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IMP.ETPM.023-00 Autores: Luana Carmo Nº 17 Filipe Ferreira Nº 7 Disciplina: Saúde Infantil Professora: Ana Catarina Santos

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Trabalho realizado pelos alunos Filipe Ferreira e Luana Carmo, do curso TAI, triénio 2013/2016, para a disciplina de Saúde Infantil.

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IMP.ETPM.023-00

Autores: Luana Carmo Nº 17

Filipe Ferreira Nº 7

Disciplina: Saúde Infantil

Professora: Ana Catarina Santos

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Ano Letivo 2015/2016 Página i

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Índice

1.1 - Números uteis ........................................................................... 1

1.2 - Fases e acidentes frequentes por faixas etárias .................................... 2

1.3 - PRIMEIRO ANO DE VIDA (A PARTIR DOS 5 MESES) ........................... 4

1.4 - PRÉ-ESCOLAR (1 A 5 ANOS) ........................................................ 5

1.5 - ESCOLAR (6 A 9 ANOS) .............................................................. 6

1.6 - ADOLESCENTE (10 A 19ANOS) ..................................................... 6

1.8 - Normas de segurança .................................................................. 7

1.9 - A caixa dos primeiros socorros........................................................ 9

1.10 - As bases dos Primeiros Socorros ..................................................10

1.11 - A vacinação, um modo de prevenção..............................................11

1.12 - O que fazer em caso de…...........................................................12

1.12.1 - Afogamento.......................................................................12

1.12.2 - Arranhão ..........................................................................13

1.12.3 - Asfixia .............................................................................15

1.12.4 - Cólicas.............................................................................16

1.12.5 - Convulsões .......................................................................17

1.12.6 - Corpos estranhos ................................................................18

1.12.7 - Crise Asmática ...................................................................20

1.12.8 - Crise Hipoglicémica..............................................................21

1.12.9 - Desmaios .........................................................................22

1.12.10 - Engasgamento (Protocolo de emergência) .................................23

1.12.11 - Entorse...........................................................................24

1.12.12 - Envenenamento ................................................................25

1.12.13 - Estado de choque ..............................................................27

1.12.14 - Febre.............................................................................28

1.12.15 - Feridas ...........................................................................30

1.12.16 - Feridas nos olhos...............................................................31

1.12.17 - Fraturas ..........................................................................32

1.12.18 - Fraturas expostas ..............................................................33

1.12.19 - Hemorragias ....................................................................34

1.12.20 - Hemorragia nasal...............................................................35

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1.12.21 - Queimaduras....................................................................36

1.12.22 - Reanimação.....................................................................37

1.12.23 - Traumatismo craniano .........................................................39

1.12.24 - Traumatismo na face...........................................................39

1.12.25 - Traumatismo Torácico .........................................................39

1.12.26 - Traumatismo da coluna vertebral ............................................40

1.12.27 - Traumatismo Abdominal.......................................................41

1.12.28 - Ventilação .......................................................................42

1.13 - Posição lateral de segurança........................................................44

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1.1 - Números úteis

Número nacional de socorro: 112

Centro de informação antivenenos (Centro de intoxicações):808 250 143

Saúde 24 / Dói-dói, trim-trim: 808 24 24 24

Farmácias de serviço 118 ou 12118

APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil): 218 844100

SOS-Criança: 800 202 651 – 217 931 617

Números a preencher pelo proprietário do livro:

Centro de saúde:________________________________________

Médico assistente:_______________________________________

Serviço de urgência mais próximo: __________________________

Bombeiros:_____________________________________________

Farmácia:______________________________________________

Outros:______________________ __________________________

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1.2 - Fases e acidentes frequentes por faixasetárias

Fases Hospedeiro Agente AmbienteFísico

Ambientesocioeconómico

Pré-acidente

Campanhasde

prevenção

Reduzir aquantidade

Separar oagente da

vítima

Modificaçõesambientais

Acidente Estabilizar ereparar

Diminuir aliberação

de energia

Afastaroutros

agentes

Disponibilidade debarreiras ouproteções

Pós-acidente Reabilitar ------- Centros

de trauma

Suporte etreinamento deatendimento de

emergência

Todo acidente (injúria não intencional) é causado por um agente externo, ao lado de umdesequilíbrio que ocorre entre o indivíduo e o seu ambiente, o que permite que certaquantidade de energia seja transferida do ambiente para o indivíduo, capaz de causardano. A energia transferida pode ser mecânica (quedas e trombadas), térmica(queimaduras), elétrica (choques) ou química (envenenamentos).

A ciência atual do controle dos acidentes, embasada na epidemiologia, biomecânica ecomportamento, explica como e porque cada tipo de injúria não intencional ocorre.

Hoje já se conta com estratégias preventivas muito mais efetivas que, reconhecendo osriscos inerentes à imaturidade ou à falta de conhecimento dos riscos que cercam ascrianças, são capazes de combater a desinformação, a imprevisão e a falta de cuidado.Ao mesmo tempo, tratam de promover a segurança no âmbito da comunidade.

Para aplicar essas estratégias é essencial entender, com um mínimo de clareza, porqueas crianças sofrem acidentes, porque os traumatismos que deles resultamfrequentemente são mais sérios do que deveriam e até que ponto as lesões nãointencionais (acidentes) podem se confundir com violências e maus-tratos.

As crianças e adolescentes sofrem acidentes porque a comunidade em que vivem nãolhes propicia um entorno protetor. Dois fatores do chamado macro- ambiente sãodecisivos para a proteção dos indivíduos: legislação efetiva voltada para a segurança eenvolvimento ativo e amplo de toda a comunidade em ações de controlo de acidentes eviolências.

No ambiente escolar, diferentes tipos de acidentes ocorrem de acordo com a idade eestágio de desenvolvimento físico e psíquico das crianças e adolescentes. Sabe-se quea criança apresenta interesse em explorar situações novas, para as quais nem sempreestá preparada, o que facilita a ocorrência de acidentes. Torna-se, portanto, importanteo conhecimento dos acidentes mais frequentes em cada faixa etária, para odirecionamento das medidas a serem adotadas para sua prevenção.

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Outra situação importante que ocorre dentro ou no entorno da escola é a agressividadeentre alunos que, por vezes, pode causar ferimentos ou outras lesões físicas na vítima.Esse quadro, identificado por atitudes agressivas, físicas ou verbais, intencionais erepetidas, executadas por um ou mais estudantes contra outro (s), baseado em relaçãode poder do agressor sobre a vítima, é denominado Bullying e deve receber atenção deprofessores, funcionários e diretores da escola.

O escolar já aprende noções de segurança, mas como ainda não lida muito bem comcoisas concretas, não é capaz de fazer julgamentos precisos sobre velocidade edistância. Além disso, seu comportamento e os riscos a que se expõe começam a serfortemente influenciados pelos amigos, gerando atitudes de desafio a regras. As suashabilidades motoras (por exemplo: acender fogo ou ligar um automóvel) estão bem alémdo seu julgamento crítico. Entretanto, ele muitas vezes já sai de casa sem a supervisãode adultos, tendo que lidar com situações complexas como o trânsito. Osatropelamentos, quedas de bicicletas, quedas de lugares altos, ferimentos com armasde fogo e lacerações são riscos típicos desta idade. Na escola, predominam as quedas,cortes e traumatismos dentários por brincadeiras agressivas durante o recreio.

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1.3 - PRIMEIRO ANO DE VIDA (A PARTIR DOS5 MESES)

Caraterísticas da faixaetária Acidentes mais comuns Medidas preventivas

Pega objetos eleva tudo à boca

Ingestão de pequenosobjetos.

Aspiração de corpoestranho, especialmente

de peças pequenas.

Deixar fora do alcance:Objetos pequenos ou que destacam

partes.

Não dar brinquedos que soltampequenas peças

Rola no berço ououtro local onde for

colocada

Queda deberço/cama/trocador.

Queda do cadeirão.

Queda do colo.

Não deixar a criança sozinha na camaou no trocador, no cadeirão, na

banheira ou na cozinha.Segurar bem quando está no colo.

Mexe em tudo

Choque elétrico com fiosou tomadas elétricas.

Queimadoras,principalmente em fogão.

Ferimentos por objetos.

Intoxicação pormedicamentos ou com

produtos químicos.

Cobrir tomadas elétricas.

Não deixar perto do fogão.

Deixar fora do alcance:Objetos pontiagudos ou cortantes,plantas, medicamentos, produtosquímicos, especialmente os de

limpeza.

Não tem medo deanimais Mordeduras e picadas. Evitar contato com os animais.

Pode sentar,gatinhar, andar,subir e descer

escadas

Queda de escadas.

Afogamento.

Acidentes de trânsito(colisão de veículos).

Colocar grades e trincos nos acessosàs escadas.

Colocar grades ou redes de proteçãoem janelas.

Proteger as piscinas com capas ouredes.

Transportar nos veículos em cadeirasadequadas.

Manter sob supervisão contínua.

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1.4 - PRÉ-ESCOLAR (1 A 5 ANOS)Caraterísticas da faixa

etária Acidentes mais comuns Medidas preventivas

DE 1 A 3 ANOS

Atividade motora intensa:anda e corre, sobe e

desce escadas, abre efecha portas.

Tem grande curiosidade.

Gosta de brincar comágua.

Brinca com animais.

Frequenta a creche.

Quedas.

Ingestão demedicamentos e produtos

químicos.

Aspiração ou ingestão decorpo estranho.

Queimadoras.

Afogamentos.

Atropelamentos.

Picadas e mordedurasChoque elétrico.

Manter sob supervisão contínua.

Colocar grades ou redes em janelas.

Deixar fora do alcance medicamentose substâncias ou plantas tóxicas.

Ter cuidado com objetos pequenos.

Ter cuidado com objetos quentes efios elétricos, cobrir as tomadas.

Proteger as piscinas com capas ouredes, sempre cercadas e com

portões trancados, além de mantersupervisão contínua.

Tomar cuidado com a aproximação econtato com animais.

Utilizar cadeiras apropriadas emveículos.

Segurar pelo punho para atravessarruas.

DE 3 A 5 ANOS

Anda de triciclos/bicicletas.

Brinca com objetosmecânicos.

Atração por água e fogo.Procura experimentar e

inventar.Brinca com animais.

Os mesmos anteriores,mais:

Quedas de grandesalturas.

Acidentes de trânsito.Quedas de triciclos,

patins, bicicletas.

Além das anteriores:

Não permitir brincar em locais detrânsito de veículos motores.

Usar cintos de segurança e cadeirasem meios de transporte.

Iniciar educação para o trânsito.

Orientar locais seguros para andarcom triciclos, patins e bicicletas.

Não permitir o acesso a lajes, muros etelhados (colocar grades ou portões

com trincos).

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1.5 - ESCOLAR (6 A 9 ANOS)Caraterísticas da faixa

etária Acidentes mais comuns Medidas preventivas

Início de atividadesdesportivas.

Brincadeiras agressivasentre crianças.

Início da ocorrência debullying.

Os mesmos do pré-escolar, mais:

Acidentes desportivos.

Agressões físicas.

Traumatismos dentários.

As mesmas do pré-escolar mais:

Dar orientações de segurança e detrânsito.

Estimular o uso de equipamentos deproteção, tanto no trânsito quanto nas

práticas desportivas.

Desestimular brincadeiras agressivas.

Ensinar e cultivar o respeito às outraspessoas.

1.6 - ADOLESCENTE (10 A 19ANOS)Caraterísticas da faixa

etária Acidentes mais comuns Medidas preventivas

Mudanças físicas epsicológicas.

Excesso deautoconfiança.

Sensação deinvulnerabilidade.

Desafio, onipotência.

Vivência de situações derisco.

Acidentes de trânsito.

Acidentes desportivos.

Acidentes decorrentes desituações de risco: uso deálcool e drogas, bullying,

uso de armas.

Dar orientações de segurança notrânsito.

Estimular o uso de equipamentos desegurança, tanto no trânsito quanto

nas práticas desportivas.

Orientar quanto à prática deatividades desportivas adequadas.

Desestimular brincadeiras agressivas.

Ensinar e cultivar o respeito àspessoas.

Fornecer orientações para evitarcomportamentos de risco.

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1.8 - Normas de segurançaEnquadramento

O Programa Nacional de Saúde Escolar divulgado através da Circular Normativan.º7/DSE de 29/6/2006 tem, entre outros, o objetivo específico de promover umambiente escolar seguro e saudável.

Um ambiente escolar seguro influencia escolhas e é um investimento em saúde, já queos modelos de segurança adquiridos precocemente são determinantes quanto à formacomo lidamos com o risco, desempenhando as escolas um importante papel naconstrução desses comportamentos.

Na infância e na adolescência adquirem-se atitudes e comportamentos que perdurampela vida fora, pelo que o investimento é prioritário nestes grupos etários se queremos,de facto, contribuir para a redução da primeira causa de morte e incapacidade nestesgrupos, os acidentes. Prevenir os acidentes domésticos e de lazer, rodoviários e detrabalho passa por tornar mais seguros os locais onde as crianças e os jovens passama maior parte do seu tempo: a casa, a escola e a comunidade.

Na senda da implementação do Programa Nacional de Saúde Escolar é fundamental apromoção da segurança e a prevenção dos acidentes - em parceria efetiva com osórgãos de gestão dos estabelecimentos de educação e ensino, assim como a avaliaçãodas condições de segurança, higiene e saúde destes estabelecimentos, realizada pelasequipas de saúde escolar em estreita articulação com os serviços de saúdepública/autoridades de saúde dos Centros de Saúde.

Avaliação das condições de segurança, higiene e saúde dosestabelecimentos de educação e ensinoOs estabelecimentos de educação e ensino, pela sua localização, tipo de instalações emodo de funcionamento, podem condicionar a salubridade, o conforto e a segurança eatuar, favorável ou desfavoravelmente, sobre a saúde de todos os seus utentes (alunos,docentes e restantes funcionários).

Hoje, o parque escolar é muito diversificado, espelha a época em que cada edifícioescolar foi concebido e apresenta condicionalismos específicos e característicaspróprias. No entanto, há condições de segurança e salubridade, a que todas as escolasdevem obedecer.

Os Jardins-de-infância e as Escolas do 1.º Ciclo são da responsabilidade das Autarquiase as Escolas dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, Básicas Integradas e do EnsinoSecundário são da responsabilidade do Ministério da Educação. Todos estesestabelecimentos de educação e ensino, devem estar livres de barreiras que impeçam

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a sua utilização por pessoas com mobilidade condicionada, nomeadamente as que sedesloquem em cadeiras de rodas, devendo ser-lhes facultada a possibilidade de acessoa todos os serviços de ensino, de apoio e sociais, quer no interior quer no exterior dosedifícios.

A avaliação dos riscos é uma forma de conhecer a vulnerabilidade das instalações, dosequipamentos e do ambiente com o objetivo de os eliminar, ou quando tal não épossível, de as minimizar. Este procedimento implica um diagnóstico de situação, aelaboração de relatório, a proposta das correções e o envolvimento das entidadesresponsáveis pelo estabelecimento na definição de prioridades e na adoção de soluçõesde atuação.

A presente Norma revê e atualiza a Circular Normativa n.º 17/DSE de 21.12.94 erespetiva Ficha (Mod.126.05) e desenha um novo Formulário de Avaliação dasCondições de Segurança, Higiene e Saúde do Estabelecimento de Educação eEnsino.A elaboração da Norma teve em conta a legislação geral produzida e a legislaçãoespecífica aplicável ao planeamento, conceção e gestão de edifícios e equipamentosescolares para o ensino básico e secundário elaborado pelo Ministério da Educação edisponível na página web do Ministério da Educação.

Fonte: Ministério da saúde, PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE ESCOLAR

Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e

Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino.

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1.9 - A caixa dos primeiros socorrosPorque os acidentes acontecem, o ideal é ter à mão,em casa, no local de trabalho e no carro, um kit deprimeiros socorros. No mínimo, diminuem os danossobre a saúde, mas podem mesmo salvar vidas!

A caixa de primeiros socorros deve corresponderas seguintes caraterísticas:

Conforme as normas da CE; Identificação e endereço dos fabricantes; Identificação e endereço dos mandatários da

Europa; Nº de lote; A caixa de primeiros socorros Prazo de validade do componente que expira primeiro; Em harmonia com o regulamento geral de higiene e segurança no trabalho.

Material a ter na caixa de primeiros socorros:

Lista de números de telefone: n.º dos bombeiros, n.º do INEM (112); n.º daPolícia e do Hospital;

Pensos rápidos, Compressas grandes e pequenas, Adesivo, Ligaduras,Betadine, Soro fisiológico, Termómetro, Comprimidos (ben-u-ron, brufen,antigripal (Actifed por ex.), Luvas descartáveis, Pinça e Pomada para picadas deinsetos.

Nota importante: É vital verificar com frequência e completar os elementos em falta nacaixa de primeiros socorros, assim como substituir os elementos fora da validade, parapoder intervir sempre que seja necessário!

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1.10 - As bases dos Primeiros SocorrosAcidentes, ferimentos, doenças ou outros eventos são frequentes na vida cotidiana. Osprimeiros socorros consistem, em apoiar as vítimas, em função da gravidade dosferimentos, para manter o seu estado de saúde até serem dirigidos até um hospital (casoseja necessário). Praticado profissionalmente, ou não os primeiros socorros não seimprovisam. Para realizar os primeiros socorros, é imperativo ter sido formado por umorganismo especializado ou no mínimo ter as bases dos primeiros socorros.

O termo "socorrismo" ou "primeiros socorros" inclui diferentes técnicas para ajudar umavítima de um acidente, desconforto ou qualquer outro incidente.

Os casos de emergências implicam uma multiplicidade de situações as quais podemosser levados a enfrentar. O que fazer em cada uma dessas situações? A má disposiçãopode ser de origem cardíaca, devido a uma doença (como diabetes ou asma), seguidade uma emoção forte, etc...

Tipos de mal-estar Características

Desmaio

O desmaio ocorre depois de uma emoçãoforte: o corpo reage de tal maneira que apessoa caí e permanece inconscientedurante alguns instantes.• Isso é chamado familiarmente

"fraqueza"

Mal-estar vagal

• O mal-estar vagal é causado por umaqueda súbita da tensão arterial e do ritmocardíaco: Esta queda é provocada poruma estimulação do nervo vago, que temum efeito regulador sobre o coração (queretarda a sua atividade).

Crise de epilepsia

O cérebro humano é a sede datransmissão de informações células paraos músculos, órgãos, etc.; estainformação é transmitida através de umimpulso nervoso, que traduz sobre formade estímulos elétricos.A atividade elétrica do cérebro émensurável: A epilepsia é uma doençaque provoca um mau funcionamento aunível desta atividade

Hipoglicemia

Numa hipoglicemia, o nível de açúcar nosangue é muito baixa: as células docorpo, sobretudo as do cérebro, osgrandes consumidores de açúcar, estãoem sofrimento.

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1.11 - A vacinação, um modo de prevençãoA vacinação é um processo que mete em contato ocorpo com agentes patogénicos enfim de prevenircertas doenças. Este processo ao corpo de ficar imunecontra o gene em questão: é chamado a isso umaimunidade provocada. A vacinação é um processo quefoi generalizado, a fim de proteger a população contracertas epidemias. No objetivo de regulamentar esteprocesso, um calendário de vacinação foi instaurado,segundo a idade da pessoa a vacinar (PNV).

É de distinguir a vacinação obrigatória, ou seja, asvacinas efetuadas de maneira sistemática desde daprimeira infância, incluídas no PNV, das vacinasaconselhadas, mas não obrigatórias, como a vacina contra a hepatite B.

Atenção: A vacinação comporta certos riscos e efeitos secundários que não devem sernegligenciadas. Certas pessoas podem criar alergias graves as vacinas, é portantonecessário estar em alerta a essas situações.

Entre outras, uma das principais preocupações nos preparativos a uma viagem é deobter as vacinas recomendadas, em função da sua destinação.

As vacinas são elaboradas por laboratórios farmacêuticos e tem um custo determinadosegundo os custos de fabricação.

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1.12 - O que fazer em caso de…

1.12.1 - Afogamento

O que se deve fazer:

Retirar a criança imediatamente de dentro da água; Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate; Colocar a criança virada para um dos lados (posição lateral de segurança)

figura 1,2 e 3; Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes para fazer sair a água figura 4; Chamar o 112;

Se a criança não respirar, deita-la de costas e iniciar de imediato a ventilaçãoartificial por respiração boca-a-boca e se necessário, fazer também massagemcardíaca e mantê-la confortavelmente aquecida;

O que não se deve fazer:

Lançar-se á água se não souber nadar muito bem; Procurar salvar um afogado que está longe da terra, caso o afogamento ocorra

no mar ou no rio; Deixar-se agarrar pela pessoa que se quer salvar;

Em caso de afogamento a criança deve serencaminhada para o hospital.

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1.12.2 - Arranhão

Os cortes, os arranhões e as feridas, irremediavelmente, fazem parte docrescimento das crianças e, provavelmente, acompanham-nas durante muitosanos. As suas brincadeiras, a atividade constante e as suas experiências fazemcom que as crianças estejam mais propensas a sofrerem deste tipo de lesões.

Como consequência das quedas, o contacto das mãos, dos joelhos e dos pés com ochão ou com objetos cortantes ou pontiagudos produz arranhões, cortes ou picadas. Noentanto, a maioria delas são feridas pequenas que podem ser tratadas em casa semnecessidade de ir a um hospital ou centro de saúde.

O que fazer:Se for superficial:

A primeira coisa que deve fazer, depois de comprovar que a ferida não apresentagravidade, é lavar bem as mãos com água e sabão. Depois lave bem a ferida,sem forçar, com sabonete suave e água morna (melhor se for previamente fervidae depois deixar arrefecer). Assegure-se de que a ferida ficou bem limpa e livre departículas que poderiam provocar infeção e formação de cicatrizes. Se fornecessário, deixe a água correr sobre a ferida durante uns minutos.

Aplique um antisséptico e seque a pele à volta da ferida. De acordo com o tamanho da lesão coloque uma um penso ou uma gaze

esterilizada a cobrir a área. Não utilize algodão pois as suas fibras podemintroduzir-se ou colar-se à ferida.

Observe a zona afetada diariamente para mantê-la limpa e seca, mudando openso com frequência.

Evite soprar para a ferida ou arranhão, já que pode causar a aparição debactérias.

Se for profunda:

Neste caso mantenha a calma e tranquilize a criança. Depois atue imediatamente para controlar e parar a hemorragia. Para isso

pressione a ferida com um pano limpo ou uma gaze esterilizada. Se o corte nãofor muito grave, o sangramento deve parar em alguns minutos. Depois lave aferida com água e sabão. Se a água não foi o suficiente para eliminar a sujidadeou a areia que estavam na ferida, utilize uma gaze esterilizada para retirar aspequenas partículas que ficaram pegadas à ferida. Depois continue seguindo ospassos anteriores.

Se está algum pedaço de cristal ou de outro objeto cravados na ferida não tenteextrair, pois pode provocar uma hemorragia maior.

Se a criança está a sangrar muito, eleve a zona da ferida acima do nível docoração para reduzir o fluxo sanguíneo e pressione firmemente a ferida (ou umaárea próxima na mesma se existir algum objeto cravado na ferida) com umaligadura, isto até que a hemorragia pare.

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Coloque uma ligadura sobre a ferida mas sem apertar muito, já queprovavelmente essa zona irá inchar.

A ligadura deve ser vigiada diariamente. No caso de estar suja ou húmida deveser trocada.

Uma vez curada a ferida aplique protetor solar com facto 15 para evitar aformação de cicatrizes.

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1.12.3 - Asfixia

A asfixia é falta de oxigénio no organismo secundária, normalmente, a uma dificuldaderespiratória. As causas podem ser variadas sendo a mais vulgar a obstrução das viasrespiratórias por corpos estranhos (objetos de pequena dimensão, alimentos malmastigados, etc.). Outras possíveis causas são: ingestão de bebidas ferventes oucáusticas, pesos em cima do peito ou nas costas, intoxicação diversas. Paragem dosmúsculos respiratórios.

Conforme a gravidade da asfixia, os sinais e sintomas podem ir desde um estado deagitação, lividez, dilatação de pupilas (olhos), respiração ruidosa e tosse, a um estadode inconsciência com paragem respiratória e cianose da face e extremidades8tonalidade azulada).

O que se deve fazer numa criança pequena:

Abrir a boca á criança e tentar o corpo estranho, se este ainda estiver visível,usando o dedo indicador em gancho ou em pinça (cuidado para não empurraro objeto);

Colocar a criança de cabeça para baixo; Sacudir e bater-lhe a meio das costas, entre as omoplatas, com a mão aberta

figuras 5 e 6;

Fig.5 Fig.6 Fig.7

O que se deve fazer num jovem/adulto: Colocar-se por trás da vítima e passar-lhe o braço em volta da cintura; Fechar o punho e coloca-lo logo acima do umbigo da vítima; Cobrir o punho com a outra mão e carregar para dentro e para cima, repetindo

a operação as vezes que forem necessárias – figura 7 (Manobra de Heimlich) Mesmo que aparentemente resolvida a situação, levar ao hospital.

O que não se deve fazer:

Abandonar a vítima para pedir auxílio;

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1.12.4 - Cólicas

As cólicas não são propriamente uma doença, é apenas um termo utilizado paradescrever o choro inconsolável num bebé que é normalmente saudável. Se o bebé tivermenos de 5 meses e chorar durante mais de três horas seguidas em três ou mais diasnuma semana, durante pelo menos três semanas, e não encontrar qualquer explicaçãoclínica para o seu desconforto, é muito possível que tenha cólicas. Um bebé com cólicaspode manifestar verdadeiramente o seu desconforto: pode esticar ou contrairalternadamente as pernas e libertar gases. O choro e o desconforto podem afetar o bebéem qualquer hora do dia, mas são normalmente mais intensos entre as 6 da tarde e ameia-noite.

O que fazer:

Vire o bebé com a barriga para baixo, sobre o seu joelho ou sobre uma botija deágua quente dentro de uma toalha (ou arrefecida a uma temperatura que não sejadesconfortável para si quando está em contacto com a pele do seu pulso).Esfregue ou dê palmadinhas nas costas do bebé, já que pode ajudar a aliviar parteda pressão do estômago.

Pegue no bebé, embale-o ou aconchegue-o. Fique perto do bebé. Tente mudar de ambiente. O ar fresco e o ritmo dos movimentos pode acalmá-lo e

fazer com que adormeça. Depois de dar de comer, pôr a arrotar, mudar a fralda e tudo mais de que o bebé

necessite.

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1.12.5 - Convulsões

É muitas vezes conhecida por “ataque” e caracteriza-se por alguns dos seguintessintomas: movimentos bruscos e descontrolados; perda de consciência com quedadesemparada; olhar vago. Fixo e/ou “revirar os olhos”, “espumar pela boca”; perda deurina e/ou fezes e morder a língua e /ou lábio.

O que se deve fazer:

Afastar todos os objetos onde a pessoa se possa magoar; Anotar a duração das convulsões, Acabada a fase de movimentos bruscos colocar a pessoa na posição lateral

de Segurança Manter a criança/jovem num ambiente tranquilo e confortável; Avisar os pais; Enviar sempre para o hospital.

O que não se deve fazer:

Tentar mobilizar durante a fase de movimentos bruscos; Tentar induzir qualquer objeto na boca, nomeadamente dedos,

lenço, panos, espátulas, colheres, entre outros; Estimula a pessoa dando a cheirar aromas fortes; Dar de beber.

Na criança pequena (idade inferior a 5 anos) a convulsão pode ser provocada (ouacompanhada) por febre. Quando a crise terminar, deve verificar a temperatura e setiver mais de 37,5ºC administrar antipirético (Paracetamol, Ibuprofeno….) sob forma desupositório.

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1.12.6 - Corpos estranhos

Estes são corpos que penetram no organismo através de qualquer orifício ou após umalesão de causa variável, encontram-se com mais frequência nos olhos, ouvidos e viasrespiratórias.

Nos olhos, os mais frequentes são: grãos de areia, insetos e limalhas. Os sintomas sãodor ou picada local, lágrimas e dificuldade em manter as pálpebras abertas.

O que se deve fazer: Abrir as pálpebras do olho lesionado com muito cuidado; Fazer correr soro fisiológico ou na ausência deste água sobre o olho, do lado de

dentro, junto ao nariz, para fora; Repetir a operação duas ou três vezes; Caso não se obtenha resultados, fazer um penso oclusivo, isto é, colocar uma

gaze e adesivo e enviar ao Hospital.

O que não se deve fazer: Esfregar o olho; Tentar remover o corpo estranho com lenço, papel, algodão ou qualquer outro

objeto.

Nos ouvidos, os mais frequentes são os insetos. Os sintomas são surdez, zumbido edor, sobretudo se o inseto estiver vivo.

O que se deve fazer: Se for outros corpos estranhos, enviar para o Hospital.

O que não se deve fazer: Tentar remover o objeto.

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Nas vias respiratórias, os corpos estranhos podem causar perturbações de variávelnatureza, de acordo com a sua localização. O mesmo acontece com os sintomas, quetambém podem ser variáveis, nomeadamente dificuldades respiratórias, dores, vómitose nos casos mais graves asfixia que pode conduzir a morte.

No nariz, os mais frequentes, nas crianças são os feijões ou objetos de pequenasdimensões.

O que se deve fazer:

Pedir à criança para se assoar com força, comprimindo com o dedo a narinacontrária, tentando assim que o corpo seja expelido.

Na garganta, os corpos estranhos entalados na garganta podem ser pedaços dealimentos mal mastigados, ossos ou pequenos objetos. Estes corpos estranhosimpedindo a respiração podem provocar asfixia.

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1.12.7 - Crise Asmática

A criança ou jovem com asma é capaz de responder com uma crise de falta de ar emsituações de exercício intenso nomeadamente a corria, o conflito, a ansiedade, entreoutros.

Os principais sintomas são: tosse seca, dificuldade em respirar, ar aflito e ansioso,respiração rápida e difícil, pulso rápido, palidez e suores e prostração e apatia.

O que se deve fazer:

Desdramatizar a situação, é importante se capaz de conter a angústia e aansiedade, falando-lhe calmamente, e assegurando-lhe rápida ajuda médica;

Deve ficar com a criança ou jovem num local arejado onde não haja pó,cheiros ou fumos;

Coloca-lo numa posição que lhe facilite a respiração; Se tiver conhecimento do tratamento aconselhado pelo médico para as

crises pode administra-los; Contactar o 112 e informar a família.

Atenção:

No agravamento da crise a respiração é, difícil, lenta e há cianose dasextremidades, isto é as unhas e os lábios estão arroxados;

Caso a criança não apresente melhorias esta deve ser encaminhadarapidamente para o hospital.

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1.12.8 - Crise Hipoglicémica

A diabetes é uma doença em que o pâncreas não produz uma qualidade suficiente deinsulina e há açúcar aumento no sangue e na urina. A diabetes nas crianças e jovensrequer tratamento com insulina.

A complicação mais grave e frequente do diabético é a crise de Hipoglicémia que é onível baixo de açúcar no sangue, esta ocorre habitualmente depois da realização deexercício físico, por jejum prolongado ou por exagero da dose de insulina, surgindoalguns destes sinais e sintomas:

Palidez, suores e tremores nas mãos; Fome intensa ou enjoo e vómitos; Confusão mental, raciocínio lento, bocejos repetidos, expressão apática; Voz entaramelada; Alterações de humor; Palpitações, pulso rápido, Perda da fala e dos movimentos ativos; Desmaio, convulsão, coma.

O que se deve fazer: Lidar com a pessoa com calma, paciência e delicadeza habitualmente há

rejeição e teimosia com relação ao que lhe é proposto; Dar açúcar diretamente numa colher ou misturado em algumas gotas de água; Levar imediatamente para o hospital.

O que não se deve fazer: No início da crise dar algo a beber mesmo que seja açucarados por exemplo

sumos com gás e chás.

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1.12.9 - Desmaios

É provocado por falta de oxigénio no cérebro, a que o organismo reage de formaautomática, com perda de consciência e queda desemparada, normalmente o desmaiodura 2 ou 3 minutos. Este tem diversas causas nomeadamente: excesso de calor,fadiga, falta de alimentos, permanência de pé durante muito tempo, entre outras.

Os sintomas são: palidez, suores, frios, pulso fraco e falta de força.

O que se deve fazer se nos apercebermos que a criança ou jovem vaidesmaiar:

Sentá-la Colocar-lhe a cabeça entre as pernas; Molhar-lhe a testa com água fria.

O que se deve fazer se a criança ou jovem estiver desmaiada:

Deitá-la com a cabeça de lado e mais baixa do que as pernas; Desapertar-lhe as roupas; Mantê-la confortavelmente aquecida; Posteriormente consultar um médico.

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1.12.10 - Engasgamento (Protocolo de emergência)

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1.12.11 - Entorse

O entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) deuma articulação. Os principais sintomas são: a dor na articulação é gradual ouimediata, inchaço e verifica-se uma imediata ou gradual incapacidade paramexer a articulação.

O que se deve fazer:

Evitar movimentar a articulação lesionada; Aplicar gelo ou deixar correr água fria sobre a articulação; Consultar o médico posteriormente.

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1.12.12 - Envenenamento

O envenenamento é o efeito produzido noorganismo por um veneno, quer e sejaintroduzido por via digestiva, por via respiratóriaou pela pele.

O envenenamento pode ocorrer por:

Envenenamento por via digestiva: Produtos alimentares Medicamentos Produtos tóxicos

O envenenamento por produtos tóxicos ocorre quando são ingeridos produtos químicoscomo detergentes, outros produtos de limpeza, lixívia, álcool puro ou similares,amoníaco, pesticidas, produtos de uso agrícola ou industrial, ácidos (sulfúrico, clorídrico,nítrico e outros), gasolina, potassa cáustica, soda cáustica, entre outros. Os sinaisvariam com a natureza do produto ingerido, entre eles temos.

Alguns Sinais: Vómito e diarreia; Espuma na boca; Face, lábios e unhas azulados; Dificuldades respiratórias; Queimaduras à volta da boca; Delírios e convulsões; Inconsciência.

O que se deve fazer: Se a criança tiver consciente, interroga-la no sentido de tentar obter o maior

número possível de informações sobre o envenenamento; Pedir imediatamente orientações ao 112; Em caso de queimadura nos lábios, molha-los suavemente com água, sem

deixar engolir; Transportar a criança para o Hospital. Interrogar a criança no sentido de tentar obter o maior número possível de

informação sobre o envenenamento; Manter a criança confortavelmente aquecida;

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Transportar a criança para o Hospital.

O que não se deve fazer: Dar de beber à criança, pois pode favorecer a absorção de alguns venenos; Provocar o vómito em qualquer situação.

Envenenamento por via respiratóriaOs envenenamentos por via respiratórias mais frequentes ocorrem pelo gás carbónico(fossas sépticas), pelo óxido de carbono e pelo gás propano/butano (gás de usodomestico). Nestes casos a criança começa por sentir um vago mal-estar, seguido deuma dor de cabeça, zumbidos, tonturas, vómitos e uma apatia profunda que a impedede fugir do local onde se encontra. Caso a criança não seja logo socorrida, esta poderáentrar em coma.

O que se deve fazer: Interrogar a criança para tentar perceber a origem do envenenamento; Manter a criança confortavelmente aquecida. Transportar a criança para o Hospital.

Quando a origem do envenenamento tem origem medicamentosa, os sinais e sintomasdependem do medicamento ingerido, todavia, podem sempre verificar-se vómitos,dificuldades respiratórias, perda da consciência, sonolência, confusão mental, entreoutros.

O que se deve fazer: Entrar na sala onde ocorreu o acidente, contendo a respiração, e abrir a janela; Voltar ao exterior para respirar fundo; Entrar de novo e arrastar a criança para fora; Coloca-la em local arejado; Desapertar-lhe as roupas e de se necessário fazer-lhe ventilação assistida. Em situação grave, transportar a criança para o Hospital.

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1.12.13 - Estado de choque

Este caracteriza-se por insuficiência circulatória aguda com deficiente oxigenação dosórgãos vitais. As causas podem ser muito variadas, nomeadamente: traumatismoexterno ou interno, perfuração súbita de órgãos, emoção, frio, queimadura, intervençõescirúrgicas, etc. Os sintomas associados são: palidez, olhos mortiços, suores frios,prostração, náuseas, pulso fraco, inconsciência, entre outros.

O que se deve fazer se a criança está consciente: Deita-la em local fresco e arejado; Desapertar as roupas; Tentar manter a temperatura normal do corpo; Levantar as pernas a 45º; Ir conversando para a acalmar.

O que se deve fazer se a criança não está consciente:

Colocar na posição lateral de segurança; Transportar a criança para o Hospital.

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1.12.14 - Febre

Febre é a elevação da temperatura corporal acima do normal. A temperatura normal docorpo pode variar de 36 a 37 graus Celsius (°C).

Toda vez que houver suspeita de que o escolar esteja com febre, deve-se aferir atemperatura do corpo com um termômetro. A técnica para aferição da temperaturaconsiste em:

• Seguir as instruções do fabricante quanto ao uso do termômetro digital;

• Colocar a ponta do termômetro no meio da axila do escolar (para verificar atemperatura axilar, que é a habitualmente utilizada), mantendo o braço junto ao corpo;

• Retirar o termômetro e realizar a leitura.

Algumas situações podem causar aumento da temperatura corporal, sem quesignifiquem febre, como por exemplo: exercício físico, tipo de roupa, temperaturaambiente elevada, exposição ao sol e ingestão de alimentos ou bebidas quentes.

Febre alta não significa, necessariamente, gravidade da doença. A febre pode funcionarmais como um sinal de alerta do que de gravidade de uma patologia. A maior parte dasfebres em crianças é decorrente de infeções virais benignas, que podem cursar comtemperaturas elevadas (>39°C).

A convulsão febril (aquela desencadeada por aumento da temperatura do corpo) talvezseja o maior temor relacionado à febre. Este tipo de convulsão ocorre entre os 6 mesese os 6 anos de idade, sendo mais frequente até os 3 anos. Entretanto, é uma condiçãorara que só ocorre naquelas crianças que apresentam predisposição para crisesconvulsivas.

ATENÇÃO: A CRIANÇA QUE NÃO TEM PREDISPOSIÇÃO NÃO IRÁCONVULSIONAR, MESMO QUE APRESENTE FEBRE ALTA.

Sinais de febre:

• Diminuição da atividade da criança;

• Irritabilidade;

• Dor de cabeça;

• Dores no corpo;

• Vermelhidão, mais evidente na face;

• Sensação de frio;

• Aceleração dos batimentos cardíacos;

• Respiração rápida.

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O que fazer:• Colocar o escolar em ambiente fresco e arejado;

• Oferecer líquidos, preferencialmente água, não gelada;

• Retirar o excesso de roupas ou as roupas muito quentes;

• Substituir as roupas molhadas de suor por outras secas;

• Reavaliar a temperatura após 30 minutos;

• Se após 30 minutos dos cuidados acima, a temperatura aferida for maior ou igual a38º C, dar um banho morno: colocar o bebê ou criança pequena na banheira com águamorna pura (NÃO colocar álcool na água);

• Encaminhar o escolar para a UBS ou Pronto-socorro de referência;

• O uso de medicamentos deve seguir orientação médica.

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1.12.15 - Feridas

Uma ferida é uma rutura da pele. É uma solução de continuidade, quase sempre deorigem traumática, que além da pele (ferida superficial) pode atingir o tecido celularsubcutâneo e muscular (ferida profunda).

O que se deve fazer: Antes de tudo, o socorrista deve lavar as mãos e calçar luvas descartáveis; Proteger provisoriamente a ferida com uma compressa esterilizada; Limpar a pele à volta da ferida com água e sabão; Lavar, do centro para os bordos da ferida com água e sabão utilizando uma

compressa; Secar a ferida com uma compressa em pequenos toques para não destruir

qualquer coágulo de sangue; Desinfetar com álcool iodado a 1% ou Betadine em solução dérmica; Se a ferida for superficial e de pequenas dimensões, deixa-la ao ar, depois de

limpa ou então aplicar uma compressa esterilizada. Se a ferida for mais extensa ou mais profunda, como tecidos esmagados ou

infetados, ou se contiver corpos estranhos, deverá proteger apenas com umacompressa esterilizada. Neste caso, deve-se transportar de imediato para oHospital.

O que não se deve fazer: Tocar nas feridas sangrantes sem luvas; Utilizar o material (luvas, compressas, etc.,) em mais de uma pessoa; Soprar, tossir ou espirrar para cima da ferida; Tentar tratar uma ferida mais grave, extensa ou profunda com tecidos infetados.

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1.12.16 - Feridas nos olhos

O que se deve fazer: Deitar a vitima com a cabeça completamente imóvel e olhando para cima; Cobrir o olho com compressas esterilizadas; Evitar que a vítima tussa.

É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.

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1.12.17 - Fraturas

Uma fratura é uma solução de continuidade no tecido ósseo. Em caso ou suspeita defratura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca dores intensas edeve ser evitado.

Os principais sintomas de uma fratura são: Dores intensas no local; Inchaço; Falta de força; Perda total ou parcial dos movimentos e encurtamento ou deformação do

membro lesionado.

O que se deve fazer: Expor a zona da lesão (desapertar ou se necessário cortar a roupa); Verificar se existem ferimentos; Ir para o Hospital.

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1.12.18 - Fraturas expostas

O tratamento imediato para casos de fratura exposta é a recolocação do osso no seulocal através de cirurgia. Em alguns casos será utilizado um tipo de fixador externo, nãoutilizando o gesso habitual.

O que se deve fazer:

Chamar imediatamente uma ambulância ou INEM, ligando para o 112, ou levarrapidamente a vítima ao hospital, caso ela consiga andar;

Colocar gazes esterilizadas de preferência ou panos limpos sobre a ferida, comomostra a primeira imagem;

Fixar a gaze ou os panos limpos com uma atadura ou com um esparadrapo, comomostra a segunda imagem;

Se houver um sangramento muito intenso, fazer compressão na região fraturadacom panos limpos.

O que não se deve fazer:

Não tentar colocar o osso no lugar: Não deixar o indivíduo movimentar a região fraturada;

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1.12.19 - Hemorragias

A hemorragia é uma perda de sangue devido a rutura de vasos sanguíneos. Esta podeser: interna ou externa.

Hemorragia Interna:A hemorragia interna acontece quando não se vê correr o sangue mas a vítimaapresenta um ou mais dos seguintes sintomas:

Sede, sensação de frio (arrepios), Pulso progressivamente mais rápido e mais fraco. Em casos ainda mais graves podem surgir: palidez, Arrefecimento, sobretudo das extremidades, zumbidos e alteração do estado de

consciência.

O que se deve fazer: Acalmar a vítima e mantê-la acordada; Desapertar-lhe a roupa; Manter a vítima confortavelmente aquecida; Chamar o 112.

O que não se deve fazer: Dar-lhe de beber ou de comer.

Hemorragia Externa:

Na hemorragia externa o sangue sai por uma ferida, sendo sempre visível. Neste tipode hemorragia, o objetivo é parar o sangue o mais rápido e eficazmente possível.

O que se deve fazer: Deitar horizontalmente a vítima; Aplicar sobre a ferida uma compressa esterilizada ou, na sua falta, um pano

lavado, exercendo uma pressão firme com as duas mãos, com um dedo ouainda com uma ligadura limpa, conforme o local e a extensão do ferimento;

Se o penso ficar saturado de sangue, colocar outro por cima, mas sem retiraro primeiro.

Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos); Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida. Chamar o 112.

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1.12.20 - Hemorragia nasal

O principal sintoma é a saída de sangue pelo nariz, por vezes abundante e persistentee persistente, se a hemorragia for grande o sangue também pode sair pela boca.

O que se deve fazer: Inclinar levemente para a frente a cabeça da criança; Comprimir com o dedo a narina que sangra; Aplicar gelo exteriormente; Se a hemorragia não para, introduzir na narina que sangraum tampão coagulante fazendo pressão para que a cavidadenasal fique bem preenchida; Inclinar a cabeça da criança para trás; Se a hemorragia persistir mais do que 10 minutos deve-setransportar a criança para o hospital.

Atenção: Antes de qualquer procedimento o socorristadeve calçar luvas descartáveis.

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1.12.21 - Queimaduras

A gravidade da queimadura depende de vários fatores:

Da zona atingida pela queimadura; Da extensão da pele queimada; Da profundidade da queimadura.

As queimaduras podem ser classificadas em 3 graus, nomeadamente:

Queimadura do 1º grau: são as queimaduras menos graves, onde apenas acamada externa da pele (epiderme) é afetada. A pele fica vermelha e quente e hásensação de calor e dor (queimadura simples).

Queimadura de 2º grau: às características da queimadura de 1º grau, junta-se aexistência de bolhas com líquido. Esta queimadura já atinge a derme e é bastantedolorosa (queimadura mais grave).

Queimadura de 3º grau: às características das queimaduras anteriores, junta-sea destruição de tecidos. A queimadura atinge tecidos mais profundos provocandouma lesão grave e a pele fica carbonizada (queimadura muito grave). A vítima podeentrar em estado de choque.

O que se deve fazer:

Se a roupa estiver arder, envolver a vítima numa toalha molhada ou, na sua falta,faze-la rolar pelo chão ou envolve-la num cobertor (cuidado com os tecidossintéticos);

Se a vítima se queimou com água ou outro tipo de líquido a ferver, despi-larapidamente;

Deve-se arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, comágua fria corrente;

É difícil avaliar a profundidade da queimadura, portanto deve haver um,transporte para ao Hospital.

O que não se deve fazer:

Retirar qualquer pedaço de tecido que tenha ficado agarrado à queimadura; Rebentar as bolhas ou tentar retirar a pele das bolhas que rebentaram; Aplicar sobre a queimadura outros produtos além dos referidos.

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1.12.22 - Reanimação

O que deve fazer perante uma pessoa inerte, em estado de morteaparentemente:

Procurar descobrir e eliminar a causa da situação; Verificar se respira; Verificar se o coração bate.

O que deve fazer se a vitima respira:

Desapertar a roupa; Colocar a vítima na posição lateral de segurança – pág.44. Mantê-la confortavelmente aquecida.

O que deve fazer se a vitima não respira:

Deve certificar-se de que as vias respiratórias se encontram desobstruídas e, seassim não for, desobstrui-las;

Iniciar a ventilação artificial e mantê-la até que a vitima respire por si; Se o coração não bater após três insuflações rápidas de ar, associar à ventilação

artificial a compressão cardíaca externa (massagem cardíaca) – nota 1; Transportar rapidamente para o Hospital.

Nota 1: Compressão Cardíaca ExternaNo Bebé

Com o bebe deitado de costas sobre uma superfície dura, o socorrista deve colocar osseus dois dedos polegares sobrepostos sobre a ponta do esterno pressionando-o a umritmo de cerca de 100 vezes por minuto.

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Na criançaCom a criança deitada de costas sobre uma superfície dura, o socorrista deve apoiar aspontas dos seus dedos indicadores e médio um pouco acima da ponta esterno,pressionando-o a um ritmo de cerca de 80 vezes por minuto – fig. 1. Se utilizar as duasmãos deverá sobrepor a ponta dos dedos – fig. 2.

Fig. 1 Fig. 2

No jovem adultoCom a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura, o socorrista deve apoiar apalma da mão cerca de 3 cm acima da ponta do esterno e colocar a outra mãosobreposta pressionando o esterno a um ritmo de 80 vezes por minuto – fig. 3.

Fig. 3

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1.12.23 - Traumatismo craniano

Os sintomas associados ao traumatismo craniano são: ferida do couro cabeludo ouhematoma; perda de conhecimento; diminuição da lucidez; vómitos; perturbação doequilíbrio; uma das pupilas dilatadas; paralisia de qualquer parte do corpo e saída desangue ou líquido Céfalo-raquidiano pelo nariz, boca e ouvidos.

O que se deve fazer:

Acalmar a vítima; Coloca-la sobre uma superfície dura, sem almofadas, entre dois lençóis enrolados; Mantê-la confortável; Mantê-la confortavelmente aquecida; Encaminhar de imediato para o Hospital.

1.12.24 - Traumatismo na face

O que se deve fazer:

Limpar cuidadosamente o nariz e os olhos da vítima para que não haja obstruçãodas vias respiratórias e da visão;

Coloca-la em posição semideitada; Encaminhar de imediato para o Hospital.

1.12.25 - Traumatismo Torácico

Este traumatismo pode ser considerado grave por poder afetar a ventilação se houverperfuração do pulmão. Nesse caso a vítima pode apresentar um ou mais dos seguintessintomas: dificuldades respiratórias; lábios e unhas roxas; pulso fraco e rápido; agitaçãoe confusão e delírio.

O que se deve fazer:

Acalmar a vítima; Coloca-la em posição semi-sentada e recostada sobre a zona atingida; Se existir ferimento, cobri-lo com compressas embebidas em vaselina para impedir

a entrada de ar. Encaminhar de imediato para o Hospital.

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1.12.26 - Traumatismo da coluna vertebral

Deve-se suspeitar sempre se lesão da coluna cerebral se a vitima após o traumatismo,apresenta os seguintes sintomas: impossibilidade de fazer movimentos; dor no local dotraumatismo; sensação de “formigueiro” nas extremidades (mãos/pés) e insensibilidadede qualquer parte do corpo.

O que se deve fazer:Com a ajuda de outras pessoas, colocar a vítima num plano horizontal respeitando oeixo do corpo.

Fazer tração da coluna vertebral esticando a vítima pelos pés e pela cabeça,como indica a figura, e mantê-la nesta posição até chegar a ambulância.

Encaminhar de imediato para o Hospital.

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1.12.27 - Traumatismo Abdominal

É uma lesão provocada por Acão mecânica sobre o abdómen (queda ou pancada)capaz de causar fratura ou rutura de vísceras.

Os sintomas são: dor local, sede e pulso progressivamente mais rápido e mais fraco.Em casos mais graves temos: palidez; suores frios; arrefecimento, sobretudo dasextremidades; zumbido e alterações do estado de consciência.

O que se deve fazer:

Acalmar a vítima e mantê-la acordada; Cobrir a ferida, se existir; Colocar a vítima em posição semi-sentada com as pernas fletidas; Mantê-la confortavelmente aquecida; Transporta-la de imediato para o Hospital.

O que não se deve fazer:

Dar-lhe de comer e beber.

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1.12.28 - Ventilação

AtençãoSe o socorrista puder dispor da ajuda de outra pessoa torna-se mais fácil a reanimação,porque enquanto um faz sem interrupção a compressão cardíaca, o outro executa aventilação boca-a-boca: duas insuflações de ar de 30 em 30 compressões cardíacas –(fig. 4).

Fig 4

Se o socorrista estiver só, terá de ser ele a executar ambas as manobras: 2 insuflaçõesde ar, 30 compressões cardíacas, 2 insuflações de ar, e assim sucessivamente. Quandoo coração começar a bater, suspender a compressão cardíaca mas manter a ventilaçãoate a vítima respirar por si. Logo que a vitima respire normalmente, coloca-la e PosiçãoLateral de Segurança – pág.44 – e mantê-la confortavelmente aquecida.

Transportar a vítima para o Hospital, logo que possível.

Quando a respiração for interrompida, deve-se fazer respiração boca-a-boca.

O que se deve fazer:

Verifique se a via respiratória não está obstruída; Estique o pescoço da vítima para que o ar possa passar: ponha uma mão na

nuca e levante o pescoço; apoie a outra mão na testa e force a cabeça para trás; Em seguida, abra a boca, pressione a língua para baixo e veja se não há algum

objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Se existir, remova-o com osdedos;

Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenhaesticado o pescoço da vítima e comece a respiração artificial;

Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa; Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vítima (se for uma

criança, cubra também o nariz com sua boca);

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Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente, como numa respiraçãonormal. Use força com adultos, suavidade com crianças;

Retire a sua boca, para que a pessoa possa expirar; Mantenha o ritmo de 18 a 20 respirações por minuto. Verifique sempre se a

vítima não está a recuperar os movimentos respiratórios; Se a vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie a

sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.

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1.13 - Posição lateral de segurança

A posição Lateral de Segurança (PLS) deve ser utilizada em toda a pessoa inconscienteporque permite uma melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.

O que se deve fazer:

Com a vítima deitada colocar a cabeça em hiperextensão e de lado para impedira queda da língua para trás e a sufocação por sangue, vómito ou secreções.

Por o braço do lado para onde virou a cabeça ao longo do corpo; Fletir a coxa do outro lado; Rodar lentamente o bloco cabeça- pescoço- tronco; Manter a posição da cabeça para trás e para o lado, mantendo a boca aberta.