história da farmácia

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Disciplina: História e Sociologia da Farmácia Ano Lectivo de 2005/2006 Professor Responsável: Prof. Doutor José Pedro Sousa Dias. Aulas Teóricas N.^o de aulas previstas: 26 (2 aulas de 1 hora/semana). 1 Programa Teórico 1 A História da Farmácia. 1 O que é a História da Farmácia. 1 Objecto. Conceitos básicos e evolução da História da Farmácia. História da profissão e história do medicamento. Aspectos científicos e sociais e formas de abordar a História da Farmácia. A História da Farmácia e outras disciplinas afins. 2 Fontes e métodos. Fontes materiais, escritas, iconográficas e orais. A investigação e o método crítico. Heurística e Hermenêutica. Síntese. Ciências auxiliares. A História da Farmácia em Portugal. 2 A Medicina e a Farmácia na Antiguidade. 1 Antiguidade Pré-Clássica.

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Page 1: História da Farmácia

Disciplina: História e Sociologia da Farmácia

Ano Lectivo de 2005/2006

Professor Responsável: Prof. Doutor José Pedro Sousa Dias.

Aulas Teóricas N.^o de aulas previstas: 26 (2 aulas de 1 hora/semana).

1 Programa Teórico

1 A História da Farmácia.

1 O que é a História da Farmácia.

1 Objecto.

Conceitos básicos e evolução da História da Farmácia. História da profissão e história do medicamento. Aspectos científicos e sociais e formas de abordar a História da Farmácia. A História da Farmácia e outras disciplinas afins.

2 Fontes e métodos.

Fontes materiais, escritas, iconográficas e orais. A investigação e o método crítico. Heurística e Hermenêutica. Síntese. Ciências auxiliares. A História da Farmácia em Portugal.

2 A Medicina e a Farmácia na Antiguidade.

1 Antiguidade Pré-Clássica.

Civilizações do Crescente Fértil. Fontes médico-farmacêuticas da Mesopotâmia e Egipto. Tabuinhas de argila e papiros. Deuses, génios e demónios na patologia e na terapêutica assírio-babilónicas. Aspectos da mitologia mesopotâmica e egípcia relacionados com a saúde. A serpente na lenda de Gilgamesh. Imhotep.

2 Antiguidade Clássica.

Grécia. Deuses da Medicina. Culto de Asclépio. Bases filosóficas da Teoria dos Humores. Alcméon, Pitágoras e Empédocles. As escolas pré-hipocráticas. Hipócrates. Patologia geral, terapêutica e ética hipocráticas. Aristóteles. A Escola de Alexandria. Medicina greco- romana. Celso, Plínio o velho e Scribonius Largus. Dioscórides.

Page 2: História da Farmácia

Galeno. A sistematização da patologia humoral. Classificação galénica dos medicamentos. Profissões da área farmacêutica.

3 Do Islão ao Renascimento.

1 O mundo árabe e o Ocidente cristão.

As heresias do Séc. V. A ascensão do Islão. A literatura médico-farmacêutica árabe. A Farmácia como profissão autónoma. Canais dos conhecimentos greco-árabes para o Ocidente cristão. O Mediterrâneo. A Escola de Salerno. A Farmácia no al-Andalus. A Farmácia conventual. As universidades. O aparecimento da Farmácia laica e a separação das profissões médicas. O Édito de Melfi. Especieiros e boticários em Portugal nos finais da Idade Média.

2 A Farmácia do Renascimento.

O Renascimento e a Expansão quinhentista. O Humanismo Médico e sua influência na Farmácia. Os comentários a Dioscórides. Amato Lusitano. Andrés Laguna. Valerius Cordus. Os herbários modernos. Leonhard Füchs. Drogas de origem asiática e americana. Garcia de Orta. Nicolás Monardes. Cristóvão da Costa. Clusius. Os jardins botânicos. A química farmacêutica. Paracelso.

3 2.3.3. A Farmácia em Portugal nos séculos XV e XVI.

Mestre Ananias. A separação oficial entre a Medicina e a Farmácia. A regulamentação do exercício farmacêutico. Regimentos dos boticários. O Físico-mor e suas atribuições. A Farmácia hospitalar. Partidos municipais. Os farmacêuticos e a Expansão. Tomé Pires. Simão Álvares.

4 Da Revolução Científica ao Iluminismo.

1 A Medicina e a Revolução Científica do Século XVII.

Tentativas de criar um sistema médico alternativo ao Galenismo. Iatroquímica. Sylvius. Thomas Willis. Iatromecânica. Borelli. Boerhaave. Animismo. Stahll.

2 A Farmácia em Portugal nos séculos XVII e XVIII.

O Período barroco. A terapêutica em Portugal no século XVII. As sangrias. Introdução dos medicamentos químicos. Curvo Semedo. João Vigier. Literatura farmacêutica. Os remédios secretos. Aspectos sócio-económicos dos farmacêuticos. Formas de acesso à profissão e de organização. A Farmácia conventual. O Período das luzes. Castro Sarmento. Ribeiro Sanches. A Reforma Pombalina. A Junta do Proto-Medicato. A primeira Farmacopeia oficial.

5 A Farmácia Contemporânea.

1 A Farmácia e o paradigma médico-laboratorial.

Page 3: História da Farmácia

Anatomia patológica, patologia celular e fisiopatologia. Química extractiva. Os alcalóides. Farmacologia. Química Orgânica. Imunologia e Microbiologia. A Quimioterapia. Novos grupos fármaco-terapêuticos. Moléculas de síntese. O nascimento da indústria farmacêutica. Da Farmácia de Oficina à Farmácia Comunitária. Farmácia Clínica e Cuidados Farmacêuticos.

2 A Farmácia no Portugal Contemporâneo.

O Liberalismo e a profissão farmacêutica. A Sociedade Farmacêutica Lusitana. O ensino superior farmacêutico. Farmacêuticos de 1^a e 2^a classe. A indústria farmacêutica nacional. Associativismo. O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos. A evolução recente do sector farmacêutico.

6 O conhecimento científico e técnico.

1 Noções gerais.

A Sociologia do conhecimento e da ciência. O que é a ciência. Conceitos básicos. Pesquisa e conhecimento científico. Epistemologia e validade da ciência.

2 A organização social da ciência.

A comunicação científica. A validação do conhecimento e a estrutura social da comunidade científica. Acreditação e reconhecimento. Concorrência e colaboração. Estratificação e poder. Revoluções científicas.

Avaliação

2 Metodologia de Avaliação

1 Metodologia de Avaliação do Ensino Teórico

É realizado um exame final obrigatório correspondente à matéria leccionada no curso teórico.

2 Metodologia de Avaliação do Ensino Prático

No decorrer do curso prático, os alunos prepararão e apresentarão oralmente comentários de textos e outros trabalhos sobre os temas das aulas. Se, por algum motivo, houver alunos que não o possam fazer, apresentarão um curto ensaio escrito sobre um tema do programa. A avaliação prática resultará da avaliação destes trabalhos e da participação dos alunos na discussão.

3 Contributo da avaliação do Ensino Prático para a classificação final

Page 4: História da Farmácia

A avaliação prática corresponde a uma percentagem de 20 % da classificação final.

Bibliografia

3 Bibliografia Fundamental. 1. Puerto Sarmiento, F. J. - El mito de Panacea. Compendio de Historia de da

Farmacia y la Terapéutica. Madrid:Doce Calles, 1997. 2. Lopez Piñero, J. M. - Breve Historia de la Medicina. Madrid: Alianza Editorial,

2000. 3. Conrad, L. I. et. al. The Western Medical Tradition. 800 BC to AD 1800.

Cambridge: Cambridge University Press, 1995. 4. Guerra, F. - Historia de la Medicina. Madrid: Ed. Norma, 1982-1989. 3 vols. 5. Weatherall, M. - In Search of a Cure. A History of Pharmaceutical Discovery.

Oxford: Oxford Univ. Press, 1990. 6. Sousa Dias, J. P. - A Farmácia em Portugal. Uma introdução à sua história.

Lisboa: Associação Nacional das Farmácias, 1994. 7. Ziman, John - An introduction to science studies: the philosophical and social

aspects of science and technology. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

Jose Pedro Sousa Dias 2005-09-19