heróis no cinema: a escalada industrial e suas vergonhas expostas

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Universidade Tuiuti do Paraná – UTP Pós-Graduação em Cinema Cinema Indústria Profº Me. Tom Lisboa Acadêmico Ivanir França Heróis no cinema: a escalada industrial e suas vergonhas expostas Desde seu surgimento, o cinema vale-se de adaptações para conquistar e aproximar o público por meio do que já o é íntimo. Georges Méliès talvez tenha sido o pioneiro a colher na literatura (Da Terra à Lua de Júlio Verne) inspiração para o cinema (La Voyage dans la lune). Atualmente vê-se uma crescente busca por “novas” histórias literárias, musicais, releituras cinematográficas e, talvez, a mais rentável pelo apelo ao público fiel - a adaptação de Histórias em Quadrinhos (HQs). Batman, Superman, Spiderman, Dreed e outras HQs menos conhecidas do grande público (Bullet to the Head, Le bleu est une couleur chaude, Poulet aux prunes, Snowpiercer ...) vêm ganhando suas versões cinematográficas, algumas “fiéis”, outras, dentro da concepção de críticos e especialistas, lamentáveis. No entanto, antes de tecer adjetivos a estas transposições é preciso entender as diferenças de linguagem propostas às plataformas. Ambos lidam com palavras e imagens. O cinema reforça isso com o som e a ilusão do movimento real. Os quadrinhos precisam fazer uma alusão a tudo isso a partir de uma plataforma estática impressa. O cinema usa a fotografia e uma tecnologia sofisticada a fim de transmitir imagens realistas. Mais uma vez, os quadrinhos estão limitados à impressão. O cinema pretende transmitir uma experiência real, enquanto os quadrinhos a narram. Essas singularidades, claro, afetam as tentativas de aproximação do cineasta e do cartunista. (EISNER, 2005 apud NOGUEIRA, 2012). Entende-se que embora similares, o cinema transforma o espectador em elemento passivo frente ao ecrã, pois a obra está pré-definida pela

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Page 1: Heróis no cinema: a escalada industrial e suas vergonhas expostas

Universidade Tuiuti do Paraná – UTP Pós-Graduação em Cinema Cinema Indústria Profº Me. Tom Lisboa Acadêmico Ivanir França Heróis no cinema: a escalada industrial e suas vergonhas expostas

Desde seu surgimento, o cinema vale-se de adaptações para conquistar e

aproximar o público por meio do que já o é íntimo. Georges Méliès talvez

tenha sido o pioneiro a colher na literatura (Da Terra à Lua de Júlio Verne)

inspiração para o cinema (La Voyage dans la lune).

Atualmente vê-se uma crescente busca por “novas” histórias literárias,

musicais, releituras cinematográficas e, talvez, a mais rentável pelo apelo ao

público fiel - a adaptação de Histórias em Quadrinhos (HQs).

Batman, Superman, Spiderman, Dreed e outras HQs menos conhecidas do

grande público (Bullet to the Head, Le bleu est une couleur chaude, Poulet

aux prunes, Snowpiercer ...) vêm ganhando suas versões cinematográficas,

algumas “fiéis”, outras, dentro da concepção de críticos e especialistas,

lamentáveis. No entanto, antes de tecer adjetivos a estas transposições é

preciso entender as diferenças de linguagem propostas às plataformas.

Ambos lidam com palavras e imagens. O cinema reforça isso com o som e a ilusão do movimento real. Os quadrinhos precisam fazer uma alusão a tudo isso a partir de uma plataforma estática impressa. O cinema usa a fotografia e uma tecnologia sofisticada a fim de transmitir imagens realistas. Mais uma vez, os quadrinhos estão limitados à impressão. O cinema pretende transmitir uma experiência real, enquanto os quadrinhos a narram. Essas singularidades, claro, afetam as tentativas de aproximação do cineasta e do cartunista. (EISNER, 2005 apud NOGUEIRA, 2012).

Entende-se que embora similares, o cinema transforma o espectador em

elemento passivo frente ao ecrã, pois a obra está pré-definida pela

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montagem, fotografia e pelo som. Já nas HQs a sobreposição das imagens

exige um maior “esforço” do leitor para preencher os espaços deixados entre

um quadro e outro, além de, claro, não ter o recurso do áudio, pontuando e

abrindo os sentidos do leitor, guiando-o apenas pela sequência imagética e

seus recursos. “Ou seja, a forma como o conceito de movimento é trabalhado

em ambos os casos se diferem.” (MAIA;GARCIA, 2012)

Em relação ao som, Michel Chion (2008) explica: “as percepções sonora e

visual têm, cada qual, a sua velocidade própria: de uma forma sucinta, o

ouvido analisa, trabalha e sintetiza mais depressa que o olho”.

Há várias razões para isso: em primeiro lugar, para os ouvintes, o som e o veículo da linguagem, e uma frase falada faz o ouvido trabalhar mais depressa (comparativamente, a leitura com os olhos é, salvo treino especial, no surdos, por exemplo, sensivelmente mais lenta. (CHION, 2008. pág. 16).

Nesse contexto, a justaposição das obras em mídias díspares forma dois

ideais diferenciados. Um pela visão dos roteiristas e criadores das HQs e

outra na visão dos roteiristas e do diretor de uma película, que trespassam a

ideia inicial do quadrinho expandindo as possibilidades narrativas. Para

CORDEIRO (2011), “o cinema pretende transmitir uma experiência real,

enquanto os quadrinhos a narram”.

Encontramos, portanto, em ambas as plataformas, produtos únicos que

convergem e somam-se narrativamente, abrindo o arco histórico e o cânone

original das histórias. Essas mudanças, muitas vezes, causam desconforto a

fãs e até mesmo a autores, que criticam veementemente algumas

adaptações mal interpretadas ou com foco ao largo da original.

No entanto, embora - ao serem transpostas a outra linguagem - as obras

perpassem por críticas, sendo amadas ou odiadas, elas têm como objetivo

final a venda, e mesmo execradas por fãs e autores, as adaptações, se

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obtiverem lucros, ou por motivos de manutenção de direito à marca, tendem

a serem estendidas e continuadas à exaustão comercial.

Em outras palavras, o cinema, assim como as HQs seguem a toada da

indústria cultural. Teorizada por Theodor Adorno e Marx Horkheimer, o

conceito trabalha a ideia de que os bens culturais são produzidos em lote,

como mercadoria padronizada, ou seja, a produção de um filme segue a

mesma lógica da produção de um automóvel.

Pode ser que as novas condições assim criadas pelas técnicas de reprodução, em paralelo, deixem intacto o conteúdo da obra de arte; mas, de qualquer maneira, desvalorizam seu hic et nunc. Acontece o mesmo, sem dúvida, com outras coisas além da obra de arte, por exemplo, com a paisagem cinematográfica; porém, quando se trata de obra de arte, tal desvalorização atinge-a no ponto mais sensível, onde ela é vulnerável como não o são objetos naturais: em sua autenticidade. O que caracteriza a autenticidade de uma coisa é tudo aquilo que ela contém e é originalmente transmissível, desde sua duração material até seu poder de testemunho histórico. Como este próprio testemunho baseia-se naquela duração, na hipótese da reprodução, onde o primeiro elemento (duração) escapa aos homens, o segundo – o testemunho histórico da coisa fica identicamente abalado. Nada demais certamente, mas o que fica assim abalado é a própria autoridade da coisa (BENJAMIN, apud GOMES, 2011).

Dentro desse conceito vemos a construção em escala industrial de

adaptações que resultaram em filmes vergonhosos como Batman Forever

(1995) e Batman & Robin (1997) de Joel Schumacher.

Orçado em 100 milhões de dólares, o filme, ao estrear nos Estados Unidos, no dia 7 de julho de 1995, foi simplesmente malhado por crítica e público. Entretanto, inexplicavelmente tornou-se um sucesso de bilheteria e arrecadou 336 milhões de dólares em todo o mundo, sendo o segundo filme mais visto daquele ano. Era como se o público não acreditasse que um filme do Batman pudesse ser tão ruim e tivesse que conferir por conta própria. (CALLARI, 2012. pág, 149)

O desastre de Schumacher expõem as falhas da produção em massa que

nesse caso só foram possíveis graças ao sucesso de Batman (1989) e

Batman Returns (1992) dirigidos por Tim Burton. Embora os longas tenham

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obtido um certo sucesso e arrecadado juntos US$ 574 milhões, alguns

afagos não bem recebidos definharam a escabrosa dupla de Schumacher.

Batman & Robin, além de inúmeras indicações1 ao Framboesa de Ouro

(prêmio anual concedida nos EUA aos piores filmes) de 1998, foi agraciado

pela revista Empire2 com a primeira colocação dos piores filmes da história.

Esse “sucesso” levou aos executivos da Warner engavetar novos projetos do

Homem Morcego até 2005.

Outro exemplo de adaptação desastrosa após um sucesso inicial está na

trilogia Spider-man (2002; 2004; 2007) de Sam Raimi. Considerado o maior

herói da Marvel e um dos mais importantes da humanidade com sucesso

ilibado em HQs, games, séries animadas e em mangás, o “amigão da

vizinhança” só recebeu sua primeira adaptação oficial ao cinema em 2002.

“Um dos principais motivos para a demora e constantes adiamentos foram

brigas judiciais envolvendo várias empresas – entre elas, 20th Century Fox,

Sony, Marvel, MGM, 21st Century Film Corporation e Viacom.” (CALLARI,

2012. pág, 280)”.

Após algumas concessões, os direitos de marca e transposição

permaneceram com a Marvel e com a Sony, esta detendo o poder do herói

às telas do cinema. Segundo o site Omelete, esse direito permanece na Sony

desde que sejam produzidos filmes da franquia de três em três anos. Rumor

que abastece boatos de após a finalização da atual franquia - The Amazing

Spider-man de Marc Webb - seja produzido um filme baseado na juventude

da Tia May. Caso confirmado, o longa pode desvirtuar o cânone do cabeça

de teia, pois colocaria Peter Parker (Homem Aranha) como filho de May.                                                                                                                          1  Foi nomeado para a categoria de Pior Filme, Pior Diretor, Pior Remake ou Sequência, Pior Roteiro, Pior Canção Original (The End is The Beginning is The End, do cantor americano Billy Crogan), Pior Ator Coadjuvante (Arnold Shwarzenegger e Chris O’Donnel), Pior Atriz Coadjuvante (Uma Thurman, Pior Dulpa (George Clooney e Chris O’Donnel) e Desrespeito à Vida Humana e à propriedade Privada. Curiosamente, o único “prêmio” que levou foi na categoria de Pior Atriz Coadjuvante (Alicia Silverstone). (CALLARI, 2012. pág, 150).  2  Esse filme de 1997, em que Clooney interpreta o Homem-Morcego, ao lado de Chris O'Donnell (Robin) e Alicia Silverstone (Batgirl), "venceu" uma pesquisa feita pela Internet pela revista Empire para escolher a obra mais desastrosa da história do cinema. A revista disse que a "bomba" não só venceu a votação como obteve quase o triplo de votos do segundo colocado - "A Reconquista", com John Travolta, uma adaptação de um romance de L. Ron Hubbard, fundador da religião chamada Cientologia. (UOL, 2010).  

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No entanto, segundo a própria Sony, um possível filme estrelado pela Tia

May – jovem - está fora dos planos do estúdio, que concentra seus esforços

na produção dos longas Venom3 e Sexteto Sinistro4.

Spider-man de uma ponta a outra

Spider-man (2002) foi criado imerso em camadas que o haviam consagrado

nos quadrinhos nos últimos 40 anos. “Sam Raimi e David Koepp

transpuseram às telas todos os elementos que o fizeram o Homem-Aranha

ser um dos personagens mais adorados de todos os tempos e ainda o

mostraram para um novo público.” (CALLARI, 2012. pág, 281). O filme

arrecadou em todo mundo mais de US$ 822 milhões, o que deu a Raimi carta

branca para o próximo filme – Spider man 2.

As poucas críticas expostas ao primeiro filme, foram aqui suprimidas. Tobey

Maguire (Peter Parker), mais à vontade no papel, assume o característico

humor do personagem nos quadrinhos e aliado ao equilíbrio dado ao filme

traz uma película fiel às HQs.

Demonstrando o mesmo cuidado do original em conferir maior dimensão aos seus personagens, O Homem-Aranha 2 é um exemplo raro de filme de super-herói que investe mais nos diálogos do que na ação: Peter Parker está constantemente avaliando suas escolhas e as consequências que estas podem trazer para as vidas das pessoas que ama e, revelando a insegurança típica de um homem jovem (outro mérito do roteiro), está sempre pedindo conselhos para os adultos que o cercam, de sua tia May ao cientista Otto Octavius, passando até mesmo por um médico. Com isso, Peter torna-se um herói vulnerável, muito mais próximo do espectador do que a maior parte dos demais ícones da Marvel. (VILLAÇA, 2004).

                                                                                                                         3  Venom é um dos principais inimigos do Homem Aranha. “[...] é um simbionte alienígena e parasita acoplado ao corpo truculento de Eddie Brock. [...] Extremamente fort, resistente, ágil e veloz, ele pode disparar teias orgânicas, aderir a superfícies, tem um fator de cura acelerado e sua presença não dispara o sentido aranha de Peter” (CALLARI, 2012. pág, 312).  4  O Sexteto Sinistro é um grupo formado por vilões inimigos do Homem-Aranha. A composição original do Sexteto traz: Dr. Octopus (idealizador do grupo), Electro, Abutre, Homem-Areia, Rino e Shocker. A primeira aparição do Sexteto aconteceu em 1964 na HQ Amazing Spider-man Anual 01, de Stan Lee e Steve Ditko. No cinema o grupo será formado por Electro, Duende Verde, Dr. Octopus, Rino, Caçador e Mystério.  

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A qualidade irretocável do longa concedeu a Raimi idealizar Spider-man 3 e a

sua disposição um orçamento “faraônico” (US$ 260 milhões). Contudo, a

exemplo do ocorrido com o Cavaleiro da Trevas na década de 90, o longa

fracassou notoriamente. Inúmeros fatores corroboraram ao retumbante

fracasso: o exorbitante orçamento, a pressão de produtores (financiadores do

projeto), e o maior erro atribuído a Raimi: deixar de lado o principal trunfo dos

seus antecessores, o roteiro.

Sem direcionamento, o filme contou com três vilões não resolvidos (New

Globin – James Franco; Sandman – Thomas Haden Church e Venom –

Thoper Grace), sendo Venom uma imposição comercial do estúdio, uma vez

que Raimi sempre foi categórico ao afirmar que detestava o personagem e

não tinha interesse em utilizá-lo. Raimi nutre preferência por Adrian Toomes:

o Abutre – clássico vilão na cronologia original. “Um dos maiores equívocos

da película foi recontar a morte do tio Ben para tentar inserir Flint Marko

(Sandman) na cronologia e aumentar o conflito emocional entre Peter Parker

e o vilão. Um verdadeiro insulto à inteligência do público.” (CALLARI, 2012.

pág, 285). O maior erro de Homem-Aranha 3 é primário e encontrado em grande parte dos filmes de Hollywood: a necessidade de amarrar obsessivamente todos os personagens e obrigatoriamente inseri-los dentro do arco narrativo. Mania de curso de roteiro do tipo "receita de bolo" (quem já leu qualquer coisa do Syd Field sabe do que estou falando), em que todos os personagens precisam partir de um ponto e chegar noutro, aprender alguma coisa, crescer. Diabos, por que eles não podem passar o filme inteiro sem aprender coisa alguma? Por que todos os antagonistas têm que dividir núcleos dramáticos? (BORGO, 2007).

Mesmo com todos os problemas de roteiro, desencontros e a dificuldade

sobre-humana de lidar com tríade de vilões, tanto para o Aranha quanto para

Raimi, o longa obteve a mais alta arrecadação da trilogia: US$ 890 milhões.

Foi o único da trilogia não indicado ao Oscar.

Porém, embora escarrados pela crítica e por fãs - ao contrário da obra

irretocável conquistada por Nolan na trilogia Batman (2005; 2008; 2012), a

nova transposição do cabeça de teia segue abalada, agora pelas mãos de

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Marc Webb e seu reboot em Amazing Spider-man. “Dez anos. Foi esse o

tempo necessário para que o Homem-Aranha chegasse aos cinemas,

rendesse três filmes, esgotasse a fórmula decepcionando com um terceiro

capítulo patético e finalmente ganhasse uma “reimaginação”. (VILLAÇA,

2012).

Mesmo numa época dominada pelo déficit absoluto de atenção dos espectadores, chega a assustar que uma obra seja descartada pelo próprio estúdio com tamanha rapidez – e pior do que isso é só perceber que a nova versão acaba cometendo alguns dos mesmos erros que condenaram Homem-Aranha 3 ao fracasso, potencializando o lado “emo” de Peter Parker e criando uma historinha de amor que poderia facilmente render ao longa o rótulo de “Homem-Aranha para crepusculetes”. (VILLAÇA, 2012).

O esgotamento da fábula do herói – receita de bolo à concepção de filmes

hollywoodianos - não desmede apenas a inteligência do espectador como

desrespeita o cânone das HQs. No entanto, segundo Matt Tolmach, produtor

do Sexteto Sinistro: “Nada é sagrado. Quero dizer, será o melhor Sexteto

Sinistro que você pode imaginar, mas fará sentido no mundo que estamos

construindo”.

Em outras palavras, somos a indústria, quer goste ou não, será do nosso

jeito.

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REFERÊNCIAS BATMAN E ROBIN, com George Clooney, é eleito o pior filme da história em pesquisa online. UOL, 2010. Disponível em: <  http://cinema.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/02/03/batman-e-robin-com-george-clooney-e-eleito-o-pior-filme-da-historia-em-pesquisa-online.jhtm>. Acesso em: 14 dez. 2014 BORGO, Érico. Homem-Aranha 3. Omelete, 2007. Disponível em: <  http://omelete.uol.com.br/cinema/homem-aranha-3/#.VI9etaTF_xh>. Acesso em: 14 dez. 2014. CALLARI, Alexandre. Quadrinhos no Cinema. São Paulo. Évora, 2012. CHION, Michel. A Audiovisão - som e imagem no cinema. Lisboa. Texto & Grafia, 2011. GOMES, Jáder de Oliveira. A Metamorfose do Morcego: Batman na transposiçãoo das histórias em quadrinhos para o cinema. 62 f. 2011. Monografia (Graduação em Jornalismo) – Universidade de Fortaleza – Unifor. Fortaleza, 2011. MAIA, Alessandra; GARCIA, Yuri. Dos Quadrinhos ao Cinema: um estudo sobre a adaptação e a estética em “Scott Pilgrim”. Rio de Janeiro, 2012. NOGUEIRA, Cícero de Brito. Transposição do HQ para o Cinema. In: Revista FSA. Teresina: V.9 n.2 art 6 p. 81 -97, ago./dez. 2012. VILLAÇA, Pablo. Homem-Aranha 2. Cinema em Cena, 2004. Disponível em: <  http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=1607%20->. Acesso em: 14 dez. 2014 VILLAÇA, Pablo. O Espetacular Homem-Aranha. Cinema em Cena, 2012. Disponível em: <  http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=5902>. Acesso em: 14 dez. 2014.