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ISSN 0101-2835 Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental - CPATU Belém, PA HELMINTOSES GASTRINTESTINAIS DOS BUBALINOS NO ESTADO DO PARÁ: EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE Belém, PA 1993

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ISSN 0101-2835

Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma AgráriaEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPACentro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental - CPATUBelém, PA

HELMINTOSES GASTRINTESTINAISDOS BUBALINOS NOESTADO DO PARÁ:

EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE

Belém, PA1993

ISSN 0101-2835

Ministério da Agricultura; do Abastecimento e da Reforma AgráriaEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPACentro de Pesquisa Agroflorestal. da Amazônia Oriental - CPATUBelém, PA

BELHINTOSES GASTRINTESTINAIS DOS BUBALINOS NOESTADO DO PARÁ: EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE

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Belém, PA1993

Hugo Didonet Láu

EMBRAPA-CPATU. Documentos, 72Exemplares desta publicação podem ser solicitados àEMBRAPA-CPATUTrav. Or. Enéas Pinheiro, slnTelefones: (091) 226-6612, 226-6622Teléx: (091) 1210Fax: (091) 226-9845Caixa Postal, 4866095-100 - Belém, PATiragem: 500 exemplaresComitê de publicações

Antônio Agostinho MüllerCélia Maria Lopes PereiraOamásio Coutinho FilhoEmanuel Adilson Souza SerrãoEmmanuel de Souza Cruz - PresidenteJoão Olegário Pereira de CarvalhoLindáurea Alves de Souza - Vice-PresidenteMaria de Nazaré Magalhães dos Santos - Secretária ExecutivaRaimundo Freire de OliveiraSaturnino OutraSérgio de Mello Alves

Revisores TécnicosIvo Bianchin - EMBRAPA-CNPGCNorton Amador da Costa - EMBRAPA-CPATUWilliam Gcmes,Vale - UFPA

ExpedienteCoordenação Editorial: Emmanuel de Souza CruzNormalização: Célia Maria Lopes PereiraRevisão Gramatical: Maria de Nazaré Magalhães dos Santos

Miguel Simão Neto (texto em inglês)Composição: Francisco de Assis Sampaio de Freitas

COO: 636.293098115

LAu, H.O. Helmintoses gastrintestinais dos bubalinos no Estado do Pará:epidemiologia e controle. Belém: EMBRAPA-CPATU, 1993. 38p. (EMBRAPA--CPATU. Documentos, 72).1. Bubalino - Doença - Helminto gastrintestinal - Controle - Brasil -

Pará. I. EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental(Belém, PA). 11. Tftulo. 111. Série.

© EMBRAPA - 1993

SUKÁRIO

J[~Jl()I)1J~~().• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • !5LOCALIZAÇÃO E CLIMA...................... 7IDE~IFICAÇÃO E PREVALiNCIA DAS EspicIESPARASITÁRIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

CO~AGEM DE OVOS POR GRAMA DE FEZES (OPG) 9RESULTADOS DE COPROCULTURAS.............. 16VARIAÇÃO ESTACIONAL DE LARVAS INFECTAN-TES NA PASTAGEM.............. ....•.•.••.. 18VARIAÇÃO ESTACIONAL DE VERMES ADULTOS.... 20TRATAXE~O ESTRATiGICO................... 22ANÁLISE ECONÔMICA........................ 24CONCLUSÕES. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 26

REFERiNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............. 28

HELXINTOSES GASTRINTESTINAIS DOS BUBALINOS NOESTADO DO PARÁ: EPIDEMIOLOGIA B CONTROLE

Hugo Didonet Láu1

INTRODUÇÃOAs helmintoses gastrintestinais constituem,

sem dúvida, um dos mais significativos problemas de or-dem sanitária com que se defrontam· os pecúar í.et.ae na-cionais. Atuando de forma crônica, provocam nos animaisretardamento no crescimento, diminuição das produçõesde leite e carne e maior susceptibilidade às enfermida-des, com conseqüente redução das funções econômica~dosrebanhos.

Para os bubalinocultores, essa verdade tambémse aplica, especialmente entre os que trabalham comanimais em regime de criações intensivas como as deprodução de leite. Os animais jovens são os mais atin-gidos. Autores de vâz Laa- partes do mundo, (Little,1979; Sukhapesna, 1983; Toelihere, 1988; Brardwaj &Chugh, 1988; Sharma & Malhotra, 1988; Láu, 1991; Gallo,1991), são unânimes em afirmar que a causa primária damortalidade entre bezerros búfalos.são as infecções en-doparasitárias.

Quando comparadas com as de outras espéciesanimais zoologicamente semelhantes, as parasitoses gas-trintestinais dos bubalinos assumem característicasbastantes peculiares (Ques'ada,1974). Somente o conhe-cimento sucinto do curso dessas infecções, através de

iMéd.-Vet. M.Se. EMBRAPA-CPATU. Caixa Postal 48. CEP 66017-970. Belém, PA.

estudos epidemiológicos, permite a r'ealização de planosde controle anti-helmíntico eficazes e economicamenteviãveis (Toelihere, 1988). O curso das parasitoses de-pende diretamente das condições climãticas de cada ãreageogrãfica e não permite a extrapolação de dados de umaregião.para outra (Paloschi, 1981).

No Brasil, os estudos sobre o significado dasinfecções helmínticas em bubalinos, por serem recentes,são ainda escassos. O conhecimento nacional sobre o as-sunto, praticamente teve início com a excursão cientí-fica de Travassos & Freitas (1964), no Estado do Parã.Na ocasião, esses autores detectaram a presença de hel-mintos do gênero Bunostomum em três búfalos necropsia-dos. Posteriormente, nesse mesmo Estado, Freitas &Costa (1967) registraram a presença, nessa espécie ani-mal, d,e helmintos dos gêneros Strongyloides, Cooperia,Bunostomum, Dyctiocaulus e Neoascaris, sem qualqUer ou-tra informação adicional.

O primeiro trabalho sobre a dinâmica das hel-mintoses no rebanho bubalino nacional foi desenvolvidopor Silva (1969), também no Estado do parã, que descre-veu a mesma fauna parasitãria anteriormente citada. Se-gundo esse autor, os animais jovens são mais susceptí-veis que os adultos e a estação chuvosa contribui parao aumento do índice de infecções nos animais. Levantaainda a hipótese da ocorrência de infestação pré-natalpelo Neoascaris vitulorum.

Mais tarde, Simões (1972) observou que aaplicação de vermífugo em búfalas prenhes, nos últimosdias de gestação, faz com que o índice de natalidade dorebanho não seja prejudicado com o problema de vermi-nose.

A intensificação dos estudoà sobre as in-fecções helmínticas no rebanho bubalino paraense, en-tretanto, tornou-se realidade somente a partir do finalda década de 70, quando vãrios trabálhos foram realiza-dos sobre o assunto (Epidemiologia ••• , 1978; Lãu, 1979;Lãu, 1980; Lãu & Costa, 1983; Lãu, 1984; Lãu & Marques,1985-1987; Lãu, 1989; Lãu & Marques, 1991) e.melhor di-mencionou-se a epidemiologia e controle das parasitosesgastrintestinais dos bubalinos, nesse Estado.

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Objetivou~se com este trabalho reunir e dis-cutir essas informações, bem como divulgar dados atua-lizados sobre o assunto.

LOCALIZAÇÃO E CLIMABasicamente, os trabalhos de pesquisa foram

desenvolvidos no Campo Experimental "Or. Felisberto Ca-margo", do Centro de Pesquisa Agroflorestal da AmazôniaOriental (CPATU), da EMBRAPA,em Belém, PA. As coorde-nadas geográficas são 1°28' de latitude sul e 48°27' delongitude oeste de Greenwich. segundo a classificaçãode Koppen, o clima da região é do tipo Afi, com chuvasrelativamente abundantes durante o ano. De acordo comBastos (1972), os valores médios da temperatura localoscilam entre 25°C e 26°C, os indices pluviométricosestão na faixa de 1.500 a 3.500 mme a taxa de umidadedo ar raramente é menor que 70\, variando em torno de90\. A luminosidade varia de 1.500 a 3.000 horas debrilho solar por ano, que representa 35 a 65\ da ener-gia radiante potencial, indicando a ocorrência de umgrau, relativamente alto, de luminosidade.

IDENTIFICAÇÃO E PREVALINCIA DASESPÉCIES PARASITÁRrAS

As espécies de .helmintos gastrintestinaisidentificadas,. juntamente com s.eus indices de prevalên-cia, em bubalinos. de diferentes faixas etárias e nat.u+ralmente infestados, conforme achados em necropsias,são mostrados na Tabela 1.

As espécies parasitárias identificadas coin-cidem basicamente com as descritas por Silva (1969),Costa et alo (1980), Buseti et aã • (1981) e Starke etaL, (1983), no Brasil, por Bhopale et a.í , (1971) eChahabra & Gill (1975), na India, e por Bryan et aL,(1976), na Austrália.

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TABELA 1. prevalência das diferentes espécies de hel-mintos gastrintestinais em buba1inos lacten-tes (um a seis meses de vida) e em bubalinoBdesmamados (sete a 18 meses de vida), con-forme achados em necropsias.

PrevalênciaHelminto

Animais lactentes<X>

Animais desmamados<X>

Strongyloides papillosusNeoascaris vitulorunCooperia pynçtateHaemonchus contortusTrichostrongylus axeiOesophagostomum radiatunBunostomum phlebotomumTrichuris discolor

55,0043,20

0,950,85

75,5017,003,902,101,000,50

Acredita-se que a maior prevalência das espé-cies parasitárias Neoascaris vitulorum e Strongyloidespapillosus, entre os bubalinos lactentes, esteja inti-mamente relacionada com as condições que as larvas des-ses parasitas encontram junto ao habitat desses ani-mais. Nesses locais, geralmente predominam altos indi-ces de temperatura e umidade e o pH do solo mantém-serelativamente ácido, fatores bastantes favoráveis paraa sobrevivência e propagação das larvas desses helmin-tos, conforme Freitas (1977) e Connan (1985). As precá-rias condições regionais de manejo dos bezerros búfa-los, especialmente daqueles em regime de exploraçãoleiteira, onde a promiscuidade e as péssimas condiçõeshigiênico-sanitárias são uma constante, tendem a con-tribuir para a elevação dos indices de infestações des-ses helmintos, nessa espécie animal. Sukhapesna (1983),na Tailãndia; Brardwaj & Chugh (1988), na índia; Zamri-Saad et alo (1988), na Malásia; e EI-Garhy et alo(1991), no Egito, possuem opiniões análogas.

Da mesma maneira, dentre os fatores determi-nantes da maior ocorrência dos gêneros Cooperia e Hae-

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monchus, que infestam os animais desmamados, quando empastejo na terra firme, seguramente estão os relaciona-dos com as peculiaridades do ecossistema regional, ondepredomina o clima quente e úmido e pastagens que pro-porcionam ótimas condições de proteção e desenvolvi-mento larval. Ocorre ainda, o agravante da elevada den-sidade de massa verde, além do hãbito dos animais em seagruparem junto a lodaçais, onde a proliferação dessesparasitas é mais intensa.

Apesar do helminto Dictyocaulus v~v~parus serlistado, no Brasil, como parasita de bubalinos (Costa &Freitas, 1970), nos animais avaliados, não foi detec-tada a presença desse endoparasito. Este dado coincidecom as descrições de Griffiths (1974) que afirma serbastante rara a doença clinica causada pelo D. vivipa-rus, em búfalos criados em regiões tropicais e subtro-picais.

CONTAGEH DE OVOS POR GRAMA DE FEZES (OPG)As médias de contagem mensais de OPG em be-

zerros búfalos naturalmente infestados e sem medicaçãoanti-helmintica, no periodo do nascimento aos 210 diasde vida, são evidenciadas na Fig. 1.

Observa-se que os p'ri~eiros ovos parasitãriospresentes nas fezes dos anim~;issão os de S. papillosu's(5.000 OPG) e os de N. vitulorum (2.000 OPG). Estessurgiram a partir dos catorze dias de vida dos bez~rrose atingiram o ãpice de ovopostura quando os animais al-cançaram cerca de 30 dias de nascidos (31.000 OPG parao S. papillosus e 23.000'·OPGpara o N. vitulorum). Apósessa idade, o número de ovos desses helmintos diminuiubruscamente, até se tornar .nulo, aos 150 e 210 dias devida dos animais, para o N. vitulorum e para o S. pa-pillosus, respectivamente. Os ovos do tipo Strongyloi-dea (Cooperia, Haemonchulf.,~começaram a surgir nas fezesdos bezerros quando estes atingiram a idade aproximadade 60 dias, e'tenderam a ~~mentar, em número, à medidaque a idade dos animais e~oiuiu.

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Strongyloid.o

30 60 90 120Idade dos bezerros ----.,;'-

FIG. 1. Média do número de ovos por grama de fezes(OPG) de Strongyloides papillosus, Neoascarisvitulorum e de Strongyloidea em bubalinos donascimento a08 210 dias de vida.

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A presença precoce de ovos de N. vitulorumnas fezes de bezerros búfalos é um fato constatado porVaidyanathan (1949), Refuerzo & Albis-Jimenez (1954),Das & Singh (1955), Silva (1969), Sukhapesna (1985).Segundo esses autores, isso ocorre em conseqüência daslarvas parasitárias atingirem o feto na fase pré-natal(infecção transplacentár ia) • Outros autores, comoTongson (1971), Warren (1971), Chauhan et aI. (1974),Mia et alo (1975), Gautan et alo (1976), Banerjee etalo (1983) eConnan (1985) afirmam que os bezerros sãocontaminados por la+,v~s<parasitárias presentes no co-lostro (infecção,triansmamária).

Acredita-se' sé~ a via transmamária a de maiorpotencial de contaminaçãq,'em vista de ter sido consta-tado, em ensaios exper'inlentais, OPGpraticamente nuloem bezerros não+e Lí.merrt.adoacom colostro e intenso pa-rasitismo em animaiscbm acesso a esse leite.

Segundo Chauhan et alo (1974) e Sukhapesna(1985), o S. papillosus tambémutiliza essa via, paracontaminar os bubalinos recém-nascidos.

Conforme Thienpont & Keyser (1981), o ciclode vida do N. vitulorum é diferente de todos os outrosnematóides incidentes em bovideos. Esses ,autores, e LeJambre & Roberts (1985) descreveram (!) ciclo biológicodesse helminto, basicamente, da, segu~nte maneira: osovos embrionados, produzidos pelos,vermes adultos e quese encontram parasitando o intestino 'delgado dos ani-mais jovens, são evacuados, juntamente com as fezes,para o meio ambiente. Estes, por sua, vez, são ingeridospelos animais adultos, liberando larvas que migram paraos teci'dos somáticos doshospedeiros7 onde permanecemem quiescência. Quando o 'hospedeiro (animal adulto),caso seja uma ,fêmea, entra em g~~tação, essas larv'assão reativadas' e', através da circulação sangüinea, che-gam até o feto por via transplacentárii.a, ou, até o re-cém-nascido, por via transmamária, a'través do colostro.Nos neonatos, as larvas desenvolvem-se e, após adultas,iniciam a ovopostura que resultará em novas contami-nações do meio ambiente (Fig. 2). As larvas quando lo-calizadas nos tecidos somáticos de anbmais do sexo mas-culino, tendem a morrer e calcificar-,se. Os principais

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órgãos ati.,ngidos pelas larvas infestantes, nos animaisadultos, são os pulmões, rins, cérebró' e músculoá.

Ten~a~ivas para infectar artificialmente be-zerros, através da ingestão de ovos embrionados de N.vitulorum, resultaram em fracasso (Freitas, 1977;Connan,1985).

A qued'a brusca de ovopostura pelo N. vitulo-rum, ap6s o p.rimeiro mês 'de vida dos bezerros, tambémfoi observada por Roberts (1989). De acordo com esseautor, a autolimtação parasitária desse helmi.nto· estáintimamente relacionada com o desenvolvimento dasfunções do rúmen, dos animais que altera o conteúdo in-testinal:'e, conseqüentemente, torna o ambiente desfavo-rável para esse parasita. O gradativo aumento da res-posta imunitária dos bezerros é outro fator que desfa-vorece a infestação pelo N. vitulorum.

O número de OPG estabelecido pelo N. vitulo-rum (Fig. 1) foi. considerado alto, representando um in-dice parasitário bastante patogênico. Segundo Roberts(1990), contagens em torno de 20.000 OPG, desse hel-minto, indicam. a presença de apcox ímadament;e 25 parasi-tas adultos, carga parasitária considerada bastante no-civa, pri.ncipalmente se os niveis.nutricionais dos ani-mais são precários. Por outro lado" o número de OPG im-posto pelo S. papil10sus, é um achado que não preocupa,em vista da baixa patogenicidade desse helminto frenteaos ruminantes. Por outro lado, Freitas (1977) relataserem necessárias 200.000 larvas desse parasita paralevar à morte um bezerro recém-nascido.

As contagens médias de OPG do tipo Strongy-Louie«, por sua vez, (Fig. 1) foram consideradas mini-mas (± 100 OPG). não sendo, portanto, motivo de preocu-pação. Resultados semelhantes foram verificados, em ou-tras regiões fisiográficas do Pais, por Costa et al ,(1980) e Starke et al.(1983).

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I ANIMAL ADULTO] I ANIMAL JOVEM I__ TECIDOS ---~

SONÁTICOS --.OUIESCÊNCIA

LARVAl

( J..ANINAL Ó \ O~ ANINAL ~

LARVAS ~CALClflCAOAS GESTAÇÃO

~ !MORTE REATlVAÇÃOLARVAL LARVAl.

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INTESTINOr - DELUOOj

CORRENTESANGuíNEA

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LARVASDEGLUTIOlS

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LI BERAÇÃO DELARVAS VERMES

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ELIMINAÇÃO DE OVOS

l~---------------J.. OVOS EMBRIONAOOS •••---------

INGESTÃO CE OvOS

I NEIO AMBIENTE IFIG. 2. Ciclo bio16gico do Neoascaris vitulorum em bovídeos.

Fonte: Thienpont & Keiser (1981), adaptada pelo autor.

Ap6s a desmama, as médias mensais de OPG en-contradas em bubalinos mantidos em pastagens cultivadasde terra firme (Brachiaria humidicula) mostraram que,durante o ano, ocorrem dois ápices de ovopostura, ouseja: no inicio (maio-junho) e final (dezembro-janeiro)do período menos chuvoso (Fig. 3). Os ovos encontradossão do tipo Strongyloiqea (Cooperia, Haemonchus, Tri-chostrongylus, Oesophagostomum, Bunostomum e Trichu-ris) .

Com' base nas descrições de Melo & Bianchin(1977), acredita-se que o primeiro pique de ovoposturacorresponde basicamente ao "Sprig-Rise" observado em

,ovinos criados em regiões de clima frio. Isto é, noinício do período fqvorável para o desenvolvimento emigração .das larvas infectantes (período chuvoso), au-menta a produção de ovos pelos helmintos adultos. O se-gundo pique de OPG está provavelmente relacionado com aalta população de vermes adquLxLda pelo animal, ao in-gerir larvas, presentes nas pastagens, nos meses de fe-vereiro, março e abril.

Esses resultados coincidem basicamente com osobservados por Guimarães (1972), Pereira (1973) eMaciel (1979). Esses autores também mostram que a evo-lução da ovopostura e das larvas infectantes dependemintimamente da curva de precipitação pluviométrica naregião.

Os números de OPG encontrados nos búfalosmostraram-se relativamente baixos, quando comparados.com os detectados em bovinos, por Melo & Bianchin(1977), Maciel (1979) e Bianchin et alo (1990). Possi-velmente esse fato ocorra, em vista da maior resistên-cia dos bubalinos, quando adultos, frente às helminto-ses, conforme Selim & Tawfik (1967) e Macthur &Chatterjee (1988).

Em bubalinos desmamados e criados exclusiva-mente sob regime extensivo em áreas alagadiças que so-frem inundações periódicas, como as da região do BaixoAmazonas, os números de OPG mostram-se inexpressivos.Acredita-se que isso aconteça em decorrência das con-dições do ecossistema que apresenta-se extremamentedesfavorável para o desenvolvimento e sobrevivência daslarvas infectantes, devido o excesso de umidade. Taisevidências coincidem com os resultados obtidos porShanmugaligan & Seneviratne (1954), no Ceilão e Tullock(1968) e Bryan,et alo (1976), na Austrália.

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o A 11 J1981

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1987

A $ oo NMÊS / ANO

FIG. 3. Média mensal do número de ovos por grama de fezes (OPG) em bubalinos desmama-dos e criados em área de terra firme e dados de temperatura ambiental eprecipitação pluviométrica.

RESULTADOS DE COPROCULTURASOs resultados de coproculturas de larvas rea-

lizadas em fezes de bubalinos, com a participação per-centual dos dife'rentesgêneros de helmintos, constam daTabela 2.

TABELA 2. Resultados anuais de coproculturas com a par-ticipação percentual dos diferentes gênerosde helmintos gastrintestinais.

Cooperia H:aemonchus Trchostronsylus OesophagostOllUll BunostOllUllAno NI do

exame <%>

1978 360 55,6 32,6 2,6 3,9 5,31979 720 54,1 35,7 1,7 1,3 7,21980 1140 48,2 41,1 3,3 5,1 2,3.1984 1836 59,3 28,8 2,0 8,0 1,91985 1800 51,7 32,5 1,1 9,3 5,41986 1560 63,1 28,0 2,9 3,3 2,71987 1140 55,0 38,6 1,8 2,5 2,1

Média 55,3 33,9 2,2 4,7 3,9

Observa-se que os gêneros Cooperia e Haemon-chus foram os mais prevalentes, em relação aos demais(Tabela 2).

Acredita-se que as larvas do gênero Cooperiapredominaram sobre as demais, devido a maior resistên-cia ao meio ambiente (Durie, 1962) e ao maior poder demigração (Reinecke, 1960). A maior prevalência de lar-vas desse gênero também foi verificada por Pinheiro0.970), Guimarães (1972), Costa et alo (1974), Nogueiraet alo (1976), Carneiro & Freitas (1977), Costa et alo(i978), Maciel (1979), Bianchin (1990) e Bianchin(1991), em bovinos, em outras unidades da Federação. As~arvas do gênero Cooperia atingiramniveis mâximos nasi~zes dos búfalos com idade entre quatro e seis meses.

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As larvas do gênero Haemonchus, por sua vez,ocorreram com maior freqüência nos animais com idadeentre três a doze meses. Após esseperiodo, notou-seuma nitida diminuição da intensidade parasitãria im-posta por esse gênero. Segundo Roberts et alo (1952),esse fato ocorre em vista da imunidade que se instalanesse periodo de vida dos animais, aos helmintos dessegênero.

A intensidade do parasitismo ;pelo gênero Tri-chostrongylus foi relativamente baixa. Acredita-se queesse fato esteja relacionado com as condições climãti-cas da região estudada, onde a temperatura é invaria-velmente alta. Segundo Levine (1963), esse gênero en-contra condições propicias de sobrevivência em tempera-turas baixas.

Larvas do gênero Oesophagostomum foram obser-vadas nas fezes dos búfalos com idade acima de 180dias, sendo os maiores percentuais diagnosticados emanimais com idade em torno de 390 dias.• Tais resultadoscoincidem com os encontrados por Silva (1969), Damiano(1976), Costa et alo (1980) e Starke et alo (1983).

As larvas do gênero Bunostomum participaramcom uma freqüência relativamente alta. Tal resultado,provavelmente, esteja ligado ao fato de que os animaisexperimentais encontravam-se submetidos a um manejo in-tensivo, bastante favorãvel às infecções por esse gê-nero. Segundo Reinecke (1960), as larvas desse gênero,por não possuirem hãbitos migratórios acentuados, pos-suem pouca capacidade de infecção, especialmente quandoos animais encontram-se em regime extensivo.

Foram diagnosticadas larvas do gênero Trichu-ris. Estas, entretanto, parecem não ser problemãticasna região, em vista de ocorrerem esporadicamente e emfreqüência bastante baixa.

Todos os gêneros constatados anteriormentedesapareceram nas fezes dos bubalinos, ao atingiremidade aproximada de dois anos. Srivastava (1964),Wongsongsarn et alo (1968), Chauhan s pande (1968) epande & Chauhan (1969) confirmam esse fato.

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VARIAÇÃO ESTACIONAL DE LARVASINFECTANTES NA PASTAGEM

O,número de larvas infectantes e aprevalên-cia dos diferentes gêneros recuperados das amostras depastagem, em terra firme, são mostrados nas Figs. 4 e5, respectivamente.

Observou-se que a contaminação das pastagenspor larvas parasitárias de vida livre· ocorre durante oano, com maior prevalêncià no'periodo mais chuvoso{janeiro-junho). Este fato demonstrou a estreita re-lação existente entre a 'incidência de la~vas de vidalivre e as condições climáticas do meio ambiente, espe-cialmente temperatura e umidade. Esses resultados coin-cidem comos encontrados por Winks.et·_alo (1968)". A re-gião' estudadà:r, onde a-. precipLtaçãa plu.viométricae-· a .temperatura qiram"emtornó'-de-- 1.500-'mm-e-25-Otc", resp4!c-tivamente-, pode sercorrs·iderada-·ideal para a-~~evo'lt1ção'esobrevivênc.i.a de ovca e lárvas. infectant'es na paatagem.Somente ocorre desenvol.vimentode larvas' infectantes napastagem quando os indices pluviométricos atingem ni-veis superiores a 50 mm(Gordon, 1953) e a temperaturaambiental permanece em torno de 25°C (Ciordia &Bizzell, 1963).

Larvas dos gêneros Cooperia, Haemonchus, Oe-sophagostomum e Bunostomum, em ordem decrescente de in-cidência, foram as mais freqüentemente recuperadas daspastagens (Fig. 5). Esses resultados coincidem com osobtidos por Maciel (1979), embovinos.

Acredita-se que as larvas de Cooperia e Hae-monchus foram as mais encontradas, em vista de possui-rem maior resistência aos extremos de temperatura edessecação, conforme relatam Roberts et alo (1952) etambémdevido a maior capacidade de migração na pasta-gem, de acordo comReinecke (1960). A baixa participa-ção de larVas do- gênero Bunostomum nas pastagens, t>ro-vavelmente deve-se ao fato de .que possuem restritos há-bitos migratórios, conforme Sprent (1946).

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Mi. I AnoFIG. 4. Número de larvas infestantes de helmintos gastrintestinais, recuperadas men-

salmente de amostras de pastagens, em terra firme.

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FIG. 5. Prevalência de larv,i infestantes de helmintosgastrintestinais, recuperadas de pastagens, emterra firme.

VARIAÇÃO ESTACIOHAL DE VERMES ADULTOS. ,.(A quantidade de vermes' adultos encontrada',:

por animal, em necropsias, é mostrado na Fig. 6. Obser-vam-se dois piques: parasitários, ou seja, no início(junho) e final (dezembro) do período menos chuvoso.

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FIG. 6. Número total de vermes adultos, recu-perados em necropsias de bubalinosmantidos em pastagem de terra firme,sob condições natürais de temperaturae precipitação pluviométrica.

21

Acredita-se que o primeiro ãpice de infes-tação esteja relacionado com a ingestão, pelos animais,de grande quantidade de larvas infectantes, presentesna pastagem, durante o periodo mais chuvoso. O segundopique de infestação seria devido ao efeito somat6rio dadesnutrição e verminose, durante o periodo menos chu-voso. Nessa época, os animais encontram-se mais debili-tados, devido a maior escassez de forragem, e, conse-qüentemente, com maior susceptibilidade às infecçõeshelminticas. Observações anãlogas foram descritas porMelo & Bianchin (1977) e Maciel (1979), em bovinos, nosEstados de Mato Grosso e Rondônia, respectivamente.

Os animais necropsiados, durante a estaçãochuvosa, mostraram maior carga de vermes adultos. Essefato pode ser explicado pela grande quantidade de lar-vas infectantes presentes nas pastagens, nesse periodo.Tais observações coincidem com as obtidas por Fabiyi(1973), Costa et alo (1974) e Bonazzi et alo (1980).

O gênero Cooperia foi predominante sobre osdemais durante o ano, especialmente no periodo maischuvoso. O segundo gênero mais predominante foi o Hae-monchus, que marcou maior presença no periodo menoschuvoso. O gênero Oesophagostomum, também foi recupe-rado durante o ano todo, preferencialmente no periodomais chuvoso. A participação do gênero Bunostomum foiminima, sendo ausente em determinados meses do ano. Es-ses resultados assemelham-se aos encontrados por outrosautores (Melo & Bianchin, 1977; Maciel, 1979; Parra &Uribe, 1990), ao trabalharem, com bovinos, em regiõesde clima semelhante ao da região amazônica.

Em animais desmamados, que pastejam exclusi-vamente em ãreas alagadiças que sofrem inundações pe-ri6dicas, as infecções helminticas mostraram-se inex-pressivas.

TRATAMENTO ESTRATÉGICOCom base nos resultados de OPG, nos achados

em necropsias e na variação estacional de larvas naspastagens, foi possivel a esquematização estratégica de

22

uma medicação anti-helmintica, direcionada parapubali-nos lactentes e desmamados, no Estado do Pará. (Tabela3) •

TABELA 3. Esquema estrategico de medicação anti-Qelmin-tica para bubalinos lactentes e desma~ádos noEstado do Pará.

Categoria Medicação Época de aplicação Via de aplicaçãoanimal do medicamento

i~,.,'

11 15 dias de nascido oral21 30 dias de nascido oral

lactentes31 60 dias de nascido oral41 1S0 d.ias.de I'I8sci.do- ... oral.

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DesmamadosIn(do.do .per(ioefo mais ..chuvosoFinal do' pe:rfodo. 'mais· chuvoso'Terço' final do per+eee menes chu.voso

Inje,~ávelInjetávelInjetável

De acordo com o esquema da Tabela 3 , os ani-mais lactentes devem receber quatro dosificações anti-helminticas, isto é, aos 15, 30, 60 e 180 dias de nas-cidos, preferencialmente por via oral. A primeira dosi-fieação tem como função, eliminar a população de vermesprovenientes das infestações transplacentária e/outransmamária. A segunda medicação tem como objetivo,eliminar o indice máximo de infestação ocasionado porvermes não destruidos na primeira dosificação. A ter-ceiraaplicação tem dupla função, isto é, reforçarasegunda dosificação e eliminar os helmintos da superfa-milia Strongyloidea que começam a surgir nesse periodode vida dos animais. A quarta e última medicaçã9 possuitambém dois propósitos: minorar o es:tresse da desmama ealiviar os efeitos d'a desnut.-rição durante a época menoschuvosa do ano.

Os animais desmamados, quando em pastejo emterra firme, devem recebe-r três dosificaç.õesdurante oano, ou seja, no inicio, e fim do periodo ma í s-.chuvoso

23

e terço final do periodo menos chuvoso preferencial-mente por via injetável (51, 61 e 71 medicações). Aquinta dosificação possui dois propósitos: eliminar opico de infestação que ocorre nos animais nesse periododo ano e reduzir a contaminação das pastagens durante aestação mais chuvosa. A sexta dosificação também possuiduas funções: eliminar a carga parasitária acumuladanos animais durante o periodo chuvoso e prevenir osefeitos da desnutrição durante o periodo menos chuvoso.A sétima dosificação objetiva reduzir a carga parasitá-ria que se acumula nos animais nessa época do ano. Esseesquema de tratamento anti-helmintico deve prolongar-seaté os animais completarem dois anos de idade.

Quanto aos animais criados exclusivamente emáreas de terras inundáveis, estes devem receber as do-sificações somente quando lactentes. Após a desmama(210 dias de vida), não necessitam receber tratamentoanti-helmitico.

ANÁLISE ECONÔMICAo resultado da análise econômica dos trata-

mentos anti-helminticos, após a desmama, para bubalinoscriados em terra firme, encontra-se na Tabela 4.

Observa-se que o beneficio relativo foi de8,1%. Esse indice é considerado bastante significativo,de acordo com Silva et alo (1974, 1975) e Lima et alo(1985), sendo, portanto, uma prática aconselhada aoscriadores.

t oportuno acrescentar que o beneficio rela-tivo (retorno econômico) encontrado nesse estudo re-fere-se somente ao ganho de peso dos animais dosifica-dos, em relação aos não-dosificados. A taxa de mortali-dade que varia de 5 a 10%, geralmente observada nosanimais sem dosificação, não foi incluida na análise.

Segundo Pinheiro (1979), em se tratando defêmeas, o benefício do controle anti-helmíntico contri-bui para um maior número de novilhas para reposição deestoque de ventres. Nesse caso, há um benefício zootéc-nico que permite a maior produção de bezerros.

24

TABELA 4. Análise econômica do tratamento anti-helmíntico para bubalinos tratados (A)e não-tratados (B), no período entre a desmama (180 dias) e dois anos deidade.

Dosificações (Nl) Custo das Ganho de Ganho BeneffcioTrata- NI de dos if icações 1 peso2 Renda bruta3 Renda líquida' adicional5 relativo6mento animais 1. ano 21 ano (Cr$) (lcg) (Cr$) ccrs) (Cr$) (X)

A 50 3 2 165.920,00 447,6 19.023.000,00 18.857.080,00 1.423.580,00 8,1l\J01 B 50 - - - 410,2 17.433.500,00 17.433.500,00

1preço do medicamento (1 ml = 41,48)* mais custo de mão-de-obra para aplicação (O,320/cab.)**2Peso final menos peso inicial3Ganho de peso multiplicado pelo preço de boi vivo ao abate (Cr$ 850,.00)4Renda bruta menos custo do tratamento5Renda líquida do tratamento A menos renda líquida do tratamento B6Relação percentual entre renda líquida (Tratamento B) e ganho adicional (Tratamento A)*Ripercol injetável (Blenco/Cyanamid), frasco de 250 ml.**Baseado no salário mfnimo regional (janeiro/1992)Obs.: Salário mfnimo vigente em janeiro/1992, Cr$ 96.037,33.

Por outro lado, a análise econômica de diver-sos tratamentos anti-helminticos, em bubalinos desmama-dos com idade acima de seis meses e mantidos exclusiva-mente em pastagens nativas de terra inundável, demons-traram que o controle anti-helmintico é desnecessário eantieconômico (Tabela 5). Estes dados confirmam osachados de Melo (1977), que indicam ser o efeito dasmedicações anti-helminticas no ganho de peso dos ani-mais, condicionado a fatores, como: tipo de exploração(leiteira ou de corte), regime de criação (extensivo ouintensivo), idade dos animais e fatores edafoclimáti-coso

Segundo Keith (1968), Winks (1968) e Bryan(1976), quanto mais intensiva for a criação dos ani-mais, maiores são os efeitos negativos das endoparasi-toses e melhor é a resposta ao tratamento anti-helmin-tico. O inverso também é verdadeiro, isto é, emcriações extensivas a ocorrência de parasitoses gas-trintestinais manifesta-se de maneira menos intensa e,portanto, a aplicação de anti-helminticos é menos soli-citada.

CONCLUSÕESOs principais helmintos gastrintestinais que

parasitam os bubalinos lactantes, por ordem decrescentede incidência, são: Strongyloides papillosus, Neoasca-ris vitulorum, Cooperia punctata e Haemonchus contor-tus. Os animais desmamados são parasitados principal-mente e também por ordem decrescente de incidência,por: Cooperia punctata, Haemonchus contortus, Trichos-trongylus axei, Oesophagostomum radiatum, Bunostomumphlebotomum e Tricuris discolor.

O N. vitulorum representa o principal e maispatogênico helminto gastrintestina1 dos bezerros búfa-los, na faixa etária do nascimento aos 150 dias. A viade infestação transmamária~ utilizada por esse parasi-ta, mostra ser de maior potencial que a via transpla-centária.

26

TABELA 5. Anâlise econômica de diferentes tratamentos anti-helminticos, em bubalinosmantidos sob pastagens de terra inundâvel, após a desmama.

Ganho de peso 1 Custo do tratament02 Renda bruta3 Renda lf~uidéLote* Tratamento (kg) (Cr$) (Cr$) (Cr$)

A - 135,6 - 115.260,00 115.260,00B Aos 180 dias de vida 138,1 4.977,60 117.385,00 112.407,40C Janeiro, junho e outubro 135,7 20.408,16 115.345,00 94.936,84

tv-...J O A cada 30 dias de vida 145,7 58.868,25 123.845,00 64.976,75

1Peso final menos peso inicial2preço do medicamento (1 ml = 41,48)** mais custo de mão-de-obra (0,320/cab.)***3Ganho de peso multiplic~do pelo preço do boi vivo ao abate (Cr$ 850,00)4Renda bruta menos custo do tratamento*Doze animais**Ripercol injetável (Blenco - Cyanamid), frasco de 250 ml***Baseado no salário mínimo regional (janeiro/1992)Obs.: Salário mfnimo vigente em janeiro/1992, Cr$ 96.037,33.

A incidência de larvas infestantes nas pasta-gens está estreitamente relacionada com as condiçõesclimáticas do ecossistema.Quanto mais elevados os in-dices de temperatura e umidade, maiores são as infes-tações do meio ambiente e, conseqüentemente, dos ani-mais.

o esquema estratégico de controle anti-hel-mintico para bubalinos lactentes consiste em dosifi-cações aos 15, 30, 60 e 180 dias de nascidos. Os ani-mais desmamados devem receber três dosificações ao ano,ou seja, no inicio e fim do periodo mais chuvoso eterço final do periodo menos chuvoso.

A vantagem econômica proporcionada pelo con-trole anti-helmintico, em bubalinos desmamados e cria-dos em terra firme é significativa e, portanto, aconse-lhada aos criadores. Para bubalinos desmamados e cria-dos em áreas de terras inundáveis, o controle anti-hel-mintico é desnecessário e anti-econômico.

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