guia fiscal 2015 angola - delloite

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  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

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    Construir o futuroFrum ReformaTributria

    Guia Fiscal 2015

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    A Reforma Tributria tem vindo a

    ser debatida, construda e ajustada

    ao longo dos ltimos meses. Esta

    reflexo resultou num novo regime

    agora mais estvel para as receitastributrias de diversas naturezas,

    tendo sido publicado no final de 2014

    o pacote legislativo que estabiliza

    a estrutura fiscal que deve reger a

    actividade dos agentes econmicos.

    Os principais desafios prendem-se

    com a rapidez e facilidade com que

    as organizaes se iro adaptar

    ao novo regime, e a forma como

    devem ajustar os seus processos e

    modelos de gesto no sentido de

    uma maior eficincia administrativa

    e fiscal. As obrigaes tributrias

    mantm-se, dentro do novo regime,

    sendo esperado do sector privado,organizaes e outros agentes

    econmicos, que desempenhem

    o seu papel num cenrio em que

    o cumprimento, por parte destas

    entidades, e controlo, por parte da

    autoridade tributria, se tornar cada

    vez mais eficiente e harmonioso.

    Editorial

    Guia Fiscal 2015 | Tax 3

    um caminho do qual todos fazemos

    parte. Do nosso lado, continuaremos

    disponveis para trabalhar com os

    diversos agentes na medida em que

    possamos contribuir para uma melhor

    e mais rpida adopo e adaptao aonovo regime fiscal. Esperamos que este

    guia seja, para todas as organizaes,

    um instrumento til nesta direco.

    Duarte GalhardasPartner, [email protected]

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

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    ndice

    5 Imposto Industrial

    17 Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho

    25 Imposto sobre a Aplicao de Capitais

    31 Imposto Predial Urbano

    35 Imposto do Selo

    45 Imposto de Consumo

    53 Imposto sobre as Sucesses e Doaes e Sisa

    sobre a Transmisso de Imobilirio por Ttulo

    Oneroso

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    5/60Guia Fiscal 2015 | Tax 5

    Imposto Industrial

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    Actividades de natureza comercial ou industrial

    Sujeitos passivos Incidncia de Imposto Industrial

    Incidncia objectiva

    O Imposto Industrial incide sobre os lucros, ainda que acidentais, imputveis ao exerccio dequalquer actividade de natureza comercial ou industrial.

    Incidncia subjectiva

    Consideram-se sempre actividades de natureza comercial ou industrial, as seguintes:

    As sociedades comerciais ou civis sob formacomercial, as cooperativas, fundaes,associaes, fundos autnomos, empresas

    pblicas e as demais pessoas colectivas de direitopblico ou privado, com sede ou direco efectivaem territrio angolano.

    Lucros realizados em Angola e no estrangeiro.

    Lucros imputveis ao estabelecimento estvelsituado em Angola;

    Lucros imputveis s vendas em Angola, demercadorias da mesma natureza ou de naturezasimilar, vendidas pelo estabelecimento estvel;

    Lucros imputveis a outras actividades comerciaisem Angola, da mesma natureza ou de naturezasimilar s exercidas pelo estabelecimento estvel.

    Servios prestados em territrio angolano aspessoas colectivas sero colectadas, em sede deImposto Industrial, taxa liberatria, atravs doregime de tributao de servios acidentais.

    As entidades desprovidas de personalidade jurdica,com sede ou direco efectiva em territrio angolano,cujos rendimentos no sejam directamente tributveisem sede de Imposto Industrial na titularidade depessoas singulares ou colectivas1.

    Sucursais de sociedades no residentes.

    Pessoas colectivas no residentes em territrioangolano que detenham estabelecimento estvelem Angola.

    Pessoas colectivas no residentes em

    territrio angolano, ainda que no possuamestabelecimento estvel no Pas.

    Explorao agrcola, aqucola, avcola, pecuria, piscatria e silvcola;

    Mediao, agncia ou representao na realizao de contratos de qualquer natureza;

    Actividades reguladas pela entidade de superviso de seguros, entidade de superviso de jogos,

    pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e pela Comisso do Mercado de Capitais;

    Gesto de carteiras de imveis, de participaes sociais de ttulos;

    Actividades desenvolvidas por fundaes, fundos autnomos, cooperativas e associaes de beneficincia.

    1Designadamente, as heranas jacentes, as pessoas colectivas em relao s quais seja declarada a invalidade, as associaes e sociedadescivis sem personalidade jurdica e as sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial, at ao registo definitivo.

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    Grupo Sujeitos passivos Incidncia de imposto

    Nota:Podero optar pela incluso no Grupo A, por um perodo obrigatrio de trs anos, quaisquer contribuintes quemencionem a sua pretenso at ao final do ms de Fevereiro do ano a que o Imposto Industrial respeita.

    Grupos

    O Cdigo do Imposto Industrial contempla dois grupos:

    Empresas pblicas e entes equiparados;

    A

    B

    Sociedades com capital social igual ou superior aAKZ 2.000.000;

    Sociedades cujos proveitos totais anuais sejam devalor igual ou superior a AKZ 500.000.000;

    Associaes, fundaes e cooperativas, cujaactividade gere proveitos adicionais s dotaese subsdios recebidos dos seus associados,

    cooperantes ou mecenas;

    Matria colectvel determinadaa partir da contabilidade eapurada em conformidade comos ajustamentos fiscais previstosnos termos do Cdigo doImposto Industrial.

    Matria colectvel determinadaa partir da contabilidade eapurada em conformidade comos ajustamentos fiscais previstosnos termos do Cdigo doImposto Industrial;

    ouMatria colectvelcorrespondente ao volumede vendas de bens e serviosprestados2.

    Sucursais de sociedades no residentes.

    Todos os sujeitos passivos no abrangidos

    pelo Grupo A;

    Contribuintes que devem imposto somente pelaprtica de alguma operao ou acto isolado3denatureza comercial ou industrial.

    Guia Fiscal 2015 | Tax 7

    2Quando os contribuintes no disponham de contabilidade organizada.

    3Considera-se acto isolado a prtica de uma actividade que, de forma contnua ou interpolada, no tenha durao superior a 180 diasdurante um exerccio fiscal.

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    Proveitos ou ganhos Custos ou perdas dedutveis

    Determinao da matria colectvel do Grupo A

    O lucro tributvel corresponde ao saldo revelado pela conta de resultados do exerccio, consistindona diferena entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou gastos incorridos noexerccio, uns e outros, eventualmente corrigidos nos termos do Cdigo do Imposto Industrial.

    Os realizados no exerccio, provenientes de quaisquertransaces ou operaes efectuadas pelos contribuintes,designadamente, os derivados:

    Aqueles que se revelem comprovadamente indispensveis manuteno da fonte produtora ou realizao dos proveitose ganhos sujeitos a imposto, nomeadamente, os seguintes:

    Encargos relativos produo ou aquisio de quaisquerbens ou servios, tais como materiais utilizados,mo-de-obra, energia e outros gastos gerais defabricao, conservao e reparao;

    Encargos de distribuio e venda, incluindo transporte,seguros, publicidade e colocao de mercadorias;

    Encargos de natureza financeira, tais como juros decapitais alheios, descontos, gios, transferncias,variaes cambiais realizadas, cobranas de dvidas eemisses de aces, obrigaes e prmios de reembolso;

    Encargos de natureza administrativa, designadamentecom remuneraes, ajudas de custo, penses de reforma,contribuies para fundos de penses, material de consumocorrente, transportes, comunicaes, rendas, alugueres,segurana, servios jurdicos e de contencioso, seguros e gastoscom benefcios atribudos pela cessao de relaes laborais;

    Encargos com anlises, racionalizao, investigao,consulta e formao do pessoal;

    Encargos fiscais e parafiscais4;

    Reintegraes e amortizaes nos termos previstos emdisposies especficas sobre esta matria;

    Provises constitudas nos termos da legislao em vigor;

    Indemnizaes e prejuzos resultantes de eventos cujo

    risco no seja segurvel;

    Encargos com assistncia social6;

    Crditos incobrveis7.

    Da explorao bsica, tais como vendas de bens ouservios, de bnus e abatimentos conseguidos ou decomisses e corretagens;

    Das exploraes complementares ou acessrias, incluindoas de carcter social e assistencial;

    De operaes de natureza financeira, tais como juros,dividendos e outras participaes em lucros de sociedades,descontos, gios, transferncias, variaes cambiaise prmios de emisso de aces ou obrigaes, notributados noutro imposto;

    De variaes patrimoniais positivas, excluindo asdecorrentes de entradas de capital ou coberturas deprejuzos efectuadas pelos titulares do capital ou crditosde imposto;

    De valores de construes, equipamentos, ou outros bensde investimento produzidos e utilizados na prpria empresa;

    Da prestao de servios de carcter cientfico ou tcnico;

    De indemnizaes que representem compensao porlucro cessante ou dano emergente;

    De mais-valias realizadas5;

    De propriedade industrial ou outros anlogos;

    De perdes de dvidas.

    4No so aceites como custos dedutveis matria colectvel de Imposto Industrial, entre outros, os seguintes encargos fiscais e parafiscais: Imposto Industrial; Imposto Predial Urbano; Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho; Imposto sobre a Aplicao de Capitais; contribuiespara a Segurana Social, na parcela que constitui encargo do trabalhador; imposto que incida sobre transmisses de fonte sucessria, ousobre transaces gratuitas, que constituam obrigao tributria de terceiros sociedade e o imposto que incida sobre as remuneraes dostrabalhadores ou sobre pagamentos de prestadores de servios que tenha sido suportado pela entidade sujeita a Imposto Industrial.

    5Consideram-se mais-valias, para efeitos desta categoria, os proveitos ou ganhos realizados, mediante transmisso onerosa, de quaisquer

    bens ou direitos, qualquer que seja o ttulo por que se opere a sua transmisso.6Relativamente a custos ou perdas com assistncia social (manuteno de infra-estruturas de assistncia mdica, creches, cantinas, bibliotecase escolas), os mesmos apenas sero considerados fiscalmente dedutveis, na medida em que sejam atribudos em benef cio da generalidadedos trabalhadores. A abertura destas instalaes a utilizadores externos ao pessoal da empresa, gerando proveitos ou ganhos, obriga incluso desses proveitos, devidamente discriminados, na matria colectvel de Imposto Industrial.

    7Na medida em que resultem de processos de execuo, falncia ou insolvncia e os mesmos se encontrem devidamente documentados por certido pblica.

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    Custos ou perdas no dedutveis

    Requisitos das facturas ao abrigo do RJFDE

    Documentao de custos

    Os custos incorridos com qualquer despesa apenas sero aceites para efeitos do apuramentoda matria colectvel, quando devidamente documentados nos termos da legislao em vigor,designadamente, nos termos do RJFDE.

    O Imposto Industrial, o Imposto Predial Urbano (IPU), o Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho, o Imposto sobre aAplicao de Capitais;

    Para alm de serem emitidas com recurso a um sistema informtico de facturao, as facturas oudocumentos equivalentes devem ser devidamente datadas e sequencialmente numeradas e conterobrigatoriamente os seguintes elementos:

    As contribuies para a Segurana Social na parcela que constitui encargo do trabalhador;

    Nome, firma ou denominao social e sede ou domiclio do fornecedor de bens prestador de servios edo destinatrio ou adquirente, bem como os seus nmeros de identificao fiscal (NIF);

    O imposto que incida sobre transmisses de fonte sucessria, ou sobre transaces gratuitas, que constituam obrigaotributria de terceiros a sociedades e o imposto que incida sobre as remuneraes de trabalhadores ou pagamentos deprestadores de servios que tenha sido suportado pela entidade sujeita a Imposto Industrial;

    Quantidade e determinao comum dos bens transmitidos ou dos servios prestados;

    As multas e todos os encargos pela prtica de infraces de qualquer natureza;

    Os custos de conservao e reparao de imveis relevados como custos no apuramento do Imposto Predial Urbano;

    Taxas e montante de imposto devido, quando aplicvel;

    As correces da matria colectvel relativas a exerccios anteriores;

    As correces extraordinrias do prprio exerccio;

    Os seguros dos ramos vida e sade cujo benefcio no seja atribudo generalidade do pessoal da empresa;

    Os juros de emprstimos, sob qualquer forma, dos detentores de capital ou de suprimentos;

    Os donativos e liberalidades concedidos em incumprimento das regras estabelecidas na Lei do Mecenato8;

    Os custos no documentados nos termos do Regime Jurd ico das Facturas e Documentos Equivalentes (RJFDE).

    Estar redigido obrigatoriamente em lngua portuguesa.

    8A atribuio de qualquer donativo ou liberalidade em incumprimento com as regras da Lei do Mecenato no s implica a no-aceitaodesses custos, como determina que sejam tributados autonomamente taxa de 15%, a partir do exerccio de 2017.

    Guia Fiscal 2015 | Tax 9

    Preo final, em moeda nacional, com todos os elementos que concorrem para a sua formao, salvo asfacturas que decorram de processo de importao e exportao, sujeitas s regras do comrcio internacional;

    Data em que os bens foram colocados disposio do adquirente, em que os servios foram realizados ouem que foram efectuados pagamentos anteriores realizao das operaes, se essa data no coincidircom a da emisso da factura;

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    Os custos indevidamente documentados e no documentados, para alm de no seremconsiderados como encargos dedutveis em sede de Imposto Industrial (devendo, portanto, seracrescidos para efeitos de determinao do lucro tributvel), so ainda objecto de tributaoautnoma, a partir do exerccio de 2017, nas seguintes condies:

    Custos Definio Taxa de tributao

    autnoma

    Custos indevidamentedocumentados

    Custos no documentados

    Despesas confidenciais

    Custos em que a documentao de suporteda despesa apenas identifica o nomeou entidade legal e o respectivo NIF dobeneficirio do pagamento.

    2%

    Custos em que no existe documentaovlida de suporte, mas em que a ocorrnciae natureza da despesa so materialmentecomprovveis.

    4%

    Custos em que no existe documentaovlida de suporte e em que a ocorrncia e anatureza da despesa no so materialmentecomprovveis.

    30% / 50%9

    9A taxa de 50% aplicada nas circunstncias em que a despesa origine um custo ou um proveito na esfera de um sujeito passivo isento, ouno sujeito, a tributao em sede de Imposto Industrial.

    10

    Valorizao das existncias

    Os valores das existncias de materiais, produtos ou mercadorias a considerar nos proveitos ecustos, ou a ter em conta na determinao dos proveitos ou gastos do exerccio so os que

    resultarem da aplicao de critrios valorimtricos que, podendo ser objecto de controlo inequvoco,estejam na tradio da indstria e sejam geralmente reconhecidos pela tcnica contabilstica comovlidos para exprimirem o resultado do exerccio e, alm disso:

    venham sendo uniformemente seguidos em sucessivos exerccios;

    utilizem preos de aquisio realmente praticados e documentados, ou preos de reposio ou devenda constantes de elementos oficiais ou de outros considerados idneos.

    permitido o registo de custos com existncias a ttulo de depreciao, obsolescncia ou possveisperdas de valor dos seus elementos, nos termos e limites da legislao em vigor, estando esteregisto dependente de aprovao por parte da Administrao Geral Tributria (AGT).

    Regime das reintegraes e amortizaes

    Pese embora tenha sido recentemente aprovado, no mbito da Reforma Tributria, um regimesubstancialmente diferente do que era anteriormente praticado, os procedimentos aplicveis at entrada em vigor do novo diploma dever-se-o manter relativamente aos bens cujo incio deutilizao tenha ocorrido at essa data.

    Neste sentido, as alteraes introduzidas pelo novo Cdigo do Imposto Industrial apenas se aplicamaos bens do activo imobilizado que entrem em funcionamento aps 1 de Janeiro de 2015.

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

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    As amortizaes e reintegraes dos contribuintes sujeitos aos Planos de Contas das InstituiesFinanceiras e Seguradoras devem ser realizadas de acordo com os respectivos normativos contabilsticos,mesmo quando contrrios s disposies do Cdigo do Imposto Industrial, podendo, no entanto, osprocedimentos de contabilizao serem corrigidos pela AGT quando se entenda que estes no tmaderncia aos respectivos normativos contabilsticos.

    Guia Fiscal 2015 | Tax 11

    Mtodo de clculo

    O clculo das amortizaes do exerccio deve fazer-se pelo mtodo das quotas constantes,podendo o contribuinte optar pelo clculo numa base anual ou por referncia a perodos mensais.Os contribuintes podem ainda optar por utilizar qualquer outro mtodo de clculo, medianteaprovao prvia da AGT.

    Genericamente, so amortizveis todos os bens e elementos do activo imobilizado corpreo

    ou incorpreo sujeitos a deperecimento. Contudo existem regimes de amortizao especficos,conforme sistematizado no quadro infra. Por outro lado, esto previstos custos com reintegraes eamortizaes no aceites para efeitos de apuramento na matria colectvel.

    Regimes de reintegraes

    e amortizaes

    Reintegraes e amortizaes no

    aceites fiscalmente

    Activos revertveis, desde que calculadas emfuno do nmero de anos que restam do perodo

    de concesso (quando aquele for inferior ao seuperodo de vida til do bem amortizado);

    As no contabilizadas como custos ou perdas

    no exerccio a que respeitam;

    Bens e elementos amortizveis adquiridos emestado de uso, desde que calculadas com base noperodo de utilidade esperado;

    As que sejam calculadas sobre bens eelementos do activo imobilizado corpreo ouincorpreo no sujeitos a deperecimento;

    Custos com obras efectuadas em propriedadesalheias, grandes reparaes e benfeitorias em bensde propriedade prpria, desde que calculadas combase no perodo de utilidade esperado;

    As que excedam as taxas limite e perodos devida til estabelecidos na legislao em vigor,salvo os casos excepcionais devidamentejustificados e reconhecidos pela AGT;

    Activos amortizveis cujo custo individualizadono exceda AKZ 30.000;

    As que sejam calculadas sobre o valor dosterrenos10;

    Bens do imobilizado reavaliado, desde quecalculadas nos termos da legislao aplicvel;

    As que sejam calculadas sobre viaturas ligeiras depassageiros ou mistas, cujo custo inicial/revalorizadoexceda AKZ 7.000.000, excepto as viaturas que seencontrem afectas explorao de servios pblicosde transporte ou que se destinem a ser alugadas noexerccio da actividade normal da empresa;

    Bens que tenham sofrido desvalorizaesexcepcionais, desde que seja apresentadorequerimento ao Chefe da Repartio Fiscalrespectiva.

    Calculadas sobre barcos de recreio, avies ouhelicpteros, excepto se estiverem afectos explorao de servios de transporte ou alugadosno exerccio da actividade normal da empresa.

    10Os terrenos no so amortizveis, excepto se estiverem exclusivamente afectos actividade de explorao, e apenas na parte sujeita adeperecimento. Caso os imveis tenham sido adquiridos sem indicao expressa do valor do custo do terreno, atribui-se aos terrenos umvalor de 20% do valor global dos imveis, a no ser que o contribuinte estime outro valor, com base em clculos tecnicamente elaboradose fundamentados por entidade independente e previamente aceites pela AGT.

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    Activo

    Provises aceites fiscalmente

    Taxas

    Imobilizado corpreo Taxas previstas na tabela das reintegraes e amortizaes definidasem diploma prprio.

    Imobilizado incorpreo

    Amortizaes de acordo com o perodo de utilidade esperada;

    ouDurante um perodo de 5 anos (quando o anterior no sejadeterminvel).

    Excepo:

    Programas informticos, os quais devem ser amortizados a uma taxaanual de 33,33%.

    Nota:Quando os bens estiverem sujeitos a desgaste superior ao que resultaria da sua utilizao normal, emconsequncia de laborao em mais do que um turno, poder ser aceite como custo fiscal do exerccio a amortizao

    calculada de acordo com o mtodo que estiver a ser utilizado acrescido de 25%, caso a laborao seja de dois turnos,ou 50%, caso se trate de uma laborao contnua.

    Regime das provises

    Os limites e taxas referentes s provises para crditos de processos judiciais em curso, cobranaduvidosa e depreciao de existncias sero regulados por diploma prprio a ser publicado.

    So aceites fiscalmente as provises constitudas no exerccio em que se destinem a cobrir as seguintes situaes:

    As obrigaes e encargos derivados de processos judiciais em curso por factos que determinariam a incluso daquelesentre os custos ou perdas do exerccio;

    Para fazer face aos crditos de cobrana duvidosa, calculadas em funo da soma dos crditos resultantes daactividade normal da empresa existentes no fim do exerccio, bem como da sua antiguidade;

    As constitudas para fazer face perda de valor das existncias;

    As constitudas de acordo com as obrigaes impostas pelas entidades pblicas reguladoras, designadamente, dosector financeiro, segurador e de jogos;

    As provises dos contribuintes sujeitos utilizao dos Planos de Contas das Instituies Financeiras e Seguradoras, nostermos e limites definidos na legislao prpria da entidade reguladora na totalidade do seu volume.

    12

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    Determinao da matria colectvel/Rendimento Taxas

    Taxas

    Matria colectvel apurada nos termos do Cdigo do Imposto Industrial; 30%11

    Rendimentos provenientes de actividades exclusivamente agrcolas, aqucolas, avcolas,piscatrias e silvcolas;

    15%

    Liquidao provisria sobre prestaes de servios; 6,5%

    Liquidao provisria sobre vendas; 2%

    Tributao liberatria sobre servios acidentais prestados por no residentes semestabelecimento estvel em Angola.

    6,5%

    Guia Fiscal 2015 | Tax 13

    11A taxa de Imposto Industrial poder ser reduzida no mbito de projectos de investimento privado devidamente licenciados por autoridadepblica definida nos termos da legislao em vigor ou em funo de legislao especial aprovada para o efeito.

    Dedues matria colectvel

    Deduo Condies

    Proveitos ou ganhos sujeitosa IPU e a Imposto sobreAplicao de Capitais (IAC)

    A deduo dos proveitos ou ganhos sujeitos a IAC no aplicvel aosrendimentos das instituies financeiras, ou das entidades que exeramactividades similares que estejam sujeitos ao IAC e dele isentos.

    Prejuzos fiscais

    Os prejuzos fiscais so reportveis nos trs exerccios posteriores. Contudo,caso o contribuinte tenha apurado prejuzos fiscais no decorrer de um perodode iseno ou reduo de taxa de Imposto Industrial, os mesmos no poderoser deduzidos ao lucro tributvel apurado nos exerccios posteriores ao fim doperodo de iseno ou de reduo de taxa;

    Os prejuzos fiscais apurados no mbito de uma actividade isenta ou quebeneficie de reduo de taxa tambm no so passveis de serem deduzidoscontra lucros de outras actividades sujeitas ao regime geral.

    Benefcio fiscaldos lucros levadosa reservas dereinvestimento

    Podero ser deduzidos matria colectvel do exerccio os lucros levados areservas de reinvestimento que, dentro dos trs exerccios seguintes, tenhamsido reinvestidos em instalaes ou equipamentos novos que contribuam,objectivamente, para a criao de emprego e para o desenvolvimento econmicodo Pas, at ao limite de metade do seu valor;

    Esta deduo ser faseada pelos trs exerccios seguintes ao da concluso doinvestimento, no sendo este perodo prolongvel por ausncia de matriacolectvel em qualquer dos trs exerccios;

    O presente benefcio est dependente da entrega de requerimento docontribuinte AGT at ao final do ms de Fevereiro do ano seguinte concluso

    do reinvestimento e respectivo parecer favorvel desta entidade.

    Determinao da matria colectvel do Grupo B

    A tributao incide sobre os lucros efectivamente obtidos pelos contribuintes e determinados atravs da suacontabilidade, e quando tal no for possvel, sobre os lucros presumivelmente obtidos pelos contribuintes.

    Neste ltimo caso, a matria colectvel corresponde ao volume de vendas dos bens e servios prestados,no sendo permitidas quaisquer dedues matria colectvel.

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

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    12Pode ser deduzido s liquidaes provisrias do exerccio, o imposto comprovadamente entregue em excesso nas liquidaes provisriasdos exerccios anteriores, at ao limite de 5 exerccios.

    13Contudo, se, na determinao final do Imposto Industr ial, for apurada uma colecta inferior ao imposto pago provisoriamente no decursodo exerccio, esse crdito dever ser abatido colecta dos exerccios seguintes, dentro do prazo geral de caducidade do imposto (5 anos).

    14

    Liquidaes Provisrias Taxa

    Sobre vendas de bens 2% sobre o volume total de vendas do contribuinte, apurado no primeirosemestre do exerccio12.

    Sector bancriosegurador e dos jogos

    2% sobre o total do resultado derivado de operaes de intermediao financeiraou dos prmios de seguro e resseguro e dos jogos, apurados nos primeiros seismeses do exerccio anterior, excludos os proveitos sujeitos a IAC.

    Sobre prestaes

    de servios

    As prestaes de servios de qualquer natureza esto sujeitas a tributao, por retenona fonte, taxa de 6,5%, a efectuar pelas entidades pagadoras dos rendimentos,devendo a entrega do imposto ser efectuada at ao final do ms seguinte13;

    A matria colectvel nos termos deste regime constituda pelo valor global doservio prestado excludas as matrias-primas, peas ou materiais necessrios prestao do servio, devidamente documentados;

    No entanto, no constituem prestaes de servios sujeitas a reteno nafonte os seguintes:

    Servios de ensino e os servios de assistncia mdico-sanitria;

    Quaisquer servios cujo valor integral da prestao no ultrapasse AKZ 20.000;

    Servios de transporte de passageiros; Locao de mquinas ou equipamentos sujeita a IAC;

    Os servios de intermediao financeira e seguradora;

    Os servios de hotelaria e similares e servios de telecomunicaes;

    Os redbitos de custos (sem margem), realizados entre entidades relacionadas,definidas nos termos do Estatuto dos Grandes Contribuintes, devidamente comprovadose documentados.

    Regime especial de tributao de servios acidentais no residentes

    As pessoas colectivas que tenham sede ou direco efectiva no estrangeiro, ainda que no possuamestabelecimento estvel no Pas, sero colectadas em sede de Imposto Industrial pelos servios prestados,de qualquer espcie, em territrio angolano.

    Esta tributao opera por reteno na fonte, por via da aplicao de uma taxa liberatria de 6,5%.

    Contudo, no constituem prestaes de servios sujeitas a este regime especial de tributao as seguintes:

    Servios de ensino e os servios de assistncia mdico-sanitria;

    Quaisquer servios cujo valor integral da prestao no ultrapasse AKZ 2.000;

    Servios de transporte e de passageiros;

    Locao de mquinas ou equipamentos sujeita a IAC.

    Liquidao e pagamento provisrio

    Liquidaes provisrias de Imposto Industrial entidades residentes

    O imposto relativo aos contribuintes dos Grupos A e B objecto de autoliquidao provisria, por refernciaao prprio exerccio fiscal em que a actividade tem lugar.

    Estas liquidaes de imposto tm natureza provisria, deduzindo-se colecta final do contribuinte.

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    15/60

    14A redaco do Cdigo do Imposto Industrial no determina, de forma expressa, a data limite para a entrega da Declarao Modelo 2,embora determine que o pagamento dever ser realizado at dia 30 de Abril de cada ano.

    Guia Fiscal 2015 | Tax 15

    Liquidao e pagamento definitivo

    Obrigao

    declarativa

    Informao que deve acompanhar

    a obrigao declarativaGrupo Prazo

    DeclaraoModelo 1em duplicado

    At 31de Maio

    At 31de Maio

    At 30de Abril

    (14)

    A

    Demonstrao de resultados por natureza;

    Balano;

    Balancete do razo e balancete geral analtico, antes e depois doapuramento de resultados, e respectivos anexos, devidamente assinadospelo contabilista responsvel pela sua elaborao;

    Relatrio tcnico onde, com base em mapas discriminativos, ocontabilista que assinou as demonstraes financeiras e a declaraofiscal deve comentar sucintamente:

    As reintegraes e amortizaes contabilizadas, com indicao domtodo utilizado, das taxas aplicadas e dos valores iniciais e actuais dosdiversos elementos sobre os quais aquelas recaram;

    As alteraes sofridas pelas existncias de todas as categorias e oscritrios que presidiram sua valorimetria;

    As provises constitudas ou as alteraes nelas ocorridas;

    Os crditos incobrveis verificados;

    As mais-valias realizadas;

    As variaes patrimoniais ocorridas;

    Os gastos gerais de administrao, com especial referncia sremuneraes, de qualquer espcie, atribudas aos corpos gerentes, bemcomo todas as despesas de representao suportadas durante o exerccio;

    As mudanas nos critrios de imputao de custos ou atribuies dosproveitos s diferentes actividades ou estabelecimento da empresa;

    Quaisquer outros elementos reputados de interesse justa determinaodo lucro tributvel e ao esclarecimento do balano e da conta deresultados do exerccio ou de ganhos e gastos.

    i.

    ii.

    iii.

    iv.

    v.

    vi.

    vii.

    viii.

    ix.

    DeclaraoModelo 1 emduplicado edocumentaoa manter nasinstalaes docontribuinte

    A

    Relao dos titulares dos rgos de gesto;

    Cpia da acta da Assembleia Geral de aprovao de contas do exerccio, oudocumento de aprovao de contas;

    Balano;

    Balancete do razo e balancete geral analtico, antes e depois dos lanamentosde rectificao ou regularizao e do apuramento de resultados do exerccio;

    Demonstrao de resultados, por natureza e demonstrao de fluxos de caixa; Mapa de amortizaes e reintegraes de bens do activo imobilizado;

    Mapa geral de todos os impostos pagos no decurso do excerccio.

    DeclaraoModelo 1

    B

    DeclaraoModelo 2 B

    Balano;

    Balancete geral analtico antes e depois dos lanamentos de rectificao ou regularizaoe de apuramento de resultados e Demonstrao de Resultados e anexos;

    Relatrio tcnico.

    Os contribuintes do Grupo B que no disponham de contabilidade organizadaapresentaro a Declarao Modelo 2, em duplicado, relativamente aoconjunto de actividades exercidas no ano anterior, assinada por contabilista,que permita o apuramento integral das vendas e prestaes de servios ou dascompras efectuadas e servios contratados.

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

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    Requisitos cumulativos de aplicao do regime de tributao de grupos de sociedades

    As sociedades que sejam detidas pela sociedade dominante, directa ou indirectamente, em mais de 90% (ou desde quetal participao lhe confira mais de metade dos direitos de voto);

    Quando os administradores ou gerentes de uma sociedade, bem como os cnjuges, ascendentes e descendentes destes,

    detenham directa ou indirectamente uma participao no inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto na outra entidade;

    As sociedades dominadas e dominante devem ter sede e direco efectiva em Angola;

    Quando a maioria dos membros dos rgos de administrao, direco ou gerncia sejam as mesmas pessoas ou, sendopessoas diferentes, estejam ligadas entre si por casamento, unio de facto ou parentesco na linha recta;

    A participao da sociedade dominante na sociedade dependente deve ter uma antiguidade superior a dois anos (comexcepo das sociedades constitudas pela prpria sociedade dominante);

    Quando as entidades se encontrem vinculadas por via de contrato de subordinao;

    A sociedade dominante no pode ser detida por nenhuma outra sociedade com sede ou direco efectiva em Angola,com condies de integrar o grupo de sociedades;

    Quando se encontrem em relaes de domnio ou de participaes recprocas, bem como vinculadas por via de contratode subordinao, de grupo paritrio, ou outro efeito equivalente nos termos da Lei das Sociedades Comerciais;

    Quando entre uma e outra existam relaes comerciais que representem mais de 80% do seu volume total de operaes;

    Quando uma financie a outra em mais de 80% da sua carteira de crdito.

    As sociedades dominantes e dominadas no podem:

    i. estar inactivas h mais de um ano ou contra si terem pendente aces ou processos de insolvncia, liquidao,dissoluo ou execuo fiscal;

    ii. ter registado prejuzos fiscais nos ltimos dois exerccios fiscais anteriores data do pedido de incluso no regime;

    iii. ser beneficirias de incentivos fiscais atribudos ao abrigo da Lei de Bases do Investimento Privado.

    Grandes Contribuintes

    Regime de tributao de grupos de sociedades

    Os grupos societrios que sejam dominados por um Grande Contribuinte podero optar pela sujeio atributao pela soma total dos resultados fiscais positivos e/ou negativos das empresas que o constituem.

    Regime dos preos de transferncia

    A AGT pode vir a efectuar as correces que sejam necessrias para a determinao da matria colectvel,sempre que, em virtude de relaes especiais entre o contribuinte e outra entidade, tenham sidoestabelecidas, para as respectivas operaes, condies diferentes das que seriam normalmente acordadasnas operaes entre entidades independentes.

    Os Grandes Contribuintes que tenham registado, no respectivo exerccio, um valor de proveitos anual superiora 7 mil milhes de AKZ devem proceder elaborao de um dossierque suporte e especifique as relaes epreos praticados com as sociedades com as quais possuam relaes especiais, o qual dever ser entregueat seis meses aps a data de encerramento do exerccio fiscal (at 30 de Junho de cada exerccio fiscal).

    Nota:A aplicao anual do presente regime tem de ser precedida da entrega da Declarao Modelo 5, na RepartioFiscal dos Grandes Contribuintes, com uma antecedncia mnima de trs meses em relao data limite de entrega daDeclarao de rendimentos Modelo 1 de Imposto Industrial.

    Relaes especiais

    Considera-se que existem relaes especiais entre duas entidades quando uma tem poder de exercer, directa ouindirectamente, uma influncia significativa nas decises de gesto da outra, designadamente, nos seguintes casos:

    16

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    17/60Guia Fiscal 2015 | Tax 17

    Imposto sobre osRendimentos do Trabalho

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    18/60

    Rendimentos do trabalho sujeitos

    Ordenados, vencimentos, salrios, honorrios, avenas, gratificaes, subsdios, prmios, comisses, senhas depresena, emolumentos, participaes em multas, custas, margens, rendimentos comerciais e industriais, bem comooutras remuneraes acessrias;

    Abonos para falhas, subsdios dirios de representao, de viagens ou deslocaes e quaisquer outras importnciasda mesma natureza;

    Remuneraes dos detentores de participaes sociais pelo desempenho de trabalho nas respectivas sociedades;

    Remuneraes dos membros de rgos estatutrios das pessoas colectivas e entidades equiparadas;

    Aumentos patrimoniais e despesas efectivamente realizadas sem a devida comprovao da origem do rendimento;

    Remuneraes pagas por partidos polticos e outras organizaes de carcter poltico ou social.

    Incidncia subjectiva e mbito de sujeio

    Pessoas singulares residentes e no residentes em territrio angolano, cujos rendimentos derivem deservios prestados, directa ou indirectamente, a pessoas singulares ou colectivas com domiclio, sede,direco efectiva ou estabelecimento estvel em Angola.

    Consideram-se sempre obtidos em territrio angolano os rendimentos derivados de:

    - Actividades de tripulantes de navios ou aeronaves pertencentes a empresas que possuam no territrio

    nacional sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel;

    - Actividades dos titulares de cargos de gerncia, administrao e rgos sociais de sociedades que tenhama sua sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel em Angola.

    Incidncia objectiva

    Rendimentos por conta prpria ou por conta de outrem, expressos em dinheiro, ainda que auferidosem espcie, de natureza contratual ou no contratual, peridicos ou ocasionais, fixos ou variveis,independentemente da sua provenincia, local, moeda, forma estipulada para o seu clculo e pagamento.

    18

    Grupos de tributao

    Os rendimentos sujeitos a Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) dividem-se em trs grupos detributao: A, B e C.

    1Decreto Executivo n. 15/09, de 3 de Maro.

    Grupo Rendimentos

    A

    Todas as remuneraes auferidas por trabalhadores por conta de outrem e pagas por entidade

    patronal por fora de vnculo laboral;

    Rendimentos dos trabalhadores cujo vnculo de emprego se encontra regulado pelo regime

    jurdico da funo pblica.

    B

    Remuneraes dos trabalhadores por conta prpria que desempenhem, de forma

    independente, actividades constantes da lista de profisses anexa ao Cdigo do IRT;

    Rendimentos auferidos pelos titulares de cargos de gerncia ou administrao ou pelos titulares

    de rgos sociais de sociedades.

    C Remuneraes decorrentes de actividades industriais e comerciais, constantes da tabela de lucros mnimos1.

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    19/60Guia Fiscal 2015 Tax 19

    Grupo Determinao da matria colectvel

    Dedues ao rendimento colectvelRendimento colectvel

    Determinao da matria colectvel

    Soma de todas as remuneraes.A

    C

    C

    C

    B

    B

    B

    Valor pago.

    (remuneraes pagas porpessoas colectivas ou pessoassingulares com contabilidadeorganizada)

    (remuneraes pagas

    por outras entidades)

    (remuneraes recebidas portitulares dos cargos de gernciae administrao ou titulares dergos sociais de sociedades)

    (volume de facturao docontribuinte inferior a 4vezes o valor mximo previstona tabela dos lucros mnimos)

    (volume de facturao docontribuinte igual ou superior a4 vezes o valor mximo previstona tabela dos lucros mnimos)

    (servios prestados pelotrabalhador sujeitos a reteno nafonte, nos termos do Cdigo doImposto Industrial )2

    Determinado com base nacontabilidade ou registoscontabilsticos do sujeito passivo oucom base nos registos disponveis

    sobre compras e vendas e serviosprestados ou, ainda, com base nosdados que a administrao fiscaldisponha.

    Contribuies obrigatrias para a Segurana Social;

    Componentes remuneratrias no sujeitas ou isentas.

    30% do rendimento bruto de contribuintesque no possuam contabilidade organizada;

    Custo real, at ao limite de 30%, comrenda de instalao, remunerao do pessoalpermanente (no superior a 3), consumo degua e energia elctrica, comunicaes,seguros, trabalhos laboratoriais emestabelecimentos diferentes dos afectadosao exerccio da actividade do contribuinte,outras despesas indispensveis formaodo rendimento, no caso de contribuintes comcontabilidade organizada.

    Contribuies obrigatrias para a Segurana Social;

    Componentes remuneratrias no sujeitasou isentas.

    N/A

    N/A

    N/A

    30% do rendimento bruto pago

    Soma de todas as remuneraes.

    Valor constante da tabela delucros mnimos.

    Volume de vendas de bens eservios no sujeitos a retenona fonte no decorrer doexerccio.

    Valor do servio.

    2No que se refere aos servios previstos nos termos dos artigos 67. e 71. do Cdigo do Imposto Industrial (em vigor a partir de 1 de Janeirode 2015, aprovado pela Lei n. 19/14, de 22 de Outubro), encontram-se apenas expressamente excludos de reteno na fonte:

    Prestaes de servios efectuadas por entidades residentes: Servios de ensino, servios prestados por jardins-de-infncia, lactrios, berrios e estabelecimentos anlogos a estes; Servios de assistncia mdico-sanitria e operaes conexas efectuadas por clnicas, hospitais e similares; Quaisquer servios, cujo valor integral da prestao no ultrapasse os AKZ 20.000; Os transportes de passageiros; Locao de mquinas ou equipamentos que, pela sua natureza, dem lugar ao pagamento deroyalties, nos termos do Cdigo do Imposto

    sobre a Aplicao de Capitais; Servios de intermediao financeira e seguradora; Servios de hotelaria e similares; Servios de telecomunicaes.

    Prestaes de servios efectuadas por entidades no residentes: Servios de ensino, servios prestados por jardins-de-infncia, lactrios, berrios e estabelecimentos anlogos a estes; Servios de assistncia mdico-sanitria e operaes conexas efectuadas por clnicas, hospitais e similares; Quaisquer servios, cujo valor integral da prestao no ultrapasse os AKZ 2.000; Os transportes de passageiros; Locao de mquinas ou equipamentos que, pela sua natureza, dem lugar ao pagamento deroyalties, nos termos do Cdigo do Imposto

    sobre a Aplicao de Capitais.

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    Rendimentos excludos da matria colectvel Limite

    Prestaes sociais pagas pelo Instituto Nacional da SeguranaSocial, no mbito da proteco social obrigatria;

    Sem limite;

    Sem limite;

    5% do ordenado basedo trabalhador;

    Sem limite;

    Limite de AKZ 30.000 do seuvalor mensal global (de formaagregada);

    Limites estabelecidos emlegislao prpria;

    Limites mximos previstos na

    Lei Geral do Trabalho;

    50% do valor do contrato dearrendamento;

    Sem limite;

    5% do ordenado base dotrabalhador;

    Sem limite;

    Sem limite;

    100% do ordenado base dotrabalhador.

    As gratificaes de fim de carreira devidas no mbito da relaojurdico-laboral;

    Abonos para falhas;

    Abono de famlia, pago pela entidade empregadora privada;

    Contribuies para a Segurana Social;

    Subsdios de renda de casa3, pago pela entidade empregadoraprivada;

    Compensaes pagas por resciso contratual independentemente

    de causa objectiva;

    Salrios e outras remuneraes devidas aos trabalhadores eventuaisagrcolas e aos trabalhadores domsticos contratados directamentepor pessoas singulares ou agregados familiares;

    Subsdios atribudos por lei aos cidados nacionais portadores dedeficincias motoras, sensoriais e mentais;

    Subsdios dirios, subsdios de representao, subsdios de viageme deslocao atribudos aos funcionrios do Estado;

    Subsdios dirios de alimentao e transporte, atribudos atrabalhadores dependentes;

    Reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentesde entidades sujeitas a Imposto Industrial ou a outros regimesespeciais de tributao, quando deslocados ao servio da entidadepatronal, desde que estas despesas se encontrem devidamentedocumentadas nos termos do Cdigo do Imposto Industrial elegislao complementar;

    Gratificaes de frias e subsdio de Natal;

    20

    3Os interessados devem entregar cpia do contrato de arrendamento na Repartio Fiscal, no prazo de 15 dias a partir da assinatura docontrato, sob pena de tributao do subsdio na sua totalidade.

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    4Comprovada com apresentao pelo contribuinte de documentao emitida por autoridade competente.

    5Desde que devidamente registados no departamento ministerial competente.

    Rendimentos isentos

    Rendimentos dos agentes das misses diplomticas e consulares estrangeiras em condies de

    reciprocidade;

    Rendimentos do pessoal dos servios de organizaes internacionais, nos termos dos acordosratificados pelo rgo competente do Estado;

    Rendimentos do pessoal ao servio das organizaes no governamentais ou similares, nos termosestabelecidos nos acordos com entidades nacionais, com o reconhecimento prvio por escrito do DirectorNacional dos Impostos;

    Rendimentos auferidos pelos deficientes fsicos e mutilados de guerra, cujo grau de invalidez ouincapacidade seja igual ou superior a 50%4;

    Rendimentos auferidos pelos cidados nacionais com idade superior a 60 anos derivados do trabalhopor conta de outrem;

    Rendimentos auferidos pelos antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de combatentetombado ou perecido no exercicio das actividades previstas nos Grupos de tributao A e B5;

    Rendimentos exclusivamente derivados da prestao de servio militar e paramilitar nos rgos de Defesa eOrdem Interna.

    Isenes

    Esto isentos de IRT os seguintes rendimentos:

    Guia Fiscal 2015 Tax 21

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    Grupo Rendimentos (AKZ) Taxas

    At 34.450

    De 34.451 35.000

    De 35.001 40.000De 40.001 45.000

    De 45.001 50.000

    De 50.001 70.000

    De 70.001 90.000

    De 90.001 110.000

    De 110.001 140.000

    De 140.001 170.000

    De 170.001 200.000

    De 200.001 230.000

    Mais de 230.001

    Rendimentos sujeitosa reteno na fonte,nos termos do Cdigo do

    Imposto Industrial pagospor pessoas colectivasou pessoas singulares comcontabilidade organizada;

    Rendimentos iguais ousuperiores a 4 vezes o valormximo previsto na tabelados lucros mnimos.

    Rendimentos auferidos.

    Rendimentos imputveiss actividades industriais e

    comerciais constantes databela de lucros mnimos.

    15%

    6,5%

    30%

    Parcela fixa 550Parcela fixa 900

    Parcela fixa 1.300

    Parcela fixa 1.750

    Parcela fixa 3.750

    Parcela fixa 5.950

    Parcela fixa 8.350

    Parcela fixa 12.250

    Parcela fixa 16.450

    Parcela fixa 20.950

    Parcela fixa 25.750

    ++

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    7%8%

    9%

    10%

    11%

    12%

    13%

    14%

    15%

    16%

    17%

    excesso de 34.450

    Sobre o excesso de 35.000Sobre o excesso de 40.000

    Sobre o excesso de 45.000

    Sobre o excesso de 50.000

    Sobre o excesso de 70.000

    Sobre o excesso de 90.000

    Sobre o excesso de 110.000

    Sobre o excesso de 140.000

    Sobre o excesso de 170.000

    Sobre o excesso de 200.000

    Sobre o excesso de 230.000

    Taxas

    A

    B

    Isento

    C

    22

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    23/60

    A

    B

    C

    Grupo Entidade responsvel Forma de liquidao Prazo para pagamento

    Entidade empregadora;

    Entidade pagadora dosrendimentos quando se tratede pessoa colectiva ou pessoasingular com contabilidadeorganizada;

    Entidade pagadora rendimentos atribudos a cargosde gerncia ou administrao ourgos sociais de sociedades;

    Entidade pagadora dosrendimentos quando se trate depessoa colectiva ou pessoa singularcom contabilidade organizada,no caso de rendimentos sujeitos areteno na fonte nos termos doCdigo do Imposto Industrial;

    Titular do rendimento, nosrestantes casos;

    Titular do rendimento, nosrestantes casos;

    Reteno na fonte;

    Reteno na fonte;

    Reteno na fonte;

    Reteno na fonte;

    Autoliquidao;

    Autoliquidao;

    At ao fim do ms seguinteao do pagamento.

    At ao fim do ms seguinteao do pagamento.

    At ao fim do ms seguinteao do pagamento.

    At ao fim do ms seguinteao do pagamento.

    At ao fim do ms deFevereiro do ano seguintequele a que respeitam osrendimentos.

    At ao fim do ms de

    Maro do ano seguintequele a que respeitam osrendimentos.

    Liquidao e Pagamento

    Guia Fiscal 2015 Tax 23

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    Obrigao

    declarativa

    Grupo

    GrupoInformao a

    reportar

    Obrigao acessria

    Prazo

    B(titulares residentes em Angola)

    C(contribuintes que aufiramrendimentos iguais ousuperiores a 4 vezes o valormximo previsto na tabela doslucros mnimos)

    A (quando a entidade patronaltenha mais de 3 trabalhadores,incluindo isentos de IRT)

    B e C (em caso de cessao deactividade)

    A, B e C

    Declarao derendimentosModelo 1 de IRT

    A, B e C

    B

    A

    DeclaraoModelo oficialaprovadopor Decreto

    Executivo doMinistro dasFinanas

    Mapa deremuneraes

    Declarao de

    rendimentosModelo 3 de IRT

    Declarao derendimentosModelo 2 de IRT

    Remuneraes auferidas no

    decurso do ano anterior.

    Arquivo de toda a documentao contabilstica relevante para o correctoapuramento do imposto por um prazo de 5 anos, bem como dos documentos eregistos que sirvam de suporte s declaraes dos contribuintes

    Inscrio no Registo Geral dos Contribuintes, antes do incio de actividade na

    Repartio Fiscal competente para a arrecadao do imposto

    Emisso de comprovativos relativos s remuneraes pagas e s deduesefectuadas por conta do imposto, atravs de recibos mensais de remuneraes

    Vendas e servios prestadose compras efectuadas e osservios contratados nosujeitos a reteno na fonte,realizados no decurso do anofiscal anterior.

    Remuneraes pagas nodecurso do ms anterior evalores retidos na fonte.

    Informao de cessao deactividade e rendimentosauferidos desde o ltimoperodo declarado, emconformidade com as regrasexpostas.

    Nome completo emorada do beneficiriodo(s) rendimento(s);

    Nmero de identificaofiscal do(s) beneficirio(s);

    Nmero de SeguranaSocial do(s) beneficirio(s);

    Valor global dosrendimentos pagos;

    Montante total de impostopago no exerccio anterior.

    Final do ms de Maro doano seguinte quele a que

    respeitam os rendimentos.

    Final do ms de Maro doano seguinte quele a querespeitam os rendimentos.

    Mensalmente.

    Quando aplicvel, nostermos regulamentares.

    Final do ms de Fevereirodo ano seguinte quelea que respeitam osrendimentos.

    Obrigaes declarativas

    Obrigaes acessrias

    24

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    25/60Guia Fiscal 2015 | Tax 25

    Imposto sobrea Aplicao de Capitais

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

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    Seco Rendimentos

    Incidncia subjectiva

    O IAC devido pelos titulares dos respectivos rendimentos, sem prejuzo da sua exigncia a outras entidades em casosespecialmente previstos no Cdigo do IAC.

    Incidncia objectiva

    O IAC incide sobre os rendimentos provenientes da simples aplicao de capitais e divide-se em duas seces: A e B.

    Juros dos capitais mutuados1,2;

    Rendimentos provenientes dos contratos de abertura de crdito1;

    Rendimentos originados pelo diferimento no tempo de uma prestao ou pela mora no pagamento, ainda queauferidos a ttulo de indemnizao ou de clusula penal, estipuladas nos contratos;

    Letras e livranas de natureza distinta de meros ttulos de pagamento ou cujo pagamento excedeu o prazo previsto,caso em que assumem a natureza de ttulos de colocao de capitais.

    Lucros atribudos aos scios ou accionistas das sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial, bem como orepatriamento dos lucros imputveis a estabelecimentos estveis de no residentes em Angola;

    Importncias ou valores atribudos aos scios das sociedades cooperativas, desde que constituam remuneraes do capital;

    Juros, prmios de amortizao ou reembolso e outras formas de remunerao das obrigaes, ttulos departicipao ou outros ttulos anlogos emitidos por qualquer sociedade;

    Juros de suprimentos ou de outros abonos efectuados pelos scios ou accionistas s sociedades, bem como osrendimentos dos mesmos que, tendo sido atribudos aos scios das sociedades no annimas nem em comanditapor aces, por eles no sejam levantados at ao fim do ano da respectiva atribuio3;

    O saldo dos juros apurados escriturados em conta corrente;

    Importncias atribudas a empresas singulares ou colectivas a ttulo de indemnizao pela suspenso da sua actividade;

    Lucros que as pessoas singulares ou colectivas aufiram em regime de conta em participao;

    Emisso de aces com reserva de preferncia na subscrio4;

    Royalties; Juros dos depsitos ordem e a prazo;

    Juros, prmios de amortizao ou reembolso e outras formas de remunerao dos Bilhetes do Tesouro, Obrigaesdo Tesouro e Ttulos do Banco Central;

    O quantitativo dos juros contveis desde a data do ltimo vencimento, ou da emisso, primeira colocao ou endosso, seainda no tiver ocorrido qualquer vencimento, at a data da transmisso de obrigaes de empresas privadas, Bilhetes doTesouro, Obrigaes do Tesouro e Ttulos do Banco Central, bem como os prmios de amortizao ou de reembolso eoutras formas de remunerao daqueles ttulos, na parte correspondente queles perodos;

    O saldo positivo, apurado em cada ano, entre as mais-valias e menos-valias realizadas decorrentes da alienao de participaessociais ou outros instrumentos que gerem rendimentos sujeitos a IAC5, desde que no obtidos no mbito da actividadecomercial do sujeito passivo e sujeitas a Imposto Industrial ou Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho6;

    Prmios de jogo de fortuna ou azar, rifas, lotarias ou apostas, qualquer que seja a sua natureza ou provenincia;

    Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicao de capitais, no compreendidos na seco A.

    A

    B

    26

    1Presume-se que os mtuos e as aberturas de crdito (excepto se efectuados por organismos corporativos ou tratando-se de crditos litigiosos em que tenhaexistido julgamento final de causa) vencem juros taxa anual de 6%, quando outra mais elevada no conste do ttulo constitutivo ou no tenha sido declarada,entendendo-se que o juro comea a vencer-se, nos contratos de mtuo, desde a data do contrato, e, nas aberturas de crdito, desde a data da sua utilizao.

    2Presumem-se mutuados os capitais entregues em depsito, cuja restituio seja garantida por qualquer forma.

    3Entende-se que os suprimentos, abonos e lucros referidos geram sempre rendimento, cujo quantitativo no pode ser inferior ao resultante da taxa mximaanual de juros activos estabelecido pelo BNA para as operaes de crdito realizadas pelos bancos comerciais com as empresas.

    4A matria colectvel , neste caso, constituda pela diferena entre o preo de emisso e o valor das aces emitidas por virtude do aumento de capital,considerando-se como reserva de preferncia a emisso de aces em que estas sejam oferecidas aos accionistas porvalor mais baixo do que o estabelecidopara o pblico.

    5Quando as mais-valias ou menos-valias forem realizadas em mercado regulamentado, e tenham por objecto, nomeadamente, participaes sociais, obrigaesde empresas privadas, Bilhetes do Tesouro, Obrigaes do Tesouro e Ttulos do Banco Central com maturidade igual ou superior a 3 anos, apenas relevam 50%do respectivo saldo.

    6Neste caso, a matria colectvel dada pela diferena positiva ou negativa entre o preo de alienao e o preo de aquisio, deduzidas das despesas detransaco inerentes aquisio e alienao dos ttulos.

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    Seco

    Isenes objectivas

    Isenes subjectivas

    Rendimentos

    Territorialidade

    Isenes

    Rendimentos que derivem de capitais aplicados em Angola7, tais como os que sejam pagos por entidades quea possuam residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel ao qual o pagamento seja imputvel;

    Rendimentos atribudos a pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, que em Angola tenham

    residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel ao qual os rendimentos sejam imputveis.

    Juros das vendas a crdito dos comerciantes relativos a produtos ou servios do seu comrcio ouindstria, bem como o juro ou qualquer compensao da mora no pagamento do respectivo preo;

    Juros dos emprstimos sobre aplices de seguros de vida, feitos por sociedades de seguros;

    Rendimentos das instituies financeiras e das cooperativas, quando sujeitas a Imposto Industrial, aindaque dele isentas.

    Rendimentos pagos por uma pessoa singular ou colectiva com domiclio, sede ou direco efectiva em territrio angolano;

    Rendimentos postos disposio atravs de um estabelecimento estvel em territrio angolano;

    Rendimentos recebidos por pessoas singulares ou colectivas com domiclio, sede ou direco efectiva em territrioangolano;

    Rendimentos atribudos a um estabelecimento estvel em territrio angolano.

    Lucros ou dividendos distribudos por uma entidade com sede ou direco efectiva em Angola a umapessoa colectiva ou equiparada com sede ou direco efectiva em Angola sujeita a Imposto Industrial,ainda que dele isenta, que detenha uma participao no capital social da entidade distribuidora noinferior a 25%, por um perodo superior a um ano antes da distribuio dos lucros;

    Juros de instrumentos que se destinem a fomentar a poupana, previamente aprovados pelo Ministrodas Finanas, sob parecer da AGT e ouvido o BNA, at ao limite do capital de AKZ 500.000 por pessoa;

    Juros das contas-poupana habitao criadas pelas instituies financeiras.

    Estado, institutos pblicos e autarquias8;

    Instituies pblicas de previdncia e Segurana Social, excepto se os rendimentos decorram daexplorao de actividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentosprivados;

    Partidos polticos, sindicatos, associaes pblicas e instituies religiosas legalmente constitudas,excepto se os rendimentos decorrerem da explorao de actividades econmicas regidas pelasnormas aplicveis a empreendimentos privados;

    Mediante reconhecimento das entidades competentes, organizaes sociais, culturais, cientficas,humanitrias e profissionais, pblicas ou privadas, de reconhecido interesse pblico e sem finalidade

    lucrativa que satisfaam os requisitos previstos na lei.

    A

    A

    A e B

    B

    B

    Guia Fiscal 2015 | Tax 27

    7Presumem-se totalmente aplicados em Angola os capitais colocados atravs de actos celebrados no seu territrio ou cuja restituio tenhasido caucionada com bens a existentes.

    8Isenes atribudas nos termos do Cdigo Geral Tributrio.

    Seco Rendimentos

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    Taxas

    28

    Seco Rendimentos Taxas

    Todos os rendimentos desta seco.

    Restantes rendimentos previstos na Seco B.

    A

    B

    Saldo dos juros apurados ou escriturados emconta corrente;

    Prmios de jogo, fortuna ou azar, rifas, lotariasou apostas, qualquer que seja a sua natureza ouprovenincia;

    Quaisquer outros rendimentos derivados dasimples aplicao de capitais, no compreendidosna Seco A.

    10%

    5%

    15%

    15%

    As importncias atribudas a empresas singulares oucolectivas a ttulo de indemnizao pela suspenso

    da sua actividade;

    Lucros dstribuidos aos scios ou accionistas dassociedades comerciais ou civis sob a formacomercial, bem como o repatriamento dos lucrosimputveis a estabelecimentos estveis de noresidentes em Angola, quando as participaessociais se encontram admitidas negociao emmercado regulamentado, durante um perodo decinco anos aps a entrada em vigor do presentediploma;

    Juros, prmios de amortizao ou reembolso eoutras formas de remunerao das obrigaes deempresas privadas, Bilhetes do Tesouro, Obrigaesdo Tesouro e Ttulos do Banco Central admitidos negociao em mercado regulamentado e commaturidade igual ou superior a 3 anos;

    O quantitativo dos juros contveis desde a datado ltimo vencimento ou da emisso, primeiracolocao ou endosso, se ainda no tiver ocorridoqualquer vencimento at a data da transmissodas obrigaes das empresas privadas, Bilhetes do

    Tesouro, Obrigaes do Tesouro e Ttulos do BancoCentral, prmios de amortizaes ou reembolsoe outras formas de remunerao daqueles ttulos,ou de outros ttulos anlogos, quando admitidos negociao em mercado regulamentado e commaturidade igual ou superior a 3 anos.

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    Liquidao e pagamento

    Guia Fiscal 2015 | Tax 29

    Seco Rendimento Prazo para pagamentoEntidade responsvel

    Todos os rendimentos.

    Rendimentos no sujeitosa reteno na fonte:

    Emisso de aces comreserva de preferncia nasubscrio.

    Rendimentos sujeitos areteno na fonte:

    Todos os restantesrendimentoscompreendidosna Seco B.

    Titular dos rendimentos, quandoo mesmo possua residncia,sede, direco efectiva ouestabelecimento estvel em

    Angola;

    Devedor dos rendimentos,sempre que o rendimento sejadevido por pessoas colectivasou singulares com contabilidadeorganizada a favor de pessoassingulares ou quando o titular dorendimento no possua emAngola residncia, sede, direcoefectiva ou estabelecimento estvel.

    Titulares / beneficirios dosrendimentos.

    Entidade pagadora dosrendimentos, se tiverresidncia, sede, direcoefectiva ou estabelecimentoestvel em Angola;

    Titulares / beneficiriosdos rendimentos, quandoa entidade pagadora dos

    mesmos no tiver residncia,sede, direco efectiva ouestabelecimento estvel emAngola.

    A

    B

    At ao ltimo dia do ms seguintequele a que respeite o imposto.

    At ao ltimo dia do ms seguintequele a que respeite o imposto.

    No casos dosi)lucros atribudos aosscios ou accionistas das sociedadescomerciais ou civis sob a formacomercial, bem como o repatriamentodos lucros imputveis a estabelecimentosestveis de no residentes em Angola,ii)

    importncias ou valores atribudosaos scios das sociedades cooperativas,desde que constituam remuneraes docapital eiii)juros de suprimentos ou deoutros abonos efectuados pelos sciosou accionistas s sociedades, bem comoos rendimentos dos mesmos que, tendosido atribudos aos scios das sociedadesno annimas nem em comandita poraces, por eles no sejam levantadosate ao fim do ano da respectivaatribuio, at ao fim do ms seguintequele em que se verifique:

    - A aprovao das contas de gerncia, ou

    - A colocao dos rendimentos disposio dos seus ttulosantes de encerradas as contas ouindependentemente da sua aprovao formal;

    No casos dosi) rendimentos deobrigaes e outras formas deremunerao de empresas privadas,Bilhetes do Tesouro e Obrigaes doTesouro e Ttulos do Banco Central,ii) saldo dos juros apurados em contacorrente eiii)juros de depsitos ordem

    e a prazo, at ao fim do ms seguimentodo vencimento dos juros;

    At ao fim do ms seguinte liquidao oucolocao disposio dos rendimentos,nos restantes casos.

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    Seco

    Seco

    Obrigao

    Obrigao

    O pagamento do imposto realizado atravs do preenchimento e entrega, na dependncia bancrialegalmente indicada para o efeito, do Documento de Arrecadao de Receitas (DAR) e dos meios depagamento adequados.

    A entrega do imposto retido dever ser efectuada na Repartio Fiscal da rea do domiclio ou, nafalta desta, na do principal estabelecimento da entidade que a ela deva proceder ou da situao doestabelecimento estvel.

    As pessoas obrigadas liquidao do imposto apresentam uma declarao de todosos rendimentos recebidos, pagos ou postos disposio dos seus titulares, at aofinal do ms de Janeiro do ano seguinte quele em que o recebimento, pagamentoou colocao disposio ocorram;

    Os titulares dos crditos ou seus representantes so obrigados a declarar, dentrodo prazo de 30 dias, as alteraes ocorridas em relao aos elementos constantes

    da declarao que possam originar agravamento do imposto, devendo igualmentedeclarar os rendimentos parciais e quaisquer outras modificaes que importemdiminuio de colecta.

    Os organismos corporativos ficam obrigados a organizar um livro de registo dosemprstimos concedidos, que deve ser patenteado aos funcionrios a quemincumbe a fiscalizao do imposto.

    As pessoas obrigadas liquidao do imposto apresentam uma declarao de todosos rendimentos recebidos, pagos ou postos disposio dos seus titulares, at aofinal do ms de Janeiro do ano seguinte quele em que o recebimento, pagamentoou colocao disposio ocorram;

    As sociedades annimas, em comandita por aces ou por quotas, que tenhamprocedido a aumentos de capital, mediante emisso de aces com reserva de

    preferncia, devem declar-lo na Repartio Fiscal na rea do seu domiclio, no prazode 30 dias a contar da data da correspondente escritura, pagando-se o imposto quese mostre devido, sendo esta obrigao igualmente aplicvel a sociedades poraces resultantes da transformao de sociedades por quotas, quando se tenhareservado aos quotistas o direito de subscrio das aces.

    As sociedades comerciais e as civis sob forma comercial que tenham em Angolaa sua sede, direco efectiva ou o principal estabelecimento estvel ou ncleo deestabelecimentos enviam Repartio Fiscal da sua residncia, at ao fim do msseguinte ao da aprovao das contas de cada exerccio, um exemplar do respectivobalano, acompanhado do desenvolvimento da conta de lucros e perdas, commeno da data da aprovao das contas e ainda o relatrio da administrao e o

    parecer do Conselho Fiscal.

    A

    A

    B

    B

    Obrigaes declarativas

    Obrigaes acessrias

    30

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    31/60Guia Fiscal 2015 | Tax 31

    Imposto Predial Urbano

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    Situao do imvel

    Entidades isentas

    Base tributvel Sujeito passivo

    Arrendados

    No arrendados

    Valor da renda, expressoem moeda corrente.

    Estado, institutos pblicos e associaes que gozem do estatuto de utilidade pblica;

    Estados estrangeiros, quanto aos imveis destinados s respectivas representaes diplomticas ouconsulares, quando haja reciprocidade2;

    Instituies religiosas legalizadas, quanto aos imveis destinados exclusivamente ao culto2.

    Titulares do direito aosrendimentos dos prdios.

    Valor patrimonial1

    .

    Proprietrio, usufruturio ou

    beneficirio do direito de superfcie.

    Incidncia

    Isenes

    Esto isentas de IPU as seguintes entidades:

    1O valor patrimonial a considerar para efeitos de IPU ser sempre o maior entre o valor patrimonial definido mediante avaliao e o valor peloqual o imvel tenha sido alienado.

    2Isenes reconhecidas por Despacho da AGT, a requerimento das entidades interessadas, e aps pareceres favorveis do Ministrio dasRelaes Exteriores e do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR, I.P.), respectivamente.

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    33/60Guia Fiscal 2015 | Tax 33

    Situao do imvel

    Situaodo imvel

    Entidade devedorada renda

    Forma deliquidao

    Responsabilidade deliquidar e entregar

    o imposto

    Prazo parapagamento

    Matria colectvel Taxa

    Arrendados

    Arrendados

    No arrendados

    Noarrendados

    Rendas efectivamenterecebidas em cada ano,lquidas de 40% dasdespesas relacionadascom o imvel3.

    Reteno na fonte, nomomento do pagamentoda renda.

    Pessoacolectiva;

    Dispe decontabilidadeorganizada.

    Pessoasingular;

    No dispe decontabilidadeorganizada.

    Sem lugar a reteno nafonte. Autoliquidao porparte do proprietrio at 31de Janeiro do ano seguinteao do recebimento dasrendas, aquando da entregada Declarao Modelo 1de IPU.

    Autoliquidao, por partedo sujeito passivo, at 31de Janeiro de cada ano,relativamente aos imveis

    detidos no ano anterior.

    25% 4- Taxa efectiva de 15%

    Arrendatrio6;

    Valor patrimonial5.

    Valor patrimonial inferiora AKZ 5.000.000.

    Proprietrio;

    0%

    Sobre o valor patrimonial queexceda os AKZ 5.000.000.

    Proprietrio;

    O IPU deve ser pagoem duas prestaesiguais comvencimento

    em Janeiro e Julho7.

    O IPU deve serpago em duasprestaes iguaiscom vencimento emJaneiro e Julho.

    At ao dia 30 doms seguinte a querespeita a reteno.

    0,5%

    Determinao da matria colectvel e taxas

    Liquidao e pagamento

    A liquidao e pagamento do IPU so processados nos seguintes moldes:

    3Quando o imvel passar situao de no arrendado, fica sujeito a imposto como prdio no arrendado incidindo imposto, nesse ano,sobre a proporo do valor patrimonial que corresponda ao remanescente do ano.

    4No pode resultar com esta taxa um montante de imposto a pagar inferior a 1% do valor patrimonial do imvel.

    5Nos casos em que ainda no tiver sido determinado o valor patrimonial, atravs de uma avaliao geral da propriedade, continua a usar-se ovalor que estiver inscrito na matriz.

    6O sujeito passivo, sob pena de ser considerado responsvel pelo pagamento do imposto em falta, fica obrigado a comprovar, atravs daobteno do comprovativo da liquidao e entrega do imposto junto dos cofres do Estado (DAR), do cumprimento da reteno na fonte porparte do arrendatrio.

    7No caso dos prdios no arrendados, o IPU pode ser pago em quatro prestaes, com vencimento em Janeiro, Abril, Julho e Outubro casoessa inteno seja declarada no ms de Julho do ano anterior.

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    35/60Guia Fiscal 2015 | Tax 35

    Imposto do Selo

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    Incidncia objectiva e territorial

    O Imposto do Selo incide sobre todos os actos, contratos, documentos, ttulos, operaes e outrosfactos previstos na tabela anexa ao Cdigo do Imposto do Selo, ou em leis especiais, ocorridos emterritrio nacional.

    So, ainda, sujeitos a Imposto do Selo no Pas:

    - Os documentos, actos ou contratos emitidos ou celebrados fora de Angola, nos mesmos termos

    em que o seriam se no Pas fossem emitidos ou celebrados, caso no mesmo sejam apresentadospara quaisquer efeitos legais;

    - As operaes de crdito e as garantias prestadas no estrangeiro a quaisquer entidades com sede,filial, sucursal ou estabelecimento estvel em Angola;

    - Os juros, as comisses e as contraprestaes cobradas por entidades sedeadas no estrangeiro aquaisquer entidades com sede, filial, sucursal ou estabelecimento estvel em Angola;

    - Os seguros efectuados no estrangeiro cujo risco tenha lugar em Angola.

    Incidncia subjectiva

    Encontram-se obrigados a entregar o imposto ao Estado, entre outros, os seguintes sujeitospassivos:

    Sujeitos Passivos

    Notrios e Conservadores dos Registos Civil, Comercial, Predial e de outros bens sujeitos a registo,bem como outras entidades pblicas;

    Entidades concedentes de crdito e de garantias ou credoras de juros, prmios, comisses e outras

    contraprestaes derivadas de contratos de natureza financeira;

    O locador, no mbito de contratos de locao financeira ou operacional, relativamente scontraprestaes cobradas;

    Empresas seguradoras ou segurados, consoante os contratos de seguro sejam celebrados em Angolaou no estrangeiro;

    Entidades emitentes de letras e outros ttulos de crdito, entidades emissoras de cheques e livranas ou, nocaso de ttulos emitidos no estrangeiro, a primeira entidade que intervenha na negociao ou pagamento;

    O locador e sublocador, nos arrendamentos e subarrendamentos;

    Trespassante, no trespasse de estabelecimento comercial, industrial ou agrcola.

    Instituies de crdito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas legalmente equiparadasresidentes em territrio nacional que tenham intermediado operaes de crdito, de prestao degarantias ou juros, comisses e outras contraprestaes devidas por residentes no mesmo territrioa instituies de crdito ou sociedades financeiras no residentes;

    36

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    Encargo do imposto

    O imposto constitui encargo das entidades que, no mbito das operaes sujeitas a Imposto doSelo, sejam consideradas as titulares do respectivo interesse econmico.

    Consideram-se titulares do interesse econmico, entre outros, os seguintes:

    Em caso de interesse econmico comum a vrios titulares, o encargo do imposto repartido de

    forma solidria entre os mesmos.

    Operao sujeita Titular do interesse econmico

    Aquisio de bens a ttulo gratuito ou oneroso,do direito de propriedade ou de figurasparcelares desse direito sobre imveis;

    O adquirente;

    Concesso do crdito; O utilizador do mesmo;

    Arrendamento e subarrendamento; O locador e o sublocador;

    Juros, comisses e restantes operaesfinanceiras realizadas por ou comintermediao de instituies de crdito,sociedades ou outras instituies financeiras;

    O cliente destas entidades;

    Constituio de uma sociedade de capitais,aumento de capital social e transferncia desede para fora de Angola;

    A sociedade a constituir, a sociedade cujocapital aumentado e a sociedade que transferida, respectivamente;

    Seguros e actividade de mediao; O segurado e mediador, respectivamente;

    Reporte; O primeiro alienante;

    Garantias; As entidades obrigadas sua apresentao;

    Letras e livranas e demais ttulos de crdito; O sacado, o devedor e o credor, respectivamente;

    Cheques; O titular da conta;

    Trespasse; O adquirente.

    Locao financeira ou operacional; O locatrio;

    Guia Fiscal 2015 | Tax 37

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    Isenes

    Isenes objectivas

    Encontram-se isentos de Imposto do Selo, entre outras realidades, as seguintes operaes:

    Os crditos concedidos at ao prazo mximo de 5 dias, o micro crdito e os crditos concedidos nombito de contas jovem e contas terceira idade cujo montante mensal no ultrapasse, em cada

    ms, AKZ 17.600, bem como os juros e comisses cobrados no mbito das respectivas operaes;

    Os emprstimos com caractersticas de suprimentos, incluindo os respectivos juros efectuadospor scios sociedade em que seja estipulado um prazo inicial no inferior a um ano e no sejamreembolsados antes de decorrido esse prazo;

    Os crditos relacionados com exportaes, quando devidamente documentados com os respectivosdespachos aduaneiros, bem como os juros e comisses cobrados no mbito dos mesmos;

    Os crditos derivados da utilizao de cartes de crdito, quando o reembolso entidade emitente docarto for efectuado sem pagamento de juros nos termos contratualmente definidos;

    Os juros, comisses e contraprestaes devidos no mbito de contratos de financiamento destinadosao crdito habitao;

    As comisses cobradas na abertura e utilizao de quaisquer contas de poupana;

    Os juros provenientes de Bilhetes do Tesouro, Obrigaes do Tesouro e Ttulos do Banco Central;

    Os prmios recebidos por resseguros tomados a empresas operando legalmente em Angola;

    Depsito-cauo constitudo a favor do Estado e outros organismos pblicos, excepto empresas pblicas;

    Os ttulos negociveis vendidos, quando transmitidos em mercado regulamentado;

    Os contratos de trabalho;

    As operaes de gesto de tesouraria entre sociedades em relao de grupo.

    As comisses cobradas em virtude de subscrio, depsito ou resgate de unidades de participaoem fundos de investimento, bem como as que constituam encargos de fundos de penses;

    O reporte de valores mobilirios, direitos adquiridos ou outros instrumentos financeiros negociadosem mercado regulamentado;

    Os prmios e comisses relativos a seguros do ramo Vida, seguros de acidentes de trabalho,

    seguros de sade e seguros agrcolas ou pecurios;

    A transmisso de imveis, no mbito de processos de fuso, ciso ou incorporao, nos termos da Lei dasSociedades Comerciais, desde que necessrios e previamente autorizados pela AGT;

    As operaes de exportao, excepto as exportaes dos bens previstos na tabela anexa ao Cdigo do

    Imposto do Selo;

    As operaes, incluindo os respectivos juros, por prazo no superior a um ano, desde queexclusivamente destinadas cobertura de carncias de tesouraria, quando realizadas por detentoresde capital social a entidades nas quais detenham directamente uma participao no capital noinferior a 10% e desde que esta tenha permanecido na sua titularidade durante um ano consecutivoou desde a constituio da entidade participada, contanto que, neste ltimo caso, a participao

    seja mantida durante aquele perodo;

    38

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    Isenes subjectivas

    Encontram-se isentas de Imposto do Selo as seguintes entidades:

    O Estado e quaisquer dos seus servios, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados,excepto as empresas pblicas;

    As associaes de utilidade pblica reconhecida nos termos da Lei, excepto quando actuem nodesenvolvimento de actividades econmicas de natureza empresarial;

    As instituies pblicas de previdncia e Segurana Social, excepto quando actuem nodesenvolvimento de actividades econmicas de natureza empresarial;

    As instituies religiosas legalmente constitudas, excepto quando actuem no desenvolvimento deactividades econmicas de natureza empresarial.

    Cheques de qualquer natureza (por cada dez).

    Depsito civil (qualquer que seja a sua forma), sobre o respectivo valor.

    Outros contratos no especialmente previstos na tabela Geral do Imposto doSelo, incluindo os efectuados perante entidades pblicas - por cada um.

    Taxas e base tributvel

    As taxas de imposto aplicveis so as constantes da tabela anexa ao Cdigo do Imposto do Seloem vigor no momento em que o imposto devido, no havendo acumulao de taxas num mesmofacto ou operao. Caso esteja prevista a aplicao de mais de uma taxa aplica-se a maior.

    Enunciam-se abaixo, de forma no exaustiva, algumas das operaes sujeitas a Imposto do Selo,respectivas taxas e base tributvel:

    Operaes Taxas | Imposto

    Aquisio onerosa ou gratuita do direito de propriedade, ou de figurasparcelares desse direito sobre imveis, bem como a resoluo, invalidade ouextino, por mtuo consenso, dos respectivos contratos sobre o valor.

    Constituio de uma sociedade sobre o valor real dos bens de qualquer naturezaentregues ou a entregar pelos scios aps deduo das obrigaes assumidas edos encargos suportados pela sociedade em consequncia de cada entrada.

    Aumento do capital de uma sociedade mediante a entrada de bens de qualquerespcie sobre o valor real dos bens de qualquer natureza entregues ou a entregar

    pelos scios aps deduo das obrigaes assumidas e dos encargos suportadospela sociedade em consequncia de cada entrada.

    Arrendamento e subarrendamento:

    Sobre o valor, aumento da renda ou prorrogao do contrato dearrendamento e subarrendamento para fins habitacionais;

    Sobre o valor, aumento da renda ou prorrogao do contrato dearrendamento e subarrendamento destinados a estabelecimento comercial,

    industrial, exerccio de profisso em regime independente.

    0,3%

    0,1%

    0,1%

    0,1%

    0,4%

    AKZ 100,00

    0,1%

    AKZ 1.000,00

    Guia Fiscal 2015 | Tax 39

  • 7/25/2019 Guia Fiscal 2015 Angola - Delloite

    40/60

    Garantias das obrigaes, qualquer que seja a sua natureza ou forma,designadamente o aval, a cauo, a garantia bancria autnoma, a fiana, ahipoteca, o penhor e o seguro-cauo, salvo quando materialmente acessriasde contratos especialmente tributados na tabela, considerando-se como tal asque sejam constitudas at 90 dias aps a celebrao do contrato constitutivo

    da obrigao garantida ainda que em instrumentos ou ttulos diferentes, ou nocaso de penhor de bens futuros desde que o mesmo seja inscrito no contratoprincipal sobre o respectivo valor, em funo do prazo, considerando-sesempre como nova operao a prorrogao do prazo do contrato:

    Operaes de financiamento:

    Pela utilizao de crditos, sob a forma de fundos, mercadorias e outros valores

    em virtude da concesso de crdito a qualquer ttulo, incluindo o crditodocumentrio, a cesso de crditos,factoringe as operaes de tesourariaquando envolvam qualquer tipo de financiamento, salvo, em qualquercircunstncia, as emisses de ttulos de dvida de organismos admitidosa negociao no mercado regulamentado, considerando-se em caso deprorrogao do prazo do contrato, que o imposto recalculado em funo dadurao total do contrato e deduzido do montante anteriormente liquidado sobre o respectivo valor, em funo do prazo:

    Operaes realizadas por ou com intermediao de instituies de crdito,sociedades financeiras ou outras entidades a elas legalmente equiparadas equaisquer outras instituies financeiras (sobre o valor cobrado):

    Cmbio de notas em moedas estrangeiras, converso de moeda nacional emmoeda estrangeira, a favor de pessoas singulares sobre o valor nacional.

    Reporte sobre o valor do contrato.

    Operaes de locao:

    Locao financeira de bens mveis sobre o montante da contraprestao;

    Locao financeira e operacional de bens mveis corpreos, integrando amanuteno e assistncia tcnica sobre o montante da contraprestao.

    Garantias de prazo inferior a um ano;

    Garantias de prazo igual ou superior a um ano;

    Garantias sem prazo ou de prazo igual ou superior a cinco anos.

    Crdito de prazo igual ou inferior a um ano;

    Crdito de prazo superior a um ano;

    Crdito de prazo igual ou superior a cinco anos;

    Crdito utilizado sob a forma de conta corrente, descoberto bancrio ouqualquer outra forma em que o prazo de utilizao no seja determinadoou determinvel, sobre a mdia mensal obtida atravs da soma dos saldosem dvida apurados diariamente, durante o ms, dividido por 30;

    Crdito habitao.

    Juros por, designadamente, desconto de letras e por emprstimos, por

    contas de crditos e por crditos sem liquidao; Prmios e juros por letras;

    Comisses por garantias prestadas; Outras comisses e contraprestaes por servios financeiros.

    0,3%

    0,2%

    0,1%

    0,5%

    0,4%

    0,3%

    0,1%

    0,1%

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    0,5%0,7%

    0,1%

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    0,3%

    0,4%

    40

    Operaes Taxas | Imposto

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    Aplices de seguros sobre a soma dos prmios de seguro, do custo de aplice ede quaisquer outras importncias que constituam receita das empresas seguradoras,cobradas juntamente com esse prmio ou em documento separado

    Seguro do ramo cauo;

    Seguro do ramo martimo e fluvial;

    Seguro do ramo areo;

    Seguro do ramo de mercadorias exportadas, no previstas nos ramos anteriores;

    Seguro de quaiquer outros ramos.

    Letras, livranas, ordens e escritos de qualquer natureza, com excluso doscheques, nos quais se determine pagamento ou entrega de dinheiro comclausulas ordem ou a disposio, ainda que sob a forma de correspondncia sobre o respectivo valor, com o mnimo de AKZ 100.

    Recibos de quitao pelo efectivo recebimento de crditos resultantes doexerccio da actividade comercial ou industrial, em dinheiro ou em espcie, com

    excepo dos resultantes exclusivamente do arrendamento habitacional feitopor pessoas singulares.

    Abertura de crdito, por escrito particular ou intrumento pblico sobre o respectivo valor.

    Trespasse ou cesso para explorao de estabelecimento comercial, industrial ouagrcola e subcomisses e trespasses feitos pelo Estado e pelas provncias paraexplorao de empresas ou de servios de qualquer natureza sobre o seu valor.

    0,3%

    0,3%

    0,2%

    0,1%

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    0,1%

    1%

    0,1%

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    Guia Fiscal 2015 | Tax 41

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    Operaes sujeitas

    Autos e termos efectuados perante organismos pblicos;

    Depsito, em qualquer servio pblico, dos estatutos de associaes e outras instituies cujaconstituio dele dependa;

    Licenas, nomeadamente para instalao de mquinas electrnicas de diverso e de mquinasautomticas de venda de bens e para funcionamento de estabelecimentos de restaurao e hotelaria;

    Aumento do activo de uma sociedade mediante a entrada de bens de qualquer espcie;

    Actos notariais;

    Precatrios;

    Transformao em sociedade, associao ou pessoa colectiva que no seja sociedade de capitais;

    Marcas e Patentes;

    Explorao, pesquisa e prospeco de recursos geolgicos integrados no domnio pblico do Estado;

    Operaes aduaneiras de importao e exportao (de certos bens);

    Publicidade;

    Apostas de jogos;

    Ttulos de dvida pblica emitidos por governos estrangeiros quando sejam postos venda no Pas;

    Registos e averbamentos de bens mveis.

    Restantes actos sujeitos a Imposto do Selo

    Encontram-se ainda previstas como realidades sujeitas a Imposto do Selo, as seguintes operaes:

    Liquidao

    A liquidao do Imposto do Selo efectua-se por meio de guia, mediante a aplicao da respectivaverba.

    Contratao com entidades no residentes fiscais em Angola

    As entidades residentes em Angola que contratem entidades no residentes passam a liquidar eentregar o imposto devido, nas situaes em que competiria aos no-residentes o dever de liquidaro imposto.

    Contratao efectuada pelo Estado e organismos pblicos

    Nos contratos em que o Estado ou os demais organismos pblicos, com excepo das empresaspblicas, sejam parte, a liquidao do imposto efectuada no momento do pagamento daprestao.

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    Pagamento

    O pagamento do Imposto do Selo efectuado mediante a apresentao do Documento deLiquidao de Impostos (DLI), discriminando, em anexo, o imposto cobrado nos termos decada uma das verbas da tabela, devendo as entidades escriturar, em conformidade com a suacontabilidade e os respectivos livros de registo, as realidades existentes.

    O pagamento dever ocorrer at ao final do ms seguinte quele em que a obrigao tributria se

    tenha constitudo.

    Obrigaes contabilsticas e de arquivo de documentao

    Os contribuintes que se encontrem obrigados a dispor de contabilidade nos termos do Plano Geralde Contabilidade devem organiz-la de forma a possibilitar o conhecimento claro e inequvocodos elementos necessrios verificao do Imposto de Selo liquidado, bem como a permitir o seu

    controlo.Deste modo, devero ser objecto de registo as operaes e os actos realizados sujeitos a Imposto doSelo, sendo que o referido registo dever ser efectuado da seguinte forma:

    Os documentos de suporte aos registos contabilsticos e os documentos comprovativos dopagamento do imposto devem ainda ser conservados em boa ordem durante o prazo de 5 anos.

    Declaraoanual

    (Modelooficial)

    Sujeitos Passivosde Imposto doSelo;

    ouRespectivosrepresentanteslegais;

    Obrigao

    declarativa

    Entidade

    sujeitaPrazoInformao a reportar

    Final do ms deMaro do anoseguinte ao da

    realizao dosactos, contratose operaes.

    Imposto do Selo liquidadonos actos, contratos e

    operaes previstas natabela anexa ao Cdigodo Imposto do Selo;

    Requisitos a cumprir

    O valor das operaes e dos actos realizados sujeitos a imposto dever ser identificado segundo averba aplicvel constante da tabela anexa ao Cdigo do Imposto do Selo;

    O valor do imposto liquidado dever ser identificado segundo a verba aplicvel constante da tabelaanexa ao Cdigo do Imposto do Selo;

    O valor das operaes e dos actos realizados isentos de imposto dever ser identificado segundo averba aplicvel constante da tabela anexa ao Cdigo do Imposto do Selo;

    O valor do imposto compensado dever ser identificado.

    Guia Fiscal 2015 | Tax 43

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    45/60Guia Fiscal 2015 | Tax 45

    Imposto de Consumo

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    Encontram-se sujeitos a imposto:

    Incidncia objectiva

    A produo e importao de mercadorias, seja qual for a sua origem;

    Os servios de hotelaria e outras actividades a si conexas ou similares;

    Os servios de segurana privada;

    A arrematao ou vendas realizadas pelos servios aduaneiros ou outros quaisquer servios pblicos;

    A locao de reas especialmente preparadas para a recolha ou estacionamento colectivo de veculos;

    Os servios de tu