história de dores do indaiá - mg - brasil

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História de Dores do História de Dores do Indaiá Indaiá Escola Municipal “Mestre Tonico” Escola Municipal “Mestre Tonico” Dores do Indaiá MG Dores do Indaiá MG Projeto Educar - 2013 Projeto Educar - 2013 Avanço Manual Ligue o som

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Page 1: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

História de Dores do História de Dores do IndaiáIndaiá

Escola Municipal “Mestre Tonico”Escola Municipal “Mestre Tonico”Dores do Indaiá MGDores do Indaiá MG

Projeto Educar - 2013Projeto Educar - 2013

Avanço ManualLigue o som

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Fotos Fotos

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O Arraial da Boa VistaO Arraial da Boa Vista Quando surgiu o arraial da Boa Vista, Quando surgiu o arraial da Boa Vista,

núcleo original da cidade de Dores do núcleo original da cidade de Dores do Indaiá?Indaiá?

A história de Dores do Indaiá teve início no A história de Dores do Indaiá teve início no século XVIII. Em busca das minas de ouro, século XVIII. Em busca das minas de ouro, desbravadores abriam picadas, alargando desbravadores abriam picadas, alargando trilhas, construindo portos e erguendo trilhas, construindo portos e erguendo ranchos. Mas, antes disso, índios e ranchos. Mas, antes disso, índios e bandeirantes já haviam trilhado os sertões bandeirantes já haviam trilhado os sertões do Indaiá e do São Francisco.do Indaiá e do São Francisco.

Page 7: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

O primeiro povoador de nosso O primeiro povoador de nosso município, DOMINGOS DE BRITO, não município, DOMINGOS DE BRITO, não deixou vestígios de sua permanência deixou vestígios de sua permanência em nossa região, nenhum sinal dele em nossa região, nenhum sinal dele ficou. Anos depois, quatro irmãos ficou. Anos depois, quatro irmãos aqui se estabeleceram e aqui obtêm aqui se estabeleceram e aqui obtêm suas sesmarias: AMARO, JOSÉ, suas sesmarias: AMARO, JOSÉ, JOAQUIM E JOÃO DA COSTA JOAQUIM E JOÃO DA COSTA GUIMARÃES. Eram filhosGUIMARÃES. Eram filhos

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De JERÔNIMO DA COSTA GUIMARÃES, português, De JERÔNIMO DA COSTA GUIMARÃES, português, natural da Freguesia de SãoTorquato, e de natural da Freguesia de SãoTorquato, e de DOMICIANA MARIA DE SÃO JOSÉ.DOMICIANA MARIA DE SÃO JOSÉ.

Amaro da Costa Guimarães apossou-se de terras Amaro da Costa Guimarães apossou-se de terras da parte além do Rio São Francisco e da parte além do Rio São Francisco e confrontava, ao nascente, com o Rio São confrontava, ao nascente, com o Rio São Francisco, ao poente com terras de João da Francisco, ao poente com terras de João da Costa Guimarães, ao Norte, com o ribeirão das Costa Guimarães, ao Norte, com o ribeirão das Antas e, ao Sul, com o ribeirão Jorge do Meio. Antas e, ao Sul, com o ribeirão Jorge do Meio. Nesse mundo de terras, criou a Fazenda da Nesse mundo de terras, criou a Fazenda da Santa Fé, que existe até os dias de hoje.Santa Fé, que existe até os dias de hoje.

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Fazenda Santa Fé – antes da Fazenda Santa Fé – antes da restauraçãorestauração

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Amaro da Costa Guimarães foi, sem Amaro da Costa Guimarães foi, sem dúvida, uma espécie de líder. Seu dúvida, uma espécie de líder. Seu nome figura na história da fundação nome figura na história da fundação do Arraial da Boa Vista.do Arraial da Boa Vista.

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A Igreja e o Largo de São A Igreja e o Largo de São SebastiãoSebastião

..

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Em Minas Gerais, como no Brasil inteiro, Em Minas Gerais, como no Brasil inteiro, 90% das cidades surgiram em torno 90% das cidades surgiram em torno de uma capela, e por essa tradição, de uma capela, e por essa tradição, Dores do Indaiá também tem sua Dores do Indaiá também tem sua origem em torno de uma capela. Os origem em torno de uma capela. Os fazendeiros estabelecidos por aqui, em fazendeiros estabelecidos por aqui, em conversa,levantaram a ideia da conversa,levantaram a ideia da construção de uma capela e foi construção de uma capela e foi unanimemente aceita. Cada um queria unanimemente aceita. Cada um queria a capela construída em sua fazenda.a capela construída em sua fazenda.

Page 13: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Finalmente, decidiu-se que a localização Finalmente, decidiu-se que a localização ideal, seria nas terras de MANOEL ideal, seria nas terras de MANOEL CORREIA DE SOUZA, mais conhecido por CORREIA DE SOUZA, mais conhecido por “Correinha”, num platô, divisor de “Correinha”, num platô, divisor de águas, entre o córrego de Nossa águas, entre o córrego de Nossa Senhora e o córrego Condutas. O local Senhora e o córrego Condutas. O local da igreja, futura Matriz, é hoje da igreja, futura Matriz, é hoje exatamente onde se encontra a Praça exatamente onde se encontra a Praça Alexandre Lacerda Filho, mais conhecida Alexandre Lacerda Filho, mais conhecida como “Praça Lacerda” ou “Praça dos como “Praça Lacerda” ou “Praça dos 100”.100”.

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A construção da Matriz definitiva foi A construção da Matriz definitiva foi lenta, muito lenta, dadas as dificuldades lenta, muito lenta, dadas as dificuldades financeiras dos fazendeiros. Começou financeiras dos fazendeiros. Começou de acordo com assentamentos em 1805 de acordo com assentamentos em 1805 e só foi terminar por volta de 1832. Para e só foi terminar por volta de 1832. Para alguns, sua construção final, incluindo a alguns, sua construção final, incluindo a sacristia, quase do mesmo tamanho da sacristia, quase do mesmo tamanho da Matriz, e em seus fundos, terminou Matriz, e em seus fundos, terminou mesmo em meados do século XIX.mesmo em meados do século XIX.

Page 16: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Registro do Assentamento Registro do Assentamento documental da Matrizdocumental da Matriz

Segundo o escritor Waldemar de Segundo o escritor Waldemar de Almeida Barbosa em seu livro “História Almeida Barbosa em seu livro “História de Dores do Indaiá”, o assentamento foi de Dores do Indaiá”, o assentamento foi feito pelo visitador, Pe. Francisco José feito pelo visitador, Pe. Francisco José Correia, no primeiro livro de assentos de Correia, no primeiro livro de assentos de casamentos da paróquia, com data de 2 casamentos da paróquia, com data de 2 DE JULHO DE 1805: “Este livro é para DE JULHO DE 1805: “Este livro é para assentos dos casamentos desta Nova assentos dos casamentos desta Nova Freguesia de Nossa Senhora das Dores, Freguesia de Nossa Senhora das Dores, do Arraial da Boa Vista.”do Arraial da Boa Vista.”

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Foto: Matriz e a Praça em dia Foto: Matriz e a Praça em dia festivo. Provavelmente das duas festivo. Provavelmente das duas primeiras décadas do século XX.primeiras décadas do século XX.

Page 18: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

O primeiro vigário, Pe. Francisco Luís de O primeiro vigário, Pe. Francisco Luís de

Souza, só chegou e tomou posse em 20 de Souza, só chegou e tomou posse em 20 de novembro de 1806 e ficou à frente da novembro de 1806 e ficou à frente da paróquia até 15 de agosto de 1810, nesta paróquia até 15 de agosto de 1810, nesta época o Arraial já devia contar com uma época o Arraial já devia contar com uma dezena de casas, no Largo de São dezena de casas, no Largo de São Sebastião. Fora da praça, apenas a Casa Sebastião. Fora da praça, apenas a Casa de Nossa Senhora, além da periferia do de Nossa Senhora, além da periferia do Arraial.Arraial.

Page 19: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

No ano de 1867, a velha igreja de No ano de 1867, a velha igreja de São Sebastião passou por reforma São Sebastião passou por reforma completa e em agosto de 1873, por completa e em agosto de 1873, por iniciativa do missionário Frei Paulino, iniciativa do missionário Frei Paulino, foi construída grande e espaçosa foi construída grande e espaçosa sacristia.sacristia.

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Matriz de São Sebastião. Foto de Matriz de São Sebastião. Foto de autor desconhecido e sem data. autor desconhecido e sem data. A igreja passava por reforma.A igreja passava por reforma.

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A partir de 1832, a Igreja era A partir de 1832, a Igreja era dedicada a São Sebastião, este nome dedicada a São Sebastião, este nome aparece para designar o povoado em aparece para designar o povoado em alguns documentos da Diocese de alguns documentos da Diocese de Olinda. Em 1847, o Arraial de Dores Olinda. Em 1847, o Arraial de Dores tinha 740 habitantes, sendo 321 tinha 740 habitantes, sendo 321 brancos, 1 índio, 210 pardos,crioulos brancos, 1 índio, 210 pardos,crioulos e pretos livres e 208 pardos,crioulos e pretos livres e 208 pardos,crioulos e pretos cativos.e pretos cativos.

Page 22: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

No ano de 1885, a cidade se resumia no Largo de São No ano de 1885, a cidade se resumia no Largo de São Sebastião, onde residiam as principais figuras e onde Sebastião, onde residiam as principais figuras e onde funcionavam as principais casas comerciais – do Juca de funcionavam as principais casas comerciais – do Juca de Souza (José de Souza Coelho),Ricardo Pinto Fiúza, Souza (José de Souza Coelho),Ricardo Pinto Fiúza, Salvador da Costa, Antônio Caetano da Silva Guimarães Salvador da Costa, Antônio Caetano da Silva Guimarães e João de Faria. Algumas casas já se estendiam pela e João de Faria. Algumas casas já se estendiam pela

Rua Rui Barbosa, o Cemitério localizava-se na periferia Rua Rui Barbosa, o Cemitério localizava-se na periferia da cidade, além do atual Santuário, a Capela de Nossa da cidade, além do atual Santuário, a Capela de Nossa Senhora do Rosário em completa ruína, situava-se onde Senhora do Rosário em completa ruína, situava-se onde hoje é a Igreja Matriz. Algumas casas poucas viam-se na hoje é a Igreja Matriz. Algumas casas poucas viam-se na saída do Largo de São Sebastião. Na Rua de Baixo havia saída do Largo de São Sebastião. Na Rua de Baixo havia algumas casas só do lado esquerdo de quem desce algumas casas só do lado esquerdo de quem desce rumo onde é hoje a Escola Francisco Campos.rumo onde é hoje a Escola Francisco Campos.

Page 23: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Ao todo havia na cidade umas 290 Ao todo havia na cidade umas 290 casas e cerca de 2000 habitantes. A casas e cerca de 2000 habitantes. A vida social era bem agitada. Havia vida social era bem agitada. Havia bailes nas casas do Largo de São bailes nas casas do Largo de São Sebastião (Capitão Jacinto Alvares ou Sebastião (Capitão Jacinto Alvares ou na de D.Luiza Melgaço).Havia bailes na de D.Luiza Melgaço).Havia bailes na Rua de Baixo onde moravam os na Rua de Baixo onde moravam os mais humildes.mais humildes.

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O arraial foi crescendo... Pela Lei nº 8333 de O arraial foi crescendo... Pela Lei nº 8333 de 8 de outubro de 1885, foi elevado à cidade – 8 de outubro de 1885, foi elevado à cidade – Vila de Dores do Indaiá. Dr. Antônio Zacarias Vila de Dores do Indaiá. Dr. Antônio Zacarias Álvares da Silva, presidente da Câmara e Álvares da Silva, presidente da Câmara e Chefe do Executivo da época, contratou um Chefe do Executivo da época, contratou um engenheiro Francisco Palmério, que foi o engenheiro Francisco Palmério, que foi o responsável pelo traçado da cidade. A responsável pelo traçado da cidade. A cidade a partir de então, amplia seus cidade a partir de então, amplia seus horizontes e sai definitivamente do entorno horizontes e sai definitivamente do entorno do Largo de São Sebastião. Nessa época do Largo de São Sebastião. Nessa época estima-se que a população seria em torno estima-se que a população seria em torno de 2.500 habitantes, passando a ter 48 ruas de 2.500 habitantes, passando a ter 48 ruas e 22 praças.e 22 praças.

Page 25: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Casa construida por Francisco de Sousa Coelho, em Casa construida por Francisco de Sousa Coelho, em 1830.Hoje, restaurada, pertence ao Sr. Homero 1830.Hoje, restaurada, pertence ao Sr. Homero

RibeiroRibeiro

Page 26: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

O fim do Largo de São Sebastião se inicia O fim do Largo de São Sebastião se inicia com a destruição da Igreja de São Sebastião com a destruição da Igreja de São Sebastião em 1937. O bispo da época D.Manuel, foi em 1937. O bispo da época D.Manuel, foi procurado por uma comissão constituída procurado por uma comissão constituída dos Srs. Mário Caetano, Isauro Caetano de dos Srs. Mário Caetano, Isauro Caetano de Fonseca e outro, expuseram ao Sr. Bispo o Fonseca e outro, expuseram ao Sr. Bispo o “perigo” que representava a Igreja, pois “perigo” que representava a Igreja, pois ameçava ruir, havia necessidade de demolí-ameçava ruir, havia necessidade de demolí-la. A verdade, porém,é que a velha igreja la. A verdade, porém,é que a velha igreja achava-se bem firme e segura, os grossos achava-se bem firme e segura, os grossos esteios de madeira sustentavam suas esteios de madeira sustentavam suas paredes e garantiam sua estabilidade ainda paredes e garantiam sua estabilidade ainda por muitos anos.por muitos anos.

Page 27: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

O Prefeito da época Cornélio O Prefeito da época Cornélio

Caetano se incumbiu de administrar Caetano se incumbiu de administrar as obras de demolição e, Dores as obras de demolição e, Dores cometeu o primeiro grande crime cometeu o primeiro grande crime com o Patrimônio Histórico, o que com o Patrimônio Histórico, o que não parou de acontecer até os dias não parou de acontecer até os dias atuais.atuais.

Page 28: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Destruída a igreja, a praça foi cedida Destruída a igreja, a praça foi cedida

para o INSS e há poucos anos o para o INSS e há poucos anos o município cedeu um terreno para a município cedeu um terreno para a construção da sede do INSS e a construção da sede do INSS e a praça voltou a pertencer ao praça voltou a pertencer ao município.município.

Page 29: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Pelo Decreto nº 13/2009 de 6 de abril Pelo Decreto nº 13/2009 de 6 de abril de 2009 com o assentamento de nº de 2009 com o assentamento de nº 002/2009 no Livro de Tombo é 002/2009 no Livro de Tombo é tombada junto com o entorno e está tombada junto com o entorno e está sujeita à proteção especial de acordo sujeita à proteção especial de acordo com a Lei Municipal nº 2.183 de 30 com a Lei Municipal nº 2.183 de 30 de dezembro de 2005 e ata do dia 6 de dezembro de 2005 e ata do dia 6 de abril de 2009.de abril de 2009.

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A memória de um povo é A memória de um povo é feita pela sua históriafeita pela sua história

Page 31: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Fonte:Fonte:Livro: História de Dores do Indaiá – Livro: História de Dores do Indaiá –

Waldemar de Almeida Barbosa.Waldemar de Almeida Barbosa.Serra da Saudade – Carlos Cunha Serra da Saudade – Carlos Cunha

Corrêa.Corrêa.Blog Retratos de Família (Recordações Blog Retratos de Família (Recordações

impagáveis) – Antônio Carlos de Oliveira impagáveis) – Antônio Carlos de Oliveira Corrêa.Corrêa.

Documentos arquivos da Prefeitura Documentos arquivos da Prefeitura Municipal – Departamento de Cultura.Municipal – Departamento de Cultura.

Page 32: História de Dores do Indaiá - MG - Brasil

Obrigada!Obrigada!

MarinaMarina

Música – Hino a Dores do Indaiá Autoria de Luiz Melgaço e Waldemar A. Barbosa