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2015.2 MÓDULO IV HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL

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2015.2

MÓDULO IV

HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL

Rua Teixeira de Freitas, 47, Centro, Barra da Estiva-BA

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FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO DO INSTITUTO FORMAÇÃO

Chiara Moura

Claudio Borges

SECRETARIA ACADÊMICA

Adriana Novais

Daniela Luz

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO NUPE – (NÚCLEO DE PROJETOS E EXTENSÃO)

Marília Varela

RELACIONAMENTO ACADÊMICO

Email: [email protected]

CONTATOS

77 3450-1010

77 9998-9740

77 8139-4232

Este material foi produzido com a exclusiva finalidade educacional para ser utilizado pelos alunos nos Cursos

Técnicos do Instituto Formação, sendo assim, vetada em qualquer hipótese sua venda ou reprodução sem

autorização. Ficando sujeito desta forma, às reponsabilidades penais por uso indevido de marca conforme

consta em legislação em vigor.

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1 BREVE HISTÓRICO DA HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL

Ao pesquisar sobre a história da nossa civilização até a Revolução Industrial, existem poucos registros

sobre a saúde dos trabalhadores e seu ambiente de trabalho. Inicialmente, o esforço do homem para garantir

sua existência e sobrevivência era o fator que desencadeava doenças “ocupacionais”. Mais tarde, mediante a

estratificação da sociedade, o trabalho comum era desempenhado pelos escravos, povos estes que haviam

sido denominados por outros povos.

No século IV a.C., a toxidade do chumbo na indústria mineradora foi registrada e reconhecida pelo

médico Hipócrates. Hipócrates não realizou nenhum esforço para visar a proteção dos trabalhadores.

Quinhentos anos depois, Plínio, um sábio romano, referiu-se aos perigos iminentes no manuseio do zinco e do

enxofre e descreveu ainda o aspecto dos trabalhadores expostos ao chumbo, ao mercúrio e a poeiras. Plínio

mencionou a iniciativa dos escravos de utilizarem, à frente do rosto, panos ou membranas (de bexiga de

carneiros) para diminuir a inalação de poeiras (FUNDACENTRO, 2004).

HIPÓCRATES PLÍNIO

No período do feudalismo pouco se fez pela saúde, houve um pequeno desenvolvimento quanto aos

padrões anteriores estabelecidos para a realização do trabalho.

Durante os séculos XII e XIII, foram realizados estudos e experiências nas universidades, mas sobre

higiene ocupacional como hoje é denominada, ou ciência voltada para a condição de trabalho nada foi

realizado de forma significante.

No ano de 1556 o sábio alemão Georgius Agricola, descreveu fatores de risco associados à indústria de

mineração em seu “De Re Metallica”. Georgius escreveu sobre os acidentes de trabalho e as doenças mais

comuns entre os mineiros.

No século XVI, a higiene ocupacional ficou estagnada, além de ser relacionada ao misticismo. Foi nessa

mesma época que as observações de Paracelsus, baseadas em dez anos de trabalho em uma planta de

fundição e nas minas da região do Tirol, contribuíram bastante para o reconhecimento sobre a toxidade dos

metais.

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Em 1770, foi publicado em Modena na Itália o livro “De Morbis Artificium Diatriba”, do médico italiano

Bernadino Ramazzi. Este livro hoje é reconhecido como o primeiro tratado sistematizado sobre doenças

ocupacionais.

BERNADINO RAMAZZI

No século XVIII, muitos problemas de higiene ocupacional foram reconhecidos e descobertos. George

Baker atribuiu a “Cólica de Devonshire”, à utilização de chumbo na indústria de vinho de maçã (sidra) e

colaborou na remoção de seu uso. Percival Pott reconheceu a fuligem como uma das causas de câncer escrotal,

o que foi a principal ocorrência de Ato dos Limpadores de Chaminé em 1788, na Inglaterra.

Com relação ao século XIX, Charles Thackrah, médico e político influente, juntamente com Percival

Pott, escreveu um tratado de 200 páginas de orientações sobre medicina do trabalho, do qual deu início a

literatura moderna de reconhecimento das doenças ocupacionais (FUNDACENTRO, 2004).

As crescentes mudanças na tecnologia e na economia, no século XVIII resultou na Revolução Industrial

e aumentam consideravelmente o número de problemas de saúde em geral e, especialmente, os relacionados

ao trabalho. Devido ao processo de produção acelerado e desumano, processo do qual participavam mulheres,

crianças e idosos, a saúde das populações deteriorou tanto que os índices de mortalidade cresceram e

verdadeiras epidemias aceleram-se nos países industrializados da época.

.

IMAGEM DO PERÍODO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O regime de semi-escravidão, durante a Revolução Industrial, foi motivos de reivindicações trabalhistas

trabalhistas de inúmeros movimentos sociais, influenciando, portanto, políticos e legisladores a introduzirem

medidas legais. Na Inglaterra, por exemplo, no ano de 1802 o Parlamento introduziu uma taxa (multa) para

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controlar as condições de trabalho chamada “Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes”, essa lei atendia às

recomendações do Conselho de Saúde de Manchester reunido em 1796.

As condições de trabalho continuaram ruins, os jornais denunciavam os maus tratos aos trabalhadores,

em especial com relação ao trabalho das crianças com jornadas de 15 a 16 horas diárias nas indústrias têxteis

britânicas e ao trabalho nas plantações de algodão dos Estados Unidos. Em virtude dos movimentos por

humanização do trabalho, o Parlamento britânico baixou a “Lei das Fábricas”, no ano de 1833, que

regulamentou o trabalho da criança pela primeira vez. Essa lei baniu todo o trabalho noturno para menores de

18 anos e restringiu a idade na qual a criança poderia começar a trabalhar aos 13 anos. A lei dava limite as suas

horas de trabalho para 48 horas por semana e o empregador deveria prover educação. Além disso, essa lei

melhorou o controle das condições ambientais com o estabelecimento de multas substanciais para

contravenções.

A “Lei das Fábricas” em 1833 foi ampliada em 1864, e apresentada às primeiras exigências sobre a

Higiene Ocupacional. “Todas as fábricas deveriam ser ventiladas para remover quaisquer gases nocivos, poeiras

e outras impurezas que poderiam causar danos à saúde” é o que chamamos atualmente de ventilação

diluidora.

Historicamente falando, a Higiene Ocupacional na Europa foi gerada pelo crescimento da indústria

química, sendo então considerada uma subdisciplina da Medicina. Nos Estados Unidos.

Em 1906, ocorre a realização do I Congresso Internacional de Doenças do Trabalho, que foi realizado

em memória dos 10 mil trabalhadores mortos na construção do Túnel de São Gotardo.

No ano de 1919 - tem-se a criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Proibição do

trabalho noturno para mulheres e uso do fósforo branco.

Em 1925 – a OIT elabora sua primeira lista constando apenas 3 doenças: saturnismo (chumbo),

hidragismo (mercúrio) e carbúnculo (antraz).

No ano de 1934, lista ampliada para 10 doenças profissionais e em 1964 para 29.

Em 1939 é criada a AIHA (Associação Americana de Higiene Industrial), por profissionais envolvidos

com a promoção da saúde, entre eles químicos, engenheiros e médicos, que se reuniam para prover meios

para avaliarem problemas comuns.

No ano de 1948, e criada a OMS (Organização Mundial de Saúde), vinculada as Organizações das

Nações Unidas (ONU). A OMS estabeleceu políticas voltadas à saúde dos trabalhadores desde a sua criação.

Com relação ao Brasil, Apesar de a 1ª Lei de Acidentes do Trabalho datar de 1919, no Brasil os

primeiros passos dados efetivamente no campo da Saúde Ocupacional datam da década de trinta.

Nessa mesma década, é criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e bem definida a sua

ação no campo da higiene e segurança no trabalho. Além disso, começam os estudos sobre as doenças

ocupacionais, entre elas, a Silicose e Asbestose.

Em 1943 o CLT (Lei 5.452 de 01/05/1943) cria um capítulo para a higiene ocupacional.

No ano de 1966, houve a criação do FUNDACENTRO (Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene

e Medicina do Trabalho).

Em 1978, as Normas Regulamentadoras (NRs), aprovadas pela Portaria nº 3.214.

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Nos anos 80, surgiram os outros centros de estudos sobre a saúde e segurança do trabalhador. CESTEH

(Centro de Estudo sobre Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana) Osvaldo Cruz, INST (Instituto Nacional de

Saúde do Trabalho) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Com a Constituição de 1988, ampliaram-se no Brasil atribuições e responsabilidades dos estados e dos

munícipios na área da Saúde e Segurança do Trabalhador, de maneira que os Centros de Referências de Saúde

do Trabalhador Estaduais e as Vigilâncias Sanitárias passaram a ter competência atuar no Sistema Único de

Saúde (SUS).

Devido aos vários movimentos da sociedade brasileira, ocorreram também mudanças na legislação na

área de Saúde e Segurança dos Trabalhadores. Foram revisadas as Normas Regulamentadoras e preconizados

programas de prevenção, viando a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. Surgem, então,

no âmbito do Ministério do Trabalho, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Programa de

Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO), Programa de Prevenção Ocupacional ao Benzeno (PPEOB),

Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção (PCMAT), Programa de

Conservação Auditiva (PCA) e o Programa de Proteção Respiratória (PPR).

O PPRA, em especial, é o instrumento pelo qual a Higiene Ocupacional, de maneira articulada com os

outros programas e com a participação dos trabalhadores, desenvolverá suas ações, por meio da antecipação,

reconhecimento, avaliação e consequentemente, do controle de riscos ambientais existentes ou que venham a

ocorrer no ambiente laboral, levando-se em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos

naturais.

2 CONTEXTUALIZANDO A HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL

No Brasil, os principais termos utilizados para definir a ciência ao estudo dos ambientes de trabalho e a

prevenção de doenças causadas por eles são: Higiene Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho.

O termo Higiene Ocupacional foi mais aceito internacionalmente por conta do campo de atuação dessa

ciência, após as conclusões extraídas durante a Conferência Internacional de Luxemburgo, ocorrida de 16 a 21

de Junho de 1986.

A Higiene Ocupacional é uma ciência, pois está baseado em fatos comprováveis, empíricos e analisáveis

por método científico por meio da Física, Química, Bioquímica, Toxicologia, Medicina, Engenharia e Saúde

Pública. Por outro lado são consideradas a individualidade dos trabalhadores e as características das atividades

e do local de trabalho.

Por possuir caráter essencialmente preventivo, as ações e Higiene Ocupacional devem se fundamentar

em especial na prevenção da exposição e em estudos epidemiológicos prospectivos, registram-se as

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exposições ao longo do tempo para que se conheça alguma relação entre a exposição ocupacional e o efeito à

saúde.

Entre as definições conhecidas podemos citar a definição da AIHA para Higiene Industrial, “ciência que

trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos originados nos locais de trabalho e que

podem prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas

comunidades vizinhas e no meio ambiente” (FUNDACENTRO, 2004).

Podemos perceber que o conceito de Higiene está relacionado à preservação da saúde. A saúde pode

ser vista como um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de

doença ou defeito, conforme a OMS.

Conforme o Comitê Misto OIT/OMS, reunidos em Genebra no ano de 1957, os objetivos da Saúde

Ocupacional são:

Manter o mais alto grau de bem estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as ocupações;

Prevenir todo o prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do seu trabalho;

Proteger os trabalhadores no seu ambiente de trabalho contra riscos causados por agentes nocivos à

saúde;

Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões fisiológicas e

psicológicas;

Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.

Neste contexto, as práticas e ações da Higiene Ocupacional encontram-se relacionadas à “Saúde” e à

“Prevenção de doenças”, mediante a antecipação e o reconhecimento dos fatores de risco, dos estudos

epidemiológicos prospectivos e da educação. A doença associa-se com as ações voltadas a correção do

ambiente, aos estudos epidemiológicos retrospectivos para caracterização da doença e pagamento de

indenizações.

3 ATUAÇÃO DO TÉCNICO DE SEGURANÇA NA HIGIENE DO TRABALHO

A segurança do trabalho lida com a prevenção e controle dos riscos de operação a higiene do trabalho

lida com os riscos de ambiente (que podem originar doenças profissionais).

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As competências do Técnico de Segurança na Higiene do Trabalho são:

Determinar e combater no ambiente de trabalho fatores físicos, químicos, biológicos e ergonômicos de

reconhecida nocividade.

Conseguir que o esforço físico e mental de cada trabalhador, no exercício da profissão, esteja adaptado

as suas atitudes, limitações fisiológicas e psicológicas.

Adotar medidas eficazes de proteção para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resistência dos

trabalhadores.

Descobrir situações que possam deteriorar a saúde dos trabalhadores.

Educar diretores, chefes e trabalhadores no cumprimento de suas obrigações.

Aplicar programas educacionais que abranjam toda a comunidade e os aspectos de saúde.

4 ACIDENTE DE TRABALHO

Conceito legal (Lei 8.213 de 24 de julho de 1991):

Art. 19. “Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo

exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII o Art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade de

trabalho”.

Portanto, para a lei, somente são considerados acidentes do trabalho aqueles em que houver lesões.

Os chamados acidentes sem vítima, ou seja, incidentes, são de grande interesse para segurança do trabalho e

devem ser investigados e analisados para evitar a reincidência.

Para a existência do acidente de trabalho é necessário que exista um nexo entre o trabalho e o efeito

do acidente. Esse nexo de causa-efeito é tríplice, pois envolve o trabalho, o acidente, com a consequente lesão

ao trabalhador e a incapacidade resultante da lesão. A ausência de qualquer uma dessas relações de causa e

efeito descaracteriza o fato de acidente do trabalho.

Consideram-se acidente de trabalho:

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Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho,

peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da

Previdência Social;

Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais

em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da respectiva relação

elaborada pelo Ministério da Previdência Social.

Além disso, é certo que a consideração também como acidente de trabalho aquele ocorrido no

percurso da residência para o local do trabalho ou deste para aquela, independentemente do meio de

locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do trabalhador.

Não são consideradas como doença do trabalho:

Doença degenerativa;

A inerente a grupo etário;

A que não produza incapacidade laborativa;

A doença endêmica adquirida por segurado, habitante de região em que ela se desenvolva, salvo

comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do

trabalho.

4.1 Comunicação do Acidente de Trabalho – CAT

Algumas empresas equivocadamente deixam de emitir a CAT quando se verifica que não haverá

necessidade do empregado se afastar do trabalho por mais de 15 dias. A empresa deverá comunicar o acidente

do trabalho à Previdência Social, havendo ou não o afastamento do empregado, por meio o formulário

identificado como Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.

A emissão da CAT, além de se destinar para fins de controle estatísticos e epidemiológicos junto aos

órgãos Federais, visam principalmente, a garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou

até mesmo de uma aposentadoria por invalidez.

Caso a empresa não faça a comunicação esta pode ser formalizada pelo próprio acidentado, seus

dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não

prevalecendo o prazo previsto de um dia. A empresa não se exime de sua responsabilidade pela comunicação

do acidente pelos terceiros acima citados.

5 IDENTIFICAÇÃO, ANÁLISE E CONTROLE DE PERIGOS E RISCOS OCUPACIONAIS

Os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho revelam, concomitantemente, a existência dos riscos

e o descontrole destes, demonstrando limites dos modelos preventivos em vigor. Infelizmente, muitas vezes

ações preventivas e corretivas são tomadas somente após a ocorrência de acidentes e doenças. Estes eventos

só acontecem porque os riscos existem e, normalmente, podemos levantar falhas gerenciais que propiciam o

agravamento dos mesmos.

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Os perigos e riscos ocupacionais sem controle, dependendo das condições existentes de fontes ou

situações decorrentes da natureza intrínseca da atividade de cada organização, podem provocar perdas

significativas para as empresas, além dos acidentes e doenças ocupacionais irreversíveis.

5.1 Perigo

Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de ferimentos humanos problemas de

saúde, danos à propriedade, ao ambiente ou uma combinação disto.

A potencialidade do perigo pode causar sérios danos à integridade física ou mesmo à saúde dos

trabalhadores depende diretamente da eficácia das medidas de controle adotadas.

5.2 Riscos

O conceito de risco ambiental: São aqueles que possam trazer ou ocasionar danos à saúde ou à

integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de sua:

Natureza: É essência física, química ou biológica (o urânio é prejudicial em quase todas as dosagens).

Concentração: É o grau de presença do elemento (muito gás carbônico cria problemas respiratórios).

Intensidade: É capacidade de causar efeitos (temperaturas baixas e altas produzem danos).

Exposição: É a submissão do trabalhador às suas consequências (vibração afeta o ser humano).

É a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição (ões) com a

gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo evento ou exposição (ões).

Os riscos não são apenas consequências do ambiente físico, das máquinas, equipamentos, produtos e

substâncias, mas também estão inseridos em processos de trabalho particulares, com organizações do trabalho

e formas de gerenciamento próprias, e a análise destes deve levar em conta o conjunto destes fatores.

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5.2.1 Antecipar, identificar e avaliar

Desenvolver metodologias para:

Antecipar e prever riscos a partir da experiência, dados históricos e outras fontes;

Identificar e reconhecer riscos nos sistemas existentes e/ou futuros, equipamento, produtos, software,

instalações, processos, operações, dentre outros.

Avaliar e determinar a probabilidade e severidade dos acidentes e incidentes resultantes dos riscos

existentes ou futuros.

Aplicar os métodos, analisar e interpretar os resultados.

Rever sistemas, processos e operações (análise causa-efeito).

Falhas dos sistemas ou componentes;

Erro humano;

Falhas de decisão, de análise ou de gestão;

Fragilidades das medidas propostas, diretivas e prática corrente.

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Rever, compilar, analisar os dados de acidentes.

Identificar causas, tendências e relações;

Assegurar uma informação completa, rigorosa e válida;

Avaliar a eficácia dos métodos de recolha de dados;

Investigar as causas dos acidentes.

Aconselhar o cumprimento de normas, legislação, procedimentos e outros sobre segurança.

Conduzir estudos sobre riscos potenciais.

Determinar consulta de especialistas (se necessário);

(médico do trabalho e/ou enfermeira do trabalho)

Verificar se as capacidades humanas não estão a ser excedidas;

5.3 Riscos Ambientais

São aqueles capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função da

natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.

De acordo com a NR 9 consideram-se riscos ambientais os agentes:

5.3.1 Classificação dos Riscos

Exemplos de riscos que podem ser encontrados no meio ambiente de trabalho, classificados em 5

grupos:

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5.3.1.1 Riscos Físicos

São diversas formas de energias geradas por máquinas e condições físicas características do local de

trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador.

TABELA I – Exemplos de Agentes Físicos

RISCOS FÍSICOS CONSEQUÊNCIAS / DANO

Ruído

Deslocamento temporário do limiar

auditivo

Perda auditiva

Dor de cabeça

Irritabilidade

Vertigens

Cansaço excessivo

Insônia

Hipertensão Arterial

Vibrações

Dores lombares

Irritação

Hérnias de disco

Problemas circulatórios

Aumento da pulsação

Desidratação

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Calor Sudorese

Irritação

Choques térmicos

Fadiga térmica

Radiações ionizantes e não ionizantes

Alterações celulares

Alterações no sistema sanguíneo

Necrose do tecido

Leucemias

Neoplasias

Radiodermatite

Umidade Doenças respiratórias

Frio

Doenças do aparelho respiratório

Queimadura

Pressões anormais

Hiperbarismos

Hipobarismo

5.3.1.2 Riscos Químicos

Podem ser definidos como substâncias ou compostos que possam penetrar no organismo do

trabalhador, quando entram em contato, podem provocar danos à saúde de forma imediata, há médio ou

longo prazo. Podem ocorrer de quatro formas: por via respiratória (nariz, boca e pulmões), via cutânea

(absorção pela pele), digestiva (boca e tubo digestivo) e parenteral (feridas, cortes e arranhões).

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TABELA II – Exemplos de Riscos Químicos

RISCOS QUÍMICOS CONSEQUÊNCIAS / DANO

Poeiras minerais

Ex.: sílica, asbesto, carvão, minerais.

Silicose (quartzo)

Asbestose (amianto)

Pneumoconiose dos minerais do carvão

Poeiras vegetais

Ex.: algodão, bagaço e cana-de-açúcar

Bissinose * (algodão)

Bagaçose** (cana-de-açucar)

Fumos metálicos

Doença pulmonar obstrutiva crônica

Febre de fumos metálicos

Intoxicação específica de acordo com o

metal

Poeiras alcalinas Podem interagir com outros agentes nocivos

no ambiente de trabalho, potencializando sua

nocividade.

Névoas, gases e vapores (substâncias

compostas ou produtos químicos em geral)

Irritantes: irritação das vias aéreas

superiores. Ex.: ácido clorídrico, ácido

sulfúrico, amônia, cloro etc.

Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas,

sonolência, convulsões, coma, morte etc.

Ex.: hidrogênio, nitrogênio, metano,

acetileno, dióxido e monóxido de carbono

etc.

Anestésicos: a maioria dos solventes

orgânicos tendo ação depressiva sobre o

sistema nervoso, podendo causar danos a

diversos órgãos e ao sistema formador do

sangue.

Ex.: butano, propano, benzeno, aldeídos,

cetonas, tolueno, xileno, álcoois etc.

*Doença ocupacional dos pulmões causada por uma reação alérgica ao pó produzido durante o processamento

do algodão, linho, dentre outros.

**Bagaçose é uma pneumoconiose que ocorre em trabalhadores que lidam com resíduos secos de cana-de-

açúcar (ou bagaço), sendo causada pelas fibras da cana esmagada que são assimiladas pelo sistema

respiratório.

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Locais de atuação dos riscos químicos no corpo humano

5.3.1.3 Riscos Biológicos

Os agentes de riscos biológicos surgem do contato do homem com certos micróbios e animais no

ambiente de trabalho. Algumas atividades facilitam o contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes

como atividades em hospitais, coleta de lixo, laboratórios dentre outros.

Micro-organismos indesejáveis: bactéria, fungos, protozoários, bacilos.

TABELA III – Exemplos de Riscos Biológicos

RISCOS BIOLÓGICOS CONSEQUÊNCIAS / DANOS

Vírus, bactérias e protozoários

Doenças infectocontagiosas

Ex.: Hepatite, Cólera, Amebíase, AIDS,

Tétano, etc.

Fungos e bacilos

Infecções variadas externas (na pele, ex.:

dermatites) e internas (ex.: doenças

pulmonares).

Parasitas

Infecções cutâneas ou sistêmicas podendo

causar contágio.

Névoa

Fumo

Gás

Vapor

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Medidas de Controle: Devem obedecer a uma hierarquia, adotando-se primeiramente as mais

eficientes, que são as que referem à fonte, seguidas das medidas em relação à trajetória, no caso de as

medidas relativas à fonte não forem suficientes. Por fim, se essas medidas ainda forem insuficientes, as

relativas aos trabalhadores devem ser tomadas.

Medidas Preventivas Adotadas na Fonte: Quanto às medidas preventivas aplicadas na fonte, a

contaminação tem por objetivo evitar que passem para o meio ambiente.

Medidas Preventivas adotadas na Trajetória: Essas medidas objetivam evitar a proliferação dos

contaminantes no meio ambiente. As medidas adotadas em relação ao trabalhador complementam as

medidas relativas à fonte e à trajetória dos contaminantes.

Limpeza e desinfecção;

Ventilação;

Controle de vetores (roedores, insetos etc.);

Sinalização;

Informações sobre os riscos;

Treinamento nos métodos de trabalho aplicáveis;

Redução do número de trabalhadores expostos;

Roupa de trabalho feita de modo que não haja acumulo de resíduos, como por exemplo, roupas

sem bolsos, sem dobras nas costuras etc.;

Acompanhamento médico.

Medidas Preventivas para os Riscos Ambientais para as imagens acima:

Material Biológico de

laboratório Coleta de material biológico

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Capacitações iniciais e continuadas;

Uso dos epi's: luvas, protetores respiratórios, protetores faciais, óculos;

Hábitos de higiene Pessoal;

Higiene rigorosa nos locais de trabalho;

Instalações adequadas para refeições e descanso;

Uso de roupas e calçados adequados;

Vacinação e o tratamento.

5.3.1.4 Riscos Ergonômicos

A Ergonomia é definida “como o conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao homem e

necessário para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos, bem como o projeto do trabalho, que

possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e eficácia” (SENAI 2009 apud WISNER, 1972).

A Ergonomia é aplicada nas diferentes esferas empresariais, tendo como objetivo prático obter

segurança e satisfação, principalmente o bem estar dos trabalhadores no relacionamento com os processos,

reduzindo o número de casos de doenças ocupacionais.

Podemos aderir os princípios da Ergonomia numa empresa, estudar a relação entre o trabalho e

homem, analisando os dados listados:

Mobiliário;

Iluminamento;

Ferramentas;

Condições Operacionais;

Condições Ambientais;

Condições Organizacionais;

Tarefa;

Operador;

Localização;

Equipamentos;

Velocidade e deslocamento do ar.

Estão relacionados às condições de trabalho dos funcionários como cadeiras e mesas adequadas,

maquinários modernos, conscientização dos trabalhadores etc. Podem gerar distúrbios psicológicos e

fisiológicos como fadiga, dores musculares, hipertensão, etc.

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As causas poder ser:

Esforço físico intenso e repetitivo;

Levantamento de pesos;

Posturas Inadequadas;

Ritmos excessivos;

Jornada prolongada.

Medidas Preventivas para os Riscos de Ambientais para as imagens acima:

Uso de capacete de proteção (chapéu para proteção contra o sol);

Botas impermeáveis;

Luvas, óculos de proteção;

A bancada de trabalho deve ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e

movimentação adequados dos segmentos corporais, segundo a Norma Regulamentadora 17 –

Ergonomia.

Esforço físico e repetitivos Bancada Inadequada

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TABELA IV – Vantagens do controle dos Riscos Ergonômicos

Menos ações judiciais Aumento da produtividade

Menos afastamento Prevenção da fadiga

Redução da insatisfação no trabalho Adequação ergonômica do posto de trabalho

Menos prejuízos para a empresa e a

sociedade

Organização do trabalho

Redução de dispensas médicas Redução de custos

Redução de erro humano Melhor qualidade de vida

5.3.1.5 Riscos de Acidentes

Os riscos mecânicos estão relacionados às condições físicas do (ambiente de trabalho) e tecnologias

impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador. São considerados riscos

geradores de acidentes:

Arranjo físico deficiente;

Eletricidade, incêndio ou explosão, piso escorregadio;

Armazenamento inadequado;

Ferramentas inadequadas ou defeituosas;

Máquina e equipamentos sem proteção.

Caso as situações de riscos identificadas no ambiente de trabalho forem ignoradas, podem ser causas

de acidentes como, por exemplo:

Iluminação inadequada: locais mal iluminados, sem iluminação ou excessiva podem causar acidentes.

Portanto, alguns fatores devem ser levados em consideração para obtenção de iluminação adequada.

São eles:

Providenciar a reposição das lâmpadas queimadas e/ou danificadas;

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Realizar limpeza periódica nas luminárias, janelas e vidraças para evitar acúmulos de

poeiras/sujeira que reduz o fluxo luminoso;

Mudança de layout, a fim de melhorar o posicionamento das mesas, máquinas ou postos de

trabalho;

Aumentar a qualidade de luminárias existentes e/ou distribuir de modo a proporcionar uma

iluminação homogênea e uniforme;

Pisos inadequados: buracos, ondulações, graxas e óleos podem provocar acidentes, caso não sejam

adotados medidas imediatas.

Falta de Sinalização: pode causar acidentes. Por isso, devem-se sinalizar os locais e/ou as atividades

que ofereçam riscos.

Armazenamento e empilhamento inadequado: tábuas, tubos, canos, madeiras, latas e outros

materiais devem ser empilhados e armazenados de forma correta para evitar acidentes.

Eletricidade: deve se evitar o uso de gambiarras e deixar partes vivas expostas ou sem proteção contra

impactos mecânicos, visto que podem provar curtos circuitos ou mesmo acidentes graves como

choque elétricos. Além disso, todo equipamento deve estar aterrado conforme orientação do

fabricante.

Independente do risco oferecido pela atividade desenvolvida numa organização, estes devem ser

controlados ou mesmo eliminados, com o objetivo de prevenir acidentes de trabalho.

Medidas Preventivas para os Riscos de Ambientais para a imagem acima:

Uso correto de EPI`S;

Treinamento para execução das tarefas e para uso de equipamento de proteção fornecidos;

Correção das posturas de trabalho;

Guarda-corpo de proteção nas periferias das lajes e nos vãos das lajes e escadas.

ATENÇÃO: Em serviços de acabamento com gesso, deve ser utilizada luva química.

Risco de Acidente: Falta de organização

Espaço Obstruído

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5.4 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ou PPRA é um programa estabelecido pela Norma

Regulamentadora NR-9, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho.

Objetivo do PPRA, garantir a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores aos riscos

existentes nos ambientes de trabalho.

5.5 Mapa de Riscos

Na portaria 3214 de 8 de junho de 1978 na NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA,

existe a obrigatoriedade de elaboração do Mapa de Riscos, uma representação gráfica de um conjunto de

fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial),

capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

O Mapa de Riscos tem com o objetivo:

Conscientizar e informar os trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes na

empresa;

Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no

trabalho na empresa;

Possibilitar durante a elaboração deste diagnóstico, a troca e divulgação de informações entre s

trabalhadores, bem como estimular a participação destes nas atividades de prevenção.

O Mapa de Riscos é elaborado baseado no conhecimento do processo de cada local de trabalho,

analisando os materiais de trabalho, ferramentas, matéria-prima, instrumento, as atividades executadas,

levando em consideração as medidas de higiene e conforto dos: banheiros, lavatórios, vestuários, armários,

refeitórios e área de lazer.

Cores utilizadas no Mapa de Riscos:

Riscos Físicos Verde

Riscos Químicos Vermelho

Riscos Biológicos Marrom

Riscos Ergonômicos Amarelo

Riscos de Acidentes Azul

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Modelo de Mapa de Riscos

Modelo de legenda para Mapa de Riscos

6 Noções de Higiene Pessoal

A higiene pessoal é um conjunto de cuidados que as pessoas devem ter com seu corpo para ter

melhores condições de vida, bem-estar e saúde mental. Consiste em medidas que garantem a limpeza do

corpo, da mente e do ambiente, a fim de garantir uma vida saudável para as pessoas.

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Higiene bucal

A higiene bucal previne várias doenças e também o mau hálito. É importante o uso do fio dental e

escovação todos os dias de preferência após as refeições.

Como escovar os dentes corretamente:

CÁRIE TÁRTAR GENGIVI

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Lavar o rosto ao acordar e ao dormir;

Banho pelo menos uma vez ao dia, usar sabão para dissolver a sujeira;

Lavar o cabelo pelo menos 2 vezes por semana, usando Shampoo e Condicionador. Escovar todos os

dias com uma escova só sua.

Higiene das mãos:

Lavar as mãos após banheiro, antes de preparar a comida e antes de comer;

Unhas curtas (cortar);

Álcool 70% (mesmo efeito).

LAVAGEM DAS MÃOS

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Cuidados ao fazer a comida:

Lavar as mãos;

Prender os cabelos (de preferência utilizar touca ou gorro)

Não provar a comida com a mesma colher que faz o preparo e com o dedo;

Não tossir, espirrar ou fumar;

Evitar utensílios de madeira;

Manter a lixeira no chão;

Atentar para validade e qualidade dos alimentos;

Ter cuidado com produtos enlatados.

Desinfetando a saladas e as frutas:

Desfolhar a salada, jogando fora as folhas estragadas;

Lavar as folhas, legumes e frutas em água potável;

Deixar tudo de molho em água sanitária (1 colher de sopa para 1L de água) por 15 minuto;

Lavar novamente com água potável.

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Cuidados com a água potável:

Para quem pega água fora de casa: Evite mergulhar o balde e não use baldes de limpeza ou galões de

outros produtos para isso. Depois que pegar a água mantenha a água tampada para não cair sujeira.

Qualquer coisa filtre e/ou ferva a água antes de beber.

Higiene dos animais domésticos: Para não transmitir doenças:

Vacinar em dia;

Banho;

Combater pulgas e carrapatos;

Recolher as fezes diariamente.

Vacinação: Mantenha seu cartão de vacinas em dia.

7 Normas Internacionais de Higiene Ocupacional – NHO

NHO 09- Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração do Corpo Inteiro

NHO 10 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração das mãos e braços

NHO 08 – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho

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NHO 07 – Calibração de bombas de Amostragem Individual pelo método da bolha de sabão

NHO 01 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído

NHO 03 – Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados Sobre Filtros

e Membrana

NHO 04 – Método de Ensaio – Método de Coleta e a Análise de Fibras em Locais de Trabalho

NHO 05 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacionais aos Raios X NOS Serviços de

Radiologia

NHO 06 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor

8 Norma Regulamentadora 24 – NR 24

Regulamenta:

Instalações Sanitárias;

Vestiários;

Refeitórios;

Cozinhas;

Alojamentos.

8.1 Instalações Sanitárias

As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo;

As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais sendo essas

dimensões de 1,00m2 por cabine sanitária, para cada 20 operários em atividade;

Deverão sempre ser mantidas em estado de asseio e higiene;

O mictório deverá ser de porcelana, ou outro material equivalente, SEMPRE PROVIDO DE DESCARGA

PROVOCADA OU AUTOMÁTICA;

Os mictórios de uso individual devem obedecer uma distância de 0,62 cm entre eles;

Os lavatórios deverão, em locais insalubres obedecer uma escala de 1 torneira para cada 10

funcionários, e em locais normais a escala é de 1 torneira para cada 20 funcionários.

O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza e secagem das mãos, PROIBINDO-SE O USO

DE TOALHAS COLETIVAS;

As cabines sanitárias deverão ser individuais, com ventilação;

Os banheiros dotados de chuveiros deverão:

Dispor de água quente e fria;

Obedecer a escala de 1 chuveiro para cada 10 funcionários.

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IDENTIFICAÇÃO MASCULINA

8.2 Vestuários

Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas, ou seja,

imposto o uso de uniforme, deverá haver local apropriado para vestiário dotado de armários individuais,

OBSERVADA A SEPARAÇÃO DE SEXO;

Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural;

Dispor de cabines individuais;

Dispor de armários.

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8.3 Refeitórios

O refeitório é exigido em empresas que tenham acima de 300 trabalhadores.

O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com as

instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos

Bem iluminado;

Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação federal, estadual ou municipal;

Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individuais, ou bebedouros de jato

inclinado;

Mesas e assentos em número compatível ao de funcionários;

8.4 Cozinhas

Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de aberturas por onde

serão servidas as refeições;

Deverão ter pé-direito de 3,00m no mínimo;

As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00m x 2,10m;

Todo utensílio utilizado, deve ser de material de fácil higienização;

É indispensável que os funcionários da cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e

utensílios disponham de sanitário e vestiário próprios, e que não se comunique com a cozinha.

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8.5 Alojamentos

A capacidade máxima de cada dormitório é de 100 operários;

Não é permitida a locação de mais de duas camas na mesma vertical;

As janelas dos alojamentos deverão obedecer a metragem de 0,60m x 0,60m no mínimo;

Nos alojamentos deverão ser instalados bebedouros.

9 Sistema de Gerenciamento Ambiental

O Sistema de Gerenciamento Ambiental é um processo voltado a resolver, abrandar e/ou prevenir os

problemas de caráter ambiental, com o objetivo de desenvolvimento sustentável.

Pode-se conceituar Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA), segundo a NBR ISO 14001, como a

parte do sistema de gerenciamento que compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as

práticas, os procedimentos, os processos e recurso para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental

da empresa.

O processo de implementação de um Sistema de Gestão consta de 4 fases:

Definição e comunicação do projeto (gera-se um documento de trabalho que irá detalhar as bases do

projeto para implementação do SGA);

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Planejamento do SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-se o sistema);

Instalação do SGA (realiza-se a implementação do SGA);

Auditoria e certificação.

Uma vez implementado o SGA, pode-se tramitar sua certificação.

Qualquer empresa pode implementar o SGA.

O Sistema de Gerenciamento Ambiental permite as empresas, de forma imediata:

Segurança, na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções legais, etc;

Qualidade dos produtos, serviços e processos;

Economia e/ou redução no consumo de matérias-primas, água e energia;

Mercado, com a finalidade de captar novos clientes;

Melhora na imagem;

Melhora no processo;

Possibilidade de futuro e a permanência da empresa;

Possibilidade de financiamentos, devido ao bom histórico ambiental.

REFERÊNCIAS

Normas de Higiene Ocupacional. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-

higiene-ocupacional Acesso em: 07 jul. 2015.

SANTOS, A. M. A. et al. Introdução à Higiene Ocupacional. FUNDACENTRO. 2004.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Editora Saraiva. 7ª Ed.

SENAI –DR BA. Segurança do Trabalho. Salvador, 2009.