guia essencial do irs: edição 2016

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Guia Essencial do IRS Edição 2016

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Page 1: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

Guia Essencial do IRS Edição 2016

Page 2: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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Preparação é uma palavra-chave para o sucesso

de qualquer tarefa ou projeto. Com o Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Singulares,

o famoso IRS, não é diferente.

De facto, a preparação deve começar logo no dia

1 de Janeiro de cada ano com um pequeno, mas

essencial, passo: pedir (e posteriormente validar)

faturas de tudo - da ida ao cabeleireiro até ao

pequeno-almoço na padaria do bairro, passando

pelo arranjo do carro ou as obras de casa.

Caso esteja a pensar ler o Código do Imposto

Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

(Última atualização: Lei n.º 67/2015, de 6 de

julho) – prepare-se, vai deparar-se com um

documento com umas singelas 122 páginas – e

consiga ser bem-sucedido(a) na hercúlea façanha

de compreender todas as terminologias e os

diferentes pontos, subpontos e exceções aos

subpontos incluídos no Código elaborado pela

Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), então

este manual não é para si.

Se, por outro lado, for um dos muitos portugueses

para os quais a aproximação da data de entrega do

IRS é sinónimo de dor de cabeça, então pode ficar

descansado(a) pois o ComparaJá.pt apresenta-

lhe um Guia Prático que, de uma forma simples

e visualmente apelativa, lhe explica cada um dos

passos necessários para o correto preenchimento

da declaração relativa aos seus rendimentos de

2015.

1PrefácioÍndice

Para além de uma breve contextualização

das mudanças introduzidas nas deduções e

nas diferentes categorias existentes, poderá

encontrar

também neste manual uma secção com links úteis

e uma outra com respostas às questões mais

frequentes por parte dos contribuintes.

Caso tenha dúvidas específicas para as quais não

encontre esclarecimento online, é aconselhável

que procure apoio junto de profissionais de

consultoria financeira qualificados para o tema.

Não se esqueça que o correto preenchimento

da declaração de IRS é fundamental para evitar

futuros problemas com as instituições fiscais

e judiciais. A equipa do ComparaJá.pt espera

que o Guia Prático do IRS 2015 lhe seja útil e que

continue a contar connosco para a facilitação

de todas as questões relativas às suas Finanças

Pessoais.

Até breve,

Sérgio Pereira,

Diretor geral

do ComparaJá.pt

Guia Essencial do IRS - Edição 2016

1. Prefácio

2. O que mudou no IRS face ao ano anterior?

3. Os Benefícios por Categoria no IRS

4. Preencher a Declaração do IRS em 12 Passos

5. Recomendações

6. Dúvidas Frequentes

7. Ligações úteis

8. Sobre o ComparaJá.pt

Page 3: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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2O Orçamento do Estado de 2016 (o documento que

o Governo apresenta todos os anos à Assembleia

da República e que contém a previsão das receitas

e despesas da administração pública) veio produ-

zir diversas alterações nas finanças públicas. Para

o consumidor, traduziu-se em modificações ao

nível de vários impostos (IVA, IABA, IUC, ISV, Im-

posto do Selo, entre outros). No que diz respeito

ao IRS, existem três áreas nas quais incidirão as

principais mudanças: nos níveis dos escalões, no

quociente familiar e na sobretaxa.

Escalões

A taxa de IRS aplicada aos diferentes níveis de

rendimentos mudou este ano, conforme a se-

guinte tabela:

Quociente familiar

Em 2016 foi instituída uma alteração substancial

para as famílias portuguesas: haverá uma de-

dução fixa de 550€ por cada filho (ou “dependente

a cargo”, como é dito em termos legais) e de 525€

O que mudou no IRS face ao ano anterior

Guia Essencial do IRS - Edição 2016

para ascendentes (ou seja, os avós). Portanto,

acabou-se com o quociente familiar.

Sobretaxa do IRS

Neste ano, irá manter-se a sobretaxa de IRS, mas

esta vai descer.

Ao contrário do que aconteceu em 2015, cuja so-

bretaxa cobrada era de 3,5%, em 2016 este im-

posto assumirá um valor que variará conforme os

escalões de rendimento:

Portanto, quem ganha menos, pagará menos de

sobretaxa – o que permitirá a muitos portugueses

poupar.

Há ainda uma alteração importante nesta questão

da sobretaxa: passou a existir uma cláusula de

salvaguarda que estabelece que quem tem rendi-

mentos cujos valores estejam próximos do limite

de um determinado escalão, pagará o valor do es-

calão inferior e não o do seu. Dando um exemplo:

se os seus rendimentos anuais forem de 20.095€,

a taxa que pagará não é a do escalão “20.000€-

40.000€”, mas sim a do anterior, ou seja, 1%.

Também entra aqui a questão das deduções por

cada filho: mantém-se o valor de 2,5% de so-

bretaxa pelo valor do salário mínimo nacional

(que mudou para 530€ em 2016). Mas se os pais

fizerem a declaração em separado, este valor cai

para metade.

Em termos simples, isto foi tudo o que mudou.

Convém sempre ter em atenção que tudo o que

mudar nas finanças públicas repercute-se nat-

uralmente nas finanças pessoais – portanto, na

carteira de cada um.

Page 4: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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3A reforma do Imposto sobre o Rendimento

Singular (IRS) entrou em vigor em 2015, sendo

que, a partir desse ano, várias regras fiscais

mudaram.

Dentro das mudanças mais acentuadas está o

facto de, doravante, todas as faturas sem número

de contribuinte associado não serem registadas

na declaração seguinte de IRS; sendo igual para

as despesas dos filhos, nas quais deve constar

o número de contribuinte de um dos pais, caso

sejam casados, ou mesmo da criança, no caso de

os pais estarem separados.

Despesas Gerais Familiares

Quanto às deduções por categoria, cada

contribuinte pode deduzir até 250 euros dos

custos na categoria das Despesas Gerais

Familiares, o que corresponde a 35% dos gastos.

Para obter o benefício máximo, basta gastar 715

euros durante o ano.

Esta categoria, apenas em vigor desde 2015,

inclui despesas com as contas da luz, água e

telecomunicações, assim como as compras do

supermercado.

Por exemplo, em conjunto, um casal pode deduzir

até um máximo de 500 euros. Por outro lado,

as famílias monoparentais têm um limite de

335 euros (basta gastar 745 euros), sendo que a

dedução passa a ser de 45%. Em qualquer dos

casos, o número de filhos não faz aumentar o

limite do benefício.

Saúde

Na categoria da Saúde, podem ser deduzidos 15%

Os Benefícios por Categoria no IRS

do montante gasto, desde que não ultrapasse

os 1000 euros. Aqui, podem incluir-se despesas

com produtos financeiros, serviços prestados

por profissionais de saúde, produtos médicos e

ortopédicos, material ótico, consulta de psicologia

e terapia da fala.

Educação

Os encargos com materiais escolares já não

podem ser deduzidos na categoria de Educação.

Despesas com creches e jardins de infância,

escolas ou outros estabelecimentos de ensino,

manuais escolares e amas ou explicadores

constituem o lote. Até um montante de 800

euros, pode deduzir cerca de 30% das despesas

suportadas.

Encargos com Habitação

Dentro de um limite de 502 euros, pode deduzir

cerca de 15% de Encargos com Habitação. No

entanto, esse pode aumentar para 800 euros caso

o rendimento anual do agregado familiar não

ultrapasse os 7000 euros.

Pensões de Alimentos

Os contribuintes portugueses podem deduzir

cerca de 20% dos encargos com Pensões de

Alimentos, independentemente do valor global.

No entanto, só pode realizar tais deduções se

for obrigado por sentença judicial ou acordo

homologado a suportar a pensão de alimentos de

um descendente.

Lares

Para quem tem ascendentes a cargo, é possível

deduzir cerca de 25% do valor suportado até um

limite de 403,75 euros. As despesas com Lares

devem incluir os custos com apoio domiciliário,

lares ou instituições de apoio à terceira idade.

Produto Poupança-Reforma

Se tem um Produto Poupança-Reforma, saiba

que pode deduzir 20% dos valores aplicados,

tendo como limites máximos 400 euros por

pessoa com menos de 35 anos, 350 euros por

pessoa entre os 35 e 50 anos e 300 euros para

quem tiver mais de 50 anos.

Donativos

Da mesma forma, os Donativos podem ser

aceites em IRS. Neste capítulo, pode deduzir 25%

dos donativos até ao limite de 15% da coleta. Se

a administração central, regional ou local for o

destino donativo, a dedução não tem limites.

Reabilitação Urbana

Se realizar obras em imóveis localizados em áreas

de Reabilitação Urbana, pode deduzir à coleta

30% dos encargos até um limite de 500 euros.

Seguros de Vida

Os contribuintes ou seus dependentes

portadores de deficiência podem deduzir 25% do

prémio contratado em seu nome ou em nome do

seu dependente deficiente, com um limite de 15%

do coleta.

Também os cidadãos cuja profissão seja

considerada de desgaste rápido podem deduzir o

Seguro de Vida no IRS.

IVA

Por fim, saiba que pode deduzir igualmente o

IVA suportado em despesas de serviços, como

mecânicos, cabeleireiros, esteticistas, restauração

ou hotelaria. O total dos encargos não pode ser

superior a 15% para um limite de 250 euros.

As despesas que constam no IRS passam agora

a ser contabilizadas no e-fatura, através do qual

as Finanças conseguem apurar o benefício fiscal

relativo ao IVA. Neste ano, sempre que uma fatura

for preenchida com um número de contribuinte

específico, será automaticamente “apanhada” no

sistema.

É por essa razão que, este ano, uma boa parte

da declaração a ser submetida online está já

preenchida. À partida, não é necessário somar

as despesas nem mencioná-las na declaração.

No entanto, é aconselhável ficar atento à página

do e-fatura, pelo menos a cada 2 meses, uma vez

que algumas faturas ficam pendentes por falta

de informações, sendo o suficiente para perder

o benefício fiscal. Nestes casos, deve acrescentar

a informação em falta.

Guia Essencial do IRS - Edição 2016

Page 5: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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1º – Ter a senha de acesso ao Portal das

Finanças

Para entregar o IRS através da internet, tem de

ter acesso ao Portal das Finanças. No caso de

ainda não ter a senha, pode aceder a esta página

e selecionar a opção “Novo Utilizador” na barra

lateral direita. Depois, apenas tem de introduzir

os seus dados pessoais. Passados alguns dias

deverá receber uma carta em casa com a senha de

acesso.

Caso já não tenha tempo para esse processo, pode

deslocar-se a uma repartição das finanças da sua

área de residência e solicitar uma senha de última

hora, que terá apenas a validade de 5 dias.

2º – Entrar no Portal das Finanças e selecionar

na lateral esquerda “Entregar Declaração”

Aqui, deve escolher a opção “Entregar a 1ª

declaração e declarações de substituição” e

marcar o ano 2015. (De seguida, a aplicação Java

tem de correr, por isso carregue em “Run”).

3º – Selecionar a opção “Obter declaração pré-

preenchida”

Esta é apresentada com todas a informações

padrão preenchidas. Porém, para que o sistema

as preencha na totalidade, tem de confirmar

novamente o NIF e password de acesso. Caso

entregue a declaração de IRS em conjunto, deve

igualmente selecionar a “Opção pela tributação

conjunta de rendimentos”.

É importante salientar que, apesar as deduções à

coleta não apareçam de forma visível, estas são

tidas em consideração no momento em que o

4Preencher a Declaração do IRS em 12 Passos

cálculo do valor a pagar ou a receber for efetuado.

4º – Preencher a folha de rosto com

informações gerais sobre si e respetivo

agregado familiar

Esta está organizada por quadros, sendo que todos

devem ser devidamente preenchidos:

Quadro 1 – código das finanças;

Quadro 2 – ano de rendimentos que está a

declarar, ou seja, 2015;

Quadro 3 – nome do sujeito passivo;

Quadro 4 – estado civil;

Quadro 5 – opção por tributação conjunta ou

separada;

Quadro 6 – descrição do agregado familiar, com

o nome dos sujeitos passivos (quem declara

rendimentos – incluindo dependentes, afilhados

civis e dependentes em guarda conjunta), número

de dependentes e, caso existam elementos com

deficiência, é declarado o grau de deficiência.

Nota: mesmo que opte por entregar declarações

em separado, no quadro 5 deve colocar “Não” no

ponto 1, que indica se “ambos os cônjuges optam

pela tributação conjunta dos rendimentos”, e no

quadro 6, ponto A, deve ser colocado o número de

contribuinte do outro membro do casal.

Quadro 7 – ascendentes a cargo em comunhão de

habitação;

Quadro 8 – apontar se a residência fiscal se

encontra no continente, Açores, Madeira ou

estrangeiro;

Quadro 9 – NIB para receber por transferência

bancária;

Quadro 10 – Selecionar “1ª declaração do ano”;

Quadro 11 – optar (ou não) por doar 5% do

reembolso de IRS a alguma instituição de

solidariedade;

Quadro 13 – indicar se está a preencher a

declaração tendo em conta algum prazo especial.

5º – Selecionar o Anexo A (rendimentos de

trabalho dependente e/ou pensões)

Confirme todos os dados pré-preenchidos

com atenção, desde os rendimentos obtidos e

o número de contribuinte da entidade que os

entregou, até ao valor da retenção de IRS e de

descontos para a segurança social.

Caso não tenha rendimentos desta categoria,

elimine este anexo.

6º – Adicionar rendimentos da categoria B

(rendimentos empresariais e profissionais)

Para tal, deve juntar o anexo necessário para

declarar esses rendimentos. Existem vários que

podem ser entregues, tais como:

Anexo B – Rendimentos categoria B – Regime

simplificado ou Ato isolado;

Anexo C – Rendimentos categoria B – Regime

simplificado de contabilidade organizada;

Anexo D – Transparência fiscal e herança divisa,

imputação de rendimentos;

Anexo E – Rendimentos de capitais;

Anexo F – Rendimentos prediais;

Anexo G – Mais-valias e outros incrementos

patrimoniais;

Anexo G1 – Mais-valias não tributadas;

Anexo H – Herança indivisa;

Anexo J – Rendimentos obtidos no estrangeiro;

Anexo L – Residente não habitual;

Anexo SS – Segurança Social.

7º – Declarar as despesas durante o decorrer do

ano

Para fazê-lo, deve juntar o Anexo H – Benefícios

fiscais e deduções, onde consegue declarar as

despesas de acordo com as categorias estipuladas

no capítulo “Os Benefícios por Categoria no IRS

para 2016”.

Nesse, estão disponíveis os seguintes quadros:

Quadro 2 – Ano de rendimentos;

Quadro 3 – Identificação dos sujeitos passivos;

Quadro 4 – Rendimentos isentos sujeitos a

englobamento;

Quadro 5 – Rendimentos de propriedade

intelectual isentos parcialmente;

Quadro 6 – Deduções à coleta, onde podem ser

declaradas as pensões de alimentos, benefícios

Guia Essencial do IRS - Edição 2016

Page 6: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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fiscais e despesas relativas a pessoas com

deficiência, despesas de saúde, formação e

educação e encargos com imóveis e lares. Aqui,

pode optar por colocar as despesas manualmente,

selecionando a opção “sim”. Porém, deve ter o

comprovativo em papel das mesmas. Se optar por

colocar “não”, o sistema assume que o valor está

no e-fatura;

Quadro 7 – Se tiver rendas ou pagar juros sobre

imóveis próprios, é obrigatório preencher

este anexo. No caso de ser inquilino e possuir

rendas pagas ao longo do ano, não se esqueça de

identificar o imóvel, para que as mesmas possam

ser tidas em consideração pelas finanças no

cálculo final;

Quadro 8 – Indicar se existem acréscimos por

incumprimento de requisitos.

8º – Selecionar a opção “Verificar”

Depois de verificar se todos os valores estão bem

declarados no IRS 2016, deve verificar o processo,

pois se houver algum erro de preenchimento será

alertado e poderá corrigi-lo.

9º – Selecionar a opção “Simular”

Antes de submeter a entrega do IRS 2016, deve

simular o processo para saber quanto vai receber

ou pagar.

10º – Selecionar a opção “Submeter”

Para terminar o processo, tem de introduzir o

número de contribuinte (NIF) e a senha de acesso

ao Portal das Finanças novamente.

11º –Voltar a entrar no Portal das Finanças

Para verificar se foi devidamente preenchida e

não há erros, 48 horas depois de ter submetido

a declaração de IRS deve entrar novamente no

portal. Caso exista algum erro de preenchimento,

tem a possibilidade de fazer a correção no prazo

de 30 dias.

Para tal, deve seguir os passos seguintes:

“Cidadãos – Entregar – IRS – Corrigir”.

12º – Receber o comprovativo de entrega da

declaração de IRS 2015

Deve voltar a entrar no Portal da Finanças

e quando o estado da sua declaração estiver

Aprovado deve entrar na opção de “Serviços

Online – Contribuintes – Comprovativos – IRS”.

Guia Essencial do IRS - Edição 2016

Page 7: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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- Caso opte por submeter a declaração via

internet, não se esqueça que a versão mais

recente do Java não suporta nem o Google

Chrome, nem o Microsoft Edge; utilize antes o

Internet Explorer, Safari ou Mozilla Firefox.

Recomendações 5- Quando tiver acabado de preencher a

declaração, deverá clicar em “gravar” e “validar”

para verificar se existe algum erro. Caso tudo

esteja regularizado, poderá ainda simular aquilo

que terá de pagar ou receber. Caso tudo esteja

devidamente preenchido, poderá então submeter

a declaração e obter o respetivo comprovativo.

- Se tiver dinheiro a receber, o reembolso será

feito até 20 dias úteis para o respetivo NIB após

a submissão da declaração, de acordo com a

Autoridade Tributária e Aduaneira.

Page 8: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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1. Como consultar as faturas com o meu NIF?

Acede ao Portal das Finanças, utilizando a sua

senha de acesso, acedendo assim à sua página

pessoal no sistema e-fatura através do link “Novo

IRS 2015”. Se ainda tem dúvidas relativamente à validação das suas faturas, consulte o nosso artigo sobre este tema.

2. Os casais devem fazer o IRS juntos ou em

separado?

Só compensa fazer em conjunto quando os casais

recebem ordenados muito diferenciados ou se

um dos membros se encontrar desempregado,

porque, neste caso, a taxa de IRS será mais

baixa. Para uma noção de alguns cálculos

exemplificativos da tributação conjunta para

casados ou em união de facto, consulte o quadro feito pela consultora Deloitte para o Diário Económico. No IRS deste ano, as pessoas que

são casadas terão a possibilidade de entregar

a declaração em separado ou em conjunto,

conforme queiram.

3. Como registar as faturas com despesas dos

meus filhos?

Estas faturas devem ser emitidas com o NIF do pai

ou da mãe.

4. Quanto tempo demoram as faturas de taxas

moderadoras e de propinas de educação a

aparecerem no Portal das Finanças?

Aparecem até ao dia 25 do mês seguinte.

5. Durante quanto tempo devo guardar os

Dúvidas frequentes 6originais das minhas faturas por causa do IRS?

• Faturas de gás, luz, água, telecomunicações e

Internet > durante 6 meses;

• Pagamentos de condomínio e renda da casa >

durante 5 anos;

• Faturas de pagamentos a instituições públicas

referentes a impostos (como IMI, por exemplo) >

durante 3 anos;

• Toda a documentação do IRS > durante 4 anos.

6. Se me atrasar a entregar o IRS, pago alguma

multa?

Sim. Se o atraso for até 30 dias após o prazo final,

a coima é de 18,75€, enquanto que se o atraso for

superior a 30 dias, o valor já poderá ir de 150€ a

3.750€.

7. O que acontece se a minha declaração de IRS

tiver erros?

Neste caso, o que terá de fazer é entregar

posteriormente uma declaração de substituição

com todos os erros corrigidos. Porém, pagará

uma coima: se submeter esta declaração até 30

dias após o prazo, o valor é de 18,75€, ao passo

que se submeter entre 30 e 60 dias, o montante

ascenderá de 37,50€ até 112,50€.

8. Se entregar a minha declaração através da

Internet, posso vir a receber o valor do IRS mais

rápido?

Em caso de reembolso para o contribuinte, quem

entregar pela Internet receberá primeiro esse

dinheiro.

9. Se me esquecer de dar o NIF para uma fatura,

posso deduzi-la no IRS?

Não, só as faturas que incluam o seu NIF serão

consideradas.

10. Que despesas são dedutíveis no IRS e em que

percentagem?

• Despesas gerais familiares (exemplo:

supermercado, vestuário, luz, água, gás,

combustível, entre outras) = 35% com máximo

dedutível de 250€ por pessoa;

• Despesas de saúde = 15% com máximo dedutível

de 1.000€;

• Despesas de educação = 30% com máximo

dedutível de 800€;

• Despesas com pensão de alimentos = 20%;

• Despesas com prestação de casa arrendada = 15%

com um máximo dedutível de 502€;

• Despesas com juros de empréstimo à habitação,

no caso de ter casa própria = 15% com máximo

dedutível de 296€;

• Despesas com reabilitação de imóveis (se fizer

obras em casa) = 30% com máximo dedutível de

500€;

• Deduções dos PPR (Planos Poupança Reforma) =

20% por pessoa com os seguintes limites:

> Idade inferior a 35 anos = 400€

> 35-50 anos = 350€

> Mais de 50 anos = 300€

• Despesas com lares de 3ª idade = 25% com

máximo dedutível de 403,75€;

• Despesas com IVA de restauração e hotelaria,

cabeleireiros e reparações de veículos = 15% do

IVA com máximo dedutível de 250€;

• Despesas com donativos = 25% do valor dos

donativos até ao limite de 15% da coleta. Ser socialmente responsável também lhe traz benefícios fisciais.

Para um esclarecimento mais detalhado, consulte

o nosso infográfico com os benefícios por categoria no IRS.

11. Como deduzir as despesas dos filhos quando

se é divorciado ou quando se está em situação

de guarda partilhada?

As despesas devem ser divididas em partes iguais

pelos progenitores.

12. Não estou casado, mas encontro-me em

união de facto. Beneficio de algum regime

especial nesta situação?

Sim, contando que o casal deve partilhar casa há

mais de 2 anos. Neste caso, podem usufruir de

uma declaração única, com tributação conjunta,

assinada pelos dois.

13. Existem situações em que se pode estar

dispensado de entregar a declaração de IRS?

Sim. Se no ano de 2015 auferiu 8.500€ ou menos

de rendimento de pensões ou de trabalho

dependente, sem que lhe tenha sido feita

qualquer retenção na fonte, e não recebeu

pensões de alimentos superiores a 4.104€, então

não precisa de entregar a declaração de IRS.

Contudo, se optar pela tributação conjunta no

caso de ser casado ou de estar em união de facto,

esta regra deixa de se aplicar.

Guia Essencial do IRS - Edição 2016

Page 9: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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14. Quais são os prazos a respeitar?

Dependendo da categoria de rendimentos dos

contribuintes:

• Categorias A e H > entre 1 e 30 de abril;

• Todas as outras categorias > entre 1 e 31 de maio.

15. Sou trabalhador independente. O que muda

ao preencher o IRS?

Os trabalhadores independentes devem

preencher os Anexos B, C e SS do Modelo 3 da

declaração de IRS. O Anexo B serve para declarar

rendimentos empresariais, profissionais

e decorrentes de atos isolados (aos quais

os freelancers recorrem muitas vezes, por

exemplo) que serão tributados através do regime

simplificado. Por sua vez, o Anexo C é destinado

a rendimentos tributados a partir de um regime

de contabilidade organizada. Finalmente, o

Anexo SS identifica o total de montantes emitidos

por um trabalhador a cada uma das entidades

contratantes, recolhendo ainda dados sobre o

trabalhador independente em questão. Para saber

mais sobre esta questão em detalhe, consulte este artigo no Público sobre esta questão.

Portal das Finanças:

http://www.portaldasfinancas.gov.pt/

Simulador da DECO para poupar no

preenchimento do IRS: www.irssemcusto.pt

Simulador de IRS da PwC: http://www.pwc.pt/pt/fiscalidade/simulador-irs.html

Portal do Cidadão:

https://www.portaldocidadao.pt/

Governo de Portugal: http://www.portugal.gov.pt/pt.aspx

Ligações úteis 7Guia Essencial do IRS - Edição 2016

Page 10: Guia Essencial do IRS: Edição 2016

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Com o objetivo de ajudar os consumidores

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8Nota aos leitores

Este ebook é uma publicação do ComparaJá.pt.

Acredita-se que todas as informações apresentadas são

factuais e atualizadas à data de 12 de Abril de 2016, não

devendo ser consideradas como uma análise completa e

detalhada de todos os tópicos abordados.

O conteúdo deste ebook é exclusivamente informativo

pelo que não deve substituir o aconselhamento profis-

sional.

Guia Essencial do IRS - Edição 2016