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10 LIVROS PARA DESENVOLVER 10 LIVROS PARA DESENVOLVER as habilidades socioemocionais PREVISTAS NA BNCC O QUE SÃO habilidades socioemocionais A educação socioemocional é um conceito desenvolvido há mais de 20 anos por pesquisadores dos Estados Unidos. Desde então, diversos estudos têm sido conduzidos na área, analisando os benefícios do desenvolvimento dessas habilidades. Segundo a professora e doutora norte-americana Pamela Bruening: HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA Base Nacional Comum Curricular (BNCC) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um dos assuntos mais discutidos sobre a educação brasileira nos últimos anos. O documento voltado para Educação Infantil e Ensino Fundamental foi aprovado e homologado no final de 2017. Já a versão para o Ensino Médio foi homologada um ano depois, em dezembro de 2018. A BNCC é um documento norteador do ensino das escolas do Brasil, incluindo assuntos de todas as etapas da educação básica. Não se trata de um currículo fechado, funciona como um instrumento visando orientar a elaboração do currículo específico de cada escola, que poderá seguir suas próprias particularidades metodológicas, sociais e regionais. Entretanto, nesse documento estão previstas habilidades e competências que devem conter no currículo de cada instituição de ensino. As habilidades socioemocionais, portanto, são apresentadas na BNCC como assunto que deverá ser trabalhado pela escola com os estudantes. A BNCC diz: p meio da literatura A literatura pode ser grande aliada nesse processo. Ao ler, estamos realizando um exercício de reflexão e desenvolvendo capacidade crítica. Para muitas pessoas, a leitura é uma forma de melhorar as relações. Para Lima Barreto, por exemplo, um escritor deve se atentar para que sua obra colabore para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna: Ler é uma ferramenta essencial de raciocínio, pois além de auxiliar no desenvolvimento da criatividade e da capacidade de interpretação, os livros nos apresentam diferentes culturas, vivências e experiências. As histórias expõem realidades que serão somadas às nossas. Uma pesquisa do Portal Aprendiz relata que as crianças aprendem mais por meio de enredos fantásticos do que por enredos realistas. A publicação no Portal diz: O desenvolvimento das habilidades socioemocionais acontece analisando situações em que essas habilidades são exigidas. Portanto, no caso de adolescentes e jovens, ao observar as experiências de outros – no caso, as personagens dos livros –, os estudantes têm acesso a uma forma concreta de investigar quando essas habilidades serão exigidas e como agir diante delas. Os quatro livros da coleção “Todo mundo tem” foram criados para tratar de diferenças. A partir dos temas família, amigo, medo e casa, a autora busca mostrar que existem jeitos diferentes de ser, de fazer, de sentir, de viver… cada um desses temas. Além de falar sobre essas diferenças, cria um espaço (uma página interativa) para o leitor mostrar seu ponto de vista a respeito do tema. Este livro aborda os tipos diferentes de medo: do bicho-papão, do escuro, de elevador, de enfrentar coisas novas, de avião, de tantas outras coisas. Para a borboleta, não há nada pior do que a vida da tartaruga, que fica o tempo todo parada. Já a tartaruga acha um horror a borboleta viver voando sem descanso. Será que as duas podem se entender? Esopo foi um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas diversas fábulas populares e que é reconhecido como o primeiro criador de fábulas da história. As doze histórias deste livro transmitem mensagens relacionadas ao cotidiano e conselhos de como não trapacear, não tirar vantagem dos outros, acreditar em si mesmo… Um adolescente de classe média vai morar com o pai desempregado e acaba descobrindo uma realidade bem diferente: a periferia, a violência, o tráfico e o preconceito. Um adolescente de classe média vai morar com o pai desempregado e acaba descobrindo uma realidade bem diferente: a periferia, a violência, o tráfico e o preconceito. Respeitar a cultura e os costumes de diferentes povos, promover a tolerância e a solidariedade. Este livro convida o pequeno leitor a refletir sobre esses temas e reconhecer sua importância para a preservação da paz no mundo. Por meio de cartuns e textos explicativos, o autor estimula as crianças a refletir sobre seu espaço no mundo. A viagem começa no quarto e vai sendo ampliada até chegar ao planeta Terra. O leitor descobre ainda como se articulam as partes que formam as cidades, os estados e o país, conhece a história da formação dos centros urbanos e recebe dicas de cidadania. Tânia tem 10 anos. Seus pais decidiram trocar a vida pobre e difícil da cidade grande por uma nova oportunidade no litoral, e ser caseiros na casa de dona Matilde. No novo ambiente, Tânia aprende e inventa novas brincadeiras, faz novos amigos e sofre muito preconceito pelo fato de ser negra. Ao mesmo tempo, vai nascendo dentro dela uma consciência até então desconhecida, uma vontade de mostrar às pessoas sua verdadeira personalidade. O consumismo, a poluição, o caos urbano são temas que já incomodavam Eça de Queirós no final do século XIX. Neste romance, Jacinto, ávido entusiasta do progresso, vive em Paris se entupindo com as últimas novidades tecnológicas, muitas inúteis. Mas uma viagem para as serras de Portugal, em meio à natureza, o levará a uma inquietação cada vez mais contemporânea: será que o culto à tecnologia e o ritmo de vida moderno não estariam nos afastando de nossa verdadeira essência? Existem normas que definem o que é sanidade e o que é loucura? A busca e a aplicação de tais normas são as principais razões da vida de Simão Bacamarte. Médico da provinciana Itaguaí, ele vai gerar medo e veneração ao tentar encontrar o parâmetro da normalidade. O desenvolvimento socioemocional, além de ser importante para estabelecer e garantir uma melhor convivência com as pessoas com quem nos relacionamos, também é um instrumento auxiliar para a vida em comunidade. Indivíduos que desenvolvem essas habilidades têm maior empregabilidade, menos problemas com a justiça e são adultos capazes de interagir socialmente de maneira equilibrada. Solidariedade, amizade, cidadania, ética, honestidade são características que fazem parte das habilidades socioemocionais e são importantíssimas para o convívio social. Quer saber mais sobre como trabalhar as habilidades socioemocionais com os estudantes? Leia nosso material sobre “A formação de professores e o trabalho com as habilidades socioemocionais na Educação Básica”. O material foi produzido com o apoio especializado do autor, terapeuta, educador e artista Rodrigo Usba, especialista em habilidades socioemocionais. Acesse o e-book! O Coletivo Leitor é um portal on-line da SOMOS Educação que tem como objetivo estabelecer um diálogo permanente a respeito da leitura. Produzimos conteúdos relevantes a fim de orientar e incentivar profissionais da educação e disseminar a literatura em sala de aula. Assim, dialogamos sobre a importância da leitura para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças e jovens. Em nosso espaçovirtual, publicamos semanalmente textos que abordam assuntos de interesse de profissionais que trabalham com livros e também dos apaixonados por literatura. Oferecemos dicas e orientações sobre como os professores podem disseminar a literatura em sala de aula, abordamos a importância da leitura no desenvolvimento da criança e do jovem, entre outros temas que se tornam determinantes para a formação do adulto. Além disso, no tópico “Nossos Livros” você encontrará o nosso coletivo de selos - Ática, Atual, Caramelo, Formato, Saraiva e Scipione. Os nossos livros estão classificados por ano escolar, perfil do aluno, gênero literário, temática, segmento e competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Por muito tempo, as escolas concentraram sua atenção no desenvolvimento de habilidades cognitivas, tais como analisar, calcular, memorizar. Entretanto, essa forma de conhecimento focada na parte conceitual passou por uma revisão. Hoje, compreende-se que a função da escola vai muito além de trabalhar essas habilidades com os estudantes. As habilidades cognitivas continuam sendo parte essencial do aprendizado e não serão deixadas de lado. Entretanto, entende-se que o ensino escolar não pode ter como base apenas a transmissão unilateral de conhecimento ou o aprendizado com enfoque em conteúdos fechados. O ensino oferecido pelas escolas precisa englobar diferentes habilidades e formas de conhecimento, entre elas estão as habilidades socioemocionais. Neste infográfico você entenderá melhor o que são as habilidades socioemocionais e indicaremos alguns livros para trabalhá-las com os alunos! Boa leitura! As habilidades socioemocionais se referem à capacidade de entender e saber administrar as próprias emoções. Inteligência emocional, bons hábitos, soft skilks e maturidade emocional são algumas dessas competências. Desenvolver tais habilidades significa ter maior autoconhecimento, entender seus próprios sentimentos, desejos, vontades e tudo mais relacionado ao nosso psicológico e emocional. Muitas pessoas enfrentam problemas nas áreas acadêmica, financeira, amorosa e social por terem dificuldade de compreender e lidar com as suas próprias emoções. Esse conhecimento é adquirido ao longo do tempo, ou seja, trata-se de um aprendizado que precisa ser desenvolvido conforme crescemos e amadurecemos. É importante lembrar que esse desenvolvimento emocional pode ser iniciado em qualquer idade, no entanto, quanto mais cedo mais fácil será para internalizá-lo e aplicá-lo ao longo da vida. Tais habilidades são importantes para todos nós, tanto individualmente quanto coletivamente. Ao desenvolvermos essas competências, também aprendemos a compartilhar, a ter empatia, compaixão, a respeitar os sentimentos de outras pessoas, a entender as diferentes vivências e experiências de cada um. Os professores são essenciais no processo de desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Para isso, esses também precisam desenvolver o seu próprio autoconhecimento para auxiliar seus alunos. Construir um ambiente acolhedor, em que os discentes se sintam confortáveis para tentar, errar, expressar seus sentimentos é fundamental para o desenvolvimento de competências socioemocionais. É nesse sentido, portanto, que o educador e a educadora devem entender que os alunos são indivíduos em constante desenvolvimento e aprendizado. O estudante precisa ser visto em sua integralidade, enquanto pessoa. A forma como as conversas acontecem, a atenção no momento de explicar, a capacidade de ouvir quando o outro fala, tudo isso também faz parte do papel que os docentes precisam desempenhar. Por isso é preciso ter cuidado com tudo que é ensinado aos alunos em sala de aula, não apenas com relação ao conteúdo. isso não significa deixar de lado o ensino de Língua Portuguesa, Matemática, Química, Física, apenas integrar esses conteúdos de outras formas. “A quantidade de pesquisas que apoiam a educação socioemocional e seu impacto no desempenho acadêmico e na cultura escolar tornou comum a integração do desenvolvimento dessas habilidades aos currículos escolares, dando à Educação Socioemocional seu merecido lugar de importância na educação.“ “Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea.” “[…] difundir as nossas grandes e altas emoções em face do mundo e do sofrimento dos homens, para soldar, ligar a humanidade em uma maior, em que caibam todas, pela revelação das almas individuais e do que elas têm em comum e dependente entre si.” “Por muito tempo, tanto pais como pesquisadores supuseram que esses “voos de fantasia” eram, na melhor das hipóteses, inofensivos episódios de diversão – talvez necessários para a descontração de quando em quando, mas sem qualquer propósito real. Na pior das hipóteses, alguns defendiam que tais momentos eram distrações perigosas da importante tarefa de entender o mundo real, ou manifestações de uma confusão pouco saudável sobre a barreira entre realidade e ficção. Mas agora, novos trabalhos no campo da ciência do desenvolvimento mostram que não apenas as crianças são plenamente capazes de separar realidade e ficção, mas também que a atração por situações fantásticas pode na verdade ser bastante útil para o aprendizado.” (https://revistaeducacao.com.br/2018/08/01/historia-os-pilares-e-os-objetivos-da-educacao-socioemocional/) http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf https://portal.aprendiz.uol.com.br/2016/08/05/porque-criancas-aprendem-mais-com-contos-de-fantasia- que-com-historias-realistas/ PESQUISADORA PAMELA BRUENING, EM ENTREVISTA À REVISTA EDUCAÇÃO EM 2018. (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO, P. 14) (BARRETO, Lima. Amplius! In: BARRETO, Lima. Histórias e sonhos. São Paulo: Brasiliense, 1956, p. 33). ... ... + + + * * :) :D EM SALA DE AULA XD O ENSINO DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS 1 3 5 7 9 2 4 6 8 10 LIVROS PARA TRABALHAR EM SALA DE AULA habilidades socioemocionais Medo, Anna Claudia Ramos A borboleta e a tartaruga, Liliana Iacocca e Michele Iacocca 12 Fábulas de Esopo, Hans Gärtner A infância acabou, Renato Tapajós Penélope manda lembranças, Marina Colasanti Diga paz, Mique Moriuchi e Sam Williams O meu, o seu, o nosso: refletindo sobre atitudes e espaços de convivência, Michele Iacocca Nó na garganta, Mirna Pinsky A cidade e as serras, Eça de Queirós O alienista, Machado de Assis 1 3 5 7 9 2 4 6 8 10 ENSINO INFANTIL (CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS) FUNDAMENTAL I E II (1º AO 9º ANO) O que será aquilo?”, pensou a borboleta quando viu a tartaruga. E imediatamente pousou sobre ela. — Pronto! Eu sabia que este meu sossego não ia durar! — reclamou a tartaruga. — Xô! Xô! Vai incomodar outra! Se você não consegue ficar um minuto parada, deixa em paz quem quer ficar tranquila no seu canto! Um Rato do Campo convidou seu amigo, o Rato da Cidade, para jantar. Só havia ervas e grãos de trigo para comer. – Sabes, amigo, que levas uma vida de formiga? – perguntou o Rato da Cidade. – Eu, pelo contrário, tenho bens em abundância. Estão todos à tua disposição. Combinaram então um jantar na cidade. Acostumado a ter tudo que queria, Marcos viu seu mundo virar de cabeça para baixo depois que o pai perdeu o emprego. E a dificuldade para arrumar um trabalho depois dos 50 anos abate em cheio seu pai, que tinha sido vice-presidente de uma empresa renomada. “Coisa de que logo gostei foi a largura das paredes. Iguais as da casa da minha avó quando eu era criança e me escondia para brincar entre cortina e janela, como em uma casa secreta em que só eu cabia. Na villa, a mesma coisa. Paredes da largura de um passo. E um silêncio no quarto tão grande, que às vezes abria os vidros só para ter os sons do jardim me fazendo companhia. Assim mesmo: – Está difícil trabalhar aqui – me disse Sei. – Difícil – estranhei. – Muito barulho. “ ENSINO MÉDIO (1º AO 3º ANO) Gostou do material? Conteúdos relacionados COMPARTILHE COM SEUS COLEGAS! CLIQUE PARA ACESSAR! LIVROS LITERÁRIOS PARA CADA DATA COMEMORATIVA BAIXAR MATERIAL TERMÔMETRO LITERÁRIO BAIXAR MATERIAL BAIXAR MATERIAL COMO TRABALHAR A LITERATURA INDO ALÉM DOS MANUAIS BAIXAR MATERIAL SAIBA MAIS SOBRE O COLETIVO

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10 LIVROS PARA DESENVOLVER 10 LIVROS PARA DESENVOLVER as habilidades socioemocionais

PREVISTAS NA BNCC

O Q U E S Ã O habilidades socioemocionais A educação socioemocional é um conceito desenvolvido há mais de 20 anos por pesquisadores dos Estados Unidos. Desde então, diversos estudos têm sido conduzidos na área, analisando os benefícios do desenvolvimento dessas habilidades. Segundo a professora e doutora norte-americana Pamela Bruening:

HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA Base Nacional Comum Curricular (BNCC) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um dos assuntos mais discutidos sobre a educação brasileira nos últimos anos. O documento voltado para Educação Infantil e Ensino Fundamental foi aprovado e homologado no final de 2017. Já a versão para o Ensino Médio foi homologada um ano depois, em dezembro de 2018.

A BNCC é um documento norteador do ensino das escolas do Brasil, incluindo assuntos de todas as etapas da educação básica. Não se trata de um currículo fechado, funciona como um instrumento visando orientar a elaboração do currículo específico de cada escola, que poderá seguir suas próprias particularidades metodológicas, sociais e regionais. Entretanto, nesse documento estão previstas habilidades e competências que devem conter no currículo de cada instituição de ensino.

As habilidades socioemocionais, portanto, são apresentadas na BNCC como assunto que deverá ser trabalhado pela escola com os estudantes. A BNCC diz:

por meio da literatura A literatura pode ser grande aliada nesse processo. Ao ler, estamos realizando um exercício de reflexão e desenvolvendo capacidade crítica. Para muitas pessoas, a leitura é uma forma de melhorar as relações.

Para Lima Barreto, por exemplo, um escritor deve se atentar para que sua obra colabore para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna:

Ler é uma ferramenta essencial de raciocínio, pois além de auxiliar no desenvolvimento da criatividade e da capacidade de interpretação, os livros nos apresentam diferentes culturas, vivências e experiências. As histórias expõem realidades que serão somadas às nossas. Uma pesquisa do Portal Aprendiz relata que as crianças aprendem mais por meio de enredos fantásticos do que por enredos realistas. A publicação no Portal diz:

O desenvolvimento das habilidades socioemocionais acontece analisando situações em que essas habilidades são exigidas. Portanto, no caso de adolescentes e jovens, ao observar as experiências de outros – no caso, as personagens dos livros –, os estudantes têm acesso a uma forma concreta de investigar quando essas habilidades serão exigidas e como agir diante delas.

Os quatro livros da coleção “Todo mundo tem” foram criados para tratar de diferenças. A partir dos temas família, amigo, medo e casa, a autora busca mostrar que existem jeitos diferentes de ser, de fazer, de sentir, de viver… cada um desses temas. Além de falar sobre essas diferenças, cria um espaço (uma página interativa) para o leitor mostrar seu ponto de vista a respeito do tema. Este livro aborda os tipos diferentes de medo: do bicho-papão, do escuro, de elevador, de enfrentar coisas novas, de avião, de tantas outras coisas.

Para a borboleta, não há nada pior do que a vida da tartaruga, que fica o tempo todo parada. Já a tartaruga acha um horror a borboleta viver voando sem descanso. Será que as duas podem se entender?

Esopo foi um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas diversas fábulas populares e que é reconhecido como o primeiro criador de fábulas da história. As doze histórias deste livro transmitem mensagens relacionadas ao cotidiano e conselhos de como não trapacear, não tirar vantagem dos outros, acreditar em si mesmo…

Um adolescente de classe média vai morar com o pai desempregado e acaba descobrindo uma realidade bem diferente: a periferia, a violência, o tráfico e o preconceito.

Um adolescente de classe média vai morar com o pai desempregado e acaba descobrindo uma realidade bem diferente: a periferia, a violência, o tráfico e o preconceito.

Respeitar a cultura e os costumes de diferentes povos, promover a tolerância e a solidariedade. Este livro convida o pequeno leitor a refletir sobre esses temas e reconhecer sua importância para a preservação da

paz no mundo.

Por meio de cartuns e textos explicativos, o autor estimula as crianças a refletir sobre seu espaço no mundo. A viagem começa no quarto e vai sendo ampliada até chegar ao planeta Terra. O leitor descobre ainda como se articulam as partes que formam as cidades, os estados e o país, conhece a história da formação dos centros urbanos e recebe dicas de cidadania.

Tânia tem 10 anos. Seus pais decidiram trocar a vida pobre e difícil da cidade grande por uma nova oportunidade no litoral, e ser caseiros na casa de dona Matilde. No novo ambiente, Tânia aprende e inventa novas brincadeiras, faz novos amigos e sofre muito preconceito pelo fato de ser negra. Ao mesmo tempo, vai nascendo dentro dela uma consciência até então desconhecida, uma vontade de mostrar às pessoas sua verdadeira personalidade.

O consumismo, a poluição, o caos urbano são temas que já incomodavam Eça de Queirós no final do século XIX. Neste romance, Jacinto, ávido entusiasta do progresso, vive em Paris se entupindo com as últimas novidades tecnológicas,

muitas inúteis. Mas uma viagem para as serras de Portugal, em meio à natureza, o levará a uma inquietação cada vez mais contemporânea: será que o culto à

tecnologia e o ritmo de vida moderno não estariam nos afastando de nossa verdadeira essência?

Existem normas que definem o que é sanidade e o que é loucura? A busca e a aplicação de tais normas são as

principais razões da vida de Simão Bacamarte. Médico da provinciana Itaguaí, ele vai gerar medo e veneração ao

tentar encontrar o parâmetro da normalidade.

O desenvolvimento socioemocional, além de ser importante para estabelecer e garantir uma melhor convivência com as pessoas com quem nos relacionamos, também é um instrumento auxiliar para a vida em comunidade. Indivíduos que desenvolvem essas habilidades têm maior empregabilidade, menos problemas com a justiça e são adultos capazes de interagir socialmente de maneira equilibrada. Solidariedade, amizade, cidadania, ética, honestidade são características que fazem parte das habilidades socioemocionais e são importantíssimas para o convívio social.

Quer saber mais sobre como trabalhar as habilidades socioemocionais com os estudantes? Leia nosso material sobre “A formação de professores e o trabalho com as habilidades socioemocionais na Educação Básica”. O material foi produzido com o apoio especializado do autor, terapeuta, educador e artista Rodrigo Usba, especialista em habilidades socioemocionais. Acesse o e-book!

O Coletivo Leitor é um portal on-line da SOMOS Educação que tem como objetivo estabelecer um diálogo permanente a respeito da leitura. Produzimos conteúdos relevantes a fim de orientar e incentivar profissionais da educação e disseminar a literatura em sala de aula. Assim, dialogamos sobre a importância da leitura para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças e jovens. Em nosso espaçovirtual, publicamos semanalmente textos que abordam assuntos de interesse de profissionais que trabalham com livros e também dos apaixonados por literatura. Oferecemos dicas e orientações sobre como os professores podem disseminar a literatura em sala de aula, abordamos a importância da leitura no desenvolvimento da criança e do jovem, entre outros temas que se tornam determinantes para a formação do adulto. Além disso, no tópico “Nossos Livros” você encontrará o nosso coletivo de selos - Ática, Atual, Caramelo, Formato, Saraiva e Scipione. Os nossos livros estão classificados por ano escolar, perfil do aluno, gênero literário, temática, segmento e competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Por muito tempo, as escolas concentraram sua atenção no desenvolvimento de habilidades cognitivas, tais como analisar, calcular, memorizar. Entretanto, essa forma de conhecimento focada na parte conceitual passou por uma revisão. Hoje, compreende-se que a função da escola vai muito além de trabalhar essas habilidades com os estudantes.

As habilidades cognitivas continuam sendo parte essencial do aprendizado e não serão deixadas de lado. Entretanto, entende-se que o ensino escolar não pode ter como base apenas a transmissão unilateral de conhecimento ou o aprendizado com enfoque em conteúdos fechados. O ensino oferecido pelas escolas precisa englobar diferentes habilidades e formas de conhecimento, entre elas estão as habilidades socioemocionais.

Neste infográfico você entenderá melhor o que são as habilidades socioemocionais e indicaremos alguns livros para trabalhá-las com os alunos! Boa leitura!

As habilidades socioemocionais se referem à capacidade de entender e saber administrar as próprias emoções. Inteligência emocional, bons hábitos, soft skilks e maturidade emocional são algumas dessas competências. Desenvolver tais habilidades significa ter maior autoconhecimento, entender seus próprios sentimentos, desejos, vontades e tudo mais relacionado ao nosso psicológico e emocional.

Muitas pessoas enfrentam problemas nas áreas acadêmica, financeira, amorosa e social por terem dificuldade de compreender e lidar com as suas próprias emoções. Esse conhecimento é adquirido ao longo do tempo, ou seja, trata-se de um aprendizado que precisa ser desenvolvido conforme crescemos e amadurecemos. É importante lembrar que esse desenvolvimento emocional pode ser iniciado em qualquer idade, no entanto, quanto mais cedo mais fácil será para internalizá-lo e aplicá-lo ao longo da vida.

Tais habilidades são importantes para todos nós, tanto individualmente quanto coletivamente. Ao desenvolvermos essas competências, também aprendemos a compartilhar, a ter empatia, compaixão, a respeitar os sentimentos de outras pessoas, a entender as diferentes vivências e experiências de cada um.

Os professores são essenciais no processo de desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Para isso, esses também precisam desenvolver o seu próprio autoconhecimento para auxiliar seus alunos. Construir um ambiente acolhedor, em que os discentes se sintam confortáveis para tentar, errar, expressar seus sentimentos é fundamental para o desenvolvimento de competências socioemocionais.

É nesse sentido, portanto, que o educador e a educadora devem entender que os alunos são indivíduos em constante desenvolvimento e aprendizado. O estudante precisa ser visto em sua integralidade, enquanto pessoa. A forma como as conversas acontecem, a atenção no momento de explicar, a capacidade de ouvir quando o outro fala, tudo isso também faz parte do papel que os docentes precisam desempenhar. Por isso é preciso ter cuidado com tudo que é ensinado aos alunos em sala de aula, não apenas com relação ao conteúdo. isso não significa deixar de lado o ensino de Língua Portuguesa, Matemática, Química, Física, apenas integrar esses conteúdos de outras formas.

“A quantidade de pesquisas que apoiam a educação socioemocional e seu im pacto no desempenho acadêmico e na cultura escolar tornou comum a integração do desenvolvimento dessas habilidades aos currículos escolares, dando à Educação Socioemocional seu merecido lugar de importância na educação.“

“Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea.” 

“[…] difundir as nossas grandes e altas emoções em face do mundo e do sofrimento dos homens, para soldar, ligar a humanidade em uma maior, em que caibam todas, pela revelação das almas individuais e do que elas

têm em comum e dependente entre si.”

“Por muito tempo, tanto pais como pesquisadores supuseram que esses “voos de fantasia” eram, na melhor das hipóteses, inofensivos episódios de diversão – talvez necessários para a descontração de quando em quando, mas sem qualquer propósito real. Na pior das hipóteses, alguns defendiam que tais momentos eram distrações perigosas da importante tarefa de entender o mundo real, ou manifestações de uma confusão pouco saudável sobre a barreira entre realidade e ficção. Mas agora, novos trabalhos no campo da ciência do desenvolvimento mostram que não apenas as crianças são plenamente capazes de separar realidade e ficção, mas também que a atração por situações fantásticas pode na verdade ser bastante útil para o aprendizado.”

(https://revistaeducacao.com.br/2018/08/01/historia-os-pilares-e-os-objetivos-da-educacao-socioemocional/)

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf

https://portal.aprendiz.uol.com.br/2016/08/05/porque-criancas-aprendem-mais-com-contos-de-fantasia-que-com-historias-realistas/

PESQUISADORA PAMELA BRUENING, EM ENTREVISTA À REVISTA EDUCAÇÃO EM 2018.

(BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO, P. 14)

(BARRETO, Lima. Amplius! In: BARRETO, Lima. Histórias e sonhos. São Paulo: Brasiliense, 1956, p. 33).

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O ENSINO DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS

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L I V R O S PA R A T R A B A L H A R

E M S A L A D E A U L Ahabilidades socioemocionais

Medo, Anna Claudia Ramos

A borboleta e a tartaruga, Liliana Iacocca e Michele Iacocca

12 Fábulas de Esopo, Hans Gärtner

A infância acabou, Renato Tapajós

Penélope manda lembranças, Marina Colasanti

Diga paz, Mique Moriuchi e Sam Williams

O meu, o seu, o nosso: refletindo sobre atitudes e espaços de convivência, Michele Iacocca

Nó na garganta, Mirna Pinsky

A cidade e as serras, Eça de Queirós

O alienista, Machado de Assis

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E N S I N O I N FA N T I L ( C R I A N Ç A S D E 0 A 5 A N O S )

F U N D A M E N TA L I E I I ( 1 º A O 9 º A N O )

O que será aquilo?”, pensou a borboleta quando viu a tartaruga. E imediatamente pousou sobre ela. — Pronto! Eu sabia que este meu sossego não ia durar! — reclamou a tartaruga. — Xô! Xô! Vai incomodar outra! Se você não consegue ficar um minuto parada, deixa em paz quem quer ficar tranquila no seu canto!

Um Rato do Campo convidou seu amigo, o Rato da Cidade, para jantar. Só havia ervas e grãos de trigo para comer. – Sabes, amigo, que levas uma

vida de formiga? – perguntou o Rato da Cidade. – Eu, pelo contrário, tenho bens em abundância. Estão todos à tua disposição. Combinaram então um

jantar na cidade.

Acostumado a ter tudo que queria, Marcos viu seu mundo virar de cabeça para baixo depois que o pai perdeu o emprego. E a dificuldade para arrumar um trabalho depois dos 50 anos abate em cheio seu pai, que tinha sido vice-presidente de uma empresa renomada.

“Coisa de que logo gostei foi a largura das paredes. Iguais as da casa da minha avó quando eu era criança e me escondia para brincar entre cortina e janela, como em uma casa secreta em que só eu cabia. Na villa, a mesma coisa. Paredes da largura de um passo. E um silêncio no quarto tão grande, que às vezes abria os vidros só para ter os sons do jardim me fazendo companhia. Assim mesmo:

– Está difícil trabalhar aqui – me disse Sei. – Difícil – estranhei. – Muito barulho. “

E N S I N O M É D I O ( 1 º A O 3 º A N O )

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