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GUIA EMPRESA AMIGA
DA CRIANÇA
1. Apresentação ...................................................................................2
2. O que faz o Programa Empresa Amiga da Criança? .........................3
3. Qual a proposta do Programa? ........................................................4
4. Como participar? ..............................................................................5
5. Que tipo de empresa pode participar? ..............................................8
6. Quais documentos devem ser apresentados para o
credenciamento? ............................................................................10
7. Que benefícios são oferecidos? ......................................................11
8. Que ações sociais devem ser desenvolvidas pelas empresas? .......12
9. Como renovar o credenciamento? ..................................................18
10. O que é o Selo Empresa Amiga da Criança? ................................19
11. Glossário ......................................................................................22
ÍNDICE
21. APRESENTAÇÃO
A Fundação Abrinq - Save the Children fez este guia para apresentar o Programa Empresa Amiga da Criança e orientar sobre a forma de adesão bem como os conceitos utilizados pelo Programa.
O conteúdo está direcionado para as empresas que pretendem participar do Programa, investindo na melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes brasileiros.
Para isso, esta publicação busca esclarecer o que faz o Programa, quais seus objetivos, como aderir, que tipo de empresa pode ser credenciada, quais os benefícios oferecidos, quais ações sociais devem ser desenvolvidas pelas empresas e o que é o Selo Empresa Amiga da Criança.
Foto: P. Rubens e Jhone P. S
antos
32. O QUE FAZ O PROGRAMA EMPRESA AMIGA DA CRIANÇA?
Criado em 1995, pela Fundação Abrinq - Save the Children, o Programa Empresa Amiga da Criança mobiliza e reconhece empresas que realizam ações sociais para o público interno e comunidade, promovem e divulgam os direitos da criança e do adolescente.
Além desse, a Fundação Abrinq - Save the Children, desenvolve outros programas e projetos com o objetivo de melhorar as condições de vida das crianças e dos adolescentes brasileiros e mobilizar a sociedade para participar desse desafio, desde 1990.
A organização acredita no enorme potencial das empresas que investem recursos em ações e projetos sociais, articulam suas redes de relacionamentos, realizam ações de voluntariado corporativo, sensibilizam seus clientes e fornecedores e trabalham em parceria com o poder público e a sociedade civil.
Inicialmente, o Programa Empresa Amiga da Criança era voltado para a prevenção e erradicação do trabalho infantil e o estímulo às empresas para a realização de ações sociais na comunidade. Posteriormente, em 2001, o Programa ampliou suas prioridades e convidou as empresas a desenvolverem ações sociais também para seu público interno.
43. QUAL A PROPOSTA DO PROGRAMA?
O Programa Empresa Amiga da Criança tem como objetivo geral engajar o setor empresarial na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Para tanto, o Programa se propõe a:
• Reconhecer por meio do título de Empresa Amiga da Criança, as empresas que desenvolvam ações em benefício de crianças e adolescentes, filhos(as) de funcionários(as) e de comunidades, nas áreas de assistência social, educação e saúde;
• Estimular o aprimoramento das ações sociais para crianças e adolescentes desenvolvidas pelas empresas;
• Contribuir para que as empresas reconhecidas pelo Programa sejam valorizadas por sua atuação social junto ao público infanto-juvenil.
Foto: P. Rubens e Jhone P. Santos
54. COMO PARTICIPAR DO PROGRAMA?
1º Passo: Conhecer e desenvolver ações com foco nos compromissos.Para participar do Programa as empresas devem assumir com a Fundação Abrinq - Save the Children os seguintes compromissos:
Não explorar o trabalho infantil e não empregar adolescentes em atividades noturnas, perigosas e insalubres, respeitando a Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Alertar os fornecedores contratados que denúncia comprovada de trabalhoinfantil causará rompimentoda relação comercial.
Realizar ações de conscientização dos clientes, fornecedores e comunidade sobre os prejuízos do trabalho infantil.
Desenvolver ações em benefício de crianças e adolescentes, filhos(as) de funcionários(as) nas áreas de educação e saúde.
Realizar ações sociais
em benefício de crianças
e adolescentes de
comunidades, conforme
valores estabelecidos
pela Fundação Abrinq –
Save the Children.
62° Passo: Preencher o cadastro.Por meio da Ficha Cadastral disponível no site www.fundabrinq.org.br/peac, a empresa deve fornecer informações a respeito de sua atuação social.
O cadastro é composto pelas seguintes partes:
• Dados cadastrais da empresa;
• Contatos;
• Informações sobre as ações sociais da empresa para o público interno;
• Informações sobre as ações sociais da empresa junto a comunidades;
• Recursos investidos no ano anterior.
3° Passo: Aguardar análise do cadastro pela equipe do Programa.A Fundação Abrinq - Save the Children analisa as informações cadastradas, enviando uma apreciação sobre elas e indicando se a empresa cumpre os requisitos estabelecidos para se credenciar1 ao Programa Empresa Amiga da Criança.
4° Passo: Assinar o Termo de Compromisso.Uma vez aprovada, a empresa formaliza sua participação no Programa por meio da assinatura do Termo de Compromisso.
1. Considera-se credenciada a empresa que teve seu cadastro aprovado pela Fundação Abrinq – Save the Children, assinou oTermo de Compromisso e recebeu o kit de boas-vindas oficializando o direito de uso do selo Empresa Amiga da Criança.
7A fim de manter as atividades da Fundação Abrinq - Save the Children, as empresas credenciadas ao Programa Empresa Amiga da Criança contribuem para a organização. O valor da contribuição é estabelecido em função do último faturamento bruto anual da empresa, conforme tabela abaixo:
Observações:
· O pagamento da primeira contribuição ocorrerá após o credenciamento.
· Essa tabela é reajustada anualmente (em janeiro) de acordo com a inflação, baseado no IPCA Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo
Tabela referência ano 2011
(1) – Faturamento bruto anual no último exercício, em reais.(2) – Contribuição ao Programa Empresa Amiga da Criança, em reais.
Faturamento bruto (1)(R$ / ano)
Contribuição Mensal (2)(R$ / mês)
Até 120.000 50
120.001 a 1.200.000 100
1.200.001 a 1.800.000 117
1.800.001 a 2.700.000 137
2.700.001 a 4.000.000 160
4.000.001 a 6.000.000 187
6.000.001 a 9.000.000 219
9.000.001 a 13.000.000 257
13.000.001 a 20.000.000 300
20.000.001 a 30.000.000
30.000.001 a 46.000.000
46.000.001 a 69.000.000
69.000.001 a 104.000.000
104.000.001 a 155.000.000
155.000.001 a 300.000.000
300.000.001 ou maior
351
411
481
562
658
770
901
Categoria
1
2
3
4
5
6
7
8
9
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16
85. QUE TIPO DE EMPRESA PODE PARTICIPAR?
O Programa Empresa Amiga da Criança possibilita a participação de empresas de todos os portes, atividades ou regiões do país, que tenham realizado ações sociais para o público interno e comunidades no ano anterior. Além disso, é necessário ter as seguintes características:
• Empresas privadas, públicas e de economia mista;
• Cooperativas que desenvolvam atividades comerciais, como cooperativa agropecuária, de trabalho, de produção, de serviços, de saúde e de transporte.
Há setores, no entanto, que não podem participar do Programa Empresa Amiga da Criança, como as empresas e os órgãos representativos ligados ao setor fumageiro, as fabricantes ou comerciantes de armas de fogo e demais produtos inadequados à formação integral das crianças e adolescentes.
Também não participam do Programa os órgãos públicos vinculados aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, agências controladoras, autarquias, fundações, institutos e órgãos da administração direta.
9As empresas fabricantes de bebidas podem ser credenciadas, porém não podem utilizar o selo em embalagens, materiais ou propagandas de bebidas alcoólicas, ficando o uso restrito às bebidas não-alcoólicas.
106. QUAIS DOCUMENTOS ESPECÍFICOS DEVEM SER APRESENTADOS PARA O CREDENCIAMENTO?
Toda empresa que apresentar como ação social um Projeto de Aprendizagem Profissional, deve encaminhar ao Programa Empresa Amiga da Criança uma cópia do contrato de convênio com a instituição formadora e do contrato com o(a) aprendiz.
As indústrias dos setores: sucroalcooleiro, citrícola, calçadista, têxtil, mineradoras, agroindústrias e todas pertencentes a cadeias de riscos em geral, devem encaminhar declaração da Delegacia Regional do Trabalho – Ministério do Trabalho e Emprego, informando que a empresa não recebeu autuação no último ano por trabalho infantil.
117. QUE BENEFÍCIOS SÃO OFERECIDOS ÀS EMPRESAS?
Sendo credenciada ao Programa Empresa Amiga da Criança, a empresa recebe o direito de uso do selo. Além disso, recebe o Diploma de reconhecimento personalizado, o kit de credenciamento, passa a ter seu nome divulgado na versão eletrônica do relatório anual de atividades, bem como na página do Programa, no site da Fundação Abrinq - Save the Children, a ser convidada a participar de eventos e a receber subsídios técnicos para o desenvolvimento e aprimoramento de suas ações sociais.
Quando credenciadas as empresas também passam a receber:
• Boletins eletrônicos mensais;• Informativos trimestrais impressos;• Relatório anual da Fundação Abrinq - Save the Children.
128. QUE AÇÕES SOCIAIS DEVEM SER DESENVOLVIDASPELAS EMPRESAS?
A Fundação Abrinq – Save the Children, por meio do Programa Empresa Amiga da Criança, sugere que as empresas focalizem suas ações sociais prioritariamente nas áreas de Educação, Saúde, e Assistência Social (Promoção e Proteção), em benefício de crianças e adolescentes. O foco contribui para evitar a fragmentação de esforços e a dispersão de recursos.
Áreas para realização do Investimento Social Privado:
Educação:
Educação Infantil (crianças de 0 a 5 anos e 11 meses): O acesso e a melhoria da qualidade do atendimento em creches é primordial, garantindo a educação integral e a atenção aos aspectos de saúde e proteção voltados às crianças pequenas. Instalação de sala de leitura e brinquedoteca, valorizando o brincar; instalação de playground; adequação de espaço físico e mobiliário; investimento na formação de profissionais e sensibilização de familiares por meio de palestras sobre os cuidados com a criança.
Ensino Fundamental e Médio (6 a 17 anos e 11 meses): Incentivo à matrícula, ao reingresso e permanência de crianças e adolescentes na escola, apoio a projetos de complementação educacional; doação de materiais didáticos e bolsas de estudo; instalação de biblioteca, laboratórios e incentivo à produção de conhecimentos e pesquisa.
13Saúde: Incentivo ao aleitamento materno, atendimento pré e pós-natal; orientação à maternidade e paternidade responsáveis, à gravidez na adolescência, à sexualidade saudável e prevenção da DST/Aids; estímulo e promoção de vacinação, saúde bucal, acuidade visual, saúde mental e nutrição.
Assistência Social (Promoção e Proteção): Fortalecimento de organizações comunitárias; apoio a organizações que desenvolvam medidas de proteção especial unidade de acolhimento institucional (abrigo, violência doméstica e sexual, dependência química, situação de rua, trabalho infantil) e medidas socioeducativas em meio fechado e aberto (internação, semiliberdade, liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade); apoio à situações de emergência.
Em todas essas áreas as ações podem incluir apoio financeiro, programas de voluntariado corporativo, formação e capacitação de profissionais, doação de materiais e equipamentos, investimento em infraestrutura (reforma e construção) e realização de campanhas, dentre outras alternativas.
148.1. Ações para o público interno
O Programa Empresa Amiga da Criança orienta o direcionamento dessas ações às funcionárias gestantes, mães que amamentam, crianças e adolescentes filhos(as) de funcionários(as) e adolescentes aprendizes. Tais ações contemplam e extrapolam a legislação trabalhista quanto aos cuidados necessários à gestação e período de amamentação.
8.2. Ações sociais para a comunidade
As ações para a comunidade reconhecidas pelo Programa Empresa Amiga da Criança devem ser direcionadas a crianças, adolescentes e suas famílias.
Seja por projetos próprios ou apoio a projetos de terceiros – organizações não-governamentais, governamentais ou outras empresas.
Nesse campo também se insere o apoio a organizações do Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes, como Conselhos de Direitos, Conselhos Tutelares, centros de defesa e organizações da sociedade civil.
Recomenda-se que as ações sociais para a comunidade sejam realizadas de forma planejada e sistemática, em projetos de interesse público e que busquem resultados de transformação social.
15A Fundação Abrinq - Save the Children, em conjunto com as empresas, busca a efetividade do Investimento Social Privado. Entende-se este como o “repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público” (Fonte: Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – GIFE).
Para o êxito do Investimento Social Privado é importante considerar os pontos abaixo:
• Realizar, por meio de pesquisas e/ou do diálogo com os(as) funcionários(as) da empresa e membros da comunidade, o diagnóstico da localidade onde deseja investir, a fim de conhecer os principais problemas que afetam essa comunidade. Uma boa opção é procurar o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e obter informações da realidade local.
• Identificar que tipo de atendimento já vem sendo dado e por quem, a fim de estabelecer parcerias com outras empresas, organizações ou o poder público. É importante que a empresa verifique quais as ações existentes que necessitam de apoio para ampliar sua atuação ou para fortalecer os resultados.
• Avaliar quais as possibilidades de a empresa atuar usando seu próprio conhecimento e experiência, desde que respondam às necessidades da comunidade.
• Concentrar as atenções num foco principal, seja um projeto próprio ou algum já desenvolvido pela comunidade, a fim de não dispersar recursos.
16• Planejar a atuação e definir metas e estratégias para a sua implantação. Prever orçamento para garantir a manutenção do projeto.
• Promover o acompanhamento permanente e avaliações periódicas para mensurar os resultados e mudar os rumos do projeto quando necessário.
Cálculo do valor dos investimentosO Programa Empresa Amiga da Criança indica que o valor anual dos recursos investidos em ações sociais para crianças e adolescentes, deve seguir a tabela abaixo:
(1) – Faturamento bruto anual no último exercício, em reais.(2) – Investimento social realizado em benefício de crianças e adolescentes no último ano, em reais.
Faturamento bruto (1)(R$ / ano)
Até 120.000 600
120.001 a 1.200.000 1.200
1.200.001 a 1.800.000 1.500
1.800.001 a 2.700.000 1.800
2.700.001 a 4.000.000 2.700
4.000.001 a 6.000.000 4.000
6.000.001 a 9.000.000 6.000
9.000.001 a 13.000.000 9.000
13.000.001 a 20.000.000 13.000
20.000.001 a 30.000.000
30.000.001 a 46.000.000
46.000.001 a 69.000.000
69.000.001 a 104.000.000
104.000.001 a 155.000.000
155.000.001 a 300.000.000
300.000.001 ou maior
20.000
30.000
46.000
69.000
104.000
155.000
240.000
Categoria
1
2
3
4
5
6
7
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9
10
11
12
13
14
15
16
Tabela referência ano 2011
Contribuição Anual (2)(R$ / ano)
17Para calcular, em reais, o montante de recursos aplicados nas ações ou projetos sociais a empresa deve estimar o valor monetário de cada um dos tipos de recursos utilizados - financeiros, doação em material adquirido de terceiros, doação de produtos próprios ou prestação de serviços gratuitos e voluntariado de funcionários(as). Seguem algumas dicas para efetuar os cálculos de cada tipo de recurso:
• Recursos financeiros: valores das doações realizadas em espécie para terceiros e custos dos projetos desenvolvidos pela empresa;
• Doação de material e/ou equipamento: o preço de compra do material quando foi adquirido especificamente para a ação social da empresa;
• Doação de produtos próprios ou prestação de serviços da empresa: o custo do produto ou do serviço, não contabilizando o lucro;
• Voluntariado de funcionários(as): multiplicar o número de horas/ano de trabalho liberado pelo custo médio/hora dos funcionários(as) liberados. Considerar apenas as horas trabalhadas durante o expediente.
189. COMO RENOVAR O CREDENCIAMENTO?
A participação no Programa é renovada a cada ano. Para isso é necessário o preenchimento do cadastro, que novamente passa pela análise da Fundação Abrinq - Save the Children.
No processo de atualização a equipe técnica do Programa Empresa Amiga da Criança solicita documentos e promove visitas a algumas empresas credenciadas, a fim de conhecer as ações que desenvolve em relação aos compromissos assumidos. A amostra definida é a raiz quadrada do número de empresas credenciadas ao Programa.
1910. O QUE É O SELO EMPRESA AMIGA DA CRIANÇA?
O Selo Empresa Amiga da Criança é um instrumento de comunicação visual com o consumidor consciente, que identifica que a empresa desenvolve ações em benefício de crianças e adolescentes, tendo sido reconhecida pela Fundação Abrinq - Save the Children com o título de Empresa Amiga da Criança.
O selo Empresa Amiga da Criança agrega valor à imagem da empresa, bem como, se torna um diferencial de mercado, uma vez que 81%* dos consumidores reconhecem as boas causas e estão dispostos a apoiar as marcas e as empresas que as praticam.
Quem pode utilizar:O selo poderá ser utilizado pelas empresas credenciadas como Empresas Amigas da Criança, obedecendo-se os seguintes critérios:
• Quando a empresa credenciada ao Programa for uma matriz e possuir filiais (empresas com idêntico número de ordem no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ do Ministério da Fazenda), o selo poderá ser utilizado por todas elas desde que os dados apresentados no cadastro sejam consolidados, sendo a matriz a responsável pela utilização do selo por todas as suas unidades;
* Dados da terceira edição da Good Purpose 2009, realizada pela Edelman.
20• A concessão de uso do selo não poderá ser transferida a outras empresas, mesmo que façam parte de um mesmo grupo empresarial ou holding. Nestes casos, o processo de credenciamento deverá ser efetuado por essas empresas separadamente;
• O mesmo ocorre com o sistema de franquias. Ainda que a franqueadora ou algumas franqueadas tenham sido reconhecidas como Empresas Amigas da Criança, as demais deverão solicitar o seu próprio credenciamento, para que possam fazer uso do selo.
Ao ser credenciada como Empresa Amiga da Criança é muito importante que a empresa informe seus parceiros, funcionários(as), consumidores e público em geral sobre a importância e o significado do selo.
Onde utilizar:O selo poderá ser utilizado nos materiais de divulgação e embalagens da empresa, como placas, luminosos, site, papelaria, notas fiscais, sacolas, adesivos, etiquetas e anúncios, entre outros.
No caso de haver uma fundação ou instituto mantido totalmente pela empresa, o selo somente poderá ser utilizado nos materiais dessa organização se mencionado neles que a empresa mantenedora é que foi reconhecida como Empresa Amiga da Criança.
2121A aplicação do selo é vetada em embalagens ou materiais de produtos e serviços impróprios ou inadequados para crianças e adolescentes e que não respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
No caso de emissoras de televisão, o uso do selo deve se restringir aos materiais institucionais da empresa, como papelaria, folders, anúncios e site, sendo que o uso em outras condições somente será possível mediante expressa autorização, por escrito, da Fundação Abrinq - Save the Children.
Como utilizar:O selo poderá ser utilizado na versão colorida ou preto e branco, porém, não é permitida a alteração nas cores da imagem.
Todos os arquivos do selo, nas diversas versões e resoluções, estão disponíveis neste CD, assim como o Manual de Aplicação Gráfica, para que o selo seja reproduzido de maneira adequada, respeitando as cores e tamanhos indicados pela Fundação Abrinq - Save the Children.
É muito importante que a empresa esteja atenta, e sempre, ao enviar o arquivo do selo Empresa Amiga da Criança para algum profissional aplicá-lo em embalagens ou quaisquer materiais, envie também o Manual de Aplicação Gráfica, para que o selo seja utilizado de maneira adequada.
A Empresa Amiga da Criança tem autorização para utilizar apenas a imagem do selo Empresa Amiga da Criança, estando vetado a ela o uso da marca institucional da Fundação Abrinq - Save the Children..
2211. GLOSSÁRIO
É importante que a empresa compreenda os conceitos utilizados pela Fundação Abrinq - Save the Children e que constam no cadastro do Programa Empresa Amiga da Criança. Para isso segue uma relação de termos utilizados com suas explicações:
Ação Social Empresarial“É toda atividade realizada por empresas em caráter voluntário, visando atender às necessidades da sociedade. Tais ações são desenvolvidas em áreas como assistência social, alimentação, saúde, educação e cultura. O termo abrange desde pequenas doações eventuais a pessoas ou instituições até projetos mais estruturados, com uso planejado de recursos, podendo estender-se aos empregados das empresas e seus familiares.”(Fonte: Centro de Estudos do Terceiro Setor - Ceats)
Aleitamento MaternoA Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade.
Esta recomendação é fundamental para a queda da mortalidade infantil - estima-se que o leite materno possa reduzir em 50% as mortes por doenças respiratórias e em 66% as que ocorrem por diarreia.
23A legislação brasileira (CLT - art. 396) assegura à trabalhadora lactente o direito a dois intervalos de meia hora cada, durante a jornada de trabalho, para amamentação do próprio filho até que este complete 6 meses de idade, existindo a possibilidade de acumular-se os dois intervalos em um único, no início ou final do expediente, de acordo com acordos ou convenções coletivas.
Para que a amamentação possa ocorrer, a legislação (CLT - art. 389) prevê ainda que a empresa onde trabalhem pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos de idade deva dispor de local apropriado, onde seja permitido às mães deixarem os seus filhos, sob vigilância e assistência, até que estes completem 6 meses de vida.
Na impossibilidade da empresa manter este local, a legislação prevê que o mesmo possa ser suprido por convênio com alguma creche distrital ou ainda, se previsto em convenção ou acordo coletivo, que se adote o sistema de reembolso-creche, destacando-se que esta última opção deve ser concedida a toda empregada-mãe, independente do número de mulheres na empresa.
24Assistência SocialAssistência Social é uma política pública de proteção social. Ela é parte das ações que visam garantir o direito de cidadania e igualdade de vida a todos os brasileiros, por meio do atendimento às necessidades básicas dos segmentos populacionais vulnerabilizados.
Constitui o público usuário da política de Assistência Social, cidadãos e grupos que se encontrem em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; ciclos de vida; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advindas do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não-inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social.
A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado.
Conselhos de Direitos da Criança e do AdolescenteConselhos de Direitos da Criança e do Adolescente são órgãos com poderes deliberativos, que têm como funções: formular políticas públicas, definir formas de utilização dos recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, aprovar programas e projetos, fiscalizar e monitorar os órgãos governamentais
25e não-governamentais que prestam serviços públicos na área da infância. Estes Conselhos são colegiados paritários, ou seja, a sociedade civil e o poder público têm igual número de representantes. Eles devem ser criados no âmbito municipal, estadual e nacional.
Educação InfantilA Constituição Federal Brasileira (1988), artigo 208, inciso IV, define que o dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade; por reconhecer o grande impacto da educação infantil no desenvolvimento das crianças.
A educação infantil tem importância fundamental dentre as diferentes etapas da educação, sendo portanto indiscutível no desenvolvimento do ser humano, sobretudo nos aspectos de estímulo ao desenvolvimento como um todo, à criatividade e formação da personalidade. Trata-se da primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, complementando a ação da família e da comunidade. Uma diversificada prática educacional faz com que a criança desenvolva mais facilmente sua inteligência, linguagem e outras formas de expressão, inclusive habilidades sociais e afetivas, quando participa de ambientes de convivência com outras crianças sob a mediação qualificada de adultos. A neurociência reconhece que os seis primeiros anos de vida caracterizam-se como etapa única, alicerçando a formação da complexa rede de conexões de neurônios, e os estímulos e interação da criança com ambientes adequados que asseguram o pleno desenvolvimento intelectual, psicológico e social do ser humano.
26Ensino FundamentalA educação fundamental de nove anos é obrigatória e é um dos principais alicerces para a formação integral das crianças e adolescentes e para o desenvolvimento econômico e social do país. No entanto, a escolaridade média dos brasileiros é de apenas 7 anos e, de cada 100 alunos que ingressam no ensino fundamental, apenas 54 conseguem concluir a 8ª série. O reconhecimento da gravidade desta situação tem estimulado no Brasil o surgimento de inúmeras parcerias entre diversos setores da sociedade – empresas, organizações não-governamentais, institutos e entidades de classe, entre outras, com o objetivo de desenvolver e financiar projetos educacionais dentro das escolas.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)Criado em 1990, o ECA instituiu-se como Lei Federal n.º 8.069 (obedecendo ao artigo 227 da Constituição Federal), adotando a chamada Doutrina da Proteção Integral, cujo pressuposto básico é que crianças e adolescentes devam ser vistos como pessoas em desenvolvimento, sujeitos de direitos e destinatários de proteção integral.
O Estatuto garante os direitos e deveres de cidadania a crianças e adolescentes, determinando ainda a responsabilidade dessa garantia aos setores que compõem a sociedade, sejam estes a família, o Estado ou a comunidade. Ao longo de seus capítulos e artigos, o Estatuto discorre sobre as políticas referentes a saúde, educação, adoção, tutela e questões relacionadas a crianças e adolescentes
27autores de atos infracionais.Estabelece o ECA em uma de suas principais premissas: “É dever da Família, da Sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Incentivos FiscaisAo aprovar o Estatuto da Criança e do Adolescente o Brasil reconheceu os direitos fundamentais de sua população infanto-juvenil. Os Conselhos de Direitos foram instituídos para coordenar as ações que possam garantir estes direitos e os Fundos de Direitos para receber os recursos necessários.
As leis de isenção fiscal, promulgadas para estimular destinações aos Fundos de Direitos por parte da iniciativa privada e indivíduos, permitem que as empresas que declaram pelo lucro real deduzam o equivalente a até 1% do imposto de renda devido anualmente.
Investimento Social Privado“Investimento Social Privado é o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público”.(Fonte: Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – GIFE)
28Lei de AprendizagemFacilitar o ingresso do adolescente e do jovem no mundo do trabalho, como meio de transformar a sua realidade pessoal e social é um dos grandes desafios do nosso tempo. Mas não se trata apenas de gerar empregos - trata-se de permitir a formação profissional do adolescente e do jovem sem comprometer os seus estudos e o seu desenvolvimento como pessoa.
A Lei 10.097 de dezembro de 2000, chamada Lei de Aprendizagem, estabelece uma espécie de “reserva de mercado” para adolescentes a partir de 14 anos, garantindo-lhes condições especiais, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Todas as empresas de médio e grande porte devem contratar um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários(as) cujas funções demandem formação profissional.
A profissionalização do adolescente é uma etapa do seu processo educativo e, portanto, a razão de ser do seu trabalho é a aprendizagem e não a produção.
A aprendizagem implica alternar teoria e prática de forma compatível com o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social do adolescente.
Em setembro de 2005 entrou em vigor a Lei 11.180 que, entre outros
29procedimentos, elevou o limite etário do aprendiz de 18 anos para 24 anos. Em dezembro deste mesmo ano, por meio do decreto 5598, foi feita a regulamentação da Lei do Aprendiz, já incorporando este novo limite de idade.
Pré-NatalMelhorar a saúde das gestantes e reduzir a mortalidade infantil são dois desafios importantes para a sociedade brasileira.
Considerando-se que a maior parte dos óbitos de crianças no Brasil está concentrada no primeiro mês de vida, torna-se evidente a importância dos fatores ligados ao atendimento adequado à gestação, ao parto e ao pós-parto, com especial atenção para o acompanhamento pré-natal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal realizadas por médico ou enfermeira.De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a empresa deve liberar as funcionárias gestantes para realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal durante o horário de trabalho.
Registro Civil de NascimentoO registro civil de nascimento é um direito de todo cidadão e sua emissão gratuita é garantida por lei. No entanto, a universalização deste direito ainda é um grande desafio para o Brasil, pois segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a cada ano 248 mil crianças – aproximadamente 9% dos recém-nascidos –
30completam o primeiro ano de vida sem serem registradas, portanto, sem existirem oficialmente e sem poderem usufruir de seus direitos.
Sistema de Garantia de DireitosÉ o sistema criado para garantir a materialização dos direitos da criança e do adolescente estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Este sistema apóia-se em três eixos: Promoção de Direitos, Defesa de Direitos e Controle Social.
O eixo da Promoção compreende o atendimento prioritário às necessidades básicas da infância e adolescência e é formado pelos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e pelo conjunto de entidades públicas e privadas responsáveis pela formulação e efetivação de políticas públicas de proteção social (saúde, educação, habitação, lazer e assistência social) e de atendimento (concepção, elaboração e sistematização de metodologias de acompanhamento socioeducativo).O eixo da Defesa é o recurso às instâncias públicas (Órgãos de Segurança Pública, Ministério Público, Poder Judiciário e Defensoria Pública) e aos mecanismos jurídicos de proteção legal (Conselhos Tutelares e Centros de Defesa da Criança e do Adolescente) para o restabelecimento das condições sociais, econômicas e culturais das crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados. Em outras palavras, trata-se da responsabilização jurídica da Família, do Estado e da Sociedade pela omissão, não-atendimento, atendimento irregular ou violação de seus direitos individuais ou coletivos.
31O eixo do Controle Social realiza a vigilância do cumprimento dos preceitos legais e o controle externo não-institucional das ações governamentais e não-governamentais. É o espaço da mobilização social e da articulação da sociedade civil em Conselhos e Fóruns de Direitos da Criança e do Adolescente e demais fóruns e instâncias não-institucionais semelhantes (redes, frentes, pactos etc.), incluindo os espaços de discussão e de capacitação dos atores sociais atuantes nestes espaços.
Trabalho InfantilTrabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes, que estejam abaixo da idade mínima estabelecida por lei. O Brasil proíbe qualquer trabalho para crianças e adolescentes abaixo de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos, conforme a Lei 10.097.
A legislação brasileira proíbe, ainda, que adolescentes abaixo de 18 anos exerçam atividades noturnas, perigosas ou insalubres.A participação no mercado de trabalho, a fim de exercer atividade econômica e/ou de sobrevivência é um fenômeno social presente em toda a história do Brasil e tem como conseqüência o comprometimento dos estudos e da saúde das crianças e adolescentes.
Embora o trabalho infantil, nas suas várias formas, seja considerado impróprio e inadequado para crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida e, acima de tudo, uma violação dos direitos humanos, algumas atividades de trabalho infantil são classificadas como “piores formas”, segundo a Convenção 182 da
32Organização Internacional do Trabalho.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seus artigos 129 e 130 prevê sanções às famílias que inserem uma criança ou adolescente no trabalho precoce, como encaminhamento à programa oficial de proteção à família, obrigação de matricular o filho(a) na escola e acompanhar sua frequência, advertência, podendo chegar até a perda da guarda e destituição do poder familiar.
A empresa que contratar criança ou adolescente abaixo da idade mínima permitida é autuada em flagrante, sendo multada imediatamente. Também pode ser aplicado um processo criminal dependendo das condições de trabalho impostas ao trabalhador infantil.
Para mais informações envie um e-mail para [email protected] ou visite
o site www.fundabrinq.org.br/peacTelefone: 55 11 3848-4870