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Quarta-feira, 14 de janeiro de 2009 O JORNAL DO TAMANHO DA CIDADE H O JORNAL DO TAMANHO DA CIDADE H Negócios Imprensa/ACE Após um ano cheio de trabalho, muitos empreen- dedores esperam a chega- da do verão, sobretudo do mês de janeiro, para tira- rem suas férias. O Litoral paulista continua sendo o destino favorito para o re- fúgio de muitos que plane- jam recarregar as baterias. Neste sentido, a Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos acaba de fechar uma nova parce- ria com a Pousada Larimor, em Boiçucanga, que propor- cionará descontos especiais em seus pacotes aos asso- ciados à entidade. O convênio de parceria faz parte dos benefícios que serão concedidos pelo cartão “GuaruCard”, dire- cionado especialmente para os associados à Associação Comercial. Pelo acordo, em alta temporada - entre os meses de 1º de outubro a 28 de fevereiro - será con- cedido desconto de 5% no pagamento à vista do paco- te, ou ainda a opção de par- celamento em até cinco ve- zes. Para baixa temporada - entre os meses de 1º de março a 30 de setembro - o desconto para o pagamento à vista será maior, 10%, com a mesma opção de parcela- mento em até cinco vezes. “A equipe de colabora- ACE-Guarulhos fecha parceria com pousada do Litoral Norte dores da Associação Comer- cial vem trabalhando para que a entidade celebre im- portantes parcerias que re- vertam em benefícios para os nossos associados e seus funcionários. O acordo com a Pousada Larimor é um exemplo deste esforço de proporcionar entretenimen- to para o empreendedor guarulhense”, disse Wilson Lourenço, presidente da ACE-Guarulhos. A Pousada Larimor Boi- çucanga está localizada na praia de Boiçucanga, uma das mais belas e comple- tas praias do Litoral Norte. Quem for a pousada vai po- der desfrutar do Pôr do Sol de Boiçucanga um dos car- tões postais da região, além do lindo mar aberto, areia fofa e branca e praia ilumi- nada à noite. Informações pelos telefones 3564-0530 ou (12) 3865-1169. Ou, ainda, pelo site www.pousa- dalarimor.com.br. Associados terão descontos especiais nos pacotes da pousada Fotos: Imprensa/ACE Diário do Comércio O Brasil está em recessão e os Estados Unidos já dão si- nais de depressão. As opiniões sobre os efeitos atuais da crise internacional de crédito foram compartilhadas, ontem, pelo ex-ministro da Fazenda do go- verno José Sarney, Luiz Carlos Bresser Pereira, e pelo diretor e professor da Escola de Eco- nomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Luiz Yoshiaki Nakano. Os economistas parti- ciparam da primeira edição no País do Latin America Advan- ced Programe on Rethinking Macro and Development Eco- nomics (Laporde) para discutir a economia mundial pós-crise, na FGV, em São Paulo. Para Nakano, a lógica ca- pitalista está desaparecendo com a crise. Segundo sua aná- lise, o balanço das empresas internacionais está negativo e as instituições apenas lu- tam para administrar dívidas. “Isso em breve deve chegar ao Brasil. Precisamos de me- didas efetivas do governo para amenizar os efeitos da crise no país”, disse. Segundo ele, ao contrário do que acontece neste momento, o governo de- veria esgotar primeiro os artifí- cios da política monetária para enfrentar a crise e somente depois partir para apertos na política fiscal. Para os economistas, a taxa de juros no Brasil deve sofrer cortes mais profundos que os regulares 0,25% aplicados antes da crise internacional. “Porque não podemos cortar 1% de uma vez? O Banco Cen- tral deve fazer isso. Porque não podemos cortar 25% da taxa como aconteceu em ou- tros países desenvolvidos?”, perguntou Bresser Perei- ra para quem o Brasil pode transformar a crise em opor- tunidade, desde que se livre da combinação de juros altos e taxa de câmbio baixa. O encontro reuniu ainda professores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. O tema principal das discus- sões entre eles foi a inter- venção mais ampla do Esta- do na economia capitalista fundamentada na auto-regu- lamentação nas relações do sistema financeiro. Para o di- retor da faculdade de econo- mia e política de Cambridge, Ha-Joon Chang a “hegemonia neoliberal” – o consenso de comércio liberal e mercado livre dos últimos 25 anos – restringiu o crescimento de países em desenvolvimento, como o Brasil. Ele defende a tese em seu livro Bad Samaritans (Maus Samaritanos): as receitas mi- nistradas pelo FMI, Banco Mundial e Organização Mun- dial do Comércio causaram mais estragos do que ajuda. O secretário-assistente do Departamento de Economia e Relações Sociais das Nações Unidas, Jomo Kwame Sunda- ram e o analista do Departa- mento de Assuntos Econô- micos e Sociais das Nações Unidas, Jan Kregel, também afirmaram que o capitalismo precisa de revisões e aperfei- çoamentos. Para economistas, é a recessão Diário do Comércio Guardar e localizar do- cumentos deixou de ser um problema. Hoje, as empresas e os usuários contam com boas condições técnicas para supe- rar gargalos e contratempos – o custo de armazenamento caiu drasticamente, grande parte das informações e documen- tos já nascem de forma digital e os atuais scanners e equipa- mentos multifuncionais (que reúnem impressora e scanner) permitem que a informação passe a seguir o caminho inver- so, do papel ao eletrônico. Para alguns negócios, prin- cipalmente em empresas surgi- das na “economia digital”, essa modernização é uma questão de sobrevivência. “Trabalha- mos em um escritório de 12 m², não contamos com funcio- nários e em nossas margens não cabem despesas com cor- reio, suprimentos ou custos cartoriais. Sem recursos como e-mail, nota fiscal eletrônica, certificado digital e impressora virtual, a alternativa seria encer- rar nossas atividades”, afirma Ana Rezende de Souza, titular de uma “nanoempresa” (como ela mesma define) de processa- mento de arquivos. No outro extremo, entre as companhias tradicionais, resolver os gargalos com a ma- nipulação da papelada repre- senta uma redução enorme de custos de logística e, em vários casos, uma grande melhoria na qualidade das operações. No varejo, por exemplo, verifica-se hoje um amplo movimento para substituir as fotocópias pela di- gitalização dos documentos necessários à concessão de cré- dito. “Na região Norte, os do- cumentos levavam até oito dias para chegar por malote à cen- tral, em São Paulo, e caso hou- vessem erros, gastava-se mais tempo ainda”, diz José Antônio Galves Junior, coordenador de suporte das Lojas Marisa, que há dois anos faz a captura digital para CDC e agora estende essa abordagem às áreas adminis- trativas. “Em 2009, esperamos processar cerca de 10 milhões de imagens”, estima. No caso da Rodoviário Schio, especializada em transporte para grandes indústrias dos ra- mos alimentício e farmacêutico, a digitalização e circulação ele- trônica tiveram um efeito direto no fluxo de caixa. “Se um clien- te com matriz em Curitiba man- dasse uma carga para Recife, o comprovante ia para a filial da Schio em Pernambuco, seguia por malote para São Paulo e era encaminhado ao cliente junto à fatura. Hoje, o documento digi- talizado chega a São Paulo em 30 segundos e pode ser ime- diatamente enviado ao cliente”, compara Alceu Oss Emer, dire- tor financeiro da transportado- ra. “Nossos clientes não têm problemas com fluxo de caixa.” O escritório sem papel Acordo concederá descontos nos pacotes oferecidos pela Pousada Larimor, no Litoral Norte paulista Encontro pretende motivar equipes para 2009 Que tal começar 2009 preparando e motivando sua equipe. Esta é a propos- ta da palestra “Motivação e Eficiência - Preparando a sua equipe para 2009”, que acontece amanhã, a partir 20h, no auditório “Luis Ro- berto Mesquita”, na sede da ACE-Gaurulhos. O encontro será con- duzido pelo professor em- presarial, Maurílio Lubeno, que durante duas horas motivará equipes para en- frentar e vencer os desafios que virão em 2009. Lubeno abordará temas importan- tes, tais como: Como re- forçar a auto-estima da sua equipe; Como buscar novos caminhos para o sucesso; Conquiste resultados sóli- dos para a empresa; Supere os novos desafios do merca- do; Dinamize a capacidade criativa da sua equipe; e Como obter novas estraté- gias para 2009. Quem for associado à Associação Comercial paga somente R$ 40; não associa- dos, R$ 60. O encontro con- cede, ainda, descontos de até 20% para grupos. Infor- mações pela Central de Re- lacionamento, 2137-9333. A ACE-Guarulhos fica na aveni- da João Bernardo Medeiros, 278, no Bom Clima. Lubeno: motivação em 2009

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Quarta-feira, 14 de janeiro de 2009 O JOrnal dO tamanhO da cidadeH� O JOrnal dO tamanhO da cidadeH�

Negócios

Imprensa/ACEApós um ano cheio de

trabalho, muitos empreen-dedores esperam a chega-da do verão, sobretudo do mês de janeiro, para tira-rem suas férias. O Litoral paulista continua sendo o destino favorito para o re-fúgio de muitos que plane-jam recarregar as baterias. Neste sentido, a Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos acaba de fechar uma nova parce-ria com a Pousada Larimor, em Boiçucanga, que propor-cionará descontos especiais em seus pacotes aos asso-ciados à entidade.

O convênio de parceria faz parte dos benefícios que serão concedidos pelo cartão “GuaruCard”, dire-cionado especialmente para os associados à Associação Comercial. Pelo acordo, em alta temporada - entre os meses de 1º de outubro a 28 de fevereiro - será con-cedido desconto de 5% no pagamento à vista do paco-te, ou ainda a opção de par-celamento em até cinco ve-zes. Para baixa temporada - entre os meses de 1º de março a 30 de setembro - o desconto para o pagamento à vista será maior, 10%, com a mesma opção de parcela-mento em até cinco vezes.

“A equipe de colabora-

ace-Guarulhos fecha parceria com pousada do litoral norte

dores da Associação Comer-cial vem trabalhando para que a entidade celebre im-portantes parcerias que re-vertam em benefícios para os nossos associados e seus funcionários. O acordo com a Pousada Larimor é um exemplo deste esforço de proporcionar entretenimen-

to para o empreendedor guarulhense”, disse Wilson Lourenço, presidente da ACE-Guarulhos.

A Pousada Larimor Boi-çucanga está localizada na praia de Boiçucanga, uma das mais belas e comple-tas praias do Litoral Norte. Quem for a pousada vai po-

der desfrutar do Pôr do Sol de Boiçucanga um dos car-tões postais da região, além do lindo mar aberto, areia fofa e branca e praia ilumi-nada à noite. Informações pelos telefones 3564-0530 ou (12) 3865-1169. Ou, ainda, pelo site www.pousa-dalarimor.com.br.

Associados terão descontos especiais nos pacotes da pousada

Fotos: Imprensa/ACE

Diário do ComércioO Brasil está em recessão

e os Estados Unidos já dão si-nais de depressão. As opiniões sobre os efeitos atuais da crise internacional de crédito foram compartilhadas, ontem, pelo ex-ministro da Fazenda do go-verno José Sarney, Luiz Carlos Bresser Pereira, e pelo diretor e professor da Escola de Eco-nomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Luiz Yoshiaki Nakano. Os economistas parti-ciparam da primeira edição no País do Latin America Advan-ced Programe on Rethinking Macro and Development Eco-nomics (Laporde) para discutir a economia mundial pós-crise, na FGV, em São Paulo.

Para Nakano, a lógica ca-pitalista está desaparecendo com a crise. Segundo sua aná-lise, o balanço das empresas internacionais está negativo e as instituições apenas lu-tam para administrar dívidas. “Isso em breve deve chegar ao Brasil. Precisamos de me-didas efetivas do governo para amenizar os efeitos da crise no país”, disse. Segundo ele, ao contrário do que acontece neste momento, o governo de-veria esgotar primeiro os artifí-cios da política monetária para enfrentar a crise e somente depois partir para apertos na política fiscal.

Para os economistas, a taxa de juros no Brasil deve sofrer cortes mais profundos que os regulares 0,25% aplicados antes da crise internacional. “Porque não podemos cortar 1% de uma vez? O Banco Cen-

tral deve fazer isso. Porque não podemos cortar 25% da taxa como aconteceu em ou-tros países desenvolvidos?”, perguntou Bresser Perei-ra para quem o Brasil pode transformar a crise em opor-tunidade, desde que se livre da combinação de juros altos e taxa de câmbio baixa.

O encontro reuniu ainda professores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. O tema principal das discus-sões entre eles foi a inter-venção mais ampla do Esta-do na economia capitalista fundamentada na auto-regu-lamentação nas relações do sistema financeiro. Para o di-retor da faculdade de econo-mia e política de Cambridge, Ha-Joon Chang a “hegemonia neoliberal” – o consenso de comércio liberal e mercado livre dos últimos 25 anos – restringiu o crescimento de países em desenvolvimento, como o Brasil.

Ele defende a tese em seu livro Bad Samaritans (Maus Samaritanos): as receitas mi-nistradas pelo FMI, Banco Mundial e Organização Mun-dial do Comércio causaram mais estragos do que ajuda. O secretário-assistente do Departamento de Economia e Relações Sociais das Nações Unidas, Jomo Kwame Sunda-ram e o analista do Departa-mento de Assuntos Econô-micos e Sociais das Nações Unidas, Jan Kregel, também afirmaram que o capitalismo precisa de revisões e aperfei-çoamentos.

Para economistas, é a recessão

Diário do ComércioGuardar e localizar do-

cumentos deixou de ser um problema. Hoje, as empresas e os usuários contam com boas condições técnicas para supe-rar gargalos e contratempos – o custo de armazenamento caiu drasticamente, grande parte das informações e documen-tos já nascem de forma digital e os atuais scanners e equipa-mentos multifuncionais (que reúnem impressora e scanner) permitem que a informação passe a seguir o caminho inver-so, do papel ao eletrônico.

Para alguns negócios, prin-cipalmente em empresas surgi-das na “economia digital”, essa modernização é uma questão de sobrevivência. “Trabalha-mos em um escritório de 12 m², não contamos com funcio-nários e em nossas margens não cabem despesas com cor-reio, suprimentos ou custos cartoriais. Sem recursos como

e-mail, nota fiscal eletrônica, certificado digital e impressora virtual, a alternativa seria encer-rar nossas atividades”, afirma Ana Rezende de Souza, titular de uma “nanoempresa” (como ela mesma define) de processa-mento de arquivos.

No outro extremo, entre as companhias tradicionais, resolver os gargalos com a ma-nipulação da papelada repre-senta uma redução enorme de custos de logística e, em vários casos, uma grande melhoria na qualidade das operações. No varejo, por exemplo, verifica-se hoje um amplo movimento para substituir as fotocópias pela di-gitalização dos documentos necessários à concessão de cré-dito. “Na região Norte, os do-cumentos levavam até oito dias para chegar por malote à cen-tral, em São Paulo, e caso hou-vessem erros, gastava-se mais tempo ainda”, diz José Antônio Galves Junior, coordenador de

suporte das Lojas Marisa, que há dois anos faz a captura digital para CDC e agora estende essa abordagem às áreas adminis-trativas. “Em 2009, esperamos processar cerca de 10 milhões de imagens”, estima.

No caso da Rodoviário Schio, especializada em transporte para grandes indústrias dos ra-mos alimentício e farmacêutico, a digitalização e circulação ele-trônica tiveram um efeito direto no fluxo de caixa. “Se um clien-te com matriz em Curitiba man-dasse uma carga para Recife, o comprovante ia para a filial da Schio em Pernambuco, seguia por malote para São Paulo e era encaminhado ao cliente junto à fatura. Hoje, o documento digi-talizado chega a São Paulo em 30 segundos e pode ser ime-diatamente enviado ao cliente”, compara Alceu Oss Emer, dire-tor financeiro da transportado-ra. “Nossos clientes não têm problemas com fluxo de caixa.”

O escritório sem papel

acordo concederá descontos nos pacotes oferecidos pela Pousada larimor, no litoral norte paulista

encontro pretende motivar equipes para 2009

Que tal começar 2009 preparando e motivando sua equipe. Esta é a propos-ta da palestra “Motivação e Eficiência - Preparando a sua equipe para 2009”, que acontece amanhã, a partir 20h, no auditório “Luis Ro-berto Mesquita”, na sede da ACE-Gaurulhos.

O encontro será con-duzido pelo professor em-presarial, Maurílio Lubeno, que durante duas horas motivará equipes para en-frentar e vencer os desafios que virão em 2009. Lubeno abordará temas importan-tes, tais como: Como re-forçar a auto-estima da sua

equipe; Como buscar novos caminhos para o sucesso; Conquiste resultados sóli-dos para a empresa; Supere os novos desafios do merca-do; Dinamize a capacidade criativa da sua equipe; e Como obter novas estraté-gias para 2009.

Quem for associado à Associação Comercial paga somente R$ 40; não associa-dos, R$ 60. O encontro con-cede, ainda, descontos de até 20% para grupos. Infor-mações pela Central de Re-lacionamento, 2137-9333. A ACE-Guarulhos fica na aveni-da João Bernardo Medeiros, 278, no Bom Clima. Lubeno: motivação em 2009