avifauna ao longo do córrego gabiroba, na área urbana de dores de campos, mg, brasil

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1 Avifauna ao longo do córrego Gabiroba, na área urbana de Dores de Campos, MG, Brasil Reinaldo José Silva Araújo Universidade Federal de São João Del-Rei Resumo: Nesse estudo busquei registrar a avifauna de seis áreas do córrego Gabiroba, situado no município de Dores de Campos (MG), calculando a frequência de ocorrência para cada dessas amostras e comparando a riqueza de espécies através do Teste T. As observações foram feitas durante o período da manhã, utilizando-se a metodologia de transecto livre. Foram registradas 90 espécies de 33 famílias, sendo Tyranidae mais representativa. A guilda dos insetívoros foi a dominante. A maioria das áreas obteve semelhança significativa entre si. 1- Introdução: As aves são bem estudadas atualmente, em diversos ambientes, inclusive o urbano (Torga e Marçal Júnior, 2007). O Brasil estando situado na região neotropical abrange uma grande diversidade de ambientes e consequentemente de espécies de aves (Fuscaldi e Loures-Ribeiro, 2008). A relação de uma ave com o seu ambiente e com a modificação do mesmo varia de acordo com a espécie (Maldonato-Coelho e Marini, 2003). A estrutura da vegetação nativa está relacionada com a diversidade de espécies de aves. A modificação do ambiente pelo homem provoca uma fragmentação dessa vegetação, apesar de que a presença desses fragmentos é favorável a uma permanência de maior riqueza de espécies de aves nas cidades. Entretanto a alteração de um habitat

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Elaborei este artigo durante a disciplina Metodologia Científica, na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), buscando relacionar a antropização das áreas das margens do córrego Gabiroba em Dores de Campos - MG, com a composição da avifauna no local.

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Page 1: Avifauna ao longo do córrego Gabiroba, na área urbana de Dores de Campos, MG, Brasil

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Avifauna ao longo do córrego Gabiroba, na área

urbana de Dores de Campos, MG, Brasil

Reinaldo José Silva Araújo – Universidade Federal de São João Del-Rei

Resumo:

Nesse estudo busquei registrar a avifauna de seis áreas do córrego Gabiroba,

situado no município de Dores de Campos (MG), calculando a frequência de ocorrência

para cada dessas amostras e comparando a riqueza de espécies através do Teste T. As

observações foram feitas durante o período da manhã, utilizando-se a metodologia de

transecto livre. Foram registradas 90 espécies de 33 famílias, sendo Tyranidae mais

representativa. A guilda dos insetívoros foi a dominante. A maioria das áreas obteve

semelhança significativa entre si.

1- Introdução:

As aves são bem estudadas atualmente, em diversos ambientes, inclusive o

urbano (Torga e Marçal Júnior, 2007). O Brasil estando situado na região neotropical

abrange uma grande diversidade de ambientes e consequentemente de espécies de aves

(Fuscaldi e Loures-Ribeiro, 2008). A relação de uma ave com o seu ambiente e com a

modificação do mesmo varia de acordo com a espécie (Maldonato-Coelho e Marini,

2003).

A estrutura da vegetação nativa está relacionada com a diversidade de espécies

de aves. A modificação do ambiente pelo homem provoca uma fragmentação dessa

vegetação, apesar de que a presença desses fragmentos é favorável a uma permanência

de maior riqueza de espécies de aves nas cidades. Entretanto a alteração de um habitat

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geralmente favorece a predominância de alguns grupos: aves exóticas e espécies

granívoras e onívoras generalistas (Chace e Walsh, 2004).

A alteração de um ambiente aumenta a chance de que espécies que ali vivem

sejam extintas, devido a modificação na presença de recursos e até na distribuição das

populações (Aleixo e Vielliard, 1995). Locais como matas de galeria, que apresentam

relativa quantidade de endemismos de aves (Sick, 2001) e as chamadas áreas úmidas,

consideradas como áreas muito importantes para a biodiversidade (Perello, 2006),

devem ser áreas muito importantes para a conservação.

O presente estudo trata da caracterização da avifauna, as margens do córrego

Gabiroba, no município de Dores de Campos. Foi comparada a riqueza e a frequência

de espécies em seis amostras ao longo do córrego, relacionando ao nível de

antropização local.

2- Material e Métodos:

Área de Estudo:

O estudo foi realizado nos arredores do córrego Gabiroba, afluente do rio das

mortes, pertencente a bacia do Rio Grande. Esse córrego atravessa o município de

Dores de Campos (21° 7’ 9’’ S, 44° 1’ 4’’ W), localizado no estado de Minas Gerais, na

região do Campo das Vertentes, no domínio da Mata Atlântica (lato sensu) (IBGE,

2010).

O clima é tropical de altitude, tipo Aw, segundo Köppen, com média máxima

anual de 23 °C e média mínima de 13,5 ºC. Localiza-se a uma altitude média de

aproximadamente 950 metros, com uma área de 127,2 Km2 e população estimada em

cerca de 9.300 habitantes (IBGE, 2010).

O córrego Gabiroba, em seu trajeto na área urbana, é bastante afetado pela

antropização sendo bastante poluído e suas margens tomadas para plantação, criação de

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animais e beneficiamento do couro em curtumes. Em certas áreas do córrego ainda há

presença de trechos de vegetação nativa, sendo na sua grande parte do tipo Florestas de

Galeria (observações pessoais).

Procedimentos:

O estudo foi realizado durante aproximadamente três meses (de abril a julho de

2012), as margens do Córrego Gabiroba, em seis amostras com pelo menos 100 metros

de distância umas das outras (tabela 1). Em cada amostra foram feitos quatro

levantamentos em dias aleatórios e que não estivessem chovendo, no período da manhã,

A partir das 7 horas. Isso permite amostrar num ambiente sem chuva ou muito frio, ou

mesmo, muita neblina, auxiliando em uma boa identificação das espécies quando essas

estão em sua maior atividade.

Utilizei o método de transecto livre, metodologia adaptável a área e as questões

a serem respondidas no estudo. Essa metodologia foi realizada, caminhando pela área de

estudo, e parando a cada indivíduo ou grupo de aves observado para verificar e anotar

em um caderno de campo as espécies. Foram utilizados como auxilio para identificação

e observação de aves, uma câmera Sony Cyber-shot 16.1 Megapixels, um binóculo

Breaker Cobra 100x120, um celular Motorola W388 com os sons das aves para atraí-las

e um guia de campo (Sigrist, 2009).

A nomenclatura e ordem taxonômica seguiram o Comitê Brasileiro de Registros

Ornitológicos (CBRO, 2011) e a classificação das espécies por guildas seguiu Torga et.

al., 2007 e Sick, 2001. Para classificação do nível de antropização de cada amostra da

área de estudo adotei índices aleatórios, numerados de 1 a 3 em ordem crescente de

alteração de cada aspecto analisado: a) paisagem natural; b) poluição do canal ou rio; c)

lixo, e; d) construções fixas na beira do canal ou rio (modificado de Silva, et. al., 2008).

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Os tipos de vegetação das amostras estudadas seguem o guia utilizado em campo

(Sigrist, 2009), Maldonato-Coelho & Marini, 2003 e Ribon, 2000 (tabela 1).

Análise de Dados:

Para a realização da análise de dados, foram utilizados o número médio de

espécies observadas em cada amostra e a frequência das espécies nos ambientes,

apresentando as médias de cada local mais ou menos o desvio padrão. De acordo com

os valores da frequência das espécies foi calculada, para cada amostra, a Frequência de

Ocorrência (fo). Espécies com fo = 0,75 foram consideradas Residentes (R), 0,75 > fo =

0,50 Prováveis Residentes (P) e fo < 0,50 Ocasionais (O) (modificado de Fuscaldi &

Loures-Ribeiro, 2008). As espécies que foram observadas em pelo menos metade das

amostragens em cada local foram consideradas comuns. Espécies ausentes em

determinadas amostras são classificadas com A, no seu status. Para verificar se a

diferença de riqueza de espécies de uma amostra para a outra é considerável, realizei o

teste Anova, adotando o nível de significância de 5% e o teste Tukey para verificar as

diferenças entre cada amostra. Comparei os valores das médias e do Teste com o nível

de antropização, para verificar a distribuição das espécies ao longo do córrego

Gabiroba.

3- Resultados:

Antropização das áreas amostrais:

Adotando a classificação por níveis de antropização nas 6 amostras do córrego

Gabiroba em Dores de Campos, observando a paisagem e poluição local e também a

presença de construções, constatou-se que as amostras 3 e 5 foram as com menor nível

de antropização (tabela 2).

Levantamento da avifauna:

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Foram registradas 90 espécies de 33 famílias diferentes, sendo as mais

representativas: Tyrannidae (20%), Thraupidae (6,67%), Emberezidae, Hirundinidae e

Columbidae (5,56%). As espécies consideradas comuns em toda a área de estudo foram:

Columbina talpacoti, Furnarius rufus, Certhiaxis cinnamomeus, Pitangus sulphuratus,

Fluvicola nengeta e Pygochelidon cyanoleuca (Anexo 1). As guildas dos insetívoros e

onívoros foram as mais representativas, sendo que os insetívoros predominaram

significativamente sobre todas as outras guildas (figura 1).

Considerando cada local em si, a amostra 5 com registro total de 56 espécies e a

amostra 2 com total de 44 espécies foram as que obtiveram maior riqueza de avifauna

(tabela 3). De acordo com o teste Anova (α= 0,05), as 6 amostras possuem diferença

significativa entre si. De acordo com o teste Tukey a amostra 5 possui diferença

significativa das amostras 1, 3 e 4. As demais amostras são iguais entre si,

estatisticamente (tabela 3).

4- Discussão:

Este estudo pode ser considerado o primeiro a ser realizado no município de

Dores de Campos, abrangendo o estudo de avifauna. A riqueza de espécies encontrada

(90 espécies) é relativamente grande para um ambiente urbano, comparando-se com

trabalhos realizados em outros municípios do estado de Minas Gerais (Ribon, 2000;

Torga e Marçal Júnior, 2007).

A amostra 2 mesmo possuindo nível de antropização alto, apresentou um

número maior de espécies catalogadas, comparado a outras amostras com nível de

antropização alto. Isso pode ser devido principalmente a presença de uma maior

heterogeneidade no ambiente, e áreas maiores de resquícios florestais, favorecendo que

uma maior riqueza de espécies permaneça no local (Freemark e Merriam, 1986).

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Outro caso importante de se citar nesse trabalho é a riqueza de espécies da

amostra 5, que se trata da maior dentre todas as amostras, em números absolutos.

Calculei para essa amostra o nível de antropização médio e, além disso, pude observar

que também é um local com relativa heterogeneidade ambiental, apresentando brejos,

pastos e em seus arredores fragmentos de mata. Desse modo, de acordo com Freemark e

Merriam, 1986, essa heterogeneidade favorece uma grande riqueza e permitiu registrar

um grande número de espécies de aves na amostra 5. Outro fato importante dessa

amostra foi a presença de 20 espécies registradas exclusivamente naquele local. Dentre

estas espécies, obteve-se o registro da narceja (Gallinago paraguaiae), ave de

ambientes alagados preservados e rara regionalmente, se tratando desse modo de um

registro ótimo para a região de Dores de Campos.

5- Conclusão:

Pode-se notar que o município de Dores de Campos possui uma grande riqueza

de espécies, e uma diversidade de ambientes, favorecendo a permanência até mesmo de

espécies raras regionalmente, como a narceja e de uma ampla diversidade de avifauna.

Isso permite pensar até em projetos para preservação do córrego Gabiroba que é tão

afetado pela poluição de lixo e do curtume e pelo desmatamento para assentamentos de

casas e para cultivo de pastos.

6- Agradecimentos:

Agradeço a Fagner Daniel Teixeira que me auxiliou na classificação de aves e

no aprendizado da pesquisa de campo. E ao professor Fernando César Cascelli de

Azevedo que orientou esse estudo.

7- Lista de Referências:

Torga, K., Franchin, A. G., Marçal Júnior, O. 2007. A avifauna de uma seção da área

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urbana de Uberlândia, MG. Biotemas 20, 7-17.

Fuscaldi, R. G., Loures-Ribeiro, A. 2008. A avifauna de uma área urbana do município

de Ipatinga, Minas Gerais, Brasil. Biotemas 21, 125-133.

Maldonato-Coelho, M., Marini, M. A. 2003. Composição de bandos mistos de aves em

fragmentos de Mata Atlântica no sudeste do Brasil. Papéis Avulsos de Zoologia

43, 31-54.

Chace, J. F., Walsh, J. J. 2004. Urban effects on native avifauna: a review. Landscape

and Urban Planning 74, 46-69.

IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Censo

demográfico 2010: Resultado do universo relativo às características da

população e dos domicílios. Dores de Campos, MG. IBGE, Brasil. Disponível

em <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em 29 de juho de 2012.

Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. 2011. Listas das espécies de aves do

Brasil. Disponível em <http:www.cbro.org.br/CBRO/listabr>. Acesso em 27 de

julho de 2012.

Silva, I. R., Bittencourt, A. C. S. P., Melo e Silva, S. B, Dominguez, J. M. L., Souza

Filho, J. R. 2008. Nível de antropização x nível de uso das praias de Porto

Seguro/BA: subsídios para uma avaliação da capacidade de suporte. Gestão

Costeira Integrada 8, 81-92.

Ribon, R. 2000. Lista preliminar da avifauna do município de Ijaci, Minas Gerais. Ceres

47, 665-682.

Freemark, K. E., Merriam, H. G. 1986. Importance of area and habitat heterogeneity to

birds assemblages in temperate forest fragments. Biological Conservation 36,

115-141.

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Perello, L. F. C. 2006. Efeitos das características do hábitat e da matriz nas assembléias

de aves aquáticas em áreas úmidas do sul do Brasil. UNISINOS – Programa de

Pós-graduação em Biologia.

Sick, H. 2001. Ornitologia Brasileira, terceira edição. Nova Fronteira, Rio de Janeiro.

Sigrist, T. 2009. Guia de Campo Avis Brasilis – Avifauna Brasileira, primeira edição.

Avis Brasilis, Vinhedo –SP.

8- Tabelas e Imagens:

Tabela 1: Estrutura de vegetação das 6 amostras estudadas ao longo do córrego

Gabiroba, Dores de Campos, de abril a julho de 2012.

Área: Vegetação:

1- Horta continua com a Praça Sete de Setembro aa, fg.

2- Estrada passando pelo Curtume do Baiano fg, c, m.

3- Horta Rua Francisco Bernardes tq, aa, p.

4- Final da Rua Maria da Conceição Lopes c, fg, aa.

5- Fundos do parque de exposições Faidec aa, p, b.

6- Terreno baldio na Rua Castelo Branco aa, fg, tq.

Legenda: aa (ambiente antropizado); fg (floresta de galeria); c (campo); m (mata em

estágio médio de conservação); tq (taquaral); p (pasto); b (brejo).

Tabela 2: Cálculo do nível de antropização das 6 amostras estudadas ao longo do

córrego Gabiroba, Dores de Campos, durante os meses de abril a julho de 2012.

Amostras Paisagem Natural Poluição do Córrego

Lixo Construções Fixas na Beira do Córrego

Média Nível de Antropização

1 Alterada (3) Presente (3) Comum (3) Muitas (3) 3 Alto

2 Pouco Alterada (2) Presente (3) Comum (3) Poucas (2) 2,5 Alto

3 Alterada (3) Presente (3) Raro (1) Poucas (2) 2,25 Médio

4 Alterada (3) Presente (3) Raro (1) Muitas (3) 2,5 Alto

5 Alterada (3) Ausente (1) Comum (3) Poucas (2) 2,25 Médio

6 Alterada (3) Presente (3) Comum (3) Poucas (2) 2,75 Alto

Tabela 3: Média, desvio padrão e número total de aves registradas no estudo ao longo

do Córrego Gabiroba, Dores de Campos, de abril a julho de 2012.

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 5 Amostra 6

Levantamento 1 9 19 16 20 22 24

Levantamento 2 16 20 18 19 31 21

Levantamento 3 13 20 12 15 28 19

Levantamento 4 14 29 13 10 33 23

Média ± Desvio 13 22 14,75 16 28,5 21,75

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Padrão

Registro Total de espécies

33 44 33 30 53 33

Figura 1: Gráfico das guildas das espécies registradas no presente estudo feito ao longo

do córrego Gabiroba, Dores de Campos, durante os meses de abril a julho de 2012.

Legenda: CAR: carnívoros; DET: detritívoros; FRU: frugívoros; INS: insetívoros; NEC:

nectarívoros; ONI: onívoros; GRA: granívoros.

Anexo 1: Espécies registradas, suas frequências de ocorrência em cada uma das 6

amostras e suas guildas correspondentes, no presente estudo realizado de abril a julho de

2012, ao longo do córrego Gabiroba, Dores de Campos.

Táxons Status Comum Guilda

Amostra

1

Amostra

2

Amostra 3 Amostra

4

Amostra 5 Amostra

6

ANSERIFORMES

Anatidae Dendrocygna autumnalis A A A A R A Não ONI

Anatinae Amazonetta brasiliensis A A A A A P Não ONI

GALLIFORMES

Cracidae Penelope obscura O A A A A A Não FRU

PELECANIFORMES

Ardeidae Botaurus pinnatus A A A A P A Não CAR

Egretta thula O A A A A O Não ONI

CATHARTIFORMES

Cathartidae Coragyps atratus O A O P R A Não DET

ACCIPITRIFORMES

Accipitridae Heterospizias meridionalis A A A A P A Não CAR

Rupornis magnirostris O A A A A A Não CAR Geranoaetus albicaudatus P A A A A A Não CAR

FALCONIFORMES

Falconidae

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Caracara plancus O O O A A A Não CAR Milvago chimachima A O A A A A Não CAR

GRUIFORMES

Rallidae Aramides saracura O O A A A P Não ONI

Pardirallus nigricans A A A A O A Não ONI

CHARADRIIFORMES

Charadriidae Vanellus chilensis A A O A P A Não ONI

Scolopacidae Gallinago paraguaiae A A A A P A Não ONI

COLUMBIFORMES

Columbidae Columbina talpacoti P P P P P P Sim GRA

Columbina squammata A A A O O A Não GRA Columba livia R A A A O A Não GRA

Patagioenas picazuro O R O P R A Não FRU Leptotila rufaxilla A R O A A A Não ONI

PSITTACIFORMES

Psittacidae Aratinga leucophthalma O O O A O A Não FRU Forpus xanthopterygius A O O A A A Não FRU

CUCULIFORMES

Cuculidae

Cuculinae Piaya cayana A O A A A P Não CAR

Crotophaginae Crotophaga ani A A A R P A Não INS

APODIFORMES

Trochilidae

Phaethornithinae Phaethornis pretrei O P R P A P Não NEC

Trochilinae Colibri serrirostris A O O A A A Não NEC

Eupetomena macroura O P P A P A Não NEC Chlorostilbon lucidus A A A A A P Não NEC

GALBULIFORMES

Galbulidae Galbula ruficauda O O A A A A Não INS

PICIFORMES

Ramphastidae Ramphastos toco A A A A O A Não FRU

Picidae Picumnus cirratus A P A A O O Não INS

Veniliornis passerinus A A A A O A Não INS Colaptes campestris A A A A R A Não INS

PASSERIFORMES

Tyranni ou

Subocines

Thamnophilida

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Thamnophilidae

Thamnpophilinae Herpsilochmus atricapillus A A A O A A Não INS

Furnariida

Furnariidae

Furnariinae Furnarius figulus A A A P O R Não INS Furnarius rufus P R R P R R Sim INS

Lochmias nematura A A A A A O Não INS Hylocryptus rectirostris A P A A A O Não INS

Sinallaxinae Phacellodomus rufifrons A A A O P A Não ONI Certhiaxis cinnamomeus R P R R R R Sim INS

Synallaxis spixi A O O P A P Não INS

Cotingoidea

Tityridae

Tityrinae Pachyramphus viridis A A O A O A Não INS

Tyrannoidea

Rynchocyclidae

Rynchocyclinae Tolmomyias sulphurescens P P A P A R Não INS

Todirostrinae Todirostrum poliocephalum A O A A O R Não INS

Tyrannidae

Elaeniinae Camptostoma obsoletum O R A R P O Não INS

Elaenia flavogaster A P A O A A Não ONI Elaenia spectabilis A A O A O A Não ONI Capsiempis flaveola O A A A A A Não INS

Serpophaga nigricans A A A A O R Não INS Serpophaga subcristata A P O R A P Não INS

Tyranninae Myiarchus ferox A A A A R A Não INS

Pitangus sulphuratus R R R R R R Sim ONI Myiozetetes similis P R O O O R Não ONI

Tyrannus melancholicus R P P A P A Não INS

Fluviculinae Colonia colonus O A O A A P Não INS

Myiophobus fasciatus A A A A A R Não INS Pyrocephalus rubinus A A A A O A Não INS

Fluvicola nengeta P P P R R R Sim INS Arundinicola leucocephala A A A A R A Não INS

Gubernetes yetapa A A A A R A Não INS Knipolegus lophotes O O A A A A Não INS Satrapa icterophrys A A A A O O Não INS

Passeri ou Oscines

Passerida

Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca R P P R R R Sim INS

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Alopochelidon fucata A A A A R A Não INS Alopochelidon fucata A A A A O A Não INS

Progne tapera A A A A P O Não INS Tachycineta albiventer A A A A P A Não INS

Troglodytidae Troglodytes musculus O R R P O R Não ONI

Donacobiidae Donacobius atricapilla A A A A R A Não ONI

Turdidae Turdus rufiventris R R R O O R Não ONI Turdus leucomelas O O A O A A Não ONI

Mimidae Mimus saturninus A A A A P A Não ONI

Coerebidae Coereba flaveola O P P P A A Não NEC

Thraupidae Saltator similis A A R P A A Não ONI

Saltatricula atricollis A A A A R A Não ONI Thlypopsis sordida A A A A A O Não ONI

Tangara sayaca R R R P A O Não FRU Tangara palmarum A O A A A A Não FRU

Tangara cayana O P P O O A Não FRU

Emberezidae Zonotrichia capensis A O A A A A Não ONI

Sicalis citrina A A A P O A Não GRA Sicalis flaveola A R A A R P Não GRA

Volatinia jacarina A P A A A A Não GRA Sporophila caerulescens A P O P O A Não ONI

Parulidae Basileuterus hypoleucus A R O O A A Não INS

Basileuterus leucoblepharus O O A A A A Não INS

Icteridae Pseudoleistes guirahuro A A A A P A Não ONI Molothrus bonariensis A A A A R A Não ONI

Fringillidae Euphonia chlorotica A O O A A A Não FRU

Passeridae Passer domesticus A O P A A P Não ONI

Legenda: A: ausente; O: ocasional; P: provável residente; R: residente; CAR: carnívoro;

DET: detritívoro; FRU: frugívoro; GRA: granívoro; INS: insetívoro; NEC: nectarívoro;

ONI: onívoro.