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Guia Fiscal 2014 ÁREA DE PRÁTICA DE DIREITO FISCAL DE PLMJ

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2014

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  • Guia Fiscal2014REA DE PRTICA DE DIREITO FISCAL DE PLMJ

  • 2Guia Fiscal2014

    1 - IRS

    O IRS incide sobre os rendimentos auferidos a nvel mundial por pessoas singulares residentes fiscais em Portugal.

    Tratando-se de no residentes, o IRS incide unicamente sobre os rendimentos obtidos em territrio Portugus, os quais so sujeitos s taxas especiais e liberatrias, previstas no Cdigo do IRS.

    So residentes em territrio portugus, entre outras situaes previstas no Cdigo do IRS, as pessoas que, no ano a que respeitam os rendimentos (i) hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados; (ii) tendo permanecido por menos tempo, a disponham, em 31 de Dezembro desse ano, de habitao em condies que faam supor a inteno de a manter e ocupar como residncia habitual.

    So ainda consideradas residentes as pessoas de nacionalidade portuguesa que deslocalizem a sua residncia fiscal para pas, territrio ou regio com regime fiscal claramente mais favorvel, nos termos da Portaria n. 150/2004 de 13 de Fevereiro, com as alteraes introduzidas pela Portaria n. 292/ 2011 de 8 de Novembro (adiante designadas abreviadamente por entidades ou jurisdio off-shore ou parasos fiscais), no ano em que se verifique aquela mudana e nos quatro anos subsequentes, salvo se o interessado provar que a mudana se deve a razes atendveis.

    So sempre havidas como residentes em territrio portugus as pessoas que constituem o agregado familiar, desde que naquele resida qualquer das pessoas a quem incumbe a direco do mesmo. A condio de residente pode, contudo, ser afastada pelo cnjuge que no tenha permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, em territrio portugus, desde que efectue prova da inexistncia de uma ligao entre a maior parte das suas actividades econmicas e o territrio portugus.

    Eventuais conflitos de residncia devero ser dirimidos, quando aplicvel, atravs do recurso s regras de determinao da residncia constantes de Acordo de Dupla Tributao (ADT) celebrado por Portugal.

    1.1 - APURAMENTO DO IRS E TAXAS APLICVEIS

    REGRAS GERAIS APLICVEIS AO APURAMENTO DO IRS

    O IRS incide sobre o valor anual dos rendimentos, segregados em diferentes categorias conforme abaixo indicado, depois de efectuadas as dedues especficas de cada categoria, quando aplicveis:

    A Rendimentos do Trabalho Dependente;

    B Rendimentos Empresariais e Profissionais;

    E Rendimentos de Capitais;

    F Rendimentos Prediais;

    G Incrementos Patrimoniais (inclui maisvalias);

    H Penses.

  • 3Para efeito da determinao da base de incidncia do IRS, o sujeito passivo dever englobar na sua declarao de rendimentos anual a totalidade dos rendimentos auferidos e sujeitos a tributao por aplicao das taxas gerais do imposto.

    No so, contudo, objecto de englobamento os rendimentos auferidos por sujeitos passivos no residentes em territrio portugus, e, no caso dos sujeitos passivos residentes, os rendimentos sujeitos a taxas liberatrias e/ou os rendimentos isentos, excepto quando, neste ltimo caso, a lei imponha o seu englobamento para efeito da determinao da taxa de IRS aplicvel aos restantes rendimentos.

    Em determinados casos, o Cdigo do IRS concede aos sujeitos passivos residentes a faculdade de englobarem voluntariamente os rendimentos sujeitos a taxas liberatrias, passando tais rendimentos a ser tributados por aplicao das taxas gerais progressivas do IRS.

    Quando o sujeito passivo opte pelo englobamento de tais rendimentos, o mesmo ficar obrigado a englobar a totalidade dos rendimentos compreendidos nos n.s 6 do artigo 71., 8 do artigo 72. e 7 do artigo 81. todos do Cdigo do IRS, assim como outros rendimentos previstos em legislao avulsa que preveja o englobamento facultativo.

    No se consideram englobados, apesar de deverem constar da declarao de rendimentos anual, os rendimentos sujeitos a taxas especiais, autnomas.

    colecta do imposto apurada em funo da taxa concretamente aplicvel (ver quadro abaixo), podero ser ainda deduzidos um conjunto de despesas, encargos, benefcios fiscais e crditos de imposto por dupla tributao internacional.

    Aps a deduo colecta das importncias acima referidas (caso aplicvel), apurar-se- o IRS devido, ao qual sero deduzidas as retenes na fonte e eventuais pagamentos por conta, e acrescido o valor da sobretaxa, resultando assim, o IRS devido (ou a reembolsar) a final.

    REGRAS ESPECIAIS APLICVEIS AO APURAMENTO DA CATEGORIA B

    A determinao dos rendimentos empresariais e profissionais faz-se:

    a) Com base nas regras do regime simplificado;

    b) Com base na contabilidade.

  • 4Guia Fiscal2014

    MTODOS RENDIMENTO COLECTVEL

    Regime simplificado

    Ficam abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos que no perodo de tributao imediatamente anterior no tenham ultrapassado o montante bruto anual de 200.000 desta categoria.

    No regime simplificado os sujeitos passivos no podero deduzir as despesas profissionais incorridas, sendo o rendimento tributvel apurado pela aplicao dos coeficientes do rendimento bruto, previstos na coluna da direita.

    15% do valor das vendas de mercadorias e produtos, bem como vendas de bens e servios do sector da hotelaria, restaurao e bebidas

    75% do valor das prestaes de servios da lista de actividades do artigo 151. do Cdigo do IRS

    95% do valor dos rendimentos de royalties, know-how e outros rendimentos (de capitais, prediais, mais-valias de incrementos patrimoniais

    30% do valor de subsdios ou subvenes no destinadas explorao

    10% dos subsdios destinados explorao e outros rendimentos da Categoria B

    Actos isolados

    Consideram-se rendimentos provenientes de actos isolados os que no resultem de uma prtica previsvel ou reiterada.

    Rendimento tributvel determinado de acordo com as regras previstas para o regime simplificado ou contabilidade organizada

    Contabilidade organizada

    Sujeitos passivos no abrangidos pelo regime simplificado por ultrapassarem os limites acima referidos ou por opo dos prprios.

    Regras estabelecidas no Cdigo do IRC para a determinao do lucro tributvel, com as necessrias adaptaes

    TAXAS GERAIS

    TAXAS DO IRS PARA 2014(a)

    RENDIMENTO COLECTVEL CONTINENTE

    TAXA PARCELA A ABATER

    at 7.000 14,50% -

    + 7.000 A 20.000 28,50% 980

    + 20.000 A 40.000 37,00% 2,680

    + 40.000 A 80.000 45,00% 5,880

    + 80.000 48,00% 8,280

    (a) As taxas aplicveis na Madeira so idntidas aquelas previstas para o Continente, sendo reduzidas nos Aores conforme os percentuais aprovados em legislao especial (entre 70% e 80% das taxas normais).

  • 5 TAXA ADICIONAL DE SOLIDARIEDADE

    aplicvel, de forma progressiva, uma taxa de 2,5% parte do rendimento colectvel que exceda 80.000. A parte do rendimento que exceda 250.000 ser, por seu turno, tributada taxa de 5%.

    SOBRETAXA

    Ao rendimento colectvel de IRS que exceda o valor da remunerao mnima mensal garantida por sujeito passivo (6.790,00 por ano), aplicada uma sobretaxa de 3,5% que incide sobre todo o tipo de rendimentos englobados na declarao anual de IRS, auferidos por pessoas residentes fiscais em territrio portugus. Esta sobretaxa incidir tambm sobre os seguintes tipos de rendimento sujeitos a taxas especiais: (i) Rendimentos do trabalho dependente e rendimentos empresariais e profissionais auferidos por residentes no-habituais; (ii) Gratificaes no atribudas pela entidade patronal; (iii) Acrscimos patrimoniais no justificados; (iv) Rendimentos de capitais pagos por entidades off-shore sem interveno de agente pagador domiciliado em Portugal.

    TAXAS ESPECIAIS E DE RETENO NA FONTE

    NATUREZA DO RENDIMENTO RESIDENTES NO RESIDENTES

    Remuneraes do trabalho dependentevarivel at 44,5% (a) (q)

    25% (b)

    Remuneraes dos rgos estatutriosvarivel at 44,5% (a) (q)

    25% (b)

    Rendimentos do trabalho dependente e rendimentos empresariais e profissionais auferidos por residentes no-habituais no mbito do

    exerccio de uma actividade de elevado valor acrescentado20% (q) N/A

    Comisses 25% (a) 25% (b) (c)

    Prestao de servios 11,5% / 25% (a) 25% (b) (c)

    Royalties auferidos pelo titular originrio 16,5% (a) 25% (b) (c) (d)

    Royalties no auferidos pelo autor/titular originrio ou decorrentes de assistncia tcnica

    16,5% (a) 25% (b) (c) (d)

    Aluguer de equipamento 16,5% (a) 25% (b) (c)

    Dividendos 28% (b) (f) (g) (h) (i) 28% (b) (c) (e) (f)

    Juros de depsitos 28% (b) (f) (g) (i) 28% (b) (c) (e) (f)

    Juros de suprimentos 28% (b) (f) (g) (i) 28% (b) (c) (e) (f)

    Juros de ttulos de dvida 28% (b) (f) (g) (i) 28% (b) (c) (e) (f) (j)

    Outros rendimentos de capitais 16,5% (f) (g) 28% (b) (c) (e)

    Rendimentos prediais 28% (i) (l) 28% (l)

    Incrementos patrimoniaismais-valias de partes sociais 28% 28% (m) (n)

    mais-valias de imveis at 48% (o) (p) 28%

    Pensesvarivel at

    40% (a) (q)25% (b)

    Acrscimos patrimoniais no justificados determinados nos termos da Lei Geral Tributria, de valor superior a 100.000

    60% 60%

  • 6Guia Fiscal2014

    (a) Pagamento por conta do imposto devido a final.(b) Reteno taxa liberatria, excepto rendimentos prediais.(c) A taxa domstica de reteno na fonte poder ser reduzida, ou no ser aplicada, consoante os casos, nos termos de ADT

    que tenha sido celebrado, e que se encontre em vigor, entre Portugal e o Estado de residncia do beneficirio, cumpridas que sejam as formalidades para o efeito previstas na lei.

    (d) Tributados autonomamente taxa de 28%, quando devidos por entidades no residentes e no sujeitas a reteno na fonte. (e) Tributados taxa de 35% quando obtidos por entidades off-shore (sem estabelecimento estvel em Portugal). (f) Tributados taxa de 35%, quando pagos ou colocados disposio em contas abertas em nome de um ou mais titulares

    mas por conta de terceiros no identificados, excepto quando seja identificado o beneficirio efectivo.(g) Tributados taxa de 35%, quando pagos ou colocados disposio de residentes e sejam devidos por entidades off-shore,

    por intermdio de entidades que estejam mandatadas por devedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros. (h) Por opo do titular podem ser englobados em 50% quando os lucros sejam devidos (i) por sujeitos passivos e no

    isentos de IRC, ou (ii) por entidades residentes noutro Estado membro da UE que preencha os requisitos e condies estabelecidas no artigo 2. da Directiva n. 90/435/CEE, de 23 de Julho (actual Directiva n. 2011/96 UE do Conselho, de 30 de Novembro).

    (i) Por opo do titular podem ser englobados. (j) Possibilidade de iseno ao abrigo do Decreto-Lei 193/2005, de 7 de Novembro, com as alteraes entretanto introduzidas,

    que aprovou o Regime Especial de Tributao dos Rendimentos de Valores Mobilirios Representativos de Dvida. (l) Taxa de tributao final com prvia reteno na fonte taxa de 25%.(m) As mais-valias tributveis so apuradas tendo por base o saldo anual positivo entre as mais e as menos-valias realizadas

    com a alienao de partes sociais. Para efeito do apuramento do referido saldo, positivo ou negativo, no relevam as perdas apuradas quando a contraparte da operao estiver sujeita no pas, territrio ou regio de domiclio a um regime fiscal claramente mais favorvel, constantes da lista aprovada pela Portaria n. 150/2004, de 13 de Fevereiro (conforme alteraes entretanto introduzidas pela Portaria n. 292/ 2011 de 8 de Novembro).

    O saldo positivo respeitante transmisso onerosa de partes sociais quando relativo a micro e pequenas empresas (cf. anexo ao Decreto-Lei n. 372/2007, de 6 de Novembro) no cotadas nos mercados regulamentado ou no regulamentado da bolsa de valores, considerado em apenas 50 % do seu valor. Por opo do titular, o saldo apurado pode ser englobado.

    (n) Possibilidade de iseno sempre que: (i) a entidade beneficiria no seja residente em pas, territrio ou regio, sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorvel, constante da Portaria n. 150/2004, de 13 de Fevereiro (com as alteraes entretanto introduzidas pela Portaria n. 292/ 2011 de 8 de Novembro); e (ii) as mais-valias no resultem da transmisso onerosa de partes sociais em sociedades residentes em territrio portugus cujo activo seja constitudo, em mais de 50%, por bens imobilirios a situados ou que, sendo sociedades gestoras ou detentoras de participaes sociais, se encontrem em relao de domnio, tal como esta definida no artigo 13. do Regime Geral das Instituies de Crdito e Sociedades Financeiras, a ttulo de dominantes, com sociedades dominadas, igualmente residentes em territrio portugus, cujo activo seja constitudo, em mais de 50%, por bens imobilirios a situados.

    Os ADT podem impedir Portugal de tributar as mais-valias quando realizadas por pessoas singulares no residentes que possam beneficiar dos mesmos, desde que cumpridas as formalidades previstas na lei para efeitos da sua aplicao.

    (o) Englobamento obrigatrio em apenas 50%.(p) Podero estar isentas em caso de reinvestimento conforme condies previstas no Cdigo do IRS.

    (q) Acresce 3,5% referente sobretaxa extraordinria.

    1.2 - REGIME DOS RESIDENTES NO-HABITUAIS

    Os sujeitos passivos que renam as condies para se qualificarem como residentes fiscais segundo a lei portuguesa e que no tenham sido tributados como residentes fiscais em Portugal nos cinco anos anteriores, podero beneficiar deste regime durante 10 anos.

  • 7Para beneficiar do regime, o sujeito passivo dever registar-se como residente fiscal em Portugal e requerer a sua aplicao at 31 de Maro do ano seguinte quele em que se torne residente fiscal em Portugal, anexando, para o efeito, declarao em como no se verificaram os requisitos necessrios luz da lei portuguesa para ser considerado como residente fiscal em Portugal nos cinco anos anteriores quele em que pretenda que tenha incio a tributao como residente no habitual. Sendo o caso, dever ainda apresentar a documentao relevante que demonstre exercer uma actividade de elevado valor acrescentado (ver infra).

    Segundo este regime:

    - Os rendimentos de trabalho dependente e os rendimentos empresariais e profissionais auferidos em Portugal e resultantes de actividades de elevado valor acrescentado com carcter cientfico, artstico ou tcnico (Portaria n. 12/2010, de 7 de Janeiro) sero sujeitos a uma tributao autnoma de 20% (a que poder acrescer a sobretaxa de 3,5%);

    - Os rendimentos do trabalho dependente, os rendimentos empresariais e profissionais quando, neste caso, resultem do exerccio de uma actividade de elevado valor acrescentado, os rendimentos de capitais, os rendimentos prediais, as mais-valias e os rendimentos de penses obtidos no estrangeiro podero estar isentos de IRS mediante a verificao de certas condies. No entanto, os rendimentos isentos sero sempre tidos em conta para efeitos de aplicao das taxas marginais de IRS.

    2 - LIMITES/ABONOS/INDEXANTE DE APOIOS SOCIAIS

    AJUDAS DE CUSTO (por dia)

    ABONOS PARA AJUDAS DE CUSTO POR DESLOCAO NO PAS POR DESLOCAO NO ESTRANGEIRO

    Cargo 2013 2014 2013 2014

    Membros dos rgos sociais 69,19 69,19 100,24 100,24

    Trabalhadores em geral 50,20 50,20 89,35 89,35

    SUBSIDIO REFEIO (por dia)

    2013 2014

    Em numerrio 4,27 4,27

    Em vales de refeio 6,83 6,83

    COMPENSAO PARA DESLOCAO EM VIATURA PRPRIA DO TRABALHADOR

    2013 2014

    Kms percorridos 0,36 0,36

    RETRIBUIO MNIMA MENSAL GARANTIDA (RMMG)

    2013 2014

    485,00 485,00

    INDEXANTE MENSAL DOS APOIOS SOCIAIS (IAS)

    2013 2014

    419,22 419,22

  • 8Guia Fiscal2014

    3 - CONTRIBUIO EXTRAORDINRIA DE SOLIDARIEDADE (CES)

    A CES devida sobre o valor das penses conforme quadro infra, aplicando-se a todas as penses, prestaes pecunirias vitalcias devidas a qualquer tipo de aposentados, reformados, pr-aposentados ou equiparados que no sejam expressamente excludos da CES por disposio especial, incluindo as importncias atribudas no mbito de regimes complementares.

    PENSO BRUTA MENSAL TAXA PARCELA A ABATER

    De mais de 1.350 at 1.800 3,5% 0,00

    De mais de 1.800 at 3.750 16% 225,00

    Superior a 3.750 10% 0,00

    Acrescendo: - -

    Se mais de 5.030,64 at 7.545,96 15% 754,60

    Se superior 7.545,96 40% 2641,09

    4 - SEGURANA SOCIAL

    4.1 - REGIME GERAL DOS TRABALHADORES DEPENDENTES

    REGIME

    TAXAS CONTRIBUTIVAS

    ENTIDADE EMPREGADORA

    BENEFICIRIO

    Regime geral 23,75% 11%

    Membros rgos estatutrios:23,75% 11%

    - que exeram funes de gerncia ou administrao (a)

    - outras situaes 20,3% 9,3%

    Trabalhadores portadores de deficincia 11,9% 11%

    Trabalhadores independentes (b) (c) 5% (d) 29,6%

    Outras situaes 20,3% 9,3%

    (a) As contribuies para a Segurana Social passam a incidir sobre as remuneraes efectivamente auferidas em cada uma das entidades em que os membros dos rgos estatutrios exercem a respectiva actividade, com o mnimo de 419,22 (deixando de ser aplicar o limite mximo de 12 vezes IAS). O limite mnimo de 419,22 no se aplica nos casos de acumulao da actividade de membro de rgo estatutrio com outra actividade remunerada que determine a inscrio em regime obrigatrio de proteco social ou com a situao de pensionista, desde que o valor da base de incidncia considerado para o outro regime de proteco social ou de penso seja igual ou superior ao indicado.

  • 9(b) A base de incidncia de contribuies obrigatrias para a Segurana Social ser determinada entre 10 escales possveis - entre 1,5 e 12 IAS com a possibilidade de opo pela fixao da base de incidncia correspondente aos dois escales imediatamente superiores ou aos dois escales imediatamente inferiores em relao ao escalo base aplicvel. Porm, excepo dos trabalhadores independentes, nos casos em que o cmputo dos rendimentos integrantes da base contributiva sejam iguais ou inferiores a 12 vezes o valor do IAS, passa a ser fixado oficiosamente como base de incidncia contributiva o valor correspondente a 50% do IAS.

    (c) No caso de reincio de actividade a base de incidncia contributiva passa a corresponder a (i) 50% do valor do IAS se no se verificar a existncia de rendimentos declarados que permitam o apuramento de base de incidncia contributiva ou (ii) ao escalo determinado por aplicao das regras gerais aplicveis aos trabalhadores independentes.

    (d) Aplica-se uma taxa de 5% apenas a situaes em que pelo menos 80% do valor total da actividade do trabalhador independente em benefcio de uma entidade contratante. Os servios prestados a empresas do mesmo agrupamento empresarial consideram-se como prestados mesma entidade contratante, concorrendo o total dos servios para o apuramento do limite de 80%, quer este seja efectuado directamente pelo sujeito passivo, quer haja transferncia das responsabilidades inerentes para uma outra entidade.

    4.2 - REGIME GERAL DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES

    BASE DE INCIDNCIA

    A base de incidncia contributiva determinada por converso do duodcimo do rendimento anual relevante do trabalhador (70% do seu rendimento real) em percentagem de IAS, correspondendo-lhe o escalo de remunerao convencional imediatamente inferior ao resultante daquela converso.

    O quadro infra permite determinar a base de incidncia contributiva, consoante o tipo de trabalhador em causa:

    TRABALHADORES RENDIMENTO RELEVANTE BASE DE INCIDNCIA

    Trabalhador independente

    70% do valor total da prestao de servios no ano civil anterior ao momento de fixao da base de

    incidncia contributiva

    20% do valor total dos rendimentos associados produo e venda de bens no ano civil

    imediatamente anterior ao momento de fixao da base de incidncia contributiva

    Escalo de rendimento imediatamenteabaixo do valor

    encontrado

    Trabalhador independente actividades hoteleiras

    e similares, restaurao e bebidas

    20% do valor total da prestao de servios, no ano civil anterior ao momento da fixao de base de

    incidncia contributiva

    Trabalhador independente com

    contabilidade organizada

    Valor do lucro tributvel se este for inferior ao valor que resulta da aplicao das regras acima

    indicadas

    Limite mnimo:2. Escalo1,5% IAS

  • 10

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    ESCALES DE RENDIMENTO

    Depois de determinada a percentagem do IAS correspondente ao duodcimo do rendimento relevante do trabalhador, a base de incidncia contributiva oficiosa vai corresponder ao escalo imediatamente inferior, nos termos do quadro infra:

    ESCALES

    1. 419,22 1 X IAS

    2. 628,83 1,5 X IAS

    3. 838,44 2 X IAS

    4. 1.048,05 2,5 X IAS

    5. 1.257,66 3 X IAS

    6. 1.676,88 4 X IAS

    7. 2.096,10 5 X IAS

    8. 2.515,32 6 X IAS

    9. 3.353,76 8 X IAS

    10. 4.192,20 10 X IAS

    11. 5.030,64 12 X IAS

    TAXAS

    Sobre a base de incidncia apurada, por trabalhador, sero aplicveis as seguintes taxas contributivas:

    TRABALHADORES INDEPENDENTES TAXAS

    Trabalhadores independentes em geral 29,6%

    Produtores agrcolas com rendimentos obtidos apenas da actividade agrcola e respectivos cnjuges que com eles exeram efectiva

    actividade profissional com carcter de regularidade e permanncia28,3%

    Empresrios em nome individual e titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada que exeram exclusivamente actividade industrial ou comercial, bem como os respectivos cnjuges que com eles exeram efectiva actividade profissional com carcter de

    regularidade e permanncia

    34,75%

    5 - IRC

    As entidades residentes, bem como as entidades no residentes com estabelecimento estvel em territrio Portugus, esto sujeitas a tributao, em sede de IRC, sobre os rendimentos obtidos a nvel mundial, sendo o imposto apurado, com excepo das pessoas colectivas que no exeram, a ttulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola, com base no lucro contabilstico, aps aplicao das correces decorrentes das normas fiscais.

  • 11

    O perodo de tributao coincide, regra geral, com o ano civil, podendo ser alterado mediante requerimento apresentado ao Ministro das Finanas, desde que exista interesse econmico justificado, o qual dever ser mantido, durante, pelo menos, os cinco perodos de tributao imediatos, salvo se o sujeito passivo passar a integrar um grupo de sociedades obrigado a elaborar demonstraes financeiras consolidadas, em que a empresa me adopte um perodo de tributao diferente daquele adoptado pelo sujeito passivo.

    Nos termos do Cdigo do IRC, as entidades no residentes sem estabelecimento estvel em Portugal esto sujeitas a tributao apenas sobre os rendimentos de fonte portuguesa. Os pagamentos efectuados a pessoas colectivas ou singulares no residentes esto, em geral, sujeitos a reteno na fonte, s taxas estabelecidas na legislao interna Portuguesa, excepto quando seja aplicvel uma iseno ou reduo de taxa nos termos de ADT celebrado entre Portugal e o pas de residncia do beneficirio dos rendimentos e se encontrem cumpridas as formalidades previstas na lei para efeito da sua aplicao.

    5.1 - APURAMENTO DO IRC E TAXAS APLICVEIS

    O lucro tributvel (ou prejuzo para efeitos fiscais, se o resultado for negativo) das entidades que exeram a ttulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola, quantificado partindo do resultado lquido do exerccio apurado nos termos das regras contabilsticas, adicionado das variaes patrimoniais positivas e deduzido das variaes patrimoniais negativas, no reflectidas naquele resultado, sendo ainda adicionados e deduzidos os ajustamentos previstos no Cdigo do IRC.

    Uma vez apurado o lucro tributvel (ou prejuzo), sero deduzidos a este valor, quando aplicveis, determinados benefcios fiscais, bem como os prejuzos fiscais reportveis em exerccios anteriores, obtendo-se a matria colectvel. O IRC devido genericamente calculado sobre a matria colectvel apurada, por aplicao quela da taxa de IRC geral ou reduzida, o que dar origem colecta do imposto. De seguida sero deduzidos colecta do imposto os crditos por dupla tributao internacional, outros benefcios fiscais e o pagamento especial por conta. Ao IRC liquidado sero finalmente deduzidas as retenes na fonte e o pagamento por conta, obtendo-se o IRC a pagar a final (ou a recuperar). De referir que para alm do IRC a pagar, sero computados igualmente na declarao de rendimentos anual, devendo ser pagos juntamente com o IRC devido, determinados montantes, como sejam, por exemplo, a Derrama Municipal, a Derrama Estadual e as tributaes autnomas.

    TAXAS GERAIS

    ENTIDADESTAXAS (%)

    CONTINENTE MADEIRA AORES

    Entidades residentes e estabelecimentos estveis de entidades no residentes (a)

    23% 23% 16,1%

    Entidades residentes que no exeram, a ttulo principal, actividade comercial, industrial ou agrcola

    21,5% 21,5% 15,05%

    Entidades no residentes e sem estabelecimento estvel 25% 25% 20%

    (a) As pequenas e mdias empresas beneficiam de uma taxa reduzida de 17% (11,9% nos Aores) aplicvel aos primeiros 15.000 de matria colectvel, ficando sujeitas s regras comunitrias aplicveis aos auxlios de Estado.

  • 12

    Guia Fiscal2014

    taxa normal do IRC acresce, no caso das entidades residentes e das entidades no residentes com estabelecimento estvel em territrio Portugus, a Derrama Municipal e a Derrama Estadual, quando aplicveis.

    DERRAMA MUNICIPAL

    A Derrama Municipal lanada pelos diferentes municpios, e pode ascender at 1,5% do lucro tributvel sujeito e no isento de IRC, antes da deduo de prejuzos fiscais reportveis.

    DERRAMA ESTADUAL

    A Derrama Estadual calculada de acordo com os seguintes limites e taxas aplicveis:

    LUCRO TRIBUTVEL TAXAS (%)

    De mais de 1.500.000 at 7.500.000 3

    De mais de 7 500.000 at 35.000.000 5

    Superior a 35.000.000 7

    Sempre que o lucro tributvel for superior a 7.500.000, a aplicao das taxas (de 3%, 5% e/ou 7%) efectuada de forma escalonada, sendo que o valor de 6.000.000 (7.500.000 - 1.500.000) tributado taxa de 3% e o valor de 27.500.000 (35.000.000 - 7.500.000) taxa de 5%. O remanescente (superior a 35.000.000) tributado taxa de 7%.

    5.2 - DEDUTIBILIDADE DE GASTOS FISCAIS

    Com excepo dos casos expressamente excludos no Cdigo do IRC, so fiscalmente dedutveis todos os gastos relacionados com a actividade do sujeito passivo com vista obteno ou manuteno de rendimentos sujeitos a IRC.

    5.3 - LIMITES DEDUTIBILIDADE DOS ENCARGOS FINANCEIROS

    LIMITES GERAIS

    Os gastos financeiros, lquidos de rendimentos de natureza idntica, so dedutveis apenas at concorrncia do maior dos seguintes limites: 1.000.000 ou 30% do EBITDA.

    Sem prejuzo do exposto, e at ao final do perdo transitrio em 2017, os percentuais do EBITDA aplicveis sero os seguintes: 50% em 2015, 40% em 2016 e 30% a partir de 2017.

  • 13

    Para efeito dos limites supra, o Cdigo de IRC acolhe um conceito prprio de EBITDA, o qual, partindo do conceito do EBITDA contabilstico, corrigido das seguintes realidades:

    - Os ganhos e perdas resultantes de alteraes do justo valor que no concorram para a determinao do lucro tributvel;

    - Imparidades e reverses de investimentos no depreciveis ou amortizveis;

    - Os ganhos e perdas resultantes da aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial ou, no caso de empreendimentos conjuntos que sejam sujeitos passivos de IRC, do mtodo de consolidao proporcional;

    - Rendimentos ou ganhos relativos a perdas de capital s quais seja aplicvel o regime da eliminao da dupla tributao econmica de lucros ou reservas distribudos e o regime de participation exemption;

    - Rendimentos ou gastos imputveis a estabelecimento estvel situado fora do territrio portugus e relativamente ao qual seja exercida a opo pela no tributao;

    - A contribuio extraordinria sobre o sector energtico.

    Os gastos financeiros lquidos que excedam os limites acima referidos, podem ser reportados para efeitos de deduo nos 5 exerccios seguintes.

    Se os gastos financeiros lquidos forem inferiores a 30% do EBITDA, a diferena acresce ao montante mximo dedutvel em cada um dos 5 exerccios seguintes, at ser integralmente utilizada.

    Sempre que seja aplicvel o Regime Especial de Tributao dos Grupos de Sociedades, possvel optar por calcular, cumpridas determinadas condies, os limites acima referidos tendo em ateno os gastos de financiamento lquidos do grupo.

    Por fim, deve notar-se que os limites dedutibilidade dos gastos financeiros liqudos no so aplicveis s entidades sujeitas superviso do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de Portugal, s sucursais em Portugal de instituies de crdito e outras instituies financeiras ou empresas de seguros e s sociedades de titularizao de crdito constitudas nos termos do Decreto-Lei n453/99,de 5 de Novembro.

    LIMITES ESPECIAIS

    Para alm dos limites acima descritos, no sero dedutveis para efeitos de determinao do lucro tributvel, em sede de IRC, os juros e outras formas de remunerao de suprimentos e emprstimos feitos pelos scios sociedade, na parte em que excedam a taxa definida por portaria do Ministro das Finanas, salvo quando uma taxa superior seja justificvel ao abrigo do regime dos preos de transferncia. Actualmente a taxa limite de referncia corresponde taxa EURIBOR a 12 meses do dia da constituio da dvida, acrescida de um spread de 1,5%. No caso de suprimentos e outros emprstimos de scios de PME, a taxa limite de referncia corresponde taxa EURIBOR a 12 meses do dia da constituio da dvida, acrescida de um spread de 6%.

  • 14

    Guia Fiscal2014

    5.4 - AMORTIZAO/DEPRECIAO DE INTANGVEIS, PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO E ACTIVOS BIOLGICOS NO CONSUMVEIS

    Intangveis elementos da propriedade industrial, excepto patentes, e goodwill decorrente de uma concentrao de actividades empresariais, excepto associado a partes de capital - sem perodo de vida til definido (excepto quando contabilizados pelo contribuinte ao abrigo do regime de neutralidade fiscal ou adquiridos a entidade sujeita a um regime fiscal privilegiado) durante 20 anos.

    Propriedades de investimento e activos biolgicos no consumveis posteriormente mensurados pelo mtodo do justo valor durante o restante perodo mximo de vida til.

    Este regime apenas aplicvel a activos intangveis adquiridos em ou aps 1 de Janeiro de 2014.

    5.5 - REGIME DAS MAIS E MENOS-VALIAS FISCAIS

    REGIME REGRA

    Apenas concorrem para a formao do lucro tributvel as mais e as menos-valias realizadas. As mais e as menos-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade, no relevam para esse efeito.

    So consideradas mais ou menos-valias realizadas os ganhos e as perdas decorrentes de transmisses onerosas, de sinistros ou de afectaes permanentes a outras actividades que no aquela(s) efectivamente exercida(s) pelas entidades em causa, que respeitem a activos fixos tangveis, activos intangveis, bem como activos biolgicos que no sejam consumveis e propriedades de investimento, ainda que quaisquer destes activos tenham sido reclassificados como activo no corrente detido para venda, bem como instrumentos financeiros, com excepo dos reconhecidos a justo valor, excepto quando os instrumentos financeiros sejam reconhecidos ao justo valor por resultados e as variaes de justo valor tenham concorrido para a formao do lucro tributvel.

    Regra geral, as mais e menos-valias so apuradas tendo em ateno a diferena entre o valor de realizao (transmisso), lquido dos encargos que lhe sejam inerentes, e o valor de aquisio, deduzido das depreciaes e amortizaes fiscalmente aceites, das perdas por imparidade e outras correces de valor previstas na lei, e ainda dos valores reconhecidos como gasto fiscal nos termos do artigo 45. - A do Cdigo do IRC (amortizao e depreciao de activos intangveis, propriedades de investimento e activos biolgicos no consumveis ver supra).

    Para efeito do apuramento das referidas mais ou menos-valias, o valor de aquisio, eventualmente corrigido, poder ser actualizado, mediante a aplicao de coeficientes de desvalorizao monetria, sempre que, data de realizao, tenham decorrido pelo menos 2 anos desde a data da aquisio. Esta correco no aplicvel aos instrumentos financeiros, com excepo das partes de capital.

    REGIME DO REINVESTIMENTO DO VALOR DE REALIZAO

    A diferena positiva entre as mais e as menos-valias realizadas mediante a transmisso onerosa de activos fixos tangveis, activos intangveis e activos biolgicos que no sejam consumveis, detidos por um perodo no inferior a um ano, considerada em metade do seu valor (50%) quando o respectivo valor de realizao seja reinvestido na aquisio, produo ou construo de activos fixos tangveis, de activos intangveis ou, de activos biolgicos que no sejam consumveis, no perodo de tributao anterior ao da realizao, no prprio perodo de tributao, ou at ao fim do segundo perodo de tributao seguinte.

  • 15

    No se consideram bens objecto de reinvestimento os adquiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS/IRC com o qual existam relaes especiais (definidas para efeito do regime de preos de transferncia), ou que sejam detidos por um perodo inferior a um ano contado do final do perodo de tributao em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior, a realizao.

    O regime do reinvestimento no igualmente aplicvel s mais e menos-valias realizadas pelas sociedades fundidas, cindidas ou contribuidoras no mbito de operaes de fuso, ciso ou entrada de activos, bem como s mais e menos-valias realizadas na afectao permanente de bens a fins alheios actividade exercida pelo sujeito passivo ou realizadas pelas sociedades em liquidao.

    Ao reinvestimento parcial, corresponder um benefcio proporcional ao do reinvestimento efectuado.

    Caso o valor de realizao pretendido reinvestir no seja reinvestido na sua totalidade, a diferena no includa no lucro tributvel ser considerada como rendimento do segundo perodo de tributao seguinte ao da realizao, majorada em 15%.

    TRANSMISSO DE PARTES SOCIAIS (REGIME DE PARTICIPATION EXEMPTION)

    Na transmisso onerosa de partes de capital da mesma natureza, considera-se que as partes de capital transmitidas so as adquiridas h mais tempo (critrio FIFO).

    Na determinao do custo de aquisio, o sujeito passivo pode optar pelo custo mdio ponderado, tendo, neste caso, de aplicar este mtodo de custeio a todas as partes de capital que integrem a carteira em causa, o qual deve ser mantido por um perodo mnimo de 3 anos, no sendo aplicveis os coeficientes de desvalorizao monetria.

    No concorrem para a determinao do lucro tributvel as mais e menos-valias realizadas mediante transmisso onerosa de partes sociais, detidas directa ou indirectamente, em percentagem no inferior a 5% do capital social ou dos direitos de voto, de modo ininterrupto, durante um perodo mnimo de 24 meses.

    A excluso de tributao referida no pargrafo anterior igualmente aplicvel nos seguintes casos:

    - Em relao s mais e menos-valias realizadas com a transmisso de outros instrumentos de capital prprio associados s partes sociais objecto de transmisso onerosa, designadamente prestaes suplementares;

    - s mais e menos-valias decorrentes da transmisso onerosa de partes socias e outros instrumentos de capital prprio resultante de operaes de fuso, ciso, entrada de activos ou permuta de partes sociais no abrangidas pelo regime de neutralidade fiscal de IRC;

    - diferena positiva entre as mais e menos-valias realizadas antes de 1 de Janeiro de 2001, ainda no includas no lucro tributvel, quando o reinvestimento tenha sido concretizado, no respectivo prazo legal, na aquisio de partes sociais.

    Contudo, no beneficiam do regime de excluso de tributao acima referido as mais e as menos-valias realizadas mediante a transmisso onerosa de partes sociais quando o valor dos bens imveis ou dos direitos reais sobre bens imveis situados em territrio portugus (excepto bens imveis afectos a uma actividade agrcola, industrial ou comercial, que no a compra e venda de imveis), represente, directa ou indirectamente, mais de 50% do activo dessas sociedades.

  • 16

    Guia Fiscal2014

    No so igualmente dedutveis as menos-valias e outras perdas relativas a instrumentos de capital prprio, na parte do valor que corresponda aos lucros ou reservas distribudos ou s mais-valias realizadas com a transmisso onerosa de partes sociais da mesma entidade que tenham beneficiado, no prprio perodo de tributao ou nos quatro perodos anteriores, do regime de participation exemption na distribuio de lucros ou reservas, ou do crdito por dupla tributao econmica internacional.

    O regime de participation exemption descrito ainda aplicvel s mais e menos-valias que sejam imputveis a um estabelecimento estvel situado em territrio portugus das seguintes entidades:

    - Entidade residente num Estado membro da UE que preencha os requisitos e condies estabelecidas no artigo 2. da Directiva n. 2011/96/EU do Conselho, de 30 de Novembro;

    - Entidade residente num Estado membro do Espao Econmico Europeu (EEE) sujeito a obrigaes de cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalentes s estabelecidas no mbito da EU, desde que a entidade em causa preencha os requisitos e condies estabelecidas no artigo 2. da Directiva n. 2011/96/EU do Conselho, de 30 de Novembro;

    - Entidade residente num Estado, que no conste da lista de parasos fiscais, e com o qual Portugal tenha celebrado um ADT que preveja a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE, e que nesse Estado esteja sujeita e no isenta de um imposto de natureza idntica ou similar ao IRC.

    SGPS

    O regime especfico das mais e menos-valias previsto para as SGPS foi revogado para os exerccios iniciados em ou aps 1 de Janeiro de 2014.

    5.6 - CORRECES NA ALIENAO DE IMVEIS

    Os alienantes e os adquirentes de direitos reais sobre bens imveis devem adoptar, para efeito da determinao do lucro tributvel em sede de IRC, os valores normais de mercado, os quais no podem ser inferiores aos valores patrimoniais tributrios definitivos que serviram de base liquidao do IMT, ou que serviriam de base liquidao deste imposto no caso de no haver lugar liquidao do mesmo.

    Sempre que o valor do contrato seja inferior ao valor patrimonial do imvel ser este ltimo o valor a considerar pelo alienante e pelo adquirente para efeito da determinao do lucro tributvel em sede de IRC.

    Sem prejuzo do acima exposto, sempre que o preo real da transaco for inferior ao valor patrimonial tributrio de referncia, o contribuinte poder apresentar Administrao Tributria um pedido, contestando o valor de referncia resultante das regras acima definidas, caso em que a Administrao Tributria poder aceder informao bancria do requerente e dos respectivos administradores ou gerentes (caso aplicvel), referente ao exerccio em que ocorreu a transmisso e ao exerccio anterior, devendo ser anexados ao pedido os correspondentes documentos de autorizao.

  • 17

    5.7 - LUCROS RECEBIDOS (REGIME DE PARTICIPATION EXEMPTION)

    Os rendimentos relativos a lucros e reservas distribudos que estejam includos na base tributvel das sociedades residentes em territrio portugus so deduzidos na totalidade na determinao do lucro tributvel em sede de IRC, sempre que se encontrem preenchidas as seguintes condies:

    - O sujeito passivo detenha uma participao no inferior a 5% do capital social ou direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou reservas, desde que a participao seja detida por um perodo mnimo de 24 meses, de forma ininterrupta, ou, se detida h menos tempo, seja mantida durante o tempo necessrio para completar aquele perodo;

    - O sujeito passivo no seja abrangido pelo regime da transparncia fiscal;

    - A entidade que distribua os lucros ou reservas no tenha residncia ou domiclio em jurisdio offshore;

    - A entidade que distribua os lucros ou reservas esteja sujeita e no isenta (i) de IRC, (ii) do imposto especial de jogo, (iii) de um imposto referido no artigo 2. da Directiva n2011/96 UE do Conselho, de 30 de Novembro, (iv) ou de um imposto de natureza idntica ou similar ao IRC e cuja taxa legal aplicvel no seja inferior a, pelo menos, 60% da taxa do IRC.

    O requisito previsto no ltimo travesso supra porm dispensado quando:

    - Os lucros ou rendimentos advenham de, pelo menos, 75% do exerccio de uma actividade agrcola ou industrial no territrio onde a entidade est estabelecida, ou de uma actividade comercial ou de prestao de servios que no esteja dirigida predominantemente ao mercado portugus;

    - A actividade principal da participada no consista em operaes associadas actividade bancria e seguradora, nem os seus rendimentos resultem de operaes passivas, entre outras, aquelas que resultem da deteno de partes de capital inferior a 5%, ou de quaisquer participaes detidas em sociedades localizadas em parasos fiscais.

    Este regime ainda aplicvel aos lucros e reservas que sejam imputveis a um estabelecimento estvel situado em territrio portugus das seguintes entidades:

    - Entidade residente num Estado membro da UE que preencha os requisitos e condies estabelecidas no artigo 2. da Directiva n. 2011/96/UE do Conselho, de 30 de Novembro;

    - Entidade residente num Estado membro do EEE sujeito a obrigaes de cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalentes s estabelecidas no mbito da UE, desde que a entidade em causa preencha os requisitos e condies estabelecidas no artigo 2. da Directiva n. 2011/96/UE do Conselho, de 30 de Novembro;

    - Entidade residente num Estado, que no conste da lista de parasos fiscais e com o qual Portugal tenha celebrado um ADT que preveja a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE e que, nesse Estado, esteja sujeita e no isenta de um imposto de natureza idntica ou similar ao IRC.

  • 18

    Guia Fiscal2014

    Em contraste, o regime de eliminao da dupla tributao econmica no ser aplicvel quando:

    - Os lucros ou reservas possam ser tratados pela entidade que os distribua como gastos dedutveis;

    - Os lucros ou reservas (i) sejam distribudos por entidades no sujeitas, ou isentas, de IRC ou de imposto similar ou equivalente, ou (ii) provenham de rendimentos no sujeitos ou isentos de IRC ou de imposto similar ou equivalente gerados ao nvel das entidades subafiliadas da entidade pagadora, salvo quando, num caso ou no outro, a entidade que distribui os lucros ou reservas seja uma entidade residente num Estado membro da UE ou num Estado membro do EEE que esteja vinculado a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE.

    5.8 - REGIME FISCAL APLICVEL AOS RENDIMENTOS DE PATENTES E OUTROS DIREITOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL

    Iseno de 50% do rendimento derivado de contratos de transferncia ou de concesso temporria do uso de patentes e desenhos ou modelos industriais, desde que sejam verificadas determinadas condies e requisitos.

    Este regime abrange apenas as patentes, desenhos ou modelos industriais registados em ou aps 1 de Janeiro de 2014.

    5.9 - REPORTE E TRANSMISSIBILIDADE DE PREJUZOS FISCAIS

    EXERCCIOPRAZO DE UTILIZAO DE PREJUZOS FISCAIS

    At 31.12.2009 2015 (6 exerccios)

    2010 2014 (4 exerccios)

    2011 2015 (4 exerccios)

    2012 2017 (5 exerccios)

    2013 2018 (5 exerccios)

    2014 e anos seguintes 2026 (12 exerccios)

    A utilizao de prejuzos fiscais reportveis em cada exerccio no pode exceder o montante correspondente a 70% do lucro tributvel apurado.

    No caso de o sujeito passivo de IRC beneficiar de uma iseno parcial e/ou de uma reduo deste imposto, os prejuzos fiscais sofridos nessas actividades no podem ser deduzidos, em cada exerccio, aos lucros tributveis gerados em outras actividades.

    Com excepo dos casos de alterao da titularidade de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto, deixam de constituir causas de caducidade da utilizao do reporte fiscal as seguintes:

    - A titularidade passe de directa para indirecta e vice-versa;

    - A alterao decorra de operaes de reestruturao dos grupos realizadas no mbito da aplicao do regime especial da neutralidade fiscal;

  • 19

    - De sucesso por morte;

    - Modificao do objecto social;

    - Alterao substancial da actividade;

    - Quando o adquirente j detinha, directa ou indirectamente, mais de 20% do capital social/direitos de voto;

    - Quando o adquirente seja trabalhador ou membro dos rgos sociais da sociedade, pelo menos desde o incio do perodo a que respeitam os prejuzos.

    No que respeita s duas ltimas situaes indicadas mantm-se a necessidade de apresentao de requerimento Administrao Tributria como condio da preservao do reporte fiscal.

    5.10 - PREOS DE TRANSFERNCIA

    As operaes comerciais entre entidades relacionadas (residentes ou no) devem efectuar-se em condies idnticas s que seriam praticadas entre entidades independentes (i.e. em condies de mercado ou em linha com o princpio de plena concorrncia).

    As empresas com vendas lquidas e outros proveitos de valor igual ou superior a 3.000.000 (com referncia ao exerccio anterior) devero preparar a documentao de preos de transferncia, sendo a sua entrega obrigatria apenas mediante notificao para o efeito.

    Determinada informao sobre preos de transferncia, incluindo tipos de transaes, montantes anuais e mtodos aplicados ter que ser declarada nos respetivos anexos da Informao Empresarial Simplificada/Declarao Anual.

    possvel solicitar Administrao Tributria a celebrao de acordos prvios sobre preos de transferncia, com carter unilateral, bilateral ou multilateral, com o objetivo de definir os termos e condies a praticar em operaes comerciais e financeiras realizadas com entidades relacionadas.

    5.11 - PAGAMENTOS A ENTIDADES NO RESIDENTES SUJEITAS A UM REGIME FISCAL PRIVILEGIADO

    No so dedutveis, para efeito de determinao do lucro tributvel, as importncias pagas ou devidas, a qualquer ttulo, a pessoas singulares ou colectivas domiciliadas em parasos fiscais, salvo se o sujeito passivo provar que tais encargos correspondem a operaes efectivamente realizadas e no tm um carcter anormal ou um montante exagerado.

    5.12 - IMPUTAO DE LUCROS

    So imputados aos scios residentes em territrio portugus os lucros obtidos por sociedades domiciliadas em parasos fiscais, independentemente da sua distribuio, na proporo da sua participao social, quando detenham, directa ou indirectamente, pelo menos 25% do respectivo capital, ou 10% quando a sociedade no residente seja detida, directa ou indirectamente, em mais de 50% por scios residentes em territrio portugus.

  • 20

    Guia Fiscal2014

    Este regime aplicvel aos casos de deteno indirecta atravs de mandatrio, fiducirio ou interposta pessoa.

    Para efeitos de determinao das percentagens acima referidas, relevante no s a participao no capital social, mas tambm os direitos de voto, os direitos sobre os rendimentos e os elementos patrimoniais detidos, devendo ainda atender-se s percentagens detidas por entidades com as quais o sujeito passivo tenha relaes especiais.

    Ao valor dos rendimentos sujeitos a imputao deduzido o imposto sobre o rendimento incidente sobre os mesmos a que houver lugar de acordo com o regime fiscal aplicvel no Estado de residncia da entidade que os obteve.

    O regime em apreo no aplicvel a participaes detidas em sociedades residentes noutro Estado membro da UE ou num Estado membro do EEE que esteja vinculado a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE e o sujeito passivo demonstre que a constituio e funcionamento da entidade detida se encontra assenta em razes econmicas vlidas e que esta desenvolve uma actividade econmica de natureza agrcola, comercial, industrial ou de prestao de servios.

    5.13 - REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAO DOS GRUPOS DE SOCIEDADES (RETGS)

    Entidades residentes integrantes de um grupo econmico podero aderir ao RETGS, sendo assim globalmente tributadas pela soma algbrica dos respetivos resultados, positivos e negativos.

    Pode haver opo pelo RETGS quando:

    - Uma empresa (dominante) detenha, directa ou indirectamente, ainda que por intermdio de sociedades residentes noutro Estado membro da UE ou do EEE (desde que neste ltimo caso exista obrigao de cooperao administrativa no domnio da fiscalidade), pelo menos, 75% do capital de outra(s) sociedade(s) dominada(s), desde que tal participao lhe confira mais de 50% dos direitos de voto;

    - As sociedades do grupo sejam residentes em Portugal e estejam sujeitas ao regime geral de IRC, taxa normal mais elevada;

    - A sociedade dominante detenha a participao na sociedade dominada h mais de 1 ano (ou desde a sua constituio);

    - A sociedade dominante no seja dominada por outra sociedade residente em territrio portugus;

    - A sociedade dominante no tenha renunciado aplicao do regime nos 3 anos anteriores;

    - Para efeitos da contagem dos prazos referidos, quando a participao tenha sido adquirida no mbito de processo de fuso, ciso ou entrada de ativos, considera-se o perodo em que as participaes tenham permanecido na titularidade das sociedades fundidas, cindidas ou da sociedade contribuidora.

  • 21

    No podem fazer parte do RETGS sociedades que:

    - Estejam inactivas h mais de 1 ano ou tenham sido dissolvidas;

    - Estejam em processo de recuperao especial de empresa ou falncia;

    - Registem prejuzos fiscais nos 3 exerccios anteriores (salvo, no caso das sociedades dominadas, se detidas pela sociedade dominante h mais de 2 anos);

    - Estejam sujeitas taxa de IRC inferior taxa normal mais elevada e no renunciem sua aplicao;

    - Adoptem um perodo de tributao diferente do da sociedade dominante;

    - No assumam a forma de sociedade por quotas, annimas, em comandita por aes ou entidades pblicas empresariais.

    No que respeita aos prejuzos fiscais, os apurados antes da aplicao do RETGS somente podem ser deduzidos at ao limite do lucro tributvel da sociedade que os gerou. Quanto aos prejuzos apurados no decorrer da aplicao do RETGS, os mesmos s podem ser utilizados durante a vigncia deste regime, no sendo dedutveis aps a cessao do RETGS ou da sada da sociedade que os gerou. A deduo de prejuzos fiscais a efectuar em cada exerccio no pode exceder o montante correspondente a 70% do respectivo lucro tributvel.

    A Derrama Municipal e a Derrama Estadual so devidas em relao ao lucro tributvel individual de cada sociedade e no ao agregado do grupo.

    Para alm da opo pelo RETGS, devem ainda ser comunicadas as alteraes e a renncia ou a cessao da aplicao do regime.

    5.14 - REGIME SIMPLIFICADO DE IRC: PMES

    Os sujeitos passivos podem optar pela aplicao de um regime simplificado desde que cumpram as seguintes condies (cumulativas)1:

    - Tenham obtido, no perodo de tributao imediatamente anterior, um montante anual de rendimentos no superior a 200.000;

    - O total do seu balano relativo ao perodo de tributao imediatamente anterior no exceda 500.000;

    - No estejam legalmente obrigadas reviso legal de contas;

    - O respectivo capital social no seja detido, em mais de 20%, directa ou indirectamente, por entidades que no preencham alguma das condies previstas nos pontos anteriores, excepto quando sejam sociedades de capital de risco ou investidores de capital de risco;

    - Adoptem o regime de normalizao contabilstica para microentidades, aprovado pelo Decreto-Lei n. 36-A/2011, de 9 de Maro;

    - No tenham renunciado aplicao do regime nos trs anos anteriores, com referncia data em que se inicia a aplicao do regime.

    1 No perodo do incio de actividade, o enquadramento no regime simplificado de determinao da matria colectvel faz-se, verificados os demais requisitos, em conformidade com o valor anualizado dos rendimentos estimados, constantes da declarao de incio de actividade.

  • 22

    Guia Fiscal2014

    O regime simplificado de tributao em sede de IRC permite que a matria colectvel do sujeito passivo seja obtida, no com base na sua contabilidade, mas antes com base na aplicao dos seguintes coeficientes:

    COEFICIENTE NATUREZA DO RENDIMENTO COLECTVEL

    0,04Rendimentos das vendas de mercadorias e produtos;

    Rendimentos das prestaes de servios efectuadas no mbito de actividades hoteleiras e similares, restaurao e bebidas.

    0,75Rendimentos das actividades profissionais constantes da tabela

    a que se refere o artigo 151. do Cdigo do IRS.

    0,10 Rendimentos de prestaes de servios e subsdios destinados explorao.

    0,95

    Rendimentos provenientes de contratos que tenham por objecto a cesso ou utilizao temporria da propriedade intelectual ou industrial.

    Rendimentos provenientes da prestao de informaes respeitantes a uma experincia adquirida no sector industrial, comercial ou cientfico.

    Rendimentos de capitais. Resultado positivo de rendimentos prediais.

    Saldo positivo das mais-valias e menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais, tal como determinados para efeitos de IRS.

    1,00 Valor de aquisio dos incrementos patrimoniais obtidos a ttulo gratuito.

    Notas:

    Nos sectores de revenda de combustveis, de tabaco, de veculos sujeitos ao imposto sobre os veculos e de lcool e bebidas alcolicas no se consideram, para efeitos da determinao da matria colectvel por aplicao do regime simplificado, os montantes correspondentes aos impostos especiais sobre o consumo e ao imposto sobre os veculos.

    Os coeficientes de 0,04 e 0,10 so reduzidos em 50% e 25% no primeiro e segundo perodos posteriores ao incio de actividade, respectivamente.

    A matria colectvel resultante da aplicao do regime simplificado de tributao em sede de IRC no pode ser inferior a 60% do valor anual da retribuio mensal mnima garantida.

    Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado no so sujeitos s taxas de tributao autnoma previstas para:

    - Encargos dedutveis relativos a despesas de representao;

    - Encargos dedutveis relativos a ajudas de custo e compensao pela deslocao em viatura prpria do trabalhador;

    - Lucros distribudos a sujeitos passivos que beneficiem de iseno total ou parcial;

    - Gastos ou encargos relativos a indemnizaes, compensaes, bnus e outras remuneraes variveis pagas a gestores, administradores ou gerentes.

    Os sujeitos passivos a que seja aplicado este regime ficam dispensados do pagamento do PEC.

  • 23

    5.15 - TRIBUTAO AUTNOMA(a)

    DESPESAS SUJEITAS A TRIBUTAO AUTNOMA EM IRC TAXAS (%)

    Despesas no documentadas 50%

    Despesas no documentadas efectuadas por sujeitos passivos total ou parcialmente isentos 70%

    Despesas com ajudas de custo e despesas com compensao pela deslocao em viatura prpria do trabalhador, ao servio da entidade patronal, no facturadas a clientes (b)

    5%

    Despesas de representao (b) 10%

    Encargos com viaturas com um custo de aquisio inferior a 25.000 10%

    Encargos com viaturas com um custo de aquisio igual ou superior a 25.000 e inferior a 35.000 (c)

    27,5%

    Encargos com viaturas com um custo de aquisio igual ou superior a 35.000 (c) 35%

    Lucros recebidos por sujeitos passivos que beneficiem de iseno total ou parcial de IRC, quando as partes sociais a que respeitam os lucros no tenham permanecido

    na sua titularidade de modo ininterrupto, durante o ano anterior data da sua colocao disposio (b)

    23%

    Importncias pagas ou devidas a entidades off-shore35% ou

    55%

    Gastos ou encargos relativos a indemnizaes ou compensaes por cessao de funes pagas a gestores, administradores ou gerentes (b) (d)

    35%

    Gastos ou encargos relativos a bnus e outras remuneraes variveis pagos a gestores, administradores ou gerentes (b) (e)

    35%

    (a) As taxas so elevadas em 10% quando os sujeitos passivos apresentem prejuzos fiscais no perodo de tributao a que respeitam as despesas e encargos em apreo. Estas taxas no sero aplicveis relativamente s despesas ou encargos de estabelecimento estvel situado fora do territrio portugus e relativos actividade exercida por seu intermedirio.

    (b) No aplicvel aos sujeitos passivos do regime simplificado de tributao.(c) Os encargos relativos a veculos movidos exclusivamente a energia elctrica ou a viaturas relativamente s quais a

    respectiva utilizao seja tributada em IRS, a ttulo de rendimento do trabalho dependente, no so tributados autonomamente.

    (d) So tributados os gastos ou encargos relativos a indemnizaes ou quaisquer compensaes devidas, no relacionadas com a concretizao de objectivos de produtividade previamente definidos na relao contratual, e ainda os gastos relativos parte que exceda o valor das remuneraes que seriam auferidas pelo exerccio daqueles cargos at ao final do contrato, quando se trate de resciso de um contrato antes do termo, qualquer que seja a modalidade de pagamento, quer este seja efectuado directamente pelo sujeito passivo, quer haja transferncia das responsabilidades inerentes para uma outra entidade.

    (e) Os gastos ou encargos relativos a bnus e outras remuneraes variveis pagas a gestores, administradores e gerentes so tributadas quando estas representem uma parcela superior a 25% da remunerao anual e possuam valor superior a 27.500, salvo se o seu pagamento estiver subordinado ao diferimento de uma parte no inferior a 50% por um perodo mnimo de trs anos e condicionado ao desempenho positivo da sociedade ao longo desse perodo.

  • 24

    Guia Fiscal2014

    5.16 - TAXAS DE RETENO NA FONTE DE IRC

    NATUREZA DO RENDIMENTORESIDENTES NO RESIDENTES

    TAXA (a) TAXA (b)

    Remuneraes dos rgos estatutrios 21,5% 25%

    Comisses _ 25% (c)

    Prestao de servios _ 25% (c) (d)

    Aluguer de equipamento agrcola, industrial, comercial ou cientfico

    _25% (c)

    Assistncia tcnica_

    25% (c)

    Dividendos 25% (e) 25% (c) (f)

    Juros de depsitos 25% 25% (c)

    Juros de suprimentos 25% (g) 25% (c) (h)

    Juros de ttulos de dvida 25% 25% (c) (i)

    Rendimentos de capitais pagos ou colocados disposio de entidades off-shore

    - 35%

    Rendimentos de capitais pagos ou colocados disposio em contas abertas em nome de um

    ou mais titulares mas por conta de terceiros no identificados

    35% 35% (c)

    Rendimentos de operaes de reporte 25% 25% (c)

    Royalties 25% 25% (c) (h)

    Rendimentos de unidades de participao em fundos de capital de risco

    10% - (j)

    Rendimentos de unidades de participao em fundos de investimento imobilirio

    em recursos florestais 10% - (j)

    Outros rendimentos de capitais 25% 25% (c)

    Rendimentos prediais 25% 25%

    Incrementos patrimoniais

    Mais - valias de partes sociais - 25% (l) (m)

    Mais - valias de imveis - 25% (l) (m)

    (a) Reteno na fonte com natureza de imposto por conta.(b) Reteno na fonte liberatria, excepto rendimentos prediais.(c) A taxa domstica de reteno na fonte poder ser reduzida (ou eliminada) nos termos de ADT que tenha sido celebrado, e

    que se encontre em vigor, entre Portugal e o Estado de residncia do beneficirio dos rendimentos, cumpridas que sejam as formalidades previstas na lei.

    (d) Excepto servios de transporte, de comunicao a financeiros. (e) Dispensa de reteno na fonte quando a participao em causa for detida directamente e a mesma corresponder a, pelo

    menos, 5% e for detida, ininterruptamente, durante o ano anterior data da colocao dos lucros disposio.

  • 25

    (f) Esto isentos os lucros e reservas que uma entidade residente em territrio portugus, sujeita e no isenta de IRC, coloque disposio de uma entidade que:

    i) Seja residente:

    - Noutro Estado membro da UE;

    - Num Estado membro do EEE que esteja vinculado a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE;

    - Num Estado com o qual tenha sido celebrado ADT, que preveja cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE;

    ii) Esteja sujeita e no isenta de um imposto referido no artigo 2. da Directiva n. 2011/96/UE, do Conselho, de 30 de Novembro, ou de um imposto de natureza idntica ou similar ao IRC desde que, na ltima situao prevista na alnea anterior, a taxa legal aplicvel no seja inferior a 60 % da taxa do IRC;

    iii) Detenha directa, ou directa e indirectamente, uma participao no inferior a 5 % do capital social ou dos direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou reservas;

    iv) Detenha a participao referida na alnea anterior de modo ininterrupto, durante os 24 meses anteriores colocao disposio ou pagamento.

    A referida iseno ainda aplicvel aos lucros e reservas que uma entidade residente em territrio portugus coloque disposio de um estabelecimento estvel situado noutro Estado membro da UE, do EEE, ou de uma entidade que cumpra os requisitos estabelecidos supra.

    Esto igualmente isentos de IRC os lucros que uma entidade residente em territrio portugus coloque disposio de uma sociedade residente na Confederao Sua, nas condies previstas no n. 8 do artigo 14. do Cdigo do IRC.

    (g) No existe obrigao de efectuar reteno na fonte de IRC quando esta tenha natureza de imposto por conta, nomeadamente no caso de juros e outros rendimentos resultantes de contratos de suprimento, de papel comercial ou obrigaes, de que seja devedora sociedade cujo capital social com direito de voto seja detido pelo sujeito passivo em mais de 10%, directamente, ou indirectamente atravs de outras sociedades em que o sujeito passivo seja dominante, desde que a participao no capital social tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante o ano anterior data da sua colocao disposio.

    (h) Iseno de reteno na fonte deste que cumpridas as formalidades previstas na lei. (i) Possibilidade de iseno ao abrigo do Decreto-Lei 193/2005, de 7 de Novembro, que aprovou o Regime Especial de

    Tributao dos Rendimentos de Valores Mobilirios Representativos de Dvida.(j) Reteno de 10% se o titular dos rendimentos (i) for residente em off-shore e/ou (ii) for detido, directa ou indirectamente,

    em mais de 25%, por entidades residentes.(l) No h lugar a reteno na fonte sobre as mais-valias, sendo o imposto pago em termos finais aps a apresentao da

    competente declarao de rendimento.(m) Possibilidade de iseno sempre que: (i) a entidade beneficiria no seja detida, directa ou indirectamente, em mais

    de 25% por entidades residentes; (ii) a mesma no seja residente em pas, territrio ou regio, sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorvel, constante da Portaria n. 150/2004, de 13 de Fevereiro (com as alteraes entretanto introduzidas pela Portaria n. 292/ 2011 de 8 Novembro); e (iii) as mais-valias no resultem da transmisso onerosa de partes sociais em sociedades residentes em territrio portugus cujo activo seja constitudo, em mais de 50%, por bens imobilirios a situados ou que, sendo sociedades gestoras ou detentoras de participaes sociais, se encontrem em relao de domnio, tal como esta definida no artigo 13. do Regime Geral das Instituies de Crdito e Sociedades Financeiras, a ttulo de dominantes, com sociedades dominadas, igualmente residentes em territrio portugus, cujo activo seja constitudo, em mais de 50%, por bens imobilirios a situados. Os ADT podem impedir Portugal de tributar as mais-valias quando realizadas por pessoas colectivas no residentes que possam beneficiar da sua aplicao, quando sejam cumpridas que estejam as formalidades previstas na lei.

  • 26

    Guia Fiscal2014

    5.17 - PAGAMENTO POR CONTA

    Devem ser efectuados pagamentos por conta no 7. e 9. meses e at ao dia 15 do 12. ms do perodo de tributao das empresas, correspondendo cada pagamento aos seguintes montantes:

    - 1/3 de 80% da colecta do ano anterior deduzida das retenes na fonte, se o volume de negcios for igual ou inferior a 500.000;

    - 1/3 de 95% da colecta do ano anterior deduzida das retenes na fonte, se o volume de negcios for superior a 500.000.

    O pagamento especial por conta efectuado passa a ser dedutvel para efeitos do apuramento do pagamento por conta.

    5.18 - PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (PEC)

    O pagamento especial por conta deve ser efectuado em duas prestaes, at 31 de Julho e 15 de Dezembro do ano a que respeita (ou, no caso de se adoptar um perodo de tributao no coincidente com o ano civil, at ao fim do 7. ms e at ao dia 15 do 12. ms do respectivo perodo de tributao) e corresponde diferena entre 1% do volume de negcios (definio dependente do tipo de actividade) do ano anterior com o limite mnimo de 1.000 e, quando superior, igual a 1.000 adicionado de 20% do excedente com o limite mximo de 70.000 e o montante dos pagamentos por conta efectuados no ano anterior de acordo com a lei.

    Os sujeitos passivos de IRC que, no exerccio anterior, apenas tenham auferido rendimentos isentos, no tero que efectuar qualquer pagamento mnimo.

    Este pagamento no , todavia, aplicvel aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado de tributao nem no exerccio de incio de actividade e no seguinte, bem como a determinados sujeitos passivos (incluindo os que tenham deixado de efectuar vendas ou prestao de servios e tenham entregue a declarao de cessao de actividade para efeitos de IVA).

    O PEC no deduzido colecta de IRC pode ser reportado at ao 12. perodo de tributao seguinte, depois de efectuadas as restantes dedues colecta.

    Os pagamentos por conta no so dedutveis para efeitos do apuramento do PEC devido.

    5.19 - PAGAMENTO ADICIONAL POR CONTA (DERRAMA ESTADUAL E REGIONAL)

    LUCRO TRIBUTVEL TAXAS (%)

    De mais de 1.500.000 at 7.500.000 2,5

    De mais de 7.500.000 at 35.000.000 4,5

    Superior a 35.000.000 6,5

  • 27

    5.20 - REDOMICILIAO DE SOCIEDADES (EXIT TAX)

    A transferncia da sede ou direco efectiva de uma entidade localizada em territrio portugus para o estrangeiro implica, para efeito do apuramento do lucro tributvel dessa mesma entidade, que sejam consideradas como componentes positivas ou negativas, as diferenas existentes data da cessao da actividade em Portugal entre os valores de mercado e os valores fiscalmente relevantes dos elementos patrimoniais, ainda que nao expressos na contabilidade.

    O imposto que se mostre devido em resultado da apresentao da competente declarao de cessao de actividade, dever ser paga imediatamente, excepto quando seja apurado em resultado da transferncia da residncia de uma sociedade com sede ou direco efectiva em territrio portugus para outro Estado membro da UE ou do EEE, caso em que poder ser pago de acordo com uma das seguintes modalidades:

    - Imediatamente;

    - No ano seguinte quele em que se verifique a extino, transmisso ou desafectao actividade de cada um dos elementos patrimoniais transferidos considerados para efeitos do apuramento do imposto, pela parte do imposto que corresponda ao resultado fiscal relativo a cada elemento individualmente identificado;

    - Em fraces anuais de igual montante, correspondentes a 1/5 do montante do imposto apurado, com incio no perodo de tributao em que ocorre a transferncia da residncia.

    O exerccio da opo pelo pagamento diferido do imposto determina o pagamento de juros, mesma taxa prevista para os juros de mora, implicando a falta do pagamento de qualquer prestao o imediato vencimento das seguintes.

    Alm do pagamento de juros, o exerccio da opo pelo pagamento diferido est subordinado prestao de garantia bancria, correspondente ao montante de imposto acrescido de 25%, sempre que exista fundado receio de frustrao da cobrana do crdito tributrio.

    Sem prejuzo do exposto, o regime de exit tax no aplicvel aos elementos patrimoniais que permaneam afectos a um estabelecimento estvel, localizado em Portugal, da sociedade que transferiu a sua sede ou direco efectiva para o exterior.

    6 - IVA

    BENS E SERVIOSTAXAS

    CONTINENTE MADEIRA AORES

    Taxa geral 23% 22% 18%

    Lista I Taxa reduzida 6% 5% 5%

    Lista II Taxa intermdia 13% 12% 10%

  • 28

    Guia Fiscal2014

    7 - IMI

    O IMI incide sobre o valor patrimonial tributrio dos prdios rsticos e urbanos, situados em territrio portugus, sendo devido pelo proprietrio, usufruturio ou superficirio do prdio em questo a 31 de Dezembro do ano a que respeita.

    O valor patrimonial tributrio determinado por avaliao, tendo por base o tipo de prdio. Este valor, se resultante de avaliao directa s pode ser objecto de alterao com fundamento na desactualizao do VPT, por meio de avaliao decorridos trs anos sobre a data do pedido da promoo oficiosa da inscrio ou da actualizao do prdio na matriz. A mesma situao se aplica aos casos em que o valor patrimonial tributrio resulte da avaliao geral de prdios.

    PRDIOSTAXAS

    MNIMA MXIMA

    Prdios rsticos - 0,8 %

    Prdios urbanos* 0,3% 0,5%

    Prdios urbanos avaliados nos termos do Cdigo do IMI 0,3% 0,5%

    Predios rsticos ou urbanos detidos por entidade off-shore - 7,5%

    *As taxas so elevadas para o triplo se os prdios se encontrarem devolutos ou em ruinas h mais de um ano.

    8 - IMT

    O IMT incide sobre as transmisses onerosas de bens imveis situados em territrio portugus, tendo por base o calculo do valor declarado da operao ou o valor patrimonial do imvel, consoante aquele que seja superior. Sobre tais transmisses poder ainda incidir Imposto do Selo (ver ponto 9 infra).

    OUTROS PRDIOS TAXAS

    Prdios rsticos 5

    Prdios urbanos no destinados exclusivamente habitao, e outras aquisies onerosas

    6,5%

    Quaisquer prdios adquiridos por entidade off-shore 10%

    Prdios urbanos ou fraces destinados exclusivamente a habitao*:

    VALOR TRIBUTVELTAXAS

    MARGINAL MDIA

    At 92.407 00 0 0

    + 92.407 at 126.403 2% 0,5379%

    + 126.403 at 172.348 5% 1,7274%

    + 172.348 at 287.213 7% 3,8361%

    + 287.213 at 574.323 8% -

    At 574.323 6% (taxa nica)

    (*) No limite superior do escalo

  • 29

    O Cdigo do IMT prev ainda uma tabela especfica para aquisio de bens imveis destinados exclusivamente a habitao prpria e permanente do sujeito passivo, a qual poder ser consultada no site da Administrao Tributria.

    9 - IMPOSTO DO SELO

    O Imposto do Selo incide sobre os actos, contratos, documentos, ttulos, livros, papis e outros factos previstos na Tabela Geral anexa ao Cdigo do Imposto do Selo, abrangidos pelas regras de territorialidade e no sujeitos ou isentos de IVA, de acordo com a seguinte tabela:

    FACTO TRIBUTRIO TAXA

    Aquisio onerosa ou por doao de imveis 0,8%

    Aquisio gratuita de bens por pessoas singulares (sucesses e doaes) (excepto quando o beneficirio seja sujeito passivo de IRC ou o cnjuge, ascendentes

    ou descendentes)

    10%

    Arrendamento ou subarrendamento (sobre um ms de renda)

    10%

    Garantias (excepto quando acessrias e simultneas de contratos especialmente

    tributados na Tabela Geral)

    Prazo < 1 ano - por cada ms ou frao 0,04%

    Prazo >= 1 ano 0,5%

    Sem prazo ou prazo >= 5 anos 0,6%

    Utilizao de crdito

    Prazo < 1 ano por cada ms ou frao 0,04%

    Prazo >= 1 ano 0,5%

    Prazo >= 5 anos 0,6%

    Prazo no determinado (v.g. conta corrente) - por ms sobre a mdia mensal da dvida

    0,04%

    Operaes efectuadas por instituies financeiras

    Juros, incluindo desconto de letras 4%

    Comisses por garantias prestadas 3%

    Outras comisses por servios financeiros 4%

    Comisses por mediao de seguros 2%

    Direito de propriedade, usufruto ou superfcie sobre prdios urbanos com valor patrimonial tributrio >=

    1.000.000

    Com afetao habitacional

    1%Terrenos para construo cuja edificao, autorizada ou prevista, seja para habitao

    Detidos por entidades off-shore (excepto quando detidos por pessoas singulares)

    7,5%

  • 30

    Guia Fiscal2014

    10 - ACORDOS DE DUPLA TRIBUTAO

    CONVENES CELEBRADAS POR PORTUGALRENDIMENTOS

    DIVIDENDOS JUROS ROYALTIES

    frica do Sul 10% e 15% 10% 10%

    Alemanha 15% 10% e 15% 10%

    Arglia 10% e 15% 15% 10%

    ustria 15% 10% 5 % e 10%

    Barbados (pendente) 5% e 15% 10% 5%

    Blgica 15% 15% 10%

    Brasil 10% e 15% 15% 15%

    Bulgria 10 % e 15% 10% 10%

    Cabo Verde 10% 10% 10%

    Canad 10% e 15% 10% 10%

    Chile 10% e 15% 5%, 10% e 15% 5% e 10%

    China 10% 10% 10%

    Chipre (falta aviso) 10% 10% 10%

    Colmbia 10% 10% 10%

    Coreia do Sul 10% e 15% 15% 10%

    Cuba 5% e 10% 10% 5%

    Dinamarca 10% 10% 10%

    Eslovquia 10% e 15% 10% 10%

    Eslovnia 5% e 15% 10% 5 %

    Emirados rabes Unidos 5% e 15% 10% 5%

    Espanha 10% e 15% 15% 5%

    Estados Unidos da Amrica 5%, 10% e 15% 10% 10%

    Estnia 10% 10% 10%

    Finlndia 10% e 15% 15% 10%

    Frana 15 % 10% e 12% 5%

    Grcia 15 % 15% 10%

    Guin Bissau (falta aviso) 10 % 10% 10%

    Holanda 10 % 10% 10%

    Hong Kong 5% e 10% 10% 5%

    Hungria 10% e 15% 10% 10%

    ndia 10% e 15% 10% 10%

    Indonsia 10% 10% 10%

    Irlanda 15% 15% 10%

    Islndia 10% e 15% 10% 10%

    Israel 5%, 10% e 15% 10% 10%

    Itlia 15% 15% 12%

    Japo (falta aviso) 5% e 10% 5% 5%

    Koweit 5% e 10% 10% 10%

    Letnia 10% 10% 10%

    Litunia 10% 10% 10%

  • 31

    Luxemburgo 15% 10% e 15% 10%

    Macau 10% 10% 10%

    Malta 10% 10% 10%

    Marrocos 10% e 15% 12% 10%

    Mxico 10% 10% 10%

    Moambique 10% 10% 10%

    Moldvia 5% e 10% 10% 8%

    Noruega 5% e 15% 15% 10%

    Panam 10% e 15% 10% 10%

    Paquisto 10% e 15% 10% 10%

    Peru 10% e 15% 10% e 15% 10% e 15%

    Polnia 10% e 15% 10% 10%

    Qatar 5% e 10% 10% 10%

    Reino Unido 10% e 15% 10% 5%

    Repblica Checa 10% e 15% 10% 10%

    Repblica Eslovaca 10% 10% 10%

    Romnia 10% e 15% 10% 10%

    Rssia 10% e 15% 10% 10%

    Singapura 10% 10% 10%

    Sucia 10% 10% 10%

    Sua 10% e 15% 10% 5%

    Timor-Leste (falta aviso) 5% e 10% 10% 10%

    Tunsia 15% 15% 10%

    Turquia 5% e 15% 10% e 15% 10%

    Ucrnia 10% e 15% 10% 10%

    Uruguai 5% e 10% 10% 10%

    Venezuela 10% 10% 10% e 12%

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