-MG, Guarda Velha do Rio Preto, Morro Grande onde existe a Capela de nossa Senhora de Aparecida, seguia reto morro acima pelo que pertencia a Fazenda Velha saindo no Machadinho onde encontrava o caminho que vinha pelos Teodoros.

Não possuímos documentos que comprovem a data de construção das capelas, pois ficavam em propriedades particulares, porém pela arquitetura e sabedores da existência do caminho, acreditamos ser possivelmente da década de 1880 a 1900.

capela do Morro grande

O segundo: vindo por São Bento do Sapucaí, Baú, Guarda Velha via Jangada, Zé da Rosa entrava para esquerda vindo pelo Lajeado passando em frente a Capela que hoje conhecemos como São Judas Tadeu; o outro à direita pelo terreno dos Teodoro passava em frente a Capela de São Miguel, unia-se depois com o primeiro caminho e seguia em direção ao distrito de Santo Antônio do Pinhal.

Fato muito interessante, a de São Judas Tadeu, por muito tempo ficou conhecida como Bixiguento, capela do Bixiguento no local de mesmo nome. O local serviu de cemitério para os falecidos da doença. Por volta de 1890 diversas famílias foram contaminadas pela varíola (também conhecida como bexiga é uma doença infecto-contagiosa). É causada por um Orthopoxvirus, um dos maiores vírus que infectam seres humanos, com cerca de 300 nanômetros de diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao microscópio óptico.

Mais que a peste negra, tuberculose ou mesmo a AIDS, a varíola afetou a humanidade de forma significativa, por mais de 10000 anos. Múmias, como a de Ramsés V, que data o período de 1157 a.c, apresentam sinais típicos da varíola - esta que é tida como a principal causa de mortes em nosso país, desde o seu descobrimento.

capela de São Judas Tadeu

Desconhecidos até pouco tempo atrás, pouco se sabia quanto à transmissão de doenças causadas por vírus.

No caso da varíola, esta se dá pelo contato com pessoas doentes ou objetos que entraram em contato com a saliva ou secreções destes indivíduos.

Penetrando no corpo, o patógeno se espalha pela corrente sanguínea e se instala, principalmente, na região cutânea, provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira intensa e dor.

O risco de cegueira pelo acometimento da córnea, e morte por broncopneumonia ou doenças oportunistas, já que tais manifestações comprometem o sistema imunitário, são riscos que o indivíduo infectado está sujeito.

Na capela de São Miguel, possivelmente de 1880, também serviu como cemitério e esta no caminho que vem para encontrar-se com o caminho do Morro Grande.

capela de São Miguel

Igreja de São Benedito

Costrução da Igreja de São Benedito, no dia 21 de março de 1947, domingo de ramos, foi dada a benção solene da 1ª pedra da Igreja de São Benedito nesta paróquia por delegação especial do Exmo. Sr. Bispo.

Com grande alegria para nossos corações, foi a recepção da belíssima e artística imagem de São Benedito, modelo único em todo este norte, mede 1,60m (um metro e sessenta de altura), carregada em triunfo pelos futuros irmãos de tão glorioso santo até a sua igreja, no dia 28 de março.

Tomaram tropas de São Benedito (Capa sem mangas, usado em atos solenes pelos irmãos de confraria religiosas) cinqüenta irmãos, numero este dos fundadores da mesma, obrigando aos deveres estritamente essenciais, isto é, confissão anual, comunhão pascoal e assistência às missas nos domingos e dias santos.

Realizou-se a empolgante manifestação da fé, no dia 29 deste mês, em que os cinqüentas irmãos saíram na piedosa procissão. Este dia inobidavél para todos os pinhalense foi a que se celebrou a primeira missa na nova capela, com grande assistência. A missa foi cantada pelo Padre Sebastião Hugo Santana, vigário desta paróquia. Á entrada da deslumbrante procissão houve o panegírico do generoso e querido santo.

A inauguração da igreja São Benedito foi com grande festa no ano de 1948.

Igreja de S. Benedito 1948

Igreja de S. Benedito 2010

Reação CatólicaRetirado do livro tombo da igreja

Em janeiro de 1953, os espíritas do Vale do Paraíba, chefiados pelos de Campos do Jordão, planejaram realizar em Santo Antonio do Pinhal uma concentração.

Os católicos da paróquia chefiados pelo vigário , organizaram uma semana de Nossa Senhora de Fátima, com meditação, pregada pela manhã, celebração de Santa Missa e reza a noite, ou recitação do santo Terço, pregação e benção do santíssimo sacramento.

No dia da concentração espírita, houve missa ou comunhão geral, na mesma hora da concentração, realizou-se uma procissão colossal de Nossa Senhora de Fátima até o local onde os espíritas se concentravam.

Calcula-se em mais de duas mil pessoas católicas na procissão, dirige a procissão o Vigário e diante dos três ou quatro caminhões de espíritas, no Largo de São Benedito, o Exmo. Sr. Monsenhor João José de Azevedo, pároco de Pindamonhangaba dirigiu a sua palavra a grande multidão de católicos e também aos espíritas.

Falou sobre Nossa Senhora de Fátima e explicou também, claramente, abertamente, o que é o espiritismo. Essa heresia terrível, que arrasta aos manicômios e depois ao inferno, milhares e milhares de pessoas.

Contou fatos acontecidos em Pindamonhangaba que provam perfeitamente a força do espiritismo. Depois, entre vivas e aclamações a Nosso Senhor, a nossa senhora, a igreja, ao Papa, terminou aquela grande reação católica contra os espíritas na paróquia.

O importante foi o seguinte, enquanto o Monsenhor Azevedo falava, os espíritas e seus caminhões fizeram meia volta e se escafederam, sem se atreverem a fazer sua concentração.

Capitulo III – A Paróquia Emancipada

1- Emancipação Política em 1960Em campanhas eleitorais para o pleito municipal de São

Bento do Sapucaí em 04 de outubro de 1959, um dos candidatos a prefeito de lá, Sr. Benedito Gomes de Souza, conseguiu do prefeito em exercício Sebastião Mendes, a vinda para este distrito de 1500 metros de canos de ferro de 2,5 polegadas, para a rede de água local, sem, porém, cuidar das verbas para a utilização deste material, que ficou empilhado na praça da matriz. Eleito tal candidato, ordenou a retirada destes mesmos canos para São Bento, em vésperas da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o Mandato de Segurança impetrado por São Bento contra o ato da Assembléia Legislativa do Estado e do Executivo paulista, elaborando e promulgando a Lei que concedia ao distrito de Santo Antonio do Pinhal sua desejada autonomia, desfazendo-se de São Bento do Sapucaí. Vendo, os pinhalenses, no ato administrativo dos Saobentistas um abuso de poder e uma descortesia para com aqueles que o elegeram.. “o amigo do velho distrito”, a população pinhalense, empenhou-se em impedir a execução da ordem municipal da retirada dos canos.

Quatro policiais vindos de São Bento sem as devidas autorizações, como consta nos arquivos municipais de São Bento, mostraram-se, no final, sensatos, não empregando violência contra a população indignada.

Emancipação Política em 1960

Com receio, porém, de incursões desordeiras dos Sãobentistas, a noite do dia 24 de janeiro, num domingo, depois da proibição do vigário cooperador, Padre Mario Donati, cerca de 300 homens que vigiavam os canos, removeram-nos para o interior da matriz e a sacristia, comunicando o fato consumado ao vigário ecônomo, Monsenhor João José de Azevedo, que aquiesceu com a medida, realmente pacificadora, pois os sãobentistas, cientes da mesma, detiveram-se de qualquer turbulência contra os pinhalenses. No dia 26, terça feira, o Supremo Tribunal Federal rejeitou, por unanimidade de votos, a procedência do Mandato de Segurança impetrado por São Bento, concedendo com isso, de pleno direito, a emancipação de Santo Antônio do Pinhal.

A população aguardava esse acontecimento histórico e a notícia espalhou-se rapidamente por todos os bairros. A partir daí foi como se ocorrera um levante: braços fortes largaram as enxadas, as tarefas diarias e correram à praça em frente à Igreja Matriz do agora Município.

Emancipação Política em 1960

O anseio até então adormecido de liberdade de repente fez-se coletivo e passou a governar a multidão que corria pelas ruas aos gritos de vitória. Lágrimas desciam livres nas faces, orações proclamavam-se em uma só voz, a fraternidade irmanava gentes inundadas de sentimentos até então desconhecidos.

Fogos de grandes potências estouravam no alto do santo cruzeiro e em todas as ruas de Santo Antônio. O povo continuava lotando as ruas. De todos os bairros chegavam caminhões, charretes, cavaleiros trazendo aqueles que desejavam compartilhar da festa da vitória.

A igreja, que só então foi aberta, foi para onde se dirigiu o povo. Com a presença do Monsenhor João José, Cônego Nestor e Padre Mario, celebraram-se a missa solene à meia Noite, precedida de 03 horas de fervente adoração do santíssimo com a igreja super lotada. Após a missa, passeata dos fieis pelas ruas. Um destacamento policial foi enviado da cidade de Taubaté, mas para, em nome do governo estadual, assistir as festas de Santo Antonio.

A festa continuou pela noite adentro: uma grande procissão percorreu as ruas da cidade, o povo cantava, rezava, chorava de alegria e emoção. Em grandes passeatas o mesmo povo levava nos ombros Noé Alves Ferreira e João Batista da Motta. Jornalistas, pela manhã, perambulavam pela matriz, colhendo fotos e dados, entrevistando pessoas, interessados nos últimos acontecimentos do novo município.

Atendendo a um acordo amigável com o prefeito Benedito Gomes de Souza, Noé entregou os canos à prefeitura de São Bento do Sapucaí.

O acordo foi assinado pelo vereador Noé, chefe do movimento, pelo representante do prefeito de São Bento, pelo delegado de polícia e várias testemunhas. O povo novamente unido ajudou a colocar os canos nos caminhões, devolvendo-os a São Bento do Sapucaí, satisfeitos e confiantes de que de agora em diante Santo Antônio do Pinhal teria condições de adquirir com seus próprios recursos novos canos para o sistema de água.

Jornal de 28 de janeiro de 1960-SP com a manchete: “Santo Antônio é o comandante e o vigário capitão”

1ª praça década de 1940 2ª praça década de 1950 Terceira Igreja

1ª praça década de 1940

Festa de Santo Antônio década de 1950

3ª praça em 2007

4ª praça em 2012

O Sino de Santo Antônio

Na madrugada de sexta-feira 10-12-2010, enquanto os pinhalenses de bem dormiam, ladrões roubaram o Sino da Matriz de Santo Antônio do Pinhal.

A falta do sino foi notada na manhã da sexta-feira, quando o padre encontrou a porta principal da igreja aberta e percebeu a falta do Sino. O roubo deve ter sido feito por alguém que ficou do lado de dentro no dia anterior evitando assim o arrombamento das portas, para sair foi feita a retirada dos pinos das dobradiças da porta que leva a torre.

A mesma opinião tem a polícia, a porta principal foi aberta por dentro, sendo somente arrombada a porta que da acesso a torre. Isso indicaria a possibilidade de uma pessoa ter ficado dentro do templo após o seu fechamento.

“O sino é muito pesado, não pode ter sido levado por apenas uma pessoa”, disse o Padre Pedro Alves.

O Sino é do período do Império, o único valor é o histórico, a freguesia é de 1861 e provavelmente ele seja dessa época.

Depois de diversas reportagens em todos os jornais do vale e capital, o povo pinhalense orando, chorando e implorando, a polícia já nos calcanhares dos larápios, por volta das 15hs da quarta-feira 15-12-2010, arrependidos, os ladrões deixaram a peça roubada no km 3 da rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro SP-123 em Taubaté.

Um usuário da rodovia viu a peça no acostamento da estrada e ligou para a delegacia de Santo Antônio do Pinhal, após encontrar ao lado do sino um bilhete no qual estava escrito:

“ Estou devolvendo o sino de Santo Antônio do Pinhal, pois sou devoto. A fé faz as coisas impossíveis se tornarem possíveis”.

Acredito que todos tem fé quando precisam, os larápios já estavam na mira da polícia, sem poder vender ou fazer qualquer outra coisa com o Sino acharam melhor devolve-lo, antes que a polícia os encontrassem.

Relações de Festas: Matriz e Comunidades para ano de 2012

DATA BAIRRO PADROEIRO

12/01 à 22/01 Cidade São Sebastião01/03 à 03/03 Congo N.S. do Desterro09/03 à 18/03 Pinhalzinho São José 13/04 à 22/04 Cidade São Benedito 27/04 à 06/05 Cassununga Sagrado C. de Maria04/05 à 13/05 Renópolis São Luiz Gonzaga11/05 à 20/05 José da Rosa São José18/05 à 27/05 Marieta N.S.Ap. e Santa Cruz04/06 à 17/06 Cidade Santo Antonio15/06 à 24/06 Renó São João29/06 à 08/07 Sertãozinho Sagrado C. de Jesus06/07 à 15/07 Santa Cruz São Pedro27/07 à 05/08 Rio Preto Bom Jesus17/08 à 26/08 Joaquim Alves São. Sebastião31/08 à 09/09 Lajeado N.S.Perpetuo Socorro07/09 à 16/09 Barreiro N.S. da Graças14/09 à 23/09 Fazendinha São F. das Chagas21/09 à 30/09 Mouras São Miguel28/09 à 07/10 Rio Preto São Benedito03/10 à 12/10 Sertãozinho N.S. Aparecida 12/10 à 21/10 Cidade Divino E. Santo02/11 à 11/11 Fazenda Velha N.S. Aparecida16/11 à 25/11 Boa Vista São F. de Assis30/11 à 09/12 Rio Preto Santa Luzia

Santo Antônio do Pinhal – SP, 06/02/2012. FGM

“Eu vim para servir”Este foi o tema da minha ordenação

Pedro Alves dos Santos nascido dia 4 de maio de 1936 no bairro do Pedregulho, Caçapava.

Filho de José Alves dos Santos e Rosa da Silva dos Santos, sendo o mais velho de 6 irmãos, 4 homens, 2 mulheres, iniciou os estudos primários na escola do bairro da Roseira, mas não concluiu.

Com 27 anos entrou no colégio comercial em Caçapava onde concluiu os estudos primários, todo esse tempo trabalhou na roça, depois na fazenda Aura como grangista, no departamento de Material Construção Pereira, na Mafersa S/A e na Pro vidro limitada trabalhou 21 anos, foi servente, comprador e saiu com chefe do Almoxarifado.

Fez os estudos superiores, filosófico e teológico em Taubaté, no seminário Santo Antônio foi ordenado sacerdote no dia 30 de junho de 1990, trabalhou como vigário paroquial em São luiz do Paraitinga.

“Fui enviado pelo Bispo Diocesano Dom. Antônio Afonso de Miranda a esta Paróquia de Santo Antônio no dia 06 de Janeiro de 1991 às 17h, recebi as chaves da Igreja Matriz, os livros do meu antecessor Rev. Pe. Joaquim Vicente dos Santos e logo após, às 19h em uma Missa presidida pelo Bispo Dom. Antônio Afonso de Miranda foi dada a posse de Pároco e em seguida foi lida a provisão, conforme o rito de posse.

Após receber e desenvolver, escutei o povo, visitei todas as comunidades (capelas), fiz contato com as lideranças das pastorais e enfermidades, vi a realidade das pessoas da zona rural e da cidade. Rezei e roguei as bênçãos de Deus sobre mim para que eu pudesse julgar a agir com clareza.

Em uma missa consultei o povo sobre os horários das missas, dias e horário das festas, dos festeiros e das tradições da Paróquia, assim deu inicio a minha missão colocando em pratica o que aprendi ainda na fábrica e no seminário, trabalhar em equipe. Criei a equipe da liturgia com vários grupos para as celebrações, criei o CPP e CAEPs com os seus membros que tem ajudado muito para o bom andamento da Paróquia, pessoas boas, missionárias e discípulas do meio da Igreja.

Demos uma nova dimensão evangelizadora na Paróquia aproveitando a boa herança recebida de meu querido antecessor, assim parti para equipar a Paróquia e as comunidades, com formações permanentes a nível da Paróquia CPP, Decanato, Diocese e vi a necessidade de reformar a Igreja de São Benedito e fazer ali um centro pastoral para encontros e que hoje é uma realidade, reforma geral da Igreja Matriz, forro, telhado, revestimento do barrado em mármore, vitrais, ventiladores, altar novo em mármore capela do santíssimo, sistema de som moderno, serviço de multimídia e data show, centro de eventos, como festas e outros, cantina, sanitários, cerca com grade de aço, casa paroquial, reforma do salão Paroquial. Nossas Igrejas rurais graças ao trabalho em equipe de nosso povo, estão bem equipadas com cozinha, sanitários e salão de encontros.

Meu povo tem acompanhado tudo isso de perto, tudo é prestado conta com notas fiscais, recibos, balancetes mensalmente e em cada festa sou presença na vida do meu povo, no batismo, casamento, doença, funerais, consolo espiritual e ainda não terminei a minha missão, sou mais Padre no meio do povo, tenho acesso com todas as autoridades construídas em nossa cidade.

Cônego Pedro Alves dos Santos Santo antônio do Pinhal-2011

M e u q u e r i d o B i s p o c o m p a n h e i r o d e evangelização ao saber de tudo isso me homenageou com um título de Cônego que guardo com carinho, quanto mais tempo, meu Deus me der de vida, darei a Igreja que jurei servir, como neste tempo de alegria do Jubileu resta agradecer a Santo Antônio por tudo o que recebi de Deus, “Eu vim para servir” e Viva Santo Antônio”.

Apos a chegada do padre Pedro em 6 de janeiro de 1991 até junho de 2004, foram realizadas as seguintes obras:

Reconstrução de 7 casas na praça 23 de março para os velhinhos; reconstrução da igreja São Benedito,casa,cozinha e pavilhão de aço; construção da igreja no bairro Joaquim Alves.

Construção dos sanitários da matriz,cozinha, pavilhão de aço,vitrais artísticos, telhado em metal, pintura total em todos os anos.

Construção da rampa de entrada, muros, portões de aço e

escrituração da igreja de São Jose no bairro Jose da Rosa; salão de

reunião, cerca de alambrado da igreja do bairro pinhalzinho; conclusão

da igreja São Pedro e salão de formação; salão de formação da igreja N.S

Perpétuo socorro do bairro do Lajeado; construção da igreja de São

Francisco e salão de festa no bairro Boa Vista;

Reconstrução da igreja Bom Jesus, salão de festas e

alambrado;construção da nova igreja de São Luiz, Santa Cruz e cozinha

no bairro do Renópolis; construção da igreja Nossa Senhora das graças e

sanitários no bairro doBarreiro;construção de igreja de São Francisco

das Chagas, salão de festas e sanitários no bairro da Fazendinha;

Construção do salão de festa da igreja de N.S Aparecida no

bairro Fazenda Velha;construção de alambrado,porta de aço, cozinha de

festa e confessionário na igreja de São João no bairro Renó;reconstrução

da igreja São Benedito no bairro do Rio Preto e cozinha; ampliação da

igreja de Santa Luzia e construção de salão de festas; reconstrução da

igreja Sagrado Coração de Maria e construção de salão de festas no

bairro Cassununga;

Reconstrução da igreja de São Miguel no bairro dos

Mouras,construção do salão de festas,cozinha e sanitário na igreja do

Coração de Jesus no bairro do Sertãozinho; construção de alambrado

com portão de aço na igreja N.S Aparecida no bairro Santa Cruz;

construção de uma casinha de dois cômodos para necessitados no bairro

do Jose da Rosa;reconstrução de uma casinha de quatro cômodos para

necessitados no bairro do Barreirinho, construção de uma casinha de

dois cômodos no bairro do Joaquim Alves; construção de uma casinha de

quatro cômodos no bairro da Fazendinha.

Depois de 13 anos reformando a igreja matriz, capelas e

ajudando os mais necessitados, com a aprovação do Conselho Pastoral

Paroquial e o visto do Bispo Diocesano iniciaram as obras da nova casa

paroquial nos moldes em que hoje se encontra.

Biografia

Zildo Aparecido da Silva, filho de Zildo Teodoro da Silva e Maria Aparecida da Silva. Nascido aos 27 de Outubro de 1972 na cidade de Pindamonhangaba , reside desde criança na cidade de Santo Antônio do Pinhal onde tem origem seus avos maternos, seus avos paternos são de Minas Gerais.

Concluiu Ensino Fundamental e Médio na Escola Desembargador Affonso de Carvalho em Santo Antônio do Pinhal. Com nível superior em Geografia e Historia, concluiu seus estudos no ano de 2000. Morou na Alemanha e Suíça, o que lhe deu um grande aprendizado. Teve sempre interesse por assuntos ligados a historia tanto nacional, mundial, mas principalmente regional, onde encontrou diversas perguntas não respondidas pelo que se encontrava escrito na cidade e região.

O maior interesse em princípio foi o de resgatar fotos antigas , o que faz até hoje. Mas depois veio a busca por documentos que contassem uma história respondendo perguntas ate então não respondidas. Porem , interessante e satisfatório foi descobrir nas pesquisas informações que mudavam o que já tinha sido escrito e trazia a tona a real historia da região. Junto com o Amigo José Antônio, e o meio de transporte disponível, o fusquinha 1962, que nos levou em todos os locais sem nunca nos deixar na mão. Em todos os momentos disponíveis trabalharam muito para a publicação dessa obra, e agora está pronta para todos os apreciadores da história de Santo Antônio do Pinhal. Agradecimento especial aos meus pais, minha mulher Elizete, aos antepassados, amigos e todos que acreditaram no trabalho.

Biografia

José Antonio Marcondes da Silva, nasceu em Pindamonhangaba em 1961. Estudou as primeiras letras no Grupo Escolar de Santo Antônio, terminou o 4º ano, foi morar com o pai em Caraguatatuba, só retornando a Santo Antônio para concluir o Colegial no Desembargador Afonso de Carvalho.

Em 1979 foi para São Paulo com o sonho de ser médico. Cursou 03 anos da Faculdade de Psicologia em Taubaté. Em 1985, partiu para Inglaterra e morou ainda em Portugal, Espanha, Suíça, Grécia, Bélgica, Holanda e Alemanha. De regresso à terra natal, trabalhou com a mãe no cartório local. Em 1997 formou-se na Faculdade de Direito da UNITAU e advogou por 03 anos.

De 2000 a 2004, residiu na Alemanha e em setembro de 2004, regressou por definitivo a Santo Antônio do Pinhal. Hoje, advoga, é vereador, escritor, historiador, pesquisador das famílias pinhalenses e colunista no Jornal Correio da Serra. Tem três filhos, dois residindo na Alemanha e a pequena Sofia em Santo Antônio.

Agradecimento especial a minha esposa Antonia, aos meus filhos Karindia, Lukas e Sofia, ao povo pinhalense, aos colaboradores e a todos que acreditaram em nosso trabalho.

Agradecimento póstumo, ao meu pai Téo, minha mãe D. Neuza, meu tio Laércio Marcondes e ao meu avo Ditinho Raposo que em muito ajudaram na construção de Santo Antônio do Pinhal.

Bibliografia

A c e r v o d i g i t a l b i b l i o t e c a n a c i o n a l -http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx

Acervo histórico de José Antonio Marcondes da Silva.

Acervo histórico e Fotográfico de Zildo Aparecido da Silva.

Almanaque Campos do Jordão, Condelac Chaves Andrade (1947).

Almanaque de São Bento do Sapucaí (1928).

Alves Motta Sobrinho. A Civilização do Café (1820-1920). São Paulo, Brasiliense, 1967.

Arquivo Dr. Waldomiro Benedito de Abreu, Pindamonhangaba, S.P

Câmara Municipal de Santo Antônio do Pinhal.

Cartório de Registros e Anexos de Santo Antônio do Pinhal.

Conto, canto e encanto com a minha história, Brodowski.Silveira, Lucia Bueno de Almeida. Noovha América S.P. 2005

Conto, canto e encanto com a minha história, Taubaté.Prado, José Benedito. Noovha América S.P. 2005

Cúria Diocesana de Taubaté-SP, paróquia Santo Antônio- Santo Antônio do Pinhal- SP-livros tombo e casamentos.

Documentos Interessantes Para a Historia de São Paulo Vol. XI(1896).

Museu de história natural de Taubaté.

História de Campos do Jordão, Pedro Paulo Filho, (1977).

Síntese Histórica de Therezinha Vieira Cabral (1986).

Consideramos mais que justo informar os artistas que com muito esforço e grandes dificuldades, as pinturas dos afrescos do altar mor da igreja matriz de Santo Antônio do Pinhal na década de 1950 e parabeniza-los pelo trabalho que ainda hoje mesmo sem restauração continua causando admiração a todos.

Os senhores lucídio Guido da Silva, nascido em 20 de abril de 1936, de família tradicional pinhalense, começou como sacristão e durante muitos anos foi o organista da igreja, tocando muito bem o antigo Orgão de Fole.

O italiano Antônio limonnes já reconhecido pelo seu trabalho----------.

Os colaboradores desse trabalho:Zildo Aparecido da Silva e José Antônio Marcondes

fizeram

Afrescos e vitrais da Igreja de Santo Antônio do Pinhal-SP