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    Sabendo um pouco maisHidrogenação

    Grande parte dos a limentos processado s contém muita gordura, principalmente a do

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    p p g , p ptipo hidrogena do. A hidrogena ção converte os óleos veget ais líquido s e insat urado s em g ordurassólida s e ma is está veis à t emperat ura am biente, produzindo um t ipo de go rdura conhecida como“ ácidos graxos trans” ou “ gordura trans” . A hidrog enação é utilizad a com dois objetivoscomerciais. Ela possibilita a conversão d e to do s os tipos de óleos veget a is e de o rig em a nima l emum único produto uniforme e esse t ipo de go rdura demora mais tempo para estraga r e f icarrançosa. Aument a, porta nto , o tem po de conservaçã o d os prod utos, principalmente nos climastro pica is, como o do Bra sil. Observe a lista de ingred ientes do s a limen to s processad os. Você verá apalavra “ hidrogena da ” em muitos produto s e que esses produto s têm prazos de valida de b emlong os, alguns maioresq ue um ano.

    Os biscoitos recheado s ou nã o, b olos e pãe s industrializado s em g eral, outros tipos demassas, marga rinas e go rduras vege ta is u t ilizam a gordura t rans (h id rogenada) comoingrediente.

    Quant o men os alimentos com esse tipo de ingrediente você consumir, melhor para a sua saúde . Ocorpo humano não evoluiu com a capacidade de consumir grandes quantidades de gordurasaturada de origem animal e de gorduras elaboradas por processo de hidrogenação sem sofrersérias conseqüências meta bólicas. O consumo d a gordura trans tem efeitos semelhant es aos que ag ord ura sa tura da cau sa na saúd e huma na ; por isso, deve ser evitad o.

    Já no s an os 90 a cumulava m-se evidências de q ue as go rdura s tra ns a carreta m ma ior riscodo q ue a s gordura s sat urada s para o desenvolviment o de do enças cardíacas (DEPARTMENTOFHEALTH AND HUMAN SERVICES, 1994; WORLD CANCERRESEARCH FUND, 1997; EURODIET, 2001;WORLD HEALTH ORG ANIZATION, 2003a ).

    Fique atento à rotulagem dos produtos e evite al imentos cujos rótulos mencionam“ go rdura hidrog ena da ” , “ go rdura trans” , “ óleo hidrog ena do ” ou “ go rdura vegeta l” na sua listade ingred ientes.

    o consumo de go rduras tota is extrapolou os limitesrecomendados nas regiões metropolitanas e emBrasíl ia e Goiânia, em áreas urbanas das regiõesCentro-Oeste , Sudeste e Sul e em segmentos

    populaciona is de rendimentos ma is alto s (acima d ed o is sa lá rio s m ín im o s f a m ilia re s ). Essa sevidências são ainda mais preocupantes, uma vezque as informações não incluem o consumo dea l im e n t o s f o ra d o s d o m icílio s; p o rt a n t o aor ientação sobre a moderação no consumo degorduras e alimentos com alta concentração dessenutriente, bem como sobre os t ipos de go rdura eseus efe itos sob re a saú de, precisa ser priorizad a n o

    contexto da ado ção de uma aliment ação saudá vel.

    per capita

    AçúcarO açúcar, assim como o a mido, é um t ipo de

    carboidrato. As frutas e alguns vegetais contêmna turalmente açúcar do tipo fruto se. O açúcar, na sua

    forma de frutose, ta l como a s gorduras e os óleos,apresentam -se como parte dos alimentos que t amb émcontêm vita minas, minerais e outros nutrientes. Essaforma natural não é o tipo de açúcar cujo consumodeve ser reduzido. Esta diretriz está voltada para adiminuição do consumo do açúcar tipo sacarose ouaçúcar de mesa - que consumimos diariamenteacrescentando-o às preparações diversas e é tambémamplamente usado nos produtos industrializados.Nesses produtos, o açúcar é utilizado para torná-losmais sab orosos e é adicionad o a muitos a limentos ebebidasna forma concentrada de xarope.

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    Estudo s apont am que os nossos ancestraisconsumiam dietas q ue cont inham cerca de 4% a 6%

    de açúcar, principalmente sob a forma de frutas emel. Os se res humanos evo lu íram tendo uma

    entre 1/2 e 2 SMFPC, em que a contr ibuiçãoenergética chega próximo de 15%, ou seja, supera

    em 50%o recome nda do . Da mesma forma que paraas gorduras, o consumo desse grupo de alimentos

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    aceitação intensa ao sabor doce, provavelmenteporque, na na tureza, a d oçura indica que a s frutasest ão maduras e p ron tas pa ra se r consumidas(TROWELL; BURKITT, 1981; MINTZ, 1985; EATON eta l., 1988). Nos prime iros séculos do reg ime colo nia l,a indústria ma is importa nte n o Brasil e tam bém noCar ibe e ra a de p rodução de açúca r e , comoresultado da indust r ia l ização, a quant idade deaçúcar nos estoques de a l imentos da Europa eAmérica do Norte , vendido como ta l ou comoc o m p o n e n t e d e a l im e n t o s i n d u st r ia li z a d o s ,aumentou demasiadamente a partir do século XIX(MINTZ, 1985). Os a limen to s d a s con feita ria s sãopraticament e to dos feitos com a çúcar, a s ge léias nasua ma ioria têm gra nde concentração d e açúcar e osrefr igerantes são quase t o ta lmente fo rmados deaçúcar, além da ág ua.

    Uma a limenta ção com alto teo r de açúcarsimples (sacarose), além de esta r associad a aoe xce sso d e p e so e o b e sid a d e , e st á t a m b é mrelacionada às cár ies dentár ias ent re cr ianças,especialmente as bebidas doces e guloseimas deconsistência pastosa (FREIRE, 2000). Outros fatoresassociad os à g ênese da cárie dent al são : qua ndo e

    com que freq üência o açúcar é con sumido du ran te odia, a relativa viscosidad e dos alimentos com açúcar,a na tureza d o a çúcar e os há bitos de higiene bucal.Embora a a l imentação com al to teor d e a çúcarsim p le s a u m e n t e a q u a n t id a d e d e g l ic o sesan güínea , ela não é causa direta d o diabet es ou dasdo en ças do cora ção (DEPARTMENT OF HEALTHAND SOCIALSECURITY, 1989), ma s po de ser fa to r derisco para câncer do cólon (WORLD CANCERRESEARCH FUND, 1997).

    Os dados da Pesqu isa de OrçamentosFa milia res 2002-2003 mostra m uma ten dê ncia levede q ueda no consumo de açúcar e, por outro lado ,u m a u m e nt o co n sid e rá v el n o co n su m o d erefrigera nt es (400%), se compa rad o a o consumo nadécada de 70. Apesar da tendência de queda, oconsumo do grupo de açúcares, que inclui osrefrigerantes, extrapola os limites da s recomen-dações nas regiões metropol i tanas , em todas asregiões geog ráficas, nas área s rurais e urba na s e emtod as a s classes de rendimentos. A situação maispreocupante refere-se às classes de rendimentos

    pode ser ainda maior, uma vez que os dados nãoincluem o consumo extradomiciliar. Como médiapara a população brasileira e com b ase nos dado sdisponíveis, a meta a ser alcançada pelas diretrizesdeste guia é a redução em pelo menos 1/3 noconsumo atual desses alimentos para atendimentod a s r e co m e n d a ç õ e s p a r a u m a a l im e n t a ç ã osaudável.

    O sód io e o pot á ssio são minera is essenciaispara a regulação do s fluido s intra e extracelulares,atuando na manutenção da pressão sangüínea. Osa l de cozinha - - é composto por40% de sódio, send o a principal font e desse mineral

    na a limenta ção .As e vid ê n cia s a t u a is su g e re m q u e oconsumo nã o ma ior q ue 1,7g de sódio (5g de cloret ode sódio por dia) pod e cont ribuir para a redução dapressão arterial . A ma ior parte dos indivíduos,mesmo as crianças, consome níveis desse minerala lém de suas necessidad es. O consumo popula ciona lexcessivo, ma ior q ue 6g diárias (2,4g de sód io), éuma causa importante da h ipertensão ar teria l .

    Estima-se que essa doença atinja cerca de20% da população adulta brasileira. Não existemd a d o s n a cio n a is so b re o co n su mo d e sa l n apopulação . Da dos da POF 2002-2003 indicam, pormeio das despesas com a aquis ição de sa l paraconsumo do domicílio, uma média est imad a de9,6g /pessoa /dia, ma s a q ui nã o está considera do o salconsumido fo ra do do micílio.

    Com base nessas informações, estima-seque o consumo méd io de sa l pela popu laçãobrasileira deve ser reduzido, pelo m enos, à m eta depara a t ender a o pa tamar má ximo de consumorecom en da do , isto é, 5g de sal/per capit a /dia .

    Além de font e de sód io, o sa l é a font e prin-cipal de iodo na al imenta ção brasileira. O iodo éessencial para o desenvolvimento e crescimento docorpo huma no. A de ficiência d esse mineral leva a

    v á ria s d o e n ça s , d e n o m in a d a s d ist ú rb io s p o rdeficiência de iodo (DDI), sendo causa comum dede ficiências men ta is. Emb ora a ma nifesta ção clínicamaisevidente seja o bócio (“ papo” ), essa deficiência

    cloreto de sódio

    Sal

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    é t a m b é m c a u s a i m p o r t a n t e d e a b o r t o sespontâneos, nascimento de natimortos e baixo

    peso ao na scer. Criança s g erad a s por mulheres comdef iciência de iodo podem nasce r com re t a r-d l fí i difi ld d

    (

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    da ment o men ta l e físico ou a presenta r dificulda desde aprendizado. O Bras il, como muitos out rospa íses, utiliza o sal com o veículo pa ra fo rnecer iod oem concentrações ad equa da s para a população. OProgram a Naciona l para a Prevenção e Controle dosDistúrb ios por Deficiência de Iod o, coo rden ad o peloMinistér io da Saúde, envolve ações d iversas ,

    incluindo a obriga torieda de de fort if icação do salpara consumo humano com iodato de potáss io ,ação desenvolvida com sucesso no País, desde adécada de 50. Merece atenção dos profissionais e aadequada orientação da população, no entanto, ou so d o sa l d e st in a d o p a ra co n su m o a n im a l,especialment e nas f am ílias de zona s rurais, po is ot eo r de iodo nesse t ipo de sa l não a t ende aorecomendado para prevenir os d istúrbios pordef iciência de iodo .

    É importante destacar q ue a redução doconsumo de sa l pa ra os n íve is recomendados

    - Em uma a l imentação saudável, a ingestão dego rdura não deve ser meno r do q ue 15%do to ta l deenergia. Para as pessoas f isicamente at ivas, umaquant idade d e a té 30% de gordura pode não ser

    prejudicial,

    - Para a lcançar os obje t ivos d ie té t icos pa ra asg ordu ras, é preciso q ue se leve em conside raçã o na sorien tações, a lém das gorduras u t ilizadas nap re pa r a çã o d o s a lim e nt o s, a s g o rd u ra s q u ecompõem os alimentos e asq ue são ad icionad as noprocessam ento do s alimentos.- Em re lação ao consumo do açúcar, a meta é aredução em pelo me nos 1/3 no nível de consumoatual para alcançar a recomendação (máximo de

    desde que o consumo da gordurasaturada e gorduras hidrogenadas permaneçabaixo.

    OrientaçõescomplementaresProfissionaisdeSaúde

    Sabendo um pouco mais

    O Consumo deGordurase asPessoasAtivase CriançasemCrescimento.Atualmente, a maioria da nossa população tem empregos ou estilos de vida com baixa

    at ividad e f ísica. Mesmo pessoa s muito at ivas (pessoa s cujo trab alho envolve m uita at ividadefísica ou que praticam esportes de intenso ga sto energético, como jog ado res de futebol ea tleta s, e cria nças at iva s em idad e de cresciment o) nã o precisam con sumir aliment os ou beb idasque contenham q uantidad esextrasd e go rdura, açúcar, proteínas ou sal .

    Essa s pessoa s tê m ma ior necessida de d e aliment os, porque são ma is a tivas fisica men tee têm, portanto, gasto energético diário mais elevado. O que elas precisam, no entanto, é deuma a l imentação saudável , com nutr ientes e conteúdo energét ico que a tendam às suasne cessida de s nut riciona is, seg uind o a s diret rizes de ste g uia (TUNSTALL, 1993). As necessida de sindividua is devem ser ajusta da s na dieta , elab orad a sob orientação de um nutricionista , paraga rantir a saúd e e um bom estad o nutricional.

    Bebês e crian ças pequena s, de a té 2 ano s de ida de, são uma exceção po rque eles estãoem cresciment o e t êm relativament e peq uena capacidad e gá strica, recomenda ndo -se para esseg rupo e t á rio 30% a 40% de ene rg ia sob a f o rma de g ordura (WORLD HEALTH ORGANIZATION,

    2000b). Para ma is informações sobre a s recomend ações a liment ares para crianças peque nas,consult e o (BRASIL, 2002d).Guia Alimentarpara Crianças Menores de Dois Anos

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    10% do valor energét ico to ta l da d ie ta). Paraalcance desse obje t ivo, as or ientações devem

    aplicar-se ao s açúcares refinad os a crescenta dos a osalimentos ou às preparações alimenta res, sejam elasi i d i li d ã i l

    bem como o háb ito de acrescenta r sal aos aliment osjá preparado s. Para mais informações, veja box

    Sabendo um pouco mais “Alimentos Salgados eComSal”,nesta seção.

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    caseiras ou industrializada s; porta nto , nã o incluemo açúcar natura lmente presente nas f ru tas e emoutrosalimentos.-Pa ra que a meta de redução de sal seja alcançada , épreciso sab er e informar q ue o sal está cont ido emmuitos a l imen tos p rocessados e , po rt an to , oconsumo desses alimentos deve ser desestimulado,

    Sabendo um pouco mais

    AlimentosSalgadose comSalO nome q uímico d o sal de cozinha é cloreto de sódio. O sal é compo sto por do is

    q uinto s (40%)d e sód io, q ue é um nutriente essencial pa ra o ser huma no.

    A necessidade humana de sódio varia entre 300 e 500 miligramas por dia, parapessoa s a cima de 2 a no s d e ida de (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1989b). Em excesso(consumo maior que 6 gramas por d ia de sa l ou 2 ,4 gramas de sódio) , é uma causaimportant e da hipertensão a rterial, de acident e vascular cerebra l e de câncer de estô ma go(NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1989a , 1989b ; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1982,1990b , 2003a ; WORLD CANCER RESEARCH FUND, 1997; UNITED NATIONS ADMINISTRATIVECOO RDINATING COMM ITTEE, 2000).

    Gra nde pa rte da popula ção bra sileira con som e sal em excesso: a méd ia estimad a de

    consumo é 9,6g /dia/per capita ,(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOG RAFIAEESTATÍSTICA, 2004a ).

    Isso se d eve principalment e a o consumo de aliment os industrializado s e ta mbémdevido à ad ição d e sal durante o cozimento ou à mesa. Ad ieta muito salga da d os brasileirostem origem na tradição portuguesa de salgar os al imentos como meio de conservação.Muitos aliment os são conservado s em salmo ura, em vina g re ou sal (picles, veget a is, ervas eespeciarias). Os alimentos em salmoura, tipo picles, podem aumentar o risco de câncer noes tômago, quando esse t ipo de a l imento é consumido de maneira in tensa e regular(WORLD CANCERRESEARCH FUND, 1997).

    Ao tentar reduzir o consumo de sal , as pessoas que consomem habitualmentealiment os salga do s ge ralmente consideram a comida nã o tã o sab orosa, já q ue o sal é usad ocomo condimento . As células do pa lada r pode m levar algum tempo pa ra ajusta r-se ao sabo rmenos int enso do sa l ( ). É importa nte q ue a s pessoa ssaiba m disso pa ra persistir no consumo de a limen to s com meno s sal.

    Os rótulos dos al imentos processados apresentam o conteúdo de sódio. São

    exemplos de al imentos q ue possuem altos teores de sódio: sal de cozinha, embutidos,que ijos, conservas, sopa s e molhos e tem peros pronto s.

    não computado o sal consumido fora do domicílio

    período médio de até três meses

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    diretriz7

    água

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    Todos- A á g u a é u m a lim en t o in d isp en sá ve l a o

    funcionam ento adeq uado do orga nismo.- Toda água que você bebe r deve se r t r a t ada ,filtrad a ou fervida .

    Consideraçõese informações adicionaisA água é um nutriente essencial à vida.

    Nenhum outro nutr iente tem tantas funções noorga nismo como a á gua , sendo a sua ingestão diáriacrucial pa ra a saúd e hum ana . Tod os os sistema s e

    DIRETRIZ 7 - Água

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    Profissionaisdesaúde

    Governo e setorprodutivodealimentos

    Família

    filtrad a ou fervida .

    - E incentivar o consumo d e ág ua independ ente deoutroslíquidos;

    - As pessoa s a ing erir no m ínimo do is litros de á g uapor dia (seis a o ito copo s), preferencialment e ent reas refeições. Essa q uan tidad e pod e variar de a cordocom a a t iv idade f í s ica e com a temperatura doambiente;- A oferta at iva e reg ular de ág ua à s crianças e aosidososa o long o do dia;- Sobre os cuidados domést icos q ue ga rantam a

    qual idade e segurança da água a ser consumidapela família.

    - Garantir o acesso e a qualidade da água tratadapara t oda a população bra sileira.- Sistemas de abastecimento seguro de água sãorequisito fundam enta l para a saúd e pública.

    - P ro m o ve r a e xp a n sã o d a re d e p úb lica d esa n e a m e n t o , p e rm it in d o a ca p ila r iz a ç ã o d o sequipamentos de fornecimento de água trata da emdo micílios, espaços públicos, escolas, locais det r a b a l h o e o u t r a s u n i d a d e s c o l e t i va s d ea colhimen to de p opula ções específicas (carcerárias,idosos, cria nças, ent re ou tra s).- Garantir e preservar os mananciais de água em

    território nacional, como requisito para a saúde eelemento de soberania na ciona l.

    -Use ág ua trat ad a ou fervida e filtrad a, para beb er epara preparar refeiçõese sucoso u out ras beb idas.-Beba pelo menos de doislitros(seisa oito copos) deág ua por dia. Dê preferência ao consumo de ág ua

    nosintervalosdasrefeições.- Ofereça água para crianças e idosos ao longo det o d o o d ia . Ele s p re cisa m se r e st im u la d o sat ivam ente a ing erir ág ua.

    Orientar

    pórgãos do corpo uti l izam água. Ela desempenhapape l funda ment al na reg ulaçã o de muita s funçõesvita is do organismo, incluindo a regulação datem peratura , participa do transporte de nutrientese da eliminação de substâ ncias tóxicas ou nã o ma isutilizadas pelo organismo, dos processos digestivo,respirat ório, cardiova scular e rena l.

    O corpo humano é , na sua maior par te ,formado por água . A proporção de ág ua dependedo volume d e g ordu ra o rgâ nica (ASTRAND et a l.,1970), variando entre 60% nos homens e 50% a55% na s mulheres. Sua deficiência se ma nifestarapidam ente: uma variaçã o de cerca de 1%no g raude hidrat açã o já leva ao apa reciment o dos sintoma sda desidrat ação . A privação completa d e ág ua levaà mo rte em poucos dias, enq uan to q ue, na privaçãode alimentos, o homem pode sobreviver semanas.Apesar disso, a importância vita l da á gua é muitasvezes subest imada , po rque usua lmen te e la éabundante .

    Osa limentos ta mbém contêm ág ua em suacomposição, em proporções variad as. O peso dasfruta s é de at é 95% ou ma is de á gua e da carne at é

    50% ou ma is, enqua nto q ue o a çúcar e os óleos nãoco n t êm á g u a . A d e n sid a d e e n erg é t ica d o salimentos é, em grand e parte, uma função do seuconteúdo de água : quanto maior o percentual deá g u a n o a lim en t o , m e n or é a su a d e nsid a d eenergética. Portanto, al imentos cujo conteúdo deág ua é elevad o, têm menor prob ab ilidad e de causarexcesso de pe so e ob esida de. Além d isso, o volumede ág ua no sistema digest ivo a juda a provocarsen sa çã o d e sa c ied a d e (WORLD HEALTHORGANIZATION, 2000a), diminuind o a ne cessida dede consumir maisalimentos.

    At e nçã o e sp ecia l d e ve se r d a d a a oa b a st e cim en to p úb lico d e á g u a t ra t a d a e àorientação para consumo de á gua trata da, fervidaou filtrad a, de boa q ualidade , uma vez que a ág ua éum potencial veículo de doenças. Principalmente

    entre crianças, são comuns as diarréias causad as porag entes infecciosos tra nsmitidos pelo consumo deá g u a d e m á q u a l i d a d e e n ã o t r a t a d a . A ú n i c aexceção de não orientação de consumo de á gua é

    GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 88

    pa ra ,po rque o le it e ma te rno con tém a quan t idade

    necessária de água de que o bebê, nessa fase davida , necessit a pa ra a sua saúde e adequadahidratação.

    bebêsamamentados exclusivamente ao peito

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    - Estabelecer a necessidade diár ia exata paraconsumo de água é d if ícil; e ssa necessidade

    depende dos processos metaból icos, do ga stoe n e rg é t i co d o o r g a n ism o e d a s co n d i çõ e sambienta is. Um método prá t ico é considerar oconsumo de 1ml/kca l de ene rgia g asta p a ra ad ultosem condições moderadas de gas to energét ico etemperaturas ambientais não muito elevadas. Porexemplo, para um VET de 2.000kcal , seriamnecessários dois l itros de ág ua. Para crianças, ae st im a t i va p o d e se r ca l cu la d a co n sid e r a n d o

    1,5ml/kca l de en erg ia g a sta (NATIONAL RESEARCHCOUNCIL, 1989b).- Além da s crian ças, especial ate nção deve ser da daao consumo de água por pessoas idosas , pois omecanismo de controle de sede pode ser menoseficiente.- Suco de fruta fresca ou polpa congelada sem aad ição de açúca r con tam como uma porção deágua . Incent ive a subst itu ição do ref r igerante ,bebidasalcoólicase sucosindustrializadospor água.

    OrientaçõescomplementaresProfissionaisdesaúde

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    DIRETRIZ 6 - GORDURAS, AÇÚCARES E SAL 91

    Todos-A alimenta ção saud ável e a ativida de física regular

    são a l iadas fundamenta is para a manutenção dopeso saudável, redução do r isco de doenças emelhoria da q ualidade de vida .

    Família- Torne seu d ia-a-dia e lazer ma is ativos. Acumule

    pelo meno s 30 minuto s de at ivida de f ísica to dos osdias. Movimente-se! Descubra um tipo de atividadefísica ag radável! O prazer é ta mbém funda menta lpara a saúd e

    DIRETRIZ ESPECIAL 1 - Atividade física

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    Profissionaisdesaúde

    Governo e setorprodutivodealimentos

    - Abordar de maneira in tegrada a promoção daalimenta ção saud ável e o incentivo à prática reg ularde a tivida de física .-Orientar sobre a importância do equilíbrio entre oconsumo al imentar e o gas to energét ico para ama nutençã o do peso saud ável, em to da s as fases docurso da vida.- Utilizar a avaliação antropométrica, nos serviçosde saúde (Sisvan), para acompanhamento do pesosaud ável de pessoa s em q ua isq uer fa ses do curso davida.- Estimular a formação de grupos para prát ica d eat ividad e física e orientação sobre al imenta çãosaudável nos serviços de saúde, escolas e outrosespa ço s co mu ni t á r io s , so b supe rv i sã o d eprofissionaiscapacitados.

    - Proteger, c r iar e manter ambientes urbanos erurais, nos quais a prática de atividade física diáriaseja viável, ad eq uad a, agra dá vele seg ura.- Adequar espaços urbanos criando áreas parapedestres, pistas destinadas a ciclistas, espaços eq ua d r a s co m un i t á r io s , pa rq ue s e c lub e scomunitários, mantendo-osbem conservados.- Cr iar oportunidades de tempo e espaço paraprática de at ivida de física na s comunidades e noslocaisde trab alho.- Valoriza r a at ividade física regular n as escolas epráticas lúdicas at ivas em crechese pré-escolas.- Fortalecer polít icas públicas de incentivo aosesportes.- Desenvolver forma s de d ivulgação e comunicaçãosocial que informem e valorizem a ad oção de mod osde vida saudáveis, conjugando a promoção daalimenta ção saudá vel e a prática de a tivida de f ísicaregular

    Consideraçõese informações adicionais

    para a saúd e.- Procure no s serviços de saúd e orienta ções sobrea l ime nt a çã o sa ud á ve l e a t iv id a d e f í s ica .Caminhe, dance , ande de b ic ic le ta , jogue bola ,br inque com cr ianças. Escolha estas e out rasat ividade s para movimenta r-se.- Aproveite o espaço doméstico e espaços públicospróximo s a sua ca sa para mo vimen ta r-se. Convide osvizinhose amigospara acompanhá-lo.- Incentive as crianças a realizar brincadeiras quefazem parte de nossa cultura popular e que sejamat ivas como aq uelas q ue você fa zia na sua infâ ncia ea o a r livre: pula r corda , correr, ama relinha , escond e-esconde, pega-pega, andar de bicicleta e outras.

    Oriente-as a não ficar muito tempo em frente àtelevisão ou em jogo s de comput ad or. Estimule-as adividir o temp o de la zer entre essas dua s opçõe s.

    Os seres humanos são prepa rado s para serfisicamente at ivos. Toda s a s fo rmas d e at ivida defísica são b enéficas para a saúd e. Há po uco tempo ,pensava -se que soment e o exercício físico vigo roso,como e sportes com bo la, corrida e g inástica, t raziabenefícios para a saúde em geral e para o sistemacardiovascular. Hoje, as evidências mostram quemesmo a s ativida des físicas mo derad as e reg ulares,que pra t icamente toda s as pessoas es tão aptas arealizar, são bo as pa ra a saúd e (ASTRAND e t al.,1970; DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMANSERVICES, 1996).

    Qualquer trabalho que envolva atividadesque exijam movimento do corpo, como andar,correr, jogar, l impar casa, lavar carro e praticarjardinagem ou cult ivo de hor tas, ga sta energiafísica. Andar em ritmo acelerado, exercícios dealong am ento , ciclismo, da nça e to da s as forma s derecreação e esporte que mantenham o corpo emforma , maisfo rte e jovial são a tivida des físicas.

    Aa tivida de f ísica reg ular e freqüent e, alémde prevenir o sobrepeso e a obesidade, é tambémbe néf ica pa ra a sa úde men ta l e emociona l (DEPART-MENT OF HEALTH AND HUM AN SERVICES, 1996;

    GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 92

    Sabendo um pouco mais

    BalançoEnergéticoO estad o nutricional, no plano individua l ou b iológ ico, resulta do eq uilíbrio ent re

    consumo a liment ar e g asto e nergét ico d o o rga nismo Esse g asto refere se à utiliza ção d os

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    consumo a liment ar e g asto e nergét ico d o o rga nismo. Esse g asto refere-se à utiliza ção d osaliment os pelo organismo pa ra suprir as suas necessidad es nutricionais e está relaciona do a oesta do d e saúd e e à ca pacidad e de ut ilização d os nutrientes fornecido s pela alimenta ção. Asnecessida des nutricionais de energia variam em função da ida de, d o sexo, d o esta do desaúd e e d o esta do fisiológ ico e n ível de a tivida de f ísica dos indivíduo s. Para um ad eq uad o

    esta do n utriciona l, no q ue se refere à energ ia, o consumo a liment ar deve estar em perfeitoequilíbrio com o gasto da energia do organismo usada para manter as funções vitais e nasatividadesfísicasdiárias.

    As pessoa s em eq uilíbrio energético não ga nham nem perdem peso; é o que sedeno mina “ ba lanço energético” . Porta nto , o balanço energét ico é o “ saldo” obt ido a partirdo t ota l de energia ingerida e o t ota l de energia g asta pelo organismo em suas at ivida desdiárias. Caloria (kcal) é a unida de d e medida da energia g asta pelo corpo huma no em suas

    at ividade s met ab ólicas e físicas e do te or de energia encont rado nos aliment os (proteínas ecarbo idrat os: 4kca l/g; g ord uras: 9kca l/g ). Vita mina s e minera isnã o fo rnecem ene rgia.

    Se a al imentação fornece mais energia do que é requerida pelo organismo, aenerg ia exceden te é acumula da n a fo rma de g ord ura corpora l. Isso significa que , se a pessoanão ingerir menos alimentos ou aum enta r a at ivida de física, irá g an har peso, principalment epelo acúmulo de gordura , o que poderá levar ao sobrepeso ou à obes idade, se essedesequilíbrio for ma ntido por long o tem po.

    As recomen da ções deste g uia são ba sea da s em um consumo energét ico méd io dapopula çã o de 2.000 ca loria s d iá ria s. , ma s uma est ima tiva danecessidade de energia média para uma população considerada sedentária. Em média, oshomens brasileiros alcançam balanço energético com cerca de 2.400 calorias por dia; asmulheres, com cerca de 1.800 ou 2.200 calorias por dia. A média de 2.000 calorias atendetam bém à s necessida des de energia da s pessoa s maisjovens. Esses da dos servem a penas parailustrar e ajudar a ente nder o eq uilíbrio energét ico. Por exemplo, as mulheres peq uena s einativas que seguem as recomendações al imentares deste guia, para manter o balançoenergético, devem consumir um número meno r de porções entre a s recomenda da s paracada grupo d e aliment os, se compara da s ao s hom ens de mesma ida de e nível de a tividad efísica, e devem ser part icularmente cuidadosas em consumir pequenas quantidades dealiment os com alta den sidade ene rgética (açúcar e go rdura).

    O objetivo principal da recomendação nesta seção - aumentar a atividade físicadiária - é a juda r a a lcançar o b alanço e nergét ico, pa ra q ue a s pessoa s possam alimenta r-sead eq uad am ente sem acumular gordura corporal.

    Isso não é uma recomendação

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    GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 94

    gestantes por meio dasmedidasantropométricas -medidas do corpo - é um importante instrumentopara avaliação do estado nutricional e de saúde,permitindo identif icar precocemente pessoa s eg r u p o s p o p u l a c io n a i s d e r isc o . P a r a m a i sinformações, consulte o boxSabendo um pouco

    meio de medidas a ntropométricas (peso, al tura ecircunferência da cintura), denominado Sistema deVigilâ ncia Alimen ta r e Nutriciona l (Sisvan ). Comessa ferrament a, é possível a os profissionais egestores locais utilizar a informação gerada, indi-v idual ou cole t iva para est imular a adesão dos

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    Para a ava liaçã o nut riciona l de crian ças, oMinistério da Saúde recomenda a uti lização daCaderneta da Criança, que apresenta a curva dereferência do NCHS (1977) do peso em relação à

    idade (P/I), pa ra a compan ha ment o sistem át ico docresciment o e desenvolvimen to infa nt il.O s ín d ice s a n t r o p o m é t rico s t a m b é m

    recomendados para a avaliação nutricional decrianças menores de 10 anos de idade são : o índicealtu ra por idad e (A/I), q ue expressa o crescimen tolinear, indicando o efeito cumulativo de situaçõesdiversas sobre o crescimento; e o índice peso pora l tura (P/A), que ref le te a harmonia ent re asdimensões d o corpo (massa corporal e al tura),send o ma isp reciso pa ra o diag nó stico de excesso depeso.

    A ava liação nut riciona l de gesta ntes, ta ntoadultas quanto adolescentes, é fei ta uti l izando oIMC segundo a semana gestacional. Para maioresin fo rmações, consu lt e a pub licação

    , do Ministério daSaúd e (BRASIL, 2004g).

    -O ob jet ivo da prá tica de at ivida de física é ma nte r oíndice de massa corpora l (IMC) ent re 18,5 e

    24,9kg /m2 e ma nt er o ba lanço ene rgé tico nos níveisrecomenda dos neste guia. Para mais informaçõessobre o IMC, veja box

    .-É recome ndá vel submet er as pessoa s com histó ricode do ença cardíaca ou que estão a cima d e 50 an os aum teste simples de esforço, para avaliar a suacond ição pa ra a prá tica de a tivida de física .- O Ministério da Saúde disponibilizou um sistemade informa ções, nas unida des básicas de a tenção àsaúde, que permite monitorar o estado nutricionalda s pessoa s em qua isq uer fa ses do curso da vida , por

    mais“Massa Corporal”,nestaseção.

    Sabendo um pouco mais“Massa Corporal”,nestaseção

    Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Orientações Básicas

    para a coleta, o processamento, a análise de dados e ainformação em serviços de saúde

    OrientaçõescomplementaresProfissionaisdesaúde

    usuários do serviço e a comunidade em geral aavaliar sistema ticament e o seu peso corporal ep a r t ic ip a r d e a t i vid a d e s d e p r o m o ç ã o d aalimentação saudável e prática de atividade físicaregular.

    -Grupos de pessoa s por ida de ou sexo, por exemplo,p o d e m se r f o r m a d o s, so b o r ie n t a çã o d o sprof issionais das unidades de saúde, indepen-dent ement e de serem portad ores de algum tipo depatologia . Modos de vida saudáveis devem serestimulado s ta mbém entre pessoas sad ias, paraprevenir do enças e promo ver a q ualida de d e vida eum envelhecimento saudável.

    DIRETRIZ 6 - GORDURAS, AÇÚCARES E SAL 95

    Sabendo um

    pouco maisMassa Corporal

    O ín d ice d e m a ssa co r po r a l (IM C) é u m a m e d id a re co m e n d a d ainternacionalmente para avaliação do estado nutricional de adolescentes, adultos eidosos e permite estimar a massa corporal e o risco progressivo de desenvolvimento de

    DIRETRIZ ESPECIAL 1 - Atividade física

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    idosos e permite estimar a massa corporal e o risco progressivo de desenvolvimento dedoenças crônicas não-transmissíveis associadas ao sobrepeso e à obesidade (WORLDHEALTH ORG ANIZATION, 2003a ).

    Qua nt o ma ior o IMC, ma ior é o risco de o indivíduo ser aco me tid o po r DCNT, ta iscom o hipert en são , dia be te s e dislipide mia s (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000d,

    2003a).O IMC é calculado d ividindo o peso em qu ilog ram a s pela altu ra ao q ua dra do em

    met ros (kg/m2). Por exemplo, um a dulto q ue pesa 70kg e cuja a ltura seja 1,75 met ros te ráum IMC de 22,9; porta nto , esse índice sina liza se há ou n ão uma relação de harmo niaentre o peso e a al tura, embora não permita a dist inção entre massa gorda e magra.Existem pont os de corte e specíficos de IMC para cada uma da s fases do curso d a vida ,visan do a tend er às características fisiológ icas de cada uma d elas.

    Pa ra a ava liaçã o de ad olescent es, a lém da a ltura e do peso, no cá lculo do IMCsã oconsiderados também a idade e o sexo, sendo recomendado o critério de classificaçãopercentilar do IMC. Após o cálculo do IMC, a cla ssifica ção n utriciona l de ve ser realizad a d ea cordo com uma curva de distribuição em percentis(P)d e IMC pa ra cada sexo.

    ADOLESCENTES (ida de 10 a no s e

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    Vigilância Alimentar e Nutricional. Orientações Básicas para a coleta, o processamento, a análisede dados e a informação em serviços de saúde

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    2 Qualidade sanitáriados alimentos

    Diretriz

    especial

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    Todos- A garantia da qua lidad e sanitá ria dos al imentos

    implica a adoção de medidas prevent ivas e decontrole em toda a cadeia produt iva , desde suaorigem a té o consumo d o a limento no dom icílio. Am a n ip ula çã o d o s a lim e nt o s se g un d o a s b o a s

    á i d hi i é i l d ã d

    Setor produtivodealimentos- Adotar as medidas prevent ivas e de controle ,

    incluindo as boas práticas de higiene, necessáriasp a ra q u e a p o pu la çã o d isp on ha d e p ro d ut o sseg urospa ra o consumo.- Capaci tar os manipuladores de a l imentos nos

    DIRETRIZ ESPECIAL 2 - Qualidade sanitária dos alimentos

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    Profissionaisdesaúde

    Governo e setorprodutivodealimentos

    práticas de higiene é essencial para redução dosriscosde doençastransmitidaspelosalimentos.

    - Orien ta r sobre a s med idas p reven t ivas e decontrole, incluindo as prát icas de higiene, q uedevem se r ado tadas na cade ia p rodu t iva , nosse r viç o s d e a l im e n t a ç ã o , n a s u n i d a d e s d ecomercializa ção e nos do micílios, a fim de ga rant ir aqualidade sanitária dosalimentos.

    - In f o rm a r q u e a lim e nt o s m a n ip ula d o s o u

    conservad os inad eq uad am ente são fa to res de riscoimportantes para muita sd oenças.

    - Ad o t a r m e d i d a s m u l t i s s e t o r i a i s emult id iscip lina res que v isem à p romoção daq ualidade san itária dos a liment os nas esferas local,nacionale internacional.

    - Ga rant ir uma legislação e um sistema de controlee fiscalizaçã o eficiente pa ra q ue em to da s as eta pasda cadeia produtiva de al imentos sejam adotadasmed idas necessárias para q ue a população disponhade produt os seg urospa ra o consumo.

    - Estabelecer parcerias com setores de apoio aoseg ment o prod utivo e come rcial de aliment os comob jetivo de disseminar e a poiar a imple-ment açãoda legislação po r meio d e capa cita ções, orienta çõestécnicas e a ssessoriasa os estabe lecimentos.

    - Orienta r a população sob re os riscos relaciona dos àincorreta ma nipulaçã o e conser-vação dos a liment ose sobre as medidas e práticas de higiene q ue devem

    ser ad ota da sa f im de preveniressesriscos.- Ado ta r medida s de intervenção em situa ções quese caracterizem como de riscosiminentesà saúde.

    Governo

    Família

    Consideraçõese informações adicionais

    tem as relacionad os à prática de higiene e à corretamanipulação dos al imentos, conscien-t izando-ossobre sua responsabi lidade na pre-venção dasdoençastransmitidaspor alimentos.

    - Ao manipular os alimentos, siga as norma s bá sicasde higiene, na hora da compra, da preparação, daconservação e do consumo de alimen to s.

    Uma característ ica fundamental para aalimenta ção saudá vel é que o alimento consumidoseja seguro, o u melhor, nã o apresente perigosintrínsecos ou contaminação de natureza biológica,física o u química em níveis que comprometa m asaúd e d o consumidor. Os riscos de conta minação doalimento são inúmeros e o consumidor tem papelimportant e pa ra a prevenção desses riscos mediante

    a manipulação correta do alimento, seguindo asnormas básicas de h ig iene. Pa ra conhece r a sprincipais font es de conta minação d e aliment os, vejaos boxes

    A promoção da qual idade sani tár ia dosalimentos deve ser uma prioridade na agenda dasaúde pública, uma vez q ue a disponibilida de dealimentos seguros, além d e melhorar a saúde daspessoas e a produtividade de um país, é um direitobásico de cidadan ia . Segundo a Organ izaçãoMund ial da Saúd e (OMS), um terço da po pulaçã o depaíses desenvolvidos é acometida a cada ano pordoenças transmitidas por al imentos e possivel-ment e esse q uad ro é ma is dram át ico em pa íses em

    desenvolvimento.A importância dos microrga nismos estávinculada ao fa to de que e les estão amplamente

    Sabendo um pouco mais “As PrincipaisFontesde ContaminaçãodosAlimentos” e “OsCincoPontos-Chave da Organização Mundial da SaúdeparaaInocuidadedosAlimentos”,nestaseção.

    GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 100

    Sabendo um pouco mais

    AsPrincipaisFontes deContaminaçãodosAlimentos1)Pessoas

    Pessoa s com sinto ma s de do enças tran smitida s por a liment os (DTA) podem tran sporta rmicrorganismos perigo sos para um alimento durante sua manipulação. Até mesmo uma pessoa

    d á l d t iti i i d t í l t t d

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    2)Alimentoscrus ounãolavados

    3) Insetos, ratose animaisdomésticos

    4)Sujeira (pó, terrae outrosresíduos)

    5)Superfícies e utensílios

    6)Lixo e alimentosestragados

    saud ável pode transmitir esses microrga nismos ou q uand o a tua m como veículo, tra nsporta ndo essesag entes de um alimento contaminado para um alimento não conta minad o ou quand o são portad orassem a presenta r sintom a s a pa rente s (os porta do res a ssintom át icos). Nesses ca sos, os a limen to s pod emser contaminados q uando as pessoas os t ocam sem lavar a s mãos ou quando fa lam, tossem ouespirram sob re eles.

    Alguns aliment os crus podem apresentar o rga nismos perigo sos que são eliminado s qua ndocompletamente cozidos. Da mesma forma, os a limentos não lavados podem apresentar essesorga nismos que são removido s apó s eficiente lavag em; ent retan to esses aliment os, antes de pa ssarpelo cozimento ou lava gem , pod em conta minar direta ou indireta ment e um aliment o já preparad o.Um exemplo de cont a mina ção indireta é q ua nd o se cort a um fra ng o cru e, sem lava r a fa ca, utiliza-se amesma faca para corta r salsinha lavad a. Esse t ipo d e conta minação é d enominado contaminaçãocruzada.

    A á rea de p repa ro de a limentos é a t r a t iva pa ra os an ima is que , ao t e rem con ta todiretamente com os alimentos desprotegidos ou as superfícies com as quais o alimento entra emcontato, podem transmitir organismos prejudiciais à saúde. Entre os insetos, deve-se ter especialcuida do com a s formiga s, moscas e b ara ta s. Alguma s vezes é difícil identificar a presença d e rat os,devendo-se f icar atento aos sinais de sua presença, como alimentos ou embalagens roídos oupresença de fezes. Os animais domé sticos, por t ransportar o rga nismos prejudiciais à saúd e em seucorpo, pode m cont am inar o aliment o por meio do cont at o direto ou dos pêlosq ue solta m.

    Há vários org a nismo s perigo sos dispersos na sujeira, porta nt o, é impo rta nte ma nt er as á rea sde preparo d os aliment os limpas. Quand o se rea liza a varredura da área de preparo d o a liment o, apoeira é levantada e se espalha no ar, aumentando o risco de contaminação dos alimentos. Por isso éimporta nte m ant er os aliment os sempre proteg idos em suas emba lagen s ou em recipientes fechad oscom ta mpas q uando estiver varrendo ou l impando a casa, principalmente a cozinha e a mbientespróximosa e la.

    As superfícies q ue entram em conta to direto com os alimentos, como a ba ncada da cozinha, eos utensílios utilizado s no preparo d os alimentos, como fa cas, pa nelas, bacias e out ros vasilhames,podem ser fonte de contaminação quando sujos. Outro risco de contaminação ocorre quando assuperfícies e os utensílios que foram utilizados na manipulação de alimentos crus são utilizados emaliment os preparad os sem ter sido previament e lava dos. Uma fo nte clássica de cont am inação cruza dados a limentos é o pano, comumente u t ilizado em cozinhas e estabelecimentos que preparamalimentos.

    Os alimentos estragados devem ser descartados e os locais onde estavam armazenadossubmet idos a uma boa lavagem. O l ixo deve permanecer fechado com tampa e ser re t i radofreqüe ntem ente da área d e prepa ro dos alimentos. Após o ma nuseio do lixo, deve-se lava r as mã os.

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    DIRETRIZ 6 - GORDURAS, AÇÚCARES E SAL 103

    Sabendo um pouco mais

    OsCincoPontos-Chave daOrganizaçãoMundial daSaúdepara a Inocuidade dosalimentos

    1 Mantenhaa limpeza

    DIRETRIZ ESPECIAL 2 - Qualidade sanitária dos alimentos

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    1.Mantenhaa limpeza

    2.Separe alimentoscrus e cozidos

    3. Cozinhecompletamenteosalimentos

    4.Mantenhaosalimentosa temperaturasseguras

    5.Useáguae matérias-primasseguras

    Por quê? Os microrga nismos perigosos q ue causam doenças t ransmit idas poralimentos podem ser encontrados na terra, na água, nos animais e nas pessoas. Eles sãotransporta do s de uma parte a o utra po r meio da s mã os e dos utensílios, das roupas, dos pano s,

    da s esponjas e quaisquer outros elementos que não tenham sido lavado s de maneira adeq uadae um leve cont at o pode conta minar osa liment os.

    Por q uê? Os a limentos crus, especialmente carne, f rango e pescado, podem esta rcontaminados com microrganismos perigosos que podem transferir-se a outros alimentos,como comidas cozidas ou pronta s para o consumo, durant e o preparo dos alimentos ou durante

    a sua conserva ção .

    Por quê? A correta cocção mata quase todos os microrganismos perigosos. Estudosmostram que cozinhar os al imentos de f orma a que tod as as partes alcancem 70ºC garant e aseg urança desses aliment os para consumo. Existem a liment os, como peda ços gra ndes de carne,f rangos in t e iros ou ca rne moída , que requerem um especia l con t ro le da cocção . O

    reaq ueciment o a deq uad o elimina microrga nismos que po ssam ter se desenvolvido d urante aconservação dos alimentos.

    Por quê? Alguns microrganismos podem multiplicar-se muito rapida mente se oalimento é conservado à temperatura ambiente, pois eles necessitam de alimento, umidade,temperatura e tempo para se reproduzir. Abaixo de 5ºC e acima de 60°C o crescimento

    microbiano se faz lentamente ou pára. Alguns microrganismos patogênicos podem crescerainda em tem peratura s ab aixo de 5ºC.

    Por quê? As matérias-primas, incluindo a água, podem conter microrganismos eprod uto s q uímicos prejudicia is à saú de . É necessá rio t er cuida do na seleção de pro dut os crus eto ma r medida s preventivas q ue reduzem o risco, como lavag em e descasque.

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    Colocando as diretrizes

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    Colocando

    em prática

    as diretrizes

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    Colocandoasdiretrizes empráticaAs orientações deste guia têm origem no

    conhe cimen to cient ífico at ua l, expresso em u ma sériede relatórios de especialistas, produzidos pelasNações Unidas e por o utras a gê ncias internacionais,bem como pe los Ministérios da Saúd e d e diferentespaíses, nos últ imos dez ou mais anos. Elas são,p o r t a n t o , c ie n t i f i ca m e n t e f u n d a m e n t a d a s,

    recomendações do guia a l imentar e , ao mesmotempo , desfrutar d e refeições e lan ches sab orosos,utilizar melhor o dinheiro g asto em alimenta ção,

    divertir-se socialment e e a ument ar a oportunida depa ra uma vida sa udá vel, feliz e ativa.

    Essa s informa ções são pa ra to da a fa mília eprincipalmente para pessoas que planejam, fazemas compras e preparam as refeições. Por isso, nas

    107Colocando as diretrizes em prática

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    confiáve is e a tua is. Após o lha r pa ra todas a sdiretrizes, pode-se questionar: “ Por onde e comocomeçar?”

    Para alguns tipos e grupos de a liment os hám u it a d if e re n ça e n t re o q u e o s b ra sile iro sconsomem a tua lmente e o que recomen da o g uia. Ap o p u l a ç ã o e st á c o n su m i n d o m e n o s f e i jã o(leguminosas); o consumo de frutas, legumes everduras é muito baixo; o consumo de alimentosgo rdurosos, muito a çucara do s, refrigerant es e sucosindustrializad os aum ento u; o consumo de sal é alto;é comum o consumo de álcool; e também ocorreu

    uma redução nos níveis de atividade física, o queresultou em excesso de peso e obesidade no País.

    O ob je t ivo do Guia Alimenta r pa ra aPopulação Brasileira é contribuir para que essastend ências sejam revertidas. Os indivíduo s e gruposque segu irem essas o r ien tações e st a rão ma isp ro teg idos con t ra todos os t ipos de doençasrelacionadasà alimentação e darão a si própriosumaopo rtunidade de desfruta r uma vida longa e ativa.

    Da me sma fo rma , os profissiona is de saúd eq u e a d o t a r em e a p lica r em a s d ire t riz e s n a sorientações dad as às pessoas q ue a tendem em seutrabalho e incentivarem a população a selecionaralimentos e preparar a s refeições de ma neira ma issaudá vel esta rão da ndo uma contribuição valiosapa ra a sa úde pública .

    To d a s a s d ire t riz e s d e st e g u ia sã o

    importantes, mas aquela relacionada às frutas, aoslegumes e às verduras é possivelmente a maisim po rt a n t e d e t o d a s; ist o p o rq u e , a lé m d econtribuir para a varieda de da a liment açã o e ofertamais ad equa da de micronutrientes, o a umento noconsumo desses al imentos po de colab orar pa ra ar eo r ie n t a ç ã o o u d e slo ca m e n t o n o co n su m o ,promovendo a redução no consumo de alimentosinad equa dos, aqueles com alto teo r de go rdura, sale açúcares. Éum a substituiçã o positiva e grad ua l.

    Neste capítulo, estã o informações práticasdestinada s a facilita r q ue t odos possam seguir as

    recomendações práticas a seguir, usam-se muitasvezes frases como “ sirva uma grande porção dequa lquer veg eta l com folhas verdes a cad a refeiçãop rin cip a l” o u “ u se ó le o s in sa t u r a d o s p a r acozinha r” . Essa s informa ções são det a lham ent os da“ orientação para o s memb ros da fa mília” existent eem cada dire t r iz que , para reforçar conceitos,tam bém são repetidos aq ui.

    As pessoas que moram soz inhas e osmembros da fa mília q ue comem fora, em cantinasou restaurant es, bem como a s famílias que dividement re si a s respon sa bilida de s de pla nejar, compra r e

    cozinhar, podem “ traduzir” essas informações deforma a a da ptá -las à sua própria situação .São sugestõe s q ue da rão uma melhor idéia

    de como ad ot ar as diretrizes. São t am bém pont o depa rt ida pa ra que p ro f issiona is de saúde quetraba lham nas esferas estadua l, m unicipal e localpossam adaptar as recomendações e estendê-laspara as diferentes realidades de nosso país, bemcomo a os diferen te s tipos de fa mília com restriçõeseconômicas ou nã o, pequena s e grandes, urba nasou rura is e ta mbém à s pessoas com diferentesidades.

    - Consuma diariament e al imentos como cereaisinteg rais, feijõe s, frut a s, legum es e verduras, leite ederivad os e carnes ma gra s, aves ou peixes.- Diminua o consumo de f rituras e aliment os queco n t e nh a m e le va d a q u a n t id a d e d e a ç úca r es,gordurase sal.- Valorize a sua cultura alimentar e os alimentosregionais.- Saboreie refeições variadas, ricas em alimentosr e g i o n a i s sa u d á v e is e d i sp o n í v e is n a su a

    comunidade.- Escolha os al imentos mais saudáveis, lendo asinformaçõesnutricionaisnos rótulos dos alimentos.

    Diretriz 1Osalimentossaudáveise as refeições

    -Alimente a criança soment e com leite mat erno at éa idade de 6 meses e depois complemente comoutros alimentos, mantendo o leite materno até os2 anos ou mais.- Procure nos serviços de saúde or ientações arespeito da maneira correta de introduzir alimentoscomplementares e refe ições quando a criançacompletar 6 mesesd e vida .

    - Aliment os ou b ebida s colorido s ou a roma tizad osartificialmente são norma lmente m ás escolhas, porpossuirem muito açúcar e, em g eral, nenhum out ro

    nutriente.- Entre os alimentos processados, prefira aquelesnos q uais fo i u t ilizado secag em, fermentação,enga rrafa mento ou congelament o.- Escolha forma s de preparação de aliment os na sua

    l l d

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    - Nas refeições, mont e o seu prat o com pelo meno s

    doisterçosdos alimentos de origem vegeta l.- Fa ç a a s re f e içõ e s e m lo ca l a p ro p ria d o econfortável . Encontre oportunidades para que afa mília se reúna na h ora da ref eiçã o.- Aproveite o tem po e de sfrute as refeições. Elas sãoo centro da con vivência socia l e fa miliar.- Desligue a televisão na hora das refeições e comaas refeições em volta d a me sa - as crian ças ta mbém .

    Quando você come assist indo televisão, perde anoção de quantidade, não mastiga suficientementee, em geral, nem sab e o que está comendo .- Faça ao menos três refeições principais por dia,sempre que possível em casa.- Evite q ue a s criança s “ belisq uem” e substitua m asrefeições por fast food, biscoitos ou salgadinhos,comam na rua ou decidam sozinhas sobre suasrefeições. A criança deve a rticipar, na medida de suapossibilida de e com segurança , da decisão e elabo raçãodas refeições junto com um adulto, para que váconstruindo prát icas alimenta ressaudá veis.-Comece a refeição com uma q uant idade gra nde desalada, com folhas verdes e variedade de legumes,temperados com um molho de ervas frescas feitoem casa.- Beba m uita ág ua ent re as refeições. Sempre tenha

    ág ua em locais de f ácil acesso, principalmente da scrianças.- Os melhores lanches, entre as refeições, são frutasfrescasou sucosde frutasfrescassem açúcar ad iciona do.-Nosmercadose nosrestaurantespor quilo, escolhamuitas frutas, legum es e verduras e grão s em g eral(cereaise feijões).- Prefira os alimentos frescos. Se for possível, façacompras pelo menos duas vezes por semana dealimentos frescosda estação, que são ma is ba ratos enutritivos.

    E…ca sa q u e p re se rve m o va lo r n u tricio n a l d o salimentos. Cozinhar os alimentos no vapor ou empouca água ou óleo são os melhoresm éto dos.- M a n t e n h a o s a lim e n t o s a d e q u a d a m e n t econservados em refrigeração, quando for o caso, eprotegidosde insetos, poeira e animaiscaseiros.-Po r seg urança, lave, esfregue as fruta s, os leg umese à s verdura s. Hig ienize muito b em esses a limen to s,mesmo aq uelesq ue não são consumido s com casca.- Descar te a l imentos mofados ou com bolor oualimentos que pareçam estrag ad os ou que cheiremma l ou estejam com sab or estranh o.- G ra n d e p a r t e d o s ce re a i s i n d u st r ia l iz a d o sdestinados à refeição mat inal são, q uase sempre,fe i tos com milho ref inado, t r igo ou ar roz , comquantidades variáveis de açúcar adicional, sal eoutros ingredientes e, muitas vezes, fort if icadoscom vitaminas e minera is. Leia a informaçãonutricional no rótulo dos produto s e prefira aq uelesin teg ra i s e com menor quan t idade de açúca r egordura.- Evite usar margarina, manteiga ou maionese nossanduíches. Para substituir, experimente um poucode óleo vegeta l temperado com ervas , casca delimã o ou a lho. Você mesmo pode t emperar o ó leo,em casa.

    - Coma diariamente. Dê preferência

    aosgrãosintegrais.

    - Preencha ma is da meta de do seu prato com essesalimentos, ricosem am ido, na srefeiçõesprincipais.- Procure consumir aliment os na sua forma nat ural.Quanto mais próximo o alimento ou bebida for dasua forma original na nat ureza, melhorpa ra a saúde.

    6 porções do grupo do arroz,pães, massas, tubérculos e raízes

    Diretriz2Cereais, tubérculose raízes

    E…

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    arroz, e nsopado s, mo lhos. As vitaminas e mineraisdiluído s são rea proveita do s.- Não uti lize bicarbona to de sódio pa ra d eixar o svege ta i s ma i s ve rdes. Esse composto dest ró ialgumasvitaminas.- Use muito tomate, pimentão e cebola frescos,cozido s ou como mo lhos.- Redescubra o valor e o sabor das sopas. Um pratog d d d g t i ld b g

    Diretriz4Feijões e outros alimentos vegetais ricos emproteínas- . Va rie os t ipos defeijõe s usado s (preto , ca rioq uinha , verde, de -corda ,b ranco e ou t ros) e a s fo rmas de p repa ro . Usetambém outrostiposde leguminosas(soja, grão-de-bico, ervilha seca, lentilha, fava).

    Coma 1 porção de feijão por dia

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    gra nde d e sopa de veget ais, com caldo bem g rosso,p o d e se r c o n s i d e r a d o u m a r e f e iç ã o ,complementa da por salad a e fruta .

    - Conheça novos sabores; experimente f ru tas,legumes e verduras brasileiras de cad a época do anoe experimente nova s receitas com esses alimentos.- Ao u t i li z a r f r u t a s, l e g u m e s e v e rd u r a sind us t r i a l i za d o s , d ê p re f e rê nc ia à q ue le sconservados no próprio suco, ág ua ou vinagre .Fique a tento: leia no rótulo a qua ntidade d e sal eaçúcar e escolha os que têm menor teor dessescomponentes.

    - Co m a f ru t a s f re sca s n o ca f é d a m a n hã , n a srefe ições principais, como sobremesa , ou noslanches, ent re a s principaisref eiçõe s.- Sempre que possível, dê frutas frescas às criançastodo s os dias para levar para a escola. Para variart ambém podem se r usadas f ru ta s secas, comobanana , abacaxi e ou t ra s d ispon íve is. P re f iraaquelas que foram feitas sem açúcar adicionado.Procure essa info rma ção na lista de ingred ientes norótulo dosalimentos.- Sucos de fruta feitos na hora são os melhores. Apolpa congelada perde alguns nutrientes, mas éuma opção melhor do que sucos a r t if icia is ourefrigerantes.- Sempre q ue possível, ofereça suco nat ural def ru ta s va r iadas todas a s manhãs pa ra todas a spessoa s da f a mília e nã o ad icione açúcar. Se precisa r

    adicionar um líquido, prefira suco de laranja ouág ua de coco.- Se vo cê t e m u m q u in t a l o u q u a lq u e r lu g a rad equa do, faça uma horta, plant e frutas, legumes,verduras e ervas (manjericão, oréga no, sa lsa ,cebolinha , coentro) para a fa mília e a migos. Alémdos benef ícios aliment ares, pod e ser uma font e delazer e moviment o.-Dê cesta s de fruta s e não boloso u chocolates comopresentes. Esta é uma m a neira simpá tica e diferent ede contribuir para uma vida ma is saud ável de tod asas pessoa sa q uem você que r bem.

    E...

    -Coma f eijão com a rroz na proporção de uma pa rtede fei jão para duas pa rtes de arroz cozidos. Esseprato brasileiro é uma combinação completa de

    proteínas e bom para a saúde.

    - O prato fa vorito e típico do Brasil arroz e feijão éuma excelente combinação e escolha. Adote-ocomo ba se de sua alimenta ção.- O fe i jão deve ser preparado com quant idadespequenas de gordura , preferencia lmente ó leos

    vegetais.- Não use a á gua em q ue o feijão ficou de remo lhopara cozinhá-lo.- Feijoa da e out ros prat os feitos com f eijão e carnesgordas, embut idos, toucinho e out ros t ipos decarnes têm a lto teor de g ordura saturad a e de sal, oq u e n ã o é sa u dá ve l; co n su ma e sse t ip o d epreparação ocasionalmente.- Acrescen te f e ijão , e rv ilha ou len t ilha aosensopadose cozidos.- Acrescente feijões, oleag inosas (casta nha s, nozes,amendoim) e sementes às saladas para torná-lasmaisnutritivas.- As sementes (de girassol , gergelim, abóbora eout ras)e casta nha s (do -bra sil, de-ca ju, noz es, noz es-p e cã , a m ê n d o a s e o u t ra s) sã o f o n t e scomplementares de proteínas e gorduras de boa

    qual idade. Se possível, consuma-as com maisfreqüê ncia. Utilize-as como ingrediente d e salada s,sopa s, no iogurte, salada de f rutas, molhos, pães ebolos.- Tenha sempre em casa uma q uant idade d e feijõese lentilhas secos e sementes (girassol, abóbora). Sefor possível, tenha ta mbém casta nha se no zes.- No s re st a u ra n t es p or q u ilo ( ) e ca n t in a sin icie a montagem do seu p ra to pe la s sa ladas(verduras e legumes) e feijões. Tempere a salad acom pequena quantidade de azeite ou limão. Evite

    self-service

    servir-se de fr ituras, salga dinhos, empana dos,molhos brancos e molhos à ba se de ma ionese ou dequeijo.

    - Pa ra o lanche d a s criança s, nas viag ens ou se sent irfome ent re as refe ições, uma boa a l ternat iva écomer um pouco de nozes, castanhas ou sementes(oleaginosas) sem sal, ou frutas secas sem açúcaradicionado.

    - Não existem diferenças importantes no valornutritivo de carnes denom inada s “ de primeira” ou“ de segunda” . O que é importante é optar por

    aq uelescortescom menor teor de gordura.- P re f ira ca r ne s, p eixe s o u a v es a ssa d o s o upreparado scom pouca gordura.- Prepare a s carnes com po uco sal e evite o uso d etemperosprontosque são ricosem sódio.

    E i d d i

    111Colocando as diretrizes em prática

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    - . Os a dultos, sempreq ue po ssível, devem e scolher leite e d erivad os comm e n o re s q u a n t id a d e s d e g o r d u ra s. Cria n ça s,adolescentes e mulheres gestantes devem consumirleite e derivado s na fo rma integra l.- . Pref ira a scarnes magras e re t i re toda a gordura aparenteantesda preparação.-Coma maisfrango e peixe e sempre prefira carne comba ixo teor de go rdura. Osderivado sd e carne (charque,salsicha, lingüiça, presuntos e outros embutidos)contêm, em gera l,excesso de go rdurase sal e devem serconsumidosocasionalmente.- Coma pelo menos uma vez por semana vísceras emiúdos, como o fígado bovino, coração de galinha,entre out ros. Essas carnes são excelente fon te d e ferro,nutriente essencial para e vita r anemia, em especial emcrianças,jovens, idosos e mulheresem idade fértil.

    -Carne fresca de aves e peixes é sempre melho r.- Procure com er peixe fresco pelo me no s dua s vezespor sema na . Ta nt o o s peixes de rio com o d e ma r sã osaudáveis.- Desca r t e, an te s de p repa ra r, t oda a go rduraapa rente da scarnese a pele das aves.- Cada t ipo de corte de carne possui diferentesqua ntidades de energia e g ordura. Prefira a queles demenores valores. Por exemplo, a cada 100g: acém(121kcal, 4,3g de gordura total); contrafilé (192kcal,12,8g de gordura total); patinho (118kcal, 4,02g de

    go rdura tota l); coxa de frango (161kcal, 9,32g dego rdura tot al); peito sem pele (110kcal, 1,84g degordura total).

    3 porções de leite e derivados

    1 porção de carnes, peixes ou ovos

    Diretriz5Leitee derivados, carnese ovos

    E…

    Consumadiariamente:

    - Ev it e p rodu tos com ca rne p rocessada t ipoham búrgueres e salsicha s, que g eralmente t êm a ltaporcentagem de gordura e de sa l . Consulte as

    informações nutricionais dos rótulos de alimentos(gordura total , gordura saturada) para ajudá-lo ase leciona r a l imen tos com menores t eo res degorduras e sódio.- Coma somente ocasionalmente a l imentos deorigem animal curad os, defumado s, g relhado s ouchurrasco.- Quand o fizer um churrasco, ofe reça f rang o, peixe

    grelhado , acompanha dos de salad as e frutas comoopção.- Prefira iog urtes desna ta dos e q ueijos com poucago rdura . Em ge ral os q ueijos brancos, com o a ricot ae o m inas frescal, possuem men os go rdura. Consulteos rótulos nutricionais e escolha os produtos commenosgordura e sódio.- Iogurte desnatado temperado com ervas, comomanjericão, salsa, tomilho e coentro frescos, é umaexce len te opção pa ra sandu íches e molho desalada s em substi tuição à maionese, ma nteiga oumargarina.- Os ovos são nu t rit ivos. P re f ir a -os coz idos,escaldad os, mexido s ou como o melete, preparad oscom pouco ou nen hum óleo.- Dois a três copo s de leite po r dia contribuem pa raum a dulto a tingir suas recomen da ções de cálcio. Oiogurte pode ser ta mbém uma o pção pa ra ga rantiro fo rnecimen to d e cálcio. Prefira os caseiros.- Crian ças, ad olescentes, gesta ntes e idosos d evemconsumir mais lei te e derivados, para atender àssuas necessidade s de cálcio.- Caso você ou sua família adote uma alimentaçãoque nã o contenha nenhum t ipo de carne, ovos ouleite e derivad os, procure no s serviços de saúd e aorienta ção de nutricionista para assegura r-se d eque sua alimentação seja saudável.

    Diretriz6Gorduras,açúcarese sal- Re d uz a o co n su mo d e a lim e nt o s e b e bid a sconcentrado s em g orduras, açúcar e sal. Consulte atabela de informação nutricional dos rótulos dosalimentos e compare-os para a juda r na escolha dealimentos mais saudá veis. Escolha aq ueles commeno respercentua isde g orduras, açúcar e sód io.

    duran te um mês. Se você usa ma is que e ssaquan t idade por mês, t en te r eduz ir o ó leo daspreparações até que o consumo de ó leo at inja e ssaquant idade.- O a z eit e d e o liva é u ma ó t im a o pçã o ,principalment e para tem perar salad as. Ésabo roso enutrit ivo. Observe no rótulo do produto se ele épuro, poismuitos são a diciona dos de outros tipos deól l d bé

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    E...

    - Use p eq u e na s q u a n tid a d e s d e ó le o ve g et a lquando cozinhar. Prefira formas de preparo queutilizam pouca quantidade de óleo, como assados,cozido s, ensopa do s, g relhad os. Evite fritura s.

    Consuma

    Consuma

    - Reduza a quant idade de sa l nas preparações eevite o uso do saleiro na me sa. A q uant idad e de salpor dia d eve ser,

    , distr ibuída em todas as preparaçõesconsumidas durant e o dia.- Valorize o sab or nat ural do s alimentos, reduzindoo a çúca r ou o sal ad iciona do a eles. Acentu e o sa bo rde a limen to s cozido s e crus utiliza nd o erva s fresca sou secas ou suco de fruta s como tempero.- Utilize some nte sal iod ad o. Não use sal destinadoao consumo de animais. Ele é prejudicial à saúdehumana.

    - Quanto menos gordura, gordura saturada, sal eaçúcar você consumir, melhor para sua saúd e.- Leia o s rótulos dos a limentos. Evite alimentos comalto teor de gordura total, de gordura saturada,

    go rdura trans,d e sód io (sal)o u de açúcar.- Lembre-se: você pode estran har o sab or inicial, masdepois de um tempo você irá preferir o sabor dosalimentos preparado scom pouca gordura, sal e açúcar.Dê o tempo necessário para o seu palad ar se acostumara isso.Seja persistente.Sua saúde agradece.-Os óleos vegetais são melhor escolha que a ma nteigaou ma rga rina. Use-os para cozinhar. Escolha entre os

    de canola,milho,algodão,girassolousoja.- Uma lata de 900ml é suficiente para o preparo dea limentos de uma família de qua t ro pessoas,

    - não mais que 1 porção por dia de óleosvegetais,azeiteoumargarinasemácidosgraxostrans.- não mais que 1 porção do grupo dosaçúcaresedocespordia.

    nomáximo, uma colherdechá rasapor pessoa

    óleo vegetal. Use-o com moderação, pois tambémtem alto teo r de energia.- Use ervas ou temperos e nã o sal , para tornar o salimentos ma is sab orosos. Evite tempe ros prontosq ue cont êm alta concentração d e sal.- Man tenha os molhos de sa ladas e molhos dealimentos separad os d as prepa rações. Acrescente-o s a pe na s q ua nd o m on ta r o se u pra t o, e mqua ntidade pequena , apenas para realçar o sab or.- Evite consumir al imentos industrial izad os queco n tê m a lt o s t e ore s d e sa l, co m o e m bu tid o s( sa l s icha s , l i ng ü iça s , s a l a me s , p re sun t o s ,mortadela), queijos, conservas de vegetais, sopas,molhos e temperos prontos. Além disso, algunsgera lmente têm alto teor de go rdura.-Cozinhar com muito óleo e fritar tornam q ualque ra lim en t o rico e m g o rd u ra s e , p o rt a n t o, n ã o -saudável.- Se for consumir, prefira os salgad inhos assad os et ambém aque les que não são p repa rados comgordura vegeta l h idrogenada (veja na lista deingredientes no ró tulo). Somente os consumao ca sio n a lm e nt e . At e n çã o co m o s f o lh a d o s eempadinhas de massa “ podre” , que são assado s,mas ta mbém ricosem gorduras.- Evite bo los, biscoito s do ces, sob remesas e docescomo regra da al imentação. Coma-os menos quetrês vezes por semana. Prefira aqueles preparadosem casa, com ó leosveg eta is.- Refrigerantes, bebidas industrializadas, doces eprodutos de confe itar ia contêm muito açúcar efavorecem o aparecimento de cár ies, a lém desobrepeso e ob esida de , e nã o são nut ritivos. Evite oconsumo diár io desses produtos e explique àscria nças e ao s a do lescente s q ue esses a limen to s nã osão saudá veis, podendo ser consumidos apena seventualmente, em ocasiõesespeciais.

    - Quand o consumir qua lquer tipo de a liment o comaçúcar, escove os dentes imediatamente depois.Essa prática é particularmente importante para ascrianças, para a prevenção de ocorrência da cáriedental .- Procure não adicionar açúcar ao café ou a outrasbebidas. Em caso de dificuldade, faça uma reduçãoprogressiva. Após um tempo seu palad ar se ad apt ará

    b bid g l t ã g t lh

    recipientes limpos, devidamente protegidos do ar edo conta to com inseto s.-Ma ntenh a sempre disponível uma g arrafa de ág uano seu ambiente de trab alho.-Leve consigo á gua eng arrafad a nas viag ens e bebamuita água .-Qu a ndo consumir beb ida s a lcoó licas, lemb re-se deque deve ta mbém beber muita á gua .

    O f ig t i d t i l i d ã

    113Colocando as diretrizes em prática

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    e asb ebidasem geral terão um gosto melhor.- D i m in u a p ro g r e ssiv a m e n t e o co n su m o d er e f r ig e r a n t e s ; a m a i o r ia c o n t é m c o r a n t e s ,a romat izan tes, açúca r ou edu lco ran tes. Sucosindust r ia l izados também são r icos em açúcar.Consuma-os moderadamente, diluídos com águaou escolha os diet ou light .- Evit e a limentos engarra fados, en la t ados ouempacota dos com a dição de a çúcar ou sal ou q uecon têm muita go rdura ou ó leos h id rogenados(gordurastrans).

    -Use ág ua trat ad a ou fervida e filtrad a para beb er epara preparar refeições e sucoso u out ras beb idas.- Beba pelo m eno s dois litros (seis a o ito cop os) deág ua por dia. Dê preferência ao consumo de ág ua

    nosintervalosdasrefeições.-Of ereça á gua para a s crianças e ido sos ao longo d et o d o o d ia . Ele s p re cisa m se r e st im u la d o sat ivam ente a ing erir ág ua.

    - Beba ág ua de boa q ualidad e, trata da ou fervida efi l trada, entre as refeições, ou sucos naturais de

    fruta ssem adição de açúcar.- A ág ua usada pa ra p repa ra r os a limentos ouhigienizá-los deve merecer o mesmo cuidado daág ua para beber.- U se se m p r e u m f i lt r o . P r o c u re l im p a rfreqüentemente o filtro, principalmente se for dotipo que usa vela que pode ser substituída. Fiqueat endo ao prazo de validade da s velas.

    - Se não for possível ter um filtro de á gua em casa,mantenha a água a ser u t i l izada na cozinha em

    Diretriz7Água

    E...

    - Os refrigerantes e sucos industrial izado s nãodevem ser considera do s como á g ua , pois esses tiposde bebidas contêm muita caloria.- Não consuma mais do que duas a três xícaras decafé por dia. Você pode substi tuí-lo por chás dediferen tes ervas frescas sem a çúca r. O caf é de ve serevitado por crianças, adolescentes e idosos, alémda s pessoa s q ue têm dificuldade de dormir.

    - Torne o seu dia-a-dia e seu lazer mais a t ivos.Acumule pelo me no s 30 minuto s de a tivida de físicatodososdias .- Procure os serviços de saúde para ser orientadosob re aliment ação saud ável e at ividade f ísica.- Movimente-se. Descubra um tipo de at ivida defísica ag radável. O prazer é tamb ém funda menta l

    para a saúde. Caminhe, dance, ande de bicicleta,jog ue bola, brinque com a s crianças.- Aproveite o espaço doméstico e espaços públicospróximos a sua casa para se movimentar. Convidevizinhose amigospara acompanhá-lo.

    - Moviment e-se. Procure uma a tivida de f ísica q ue

    lhe dê praz er.- Caminhe em ritmo acelerado para o trabalho ou,pelo meno s, caminhe dura nte pa rte do percurso.- O trabalho de casa é f isicamente at ivo. Faça afa mília colab orar.- Faça intervalos durante o dia para uma rápidacaminhada . Cada dez minutos contam.- Suba e desça escad as em casa e no traba lho.

    - O ciclismo é tã o bom q uant o a caminhad a. Peda lenos finaisd e semana .

    DiretrizEspecial1Atividadefísica

    E…

    - Da nce com o(a) seu(ua) com pa nheiro(a) ou da ncesozinho(a)quando sentir vontade.- Pa rt icipe de um clube, academia ou au la deginástica em que você desfrute de companhia e delazer at ivo.-Corrida, ciclismo, natação e academiassão escolhaspara exercícios vigo rosos; jog os de eq uipe como ofutebol, voleibol, ba squeteb ol e tênis são ta mbémexcelent es fo rma s de exercício físico

    qua ndo necessário, de touca, luvas, máscara deproteção e botas. A vestimenta deve estar limpa econservada.- Os produtos devem estar acondicionados emprat eleiras l impas, orga nizad as e nunca sobre opiso. Os alimentos congelad os e refrigerado s devemestar a rmazenad os sob t emperatura recomenda dapelo fa bricante .

    Certifique se da qua lida de dos produto s

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    excelent es fo rma s de exercício físico.- Certifique-se de que as crianças na família têmtempo para f az er esportes e jog os. Brinq ue com elase fa ça-as descobrir e ad ot ar a s brincadeiras de suainfância, feitas preferencialment e a o ar livre: pularcorda, escond e-esconde, subir em árvores, brincarem parquinhos não-eletrônicos, pega-pega, cabra-cega , jog ar bo la, q ueimada , ama relinha. Elas vão sedivertir e você ta mb ém.- Diminua o t empo em f ren te ao t e leviso r ecomputador nassuashoras de lazer.- Se você tem algum histó rico de do ença cardíaca,ou se você t em mais de 50 a nos, é p ruden tesubmeter-se a um exame médico antes de iniciarqualquer esporte ou atividade física.- Verifique, nos serviços de saúd e, o seu peso e amedida da cintura regularmente. Essas informaçõessão importantespara a saúde.

    - Ao ma nipular os alimentos, siga as norma s bá sicasde higiene na hora da compra, da preparação, daconservação e do consumo de alimen to s.

    .

    - Verifique se o supermercado ou estabelecimentocomercia l ap resen ta adeq uadas cond ições deco n se r va ç ã o d o s a l im e n t o s o f e r e cid o s. P a r aescolher esses estabelecimentos, não utilize apenascritérios como a pro ximida de d o d om icílio e o preçodos p rodu tos; ve rif ique t ambém a limpeza eorganização do ambiente.

    - Os at enden tes e ma nipulad ores devem estar comvestimenta adequada à at ividade que exercem e,

    DiretrizEspecial2Qualidadesanitáriadosalimentos

    E..

    Nomomentodacompra

    - Certifique -se da qua lida de dos produto s.-Verifique os selosd e inspeção, o praz o de va lida de,a ident i f icação do fabr icante e as condições daembalagem.- Observe a emba lag em do produto: ela nã o deveestar v io lada ou rasga da. No caso da s la ta s, nã ocompre nem ut i l ize aquelas com ferrugem, queestiverem amassadas, estufadas ou com qualqueroutra al teração .- Nos produtos não emba lad os ou acondicionad ose m e m b a la g e n s t ra n sp a re n t es q u e p e rm it e mvisualizar seu conteúdo, observe se os alimentosapresentam alteração na cor, na consistência, noaspecto e se há presença de matériasestranhas.- Siga a ordem correta de compra dos a limentos:primeiro, os produto s nã o-comestíveis, como ut ensíliose materiais de limpeza; segundo, os alimentos não-perecíveis e depois o s perecíveis (carnes e outrosproduto s conservad os sob refrigera ção). Orga nize-separa que o tempo entre a compra dos al imentosperecíveis e seu armazena mento no domicílio nãoultrapa sse duas horas.- Carnes pré-emb alad as e conge lada s, encontrad asn o rm a l me n t e e m su p er me rca d o s, d e ve m se rmantidas em balcão ou câmara frigorífica. Freezerou b alcão frigo ríf ico fora da temperatura correta ,ou quando des l igados à noi te , formam água nochão , o que ind ica que os p rodu tos não fo ramconservados em tem peratura idea l.-Os alimen to s cong elad os devem esta r firmes e semsinais de descongelamento , como acúmulo delíquido.-No ca so de carnes e aves, verifiq ue se a emba lag emnão está gotejando. No caso de ovos, confira se nãoestão q uebrados ou rachado s.- Produtos de origem animal embalados somentedevem ser comprados com o selo do Serviço de

    Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimen to , ou do se rviço deinspeção esta dua l ou municipal.

    - Ao escolher peixes, ob serve se possuem pe le firme,bem aderida, úmida e sem a presença de manchas.Os olhos devem ser br ilhantes e sa l ientes. Asescam as devem esta r unidas e forte ment e ad erida sà pele e brilha ntes. As brânq uias (guelras) devempossuir cor em to ns q ue variam do rosa ao verme lho

    o mesmo pa no d e prato usad o pa ra secar utensíliospara secar as mão s. Os pano s de pra to , pano s de piae esponjasdevem ser trocadosfreqüentemente.-Caso retire pequenas porções para experimentar oalimento que está sendo preparado , lave a colherou outro utensílio que usou antes de utilizá-lonovamente.- Cozinhe bem os a liment os, especialment e ca rne,aves ovos e peixes No caso de carnes e aves para

    115Colocando as diretrizes em prática

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    possuir cor em to ns q ue variam do rosa ao verme lhointenso, ser brilha nte s e sem viscosida de .- No transporte dos alimentos, evite colocá-los emlocais quentes, como, por exemplo, próximos aomot or do carro ou expostos ao sol.- Guarde os alimentos perecíveis na geladeira oufreezer o mais rápido possível, q uando chegar a odomicílio.

    - As mãos devem sempre ser lavadas com ág ua esab ão ant es do início da prepara ção do s aliment os.As unha s devem estar curtas e limpas.- Lave as mã os ant es de manipular os al imentos eapós ir ao banheiro, limpar o nariz, fuma r, mexercom dinheiro, a tend er ao telefone, carrega r o lixo eoutras a t ivida des. Tamb ém se lembre de lavar asm ã o s a p ó s m a n ip u la r a l i m e n t o s cr u s ,principalmente se for manusear a l imentos jáprontos.- O lo ca l d e p re pa ro e a rm a ze na m en to d o sa l im e n t o s (c o z i n h a , d e s p e n sa , b a n c a d a s eeq uipam ento s) devem ser mant idos sempre limpose orga nizad os.- As superfícies que entrem em contato com osalimentos, como bancadas de cozinhas, devem sermant idas em bom estado de conservação, semrachaduras, tr incas e outros defeitos que f avoreç