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Como Implantar Pequenos Grupos na Igreja GUIA DEFINITIVO

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Como Implantar Pequenos Gruposna Igreja

GUIA DEFINITIVO

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Como Implantar Pequenos Grupos na Igreja

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ÍndiceIntrodução _______________________________________________________ 03O que são os pequenos grupos _____________________________ 04Bases bíblicas ________________________________________________ 06Breve histórico _______________________________________________ 08Objetivos _____________________________________________________ 09As características dos pequenos grupos _____________________ 12Prós e contras ________________________________________________ 14

Implantação _____________________________________________________ 19O começo: oração, mentor e primeiros líderes _______________ 20Objetivos _____________________________________________________ 22Organograma ________________________________________________ 23Metas e sonhos _____________________________________________ 24 A escolha e o treinamento dos líderes _____________________ 25A escolha do material _______________________________________ 27O primeiro grupo: grupo piloto _____________________________ 28Os grupos modelos _________________________________________ 31A escolha dos anfitriões _____________________________________ 32Passando a visão para a igreja ______________________________ 33

Multiplicação ____________________________________________________ 35Os estágios da vida dos pequenos grupos ___________________ 36Multiplicando _________________________________________________ 39Porque multiplicar ____________________________________________ 40Os preparativos para a multiplicação _________________________ 41

Acompanhamento _____________________________________________ 48Reuniões com a liderança ____________________________________ 49Preparando a reunião ________________________________________ 50Métricas mais importantes para analisar _____________________ 52Análise de relatórios _________________________________________ 55

Conclusão _______________________________________________________ 60

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IntroduçãoRecentemente, os pequenos grupos estão se tornando cada vez mais presentes nas igrejas e muitos pastores querem implementar essa ideia na igreja que pastoreiam. Mas nesse processo surgem muitas perguntas. Entre elas:

- Como realizar essa implantação?- Quais as vantagens e desvantagens dos pequenos grupos?- Que passos minha igreja precisa dar para implantar os pequenos grupos?

Este guia surge como um manual prático de como implantar pequenos grupos na sua igreja. Em um lugar único, você verá conceitos importantes para os pequenos grupos.

Você entenderá o que são e o que não os pequenos grupos, suas bases bíblicas, como eles funcionam e como se organiza uma igreja em pequenos grupos. Além de entender como é o funciona a visão de pequenos grupos na igreja, como iniciar com os primeiros grupos e um passo a passo para a multiplicação deles. E por fim você verá como acompanhar os grupos da igreja com dados e relatórios eficientes.

Reunimos meses de estudos e anos de experiência para compartilhar o melhor conteúdo com você sobre e o que tem dado certo em diversas igrejas e como você aproveitar isso também.

Leia até o final, anote o que precisar, e busque colocar em prática se você ainda não implantou os pequenos grupos ou deseja aprender um pouco mais caso a sua igreja já trabalhe com essa estratégia.

Boa leitura!

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O que são pequenos gruposQuando se busca entender algum conceito, a primeira coisa que se faz entender o que determinada coisa é. Mas antes, vamos analisar o que os pequenos grupos não são e entender o motivo disso.

1. Os pequenos grupos não são grupos de oração.

Muita gente acredita que os pequenos grupos são na verdade grupos de pessoas que se reúnem exclusivamente para orar. O que não é verdade

É claro que existe o momento da oração na reunião dos pequenos grupos. Momentos esses que são importantes e devem acontecer. Porém esse não é o foco ali. Os pequenos grupos cumprem outros objetivos, conforme se verá mais à frente.

Por isso é importante diferenciar os pequenos grupos de grupos de oração. Os objetivos, as dinâmicas, o clima, tudo é diferente entre esses dois tipos de reuniões.

2. Os pequenos grupos não são grupos de estudo bíblico.

Outro erro comum é se pensar em pequenos grupos como se fossem uma reunião de estudo bíblico, onde apenas um fala e expõe aquilo que preparou. Onde não há construção conjunta e aplicação prática no contexto de vida de cada um ali.

O pequeno grupo visa uma conversa muito mais devocional para a vida de todos ali, e não uma abordagem sistemática da Bíblia.

É claro que a abordagem sistemática, gramatical, histórica da Bíblia é fundamental para nos aprofundarmos e entendermos ainda mais o Deus que servimos. Para isso já existe a EBD (Escola Bíblica Dominical), um ambiente já voltado para um estudo mais aprofundado e, porque não se dizer, acadêmico da Escritura

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Bíblica.

Então, o que de fato são pequenos grupos?

Os pequenos grupos são formados por 5 a 15 pessoas, que se reúnem semanalmente em local e hora determinados para celebrar a Cristo e entender um pouco mais da Sua Palavra, buscando meios de aplicá-la dentro do contexto de vida de cada um.

Então na definição que adotamos de pequenos grupos nós temos alguns itens importantes:

Grupo de 5 a 15 pessoasO pequeno grupo busca um cuidado eficiente e pessoal de cada pessoa. Se o grupo fica muito grande, esse cuidado é enfraquecido e muitas pessoas acabam se distanciando umas das outras com a formação de “panelinhas”.

Reuniões semanais em local e hora determinadosO fato de as reuniões serem semanais com local e hora já determinados faz com que todos saibam quando e onde a reunião vai acontecer. Isso gera responsabilidade para o líder e para os membros também, uma vez que todos sabem onde e quando as reuniões ocorrem

Celebrar a CristoIsso é realizado de muitas formas durante a reunião, no compartilhamento da Palavra, na oração, no Louvor e no repartir do pão. Isso é o que faz com que os pequenos grupos tenham sentido para nós, cristãos.

Essa é a definição que usamos quando nos referimos a pequenos grupos.

Vamos agora abordar qual a base bíblica para a utilização de pequenos grupos pelas igrejas.

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Bases bíblicasEntendido o conceito, é importante entendermos a base bíblica que fundamenta os pequenos grupos que se reúnem em casas para compartilhar a Palavra, orar e repartir o pão.

Tudo que fazemos deve ter como fundamento e razão a Bíblia. Ao lermos a bíblia, vemos que no Novo Testamento à muita referência a reuniões que aconteciam em casas, assim como o que acontece com os pequenos grupos. Os próprios cristãos do primeiro século se reuniam nas casas, como se pode ver em:

“Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo” - Atos 2.46

“Percebendo isso, ele se dirigiu à casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muita gente se havia reunido e estava orando.” - Atos 12:12

“Mas, lhes ensinei tudo publicamente e de casa em casa” - Atos 20.20

“Saúdem também a igreja que se reúne na casa deles. Saúdem meu amado irmão Epêneto, que foi o primeiro convertido a Cristo na província da Ásia.” - Romanos 16:5

“As igrejas da província da Ásia enviam-lhes saudações. Áqüila e Priscila os saúdam afetuosamente no Senhor, e também a igreja que se reúne na casa deles.” - 1 Coríntios 16:19

“Saúdem os irmãos de Laodicéia, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua casa.” - Colossenses 4:15

“Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, a você, Filemom, nosso amado cooperador,à irmã Áfia, a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que se reúne com você em sua casa.” - Filemom 1:1,2

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Não é difícil de perceber que essas reuniões caseiras eram realizadas em pequenos grupos, uma vez que se o grupo fosse muito grande, não caberia nas casas, inviabilizando qualquer tipo de reunião doméstica.

Podemos ver então, que segundo o relato bíblico presente em diversos livros, os cristãos primitivos se reuniam em casas para orar, ter comunhão, ensinar, discipular e adorar a Jesus Cristo.

A estratégia de Pequenos Grupos ajuda no cuidado e no pastoreio das pessoas. Ninguém consegue cuidar com qualidade de muita gente ao mesmo tempo. Caso a pessoa tente, das duas uma, ou se desgastará muito ou não cuidará das pessoas de forma correta.

Uma passagem que mostra isso muito claro é Êxodo 18.1-27. Jetro, sogro de Moisés, ao ver que ele julgava a causa de todo o povo que estava com ele alerta seu genro para que ele não faça isso sozinho, mas que

“escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão com você.” - Êxodo 18:21,22

Moisés entendeu que era impossível que ele cuidasse de todo o povo sem que isso o desgasta-se. Por isso aceitou a sugestão de Jetro e dividiu o povo em grupos menores.

Pode-se ver, então, que diversas passagens corroboram e fundamentam a ideia de pequenos grupos como grupos de cuidado mútuo, comunhão, auxílio, oração, ensino e evangelização.

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Breve HistóricoJá vimos que os pequenos grupos estavam presentes na bíblia, sendo citados em diversas passagens. Devemos notar, também, que o princípio da história deles está no ministério de Jesus. Jesus liderou um pequeno grupo mesmo com a multidão de pessoas que o seguia.

Encontraremos diversos líderes e igrejas, que com seus erros e acertos nos ajudaram a chegar no atual modelo de pequenos grupos.

As primeiras congregações cristãs que temos conhecimento, por exemplo, se reuniam em casas, as reuniões em grupos pequenos uniam os membros e os protegiam das perseguições, possibilitando que as primeiras igrejas fossem implantadas.

Estudiosos apontam nomes importantes para a história dos pequenos grupos, no século XVIII John e Charles Wesley, fundadores do metodismo, chamavam os pequenos grupos de “classe de trabalho”, e em cinco anos o método difundido por eles já era conhecido em todas as partes.

A ideia inicial dos irmãos Wesley não era causar um impacto no crescimento da igreja, e sim focar na qualidade do cuidado individual, então eles incentivaram um relacionamento constante com Deus e as pessoas próximas eram agentes de apoio.

O líder da Igreja do Evangelho Pleno David Yonggi Cho, no século XX, tornou-se responsável pela nomenclatura “grupos familiares”, incentivando que todas os membros de sua igreja poderiam ser líderes. Cho passou a ser conhecido por acreditar que o método de pequenos grupos é o mais adequado para evangelização.

Muitos contribuíram para que as Igrejas nos últimos anos possam adotar uma estratégia de cuidado baseada nos pequenos grupos.

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ObjetivosOs pequenos grupos são importantíssimos para que vários dos objetivos da igreja se cumpram. Nesse tópico, vamos listar quais são esses objetivos e o motivo que faz com que o pequeno grupo seja ideal para que ele seja alcançado.

1. Fortalecer nosso relacionamento com Deus.

A principal vantagem dos pequenos grupos é que por meio de uma maior comunhão pode-se fortalecer o relacionamento pessoal com Deus,

Os pequenos grupos são ótimos lugares para que aqueles que estão desanimados sejam animados; os que estão felizes compartilhem a felicidade; e os tristes as suas angústias. Tudo isso tendo Deus como o foco de toda a reunião e fortalecendo ainda mais nossa busca por um relacionamento mais próximo com Deus.

“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles” - Mateus 18:20

Os pequenos grupos foram usados na igreja primitiva para fortalecer os irmãos na fé, e ao longo da história assim permaneceu. Portanto, eles são fundamentais para que todos que ali participam se sintam mais motivados a buscar mais de Deus.

2. Comunhão

Os pequenos grupos cumprem muito bem esse objetivo. Semanalmente se reúnem na casa de alguém, compartilham da Palavra, lancham juntos e passam um tempo em comunhão conversando e orando pela vida de cada um ali.

É muito mais fácil se ter comunhão com um grupo pequeno de pessoas. Na verdade, é ali que a comunhão é mais verdadeira, porque todos se conhecem, sabem quem são e os problemas que passam.

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É no grupo pequeno, também, que Bill Donahue e Russ Robinson, dizem que há o desenvolvimento de relacionamentos autênticos, baseados na transparência, na importância de cada pessoa para as outras,na humildade, na verdade, e no apoio .

Os pequenos grupos servem, portanto, para preencher o espaço vago deixado muitas vezes pela grande reunião.

Imagine um visitante que participa do culto uma vez. A chance de ele se sentir sozinho e esquecido após o culto é enorme. Agora pense se ele visitou a igreja porque antes participou de um pequeno grupo. A chance de ele se sentir mais envolvido com as pessoas e com a própria reunião é bem maior. 3. Edificação

Os pequenos grupos são um lugar de edificação por meio da conversa sobre determinada passagem bíblica.

É ali que muitos poderão abrir o coração para dizer no que sentem dificuldades, para interpretar a passagem e ver como ela deve ser posta em prática na vida de cada um ali.

Cada membro já passou por situações diferentes de vida, já teve experiências próprias com Deus e por isso, o grupo pode se ajudar de maneira mútua, edificando a vida e incentivando o crescimento espiritual de cada um.

Todos nós somos afetados pelo modo, estilo e características de vida das pessoas que estão em nossa volta. Por isso, os pequenos grupos são importantíssimos para a edificação, porque se há ali alguém já mais experiente, que conhece bastante de Palavra e já teve experiências pessoais com Deus, na medida em que ele for compartilhando isso, as pessoas se sentirão cada vez mais motivadas a buscar isso também.

Por isso o pequeno grupo é eficiente para a edificação de cada pessoa, porque elas se sentem motivadas e inspiradas a buscar mais de Deus na medida em que vêem outras pessoas fazerem isso.

4. Evangelismo

Muitas pessoas tem um bloqueio automático quando se fala em igreja para elas. Por algum motivo elas não se sentem à vontade quando são convidadas para irem a um culto ou fazer alguma coisa que envolva usar o espaço usado pela congregação para se reunirem e prestarem culto a Deus.

Contrariamente, as pessoas gostam de ser convidadas para ir às casas umas das outras, para compartilhar de um tempo gostoso de amizade. Por isso o pequeno grupo ajuda tanto a aproximar as pessoas ainda mais de Deus.

Não concordamos com a ideia de que o evangelismo se resume ao convite de uma pessoa para a participação em um pequeno grupo. O evangelismo é mais que isso. Porém, não há como negar que é muito mais fácil convidar uma pessoa não cristã, na qual você já tem investido tempo de oração e comunhão para apresentar Cristo a ela, para que ela vá na sua casa em uma reunião.

Ao convidar um descrente para o pequeno grupo, pode-se chamar ele para participar de um tempo bacana e compartilharem um pouco da Bíblia, louvarem a Deus e comerem algum lanche depois.

Para aquelas pessoas que tem um certo bloqueio com a igreja, é muito mais fácil de introduzir ela no meio de uma reunião cristã, apresentar ainda mais a Palavra e acolhê-la com amor e serviço.

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5. Serviço

Os pequenos grupos também são espaços para que cada um desenvolva seu dom e o utilize para abençoar outras pessoas.

Existem aqueles que tocam um instrumento musical ou cantam e que podem servir no momento do louvor; aquele que cozinha muito bem e pode preparar os lanches das reuniões; aquele que tem um dom especial em ouvir e aconselhar as pessoas e pode ajudar no aconselhamento. Enfim, cada um terá espaço nos pequenos grupos para desenvolver o dom que Deus lhe deu.

Por ser um espaço propício para o serviço, o pequeno grupo acaba sendo uma maneira de incentivar ainda mais essa ação. Onde cada um pode ajudar a fazer a reunião acontecer e mutuamente, como o próprio Jesus ensinou.

“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês.” - Romanos 12:10

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As características dos pequenos gruposOs pequenos grupos possuem algumas características que devem ser observadas e conhecidas por todos os líderes e membros da sua igreja. Elas são fundamentais para um bom funcionamento do pequeno grupo, fazendo com que todos se sintam à vontade e dispostos a participar e se integrar ainda mais.

É importante que os líderes conheçam e busquem sempre respeitar essas características. Assim, percebendo que qualquer uma delas não está sendo respeitada, ele deve buscar meios de alcançá-la novamente.

Vamos para as características?

Pessoalidade

Os pequenos grupos são marcados pela pessoalidade. Neles, todos se conhecem, sabem seus nomes, o que cada um está passando e buscam se ajudar.

Nada mais chato do que um visitante chegar no pequeno grupo e ser recebido de maneira impessoal e fria, como se estivesse indo visitar um médico ranzinza.

A pessoalidade faz com que relacionamentos fraternais ganhem espaço e floresçam. Unindo ainda mais as pessoas.

Regularidade

Os pequenos grupos não se reúnem apenas quando sobra tempo na agenda de todos ou quando todos estão afim de fazer alguma coisa diferente. A vida dos pequenos grupos depende de uma regularidade para que eles aconteçam e se desenvolvam da melhor maneira possível.

A regularidade não se refere apenas ao dia e horário da reunião, mas sim onde ela será realizada. A ideia

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de ter um lugar fixo é que isso facilita a logística e com isso não se faz necessário correr atrás de um lugar diferente toda semana.

As reuniões devem acontecer de maneira semanal, sempre no mesmo dia da semana, horário e local. Claro que, eventualmente, vão existir eventos ou reuniões que serão em dias diferentes, mas isso é raro e deve acontecer apenas em eventos especiais.

Participação

Todos os presentes na reunião dos pequenos grupos podem participar, independente se são auxiliaries, líderes, visitantes ou membros. Todos podem ter voz e dizer o que estão passando e o que acreditam que a passagem quer dizer.

Para isso não deve haver julgamento direto das falas ali expostas, nem risos, nem piadinhas. O visitante pode ser alguém não maduro na fé, alguém que ainda está conhecendo ou alguém que não conhece a Cristo.

Por isso, não se deve censurá-lo ao dizer algo que todos consideram básico ou banal. É claro que se ele disser algo que contraria a verdade bíblica, o líder da reunião, de maneira muito gentil, discordará e apresentará o que a bíblia diz sobre aquele assunto.

Informalidade

Outra característica dos pequenos grupos é a informalidade, tanto no tratamento quanto na apresentação da palavra.

A informalidade permite que todos ali presentes externem suas opiniões e possam compartilhar aquilo que tem aprendido. Ainda, possibilita o desenvolvimento de relações não baseadas na religiosidade, mas sim na transparência e na verdade.

Uma técnica muito legal utilizada pela maioria dos pequenos grupos é utilizar um círculo para fazer a reunião. Com isso ganha-se em informalidade porque no círculo todos são iguais, todos podem falar e todos podem acompanhar o que está sendo dito.

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Prós e contrasApenas o fato de ter sido o modelo escolhido por Deus para o desenvolvimento da sua igreja, conforme vimos nos versículos anteriormente, já seria suficiente para que os pequenos grupos fossem implantados.

Mas além disso, os pequenos grupos oferecem algumas vantagens. E é sobre elas que nós vamos conversar agora.

Prós

1. Aumenta e melhora a comunhão entre os membros.

A comunhão já foi citada neste e-book. Ela aparece como um dos objetivos dos pequenos grupos. Mas ela também é uma vantagem que eles oferecem para a igreja e para os membros.

Os pequenos grupos melhoram a comunhão das pessoas na medida em que deixa cada membro muito mais próximo do outro. E isso acontece porque ela participa semanalmente de um pequeno grupo.

O modo como o pequeno grupo acontece favorece o aumento da comunhão, porque: a) permite que todos participem expondo suas dúvidas e dificuldades; b) permite que todos ajudem uns aos outros; c) faz com que todos tenham um tempo bom juntos.

2. Ajuda o Pastor no cuidado do rebanho.

Toda igreja quer evangelizar e apresentar Cristo para mais pessoas. Isso é o natural e gera como consequência o crescimento da igreja. Isso é normal e toda igreja saudável deve buscar isso.

Acontece que, conforme a igreja cresce, o pastor não consegue cuidar de todas as pessoas sozinho, e uma das vantagens trazidas pelos pequenos grupos é o que Donahue e Robinson chamam de “extensão do pastorado”, que significa:

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“dividir grupos grandes e complexos em unidades mais controláveis e, em seguida, designar líderes para cada unidade de extensão de pastorado.”

3. Desenvolvimento de nova liderança

O surgimento, treinamento e desenvolvimento de novos líderes é bíblico e faz com que a igreja não dependa de apenas uma pessoa para funcionar e sobreviver.

Jesus treinou 12 pessoas, chamadas de discípulos, para espalharem as boas novas pelo mundo depois que ele ascendesse aos céus; Paulo treinou Timóteo para liderar uma igreja.

Apenas esses dois exemplos já demonstram que o treinamento de novos líderes é algo que deve ser buscado pelas igrejas.

Os pequenos grupos trazem como vantagem o desenvolvimento de novos líderes. Ao liderar um pequeno grupo e realizar um bom trabalho, a igreja pode entender que aquela pessoa tem possibilidade de ajudar ainda mais na igreja, seja em período integral ou não.

Os pequenos grupos não são um laboratório para seminaristas, mas sim um modelo de organização que gera como consequência o desenvolvimento de aspectos de liderança naqueles que lideram. Algo que pode ser útil para o voluntariado e o auxílio no cuidado de pessoas.

4. Ajudam a consolidar pessoas.

Muitos visitantes e frequentadores de igrejas não criam raízes em uma comunidade porque não possuem relacionamentos saudáveis com outras pessoas. Eles simplesmente vão ao domingo, chegam no culto e vão embora. Não falam nem interagem com ninguém.

Isso faz com que haja muita rotatividade na igreja. O culto pode estar cheio, mas poucas pessoas de fato querem permanecer ali.

Os pequenos grupos oferecem a vantagem de cada pessoa se relacionar com os membros do grupo,

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fazendo com que ele crie relacionamentos e queira estar ali. E que diferença faz quando, por exemplo, uma pessoa falta a uma reunião ou a um culto e os membros do pequeno grupo perguntam se está tudo bem com ela. Isso demonstra cuidado e importância.

Contras

Muitos dos medos que pastores têm quando pensam em implementar os pequenos grupos na igreja que pastoreiam são amenizados com a observância de algumas ações que podem significar a diminuição do risco a quase zero.

1. Divisão na igreja.

O primeiro risco que se pensa quando se fala na implantação dos pequenos grupos é a terrível divisão da igreja, ou a saída de um pequeno grupo que cresceu e quis se separar para seguir sua vida autonomamente.

Isso acontece em muitas igrejas com diversos pequenos grupos? - Sim

Existem medidas para diminuir ao máximo a ocorrência disso? - Sim

Antes de tudo, é bom lembrar que também ocorrem divisões em igrejas que não partem de pequenos grupos. Esse risco não é uma exclusividade das igrejas em pequenos grupos.

Cabe ressaltar que muitas das divisões acontecem porque o pastor não se preocupou com algum dos seguintes itens:

a) acompanhamento da liderança; b) motivação da liderança; c) acompanhamento dos pequenos grupos; e d) ligação entre o pequeno grupo e a igreja.

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O pastor deve ter cuidado para respeitar esses itens, uma vez que eles são importantíssimos para que tanto o líder do pequeno grupo como o próprio grupo se sintam envolvidos com a igreja e cada vez mais ligados a ela.

2. Acomodação dos pequenos grupos

Os pequenos grupos também podem se acomodar. Eles podem achar que está muito bom como está, que não precisam crescer e multiplicar, que não precisam avançar mais… eles ficam estagnados, parados no tempo, acomodados.

Nesse estágio, o grupo não cumpre seus objetivos e acaba se tornando uma reunião habitual na casa de alguém, que é legal porque reúne amigos mas que não desenvolve seus propósitos.

Por isso é fundamental que, ao implantar os pequenos grupos e treinar os líderes, você passe a sua visão para que eles internalizem isso como responsabilidade de cada um. Só com a visão alinhada de que o trabalho deve ser feito por todos é que dificilmente os pequenos grupos estagnarão, e você ainda terá a segurança de que a sua visão está sendo passada para as pessoas.

3. O foco da reunião pode não ser Deus

Outro grande medo de muitos pastores diz respeito ao foco da reunião. Eles tem medo que ela não seja para buscar mais a Deus, mas para sim se reunir com o pessoal, cantar, comer, conversar e se der tempo falar de Deus.

Esse é um medo comum e da mesma forma que é comum, a precaução para esse risco é simples, e se chamam treinamento e acompanhamento.

O líder não é alguém que recebe um pequeno grupo do nada e começa o trabalho sem nenhuma bagagem anterior. Ele deve entender o que é o pequeno grupo, para que ele saiba quais as etapas, como conduzir uma reunião e o mais importante: deve ser versado na Palavra de Deus e entender que as reuniões servem para que se busque mais a Deus e que Seu nome seja glorificado ali.

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Quando seus líderes entenderem isso, eles não deixarão o foco da reunião desviar nem que seja um milímetro pra esquerda nem para a direita.

4. O pragmatismo

Muitas igrejas também se preocupam em cometer o erro de abraçar uma estratégia mais empresarial do que bíblica. Isso acontece quando os grupos são focados no alcance de metas numéricas, apenas visando o crescimento numérico da igreja, e não o crescimento espiritual.

Mas podemos facilmente lidar com isto entendendo que o fundamento de todo nosso trabalho como cristão deve ser genuinamente bíblico, vamos sempre frisar que a visão do pequeno grupo deve estar bem delimitada, e o foco sempre em contribuir para o relacionamento com Deus e com as demais pessoas.

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IMPLANTAÇÃO

FASE 1

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O começo: Oração, mentor e primeiros líderesO primeiro passo para a implantação de pequenos grupos em uma igreja que não utilizava essa estratégia, é a oração.

Tudo o que fazemos deve ser sempre correspondente à vontade de Deus, e a oração faz com que nossos corações sejam conformados a essa vontade e também com que Deus haja na vida de outras pessoas de acordo com a Sua soberana vontade.

Você deve orar pedindo para que Deus abençoe a sua igreja através dos pequenos grupos e que eles sirvam para a honra e glória do nome dEle; ainda, peça para que Deus trabalhe na vida dos membros da sua igreja para aceitarem e implantarem os pequenos grupos.

Após orar, não adianta achar que para implantar os pequenos grupos basta dividir os membros da igreja de acordo com faixa etária e localização, escolher um líder e pronto, tudo vai funcionar na mais perfeita ordem.

As coisas não funcionam assim.

Antes de começar de fato a implementar os pequenos grupos na sua igreja, é necessário que você primeiro defina quem será o mentor da visão de pequenos grupos na sua igreja.

Essa pessoa será responsável por entender biblicamente os pequenos grupos, estudar o seu funcionamento, suas características e tudo que envolve a ideia.

Mas quem poderá ser essa pessoa?

Implementando os pequenos grupos, toda a igreja será de alguma forma afetada. Por isso que o mentor da visão deve ser alguém de sua extrema confiança, de preferência alguém que já exerça um cargo de liderança na igreja. Pode ainda ser você, como pastor da comunidade é mais fácil fazer com que as pessoas

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acatem essa nova forma de cuidado.

Definido o mentor, ele será responsável por transmitir essa visão a toda a igreja. Deve buscar formas para fazer isso, que podem variar desde reuniões coletivas com esse propósito, exposições bíblicas sobre os pequenos grupos, etc… Isso depende de cada contexto e de cada igreja.

E quando eu posso começar a falar para a comunidade da ideia de pequenos grupos?

Calma, essa etapa será vista mais para frente, e só será realizada quando já existir alguma estrutura para receber os membros nos pequenos grupos.

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Objetivos Quais serão os objetivos dos pequenos grupos e qual o motivo de eles estarem sendo implantados na igreja?

Essas são as primeiras perguntas que devem ser respondidas.

Os objetivos dos pequenos grupos são: fortalecer nosso relacionamento com Deus, comunhão, evangelismo, edificação e serviço. Esses são os objetivos gerais, presentes em todos os pequenos grupos bem desenvolvidos.

Mas você deve pensar também nos objetivos específicos que os pequenos grupos cumprirão na sua igreja, e isso diz respeito ao motivo de serem implantados na sua igreja. Muitos desses objetivos são parecidos com os gerais, o que diferencia é a intensidade de cada um.

São exemplos de objetivos específicos:

- Fortalecer ainda mais o relacionamento dos membros com Deus; - Incentivar a comunhão dos membros - no caso de uma igreja pouco relacional; - Incentivar o evangelismo - no caso de uma igreja que não espalha as boas novas; - Maiores chances de serviço - no caso de uma igreja com poucas oportunidades para voluntariado; - Diminuir a distância entre visitante e a interação com a igreja; - Aumentar a quantidade de discipulados individuais; e - Aumentar o cuidado de cada membro.

Enfim, há ainda vários outros motivos específicos. Cabe a você e ao mentor da visão descobrir qual acontece na igreja local.

Isso servirá também para depois de um tempo verificar se os pequenos grupos tem cumprido seu papel e tem sido instrumento de Deus para melhorar a sua igreja.

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OrganogramaO que é um organograma?

Um organograma é basicamente um gráfico da estrutura hierárquica de uma organização social complexa, que representa simultaneamente os diferentes elementos do grupo e as suas ligações.

Assim, pela própria definição, um organograma é um mapa da hierarquia da sua igreja. E como você está pensando em implementar pequenos grupos na sua igreja, pode já começar a pensar em elaborar um.

qual o risco de não se ter um organograma?

A resposta para sua pergunta é simples: desorganização.Um organograma é a chave de muitas organizações para entender como os processos funcionam, como cada setor se liga um com o outro e quem está comandando quem. Assim também acontece para a igreja.

Na sua igreja, esse mapa de hierarquia mostrará quem é responsável por cada pequeno grupo, a quem o líder deve recorrer caso tenha algum problema, quem o pastor deve cobrar por um problema em determinado grupo, etc.

Com isso a sua igreja terá muito mais organização e será muito mais eficiente.

Isso será uma necessidade a medida que a sua igreja cresce e cuidar de cada líder individualmente se torna uma tarefa impossível. Os supervisores surgem para ajudá-lo nisso.

Eles cuidam de alguns líderes de pequenos grupos (entre 2 e 6 líderes), enquanto você, como pastor, cuida dos supervisores.

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Metas e sonhosVocê deve traçar as metas e os sonhos que serão buscados através dos pequenos grupos. Deve planejar da melhor maneira possível os objetivos que serão alcançados pela sua igreja.Lembre-se, você não faz nada sozinho. Essas metas e sonhos devem ser compartilhados com os líderes da sua igreja e com os membros, para que todos sejam motivados a buscarem juntos e continuamente esses objetivos.

Para elaborar metas e sonhos que sejam realistas, possíveis de se alcançar e motivadores, você deve elaborá-los respeitando as seguintes características:

Temporais: A sua meta deve ter um prazo final. A liderança da igreja deve escolher uma data viável que faça com que os líderes de pequenos grupos sintam que a meta é realizável dentro do prazo escolhido.

Relevantes: a meta deve ter relação com a missão da igreja, do ministério. Ela deve ser importante para os participantes da sua igreja

Alcançáveis: Cuidado para que, ao estabelecer uma meta, ela seja tangível. A meta deve ser possível de ser alcançada.

Mensuráveis: A meta deve ser determinável. Por exemplo abrir 15 novos pequenos grupos esse bimestre. Essa é uma meta mensurável, é possível perceber se foi ou não alcançada mediante um relatório.

Específicas: quanto mais abrangente a meta mais difícil de se escolher o caminho para alcançá-la. Portanto, especifique ao máximo a sua meta.

Quando se respeitam essas características para a elaboração de metas, elas se tornam motivantes. Por exemplo: ninguém se motiva a cumprir uma meta impossível, ou que não é mensurável e não tem como saber se conseguiu ou nãoPor isso, quando chegar na fase de planejar as metas e sonhos que querem ver alcançados com a implantação dos pequenos grupos, volte a esse guia para não esquecer nenhuma dessas características.

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A escolha e o treinamento dos líderesA bíblia nos mostra, em Lucas 6, como Jesus escolheu os 12 apóstolos.

E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos. - Lucas 6:12,13

Ou seja, o primeiro passo para que a escolha dos líderes de pequenos grupos seja feita de acordo com a vontade de Deus é que você passe um tempo orando intimamente para Deus lhe revelar quem são os líderes que Ele quer levantar dentro da sua igreja.

Tudo o que fazemos deve ser baseado na vontade de Deus, não devemos nos achar suficientes para escolher os líderes, porque nós vemos apenas as aparências, mas Deus vê o coração (1 Sm 16.7).

Por isso, antes de tudo ore.

Existem algumas características pessoais que devem ser observadas antes que se escolha os líderes dos pequenos grupos. Donahue trás elas em seu livro “Liderando grupos pequenos que transformam vidas”. São elas. - Cristão: tendo uma paixão por Cristo. - Caráter: dando atenção ao coração. - Chamado: levantados para cuidar do povo de Deus. - Competência: habilidade para liderar e guiar um grupo. - Compatibilidade: tendo o temperamento e paixão por liderança. - Compromisso: fazer o que for necessário. - Capacidade: habilidade para servir e prover cuidado às pessoas.

Essas características devem ser observadas na escolha de cada líder, sejam eles os primeiros pequenos

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grupos na igreja ou sejam pequenos grupos gerados pela multiplicação de outros. Ou seja, em todas as horas essas características devem ser buscadas.

Para o treinamento da nova liderança, existem dois métodos mais utilizados pelas igrejas.

O primeiro é o método expositivo, igual aprendemos no colégio. Ou seja, aulas expositivas sobre como se deve liderar, como aconselhar alguém, os princípios cristãos que devem ser seguidos em toda a liderança, etc. Esse método é bom para quem precisa treinar vários líderes ao mesmo tempo, mas não permite que eles coloquem em prática aquilo que tem aprendido expositivamente.

Uma alternativa para utilizar esse método de maneira mais eficiente é, depois da exposição de determinado assunto, cobrar dos futuros líderes que se reúnam em grupos menores e pratiquem o que aprenderam.

O outro método de treinamento é o mais utilizado pelas igrejas em pequenos grupos, e vamos chamar de “discipulado de líderes”. Neste método, o líder percebe que o pequeno grupo irá multiplicar e, respeitando o método de escolha acima descrito, escolhe alguém para ser o líder do novo pequeno grupo.

Ao invés de dar uma aula para ele, ele coloca o novo líder na prática sempre supervisionando o que ele está fazendo. Então em determinado dia, o líder em treinamento deverá levar a Palavra na reunião ou cuidar de algum outro aspecto, para aprender na prática, e o líder antigo estará dando suporte para ele.

Neste método o novo líder aprende na prática, sempre com a supervisão do líder.

Essas duas maneiras são as únicas de se treinar alguém? Não, mas são as mais utilizadas.

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A escolha do materialVocê não quer que os pequenos grupos percam o foco ou promovam discussões não bíblicas, não é mesmo?

Por isso, a escolha do material é importantíssima para que a palavra que será compartilhada nos pequenos grupos seja antes de tudo bíblica, e esteja dentro da visão e dos valores da igreja.

Existem diversos materiais e estudos disponíveis na internet específicos para pequenos grupos. Uma rápida olhada no google já é o bastante para verificar isso. Porém, com a enorme quantidade de material, a chance de encontrar algum material com erros bíblicos e que não estão de acordo com as doutrinas e visão da igreja também é grande.

Por isso, esse método toma muito tempo, visto que você tem que ler os estudos antes e analisá-los se eles são bíblicos e se encaixam na visão da sua igreja.

O que muitas igrejas que já se organizam em pequenos grupos fazem, e que não dá tanto trabalho assim e ainda permite um controle maior é elaborar o próprio material.

É isso mesmo. Essas igrejas utilizam o próprio sermão de domingo para preparar o material que será utilizado nos estudos dos pequenos grupos. Isso também pode ser feito de duas formas: o próprio pastor, ao fazer o esboço da pregação já prepara também o roteiro da reunião ou ele delega essa responsabilidade para alguém de sua confiança, que vai assistir o culto e elaborará o roteiro.

Esse material pode ser produzido pela própria igreja. Isso faz com que você saiba qual o conteúdo de cada reunião e permite um controle maior sobre o que será produzido.

Não negligencie a escolha do material e nem permita que cada líder escolha o material que será estudado, porque caso você faça isso, a igreja não caminhará em unidade, uma vez que cada grupo estará estudando um texto diferente por semana.

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O primeiro grupo: grupo pilotoO primeiro passo no processo de implementação é dado quando o mentor, responsável pelo projeto de pequenos grupos, começa liderando um primeiro grupo, que chamaremos de grupo piloto.

É legal pensarmos que Jesus fez o mesmo com seus discípulos, durante um período de mais de 3 anos, em inúmeras situações falou dos valores aos quais queria que eles vivessem e compartilhassem, mas também demonstrou em ações como deveria ser, e hoje ainda vivemos os resultados desse ensinamento.

Esse grupo deve ser formado por pessoas que futuramente serãos os líderes dos primeiros pequenos grupos. Por isso é importante que isso se desenvolva em um tempo razoável, para que todos ali internalizem a visão e a responsabilidade que terão, e para que possam ser treinados de uma maneira eficiente.

Ainda, o grupo piloto deve ser um pequeno grupo em essência, por isso todos os objetivos listados anteriormente devem estar presentes nele. Isso vai fazer com que todos saboreiem as bençãos dos pequenos grupos e possam levar isso para os grupos que irão liderar.

Por isso, é importante que se incentive o evangelismo, a comunhão, o serviço e que todos sintam que estão sendo edificados e se aproximando mais de Deus neste grupo piloto.

O ínicio nem sempre é fácil, mas é muito valioso. Convide pessoas que estarão dispostas a ajudar, e lembre-se de orar para que Deus o auxilie na escolha dessas pessoas.

O treinamento que ocorrerá com o grupo piloto se dá na forma de discipulado de líderes, sendo algo mais próximo e algo mais pessoal.

Mas porque um grupo piloto é tão importante?

Porque a melhor forma de ensinar é o exemplo. O mentor ao começar o grupo já tem bem clara a visão dos

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pequenos grupos, e assim conseguirá passar aos demais com toda a qualidade o que deve acontecer não apenas na teoria mas também na prática.

As reuniões do grupo piloto serão exatamente iguais as demais reuniões dos futuros pequenos grupos, funcionando como uma forma de treinamento.

Caso não haja o grupo piloto, os líderes correm risco porque não saberão na prática como agir, o que faz com que todo o projeto de implantação corra riscos.

É no grupo piloto que você irá conduzir a reunião de acordo com o modelo escolhido, passando o modelo da reunião para todos os líderes ali em treinamento para que todos os líderes possam aprender a como conduzir a reunião, a cuidar do tempo e quais as partes que cada reunião precisa ter.

Por isso o grupo piloto é tão importante. Aqui os futuros primeiros líderes da sua igreja devem aprender tudo sobre os pequenos grupos e desenvolver suas habilidades.

Quanto tempo esse grupo piloto irá durar?

A duração do grupo piloto pode variar dependendo de 4 principais fatores:

- o comprometimento do mentor com a visão; - o comprometimento dos novos líderes com a visão; - o material a ser utilizado; e - o método a ser usado.

Você e o mentor da visão devem verificar como está acontecendo o treinamento e quando que os líderes estarão prontos para assumir os seus próprios pequenos grupos.

E em que mais o grupo piloto nos ajuda?

Podemos citar agora dois pontos principais, sendo eles:

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1. O aprendizado

Neste processo é natural que surjam muitas dúvidas “Essa implementação vai funcionar?” “Vamos saber o que fazer?”. O fato de viver o grupo na prática por si só já nos responde muitos questionamentos.

Podemos afirmar que o modelo de pequenos grupos funciona, e que com treinamentos e estudos você estará preparado para “saber o que fazer”, mas através do grupo piloto você também será capaz de afirmar isto.

2. A comunicação

Como já vimos, uma ideia nova nem sempre é bem aceita por todas as pessoas, então um grupo piloto pode nos ajudar de forma eficiente neste ponto.

As pessoas que já gostaram do projeto servirão como apoio e líderes neste início, mas algumas pessoas precisarão de mais do que palavras e planejamentos, precisam viver um pequeno grupo, e assim elas terão mais facilidade para entender. É aqui que entra o próximo tópico.

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Os grupos modelosQuando os líderes tiverem terminado o treinamento no grupo-piloto está na hora de cada um liderar seu próprio pequeno grupo.

Como nem todos estão adaptados à vida em pequenos grupos, e muitos ainda nem sabem disso, visto que você ainda não passou a visão para toda a igreja ainda, convidar todos para participar dos pequenos grupos pode ser perigoso.

Você deve começar os grupos modelo com um número limitado de pessoas. Escolha determinadas pessoas mais abertas a ideia para que comecem a frequentar os grupos.

Essa etapa é importante porque é aqui que você irá ver qual o modelo que se adapta melhor para a comunidade que você pastoreia. Todo projeto precisa de adaptação ao nosso contexto, os grupos modelos ajudam nesta etapa.

O grupo modelo também vai ajudar a entender o que funciona no contexto da sua congregação, quais são as práticas que melhor se aplicam, e quais atitudes vocês podem tomar para motivar as pessoas de sua igreja a participar.

Assim como o grupo piloto, essa etapa tem um tempo variável, e dependerá da quantidade de mudanças que serão necessárias fazer para que o modelo de pequenos grupos da sua igreja fique 100%.

É recomendável que você fique pelo menos 9 meses nessa etapa, para que reconheça o que precisa ser mudado, e aplique as mudanças necessárias para adequar os pequenos grupos ao perfil da sua igreja.

Nesta parte da implantação surge um item importante para o desenvolvimento dos grupos modelos, que é a escolha dos anfitriões de cada grupo.

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A escolha dos anfitriõesPara que os grupos modelo aconteçam é necessário que haja lugar para eles, então você deverá escolher os anfitriões desses grupos. Essa demanda sempre existirá porque os pequenos grupos irão se multiplicar, e ao fazer isso, outro anfitrião deve ser escolhido para o novo grupo.

Se a sua igreja possui uma estrutura grande, com algumas salas disponíveis, nada impede que eles se reúnam nessas salas, utilizando as dependências da igreja para fazerem as reuniões.

Porém, como a ideia é expandir e aumentar o número de pequenos grupos, futuramente pode se tornar inviável que todos se reúnam na igreja. Eai o que fazer?

A escolha do anfitrião deve levar em conta alguns fatores que podem representar o sucesso ou insucesso daquele pequeno grupo.

Mas quais são esses fatores?

Qual o horário e o dia da reunião do pequeno grupo?- Se ele se reunir à noite em algum dia da semana, a escolha de alguém que more em apartamento, por exemplo, fica limitada. Já se a reunião acontece antes do culto, o local mais indicado é o mais próximo da igreja.

Como a maioria das pessoas se locomovem? ônibus, carro?- Se a maior parte das pessoas não possui carro, o mais ideal é que se escolha um local de fácil acesso quando se utiliza transporte público. Quando a maioria tem carro, a escolha do local é mais livre e o incentivo a carona deve existir.

Qual a disponibilidade do anfitrião para arrumar a casa antes e depois da reunião?- O anfitrião que cede a casa para a realização das reuniões deve ser alguém disposto a servir nesse ponto. Ele deve saber que será necessário arrumar a casa antes e depois das reuniões. Por isso, escolha alguém que não se importe em servir dessa maneira.

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Passando a visão para a igrejaEssa é a etapa que você irá dizer para toda igreja participar em pequenos grupos. Você irá incentivá-los a buscarem um pequeno grupo ou virem até você para que você ache um pequeno grupo para elas.

Por isso, para chegar nessa fase e evitar a frustração das pessoas, você deve ter certeza que a quantidade de pequenos grupos e líderes existentes é capaz de absorver todos os membros da sua igreja.

Isso não quer dizer que, ao anunciar para a igreja que ela se reúne também em pequenos grupos todos irão querer. Porém, é uma boa margem de segurança para que não haja mais oferta que demanda.

Nessa etapa, então, será necessária a conscientização dos membros da igreja a respeito da nova visão. Não adianta passar apenas para aqueles que serão líderes, porque se a igreja toda não incorporar os pequenos grupos, a falta de pessoas dispostas a frequentar as reuniões irá enfraquecer a implementação da visão.

Não existe um método 100% garantido para fazer com que a igreja adote a ideia dos pequenos grupos da maneira mais rápida. Você deve verificar como pode fazer isso na sua igreja.

Por exemplo, isso pode ser feito em reuniões específicas para esse fim, onde você como pastor ou o mentor, em algumas reuniões, irão explicar os fundamentos bíblicos que sustentam a ideia dos pequenos grupo, após isso explicará o que são, o porquê da sua adoção, como eles acontecem e a função deles.

Também pode ser feito por meio de encontros pessoais, ou pelos avisos durante o culto.

Enfim, a escolha desse método deve corresponder às características da sua igreja.

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MULTIPLICANDO

FASE 2

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Um pequeno grupo saudável irá ser um grupo evangelístico, que chama aqueles que não conhecem a Deus para se relacionarem com Ele. E desta forma, ele irá crescer.

Mas o que fazer quando em um pequeno grupo tem muita gente, a ponto de o local em que ocorrem as reuniões se tornar pequeno ou o líder não conseguir cuidar de todos?

Aqui entra uma nova etapa dos pequenos grupos: a multiplicação.

Mas antes precisamos entender por quais estágios a vida do pequeno grupo passa.

Os estágios da vida dos pequenos grupos1. Iniciante Nesta etapa o grupo está começando.

Ou o grupo já vem de uma multiplicação de pequeno grupo ou ele está sendo formado do zero.

É normal que, por isso, muitas pessoas não se conheçam tão bem. Logo, construir relacionamentos verdadeiros e intensos é a prioridade número 1.

O que vamos encontrar nesse estágio?Geralmente pessoas empolgadas, mas com um nível de compromisso baixo. Pessoas com diferentes necessidades e expectativas, e que não tem um relacionamento aprofundado umas com as outras.

O número de visitantes varia de acordo com muitos fatores. Mas nessa fase ele geralmente é mais baixo do que nos outros estágios do pequeno grupo.

Nessa fase o líder ainda está descobrindo a maneira ideal de liderar e como agir com cada membro.

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2. Intermediário Neste momento o grupo já aprofundou alguns relacionamentos e a principal tarefa é desenvolver intimidade entre os membros.

O nível de intimidade aumenta a partir do momento em que os relacionamentos estão estabelecidos, e as pessoas sentem segurança para compartilhar com as outras os desafios que tem enfrentado.

Também se encontra um aumento no número de visitantes.

O que vamos encontrar nesse estágio?Nessa etapa há um aumento no relacionamento dos membros.

Com oração e tempo de qualidade o grupo passará a se aproximar. As pessoas vão começar a compartilhar alguns pontos de sua vida, e assim irão ganhando amizades que as ajudarão a enfrentar a vida e os desafios.

3. Avançado I

Esta é a fase de crescimento, quando os membros estão amadurecendo em seu caminhar com Cristo e o seu relacionamento uns com os outros. Ainda, é a fase onde alguns que eram visitantes já estão se consolidando no pequeno grupo e se tornam figurinhas carimbadas nas reuniões;

O que vamos encontrar nesse estágio?O foco do grupo deve estar no discipulado. Deve-se iniciar o processo de formar novos líderes e incentivar que os membros confiem mais em Deus fora do seu Pequeno Grupo.As pessoas do grupo precisam de responsabilidades e encorajamento.

4. Avançado IIO Grupo já está em uma etapa de concretização de seus objetivos, os membros já conseguiram trazer novas pessoas e o número tem aumentado.

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Um plano de multiplicação deve estar presente, ou então o grupo vai estagnar e se tornar um fardo.

O que vamos encontrar nesse estágio? As pessoas podem começar a sentir o medo da mudança, o que é natural, e por isso o planejamento é essencial.

Um Adendo

Nós explicamos um pouco as etapas da vida do pequeno grupo, explicando o que se pode encontrar em cada uma e o que o líder deve fazer.

A duração e as fases dessas etapas pode variar de acordo com cada pequeno grupo. Não há um tempo determinado, mas o ideal é que cada etapa não demore mais que 4 meses.

Ainda, é essencial que durante todas as reuniões do pequeno grupo haja oração, louvor, e compartilhamento da Palavra para edificação, confrontação e arrependimento.

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MultiplicandoA multiplicação é um princípio bíblico, em Mateus 28:19-20 encontramos:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações (..); Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado.”

O cumprimento da missão “fazer discípulos” necessariamente implica multiplicação.

Voltando ao início de tudo, em Gênesis 1.27-28 encontramos:

“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”

A multiplicação existe desde o princípio. Deus anseia pela multiplicação. Quando Ele criou o homem semelhante a Ele, com a capacidade de ter relacionamentos, criatividade, liberdade, ele ordenou “multiplicai-vos”.

A multiplicação é uma realidade e é uma consequência da saúde do pequeno grupo.

Ocorre que muitas vezes ela se torna um desafio por conta de pessoas que não entendem a dinâmica e não aceitam a multiplicação.

A verdade é que as pessoas se tornam confortáveis demais na companhia uns dos outros, e se colocam na defensiva quando o assunto é multiplicação.

Sentem medo de que o novo grupo não seja tão bom quanto é o atual. Mas devemos entender que somos chamados a multiplicar nosso ministério, expandindo o alcance da palavra de Deus e trazendo novas pessoas a se render a Cristo.

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Isso geralmente acontece porque os membros do grupo ainda não experimentaram a alegria de gerar o “nascimento” de um novo pequeno grupo.

Como lidar com isso?

Invista em se reunir com os líderes, expondo os motivos pelos quais a multiplicação deve ocorrer, orem juntos a respeito disso, e, se necessário, convide alguém que já participou de uma multiplicação para falar a eles.

Porque multiplicar

Cumprir os objetivos

Os pequenos grupos precisam multiplicar para que consigam manter os objetivos inicialmente estabelecidos, essa é uma das razões mais importantes.

Como já vimos uma das características do pequeno grupo é a pessoalidade, ou seja, pessoas que se aproximam de pessoas, desenvolvem um relacionamento, oram e aprendem juntas. Quanto mais membros há em um pequeno grupo mais difícil fica de isto acontecer.

Além disso, multiplicando os pequenos grupos mais vidas podem ser alcançadas em diferentes lugares da cidade. A multiplicação é missiológica também.

Fazer discípulos

A missão dada por Jesus a nós é clara, “fazei discípulos”. Quando um novo grupo passa a existir, nasce com ele um novo ponto de entrada para a igreja, isso permite que mais pessoas possam conhecer a Deus e a vida em igreja.

A multiplicação é muito importante para o crescimento geral de uma igreja em pequenos grupos. Sem ela

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os grupos ficam grandes demais e estagnam.

Como a razão de existirmos é alcançar outros para Cristo, a multiplicação é essencial para criar lugar para mais pessoas. As pessoas tendem a se conectar com mais facilidade com um pequeno grupo quando ele é menor e mais pessoal.

A multiplicação permite que pessoas novas façam conexão com as outras com mais facilidade.

Os preparativos para a multiplicação

Algumas atitudes devem ser tomadas para que a multiplicação ocorra da melhor maneira possível. Mas antes de ver quais atitudes devem ser tomadas, devemos entender quando devemos nos preparar para multiplicar.

O mais recomendado é que, quando o seu pequeno grupo começar a ter uma frequência média de 10 pessoas, você já esteja orando a Deus para que levante um novo líder e você deve ficar atento para ver quem são os que mais ajudam nos pequenos grupos, porque esses serão os líderes em potencial.

Mas porque 10 pessoas? Se você esperar que o grupo fique com 15 pessoas, é grande a chance de que ao multiplicar vocês já tenham umas 20 pessoas, o que torna tudo mais difícil.

Então se comece a planejar para que a multiplicação ocorra mesmo com umas 15 pessoas em média.

Então vamos lá.

Ore!

Ore. A multiplicação envolve o surgimento de um novo pequeno grupo, que deverá ser saudável e desempenhar suas atividades para atingir seus objetivos. Por isso, ore!

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Ore pelo novo líder; ore pelas pessoas, para que entendam a visão e se consolidem em cada novo grupo; ore para que haja pessoas comprometidas com os pequenos grupos da divisão e para que ele expanda o reino de maneira bíblica e apaixonante.

Converse e escolha o novo líder

Depois de orar e saber que esse é um projeto de Deus para o seu pequeno grupo, o próximo passo é: converse com os líderes, e com otimismo deixe claro a todos que a multiplicação é um dos objetivos do pequeno grupo.

Faça da multiplicação uma cultura, em todo o seu treinamento de liderança, enfatize a importância de os pequenos grupos crescerem e multiplicarem. Não sinta receio de falar sobre isso!

Todos os líderes devem sentir a multiplicação como uma responsabilidade, e como uma forma de levar a alegria de viver em pequenos grupos para outras pessoas além das que ele já convive hoje.

Depois que eles tiverem entendido e concordarem com essa nova etapa do grupo, você deve se preparar para escolher o próximo líder.

Como você vai começar a planejar a multiplicação com uma certa margem de tempo, você terá um bom tempo para escolher e treinar o novo líder.

Essa etapa é importantíssima, porque é o novo líder quem guiará o novo pequeno grupo e quem fará com que os membros tenham a mesma visão da igreja. Por isso que você, ou o líder do pequeno grupo, deve escolher alguém responsável, envolvido com as pessoas e com o grupo, servo, apaixonado pelo evangelho, conhecedor da bíblia e disposto a servir ainda mais.

A escolha do novo líder é o coração da multiplicação. Cuide bem dessa etapa.Geralmente esse novo líder é escolhido dentre os líderes auxiliares, que são aqueles que mais ajudam e mais tem responsabilidades além do líder principal.

Escolhido o líder, é hora de treiná-lo.

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Para treiná-lo, a melhor forma é possibilitar que ele leve a Palavra uma vez ou outra na reunião, para que ele perca o medo e aprenda a preparar um estudo bem bacana, com perguntas para que todos participem e colaborem.

Além dessa etapa prática, é necessário que você invista ainda mais na vida dele. por isso reúnam-se para orarem juntos, compartilhar o que é a liderança, a importância que ele terá na vida daquelas pessoas e também para tranquilizá-lo.

O líder antigo deverá investir na vida do novo líder. Seja antes de começar o novo grupo ou depois para ajudá-lo. Há trabalho a fazer, mas ele será tremendamente gratificante.

Você pode passar para as próximas etapas da multiplicação antes de terminar o treinamento com o líder. Mas você deve ter certeza de que, quando multiplicar, esse líder será capacitado e você terá confiança nele.

Escolha da data

Mas, não é melhor a data ser na verdade quando tudo já estiver pronto?

Não, se você não escolher uma data para realizar a multiplicação, há grandes chances de você postergar a multiplicação indefinidamente. Por isso escolha uma data que permita que você, o próximo líder e os auxiliares trabalhem com calma para preparar a muliplicação, mas que ao mesmo tempo se sintam desafiados.

O ideal é que o dia escolhido permita de um a dois meses de planejamento.

Escolha dos auxiliares

Os auxiliares são líderes responsáveis por alguma função na célula. Ou seja, se algo falhar a responsabilidade é do auxiliar responsável.

Existe o auxiliar responsável pelo louvor. Ele deve escolher as músicas, fornecer em um lugar que todos

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possam ler e cantar junto na reunião, etc, ele cuida de tudo relacionado ao louvor, e se algo der errado nessa área a culpa é dele.

Cada pequeno grupo deve ter alguém que está sendo treinado pelo líder principal para liderar um novo grupo. Um líder sem auxiliar além de encontrar muito mais dificuldades está inibindo o crescimento.

Uma forma bem fácil de identificar novos líderes é conhecendo as pessoas que são membros do pequeno grupo, e buscar neles as características que já vimos antes são importantíssimas em um líder. Delegue funções para essas pessoas.

Por isso os auxiliares também devem ser comprometidos com o grupo e responsáveis. Eles são os braços do líder.

Escolha do anfitrião

Para saber onde as reuniões do novo grupo ocorrerão, você deve escolher o anfitrião.

isso requer que você encontre uma pessoa disposta a oferecer sua casa ou algum lugar semanalmente para que a reunião ocorra. É importante que essa pessoa também seja bem dedicada e responsável, porque dela depende a reunião, também.

Assim, escolhido o anfitrião corretamente, você pode pensar na penúltima etapa.

Separação das pessoas

A penúltima etapa neste processo é a distribuição dos membros, e existem alguns passos e também critérios que podem ser observados para te ajudar neste momento:

- Ore! Oração é sempre a primeira atitude a ser tomada em qualquer decisão; - Busque a ajuda de seu pastor; - Respeite os vínculos de discipulado e amizade; - Considere a localização geográfica, onde as pessoas moram ou trabalham, que local teria um melhor

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acesso para elas.- Evite manter próximo relacionamentos não saudáveis;- Planeje-se com antecedência, inclusive conversar com os membros;- Não se esqueça das pessoas que são apenas frequentadores, dê a sua opinião mas deixa-as à vontade para escolher.

A festa da multiplicação

Estamos preparados, está chegando o dia marcado, e agora o que vamos fazer? Comemore!

Não podemos deixar que o pequeno grupo apenas se “separe” e pronto. Programe uma festa e celebre! Incentive os participantes do seu pequeno grupo a convidarem mais pessoas, faça dessa ocasião uma oportunidade de celebrar os frutos que Deus gerou do seu pequeno grupo.

Planeje com o seu pequeno grupo algo diferente, pode ser um dia em algum parque, um ambiente decorado, um jantar, um campeonato de jogos. Use a criatividade. A multiplicação é uma festa! E deve ser comemorada com muita intensidade.

Pronto! O pequeno grupo acaba de multiplicar. Glória a Deus por isso. E surge aqui a figura do supervisor.

O supervisor

Quando o pequeno grupo se multiplica, temos o surgimento de um líder novo, que começará a liderar o novo pequeno grupo resultado da multiplicação.

O líder mais antigo se torna supervisor desse novo líder. Ele irá acompanhar a vida,espiritual e a liderança desse novo líder. Aconselhará e investirá na vida dele.

Assim, o líder que agora é supervisor será um braço direito do pastor, porque é impossível o pastor realizar todas as atividades e ainda cuidar de todos os líderes de pequenos grupos da igreja. Desta forma, o supervisor auxiliará no cuidado com a liderança da igreja também.

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ACOMPANHAMENTO

FASE 3

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Depois de compreender tudo que envolve a implantação de pequenos grupos na igreja e de como ocorre o processo de multiplicação, surge uma questão importantíssima que o pastor ou o mentor da visão deverá responder:

Como acompanharei esses pequenos grupos?

A princípio, quando ainda existem poucos pequenos grupos, esse acompanhamento parece mais fácil, mas à medida que irão aumentando, as coisas começam a ficar mais complicadas.

Neste capítulo vamos ver:

- Como fazer reuniões com a liderança - Quais as métricas são importantes para serem analisadas - A análise de relatórios - A importância de uma gestão via sistema

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Reuniões com a liderançaÉ importantíssimo que a liderança dos pequenos grupos da sua igreja sejam acompanhadas e que você se reúna com eles periodicamente. Os líderes são seus braços e sua boca nos pequenos grupos. Eles são sua responsabilidade.

A periodicidade ideal não existe, mas o ideal é que essas reuniões não se tornem um peso para os líderes e ao mesmo tempo sejam úteis. Lembre-se que a maioria dos líderes dos pequenos grupos não trabalham integralmente na igreja.

Nessas reuniões, você irá acompanhar os pequenos grupos dos líderes ali presentes. Irá ver quais as dificuldades deles, onde estão tendo maiores problemas e na medida do possível irá ajudá-los para que os pequenos grupos se desenvolvam de forma saudável.

Mas não é só isso!

Nelas você também irá acompanhar a vida desses líderes, discipulá-los, aconselhá-los e incentivar que eles cresçam espiritualmente. Essas reuniões não devem ser apenas gerenciais e administrativas, mas sim de acompanhamento integral da vida do líder.

Se o líder não se sentir cuidado e acompanhado, sentir que essas reuniões não são para ele, mas apenas para ver como os pequenos grupos estão indo, independentemente de como está a vida dele, essas reuniões serão um fardo pesado para a liderança da sua igreja.

Por isso, se importe com a vida dos líderes da sua igreja e torne isso uma prioridade para o ministério que vocês estão criando.

Quando o número de líderes aumentar, você terá que estabelecer alguns supervisores, para que eles cuidem de determinado número de pequenos grupos enquanto você faz essas reuniões com os supervisores, e eles com os líderes dos quais são responsáveis.

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Preparando a reuniãoTempo

Antes de mais nada é preciso saber qual será o tempo da reunião, para que assim você consiga separar as etapas e os assuntos da reunião.

O ideal é que seja no mínimo 2 horas (por isso essa reunião não pode ser semanal, mas deve ser periódica). Para que vocês tenham tempo de passar por todos os momentos da reunião.

Por exemplo: 30 minutos - louvor e oração 30 minutos - compartilhamento da vida pessoal e oração uns pelos outros 30 minutos - análise dos pequenos grupos e principais dificuldades 30 minutos - ajuda pastoral e oração final.

É claro que esse tempo é relativo e bem mais fácil de cumprir se não houverem muitos pequenos grupos ainda na sua igreja.

É interessante fazer também uma reunião geral com todos, para que todos possam se conhecer, interagir e ter comunhão..

Ainda, controle o tempo da reunião (que pode ser dividido e pensado como no exemplo, mas o mais ideal é que você adapte isso à sua igreja), para saber se estão cumprindo o que tinham combinado e onde podem melhorar cada vez mais.

Assunto

Existirão momentos em que um determinado assunto deverá ser debatido nas reuniões. Algum problema que acontece com muitos pequenos grupos, alguma mudança de estratégia ou o que você entender que

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todos devem estar alinhados e cientes.

Quando isso acontecer, prepare uma pauta da reunião, separando o tema, os momentos da reunião, etc. Isso facilitará para que você não se perca, controle o tempo e tenha certeza de que falou tudo o que precisava ser dito.

Controle a frequência nas reuniões

É importante que você também controle quem de fato tem participado nas reuniões e buscado crescer e melhorar.

Quando você perceber que existem líderes ou supervisores que não estão frequentando as reuniões, ou quando você perceber que algum supervisor não se reúne com os líderes que é responsável, é hora de acompanhar essa pessoa mais de perto, marcar uma reunião e ver o que está acontecendo na vida dele.

A relevância desse controle é essa: saber se existe alguém passando por dificuldades tais que fazem com que ela deixe de participar das reuniões de liderança da igreja, e quando existir, você ir atrás dele e ajudá-lo.

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Quais as métricas importantes para serem analisadasPara que haja um acompanhamento eficiente dos líderes da sua igreja e até propriamente dito de como a sua igreja tem evoluído ao longo do tempo, alguns dados dos pequenos grupos são importantes para que você faça esse diagnóstico.

Para que você não chegue no final do ano e perceba que sua igreja não vai alcançar os sonhos pensados, é importante que você analise esses dados mensalmente para ver como a igreja tem caminhado para o cumprimento dos objetivos e que você adapte a caminhada de acordo com a necessidade..

A seguir listamos quais métricas são importantes e devem ser analisadas rotineiramente..

1. Líderes em treinamento

Esses números indicam quantos pequenos grupos podem ser gerados no futuro próximo; ainda indica quantas pessoas estão buscando se capacitar para fazer um melhor trabalho para o Reino de Deus.

Os líderes em treinamento podem ser treinados nos pequenos grupos, mas é importante que a igreja forneça um curso sobre liderança para os líderes, para que você tenha certeza de que, pelo menos aquilo que é passado no curso todos sabem.

Por isso, é importante que você também saiba quais líderes fizeram o treinamento da sua igreja, quantos estão fazendo e quantos ainda não fizeram.

2. Discipulados

Os números de discipulados demonstram quantas pessoas estão em processo de recepção na igreja e sendo acompanhadas na fé por membros mais experientes e em pequenos grupos.

Ainda, com isso você saberá se sua igreja possui números suficientes de discipuladores ou se há mais

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demanda do que oferta.

Nesse item também seria interessante você saber quantos fizeram o curso para serem discipuladores, quantas pessoas estão sendo discipuladas ou discipulando, e quantos já terminaram o discipulado.

3. Novos membros

Com os números de novos membros, você poderá acompanhar o crescimento dos pequenos grupos e como isso tem refletido no crescimento de novos discípulos e novos membros da sua igreja. Para saber, também, quantos visitantes tem se tornado membros.

4. Visitantes

Para saber se a igreja está cumprindo o objetivo evangelístico, você deve acompanhar os números dos visitantes dos pequenos grupos, e ver se eles tem se mantido iguais, se diminuíram ou se aumentaram.

Ainda, você deve saber quantos visitantes da sua igreja tem vindo dos pequenos grupos. Esse dado irá demonstrar que o pequeno grupo está vinculado com a igreja e não está vivendo separadamente.

5. Número de pequenos grupos

Outro dado importantíssimo é o de números de Pequenos grupos que a sua igreja tem, para que analisando os dados anteriores você veja se a igreja está crescendo na visão ou se esse número está em queda e o que precisa ser feito para melhorá-lo.

Assim, você deve analisar a quantidade de novos pequenos grupos e a quantidade de pequenos grupos que se dissolveram e não mais pequenos grupos.

6. Métricas de multiplicação

Outro dado importante, que tem tudo a ver com o próximo é a taxa de multiplicação dos pequenos grupos

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da sua igreja. É com esse dado que você irá programar o próximo ano e o número de pequenos grupos que sua igreja terá.

7. Número de pequenos grupos acomodados

Com os dados corretos, você poderá ver qual pequeno grupo não tem se desenvolvido de forma saudável, qual tem se acomodado e não tem crescido. Assim, será muito mais fácil conversar com cada líder e ver o que está acontecendo.

8. Perfis dos pequenos grupos

Também é importante você verificar qual a taxa dos perfis de cada pequeno grupo da sua igreja. Por exemplo, sua igreja pode ter 100 pequenos grupos, sendo 25 nos jovens e 75 nos adultos.

Com isso você saberá qual faixa etária deve receber um maior cuidado e incentivo para o crescimento.

9. Números de batismos

Para acompanhar o crescimento da igreja e saber de onde os novos membros tem vindo, você deve acompanhar os números de batismos, para saber se há aumento ou decréscimo. Ainda, é importante que você saiba se esses batismos tem vindo de discipulados nos pequenos grupos ou de algum outro lugar.

10. Voluntariado

É relevante para sua igreja saber também quantos membros dos pequenos grupos estão desenvolvendo o voluntariado na igreja. Muitas igrejas têm faltas de voluntários porque não sabem quais áreas devem incentivar e pedir mais ajuda na igreja.

A taxa de serviço tem muito a ver com o crescimento saudável da igreja, onde todos servem a todos.

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A análise de relatóriosRelatório é uma palavra que causa dor de cabeça em muita gente. Lembra algo burocrático, às vezes difícil e chato demais.

Mas assim que você conseguir todos os dados listados anteriormente, você poderá ter relatórios da sua igreja e com isso ter um panorama geral de como as coisas estão indo.

Analisando os relatórios você tem condição de poupar energia e esforços para solucionar os problemas de forma cirúrgica. Ainda, ajudam você a aconselhar e acompanhar melhor os líderes de pequenos grupos.

1) Os relatórios evitam o desperdício de recursos

Para racionalizar os recursos disponíveis e desenvolver as soluções corretas para os problemas corretos dos pequenos grupos, você deve ter um panorama geral do que está acontecendo com eles.

E para ter esse panorama geral é que serve o relatório. Ele deve ser unificado, ele deve conter os dados de todos os pequenos grupos, para que isso ajude você a economizar tempo,e não precise ficar buscando em diferentes locais as diferentes informações.O relatório será o responsável por unificar os dados de todos os pequenos grupos e oferecer a você um panorama geral da situação dos pequenos grupos da sua igreja.

Com isso, fica muito mais fácil você identificar quais pequenos grupos estão se desenvolvendo de forma saudável e qual estão com problemas, além de verificar acertadamente qual é o verdadeiro problema de cada um deles.

Assim, além de mostrar onde deve ser investido recursos ele dirá qual recurso será necessário e como ele deve ser aplicado.

Isso tudo fará com que você otimize os investimentos para o resultado esperado. Fará com que você seja

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cirúrgico ao perceber um problema e pensar na implementação da solução desse problema.

2) Os relatórios ajudam a orientar os líderes

Em muitas igrejas, os pastores não sabem orientar corretamente os líderes porque não conhecem o problema que o pequeno grupo está enfrentando, não sabe identificar onde ele está e acaba investindo tempo e energia no local errado.

Imagine o seguinte: Um líder de pequeno grupo da sua igreja marca uma reunião com você para conversar sobre o grupo que lidera; ele está preocupado porque o grupo não cresce. Temos vários problemas que podem gerar o não crescimento de um pequeno grupo, vamos listar dois:

- O pequeno grupo não tem visitante - O pequeno grupo não consegue consolidar o visitante

As duas possuem soluções diferentes, e se você escolher a errada, a chance de o líder investir tempo e energia para solucionar o problema e não ter resultados é enorme.

Com um relatório em mãos, você poderia ver que a taxa de visitantes é alta, mas que a taxa de conversão de visitantes em membro do grupo é pequena, então você pode ser bem mais certeiro na solução apresentada.

Com a existência dos relatórios, os dados estarão prontos para serem utilizados e verificados. Não haverá desperdício de tempo com a coleta de dados que muitas vezes não são confiáveis.

Você conhece alguém que ficou chateado porque você ou o líder do pequeno grupo esqueceu do aniversário dele?

Pensando em perguntas práticas como essas e em como trazer mais resultado e cuidado para a sua igreja, é que elaboramos a Plataforma Igreja Eficiente, não em um sistema no qual você apenas coloca os dados, mas um sistema que irá transformar a vida da sua igreja, gerando resultados cada vez melhores e

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aumentando o cuidado com cada membro.

Maior cuidado.

Saber quando a pessoa já faltou muitas vezes e receber avisos quando isso acontecer; receber avisos no dia do aniversário dela; poder entrar em contato com ela rapidamente por e-mail ou telefone.

Isso tudo gera resultado no cuidado dos membros dos pequenos grupos. Não se quer apenas ver números do pequeno grupo e ver os gráficos; mas se quer aumentar o cuidado e a proximidade entre as pessoas.

O sistema de gestão de pequenos grupos oferece tudo isso e não permite que o líder perca alguém pela falta de cuidado ou pela correria da vida.

O cuidado é aumentado e vidas são transformadas com isso.

Acompanhamento de cada pequeno grupo

Para você, pastor, esse sistema gerará uma transformação radical no modo como você cuida dos pequenos grupos da sua igreja.

Com ele será fácil e rápido perceber quais precisam de mais ajuda e em quais áreas. Além disso, fará com que vocês trabalhem com dados concretos, e não com “achismos” e dados que não se baseiam na realidade.

Assim, os pequenos grupos serão transformados pelo seu cuidado cada vez mais certeiro e mais eficiente.

Relatórios fáceis e intuitivos

Muitos tem pavor da palavra “relatório” porque já pensam em gráficos, números e tabelas, os quais são difíceis de entender e retirar a realidade ali demonstrada.

Por isso pensamos em uma ferramenta que produz gráficos fáceis e intuitivos de se lerem, permitindo que,

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assim, você e seus líderes possam perceber a realidade demonstrada pelos números e tomarem a melhor decisão baseados na realidade.

Dados rápidos para reuniões mais eficientes

Além de melhorar o acompanhamento de cada pequeno grupo, você também terá resultados impressionantes nas reuniões com a liderança que você irá realizar.A parte burocrática será bem mais rápida, porque os dados estarão prontos para serem analisados, e não será necessário que cada líder fique pensando e buscando na memória quais são as dificuldades enfrentadas pelo grupo.

Será fácil ver se existe bastante visitante, se esses visitantes estão se tornando membros, qual a taxa de membros inativos no pequeno grupo, enfim., os dados estarão prontos e o tempo para louvor, oração e edificação das reuniões poderá ser maior.

Economia de tempo

Com todos esses benefícios você pode estar pensando que isso tomará muito tempo, mas isso não é verdade.

Cada líder preencherá o relatório do seu respectivo grupo de maneira rápida e fácil, uma vez por semana. Isso porque o sistema é pensado especialmente para facilitar a vida dos pastores e líderes.

Algumas igrejas trabalham com diferentes formas, e não possuem um sistema único. Isso faz com que se perca tempo procurando determinada informação, ou quando se tenta elaborar relatórios juntando todas as informações dispersas.

Com o sistema, todas as informações estarão em apenas um lugar e, ainda, os relatórios são gerados automaticamente, o que faz com que todos economizem tempo, tanto líderes de pequenos grupos como pastores.

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CONCLUSÃO

PRÓXIMOS PASSOS

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Como Implantar Pequenos Grupos na Igreja

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Com esse guia, esperamos que você possa implantar os pequenos grupos na sua igreja. Ele contém os principais conceitos para realizar um passo a passo simples e eficiente

Esperamos que Deus abençoe a sua igreja por meio dos pequenos grupos, e que todos possam ser cuidados por meio deles.

Estamos a disposição para ajudá-lo nesse processo, será um prazer conhecer você e sua igreja.

Deus te abençoe!Equipe Igreja Eficiente

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