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Os primeiros povoadores de nossa região chegaram aqui

por volta de 1750. O primeiro registro histórico de Santo An-

tônio do Monte é a doação a Lopo Lopes Pereira, em 1758,

de uma sesmaria na Cachoeira do Diamante, junto ao Ribei-

rão Itaubira, próximo à Capela do Alto Santo Antônio do

Monte. Nossa cidade cresceu nas terras da Sesmaria Alta

Serra, doada para o patrimônio do lugar pelo Capitão-Mor

Francisco Tavares Oliveira. Em 1782, essa doação foi legali-

zada pelos herdeiros de Vicente Francisco de Oliveira Lo-

pes. No início do século XIX já constava, conforme docu-

mentos no Arquivo Público Mineiro, a concessão da pia

batismal a capela de Santo Antônio do Monte.

Segundo Dilma Moraes, no ano de 1847 o povoado de Santo Antônio do Monte foi elevado a Distrito sob a influên-

cia do Tenente Coronel Joaquim Antônio da Silva. No ano de 1854, o Curato foi elevado à categoria de Paróquia

pela Lei Provincial de 693 de 24 de maio deste ano e teve como seu primeiro vigário o Padre Francisco Alexandri-

no dos Santos. Em 3 de junho de 1859, o distrito foi elevado a Vila pela lei 981, mas só foi efetivamente implanta-

da em 29 de julho de 1862, obtendo, então, a emancipação político-administrativa. Em 1865, devido a disputas

provinciais entre liberais, no poder, e conservadores, na oposição, a Assembléia Geral aprovou a supressão da

Vila de Santo Antônio do Monte, que foi posteriormente restaurada em 1871, graças aos esforços dos deputados

provinciais Revmo. Vigário Francisco Alexandrino da Silva e Dr. Antônio da Silva Canedo. Em 16 de novembro de

1875, após intensos esforços de toda a comunidade, a Vila de Santo Antônio do Monte foi elevada à categoria de

cidade por meio da lei 2.158.

Atualmente, Santo Antônio do Monte possui, aproximadamente, trinta mil habitantes e a principal atividade econô-

mica é a produção de fogos de artifício que garante emprego e renda para um expressivo contingente de trabalha-

dores. Paralelo a esta produção industrial há um importante setor agropecuário e de comércio que contribui de

forma eficaz para o desenvolvimento municipal.

Apresentação

Um pouco de nossa História

Apresentamos o Álbum de Figurinhas “Um olhar atento sobre Santo Antô-

nio do Monte”, produzido para revelar aspectos culturais de nosso municí-

pio, ajudar a contar um pouco de nossa história, trazer lembranças e

despertar memórias.

As figurinhas que compõem este álbum foram selecionadas no acervo

fotográfico formado durante o Inventário Cultural realizado entre os anos

de 2005 e 2010. Os bens fotografados, apontados por moradores da ci-

dade e da zona rural, através de conversas, entrevistas, visitas, são refe-

rência da memória afetiva da comunidade.

Constituem uma amostra das diversas manifestações culturais de Santo

Antônio do Monte. A ideia é chamar a atenção das pessoas para o acer-

vo que lhes confere identidade, através de uma “releitura prazerosa e lúdi-

ca”, nas figurinhas a serem colecionadas. Ao fazer este exercício, estarão reconstruindo a história e a cultura de nosso povo.

Este Projeto, assim como vários outros desenvolvidos pela atual administração, traduzem o esforço da Prefeitura de Santo

Antônio do Monte em, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, contribuir para a valorização, proteção e

preservação de nosso Patrimônio Histórico e Cultural.

Márcia Aparecida Bernardes Responsável pelo Inventário Cultural

Dilma Moraes Secretária Municipal de Cultura

Leonardo Lacerda Camilo Prefeito Municipal

Praça Monsenhor Otaviano em fotografia de 1946 .

Rua D. Pedro II, atual Avenida Dr. Magalhães Pinto com a antiga Matriz ao fundo .

Aspectos Naturais

Com área de 1136 km2, o município de Santo Antônio do Monte tem como limites: ao norte Moema, Bom Despacho, Araújos e Perdigão; ao sul Arcos, Formiga e Pedra do Indaiá; a leste Divinópolis e São Sebastião do Oeste; a oeste, Lagoa da Prata e Japaraíba. O clima é tropical de altitude. A altitude máxima é de 1150 entre as comunidades rurais de Corguinhos e Camargos e a altitude mínima de 630m na foz do Rio Jacaré. Na cidade, o ponto central mede 934,38m. De forma geral, o relevo do município de Santo Antô-nio do Monte é semimontanhoso. A hidrografia é a-bundante e bem distribuída pelo território, mas a mai-oria dos cursos de água existentes tem relativamente pouco volume. Nas propriedades rurais, estes cursos e nascentes são extremamente úteis para a realiza-ção de diversas atividades complementares que an-tigamente (e ainda hoje, em algumas fazendas), ga-rantiam a produção de artigos manufaturados atra-

vés de moinhos e monjolos. Em termos de vegetação, o município apresenta uma espécie de transição, mesclando espécies de cerrado e mata atlântica, com a predominância do primeiro tipo. Em todo o município existem manchas de mata nativa que se alter-nam com pastagens mais ou menos extensas destinadas à criação de gado de corte e de leite. Dentre as espécies vegetais encontradas com mais frequência estão o cedro, ipê, quaresmeira, paineira e pequi. Merecem destaque outras interferências humanas no meio natural como o plantio de espécies intrusas e culturas diversas. As espécies intrusas são principalmente os eucaliptos para produção de carvão ou para simples marcação espacial (indicam direções, cruzamentos estradas, entre outras) e frutíferas, sobretudo mangueiras, laranjeiras, plantadas nos arredo-res das propriedades e povoados rurais. A fauna é bastante variada. Apresenta várias espécies de aves — quero-quero, bem-te-vi, anu, gavião,canarinhos, andorinhas, pássaros pretos, corujas, dentre outros; mamíferos de pequeno porte tais como quati, tatu, paca, capi-vara, coelho, além de anfíbios, insetos e outros.

Aspectos da paisagem : árvores remanescentes do Cerrado, pastagem, mata nativa e plantação de eucalipto.

Relevo semi-montanhoso e, ao fundo, o Rio Lambari

Disponível em www.iga.br. Página acessada em setembro de 2010.

Escola Municipal Amâncio Bernardes

De arquitetura eclética, foi construída em 1917. O nome do prédio é uma homenagem a um dos coro-néis da política santantoniense, Presidente da Câmara à época da construção. Foi tombado pela munici-palidade em 31/03/1999.

Um olhar atento sobre Santo Antônio do Monte As figurinhas das páginas iniciais retratam os bens tombados de nossa cidade. Um bem tombado, é um bem protegido: ele não pode ser destruído nem descaracterizado. Ele pode ser vendido, alugado, em-prestado. O que não pode é ser destruído, porque é importante para a memória de toda a comunidade.

Tombar significa pôr sob a guarda para conservar e proteger os bens (imóveis e móveis) de interesse público; significa reconhecer o valor cultural do bem. (Cartilha do IEPHA-MG)

Estação Ferroviária Entrou em funcionamento em 1915. Auxiliou na difusão do progresso no município facilitando o acesso aos produtos industrializados, o escoamento da produção local e as viagens intermunicipais e interesta-duais. Tombado em 29/04/1999.

Casarão Magalhães Pinto Construção datada do início do século XX, que,além de abrigar a família do ex-governador mineiro, foi também escola e sede de órgãos da administração municipal. Restaurado, tornou-se em 2007, a sede do Centro de Memória Municipal. Foi tombado pelo Conselho Deliberativo Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural em 14 de agosto de 2005.

Casarão Monsenhor Otaviano:

Foi residência do padre que para muitos santantonienses era um verdadeiro “santo”. É o testemunho de uma pessoa que através de seu carisma e seriedade conseguiu lugar na memória coletiva da cidade. Tombado pelo Conselho Deliberativo Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural em 10 de janei-ro de 2007.

“O significado cultural de um bem é um pouco daquilo que ele faz

lembrar.”

Pedreira

Situa-se nas proximidades do Km 682 da Rodovia MG 164, principal via de acesso ao distrito sede de Santo Antônio do Monte e é constituído pelo maciço rochoso propriamente dito em formato de concha e pela grande “praça” central contornada por ele. Integram-se ainda ao Conjunto as espécies nativas da flora e da fauna encon-tradas no local. Adequado à prática de esportes, como o rapel. Bem tombado em 07 de março de 2007 pelo CDMCTPC.

Arquivo do Executivo e do Legislativo:

O Acervo abrange um conjunto de documentos cujas informações são fundamentais para a compreensão dos acontecimentos passados do município e também do centro-oeste de Minas Gerais. O conjunto totali-za 70 livros e cerca de duas centenas de documentos diversos encaminhados ou emitidos pelo Executivo e legislativo municipal entre as datas de 1856 e 1983. Tombado pelo Conselho Deliberativo Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural em 10 de janeiro de 2007.

“Cada pessoa é responsável pelo que aviva sua própria memória.

Todos são responsáveis pelo que aviva a memória da comunidade.”

(Cartilha do IEPHA/MG 1989)

As próximas figurinhas representam uma pequena parte do Patrimônio Cultural Material de nossa cidade, fotografias antigas e recentes. Os bens materiais são aqueles que podem ser tocados, tais como monumentos, edifícios, casas, conjuntos históricos, praças e também objetos, arquivos, obras de arte, dentre outros.

O Centro Histórico da Cidade

As poucas informações sobre o início da cidade remetem à doação de um terreno para a construção de uma capela dedicada a Santo Antônio. Esta capela localizava-se numa sesmaria onde, atualmente, se encontra o centro históri-co da cidade, que vai da Praça da Matriz à Praça Monsenhor Otaviano. Um dos primeiros marcos de afirmação da povoação, que já vinha se formando, ocorreu em 16 de maio de 1802 com a concessão de pia batismal para a capela de Santo Antônio do Monte. Referências ao povoado aparecem posteriormente na década de 1830. Em 1834, o arraial possuía 92 casas. Nesta época, moravam no povoado e comunidades rurais, 3146 pessoas, sendo que a maioria vivia em fazendas. A cidade cresceu em torno do largo da Igreja Matriz (atualmente praça Getúlio Vargas) e do Largo do Rosário (atualmente Praça Monsenhor Otaviano). Aos poucos surgiram casarões mais imponentes e sofisticados nestas praças. Mas do antigo conjunto arquitetônico do centro restaram poucas construções. Parte considerável de casa-rões foi destruída, pela ação do tempo e para construção de casas mais modernas. Daí a importância de proteger e preservar os imóveis que restaram e ajudam a contar a nossa História.

Antiga Igreja Matriz em estilo barroco, demolida na década de 1960. Fotografia: Câncio de Oliveira. Acervo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

Atual Igreja Matriz, inaugurada em 13 de junho de 1971.

Avenida Coronel Amâncio Bernardes, uma das principais vias da cidade, na década de 1950 (Foto de Câncio de Oliveira, acervo da SMCT) e em 2010. Duas permanências históricas: o Casarão Ma-

galhães Pinto e a residência vizinha.

“Art. 151 – Constituem Patrimônio Cultural do Município os bens de natureza material e imaterial, to-

mados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à identidade, à ação e memória dos di-

ferentes grupos formadores da sociedade montense, nos quais se incluem:: as formas de expressão; os

modos de criar, fazer e viver; as criações cientificas, artísticas e tecnológicas;as obras, objetos, documen-

to, edificações e demais espaços destinados e manifestações artístico- culturais; os conjuntos urbanos e

sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, espeleológico, paleontológico, ecológico e ci-

entífico;”

Lei Orgânica Municipal

A Estação Ferroviária

A estação da estrada de ferro da cidade de Santo Antônio do Monte pode ser encarada como monumento histórico relevante para a memória, não apenas da cidade, mas do Centro-Oeste mineiro. A chegada do transporte ferroviário trouxe mudanças na localidade, como desapropriações, abertura de ruas e um grande número de operários. A construção da futura estação significava mudança e novidade em termos de convivência. Representava modernida-de, novos hábitos de consumo e o uso de novas tecnologias. Em 20 de junho de 1915, a Estação foi entregue para funcionamento, com uma celebração ao som da Banda de Música Baeta. Dentre as principais atividades desenvolvidas na Estação, destacavam-se a chegada de produtos industrializados , além do envio de mercadorias para serem comercializados em outros locais tais como carnes , produtos agrícolas e até vinho, quando éramos pioneiros da produção em Minas Gerais . Também era grande o movimento de passageiros. Durante as décadas de 1950 – 1960, além do movimento cotidiano, a estação recebia, vez por outra, os trens de romeiros. Durante estes embarques o local ficava tomado por uma multidão. De Santo Antônio do Monte as peregri-nações partiam para a cidade de Aparecida do Norte, organizadas pelo pároco da cidade Pedro Paulo Michla. A Praça da Estação ou Praça Benedito Valadares, especialmente até a década de 1970, era um ponto importante de convivência social, tornando-se um palco para o surgimento de amizades, namoros, encontros e diversão. Da década de 1980 em diante não foram utilizados mais os trens de passageiros, devido ao advento do automóvel e das estradas de rodagem. Mas pela linha férrea ainda circulam trens de carga que atraem inúmeros curiosos, espe-cialmente turistas e crianças. Atraem ainda aqueles que utilizaram este tipo de transporte e guardam na memória boas recordações.

Estação Ferroviária na década de 1960 (Fotografa do acervo de José Maria de Melo, disponível em

http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_garcas/samonte.htm) e atualmente.

Centro de Memória Municipal

O Centro de Memória Municipal “José de Magalhães Pinto” concretizou um antigo desejo dos santantonienses: reu-nir bens móveis, arquivos, fotografias, enfim objetos e documentos que representam, de alguma forma, a memória e identidade do nosso povo. Foi inaugurado em 15 de novembro de 2007, durante a administração de Leonardo La-cerda Camilo, tendo Dilma Moraes à frente da Secretaria Municipal de Cultura. Para abrigar o CEMM, o Casarão Magalhães Pinto, imóvel tombado passou por projeto de recuperação e preser-vação das características originais aliadas à funcionalidade e a beleza.O acervo é organizado nos seguintes espa-ços: Acervo Dr. José de Magalhães Pinto, Sala Maria Angélica de Castro, Sala Teresa Adami, Retratando Épocas e Acervo do Judiciário.

Espaço “Dr. José de Magalhães Pinto”

O acervo, formado por documentos pessoais e da vida pública, medalhas, fotografias, livros e alguns móveis, repre-senta especialmente a trajetória do político Dr. José de Magalhães Pinto e a sua relação na esfera do poder público.

Inauguração do CEMM em 2007.

Fotografia da solenidade de posse ao Governo do Estado de Minas Gerais do Sr.

José de Magalhães Pinto, em 1961. Acervo do CEMM

Espaço Teresa Adami

O espaço é composto, na sua maioria, por peças do Museu Teresa Adami Bernardes de Carvalho, repassadas pela Escola Municipal Amâncio Bernardes ao Centro de Memória Municipal em 2005. Constituído por móveis, documen-tos, livros e diversos materiais pedagógicos, o acervo contribui para a compreensão do processo educacional no município na segunda metade do século XX.

Espaço Maria Angélica de Castro

Aloja as peças do Museu Maria Angélica de Castro, criado em 1990, no Prédio que abrigava a Escola Senhora de Fátima onde permaneceu até 2007, quando foram repassados pela família Castro ao Centro de Memória Municipal. Dispõe de duas salas: numa foi instalada uma reprodução do seu quarto de dormir, com seus pertences e na outra uma apresentação do gabinete de trabalho da educadora que deixou marcas fortes na educação local e em outras regiões do país.

Fotografia da educadora Maria Angélica de Castro — Acervo do CEMM

Ambiente que reconstitui uma sala de aula do início do século passado. CEMM

Espaço Retratando Épocas

É formado por uma sala onde se encontram objetos bastante diversificados. São peças que, individualmente ou em conjunto, representam o universo do santantoniense com relação a ofícios, espiritualidade e pessoas. Ali estão, dentre vários outros: roda de fiar, cardas, rádios, máquinas de escrever, crucifixos, utensílios domésticos, instru-mentos cirúrgicos, fragmentos de uma cerâmica indígena e uma icaçaba ou igaçaba.

Acervo do Judiciário

É composto por mobiliário e equipamentos cedidos pela Comarca de Santo Antônio do Monte ao CEMM no ano de 2005, tais como as bancadas para os jurados, máquinas de escrever e também alguns documentos relevantes do arquivo do judiciário da cidade que começou a ser formado na década de 1820. O acervo é constituído por, aproxi-madamente, 4.052 inventários e arrolamentos e 6000 (seis mil) ações diversas, representando uma vasta fonte de informação sobre a história social, política e econômica do município e da região.

Igaçaba: urna funerária indígena feita em cerâmica, encontrada na área rural do município e doada ao CEMM em 2009.

Sala onde é exposto o acervo do judiciário.

Patrimônio Imaterial

Conjunto de expressões culturais que não podem ser tocadas, tais como as celebrações, as formas de expressão, os saberes e maneiras de fazer as coisas, os casos, as histórias, os cantos....

Reinado O Reinado é uma das heranças culturais do negro africano. A festa é marcada por uma grande quantidade de aconte-

cimentos em atitude de respeito, agradecimento e devoção à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia. São diversos rituais que acontecem nas ruas, praças, em frente às casas, nos altares, em torno da mesa de refeições e nas Igrejas. Dentre eles, se destacam o Levantamento dos Mastros, a Missa Conga, a visita aos festeiros, a entrega das coroas, o desci-mento das bandeiras e, sobretudo, a alegria e a beleza dos diversos cortes que percorrem, dançando sob o ritmo dos instru-mentos de percussão e corda várias ruas da cidade.

A festa é a representação de uma nação e possui diversos participantes com papéis sociais bem definidos que com-põem um “Estado”. São eles, o soldado de linha que bate pandeiro e caixa; o major que coordena a congada na rua e as visitas; os capitães que ensaiam e entoam os cânticos; os comandantes, coronéis e generais responsáveis pela disciplina, organização e movimentação dos cortes; os mordomos, responsáveis em guardar as estampas dos santos padroeiros; os reis festeiros que proporcionam as refeições para os participantes; os reis perpétuos que representam a autoridade dos senhores brancos dentro da nação e os reis congos que representam os reis negros.

Em Santo Antônio do Monte, a Irmandade dos Devotos de Nossa Senhora do Rosário é a responsável pela realização da Festa de Reinado, bem como pela sua continuidade. No decorrer do tempo a festa tem conseguido mais adeptos e torna-se cada vez mais heterogênea com a presença de crianças, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres, negros, brancos, ricos e pobres que mantêm viva essa prática cultural.

Momentos diversos da Festa de Reinado: louvor a Nossa Senhora do Rosário no Salão e o Levantamento dos Mastros

Folia de Reis

Festa popular em honra aos três reis magos que, segundo conta o Novo Testamento, renderam homenagem ao menino Jesus. Envolve um grupo de foliões de, aproximadamente, quinze pessoas. Estes , durante uma semana, após o Natal até o dia 06 de janeiro, visitam as casas de festeiros que oferecem café, almoço ou jantar. No último dia participam de uma missa festiva. Em outros períodos visitam também casas na zona rural ou outras cidades, tais como Aparecida do Norte.

Da Folia Estrela Guia fazem parte os seguintes personagens: O Mestre, o Contramestre, o Bandeireiro: O Palhaço e os Foliões. Todos dão o exemplo grandioso através de sua cantoria de fé.

Lira Monsenhor Otaviano

No início do século XX existiam em Santo Antônio do Monte duas Bandas de Música: a “Cambraia”, e a “Baeta”. As Bandas eram rivais e disputavam desde as partituras aos locais de apresentação. Em 1910, o Professor e Maestro Miguel Eugênio de Campos com o apoio do Dr. Argemiro Itajubá fundou a Sociedade Santa Cecília e se tornou seu regente por algum tempo. Foi sucedido por Américo Emídio da Silva que por sua vez transferiu a regência para o maestro Avelino Batista Leite, em 1924.

Nesta data, a Banda foi transformada em Lira Municipal. Recebeu a denominação atual – Lira Monsenhor Otaviano em 1928, em homenagem ao antigo pároco, o Padrinho Vigário, falecido neste ano. Desde então, a banda se man-tém como um verdadeiro patrimônio imaterial de nossa terra, traz música e alegria para as principais festas popula-res, especialmente as religiosas, através de suas retretas.

Atualmente, é presidida por Luís Afonso Martuchelli que ingressou na Lira em 1946 e assumiu a presidência em 1988. É um dos maiores defensores da preservação da Lira Monsenhor Otaviano que conta com, aproximadamen-te, 20 integrantes regidos pelo maestro Otaviano Coimbra Batista. Estes fazem da prática musical mais um de seus projetos de vida.

Folia Estrela Guia durante apresentação em Aparecida Norte—Janeiro de 2010

Lira Monsenhor Otaviano em 1947.

Patrimônio Natural também é bem cultural O que é natural foi visto, batizado e usado pelo homem... Virou patrimônio Cultural de um grupo

( Carlos H. Rangel)

A paisagem natural (montanhas, rios, cachoeiras....) adquirem sentido cultural diferenciado para a comunidade, são lugares nos quais as pessoas realizam atividades cotidianas e por isso tornam-se referência da memória e da his-tória. As figurinhas a seguir representam alguns sítios naturais que têm valor simbólico para os santantonienses.

Rio Lambari

O Rio Lambari se destaca pela importância histórica, visto que o povoamento da cidade de Santo Antônio do Monte começou nas terras por ele banhadas. Entre 1750 e 1755 chegaram diversas famílias à região entre os rios São Francisco, Lambari e Diamante, procedendo principalmente de Pitangui. Os pioneiros tomavam posse da terra e lá estabeleciam suas fazendas.

Nascente do Córrego Buritis

O córrego Buritis, localiza-se na comunidade de mesmo nome a cerca de 12 km da sede do município. É a principal fonte de abastecimento de água da cidade de Santo Antônio do Monte. Por este motivo é alvo de atenção de ambi-entalistas e de autoridades que procuram despertar na comunidade o interesse pela preservação da nascente e do curso do córrego.

Cachoeira Santa Bárbara do Bom Jardim Um dos exemplares das cachoeiras que existem no município, a Cachoeira Santa Bárbara do Bom Jardim se

encontra em propriedade particular de mesmo nome. A paisagem natural onde está situada caracteriza-se predomi-nantemente pelo cerrado. O cerrado compõe-se de espécies arbóreas de caule lenhoso, corticosos (casca grossa) e tortuosos, além de espécies herbáceas, arbustivas e gramíneas. Ocorre com freqüência nas regiões tropicais, de invernos secos e verões chuvosos. A flora exibe espécies como Pau-terra , Angelim do cerrado , Faveira, Carvoeira, Jatobá , Pata de vaca , Ipês ,

Jacarandá , Aroeira , Quaresmeiras, Paineiras e Sangras d’água. Quanto à fauna, se encontram pequenos insetos e anfíbios nas margens do córrego, aves como: Bem-te-vi, Quero-quero, Rolinha , Anu Preto , João-de-barro, Sabiá-do-campo Andorinha, Pardal, seriema e Gavião. São encontrados também tatus, veados campeiros, onças, pa-cas, capivaras, teiús.

Este espaço é seu.

Cole aqui uma fotografia sua em um lugar especial de nossa Santo Antônio do Monte.

Escreva um pequeno texto sobre a sua imagem.

FICHA TÉCNICA

PREFEITO

Leonardo Lacerda Camilo

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE CULTURA

Dilma Moraes

CONCEPÇÃO, PESQUISA E REDAÇÃO

Márcia Aparecida Bernardes

FOTOGRAFIAS

Márcia Aparecida Bernardes

Luciano Bernardino de Sena

Geraldo Aparecido da Silva

Acervo digital da

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

REVISÃO

Dilma Moraes

Conselho Deliberativo de Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural

DESIGN GRÁFICO E EDIÇÃO

Márcia Aparecida Bernardes

Gráfica IDEAL

EQUIPE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE

CULTURA

Alessandre Antônio de Sousa

Ana Aparecida da Silva

Jane Aparecida Araújo

Márcia Aparecida Bernardes

Márcia Brasil Santos e Souza

Sonelisa Miranda

Vilma Antônia da Silva

Capa:

Marcela Miranda de Melo

Santo Antônio do Monte, outubro de 2010. Tiragem: 3000 exemplares

Referências bibliográficas

Arquivo Público Mineiro. SC 156,176 – em 11-4-1769 Arquivo Público Mineiro. SC206, pág.41. BARBOSA, Waldemar de Almeida, Dicionário Históri-co e Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. Saterb Ltda, 1971, p. 442-443. CAMPOS, Miguel Eugênio, Esboço Histórico e Geo-gráphico da Cidade e do Município de Santo Antônio do Monte. Santo Antônio do Monte, 1929. (Manuscrito) Diretrizes para a proteção do Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IE-PHA/MG. Inventário Cultural de Santo Antônio do Monte: exer-cícios 2007, 2008, 2009 e 2010. Pastas arquivadas na Secretaria Municipal de Cultura. 2010. MORAES, Dilma – Santo Antônio do Monte: Doces namoradas, políticos famosos. Belo Horizonte: Minas Gráfica Editora, 1983. Edição da Autora. NUNES, José. História da Paróquia de Santo Antônio do Monte. Santo Antônio do Monte: 1994, Edição do autor.

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REALIZAÇÃO

Conselho Deliberativo de Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

Prefeitura de Santo Antônio do Monte

patrimônio

acervo

artes