histÓria da igreja cristà atravÉs dos sÉculos

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  • 7/28/2019 HISTRIA DA IGREJA CRIST ATRAVS DOS SCULOS

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    HISTRIA DA IGREJA CRIST ATRAVS DOS SCULOSDO TEMPO DOS APSTOLOS AT O INCIO DO

    MOVIMENTO ADVENTISTA

    O GRANDE CHAMADO

    E subiu ao monte, e chamou para si os que elequis; e vieram a ele.

    E nomeou doze, para que estivessem com ele e osmandasse a pregar. Marcos 3:13 e 14.

    E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: -medado todo o poder, no cu e na terra.

    Portanto, ide, ensinai todas as naes, batizando-

    as em nome do Pai, e do Filho e do Esprito Santo;Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vostenho mandado; e eis que eu estou convosco, todos osdias, at consumao dos sculos. Amm. Mateus28:18-20.

    Estes discpulos andaram com Cristo durante ostrs anos e meio de seu ministrio e foramtestemunhas de todos os seus feitos, dandoprosseguimento obra de Cristo aps a Sua morte.

    A sua pregao tinha um poderoso efeito,especialmente por dois motivos. Em primeiro lugar, elesforam testemunhas oculares desses fatos. Elesandaram com Cristo, comeram com Ele, ouviram Suamensagem, enfim, comungaram intimamente comCristo durante trs anos e meio. Em segundo lugar, elesreceberam o poder do Esprito Santo para realizaremgrandes sinais e prodgios, e isso foi para muitos umaevidncia adicional de que Deus estava com eles.

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    SUAS TESTEMUNHAS

    E ns somos testemunhas acerca destas palavras,ns e tambm o Esprito Santo, que Deus deu queles

    que lhe obedecem. Atos 5:32.

    Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nssomos testemunhas. Atos 2:32.

    Porque no vos fizemos saber a virtude e a vindado nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fbulas

    artificialmente compostas; mas ns mesmos vimos asua majestade. 2 Pedro 116.

    A CHUVA TEMPOR : O PODER DO ALTO

    1 E, estando com eles, determinou-lhes que no seausentassem de

    2 Jerusalm, mas que esperassem a promessa do Pai, que(disse ele) de3 mim ouvistes. Atos 1:4.

    Mas recebereis a virtude do Esprito Santo, que h-de vir sobre vs; e ser-me-eis testemunhas, tanto em

    Jerusalm como em toda a Judeia e Samaria, e at aosconfins da terra. Atos1:8.

    E todos foram cheios do Esprito Santo, ecomearam a falarnoutras lnguas, conforme o Esprito Santo lhes

    concedia que falassem.Atos 2:4.De sorte que foram baptizados os que, de bom grado,

    receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-sequase trs mil almas;

    E perseveravam na doutrina dos apstolos, e na

    comunho, e no partir do po, e nas oraes.

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    E em toda a alma havia temor, e muitasmaravilhas e sinais se faziam pelos apstolos.

    E todos os que criam estavam juntos, e tinhamtudo em comum.

    E vendiam as suas propriedades e fazendas, erepartiam com todos, segundo cada um necessitasse.

    E, perseverando unnimes, todos os dias, notemplo, e partindo o po em casa, comiam juntos comalegria e singeleza de corao,

    Louvando a Deus e caindo na graa de todo opovo. E todos os dias acrescentava o Senhor, igreja,aqueles que se haviam de salvar. Atos 2:41-47

    E era um o corao e a alma da multido dos quecriam, e ningum dizia que coisa alguma do quepossua era sua prpria, mas todas as coisas lhes eramcomuns. Atos 4:32.

    E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalm semultiplicava muito o nmero dos discpulos, e grandeparte dos sacerdotes obedecia f. Atos 6:7.

    PERSEGUIO E DISPERSO

    E apedrejaram a Estvo que, em invocao, dizia:Senhor Jesus, recebe o meu esprito... Atos 7:59.

    E tambm Saulo consentiu na morte dele. E fez-se,naquele dia, uma grande perseguio contra a igrejaque estava em Jerusalm; e todos foram dispersos

    pelas terras da Judeia e da Samaria, excepto osapstolos. Atos 8:1.

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    Mas, os que andavam dispersos iam por toda aparte, anunciando a palavra.

    E, descendo Filipe cidade de Samaria, lhespregava a Cristo. Atos 8: 1, 4, 5 e 25.

    PEDRO PREGA AOS GENTIOS E ESTES RECEBEM OESPRITO SANTO

    Atos captulos 10 e 11.

    Atravs de Pedro, Deus mostrou aos Apstolos quea salvao era estendida tambm aos gentios.

    E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, eglorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, at aosgentios deu Deus o arrependimento para a vida. Atos11:18.

    OS DEMAIS DISCPULOS COMEAM A PREGAR TAMBMAOS GREGOS E OUTROS GENTIOS

    E os que foram dispersos pela perseguio, quesucedeu por causa de Estvo, caminharam at

    Fencia, Chipre e Antioquia, no anunciando a ninguma palavra, seno somente aos judeus.

    E havia entre eles alguns vares chprios ecirenenses, os quais, entrando em Antioquia, falaramaos gregos, anunciando o Senhor Jesus;

    E a mo do Senhor era com eles, e grande nmerocreu e se converteu ao Senhor.

    E chegou a fama destas coisas aos ouvidos daigreja que estava em Jerusalm; e enviaram Barnab aAntioquia. Atos 11: 19-22.

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    DEUS CHAMA EM MODO ESPECIAL A PAULO PARAPREGAR O EVANGELHO AOS GENTIOS

    E partiu Barnab para Tarso, a buscar Saulo; e,achando-o, o conduziu para Antioquia.

    E sucedeu que, todo um ano, se reuniram naquelaigreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foramos discpulos, pela primeira vez, chamados cristos.Atos 11:25 e 26.

    E na igreja que estava em Antioquia havia alguns

    profetas e doutores, a saber: Barnab e Simeo,chamado Niger, e Lcio, cireneu, e Manaen, que foracriado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

    E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse oEsprito Santo: Apartai-me Barnab e Saulo para a obraa que os tenho chamado.

    Ento, jejuando e orando, e pondo sobre eles asmos, os despediram.

    E assim estes, enviados pelo Esprito Santo,

    desceram a Seleucia e dali navegaram para Chipre.

    E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra deDeus nas sinagogas dos judeus; e tinham, tambm,

    Joo, como cooperador. Atos 13: 1-5.E, no sbado seguinte, ajuntou-se quase toda a

    cidade para ouvir a palavra de Deus.

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    Ento os judeus, vendo a multido, encheram-sede inveja, e, blasfemando, contradiziam o que Paulodizia.

    Mas Paulo e Barnab, usando de ousadia,

    disseram: Era necessrio que a vs se vos pregasseprimeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, evos no julgais dignos da vida eterna, eis que nosvoltamos para os gentios;

    Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te puspara luz dos gentios, para que sejas de salvao ataos confins da terra.

    E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, eglorificavam a palavra do Senhor; e creram todosquantos estavam ordenados para a vida eterna.

    E a palavra do Senhor se divulgava por todaaquela provncia. Atos 13: 44-49.

    PAULO PRESO EM JERUSALM

    Retornando a Jerusalm, aps algumas viagensmissionrias, Paulo

    foi reconhecido no Templo por alguns judeusvindos da sia. Como esses judeus o denunciaramcomo sendo inimigo da f judaica, instalou-se umtumulto, vindo Paulo a ser preso.

    Atos 21: 17-40

    Atos captulos 22, 23 e 24.

    PAULO APELA PARA CSAR E ENVIADO A ROMA

    Atos captulos 25, 26, 27, 28:1-15.

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    PAULO PREGA EM ROMA, COMEANDO PELOS JUDEUS MUITOS SE CONVERTEM

    E, logo que chegamos a Roma, o centurio

    entregou os presos ao general dos exrcitos; mas aPaulo se lhe permitiu morar sobre si, parte, com osoldado que o guardava.

    E aconteceu que, trs dias depois, Paulo convocouos principais dos judeus, e, juntos eles, lhes disse:Vares irmos, no havendo eu feito nada contra opovo, ou contra os ritos paternos, vim, contudo, preso,desde Jerusalm, entregue nas mos dos romanos;

    Os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por no haver em mim crime algum de morte...Atos: 28:16-18

    E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitosforam ter com ele pousada, aos quais declarava, combom testemunho, o reino de Deus, e procuravapersuadi-los f de Jesus, tanto pela lei de Moisscomo pelos profetas, desde pela manh at tarde.

    E alguns criam no que se dizia; mas outros no

    criam.E, como ficaram entre si discordes, se despediram,dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Esprito Santoaos nossos pais, pelo profeta Isaas,

    Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvidoouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e,vendo, vereis e de maneira nenhuma percebereis.

    Porquanto o corao deste povo est endurecido,e com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os

    olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com osouvidos ouam, nem do corao entendam, e seconvertam e eu os cure.

    Seja-vos, pois, notrio que esta salvao de Deus enviada aos gentios, e eles a ouviro.

    E, havendo ele dito isto, partiram os judeus, tendoentre si grande contenda.

    E Paulo ficou dois anos inteiros, na sua prpria

    habitao, que alugara, e recebia todos quantosvinham v-lo;

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    Pregando o reino de Deus, e ensinando, com todaa liberdade, as coisas pertencentes ao Senhor JesusCristo, sem impedimento algum. Atos 28: 23-31.

    Em Roma, o centurio Jlio entregou seusprisioneiros ao comandante da guarda imperial. A boareferncia que deu de Paulo, somada carta de Festo,

    permitiram ser o apstolo favoravelmente consideradopelo comandante, e em vez de ser metido na priso,foi-lhe permitido viver em sua prpria casa alugada.Embora ainda constantemente acorrentado a umsoldado, tinha liberdade para receber seus amigos etrabalhar para o avanamento da causa de Cristo. Atos dos Apstolos, 449, 450.

    Roma era nesta ocasio a metrpole do mundo.Os arrogantes Csares estavam dando leis a quasetodas as naes da Terra. Reis e cortesos ou notomavam conhecimento do humilde Nazareno, ou Oconsideravam com dio e desprezo. E contudo, emmenos de dois anos o evangelho teve acesso damodesta casa do prisioneiro aos recintos imperiais.Paulo estava em cadeias como um malfeitor; mas "aPalavra de Deus no est presa". II Tim. 2:9.

    Em anos anteriores o apstolo havia publicamenteproclamado a doutrina de Cristo com cativante poder; epor sinais e milagres havia dado indiscutvel evidnciade seu divino carter. Com nobre firmeza levantara-seperante os sbios da Grcia, e por seu conhecimento eeloqncia tinha feito silenciar os argumentos da altivafilosofia. Com indmita coragem estivera diante de reise governadores, e falara da justia, da temperana e do

    juzo vindouro, at que soberbos governadoresestremeceram como se j contemplassem os terroresdo dia de Deus.

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    Tais oportunidades no lhe eram agoraconcedidas, confinado como se achava em sua prpriaresidncia, podendo pregar a verdade apenas aos queali viessem. No tinha, como Moiss e Aro, ordem

    divina para ir adiante de perversos reis, e em nome dogrande EU SOU repreend-los por sua crueldade eopresso. No entanto, foi neste mesmo tempo, quandoseus principais advogados estavam aparentementeseparados do trabalho pblico, que o evangelhoalcanou grande vitria; membros da prpria casa doimperador foram acrescentados igreja. - Atos dosApstolos, 461,462.

    PAULO CONDENADO MORTE

    Durante o julgamento final de Paulo peranteNero, este imperador ficou to profundamenteimpressionado com a fora das palavras do apstolo,que protelou a deciso do caso, no absolvendo nemcondenando o acusado servo de Deus. Mas logo voltoua maldade do imperador contra Paulo. Exasperado pelasua incapacidade em sustar a propagao da religiocrist, mesmo na casa imperial, decidiu que, apenas se

    encontrasse um pretexto plausvel, o apstolo seriamorto. No muito depois Nero pronunciou a decisoque condenava Paulo morte de mrtir. Se bem queum cidado romano no pudesse ser submetido tortura, foi ele condenado a ser decapitado. - Atosdos Apstolos, 509.

    O CRISTIANISMO SE MULTIPLICA NO IMPRIO ROMANO

    COMEAM AS PERSEGUIES

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    fesosignifica desejvel. Tal era a condioda igreja durante o primeiro perodo, que se estende do ano27 ao ano 100 A.D., aproximadamente. Nesse tempo, a

    simplicidade e o fervor predominavam na igreja. Os crentesse esforavam para obedecer fielmente Palavra de Deus.Em sua vida, revelavam um firme e sincero amor a Cristo,eram zelosos de boas obras e pacientes nas tribulaes eperseguies que sofriam por amor da verdade. Eramdotados de um esprito missionrio, pois faziam o queestava ao seu alcance para levar as boas novas de salvaoa todas as partes. A obra era levada avante com mpeto, emultides de incrdulos ouviam as razes da esperana do

    cristo. - Um Novo Mundo, pg. 90.A histria da igreja primitiva testificou do

    cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes daTerra e do inferno arregimentaram-se contra Cristo napessoa de Seus seguidores. O paganismo previa que seo evangelho triunfasse, seus templos e altaresdesapareciam; portanto convocou suas foras paradestruir o cristianismo. Acenderam-se as fogueiras daperseguio. Os cristos eram despojados de suas

    posses e

    expulsos de suas casas. Suportaram "grande combatede aflies". Heb. 10:32. "Experimentaram escrnios e

    aoites, e at cadeias e prises." Heb. 11:36. Grandenmero deles selaram seu testemunho com o prpriosangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos eignorantes, foram de igual modo mortos semmisericrdia.

    Estas perseguies, iniciadas sob o governo deNero, aproximadamente ao tempo do martrio de Paulo,continuaram com maior ou menor fria durantesculos. Os cristos eram falsamente acusados dosmais hediondos crimes e tidos como a causa das

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    grandes calamidades - fomes, pestes e terremotos.Tornando-se eles objeto do dio e suspeita popular,prontificaram-se denunciantes, por amor ao ganho, atrair os inocentes. Eram condenados como rebeldes ao

    imprio, como inimigos da religio e peste dasociedade. Grande nmero deles eram lanados sferas ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eramcrucificados, outros cobertos com peles de animaisbravios e lanados arena para serem despedaadospelos ces. De seu sofrimento muitas vezes sefazia a principal diverso nas festas pblicas. Vastasmultides reuniam-se para observar o espetculo esaudavam as aflies de sua agonia com riso e

    aplauso.Onde quer que procurassem refgio, os seguidoresde Cristo eram caados como animais. Eram forados aprocurar esconderijo nos lugares desolados e solitrios."Desamparados, aflitos e maltratados (dos quais omundo no era digno), errantes, pelos desertos, emontes, e pelas covas e cavernas da terra." Heb. 11:37e 38. As catacumbas proporcionavam abrigo amilhares. Por sob as colinas, fora da cidade de Roma,

    longas galerias tinham sido feitas atravs da terra e darocha; o escuro e complicado trama das comunicaesestendia-se quilmetros alm dos muros da cidade.Nestes retiros subterrneos, os seguidores de Cristosepultavam os seus mortos; e ali tambm, quandosuspeitos e proscritos, encontravam lar. Quando oDoador da vida despertar os que pelejaram o bomcombate, muitos que foram mrtires por amor de Cristosairo dessas sombrias cavernas.

    Sob a mais atroz perseguio, estas testemunhasde Jesus conservaram incontaminada a sua f. Postoque privados de todo conforto, excludos da luz do Sol,tendo o lar no seio da terra, obscuro mas amigo, noproferiam queixa alguma. Com palavras de f,pacincia e esperana, animavam-se uns aos outros asuportar a privao e

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    angstia. A perda de toda a bno terrestre no ospoderia forar a renunciar sua crena em Cristo.

    Provaes e perseguio no eram seno passos que oslevavam para mais perto de seu descanso erecompensa.

    Como aconteceu aos servos de Deus de outrora,muitos "foram torturados, no aceitando o seulivramento, para alcanarem uma melhor ressurreio".Heb. 11:35. Estes se recordavam das palavras doMestre, de que, quando perseguidos por amor deCristo, ficassem muito alegres, pois que grande seriaseu galardo no Cu, porque assim tinham sidoperseguidos os profetas antes deles. Regozijavam-se deque fossem considerados dignos de sofrer pelaverdade, e cnticos de triunfo ascendiam dentre aschamas crepitantes. Pela f, olhando para cima, viamCristo e os anjos apoiados sobre as ameias do Cu,contemplando-os com o mais profundo interesse, comaprovao considerando a sua firmeza. Uma voz lhesvinha do trono de Deus: "S fiel at morte, e dar-te-ei

    a coroa da vida." Apoc. 2:10. - O Grande conflito,37-39.

    A tribulao de dez dias (de apocalipse 2:10)refere-se evidentemente, aos dez anos de intensaperseguio, de 302 a 312, sob o governo deDiocleciano. - Um Novo Mundo, pgina 81.

    O CRISTIANISMO CRESCE AINDA MAIS. CESSAM AS

    PERSEGUIES. COMEA A CORRUPO DA IGREJA CRISTQUE CONDUZ FINALMENTE SUA UNIO COM OPAGANISMO. SURGE A IGREJA DE ROMA.

    Nulos foram os esforos de Satans para destruirpela violncia a igreja de Cristo...

    Satans, portanto, formulou seus planos paraguerrear com mais xito contra o governo de Deus,hasteando sua bandeira na igreja crist. Se osseguidores de Cristo pudessem ser enganados e

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    levados a desagradar a Deus, falhariam ento suafora, poder e firmeza, e eles cairiam como presa fcil.

    O grande adversrio se esforou ento por obterpelo artifcio aquilo que no lograra alcanar pela fora.

    Cessou a perseguio, e em seu lugar foi posta aperigosa seduo da prosperidade temporal e honramundana. Levavam-se idlatras a receber parte da fcrist, enquanto rejeitavam outras verdades essenciais.Professavam aceitar a Jesus como o Filho de Deus ecrer em Sua morte e ressurreio; mas no tinham a

    convico do pecado e no sentiam necessidade dearrependimento ou de uma mudana de corao. Comalgumas concesses de sua parte, propuseram que oscristos fizessem outras tambm, para que todospudessem unir-se sob a plataforma da crena emCristo.

    A igreja naquele tempo encontrava-se em terrvel

    perigo. Priso, tortura, fogo e espada eram bnos emcomparao com isto. Alguns dos cristospermaneceram firmes, declarando que notransigiriam. Outros eram favorveis a que cedessem,ou modificassem alguns caractersticos de sua f, e seunissem aos que haviam aceito parte do cristianismo,insistindo em que este poderia ser o meio para acompleta converso. Foi um tempo de profundaangstia para os fiis seguidores de Cristo. Sob a capa

    de pretenso cristianismo, Satans se estava insinuandona igreja a fim de corromper-lhe a f e desviar-lhe amente da Palavra da verdade.

    A maioria dos cristos finalmente consentiu embaixar a norma, formando-se uma unio entre ocristianismo e o paganismo. Posto que os adoradoresde dolos professassem estar convertidos e unidos igreja, apegavam-se ainda idolatria, mudando apenasos objetos de culto pelas

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    imagens de Jesus, e mesmo de Maria e dos santos. Ofermento vil da idolatria, assim trazido para a igreja,continuou a obra funesta. Doutrinas

    errneas, ritos supersticiosos e cerimnias idoltricas

    foram incorporados em sua f e culto. Unindo-se osseguidores de Cristo aos idlatras, a religio crist setornou corrupta e a igreja perdeu sua pureza e poder.Alguns houve, entretanto, que no foram transviadospor esses enganos. Mantinham-se ainda fiis ao Autorda verdade, e adoravam a Deus somente. - OGrande Conflito, 39-41.

    Satans bem sabia que as Escrituras Sagradashabilitariam os homens a discernir seus enganos e

    resistir a seu poder. Foi pela Palavra que mesmo oSalvador do mundo resistiu a seus ataques. Em cadaassalto Cristo apresentou o escudo da verdade eterna,dizendo: "Est escrito." A cada sugesto do adversrio,opunha a sabedoria e poder da Palavra. A fim deSatans manter o seu domnio sobre os homens eestabelecer a autoridade humana, deveria conserv-losna ignorncia das Escrituras. A Bblia exaltaria a Deus ecolocaria o homem finito em sua verdadeira posio;

    portanto, suas sagradas verdades deveriam serocultadas e suprimidas. Esta lgica foi adotada pelaIgreja de Roma. Durante sculos a circulao daEscritura foi proibida. Ao povo era vedado l-la ou t-laem casa, e sacerdotes e prelados sem escrpulos

    interpretavam-lhe os ensinos de modo a favoreceremsuas pretenses. Assim o chefe da igreja veio a serquase universalmente reconhecido como o vigrio deDeus na Terra, dotado de autoridade sobre a igreja e oEstado.

    Suprimido o revelador do erro, agiu Satans vontade. A profecia declarara que o papado havia decuidar "em mudar os tempos e a lei".Dan. 7:25. Para

    cumprir esta obra no foi vagaroso. A fim deproporcionar aos conversos do paganismo uma

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    substituio adorao de dolos, e promover assimsua aceitao nominal do cristianismo, foigradualmente introduzida no culto cristo a adoraodas imagens e relquias. O decreto de um conclio geral

    estabeleceu, por fim, este sistema de idolatria. Paracompletar a obra sacrlega, Roma pretendeu eliminarda lei de Deus, o segundo mandamento, que probe oculto das imagens, e dividir o dcimo mandamento afim de conservar o nmero deles.

    Este esprito de concesso ao paganismo abriucaminho para desrespeito ainda maior da autoridade doCu. Satans, operando por meio de no consagradosdirigentes da igreja, intrometeu-se tambm com o

    quarto mandamento e tentou pr de lado o antigosbado, o dia que Deus tinha abenoado e santificado(Gn. 2:2 e 3), exaltando em seu lugar a festaobservada pelos pagos como "o venervel dia do Sol".Esta mudana no foi a princpio tentada abertamente.Nos primeiros sculos o verdadeiro sbado foi guardadopor todos os cristos. Eram estes ciosos da honra deDeus, e, crendo que Sua lei imutvel, zelosamentepreservavam a santidade de seus preceitos. Mas com

    grande argcia, Satans operava mediante seusagentes para efetuar seu objetivo. Para que a atenodo povo pudesse ser chamada para o domingo, foi feitodeste uma festividade em honra da ressurreio deCristo. Atos religiosos eram nele realizados; era, porm,considerado como dia de recreio, sendo o sbado aindaobservado como dia santificado. - O Grande Conflito,47-50.

    No sculo VI tornou-se o papado firmemente

    estabelecido. Fixou-se a sede de seu poderio na cidadeimperial e declarou-se ser o bispo de Roma a cabea detoda a igreja. O paganismo cedera lugar ao papado. Odrago dera besta "o seu poder, e o seu trono, egrande poderio". Apoc. 13:2. E comearam ento os1.260 anos da opresso papal preditos nas profecias deDaniel e Apocalipse. (Dan. 7:25; Apoc. 13:5-7.) Oscristos foram obrigados a optar entre renunciar suaintegridade e aceitar as cerimnias e culto papais, ou

    passar a vida nas

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    masmorras, sofrer a morte pelo instrumento de tortura,pela fogueira, ou pela machadinha do verdugo.

    Cumpriam-se as palavras de Jesus: "E at pelos pais, eirmos, e parentes, e amigos sereis entregues, emataro alguns de vs. E de todos sereis odiados porcausa de Meu nome." Luc. 21:16 e 17. - O GrandeConflito, 52.

    Atravs dos sculos foram muitos os dogmas einvencionices da igreja de Roma, que o tempo e oespao no permitem aqui enumerar. Recomendamospara um estudo mais detalhado dos mesmos, os livrosUm Novo Mundo, O Grande Conflito e outrossemelhantes.

    BREVE CONSIDERAO SOBRE OS CONCLIOS DA IGREJACATLICA

    O dicionrio catlico Dicionrio do Cristianismode Jean Mathieu-Rosay nos traz a seguir uma definio

    e breve histria dos conclios da igreja catlica. bemverdade que os conclios s se fizeram necessriosquando a igreja ainda chamada crist se distanciou doverdadeiro cristianismo e passou a adotar conceitospagos, perdendo assim a direo do Esprito Santo, anica garantia de unidade da f.

    Mas o que o conclio? Em sua essncia, umaassemblia de bispos, habitualmente assistidos porespecialistas em teologia, reunidos para precisar um

    ponto de doutrina ou definir uma linha de conduta naprtica da vida crist. Esta ltima funo costuma ser ados conclios particulares, nacionais ou provinciais, aopasso que a formulao da doutrina normalmente cabea conclios gerais, tambm chamados de ecumnicos.

    A Igreja ortodoxa s reconhece comoecumnicos os oito primeiros conclios. O primeiro foi ode Nicia, em 325, que condenou o arianismo. Oseguinte, de Constantinopla, em 381, definiu adivindade do Esprito Santo. O de feso, em 431,

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    afirmou que Maria verdadeiramente Me de Deus. Ode Calcednia (451) formulava o dogma das duasnaturezas, divina e humana, em Jesus Cristo.Constantinopla II (553) simplesmente confirmava as

    doutrinas dos precedentes. Constantinopla III (680)condenava os que admitiam em Cristo uma vontadenica. Nicia II (787) atacava os iconoclastas, quequebravam cones e esttuas (consideradas) piedosaspor consider-los

    dolos. Constantinopla IV, por fim, em 869, depunhaFcio, acusado de ter usurpado o trono do patriarca deConstantinopla.

    Esses oito conclios foram realizados no Oriente.Os treze seguintes se reuniram no Ocidente e, segundoos ortodoxos, so apenas da Igreja Romana. -Dicionrio do cristianismo, 97 e 98.

    LUX LUCET IN TENEBRIS OS VALDENSES

    Por entre as trevas que baixaram Terra

    durante o longo perodo da supremacia papal, a luz daverdade no poderia ficar inteiramente extinta. Emcada poca houve testemunhas de Deus - homens queacalentavam f em Cristo como nico mediador entreDeus e o homem, que mantinham a Escritura Sagradacomo a nica regra de vida, e santificavam overdadeiro sbado.

    A histria do povo de Deus durante os sculos detrevas que se seguiram supremacia de Roma, est

    escrita no Cu, mas pouco espao ocupa nos registroshumanos. Poucos traos de sua existncia se podem

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    encontrar, a no ser nas acusaes de seusperseguidores. Foi ttica de Roma obliterar todovestgio de dissidncia de suas doutrinas ou decretos.

    Tudo que fosse hertico, quer pessoas quer escritos,

    procurava ela destruir. - O Grande Conflito,59Dentre os que resistiram ao cerco cada vez mais

    apertado do poder papal, os valdenses ocuparamposio preeminente. - O Grande Conflito, 61

    Por volta do ano 1170 viveu na cidade francesa deLyon um rico comerciante chamado Pedro Valdo, o qualse contentava em gastar sua riqueza consigo mesmo esua famlia desfrutando dos prazeres deste mundo.Mas, em certo momento, acometido pelo que os

    mdicos de hoje chamam de crise existencial, foitomado pelo desespero. No encontrava prazer na vida,nem encontrava uma razo para a sua existncia.Finalmente (1173) algum lhe ps em mos umexemplar do Novo Testamento. Ali encontrou a Cristo,encontrando finalmente a paz que sua alma buscava.No contente de usufruir sozinho os privilgios

    do evangelho, Valdo delineou um plano paracompartilhar com outros as boas novas que haviarecebido. Encomendou de um frei estudioso umatraduo do Novo Testamento para o dialeto Lions, ecomeou a distribuir assim a Palavra de Deus na lnguado povo. Finalmente passou s mos de seus familiaresa metade de seus bens, a outra metade vendeu e

    distribuiu entre os pobres, e assim saiu a pregar oevangelho, formando rapidamente ao redor de si umgrupo de seguidores, que vieram a ser conhecidoscomo os Pobres de Lyon. Em pouco tempo essemovimento ultrapassou as fronteiras de sua regionatal, alcanando outras regies da Frana eposteriormente os pases vizinhos e alguns maisdistantes, dentro do continente Europeu.

    Para tentar impedir o avano do movimento

    valdense a igreja de Roma convocou um Conclio nacidade de Verona, na Itlia, onde o movimento dos

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    Valdenses foi completamente condenado. Apenaspodiam pregar o evangelho os que possussem umaautorizao da igreja catlica. Mas, inicialmente no sedesencadeou a perseguio. Mais tarde porm, com o

    avano do movimento valdense, ultrapassando asfronteiras da Frana, medidas mais drsticas foramtomadas. Houve um outro Conclio em Verona e agorase determinou que os valdenses fossem impedidos depraticar a sua f ou ensin-la a outros. Se no seretratassem deveriam ser perseguidos, presos,queimados na fogueira, seus bens confiscados e seusfilhos postos em conventos para ser criados comocatlicos. queles que de alguma maneira os

    ajudassem deveria ser prestado o mesmo tratamento.Assim se levantou a perseguio por toda a Europa,massacrando impiedosamente o movimento valdense.Praticamente o povo valdense foi exterminado em todaa Europa, menos em um lugar. Um lugar de to difcilacesso, de clima to rigoroso, e com um povo deesprito to inquebrantvel, to determinado, que assimpor muitos sculos foi mantida acesa a tocha daverdade.

    Por trs dos elevados baluartes das montanhas -em todos os tempos refgio dos perseguidos eoprimidos - os valdenses encontraram esconderijo. Ali,conservou-se a luz da verdade a arder por entre astrevas da Idade Mdia. Ali, durante mil anos,testemunhas da verdade mantiveram a antiga f.

    Deus providenciara para Seu povo um santuriode majestosa grandeza, de acordo com asextraordinrias verdades confiadas sua guarda. Para

    os fiis exilados, eram as montanhas um emblema daimutvel justia de Jeov. Apontavam eles a seus filhosas alturas sobranceiras, em sua imutvel majestade, efalavam-lhes dAquele em

    quem no h mudana nem sombra de variao, cuja

    Palavra to perdurvel como os montes eternos...

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    As montanhas que cingiam os fundos vales eramtestemunhas constantes do poder criador de Deus eafirmao sempre infalvel de Seu cuidado protetor.Esses peregrinos aprenderam a amar os smbolos

    silenciosos da presena de Jeov. No condescendiamcom murmuraes por causa das dificuldades da sorte;nunca se sentiam abandonados na solido dasmontanhas. Agradeciam a Deus por haver-lhes providorefgio da ira e crueldade dos homens. Regozijavam-se

    diante dEle na liberdade de prestar culto. Muitas vezes,quando perseguidos pelos inimigos, a fortaleza dasmontanhas se provara ser defesa segura. De muitosrochedos elevados entoavam eles louvores a Deus e os

    exrcitos de Roma no podiam fazer silenciar seuscnticos de aes de graas.

    Pura, singela e fervorosa era a piedade dessesseguidores de Cristo. Os princpios da verdade,avaliavam-nos eles acima de casas e terras, amigos,parentes e mesmo da prpria vida. Semelhantesprincpios ardorosamente procuravam eles gravar nocorao dos jovens. Desde a mais tenra infncia os

    jovens eram instrudos nas Escrituras, e ensinava-se-

    lhes a considerar santos os requisitos da lei de Deus.Sendo raros os exemplares das Escrituras Sagradas,eram suas preciosas palavras confiadas memria.Muitos eram capazes de repetir longas pores tanto doAntigo como do Novo Testamento. Os pensamentos deDeus associavam-se ao sublime cenrio da natureza es humildes bnos da vida diria....

    Os pais, ternos e afetuosos como eram, tosabiamente amavam os filhos que no permitiam que

    se habituassem condescendncia prpria. Esboava-se diante deles uma vida de provaes e dificuldades,talvez a morte de mrtir. Eram ensinados desde ainfncia a suportar rudezas, a sujeitar-se ao domnio, econtudo a pensar e agir por si mesmos. Muito cedoeram ensinados a encarar responsabilidades, a seremprecavidos no falar e a compreenderem a sabedoria dosilncio. Uma palavra indiscreta que deixassem cair noouvido dos inimigos, poderia pr em perigo no

    somente a vida do que falava, mas a de centenas deseus irmos; pois, semelhantes a lobos caa da presa,

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    os inimigos da verdade perseguiam os que ousavamreclamar liberdade para a f religiosa....

    De seus pastores recebiam os jovens instruo.Conquanto se

    desse ateno aos ramos dos conhecimentos gerais,fazia-se da Escritura Sagrada o estudo principal. Osevangelhos de Mateus e Joo eram confiados

    memria, juntamente com muitas das epstolas.Tambm se ocupavam em copiar as Escrituras. Algunsmanuscritos continham a Bblia toda, outros apenasbreves pores, a que algumas simples explicaes dotexto eram acrescentadas por aqueles que eramcapazes de comentar as Escrituras. Assim seapresentavam os tesouros da verdade durante tantotempo ocultos pelos que procuravam exaltar-se acimade Deus.

    Mediante pacientes e incansveis labores, porvezes nas profundas e escuras cavernas da Terra, luzde archotes, eram copiadas as Escrituras Sagradas,versculo por versculo, captulo por captulo. Assim aobra prosseguia, resplandecendo, qual ouro puro, avontade revelada de Deus; e quanto mais brilhante,clara e poderosa era por causa das provaes quepassavam por seu amor, apenas o poderiamcompreender os que se achavam empenhados em obra

    semelhante. Anjos celestiais circundavam os fiisobreiros...

    Conquanto os valdenses considerassem o temordo Senhor como o princpio da sabedoria, no eramcegos no tocante importncia do contato com omundo, do conhecimento dos homens e da vida ativa,para expandir o esprito e avivar as percepes. Desuas escolas nas montanhas alguns dos jovens foramenviados a instituies de ensino nas cidades da Franaou Itlia, onde havia campo mais vasto para o estudo,

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    pensamento e observao, do que nos Alpes nativos.Os jovens assim enviados estavam expostos tentao, testemunhavam o vcio, defrontavam-se comos astuciosos agentes de Satans, que lhes queriam

    impor as mais sutis heresias e os mais perigososenganos. Mas sua educao desde a meninice fora demolde a prepar-los para tudo isto.

    Nas escolas aonde iam, no deveriam fazerconfidentes a quem quer que fosse. Suas vestes erampreparadas de maneira a ocultar seu mximo tesouro -os preciosos manuscritos das Escrituras. A estes, frutode meses e anos de labuta, levavam consigo e, sempreque o podiam fazer sem despertar suspeita,

    cautelosamente punham uma poro ao alcancedaqueles cujo corao parecia aberto para receber averdade. Desde os joelhos da me a juventudevaldense havia sido educada com este propsito emvista; compreendiam o trabalho, e fielmente oexecutavam. Ganhavam-se conversos verdadeira fnessas instituies de ensino, e freqentemente seencontravam seus princpios a penetrar a

    escola toda; contudo os chefes papais no podiam pelomais minucioso inqurito descobrir a fonte da chamadaheresia corruptora.

    O esprito de Cristo esprito missionrio. Oprimeiro impulso do corao regenerado levar outrostambm ao Salvador. Tal foi o esprito dos cristos

    valdenses. Compreendiam que Deus exigia mais delesdo que simplesmente preservar a verdade em suapureza, nas suas prprias igrejas; e que sobre elesrepousava a solene responsabilidade de deixarem sualuz resplandecer aos que se achavam em trevas. Peloforte poder da Palavra de Deus procuravam romper ocativeiro que Roma havia imposto.

    Os ministros valdenses eram educados comomissionrios, exigindo-se primeiramente de cada um

    que tivesse a expectativa de entrar para o ministrio,aquisio de experincia como evangelista. Cada um

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    deveria servir trs anos em algum campo missionrioantes de assumir o encargo de uma igreja em seu pas.Este servio, exigindo logo de comeo renncia esacrifcio, era introduo apropriada vida pastoral

    naqueles tempos que punham prova a alma. Osjovens que recebiam a ordenao para o sagradomister, viam diante de si, no a perspectiva de riquezase glria terrestre, mas uma vida de trabalhos e perigo,e possivelmente o destino de mrtir. Os missionriosiam de dois em dois, como Jesus enviara Seusdiscpulos. Cada jovem tinha usualmente porcompanhia um homem de idade e experincia,achando-se aquele sob a orientao do companheiro,

    que ficava responsvel por seu ensino, e a cujainstruo se esperava que seguisse. Estes coobreirosno estavam sempre juntos, mas muitas vezes sereuniam para orar e aconselhar-se, fortalecendo-seassim mutuamente na f..

    Tornar conhecido o objetivo de sua misso seriaassegurar a derrota; ocultavam, portanto,cautelosamente seu verdadeiro carter. Cada ministropossua conhecimento de algum ofcio ou profisso e os

    missionrios prosseguiam na obra sob a aparncia devocao secular. Usualmente escolhiam a de mercadorou vendedor ambulante. "Levavam sedas, jias e outrosartigos, que naquele tempo no se compravamfacilmente, a no ser em mercados distantes; e erambem recebidos como negociantes onde teriam sidorepelidos como missionrios." - Wylie. Em todo o temposeu corao se levantava a Deus rogando sabedoria afim de apresentar um tesouro mais precioso do que o

    ouro ou jias. Levavam secretamente consigoexemplares da Escritura Sagrada, no todo ou em parte;quando quer que se apresentasse oportunidade,chamavam a ateno dos fregueses para osmanuscritos. Muitas vezes assim se despertava ointeresse de ler a Palavra de Deus, e

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    alguma poro era de bom grado deixada com os que adesejavam receber.

    A obra destes missionrios comeava nas planciese vales ao p de suas prprias montanhas, mas

    estendia-se muito alm destes limites. Descalos e comvestes singelas e poentas da jornada como eram as deseu Mestre, passavam por grande cidades epenetravam em longnquas terras. Por toda parteespalhavam a preciosa verdade. Surgiam igrejas emseu caminho e o sangue dos mrtires testemunhava daverdade. O dia de Deus revelar rica colheita de almasenceleiradas pelos labores destes homens fiis. Veladae silenciosa, a Palavra de Deus rompia caminho atravs

    da cristandade e tinha alegre acolhida nos lares ecoraes. - O Grande Conflito, 63-69.

    A histria do povo valdense uma histria de f,luta e sacrifcio. Ao caminharmos pelas terrasvaldenses, sentimos que estamos pisando em um lugarsagrado, consagrado pelo sangue das testemunhas de

    Jesus. Muitos vezes somos levados a nos perguntarcomo eles puderam resistir a tanta perseguio.

    As perseguies desencadeadas durante muitos

    sculos sobre este povo temente a Deus, foram por elesuportadas com uma pacincia e constncia quehonravam seu Redentor. Apesar das cruzadas contraeles e da desumana carnificina a que foram sujeitos,continuavam a mandar seus missionrios a espalhar apreciosa verdade. Eram perseguidos at morte;contudo, seu sangue regava a semente lanada, e estano deixou de produzir fruto. Assim os valdensestestemunharam de Deus, sculos antes do nascimento

    de Lutero. Dispersos em muitos pases, plantaram asemente da Reforma que se iniciou no tempo deWycliffe, cresceu larga e profundamente nos dias deLutero, e deve ser levada avante at ao final do tempopor aqueles que tambm esto dispostos a sofrer todasas coisas pela "Palavra de Deus, e pelo testemunho de

    Jesus Cristo". Apoc. 1:9. - O Grande Conflito, 75

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    APROXIMA-SE O TEMPO DA GRANDE REFORMAPROTESTANTE WICLEF, A ESTRELA DA MANH DAREFORMA (INGLATERRA)

    O Grande Conflito, 77-93

    DOIS HERIS DA IDADE MDIA (BOMIA HOJE REPBLICATCHECA)

    O Grande Conflito, 95-116

    A GRANDE REFORMA DE LUTERO

    O Grande Conflito, 117-165183-207

    ZUNGLIO E OECOLAMPADIUS A REFORMA NA SUIAALEM

    O Grande Conflito, 169-181

    LEFVRE, FAREL, BERQUIN, OLIVETAN, CALVINO AREFORMA NA FRANA

    O Grande Conflito, 209-228.

    FAREL, FROMENT, CALVINO - A REFORMA NA SUIAFRANCESA

    O Grande Conflito, 228-233.

    PAISES BAIXOS: BLGICA, HOLANDA, LUXEMBURGO -MENO SIMONS

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    O Grande Conflito, 235-238

    TAUSEN, O REFORMADOR DA DINAMARCA

    O Grande Conflito, 238-240

    A REFORMA NA SUCIA OLAVO E LOURENO PETRI

    O Grande Conflito, 240-242

    TYNDALE, LATIMER A BBLIA NA LINGUAGEM DO POVO DAINGLATERRA

    WHITEFIELD E OS IRMOS WESLEY

    O Grande Conflito, 243-247

    ESCCIA - COLUMBA, JOO KNOX

    O Grande Conflito, 247-249

    OS PURITANOS FOGEM PARA A HOLANDA, ESCAPANDO DAPERSEGUIO DA IGREJA ANGLICANA NA INGLATERRA -FINALMENTE SEGUEM PARA AS TERRAS RECMDESCOBERTAS DA AMRICA, DANDO INCIO

    COLONIZAO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMRICA

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    O Grande Conflito, 287-296

    SCULO XIX MUITOS COMEAM A PREGAR SOBRE APROXIMIDADE DA SEGUNDA VINDA DE JESUS NOS

    ESTADOS UNIDOS DEUS CHAMA MILLER E OUTROS PARADAREM INCIO AO GRANDE MOVIMENTO ADVENTISTA

    Aps a converso de Guilherme Miller igreja

    batista, em 1816, dedicou-se de modo especial ao estudoda Bblia, a fim de ter argumentos para

    enfrentar seus ex-colegas ateus. Um dia deparou com umtexto que lhe chamou em especial a ateno, Daniel 8:14.Passou a estudar com dedicao o assunto da purificaodo santurio, at chegar concluso de que as 2.300tardes e manhs, ou 2.300 dias, na verdade representavam2.300 anos, e que a purificao do santurio representava apurificao da Terra pelo fogo, por ocasio da Segundavinda de Jesus. Comeando a contar de 457 a.C., quandoaconteceu o decreto de Artaxerxes para a reconstruo de

    Jerusalm, Miller chegou impressionante concluso deque Cristo retornaria por volta do ano de 1843. Sentia opeso da necessidade de anunciar a outros o que haviadescoberto, mas o temor e a timidez prevaleciam, at queem Agosto de 1831, aps 13 anos de protelao, comeoua pregar. Para sua surpresa comeou a receber convites emais convites para anunciar o que havia descoberto sobre aproximidade da Segunda Vinda de Cristo. Pessoas dediferentes igrejas, como congregacionais, batistas,

    metodistas, presbiterianos e assim por diante, lhe faziamconvites para pregar em suas igrejas.

    Pouco a pouco o nmero de crentes nos estudosprofticos foram crescendo e pessoas influentes como JosuHimes, Josias Litch e outros estavam apoiando e ajudando ana pregao das mesmas mensagens. Chegou, porm oano de 1843, e para grande decepo de todos Cristo noveio como esperavam. Aps rever seus clculos Miller e seugrupo perceberam que haviam errado a conta em um ano,

    porque o decreto de Artaxerxes havia sido feito no final doano 457 a.C, e no em seu comeo. De novo recomearam

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