herois, deuses e monstros da mi - bernard evslin

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Monstros gregos

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    "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e no maislutando por dinheiro e poder, ento nossa sociedade poder enfim evoluir a

    um novo nvel."

  • IntroduoEstas foram as primeiras histrias que ouvi na vida. Eu tinha quatro anos de idade, emeu tio, ainda jovem, praticava comigo seus conhecimentos de grego. Ele lia, nooriginal, trechos da Ilada e da Odisseia, e depois os traduzia para mim. As palavrasestranhas caam em meus ouvidos como uma espcie de msica sombria e, depoisde traduzidas, deixavam-me sempre um pouco decepcionado. Eu ficava feliz emsaber o que se passava nas histrias e ficava ansioso para ouvir o que aconteceria aseguir mas, mesmo assim, parecia estar faltando algo: as vozes retumbantes dosheris, os sussurros do mar, o bater das lanas. Eu tinha sido contaminado com ovrus da poesia e no me dava conta disso.

    Anos mais tarde, seguindo os passos de meu tio, estudei grego e latim. Ao leraquelas mesmas histrias da maneira que foram originalmente escritas porHesodo, Herdoto, Homero, Virglio, Ovdio etc. , senti no peito o mesmssimoencantamento. E, ao ler as tradues, fiquei igualmente decepcionado.

    Ento passei a recont-las com minhas prprias palavras.Afinal, o que so essas histrias tantas vezes repetidas?Na mitologia grega, tanto os heris quanto os monstros so gerados pelos deuses.

    As Grgonas aquelas criaturas terrveis, com serpentes no lugar de cabelos ,por exemplo, so netas de Reia, me de Zeus, o que as faz primas do arqui-inimigodelas, Perseu. Em outras palavras, tanto o bem quanto o mal descendem dosdeuses. O bem uma energia divina que se expressa por meio de heris virtuosos.O mal a mesma energia, s que invertida. Quando um heri enfrenta um monstroem qualquer uma dessas narrativas mitolgicas, quase sempre se trata de uma brigaem famlia. Essa ideia pag influenciou todas as religies que apareceram emseguida.

    O nascimento de um monstro cercado de fria, e isso que o torna monstruoso:a ira de um deus ou, mais frequentemente, de uma deusa , que produz emcarne e osso uma criatura perigosa e horripilante.

    Os heris da mitologia grega so criaturas solares, e isso no quer dizer que elessimplesmente se desenvolvem luz do sol; trata-se de uma qualidade moral. Osheris amam o ar livre; eles voam, cruzam mares revoltos, correm nas colinas,caam nas florestas. Quanto aos monstros, eles preferem a escurido. Onde vivemas Grgonas, por exemplo, sempre inverno. Crbero um co de trs cabeasque guarda os portes do sombrio Trtaro, a morada dos mortos. Cila e quidna, as

  • terrveis mulheres-serpente, escondem-se em cavernas no fundo do mar, engolem asmars, provocam naufrgios, capturam os marinheiros e quebram seus ossos. OMinotauro vive em um labirinto de sombras. Assim, quando saem captura dessesmonstros da escurido, os heris so obrigados a deixar a luz do sol, e a quecomeam os problemas.

    Trata-se, portanto, de um tema religioso bastante recorrente: a eterna luta entre ospoderes da Luz e os poderes da Escurido. Na mitologia grega, ela ilustrada pormeio de histrias bastante singelas, que deixaram para sempre sua marca em nossaconscincia.

    Bernard Evslin

  • Crono que emprestou seu nome ao tempo casou-se com sua irm, Reia, deusada terra. Mais tarde, ao matar o prprio pai (Urano, o Primognito), tornou-se osoberano dos deuses. beira da morte, Urano profetizou: Se me matar e roubarmeu trono, ser derrubado por um de seus prprios filhos, pois o crime gera ocrime.

    Assim, Crono procurou tomar cuidado. Resolveu devorar os prprios filhos medida que eles nasciam. Primeiro, vieram trs filhas: Hstia, Demter e Hera; emseguida, dois filhos: Hades e Posseidon. Um a um, engoliu todos.

    Reia ficou furiosa. Resolveu, ento, impedir que Crono devorasse o sexto beb queestava para nascer e que certamente seria um menino. Quando chegou a hora,desceu as encostas do Olimpo e procurou um lugar escuro e escondido para dar luz. O recm-nascido era de fato um menino e recebeu o nome de Zeus. Reiapendurou um bero de ouro nos galhos de uma oliveira e depositou nele o filhinhoadormecido. Em seguida, voltou para o topo da colina, enrolou uma pedra com oscueiros e fingiu estar embalando uma criana junto ao peito. Esbravejando eofegando, Crono se levantou de sua majestosa cama, roubou da mulher a pedra

  • embrulhada e a engoliu imediatamente, achando que ali estava o beb.Reia correu novamente para onde havia deixado o bero de ouro, recolheu o

    filhinho e o entregou a uma famlia de pastores para que eles o criassem. Em troca,prometeu que as ovelhas da famlia jamais seriam comidas pelos lobos.

    Zeus cresceu e se tornou um belo rapaz. Crono, seu pai, no estava sabendo denada. Porm, com saudade do filho, Reia chamou Zeus de volta morada dosdeuses e o apresentou a Crono como seu novo criado. Crono ficou contente, pois orapaz era de fato muito bonito.

    Certa noite, Reia e Zeus prepararam uma bebida especial, chamada nctar,misturando a ela folhas de mostarda e sal. Na manh seguinte, depois de um enormegole, Crono no se conteve e vomitou: primeiro uma pedra e, em seguida, Hstia,Demter, Hera, Hades e Posdon, os quais, por serem deuses, no haviam sidodigeridos e ainda estavam vivos. Agradecidos, elegeram Zeus seu lder.

    Depois disso, ocorreu uma terrvel batalha. Crono contou com a ajuda de seusmeios-irmos, os Tits. Eram seres medonhos, sinistros, mais altos que as rvores,que permaneciam confinados nas montanhas at que houvesse alguma luta da qualpudessem participar. Os Tits atacaram violentamente os jovens deuses. Mas Zeustambm tinha aliados. Ele correu at algumas cavernas muito profundas cavernassob cavernas sob cavernas, formadas a partir das primeiras bolhas produzidas peloresfriamento da Terra onde, milhares de sculos antes (um perodo relativamentecurto na vida de um deus), Crono havia confinado outros monstros, como os Ciclopes(criaturas de um olho s) e os Hecatonquiros (criaturas de cem mos). Zeus libertouseus primos medonhos e os liderou na luta contra os Tits.

    Um grande tumulto se formou nos cus. Sobre a terra, as pessoas ouviam oretumbar de troves e viam montanhas inteiras virando p. A terra tremia e ondasenormes varriam o mar enquanto os deuses lutavam. O velho Crono era um lderhabilidoso, e os Tits eram gigantescos. Eles atacavam violentamente, fazendo osjovens deuses recuar. Mas Zeus tinha preparado uma armadilha. Nas encostas doOlimpo, ele assobiou para seus primos, os Hecatonquiros, que estavam escondidosali. Com cem mos cada um, os monstros comearam a atirar pedras enormescontra os inimigos. Os Tits acharam que a colina estava desabando e no tiveramoutra sada seno fugir.

    O jovem deus P uma figura humana com orelhas, chifres, cauda e pernas debode urrava de felicidade. Terminada a batalha, disse que os Tits fugiramsimplesmente porque ficaram com medo dos urros dele. da que vem a palavra

  • pnico.Vencedores, os jovens deuses voltaram ao Olimpo, tomaram o castelo, e Zeus se

    tornou o soberano. Ningum sabe o que aconteceu a Crono e a seus Tits. Mas, detempos em tempos, montanhas explodem em fogo e a terra treme. E ningum sabeao certo por qu.

  • Afrodite era a deusa do amor e da beleza. Portanto, h mais histrias sobre ela doque sobre qualquer outro, deus ou mortal. Sendo o que , participa das maisdiversas aventuras. Seu poder tamanho que qualquer um que pronuncie seu nome e nada mais do que isso torna-se vtima de seu encantamento: tem aimpresso de que v seus ombros plidos e sente o perfume de seus cabelosdourados.

    Mas todos os relatos do conta de que ela a deusa do desejo e, ao contrrio dosoutros Olmpicos, jamais abandona suas obrigaes. Seu trabalho seu prazer; suaprofisso sua diverso. No pensa em nada a no ser no amor, e ningum esperadela outra coisa.

    Afrodite fruto do assassinato primrio. Quando Crono matou seu pai, Urano, coma foice que sua me havia lhe dado, ele jogou ao mar o corpo desmembrado, e osangue desse corpo se transformou em espuma. Dessa espuma surgiu umabelssima ninfa, nua e banhada pelas guas do mar. As ondas cuidaram dela, e os

  • cavalos brancos de Posdon a levaram para a ilha de Citera. Por onde ela andava, aareia se transformava em relva, e flores brotavam do cho. Mais tarde, foi mandadapara a ilha de Chipre. As encostas das montanhas ficaram cobertas de flores, epssaros de toda espcie coloriram os cus.

    Zeus mandou cham-la ao Olimpo. Quando chegou, ela ainda estava molhada coma gua do mar. Seu corpo estava coberto apenas com os longos cabelos, quechegavam altura dos joelhos e eram amarelos como o narciso. Afrodite olhou paraa sala do trono onde os deuses a aguardavam e sorriu de felicidade.

    Hera observava Zeus atentamente. Voc deve fazer com que ela se case o maisrpido possvel sussurrou. Quanto antes melhor!

    Sim respondeu Zeus. Um casamento parece apropriado.Dirigindo-se aos presentes, Zeus anunciou: Irmos, filhos e sobrinhos! Afrodite

    precisa se casar e vai escolher seu marido. Faam suas ofertas!Os deuses se aglomeraram em torno de Afrodite, gritando todo tipo de promessas

    e propostas. O trovejante Posdon teve de usar seu poderoso tridente para abrirespao em meio divina multido. Voc deve ir para o mar disse ele. Vocnasceu da espuma do mar e portanto me pertence. Ofereo grutas, prolas,superfcies esplndidas, profundezas obscuras... Enfim, ofereo a variedade!Marujos naufragados, maremotos, crepsculos! Ofereo segredos! Ofereo riquezasque a Terra simplesmente desconhece! Poderes infinitamente mais sutis e fluidos doque os que ali se encontram! Venha comigo e voc ser a rainha dos mares!

    Posdon bateu o tridente no cho. Subitamente, uma onda gigantesca se formou nomar, subiu s alturas como se quisesse engolir o Olimpo e depois parou, trmula,segundos antes de se quebrar. Terminado o espetculo, Posdon bateu novamente otridente, e a onda se desfez em uma inocente marola. Afrodite sorriu, porm nodisse nada.

    Em seguida, cada um dos outros deuses apresentou sua proposta e sua lista demaravilhosos presentes. Apolo ofereceu um trono e uma coroa confeccionados como mais puro ouro solar, uma biga de ouro puxada por cisnes brancos e as Musascomo damas de companhia. Hermes prometeu torn-la a rainha das encruzilhadaspor onde todos so obrigados a passar; ali ela ouviria todas as histrias, conheceriatodos os viajantes, saberia de todas as novidades, assistiria a um riqussimo desfilede aventuras e fofocas que jamais a deixaria entediada.

    Afrodite sorriu para Apolo e para Hermes, mas tambm no respondeu.Hera no estava nada satisfeita com o andamento das coisas. Hefesto, o feioso e

  • manco deus ferreiro, escondia-se atrs da multido, com vergonha de se apresentar.Hera foi at ele, puxou-o pelo brao e sussurrou: V at l e se apresente,bobalho! Diga exatamente o que eu mandei voc dizer!

    Hefesto se arrastou acanhadamente at a magnfica deusa. Sem sequer olhar paraela, disse: Eu seria o marido ideal para algum como voc. Sempre trabalho attarde.

    Afrodite sorriu. No disse nada; apenas levantou o queixo do ferreiro cabisbaixo ebeijou seus lbios docemente.

    Naquela mesma noite os dois se casaram. Na festa do casamento, por fim,Afrodite resolveu falar: aproximou-se de cada um de seus pretendentes dizendoquando poderiam visit-la e levar todos os presentes prometidos.

  • Prometeu era um jovem Tit que no tinha l muito respeito por Zeus. Emborasoubesse que o soberano dos cus se irritava quando lhe faziam perguntas muitodiretas, no hesitava em confront-lo sempre que queria saber alguma coisa.

    Certa manh, dirigiu-se a Zeus e disse: Oh, grande Senhor dos Raios, nocompreendo seu propsito. O senhor colocou a raa humana sobre a Terra, masinsiste em mant-la na ignorncia e na escurido.

    Da raa humana cuido eu respondeu Zeus. O que voc chama deignorncia inocncia. O que voc chama de escurido a sombra da minhavontade. Os mortais esto felizes como esto. E foram concebidos de tal forma quevo continuar felizes at que algum os convena do contrrio. Para mim esseassunto est encerrado.

    Mas Prometeu continuou: Olhe para a Terra. Olhe para os homens. Eles vivemnas cavernas, andam merc dos animais selvagens e das mudanas do tempo.Comem carne crua! Se existe algum propsito nisso, eu imploro, diga-me qual ! Por

  • que o senhor se recusa a dar aos homens o dom do fogo?Zeus respondeu: Por acaso voc no sabe, jovem Prometeu, que para cada

    dom existe uma punio? assim que as Moiras fiam o destino, ao qual at mesmoos deuses devem se submeter. Os mortais no conhecem o fogo, verdade, nem osofcios que dele advm. Por outro lado, tambm no conhecem a doena, a velhice,a guerra, nem aquela peste interior chamada preocupao. Acredite em mim, elesesto felizes sem o fogo. E assim devem permanecer.

    Felizes como os animais argumentou Prometeu. Qual o sentido de criaros humanos e fazer deles uma raa distinta, dotando-os de escassa pelagem, decerta inteligncia e do curioso charme da imprevisibilidade? Se devem viver dessamaneira, por que separ-los dos animais?

    Os humanos tm ainda outra qualidade disse Zeus. Eles possuem o domda adorao: uma predisposio para admirar nosso poder, para ficar intrigadosdiante de nossos enigmas, para se maravilhar diante de nossos caprichos. Foi paraisso que foram criados.

    Mas no ficariam mais interessantes se dominassem o fogo e criassemmaravilhas com ele?

    Mais interessantes, talvez, porm infinitamente mais perigosos. Pois oshumanos contam ainda com mais esta caracterstica: a vaidade, um orgulho prprioque ao menor estmulo pode adquirir propores descomunais. D a eles oprogresso e eles imediatamente se esquecero daquilo que os torna seres assim toaprazveis: a humildade, a disposio para adorar. Vo ficar todos cheios de si e vocomear a se considerar deuses tambm. Correremos o risco de v-los bem aqui, nossa porta, prontos para invadir o Olimpo. Agora chega, Prometeu! Tenho sidopaciente com voc, mas minha pacincia tem limites! Agora v embora, e no meperturbe mais com suas especulaes.

    Prometeu no se deu por satisfeito. Passou toda aquela noite acordado, fazendoplanos. Na madrugada, levantou-se de seu sof e, p ante p, atravessou o Olimpo.Segurava um canio dentro do qual havia um pavio de fibras secas. Assim quechegou beira do monte, esticou o brao em direo ao horizonte leste ondebrilhavam os primeiros raios de sol e deixou que o pavio se acendesse no fogo.Em seguida, escondeu o canio em sua tnica e desceu Terra.

    De incio, os homens ficaram assustados com o presente. Era to quente, tofugaz... No se deixava tocar e, por puro capricho, fazia danar as sombras quecriava sobre o cho. Eles agradeceram a Prometeu e pediram que ele levasse o

  • presente de volta. Mas Prometeu buscou a carne de um cervo que havia acabado deser caado e a segurou sobre o fogo. Quando a carne comeou a assar e a crepitar,impregnando a caverna com seu cheiro delicioso, as pessoas se deixaram levar pelafome e se lanaram sobre o assado, devorando-o voluptuosamente e queimando alngua.

    Isto que trouxe de presente chama-se fogo explicou Prometeu. Trata-sede um esprito indomvel, um pequeno irmo do sol. Mas, se for tratado comcuidado, poder mudar a vida de toda a humanidade. Tambm um esprito guloso;vocs devem aliment-lo com galhos e folhas, porm somente at que ele atinja umtamanho adequado. Depois disso, no o alimentem mais, ou ele devora tudo o queestiver ao seu alcance, inclusive vocs. Somente uma coisa ser capaz de det-lo: agua. O esprito do fogo teme o esprito da gua. Se for tocado pela gua, eledesaparece at que seja chamado novamente.

    Prometeu saiu da caverna onde estava e deixou ali uma fogueira acesa.Criancinhas com olhos arregalados se juntaram em torno da novidade. Em seguida,percorreu todas as cavernas sobre a face da Terra e repetiu o mesmo discurso.

    Algum tempo depois, Zeus olhou do alto do Olimpo e ficou perplexo. Tudo haviamudado. Os homens haviam deixado suas cavernas. Zeus viu cabanas delenhadores, fazendas, vilarejos, cidades muradas, e at mesmo um castelo ou dois.Os homens cozinhavam seus alimentos e carregavam tochas para iluminar seucaminho noite. No interior de oficinas flamejantes, fabricavam cochos, quilhas,espadas e lanas. Construam navios e costuravam velas, ousando se aproveitar dafria dos ventos para se locomover. Usavam capacetes e travavam batalhasmontados em bigas, assim como faziam os prprios deuses.

    Zeus ficou furioso e imediatamente apanhou o maior raio de que dispunha. Seeles querem fogo disse a si mesmo , ento fogo eles tero! E muito mais doque pediram! Vou transformar aquele msero planeta que eles chamam de Terra emum monte de cinzas! Mas, de repente, uma ideia surgiu em sua mente e Zeusbaixou o brao. Alm de vingana prosseguiu , quero diverso! Que eles sedestruam com suas prprias mos e suas prprias descobertas! Vai ser umespetculo longo, muito interessante de se ver! Deles posso cuidar depois. Meuassunto agora com Prometeu!

    Zeus chamou seu exrcito de gigantes e ordenou que eles prendessem Prometeu,o levassem at o Cucaso e o amarrassem ao pico de uma montanha com correntesto fortes especialmente forjadas por Hefesto que nem um Tit em fria seria

  • capaz de arrebent-las. Feito isso, chamou dois abutres e mandou que elescomessem lentamente o fgado daquele obstinado amigo dos mortais.

    Os homens sabiam que algo de terrvel acontecia na tal montanha, mas nosabiam exatamente o qu. O vento uivava como um gigante atormentado e, svezes, gritava como as aves de rapina.

    Prometeu permaneceu ali durante muitos sculos, at nascer outro herisuficientemente corajoso para desafiar os deuses. Esse heri foi Hracles, que subiuat a montanha, cortou as correntes que prendiam Prometeu e matou os abutres.

  • Leia mais na ntegra(disponvel nas verses impressa e digital)www.benvira.com.br

    IntroduoOS DEUSESZeusHeraAtenaPosdonHadesDemterO nascimento dos deusesrtemisApoloOs filhos de ApoloHermesHefestoAfroditeOS MITOS DA NATUREZAPrometeuPandoraFaetonteOrfeuNarciso e EcoEros e PsiquAronSEMIDEUSESPerseuDdaloTeseuAtalantaFBULASMidasPigmalio

  • A MITOLOGIA E NOSSA LNGUA

  • SinopseOs heris mitolgicos so seres solares que amam o ar livre: voam, cruzam maresrevoltos, correm nas colinas, caam nas florestas. Os monstros preferem aescurido: Minotauro, homem com cabea de touro, por exemplo, habita um labirintosombrio. Mas tanto heris como monstros so gerados pelos deuses do Olimpo, quevivem interferindo no cotidiano dos mortais.Heris, deuses e monstros da mitologia grega mostra todos esses seresextraordinrios de uma maneira diferente: o leitor acompanha os dilogos entredeuses e semideuses, desvenda seus pensamentos, vivencia suas aventuras e,assim, entra em contato com a rica cultura da Antiguidade.

  • Sobre o autorBernard Evslin cresceu ouvindo as narrativas da mitologia contadas por seu tio, quelia para ele trechos da Ilada e da Odisseia de Homero.Mais tarde, seguindo os passos do tio, estudou grego e latim e tornou-seespecialista em deuses e monstros mitolgicos. Evslin tambm escreveu novelas,filmes e peas teatrais.

    IntroduoZeusAfroditePrometeuLeia mais na ntegra!SinopseSobre o autor