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História da Psicologia Ana Fernandes nº21573 2012-2013 Psi - Princípio explicativo da vida e os fenómenos da vida Psysis – substancia pensante; alma ou espírito; AQUILO QUE NÃO É FÍSICO. 1 ”Sempre tive queda para a psicologia.” 2 “Fulaninho sabe imensas coisas de psicologia.” 3 “Acabei de fazer teste a Cognitiva” 4 “Os primeiros psicólogos foram os filósofos” 1, 2 Psicologia do senso-comum é intuitivo. Importante no ponto de vista da sociedade. Psicologia não apreendida quase como “património genético”. 3 Psicologia científica redutora no sentido que os autores tiveram de partir da grande psicologia seguindo um método de pensamento “científico” que só se interessa num ponto da mente que é observável, não sendo directamente observável pode-se observar as operações utilizadas para chegar lá. 4. Psicologia filosófica, pensar eu tenho uma mente o que eu sinto que é mente e generalizar isto para todos os humanos. Baseia-se na razão, a lógica não pode ser posta em causa recorrendo a dados da operação. 1ºsemestre – psicologia filosófica 2ºsemestre – psicologia científica A psicologia científica: a ciência O senso comum é algo que praticamente nasce connosco (não é necessário fazer grande esforço) basta estar inserido no mundo para termos uma opinião deste e das pessoas. O senso comum é intuitivo, “doxa” (opinativa), apaixonada.

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História da Psicologia Ana Fernandes nº21573 2012-2013

Psi - Princípio explicativo da vida e os fenómenos da vida

Psysis – substancia pensante; alma ou espírito; AQUILO QUE NÃO É FÍSICO.

1 ”Sempre tive queda para a psicologia.” 2 “Fulaninho sabe imensas coisas de psicologia.” 3 “Acabei de fazer teste a Cognitiva” 4 “Os primeiros psicólogos foram os filósofos”

1, 2 Psicologia do senso-comum é intuitivo. Importante no ponto de vista da sociedade. Psicologia não apreendida quase como “património genético”. 3 Psicologia científica redutora no sentido que os autores tiveram de partir da grande psicologia seguindo um método de pensamento “científico” que só se interessa num ponto da mente que é observável, não sendo directamente observável pode-se observar as operações utilizadas para chegar lá. 4. Psicologia filosófica, pensar eu tenho uma mente o que eu sinto que é mente e generalizar isto para todos os humanos. Baseia-se na razão, a lógica não pode ser posta em causa recorrendo a dados da operação.

1ºsemestre – psicologia filosófica 2ºsemestre – psicologia científica

A psicologia científica: a ciência

O senso comum é algo que praticamente nasce connosco (não é necessário fazer

grande esforço) basta estar inserido no mundo para termos uma opinião deste e das pessoas.

O senso comum é intuitivo, “doxa” (opinativa), apaixonada.

História da Psicologia Ana Fernandes nº21573 2012-2013

A ciência é algo não natural (com métodos a adquirir), supõe o artifício (temos de

construir laboratórios que não existem na natureza para observar mais repetitivamente um

fenómeno que existe na natureza), “nada é dado tudo é adquirido” A doxa faz com que um

individuo pegue nos seus medos e os transforme na sua protecção.

O ser humano é quase impossível não ter crenças, imagem de Arquimedes (dêem-me

um ponto fixo e eu levantarei o mundo).

Leahey define ciência como:

Leahey afirma que só pode ser estudado cientificamente o que é natural (em oposto

ao inatural) tem de ser matéria ou movimento, e aceita que mais tarde ou mais cedo tudo

pode ser explicado pelas leis explicativas.

Princípio da casualidade – Tudo o que acontece tem uma causa natural.

A ciência moderna tem os pés metodológicos em duas questões:

Comprovação sistémica (observação) – Acção onde a objectividade pode estar muito

presente. Território positivista.

Hipóteses – As hipóteses não se observam são criações artísticas. Ser cientista é para

além de ser um colector de dados é ser criador, poeta.

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Explicação da actividade humana:

(Principais linhas de orientação na antiguidade grega)

A grande novidade é a transição do pensamento mítico para a busca da resposta no

meio natural. Se os deuses são tão parecidos com os homens então porque não os homens

podem ser parecidos com os deuses.

Naturalista – Primeiros guerreiros do pensamento livre – mais importante o pensamento

sobrenatural do que o pensamento naturalista.

Tales de Mileto está ligado aos quatro elementos, princípios simbólicos que se

relacionam com os elementos da natureza, olha na natureza e procura nesta causas para o que

acontece na vida. Tales acha que se tivermos que escolher um elemento para explicar a vida

seria através do elemento água. Tales leva o rotulo do pai da filosofia grega/ocidental, aparece

como primeiro filósofo. Dois discípulos mais conhecidos são Anaximandro (por detrás dos

quatro elementos não haverá um outro que comanda estes todos, e Anaxímenes (ar)

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Fora de Mileto, outros pela sua preocupação podem ser chamados naturalistas.

Heráclito (fogo, elemento transformador) – princípio da transformação, da fluidez

da vida – máxima conhecida: o rio que flui e a frase “não nos podemos banhar duas vezes no

mesmo rio”.

Heráclico – mudança vs Parménides – essência

Parmenides – Ilusão dos sentidos, temos de apelar primeiro a razão. A esta filosofia

que poem a tónica na essência – filosofia do ser. Não a principio que reja nada.

Demócrito vem sugerir que ambos têm razão porque Heráclico vê as coisas

macroscopicamente, Parménides fala da realidade, da essencial. Dá o nome de átomo

(conceito de indivisível). A mudança vem do facto de as realidades macroscópicas serem feitos

de agregados complexos de milhões e milhões de átomos e a mudança vem de novos

agrupamentos de átomos, ou átomos que se desagregado. Atomismo de Demócrito.

Biológica – Sub-escola da linha naturalista que para alem de aceitar que as explicações

naturais para as coisas, foca-se mais no que queremos estudar é a vida humana, então

debruçam-se no corpo humano.

Hipócrates (o físico)- (pai da medicina ocidental) que teve mestres Alcmeon

de Crotona (Equilíbrio dos quatro humores)e Empedocles (faz uma medicina muito xama,

curas em lugares com voz de trovão, praticava uma medicina por um lado equilíbrios de

humores no corpo (biológica) e por outro ligado as divindade. O mago.) são homens muito

avançados para o seu tempo, muitas das experiências que fizeram foram importantíssimas.

Estamos num momento histórico onde as tradições da prática da medicina estão muito

fundidas com o sobrenatural.

Juramento de Hipócrates (sociedade em que vivia). A medicina está ao serviço de bem

cuidar as pessoas. Introduz a essência do psicossomático.

Matemática – Mantem a crença que os números é uma imagem do que vai para além dos

sentidos. Pitágoras principal representante, sendo um homem que acredita que há uma

realidade para além desta que é a verdadeira realidade regida pelas leis da matemática.

Verdades que não dependem do aqui e agora. Capacidade de criar leis e hipóteses que podem

ser universais

Escola que se baseia na ideia, que pode parecer mística, de que a realidade que os

sentidos observam é uma ilusão, ideia do filme matrix, que não sendo de caracter matemático,

as leis e as fórmulas que as regem podem ser percebidas por princípios matemáticos

Pitágoras – É um homem complexo, com capacidades extraordinárias

matematicamente, com visão mística, que a Verdade não é esta, mas sim outra que voltamos

quando morremos.

Hipócrates (o matemático) – Tenta organizar as definições de Pitágoras.

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Eclética/Sofista – Estudam todos os outros e apercebem-se ao estudar que, no fundo, cada

autor tem razão mas que, quando vemos o todo, não vão todos no mesmo sentido. O conceito

de subjectivismo.

Descobrem a noção de subjectividade, não existem verdades universais. São muito

interessados pelas ciências sociais. São conhecidos como pais da retórica “uma mentira muito

bem explicada passa a verdade”.

Gorgias (leva ate ao extremo que tudo é subjectivo: “Nada existe. Mesmo que exista

alguma coisa não pode ser conhecido. Mesmo que exista algo e possa ser conhecido, este

conhecimento não pode ser passado ao outro”, perde o sentido da existência)

Protágoras – “O homem é a medida de todas as coisas”.

Humanista – Os sofistas poem em causa todos os valores dando a entender que não a bens

universais, tudo é relativo. Os humanistas dizem que nem tudo é relativo. Que a alma humana

sabe distinguir o bem do mal.

Sócrates recusa-se a aceitar que o ser humano não consiga distinguir o bem e o mal,

porque todos temos uma fonte de sabedoria – a alma. A alma é o que caracteriza o ser

humano como ser puro, divino – que está representado dentro de cada um de nós. A alma é

universal: ”A alma é o mais divino e humano que os homens têm”

Nos detalhes desta figura estão as grandes diferenças entre Platão e Aristóteles. Platão é, de entre os discípulos de Sócrates quem mais verteu as palavras do mestre em obras literárias e filosóficas, nas suas obras existem inúmeros elogios ao seu mestre. Olhando para a figura, vê-se Platão à esquerda e Aristóteles à direita (pela lógica das idades), a posição das mãos podem indicar como é formado o homem, quais são as componentes essenciais do mesmo, mas podemos ser mais filosóficos e pensar que eles estão a falar do cosmos, o pintor tenta representar as visões dos autores pelas expressões corporais. Platão a apontar para cima, a explicar que este existe, um mundo inteligível (mundo da luz) e um mundo sensível (mundo da escuridão), o processo de captar as ideias é chamado processo de reminiscência, sendo que Platão acredita que os homens tem alma e essa alma não é deste mundo, está a viver neste corpo, que teve de vir ca a baixo para purificar-se -

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dualismo do mundo - podemos certamente dizer que é dualista, porque vê o homem numa perspectiva dual e vê o mundo também nessa perspectiva. Num mundo de filósofos o objectivo é purificação da alma, não apenas existe um mundo das luzes la em cima e o mundo do corpo cá em baixo, la em cima a casa da alma, e ca em baixo “As cidades dos homens” como cá em baixo é que se encontra a casa do corpo, e la em cima a casa da alma, só se chegando ao conhecimento através de reminiscências. Não esquecendo que conhecer é recordar algo que a nossa alma reconhece-se da vida no mundo da luz. Aristóteles por outro lado, aponta para a frente com uma mão aberta, pondo nós imaginar que este diz: “Nem pensar”, este mundo que temos acesso pelos cinco sentidos, chega a ser suficiente para adquirir o conhecimento, não é preciso um mundo para além deste para explicar o processo do conhecimento, pois é uma interacção entre as capacidades dos sentidos e da alma. Aristóteles tenta sistematizar o mundo a sua volta, esta sistematização leva-o a iniciar o pensamento da logica binaria dos computadores actuais.

Platão

A alma é o que a de mais único e que nos faz pertencentes de algo, de divino. O dualismo de Platão é transversal à sua obra. Platão divide: Homem Corpo Mundo Inteligível Alma Sensível Apesar disto, Platão considera que todos os homens têm alma e isso é o que nos diferencia dos animais. Características da alma:

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Imaterial,

Aprisionada no corpo: A alma está aprisionada no corpo, quando este morre a alma se já tiver cumprido a sua ascensão e tiver sido purificada volta para o mundo da luz.

A alma em Platão está tripartida:

o Alma racional - A parte mais elevada da alma, a que mais anseia ir para o mundo da luz, princípio divino, que nos faz ser seres especiais abstraindo-nos do mundo que nos rodeia. Parte do corpo: Cabeça

o Energia moral (coragem) – A coragem que tenta balancear os quereres das outras duas partes. Parte do corpo: Coração

o O Desejo (os apetites) – Os quereres da vida, o que o “o corpo deseja”. Parte do corpo: Órgãos genitais. Um dos exemplos utilizados na aula para descreveres a alma é a imagem do cocheiro (a alma racional) que esta a andar com um cavalo preto selvagem (o desejo) e o cavalo branco brando (a energia mora). A ideia das diferentes partes do corpo está relacionada com o facto de alma racional estar mais perto do mundo da luz, unicamente presa ao corpo pelo pescoço que é a única união da cabeça com o resto do corpo. A energia moral estar entre as outras duas partes da alma quase como a balança que tenta equilibrar as duas partes. E o desejo ser a parte mais perto do chão, do mundo da escuridão, que quer ficar na terra com os prazeres da vida. O que forma o homem? Dualismos corpo e alma.

Relações entre corpo e alma?

A alma está encarcerada no corpo, os sentidos é algo relacionado com o corpo e por isso não confiável. Como o homem atinge o conhecimento? No caso do Platão, o conhecimento evita os sentidos, conhecer realmente é recordar as ideias puras que estão la em cima, teoria da reminiscência. Palavras-chave: Dualismo

Aristóteles:

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Aristóteles tenta definir a psicologia, surgindo a ideia que a psicologia pode ser entendida como ciência empírica que estuda as relações alma-corpo. Como ciência empírica que é, temos de sair da ideia de Platão. Quando Aristóteles dizia que só havia este mundo queria dizer que não precisamos de inventar um mundo novo para entender o homem, não é preciso criar um mundo para explicar a alma sendo que a alma vive neste mundo. Para Aristóteles o mundo em que vivemos não é uma ilusão, podemos ter incertezas mas não significa que tudo seja incerto; é um mundo natural de substâncias, sujeito a causalidade e pode ser estudado das formas que a filosofia do seu tempo tem para estudar este mundo. A alma é parte da natureza, palavra latina para alma “anima” aquilo que anima, aquilo que dá vida, aquilo que fica quando o corpo fica inanimado. A alma é um principio que insufla de vida o corpo, onde a alma á vida, onde não há vida não a alma.

Logo estudamos a Psicologia no mesmo lugar que a Física e a Biologia (fenómenos da vida que é onde está a alma; podemos a partir daqui dizer que é uma ciência empírica que se baseia nos factos sensíveis da nossa existência). Quem vai ganhar a “luta” de Platão e Aristóteles, de hoje, é Aristóteles porque à sua escala Aristóteles tenta antecipar que os fenómenos da psique são fenómenos que tem de ser estudados no corpo.

Quando confrontado com a questão: Das duas uma, ou a alma e o corpo são a mesma coisa ou então para onde vai a alma? (Enviei mail ao prof para responder a esta questão porque os apontamentos tirados não eram esclarecedores quanto a resposta a esta pergunta).

Procura de alimento

Locomoção

Parte racional

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Só os seres humanos têm as três, os animais só as duas primeiras. Que é feito o mundo? Faz tudo parte deste mundo. Que é feito o homem? Corpo e alma Como se constrói o conhecimento? Conhecer é cruzar a informação dos sentidos com a capacidade intelectual da alma. A nossa alma tem a capacidade de catalogar através da lógica o que os sentidos nos trazem. A partir da observação de indivíduos (exemplares) concretos, chegamos, por indução (do particular para o geral), a conceitos gerais (ideia pura de Platão).

Helenismo

Introdução breve – Como chegamos até este período: Alexandre Magno começou na Macedónia e o seu império cresceu numa geração exponencialmente, todo o mediterrâneo pertence-lhe, educado como príncipe, tem por mestre Aristóteles. Quando se dão os ciclos de expansão rápida, e o líder da expansão desaparece, como nada estava estruturado, a crise rebenta. As pessoas que foram conquistadas estavam a habituar a nova língua, nova cultura, novos deuses. E depois deste êxito a um regresso à Grécia com novas narrativas e explicações do mundo. O estado não está coeso. Ocorre uma crise a procura de respostas, que antes era dado pelos governantes, por pensadores, por visões do mundo, e defensores de ideias divergentes mas muitas coisas em comum. De repente aparecem coisas diferentes, e a uma crise também de pensamentos. Tempos em que acreditamos está a ser posto em causa por visões alternativas e como tal as pessoas começam a sentir necessidade de novas respostas para a questão do viver bem, mas não como o viver bem antigamente. Os pressupostos de base ficam modificados.

Aparecem assim as - Doutrinas da felicidade – Receitas mais humildes que pretendem dar respostas, como atingir a paz de espirito, viver bem. Forma estóica – Aceita tudo o que vier de peito aberto. Zenão era tao céptico que ficava a pregar no prótido das cidades, o que o estoicismo propõem enquanto forma de

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responder ao sofrimento e à crise é que temos de nos abster. Suporta e abstém-se. Colaborando com o destino em vez de lutar contra ele. Zenão levou ao extremo, estando a pregar sobre a colaboração activamente com o destino, falando nisso, tropeçou partiu um dedo olhou para cima e diz procuras-me? Não me procures mais que estou aqui e matou-se enforcando-se.

Forma epicurista – É uma arte de bem viver, do apreciar o prazer da vida, o conforto que temos. Epicuro em si próprio não era a ideia de o tipo dos prazeres básicos, e não era um ser contido. Quando morremos a alma também morre. Foram os grandes perseguidos pelos católicos. Os epicurismos dizem é agora ou nunca. Carpe diem Os sentidos são a única forma de conhecimento. Os sentimentos são a fonte dos prazeres e do conhecimento. Homem senhor do seu destino e procuras o prazer e foges da dor. “Vive escondido” têm em comum a ideia que o mal vem da cidade. Nada de apego, de te agarres aos bens e as pessoas, deixa fluir. Onde estão as grandes massas está o sofrimento, exagerado pela perda. Epicuro – prazeres intelectuais. Romanos – prazeres da carne.

Epicurismo com atomismo – prazeres básicos e carnais, mais mundanos. Prazeres um

pouco mais com o encontro, ao usufruir de estarmos vivos e agradáveis.

Dúvidas de Demócrito – Os epicuristas baseiam as suas crenças na ideia que tudo o

que somos e temos, alma e corpo incluído, é formado por átomos do Demócrito.

Componentes indivisíveis da vida.

A alma para os epicuristas é formada de matéria, o fim da vida do corpo é o fim de vida

da alma. Todo o tipo de proposta filosófica, vamos sofrer agora para receber depois, os

epicuristas acham ridículo porque o depois não existe, temos de viver o agora.

Ambivalente, a visão do epicurista, apesar da tentação de o ver como alguém

envolvido aos prazeres carnais, por o asterisco e dizer que o Epicuro propunha prazeres mais

simples, e não só o desejo primitivo (sexo, comida e bebida) pois isso é o epicurismo romano.

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Passagem dos gregos para os romanos.

Império romano:

Características sociais: Administração forte do território (influenciada pelos caminhos construídos); tentativa que a administração seja genérica(língua, instituições, leis); não destroem os deuses e deusas gregos mas adaptam-nos; politeísmos (diversos cultos, ano lunar, ano solar); comércio (grandes cidades onde seguiam os produtos para serem trocados, troca directa ou moeda); exercito forte e organizado. Do ponto de vista filosófico, viram o que queriam manter dos grandes pensadores, seguiam a sabedoria que tinham herdado, este culto religioso permitiu aos grupos religiosos, em especial ao catolicismo, ter um grande impacto (séc. IV- V). Como o poder romano começa do apogeu a declinar, muito provavelmente ligado a corrupção, acumulação de riqueza, e aos poucos o exercício e o povo deixa de ser confiante. Volta-se as invasões barbaras, a procura da riqueza dos romanos. Igreja cristã – Santo Agostinho homem intelectual que reza a lenda que teve a revelação aos 33, quando estava a jardinar diz que foi revelado o conhecimento de deus.

Santo Agostinho retoma noções platónicas: era preciso convencer os intelectuais e as autoridades. Os intelectuais (continuavam a aceitar o conhecimento dos gregos, entre eles, Platão e Aristóteles sendo Aristóteles que tem a vida mais dificultada). Santo Agostinho precisava encontrar um autor referencial, sendo que o mais fácil de adaptar ao cristianismo era Platão. Com estas adaptações, volta-se as noções de o corpo ser a prisão da alma, Confissões – Primeiras autobiografias da história. Entre os gregos e romanos criam leis da igreja e leis das pessoas, entre a ciência e religião. A cidade de deus – dá uma visão platónica (céu e a terra) e retoma estas noções (corpo é prisão da alma, mundo de deus é la em cima, etc) o caminho que implica para a política (seguir os preceitos para garantir o lugar no céu). Igreja católica embaixador de deus. Santo agostinho tem um papel estratégico na transição de poder dos romanos para o poder da igreja. Os mundos antes estavam separados para agora as fronteiras diluem-se. Existe uma fuga das cidades para o campo, devido aos saques que começam a existir. O calendário litúrgico passou para o calendário agrícola.

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Os padres detinham alguma da praxis que hoje é tida pela psicologia. Confessionário, ideia que podes por cá fora o que te atormenta. Visão da psicopatologia – Na altura era vista como possessão demoníaca, caminho errado contra deus.

Medieval, idade média

Todo o milénio que vem a seguir é marcado pelas confusões de todas as áreas. A ideia que o papa é ao mesmo tempo autoridade máxima, às vezes literalmente outras nem tanto (podiam ser pelos tratados com os reis). Ainda actualmente existem diversos traços. É errado dizer que não houve avanços! Ouve mas muito dos registos foram destruídos e outros tiveram de dar muitas voltas a questão para não serem mortos. Ciência passa a ser teologia. Se quiseres conhecer o mundo, conhece deus. Começam a existir, do ponto de vista da justiça, julgamentos a tudo o que se fazia mal, exemplo do julgamento ao caruncho que fez com que o bispo fica-se demente depois de cair da cadeira que se partiu devido ao caruncho. Isto vai se manter com vários testemunhos contra o sistema, mesmo dentro da igreja, que estão a favor da liberdade de pensamento. E talvez chegue a um timing point ou as coisas mudam ou rebentam. As cruzadas – foram um movimento, de repente os exércitos europeus varreram tudo o que era “infiel” em nome da cruz e foram formando fortunas e distribuídos os lucros pelos nobres. Das cruzadas vem coisas negativas, batalhas sanguinárias, mas coisas boas, contacto entre os intelectuais europeus e Árabes. Encontraram o que foi destruído em nome de uma visão monoteísta (só um deus como aquele deus) os velhos livros dos clássicos gregos (Aristóteles – de repente começa a chegar a europa, estes livros foram ou escondidos ou destruídos, por muitas tentativas começava a surgir, alguém tinha de fazer alguma coisa, as copias estavam a circular cada vez mais, S. Tomás de Aquino faz a sua adaptação).

Tal como Aristóteles, S. Tomás de Aquino escreve a sua suma teológica: (resumo de conhecimento de deus) se conhecermos deus conhecemos tudo, confrontando-se com a lógica aristotélica. De facto, Aristóteles contém em si o gene do espirito livre e observação da natureza. S. Tomás de Aquino passa a ser visto como o herege que trouxe Aristóteles para dentro da igreja. Através da ideia: se deus nos deu a razão por que não a podemos usar? Deus dá-nos um instrumento e depois não podermos usar. Fora da igreja, associado à escolástica, ligado a palavra escola, escola dentro da igreja, através dos seminários vão chegar os conhecimentos, modelo de escola que ainda praticamos. Palavra do mestre não pode ser posta em causa, o conhecimento divino é sagrado, os livros são só lidos por algumas pessoas, que tem o conhecimento e que podem ler a palavra de Deus.

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Nos sex. XII, XIII, XIV, aproxima-se de um final do sistema dominado por uma visão religiosa, em que uma instituição tem poder de dar uma visão do mundo que não é submetido a crítica. O declive vem de razoes internas dentro da própria instituição.

Averrois e Avicena, nomes Franceses e Árabes, divulgaram imenso as matemáticas, medicina, ciências humanas, etc. obras extraordinárias, apesar de continuarmos a utilizar que nada aconteceu, houve muitos movimentos, inauguradas as primeiras universidades, as primeiras ligadas a igreja, séc XII, XIII. Tem é pouco eco, descobertas importantes que foram abafadas. Estes homens estão a falar do que descartes vai falar sobre a liberdade de pensamento. Pierre Abelard mulher também muito culta. Roger bacon é anterior ao Francis bacon. William of Ockam – A navalha de Ockam – Contacto (1997- filme) Haver vida inteligente lá fora. Na altura os religiosos faziam concílios, de meses inteiros com temas inconsequentes, sem interesse nenhum, meramente teológicas. Ex: Quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete. William of Ockam dá a imagem de cortar com a navalha o que não é importante.

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Época muito louvada, o renascimento, mas que não é um só, são vários renascimentos, popular, literário, mais italiano, mais francês, mais europa do norte, foram vários! Estamos a falar de datas de XIV renascimento dos poetas, visão ocidental do amor com os trovadores, relações eram baseadas do amor universal pelo outro, eros impulso biológico e não pessoal, o amor é inventado dos trovadores é a ti e se não te tiver não quero mais ninguém. Declínio gradual do poder da igreja: não podemos estudar porque é uma heresia. Lutas de poder e ego e riqueza e luxo. Cisma dos papas: Começa 1309 e só se vai resolver no séc. XV quando um papa Francês que tem de ir para Romã “governar” mas vai para Avinhon, começa então a haver dois papas com exército, e como não está a correr bem há um concilio, onde passa a haver três papas. Depois do Concilio de Constança Roma volta a ter só um papa. Corrupção – Historia da igreja, com corrupção, pessoas a vender lugares no céu. Foi com esse dinheiro que foi edificada a Basílica de São Pedro. Vendiam-se títulos e tudo isto vai precipitar o movimento de decisão da igreja.

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Martinho Lutero num ato político resolve um certo dia pregar na igreja em Vitemberga 1517 as suas teses para a reforma em que acusa uma serie de coisas que vê e faz sugestões. A partir dai existe um acesso directo a bíblia e começam a existir várias traduções da bíblia em varias línguas, as mulheres tem mais presença. Começa a divisão entre a Europa do norte e europa do sul. Surgimento dos estados: novos poderes chegam a frente, novas classes sociais, um novo poder económico, trocas comerciais muito ligadas a navegação, independente da igreja mais vale um sábio que sabe usar o astrolábio e outros meios de navegação do que um padre a colocar água benta nos navios. Renovado interesse no homem: os novos estados trazem novas encomendas, da Vinci, Galileu Galilei que são capazes de criar ferramentas, aparece como nova profissão o inventor/cientista, passamos então a uma visão antropocentrista (capacidade do homem ser criador, cheira-se o espirito grego)

Descobrimentos: Novos mundos, comércio à escala global, novas rotas marítimas, deslocação de poderes. Nova percepção que quem esta mais a frente em tecnologia ganha. Quem chegou primeiro a bomba nuclear ganhou a guerra. A ideia do filme Matrix mais na ideia do conceito.

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O que aconteceu em psicologia? Psi quê? Nesta altura desculpe psi que? Nestes três quatro séculos wundt chega a um momento que diz que acha que psicologia pode ser ciência. O que acontece entre o renascimento nível 0 da psicologia e os próximos três seculos. Resposta entre três áreas: filosofia moderna (nome René descartes) metodologia (metodologia não é ciência é sim o caminho da ciência, como chegas ao conhecimento sem ser por mera opinião), descoberta cientifica só é científica se seguires vários passos.

Descartes

Penso logo existo, existência das ideias existindo algumas delas ideias natas, estas ideias inatas provam-nos que existe um ser perfeito, que ninguém viu, se deus existe, e se existe têm de ser bom e verdadeiro, não nos dá ideias erradas logo podemos usar os sentidos.

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“A Alma não obedece ao mecanismo”.

Psicologia cartesiana

A sua psicologia: estudo da alma e do corpo, alma tem conotação de mente, dai muita gente chama-lo de psicólogo moderno. Alma é a nossa parte que pensa.

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o Espíritos animais, são “mensageiros entre o corpo e a alma”, são o que faz com que as

ordens do cérebro sejam processadas pelo corpo. São de uma matéria “fina líquida invisível”

o Glândula pineal, é a glândula de Deus, onde vive a alma portanto. É mesmo uma

glândula que temos cuja função ainda não esta totalmente descoberta e que se situa localizada

mesmo entre os córtex no cima do cérebro.

o Papel do inconsciente;

o Actividade reflexa (questão dos espíritos animais e de processarem as informações de

forma reflexa, quase como o nosso sistema nervoso funciona);

o Actos condicionados;

o Papel da vontade;

Racionalismo

É importante perceber que nesta época em que o movimento mais típico de todos os pensadores, foi: “deitar a baixo todos os dogmas do passado”, não é de estranhar que o pensamento seja o racionalismo. Aquilo que interessa perceber antes de tudo é o conhecimento, a milagrosa capacidade de olhar para o mundo fechar os olhos e fazer operações mentais, e descobrir os pressupostos que estão na base disto. Ambas são teorias do conhecimento (empirismo e racionalismo), e os pressupostos básicos das duas são muito simples.

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Uns dão prioridade as sensações e outros a razão, mas a diferença maior é o conhecimento começa com a sensação, tudo o que está no intelecto vem dos sentidos, os racionalistas dizem que a priori nascemos com o conhecimento, ou com potencial criamos a priori o conhecimento.

Leibniz

Os próprios empiristas dão um tiro no próprio pé, ao contrário do que querem fazer crer, o ser humano não é uma tabula rasa em que algo fica lá como selo e que isso é o estímulo.

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Na agenda dos racionalistas está a ideia que o que nós devemos tentar estudar são as características do intelecto que inaptamente traz consigo, são tudo menos passivas, e são inatas.

As mónadas:

As mónadas eram o que faziam a matéria consciente isto é, se as mónada de uma

determinada matéria evoluíssem até ao ponto de obter consciência, hipoteticamente toda a

matéria poderia ser consciente.

Diferença entre pequenas percepções (aquilo que está abaixo do limiar da consciência)

e a percepção.

Christian von Wolff

Autor desconhecido pela maior parte das pessoas, que talvez tenha sido o primeiro

filósofo a falar de psicologia na concepção moderna, antecipa o que vai acontecer, diz que no

Psicológica

Filosófica

História da Psicologia Ana Fernandes nº21573 2012-2013

futuro vai existir a psicologia que já existe (psicologia racional – que investiga a ciência da

alma, substancia impalpável que nos faz pensar, que os filósofos investigam fazendo

introspecção, cada um confrontando-se com a sua alma) e vai existir psicologia nova (ciência

empírica que vai estudar os factos psicológicos, quando ele descreve diz que vamos fazer

experiencias com sujeitos com experiencias controladas e que descreva o que sente, ou seja,

factualmente que percepções estas a ter, e isto permite psicologia empírica).

Empirismo

Thomas Hobbes

1º a formular ideias básicas do empirismo, visão negativa do ser humano, nós sozinhos sem uma autoridade forte é salve-se quem puder. O Homem é o lobo de Homem. Então é preciso um levitã, algo ou alguém que pelo medo imponha o respeito e as leis do estado, e se for preciso eliminar algum em prol do todo é isso que ocorre. Monarca absoluto, rei que recebe o poder de forma hereditária, para que não aja dúvidas, leviatã besta bíblica que assusta; funciona em nome do todo, o que pode ser bom ao colectivo e não ao individual.

John Locke

Inspirou a carta das liberdades aos EUA, monarca parlamentar.

Eles em termos filosóficos tao mais ou menos de acordo, do ponto de vista da

governação.

Negação do inatismo - Principais fórmulas do empirismo:

História da Psicologia Ana Fernandes nº21573 2012-2013

- Não há nada inato (não a conhecimento inato – tabula rasa) - De onde vem o conhecimento? Essa tabula rasa vai receber o impacto das sensações e a gravação que fica é o conhecimento.

Locke diz que 2 fontes de ideias: - Sensações que dão ideias simples. - Reflexão daquilo que com ideias simples o nosso aparelho começa a pôr por ordem, etc… e a própria reflexão é uma ideia.

Tipos de ideias:

o Simples – sensação e reflexão

o Complexas – Associacionismo sensacionalista (junção de várias simples, pirâmide que vai acumulando e criando ideias cada vez mais complexas)

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Empirismo radical:

George Berkeley – Era bispo, chateado com os cientistas e os filósofos empiristas, vai dormir com o inimigo tentar destruir os pés da teoria empirista. As coisas só podem ser de duas maneiras, ou percebe e é consciente ou só existe porque é percebido por um ser que percebe as coisas. Neste sentido, as qualidades secundária (sabor) e vem a ideia, a temperatura é primaria? Não, poes três tinas com água, uma em fria, morna e quente, uma mão numa água muito quente e outra muito fria e depois por as duas na morna, a temperatura é a mesma, depende do observador é então secundária. Tudo são qualidades secundárias quer chegar, a única coisa que garante que a floresta não desaparece quando ninguém está lá para ver, deus como “observador permanente” para existir conhecimento é necessário conhecer deus. Pela primeira vez, coloca-se a hipótese que a mente origina a matéria.

David Hume

Diz que os conteúdos mentais ou são: - Impressões (sensações e reflexão) – As impressões são mais intensas que as ideias, conforme me vou afastando da impressão mais difícil é retomar a ideia de impressão. - Ideias

O nosso conhecimento começa e acaba nas impressões, a única coisa que podemos ter

a certeza é que algo está a impressionar-me ou que tem impressão. A única coisa que posso

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ter a certeza é que algo me impressiona ou impressionou, tudo o resto, não posso ter

racionalmente a certeza que existe.

1º Deus, como nunca ninguém teve uma impressão directa, é uma ideia que andam a vender uns aos outros, mas que não responde, no seu universo a algo que existe. 2º Se algo existe, têm uma impressão (limite do conhecimento), o que causa a impressão isso é que já não sabe, ou seja, se a mesa existe para lá da minha impressão, matrix, pode estar algo a provocar a impressão do que a coisa que acho que é. 3º Conhecimento do EU, nunca tive do eu uma impressão directa. 4º Causalidade – Ideia que uma coisa causa a outra, tem impressão da causalidade? Viram a causalidade ou acham?

David Hartley

Escola escocesa do “Senso Comum”

Thomas Reid e Thomas Brown

Conservadorismo puro.

James Mill

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John Stuart Mill

James Mill era um mecanicista convicto, ideia do Isaac Newton o universo como mecanismo de relógio, ideia que podemos pôr deus a criar mecanismo e a ir-se embora, porque as leis do funcionamento do relógio fazem funcionar o universo para sempre. Os cientistas têm é de prever essas leis. A mente é deste mundo e que tem de responder as leis da mecânica, metáfora, olhar para a mente como uma máquina. A única lei da mecânica mental é a lei da contiguidade, as ideias que começam próximas mantem-se próprias. Máxima do ensino da pedagogia, de repetir. Provar cientificamente que tem razão. Nasce o filho, o John Stuart Mill, a partir do momento que começa a falar, começa a ter aulas de grego aos 2 anos (grego, latino, inglês) precoce na história da humanidade, uma máquina mental. Aos 18, 19 anos entrou em depressão até ao 24 quando se apaixonou por uma mulher casada com um tipo muito mais velho que ela, e viveu na casa dela. Quando o pai dele morreu e ele resolve dar o grito do Ipiranga, se a mecânica mental funciona, como alguém que sabe menos pode ensinar a mente que sabe mais. EU SEI MAIS QUE O MEU PAI. A metáfora boa para a mente é a química, existe então uma química mental. O resultado final é qualitativamente diferente das qualidades de aquilo que entra nesse sistema.

FRANÇA: SENSISMO E MATERIALISMO (Não sai no exame)

Em vez de ser filósofos são fisiologistas (que vem as sensações animais e o seu desenvolvimento, homem maquina, estátua consciente). Curiosidade pelos nomes dos autores. Ideia que a mente não é mais do que um reflexo do corpo. Para terminarmos a segunda componente do grande quadro de três entradas, falamos do racionalismo de Kant.

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Immanuel Kant

Clara consciência que o empirismo e o racionalismo sozinhos e isolados nunca vão explicar a razão humana. Empirismo: O empirismo mesmo que a matéria conseguisse fazer conhecimento; Ex. Pontapé na madeira ou num cão. De onde vem, a verdade matemática 2x2=4, isto são verdades de outra essência que não a empírica. Racionalismo: A mente no vazio, sem experiencia empírica, não é nada. Só funciona quando é estimulada pela matéria. Para entender o conhecimento tenho sempre de ter duas coisas que se encontram: o intelecto e a experiencia empírica.

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o Categorias: Quantidade, qualidade, relação, modalidade, etc.

o Anschauungen (intuições): Tempo; Espaço.

Kant introduz uma ideia revolucionária na filosofia: as duas variáveis que sempre tomamos como os dois grandes eixos da ciência, essas duas categorias, são categorias da mente á priori, formas que a mente tem e que não consegue escapar delas, o tempo e o espaço não existem fora de nós. Kant divide o mundo em dois: Lá fora de nós, númenos. Fenómeno o mundo conhecido pelo sujeito. Brinquedos que tem uma caixa e buracos na forma de quadrados, etc, e o bebe têm que descobrir o que encaixa tudo, imaginar que o que está la dentro é a mente (Estrutura) ideias (é o que conseguem por lá dentro. Imaginem que o mundo cá fora é tipo plasticina, e a mente de la´ de dentro puxa para dentro a ideia (olha um triangulo, olha um circulo), o triangulo a estrela e o circulo não estava cá fora a trazer para dentro é que criam as formas. Aquilo que cada sujeito percebe é a sua verdade, existe para ele, mas é sempre do mundo do fenómeno.

Segundo Kant, algumas das características que tendemos a atribuir à realidade pertencem, de facto, à mente.

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Críticas de Kant às Psicologias de Wolff: Psicologia Empírica: a qualquer ciência se exige que meça ocorrências no espaço e no tempo. Ora, os fenómenos mentais não têm ocorrência física espacial Psicologia Racional: uma ciência deve poder estudar o seu objecto de forma isolada, independente. Ora, a alma, a razão, não pode ser estudada enquanto substância, já que não existe de forma independente de um qualquer “dado empírico” que a faça agir. “A razão não pode abandonar o mundo dos fenómenos” Mueller Críticas à introspecção Resumindo os contributos de Kant para a Psicologia: - Subjectivismo não reducionista (a mente é mais do que fisiologia) - Retoma o inatismo (há fenómenos que não dependem do mundo exterior) - As suas críticas à psicologia acabam, em conjunto com outras influências, por promover a sua própria superação (Weber, Fechner, Wundt).

Destacar:

- Chamada de atenção para os colegas filósofos de que talvez partamos de um pressuposto errado sobre o conhecimento do mundo: Intuição de verdade kantiana, conhecimento da realidade é diferente da realidade. - Ideia que tempo e espaço não estão la fora, estão ca dentro, não estão la fora, estão na forma como nos classificamos os fenómenos, o impacto que as coisas em si tem em nós.

Críticas de kant à psicologia:

- Nem a racional nem a empírica são cientificas. Cientifica têm de obedecer a certos critérios: 1º Critério - Qualquer ciência exige-se que faça o que a física faz quando estuda o movimento, estuda-lo e pô-lo num gráfico com espaço e tempo. E a psicologia “ciência dos espaços psicológicos” até podem ter existência do tempo mas não tem existência do espaço. - Psicologia racional.

-2ºcriterio – tem de poder estudar no seu objecto de estudo e isolar tudo o resto. A psicologia racional diz que o seu objecto é alma, e alma é um conjunto de processos, a alma só se manifesta quando é bombardeada por dados empíricos, logo nunca podemos chegar se são da alma, dos dados empíricos ou da junção dos dois. A mente não pode vir cá para fora e substanciar-se em algo. Método:

- Filósofos – Introspecção várias variantes; 1ªpessoa sujeito olhar para si mesmo; 2ºpessoa (tu) eu observo os teus estados mentais; 3ªpessoa (ele/ela).(vou ver como a minha alma/mente, etc funciona) Críticas á introspecção:

1ªpessoa- O cientista que olhe para os fenómenos mentais, no momento que faz isso já os está a modificar, nunca consegue ser objectivo. Não posso ser observador dos fenómenos mentais porque ser observador já é um fenómeno mental.

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2ªpessoa- quando o observador está perto do observado para chama-lo tu, já interfere com o observado. 3ªpessoa . mas o que consegue ver é só o que é externo, e é muito enganador. 3 aspectos importantes para a historia da psicologia:

- Numa altura em que o empirismo (francesa) mais de fisiologia estava na ideia que era uma questão de tempo para a fisiologia explicar tudo. Critica: a mente não é mais do que fisiologia. O mundo subjectivo nunca se pode levar só a fisiologia. - A mente têm características inatas, podem não ser ideias inatas, mas processos, as tais categorias de classificar o mundo. Apriorismos da razão (tempo e espaço). - O contributo pela negativa, quer ao objecto quer ao método acabam por criar história. Descobertas cientificas: (ter uma ideia só dos nomes das descobertas)

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