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GUIA PARA TRABALHO DE CAMPO
ESPAÇO COTIDIANO (MORADIA E AMBIENTE URBANO) DE VILAS E FAVELAS
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Este trabalho de campo tem o objetivo
de identificar:
• procedimentos e técnicas utilizados na construção das moradias e do ambiente urbano de vilas e favelas
• defeitos e problemas de moradias e ambiente urbano
• principais dificuldades enfrentadas pelos seus moradores, individual e coletivamente, na construção e manutenção das moradias e espaços cotidianos
GUIA PARA TRABALHO DE CAMPOESPAÇO COTIDIANO (MORADIA E AMBIENTE URBANO)
DE VILAS E FAVELAS
GUIA PARA TRABALHO DE CAMPO
ESPAÇO COTIDIANO (MORADIA E AMBIENTE URBANO) DE VILAS E FAVELAS
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INSTRUÇÕES GERAIS
O trabalho de campo tem dois focos simultâneos: a moradia em si e o ambiente urbano. Para articular as duas coisas, a ideia é realizar (1) conversas estruturadas (com uma família de cada vez); (2) discussões coletivas (com o grupo de vizinhos ao qual pertencem as famílias) e (3) produzir relatos das conversas e discussões.
O trabalho de campo é feito em dupla, porque duas pessoas observam mais do que uma, se lembram de mais coisas e não incomodam tanto. É importante que os envolvidos (moradores e pesquisadores) se sintam razoavelmente bem acomodados durante o trabalho, pois assim poupamos constrangimentos e cansaço. Cada pesquisador, portanto, terá uma função. Um deles será o chamado “Entrevistador” e o outro será o “Ajudante”. É o Ajudante quem irá filmar, gravar, fotografar, anotar e ajudar o Entrevistador a não se esquecer de nenhum assunto. O Entrevistador se encarregará exclusivamente de conduzir a conversa e ouvir os moradores atentamente.
INSTRUÇÕES
GERAIS
CONVERSA
INDIVIDUAL
DISCUSSÃO
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RELATO DA CONVERSA
INDIVIDUal
RELATO DA discussão
coletiva
LISTA DE
ASSUNTOS
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As conversas estruturadas e discussões coletivas não são entrevistas, com perguntas e respostas. O objetivo é estabelecer uma conversa informal e solta com os moradores. Já o relatório é digitalizado e contém desenhos, fotos, vídeos e áudios como referências. A elaboração do relatório é realizada pela mesma dupla que visitou o local.
INSTRUÇÕES
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CONVERSA
INDIVIDUAL
DISCUSSÃO
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RELATO DA CONVERSA
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RELATO DA discussão
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ASSUNTOS
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INSTRUÇÕES PARA A CONVERSA ESTRUTURADA INDIVIDUAL
As instruções podem parecer muito formais ou autoritárias, mas são lembretes úteis e sugestões. Não devem ser seguidas como um protocolo rígido.
1 | O primeiro contato
É realizado por telefone ou pessoalmente. Geralmente os contatos vêm de pessoas conhecidas de outras pesquisas. Há ocasiões nas quais telefonemas serão suficientes para agendar os encontros. Em outras, será necessário fazer uma visita informal na área e a partir disso conhecer e convidar moradores a participarem da pesquisa.
• Apresentar-se e explicar qual é objetivo da pesquisa;
• Enfatizar que universidade não é prefeitura, nem governo, ou fiscalização; C
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• Perguntar se as pessoas da casa concordariam em ser entrevistadas (com gravação de áudio e algumas filmagens) e se permitiriam que fossem feitos desenhos e tiradas fotos;
• Explicar que a conversa demora cerca de uma hora e que vão estar presentes dois pesquisadores;
• Marcar o dia da conversa, enfatizando que ela deve acontecer no dia em que for melhor para a pessoa. Combinar de ligar um dia antes para confirmar horário e ponto de encontro;
• Anotar o número de telefone do morador e deixar os nossos;
• Combinar um ponto de encontro próximo à casa da pessoa. Perguntar, anotar e compreender como se chega até lá. Se for o caso, pedir a um dos moradores que faça o favor de buscar os pesquisadores.
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2 | Preparando-se para a conversa
• Preparar com antecedência: equipamentos - filmadora, câmera fotográfica e gravador de áudio (todos já carregados), cabos de energia; material para escrita e desenho – prancheta, papéis, lápis, borracha, trena; impressões – mapa do local extraído do Google Earth, dois guias (um para cada pesquisador) e o Termo de Cessão de Direito de Uso da Imagem e do Áudio;
• Levar dinheiro trocado, não levar documentos, carteira, nem objetos de valor;
• Vestir-se adequadamente buscando chamar o mínimo de atenção;
• Um dia antes, telefonar para os moradores confirmando o horário e ponto de encontro;
• Calcular bem o tempo do deslocamento, evitando chegar com muita antecedência ou se atrasar;
• Combinar quem vai ser o Entrevistador e quem vai ser o Ajudante;
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• Estudar a lista de temas e questionamentos. O Entrevistador deverá ter total domínio dos temas a serem abordados, para que possa conduzir a conversa de uma maneira natural, estabelecendo links por meio da fala dos moradores e principalmente, consultando o mínimo possível a lista de temas. O Ajudante terá a lista em mãos e deve consultá-la abertamente enquanto toma nota dos aspectos mais relevantes da conversa.
3 | Chegando no local
Ao chegar ao local, a primeira coisa a fazer é o levantamento básico do ambiente urbano, que deve ser feito pelo Ajudante. O ideal é que o Entrevistador se concentre na fala do morador, mesmo antes de começar a conversa propriamente dita.
• Antes de iniciar a conversa, compreender o ambiente urbano da casa, fazendo anotações, desenhos e fotografias;
• Identificar a localização do local no mapa do Google Earth;
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• Desenhar o ambiente urbano da moradia (uma espécie de mapa de situação), procurando mostrar o percurso das águas, acessos, tipo de rua ou espaço público nas imediações, vegetação, instalações da Cemig, gatos, o que parece ter sido autoproduzido e o que parece ter sido feito pela prefeitura, onde há lixo ou esgoto a céu aberto, relação física da moradia com as construções vizinhas, qualidades ou defeitos percebidos nesse ambiente todo (inclusive sob o ponto de vista geotécnico).
4 | Armando a cena
• Se alguém oferecer café, lanche etc, agradecer e explicar que acabaram de comer, mas que aceitariam um copo d’água. Assim, não damos trabalho, nem fica parecendo que estamos receosos;
• Confirmar se podemos gravar a conversa e fazer algumas filmagens;
• Convidar outras pessoas da casa a participar;
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• Pedir para dar uma olhada geral na casa (sem fotografar nem filmar) antes de começar a conversa propriamente dita. Este é um bom momento para o Ajudante fazer um desenho básico da moradia, que auxiliará numa posterior coleta de dados;
• Escolher juntamente com os moradores um local para acontecer a conversa, de preferência sem barulhos periféricos. Explicar que os barulhos podem estragar a gravação do áudio;
• Posicionar bem o gravador, evitando ficar distante da fala das pessoas;
• Na hora das filmagens, firmar bem a câmera, tomando cuidado para que fique com um bom enquadramento, sem ofuscamento, contextualizando o assunto do momento.
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5 | A conversa estruturada propriamente dita
Estes lembretes são sobretudo para o Entrevistador, que é quem conduzirá a conversa.
• Não é preciso seguir a ordem dos temas. O ideal é deixar o morador falar livremente fazendo poucas interferências. Se em algum momento a pessoa não tomar a iniciativa de falar, fazer perguntas, de preferência fazendo links com tópicos antes mencionados por ela;
• O morador jamais deve ter a impressão de que o Entrevistador está prestando mais atenção em algum papel do que nele. Para isso, lembrar-se de que o Entrevistador deverá ter total domínio dos temas a serem abordados;
• Ouvir atentamente e demonstrar interesse por tudo o que a pessoa disser. Nunca fazer cara de reprovação, mas também não mostrar entusiasmo ou grande aprovação, para não induzir respostas;
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• Evitar explicar demais as perguntas e falar demais. Utilize-se dos termos usados pelo morador;
• Ter calma. Esperar a pessoa fechar seu raciocínio para fazer algum questionamento. No entanto, se o morador desviar para algum assunto que não tem nada a ver com o objetivo da conversa, interferir cuidadosamente e trazê-lo de volta para o tema. Um exemplo, se o morador diz: “Pois é, quando construímos essa casa meu marido trabalhava numa oficina... Aí o dono da oficina fez…” e parte para relatos sem nenhuma relação com o nosso assunto, podemos voltar a algum ponto antes mencionado que de fato interessa: “A senhora disse que seu marido trabalhava na oficina, mas ele já tinha trabalhado em construção antes disso?”;
• Se alguma palavra, termo ou assunto mencionado despertar curiosidade ou não for compreendido, peça mais detalhes. Se o morador utilizar-se de termos abstratos (claro, ruim, bom, bonito), esclarecer imediatamente o seu significado. Se houver necessidade, peça
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exemplos de situações concretas: “O que é ruim?”; “Este cômodo é bom?”;
• Evitar usar termos abstratos ou muito técnicos;
• O Ajudante checa se todos os itens foram abordados ao longo da conversa. Caso contrário, ele se manifesta no final e faz alguma pergunta complementar.
6 | Concluindo
• Perguntar se as fotografias podem ser tiradas e se os desenhos da casa podem ser feitos imediatamente ou em outro dia;
• Perguntar se a pessoa toparia participar de uma entrevista juntamente com os vizinhos;
• Perguntar se o morador pode nos apresentar mais alguém (de preferência algum vizinho) para a conversa estruturada individual e também para a discussão coletiva. Talvez essa apresentação possa acontecer na hora;
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• Perguntar quando podemos levar o DVD com todo o material;
• Colher a assinatura do Termo de Cessão de Direito de Uso da Imagem e do Áudio, explicando do que se trata o documento.
7 | Fazendo o levantamento
• Elaborar os desenhos da casa de maneira clara, se possível utilizando cores, papel transparente, letra legível etc. Estes desenhos não precisam ser os mesmos feitos antes da conversa.
• Se necessário, tomar algumas medidas gerais (perímetro, pé-direito, medidas dos principais cômodos);
• Anotar quais são os materiais básicos de estrutura, vedação, esquadrias e acabamentos de piso e paredes;
• Definir quais partes da casa devem ser melhor registradas, seja porque o morador falou muito delas (bem ou mal) ou porque
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percebemos qualidades notáveis ou problemas graves;
• Tirar fotografias gerais da casa, seguindo a ordem: (1) acessos, (2) fachadas, (3) cada cômodo em grande angular, (4) qualidades ou coisas interessantes, (5) defeitos, (6) materiais de acabamento e (7) sistema estrutural;
• Fazer desenhos e medições complementares se pertinente.
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INSTRUÇÕES PARA O RELATO DA CONVERSA ESTRUTURADA INDIVIDUAL
• Preencher os itens conforme o modelo:
Data da visita:
xx/xx/2011
Pesquisadores:
nome completo, email, telefone celular
nome completo, email, telefone celular
Objeto do relatório:
Dar um nome, por exemplo: “Casa da D. Geralda”.
Beco do Zé, 23 - Vila do Fubá, BH
Telefone de contato
Acesso:
De carro, seguir Raja até depois do Tribunal de
Contas, na esquina com o prédio laranja, Ed. Gabriel
Lara. De lá, entrar na via do meio (de terra) e
seguir...
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Entrevistados:
nome completo, email, idade, profissão
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Como chegou até os moradores:
Pela Maria, líder comunitária da Vila do Alho.
Telefone e email.
• escrever de forma clara, sempre tendo em mente que o relatório não é um lembrete pessoal, mas deve informar pessoas que não estiveram presentes na visita e não conhecem o lugar;
• diferenciar claramente as opiniões e observações dos pesquisadores das dos moradores. Além disso, deixar claro quando as falas dos moradores reportarem a falas de terceiros. Ex. “... eles falaram que tinha que ser demolido”. Eles quem ? ;
• scanear os desenhos e inseri-los ao longo do relato, onde for mais conveniente. Lembrar de salvar as imagens em formato jpeg, com boa resolução, mas sem pesar o arquivo;
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• inserir as fotos mais relevantes ao longo do texto, onde for mais conveniente. Igualmente, lembrar de salvar as imagens em formato jpeg, com boa resolução, mas sem pesar o arquivo. O restante das fotos deverá ser disponibilizada via Web pelo Picasa;
• utilizar criticamente este guia. A ideia é sempre aprimorá-lo. Itens podem ser subdivididos ou acrescentados!
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INSTRUÇÕES PARA A DISCUSSÃO COLETIVA
1 | Marcando a discussão coletiva
Marcar com todos os moradores e com uma certa antecedência o dia, local e horário da discussão coletiva. Deixar claro que todos os vizinhos irão participar.
2 | Estudar o material já produzido
Os relatórios e seus respectivos arquivos de áudio, fotos e desenhos deverão ser estudados antes da realização da entrevista coletiva. Isso permite que os pesquisadores tenham um domínio maior dos assuntos tratados por aquele grupo de moradores. Ao mesmo tempo, ao longo da pesquisa serão muitos os locais visitados e isso evita que os pesquisadores se confundam. Nessa etapa, é ideal verificar se faltou algum dado nas entrevistas individuais.
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3 | Preparar-se para a discussão coletiva
• Preparar com antecedência: equipamentos - filmadora, câmera fotográfica e gravador de áudio (todos já carregados), cabos de energia; material para escrita e desenho – prancheta, papéis, lápis, borracha, trena; impressões - mapa do local extraído do Google Earth e dois guias (um para cada pesquisador);
• Levar dinheiro trocado, não levar documentos, carteira nem objetos de valor;
• Vestir-se adequadamente buscando chamar o mínimo de atenção;
• Telefonar para os moradores confirmando o horário e ponto de encontro;
• Calcular bem o tempo do deslocamento, evitando chegar antes do horário combinado ou atrasar;
• Combinar de antemão quem vai ser o Entrevistador e quem vai ser o Ajudante;
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• Estudar a lista de temas e itens. O Entrevistador deverá ter total domínio dos temas a serem abordados, para que possa estabelecer links por meio da fala dos moradores e, principalmente, consultar o mínimo possível a listagem. O Ajudante terá a lista em mãos e poderá consultá-la abertamente enquanto toma nota dos aspectos mais relevantes da conversa;
• Conferir se os relatórios das entrevistas individuais estão à mão, com os Ajudantes, pois eles podem conter dados e lembretes importantes.
4 | Armando a cena
• Se alguém oferecer café, lanche etc, agradecer e explicar que acabaram de comer, mas que aceitariam um copo d’água. Assim, não damos trabalho, nem fica parecendo que estamos receosos;
• Confirmar se podemos gravar a conversa e fazer algumas filmagens;
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• Escolher juntamente com os moradores um local para acontecer a conversa, de preferência sem barulhos periféricos. Explicar que os barulhos podem estragar a gravação do áudio;
• Posicionar bem o gravador, evitando ficar distante da fala das pessoas;
• Na hora das filmagens, firmar bem a câmera, tomando cuidado para que fique com um bom enquadramento, sem ofuscamento, contextualizando o assunto do momento.
5 | A conversa
Estes lembretes são sobretudo para o Entrevistador, que é quem conduzirá a discussão.
• Não é preciso seguir a ordem dos temas. O ideal é deixar o morador falar livremente fazendo poucas interferências. Se em algum momento a pessoa não tomar a iniciativa de falar, fazer perguntas, de preferência fazendo links com tópicos antes mencionados por ela;
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• O morador jamais deve ter a impressão de que o Entrevistador está prestando mais atenção em algum papel do que nele. Para isso, lembrar-se de que o Entrevistador deverá ter total domínio dos temas a serem abordados;
• Ouvir atentamente e demonstrar interesse por tudo o que a pessoa disser. Nunca fazer cara de reprovação, mas também não mostrar entusiasmo ou grande aprovação, para não induzir respostas;
• Evitar explicar demais as perguntas e falar demais. Utilize-se dos termos usados pelos moradores;
• Ter calma. Esperar a pessoa fechar seu raciocínio para fazer algum questionamento. No entanto, se o morador desviar para algum assunto que não tem nada a ver com o objetivo da conversa, interferir cuidadosamente e trazê-lo de volta para o tema. Um exemplo, se o morador diz: “Pois é, quando construímos essa casa meu marido trabalhava numa oficina... Aí o dono da oficina fez…” e parte para relatos sem nenhuma relação com o nosso assunto, podemos voltar a algum ponto antes
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mencionado que de fato interessa: “A senhora disse que seu marido trabalhava na oficina, mas ele já tinha trabalhado em construção antes disso?”;
• Se alguma palavra, termo ou assunto mencionado despertar curiosidade ou não for compreendido, peça mais detalhes. Se o morador utilizar-se de termos abstratos (claro, ruim, bom, bonito), esclarecer imediatamente o seu significado. Se houver necessidade, peça exemplos de situações concretas: “O que é ruim?”; “Este cômodo é bom?”;
• Evitar usar termos abstratos ou muito técnicos;
• É provável que as pessoas falem todas ao mesmo tempo. Quando isso acontecer, pedir com calma e educadamente para que cada um fale de uma vez. Explicar que isso é importante para o áudio ficar claro;
• O Ajudante checa se todos os itens foram abordados ao longo da conversa. Caso contrário, ele se manifesta no final para fazer alguma pergunta complementar.
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INSTRUÇÕES PARA O RELATO DA DISCUSSÃO COLETIVA
• Preencher os itens conforme o modelo:
Data da visita:
xx/xx/2011
Pesquisadores:
nome completo, email, telefone celular
nome completo, email, telefone celular
Objeto do relatório:
Dar um nome, por exemplo: “Casas do Beco do
Seu Zé”.
Beco do Zé (talvez o endereço não faça sentido),
casas 23, 24 e 25 - Vila do Fubá, BH
Acesso:
De carro, seguir Raja até depois do Tribunal de
Contas, na esquina com o prédio laranja, Ed. Gabriel
Lara. De lá, entrar na via do meio (de terra) e
seguir ….
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Entrevistados:
nome completo, email, idade, profissão, endereço
nome completo, email, idade, profissão, endereço
nome completo, email, idade, profissão, endereço
Como chegou até os moradores:
Pela Maria, líder comunitária da Vila do Alho.
Telefone e email.
• escrever de forma clara, sempre tendo em mente que o relatório não é um lembrete pessoal, mas deve informar pessoas que não estiveram presentes na visita e não conhecem o lugar;
• diferenciar claramente as opiniões e observações dos pesquisadores das dos moradores. Além disso, deixar claro quando as falas dos moradores reportarem a falas de terceiros. Ex. “... eles falaram que tinha que ser demolido”. Eles quem? A Prefeitura?;
• scanear os desenhos e inseri-los ao longo do texto do relatório, onde for mais conveniente.
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Lembrar de salvar as imagens em formato jpeg, com boa resolução, mas sem pesar o arquivo;
• inserir as fotos mais relevantes ao longo do texto, onde for mais conveniente. Igualmente, lembrar de salvar as imagens em formato jpeg, com boa resolução, mas sem pesar o arquivo. Uma pasta com o restante das fotos deverá ser disponibilizada via Web pelo Picasa;
• utilizar este guia criticamente. A ideia é sempre aprimorá-lo. Itens podem ser subdivididos ou acrescentados!
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LISTA DE ASSUNTOS
Os itens seguintes não são perguntas. Eles servem apenas como uma orientação para o Entrevistador.
Histórico
• como a família veio para o local – para a vila e a casa;
• quem mora na casa, quais as relações familiares e arranjos de moradia;
Articulação entre moradias e moradores
• há mais de uma família convivendo juntas na mesma unidade habitacional (coabitação)?
• como os terrenos são divididos? quem executa e de que são feitas as divisões (cercas, muros)?
• morador compartilha espaços com outra família, como banheiro, cozinha, quintal
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(subdivisão de lotes, unidades multifamiliares etc)?
• as relações acontecem mais por proximidade, afinidade ou vínculo familiar? exemplos de como perguntar: “por que você divide o lote com o João? ele é seu amigo, ele já morava aqui perto e não atrapalha ou ele é seu parente? se não fosse seu parente, você moraria perto dele? ele te ajuda? como? em quem você confia para pedir as coisas?”
• há horta compartilhada? os moradores cuidam?
• quem construiu e quem cuida (varrer, jogar água, recolher o lixo etc) dos espaços compartilhados?
• como acontecem as negociações entre vizinhos ou coabitantes? Por exemplo, como se resolve a abertura de uma janela para o vizinho ou o compartilhamento de um mesmo acesso? Como são resolvidos o cuidado e a manutenção dos espaços compartilhados?
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Uso do espaço da casa
• de que o morador gosta em sua casa?
Ex. “ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ é bom para _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ porque _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ .”
“terraço é bom para lavar roupa porque venta muito e a roupa não cheira mal”.
• o que atrapalha o morador? o que o incomoda?
Ex. “ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ é ruim porque _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ e me atrapalha a _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . “ “a escada é ruim porque tem degraus altos e meu pai caiu”
• o morador tem alguma ideia de como melhorar, resolver tais problemas?
• tem alguma coisa que antes incomodava o morador e agora ele sente que se acostumou?
• o morador usa algum móvel ou artifício qualquer para esconder problemas da casa?
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• como o morador usa os ambientes da casa? [atentar para usos e tipos de compartimentação que, para nós pesquisadores, podem ser inusitados]
ex. “o que você faz aqui?, o que você gostaria de fazer aqui? o que você não pode fazer aqui e por quê?”
Desejos e planos futuros para a casa
• quais são os planos atuais? o que se pretende fazer na casa? reformar? aumentar? deixar como está?
• quais os motivos dos planos acima mencionados?
• quando se pretende efetivar tais planos?
• quanto se pretende gastar? há uma ideia de quanto vai custar?
• quem vai executar? há uma ideia de quanto vai custar o serviço?
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A construção
Verificar se o entrevistado participou da construção. Em caso negativo, obter as informações seguintes sem insistir muito, para não constranger a pessoa. Podemos sugerir de voltar em outro momento para conversar com o construtor.
• quais foram as dificuldades durante a construção?
• quando a moradia foi construída?
• quem construiu?
• que deu errado durante a construção?
• que não ficou como esperado? por que?
• onde os materiais de construção foram comprados / adquiridos?
• houve dificuldade de transporte? como se resolveu? C
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• morador tem medo da casa cair? do barranco desmoronar? tem notícia de acidentes durante as obras ou de acidentes depois das obras estarem concluídas?
• quem você costuma chamar para reformar, fazer algum conserto, ou mexer na casa? é fácil achar profissionais na vila? como são os preços cobrados pela mão de obra?
• há muitas pessoas daqui que trabalham com construção fora da vila?
• o morador conhece (onde moram e trabalham) eletricistas, bombeiros, marceneiros, pintores, e pedreiros?
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A partir daqui, as questões comparecem tanto na conversa individual quanto na discussão coletiva.
Espaços públicos cotidianos (o dia-a-dia de fora da casa)
• quais as maiores qualidades do espaço público cotidiano? do que os moradores mais gostam?
Ex. “ _ _ _ _ _ _ _ _ _ é bom para _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ porque _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . “
“ esse largo é bom porque os meninos podem jogar futebol e o povo faz festa à noite”.
• quais os piores defeitos do espaço público cotidiano? do que os moradores mais reclamam?
Ex. “ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ é ruim para _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ porque _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . “
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“esse barranco é ruim porque quando chove vira lama e junta lixo”.
• que faz falta? o que você faria para melhorar esses espaços?
• estes espaços sempre foram assim? melhoraram ou pioraram e por que?
• quem decide sobre esses espaços? quando algo tem que ser feito, como é combinado? Geralmente é uma pessoa quem decide ou as decisões são tomadas em grupo? quem toma a iniciativa?
• já aconteceu algum mutirão? quem tomou a iniciativa? quando? sob quais condições? o que foi construído?
• há lugares para sentar, ficar conversando, passar o tempo fora de casa? se não, eles fazem falta?
• como os moradores fazem para angariar fundos para melhorias dos espaços públicos cotidianos (rifas, vaquinhas, apoiadores culturais etc)?
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• como os moradores cuidam das áreas verdes (mato, jardins, gramados) etc?
• onde as crianças mais ficam e o que elas mais fazem? com qual regularidade e em quais horários do dia? (falar diretamente com as crianças)
• que mais incomoda os pesquisadores? o que mais chamou atenção?
• quais espaços são usados somente pela vizinhança imediata e quais são utilizados por gente de todo lugar?
Saneamento, serviços públicos e arranjos coletivos
• quem cuida (varrer, jogar água, recolher o lixo etc) dos espaços públicos cotidianos (becos, ruas, largos, quadras, gramados)? como isso é combinado / negociado entre os moradores?
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• há a coleta de lixo? com que frequência? os moradores fazem ou dependem integralmente do serviço da prefeitura?
• qual é a condição dos lugares onde as pessoas passam (caminhos, becos, travessias etc)? há acidentes?
• quais os comércios próximos? quem vende e o que se vende? é movimentado?
• quem presta serviços para você? quem são, onde moram e trabalham eletricistas, bombeiros, marceneiros, pintor, pedreiro, etc?
• como o morador fez a ligação de energia elétrica e água e canalizou o esgoto?
• morador tem telefone fixo, internet e tv a cabo?
• como o morador resolveu a água de chuva? a casa tem calha? no terreno, há canaletas? a água corre ou infiltra em alguns lugares? C
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• os moradores observam que há alguma problema de saúde recorrente na comunidade? qual? o que fazem para melhorar? como a saúde pública lida com isso?
Intervenções (passadas, em andamento e futuras)
• houve alguma intervenção externa, por parte de instituições, governo, ONGs?
• quando foi realizada? a obra durou quanto tempo aproximadamente?
• como isso afetou a vida do morador?
• qual a opinião do morador sobre essas mudanças?
• quem executou as mudanças? foi gente da comunidade ou de fora? foi alguma construtora? os pedreiros eram daqui?
• quem comprou os materiais de construção? onde?
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• que o morador acha que a prefeitura municipal deve fazer?
• os moradores cuidam mais ou menos desses lugares depois da obra ter sido concluída? ou nada mudou?
• as mudanças afetaram o escoamento das águas de chuva? como era antes?
• morador sabe se foi feito algum tipo de plano ou projeto (urbanístico, de saneamento, de acessibilidade) para esta área? quem fez? os moradores conhecem? isso foi levado ao conhecimento dos moradores? como?
• esse plano vai afetar a vida do morador? por quê?
• qual a opinião do morador sobre o plano?
• os moradores precisam de apoio para melhorar esta área? como deve ser esse apoio?
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