guia de lagartos da reserva ducke

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Page 1: Guia de lagartos da reserva ducke

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Page 2: Guia de lagartos da reserva ducke

Este livro foi produzido com recursos do INPA, CNPq e PPBio/MCT

This book was produced with resources from INPA, CNPq and PPBio/MCT

Autores/Authors ::

Laurie Vitt

William E. Magnusson

Teresa Cristina Ávila Pires

Albertina Pimentel Lima

Coordenadores/Coordinators ::

William E. Magnusson

Albertina Pimentel Lima

Projeto gráfico e produção/Graphic design and production ::

Áttema Design Editorial Ltda • www.attema.com.br

Foto da capa :: Kentropyx calcarata

Cover photo :: Kentropyx calcarata

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MANAUS • 2008

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Page 6: Guia de lagartos da reserva ducke

Copyright © 2008 by William Ernest Magnusson

Todos os direitos reservados.

Coordenação editorialWilliam E. MagnussonAlbertina Pimentel Lma

Capa, projeto gráfico, diagramação e produçãoÁttema Design Editorial • www.attema.com.br

FotosDos autores, exceto as fotos indicadas na página 173

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPADiretor: Adalberto Luís Val

Rua Barroso, 355, 2º andar, salas G/H • CentroCEP 69.010-050 • Manaus • AM • Brasil

Tel.: 55 (92) 3622.1312 • Tel./Fax: 55 (92) 3633.3637 • [email protected]

www.attema.com.br

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central =Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke, Central Amazonia /Vitt et al. – Manaus : Áttema Design Editorial, 2008.

176 p.: il.

ISBN: 978-85-99387-02-3

1. Herpetologia. 2. Lagartos Squamata. 3. Reserva Adolpho Ducke.4. Vitt, Magnusson, Pires, Lima.

CDD - 597.8

Bibliotecária: CRB

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Page 7: Guia de lagartos da reserva ducke

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How to use this Guide Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Prefácio Preface

razilians are extremelyfortunate to possess manyof Earth’s most interestinganimals. Biodiversity in Brazil

is higher than in most othercountries. Fortunately, a fairlylarge 10 km by 10 km naturereserve, the Reserva FlorestalAdolpho Ducke (RFAD), has beenset aside in the heart of theAmazon region in an attempt topreserve some of Brazil’sbountiful natural heritage.Unfortunately, this reserve islocated just outside Manaus, acity of almost two million people– inevitably, the city will graduallygrow around the reserve,eventually completelyencompassing it when biodiversitywill decline and the reserve willbecome a large urban park.

Like its companion volume on thebeautiful frogs of this area (Limaet al., 2006), this informative bookon the Ducke Reserve’s gorgeous

s brasileiros são extremamen-te afortunados por possuiremmuitas das espécies de ani-mais mais interessantes da

Terra. A biodiversidade no Brasil émaior do que na maioria dos ou-tros países. Felizmente, uma reser-va natural razoavelmente grande,de 10 km por 10 km, a ReservaFlorestal Adolpho Ducke (RFAD), foimantida no coração da região ama-zônica numa tentativa de preser-var parte da grande herança na-tural do Brasil. Infelizmente, estareser va está localizada nosarredores de Manaus, uma cidadecom quase dois milhões de pessoas– inevitavelmente, a cidade vaicrescer gradualmente ao redor dareserva, cercando-a completamen-te, quando a biodiversidadediminuir, e a reserva se tornará umgrande parque urbano.

Como seu volume-irmão sobre oslindos sapos desta área (Lima et al.,2006), este livro informativo sobreos belos lagartos da RFAD será devalor inestimável para qualquer

O B

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia

um interessado na incrível faunado Brasil. Escrito para leigos, fácilde usar e atraente, este guia decampo fornece aos leitores expli-cações detalhadas sobre o compor-tamento e a ecologia dos lagartos.Bem ilustrado, com fotografiasesplêndidas e belos desenhos, foiescrito em formato bilíngüe em co-lunas duplas, com português e in-glês lado a lado. Este livro tambémfornece uma classificação evoluti-va e deve permitir que qualquerpessoa identifique qualquer umadas 35 espécies de lagartos encon-trados na Reserva Florestal Adol-pho Ducke.

Este elegante guia de campo deveser útil para uma ampla varieda-de de pessoas, incluindo ecotu-ristas e o público em geral. Faci-litará a identificação de espéciesde lagartos com suas fabulosasfotografias e descrições precisas.Estudantes iniciantes ou outrosbiólogos que queiram aprendersobre lagartos amazônicos gos-tarão deste livro. Este guia foiescrito especificamente para la-gartos que são conhecidos ocor-rer nos redores de Manaus, mastambém deverá ser muito útilpara pessoas visitando outraspartes da bacia amazônica cen-tral. Muitas das espécies queocorrem próximo a Manaus têmdistribuições amplas. Até espéci-es proximamente relacionadas aestas, de outras local idades,podem ser identificadas até ogrupo de espécies usando este

lizards will be invaluable toeveryone interested in Brazil’samazing fauna. Written for laypeople, this easy to use, eye-catching, field guide providesreaders with detailed accountsof lizard behavior and ecology.Well illustrated with superbphotographs and nice linedrawings, it is written in a two-column bilingual format withPortuguese and English side-by-side. This book also provides anevolutionary classification andshould allow anyone to identify anyof the 35 lizard species found in theReserva Florestal Adolpho Ducke.

This elegant field guide should beuseful to a wide variety of people,including both ecotourists and thegeneral public. It will facilitateidentification of lizard species withits superb photographs and simplebut accurate descriptions.Beginning students or otherbiologists who want to learnabout Amazonian lizards willappreciate having this book. Thisguide was written specifically forlizards known to occur aroundManaus, but it should also bequite helpful for people working orvisiting other parts of the centralAmazonian basin. Many speciesthat occur near Manaus are muchmore widespread. Even closelyrelated species at other localitiescan be identified to species group

Prefácio

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Page 9: Guia de lagartos da reserva ducke

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How to use this Guide Guide to the Lizards of Reserva Adolpho DuckeContents

Denton A. Cooley Centennial Professor of Zoology at the University of Texas at Austin.

Professor de Zoologia da Universidade Denton A.Cooley Centennial do Texas em Austin.

livro. O editor pretende distribuircentenas de cópias gratuitas desteguia a escolas públicas e a insti-tuições de ensino e pesquisa.

Os únicos outros livros disponí-veis sobre os lagartos da Ama-zônia são um extenso tratadocientífico (Ávila-Pires, 1995) e umguia para os lagartos de Cuya-beno (Vitt & de la Torre, 1996).Espero que este novo guia decampo incentive o interesse emlagartos amazônicos e ajude aspessoas a apreciarem a impor-tância vital da biologia da conser-vação e das reser vas naturaisnuma época em que os humanosdevastam rapidamente todos oshabitats naturais da Terra.

Dr. Eric Pianka

using this book. The publisherplans to distribute hundreds offree copies of this guide to publicschools and to teaching andresearch institutions.

The only other books availableon Amazonian lizards are a largescientific treatise (Ávila-Pires, 1995)and a guide to Cuyabeno lizards(Vitt & de la Torre, 1996).Hopefully, this new field guidewill encourage interest in Brazilianlizards and help people appreciatethe vital importance of conservationbiology and nature reserves at atime when humans are rapidlydevastating all of Earth’s naturalhabitats.

Dr. Eric Pianka

Preface

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia

r imeiramente, agradece-mos aos numerosos herpe-tólogos, passados e atuais,cujas pesquisas de campo

sobre lagartos amazônicos cria-ram as bases para este l ivro.Quatro instituições brasileiras, oInstituto Nacional de Pesquisasda Amazônia (INPA), o InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renová-veis (IBAMA), o Museu ParaenseEmílio Goeldi (MPEG) e o Con-selho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico(CNPq), forneceram apoio logístico.Parte da pesquisa que resultouneste livro foi apoiada através debolsas da NSF (DEB-9200779e DEB-9505518) a L. J . Vitt,J . P. Caldwel l e Sam NobleOklahoma Museum of NaturalHistory, e parte foi financiadapor bolsas de pesquisa e inter-câmbio cientí f ico do CNPq eCAPES para W. E. Magnussone A.P. Lima. Somos muito gratosa Edivaldo Vasconcelos, Bill Quat-

Agradecimentos Acknowledgments

P e first acknowledge themany herpetologists, pastand present, whose fieldresearch on Amazonian

lizards forms the foundation forthis book. Four Brazilianagencies, Instituto Nacional dePesquisas da Amazônia (INPA),Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos RecursosNaturais Renováveis (IBAMA),Museu Paraense Emílio Goeldi(MPEG), and Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científicoe Tecnológico (CNPq) haveprovided immeasurable logisticsupport. Portions of theresearch leading to this bookwere supported by NSF grants(DEB-9200779 and DEB-9505518) to L. J. Vitt andJ. P. Caldwell and the SamNoble Oklahoma Museum ofNatural History, and part wasfinanced by grants for scientificinterchange from CNPq andCAPES to W. E. Magnusson and

W

Agradecimentos

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How to use this Guide Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

man, Goretti Pinto, Ayres Lopese Rafael de Fraga por ter ajuda-do na coleta de lagar tos nocampo. Marinus Hoogmoed corri-giu nossos erros e cuidadosamenteleu as chaves.

A. P. Lima. We are vary gratefulto Edivaldo Vasconcelos, BillQuatman, Goretti Pinto, AyresLopes e Rafael de Fraga for theirefforts in collecting lizards.Marinus Hoogmoed correctedsome of our early mistakes andcarefully read the keys.

Acknowledgments

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Page 12: Guia de lagartos da reserva ducke

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este GuiaSumário

Como os lagartosfogem de predadores

How lizards escapefrom predators

Introduction

Sumário Contents

13

14

19

20

21

24

Introdução

A Reserva Ducke

Biologia de Lagartos

Lagartos são venenosos?

O tamanho de um lagarto

A temperatura dos lagartos

Onde vivem os lagartos

The Ducke Reserve

Biology of Lizards

Are lizards venomous?

Lizard Size

Lizard temperatures

Where lizards live27

30

37/39

40

O que os lagartos comem What lizards eat

O que mata os lagartos What kills lizards

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How to use this Guide Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Lizard scientific classification

Iguanidae

Amphisbaenidae

Gekkonidae

58

Amphisbaenidae60 Amphisbaena alba62 Amphisbaena fuliginosa64 Amphisbaena slevini

66

Gekkonidae68 Coleodactylus amazonicus70 Gonatodes humeralis72 Hemidactylus mabouia74 Pseudogonatodes guianensis76 Thecadactylus rapicauda

78

Iguanidae80 Iguana iguana82 Anolis fuscoauratus84 Anolis nitens nitens86 Anolis ortonii88 Anolis philopunctatus90 Polychrus marmoratus92 Plica plica94 Plica umbra umbra96 Tropidurus hispidus98 Uracentron azureum azureum

100 Uranoscodon superciliosus

Como os lagartosse reproduzem Lizard reproduction

A classificação dos lagartos

42

48/47

51

Contents

How to use this guideComo usar este guia

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Page 14: Guia de lagartos da reserva ducke

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia

Teiidae

Gymnophthalmidae

Referências Bibliográficas References

140/154141/155149/163

168173174175

Créditos das fotos Picture credits

Autores Authors

Financiadores Financial Support

106

Gymnophthalmidae108 Alopoglossus angulatus110 Arthrosaura reticulata112 Bachia flavescens114 Bachia panoplia116 Iphisa elegans118 Leposoma sp.120 Leposoma percarinatum122 Neusticurus bicarinatus124 Ptychoglossus brevifrontalis126 Tretioscincus agilis

Chave de Campo Field Key

Chave Morfológica Morphological Key

Scincidae102

Scincidae104 Mabuya nigropunctata

128

Teiidae130 Ameiva ameiva132 Cnemidophorus sp.134 Crocodilurus amazonicus136 Kentropyx calcarata138 Tupinambis teguixin

Chaves de Identificação Identification Keys

Sumário

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Page 15: Guia de lagartos da reserva ducke

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Introduction Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

O TIntrodução Introduction

propósito deste guia éapresentar ao público emgeral, a estudantes e cien-tistas, os lagartos da Reser-

va F loresta l Adolpho Ducke(RFAD), os quais representamuma parte expressiva dos lagar-tos da Amazônia e, em particu-lar, do componente das Guianas(que inclui a Amazônia brasileiraao norte do rio Amazonas e aleste do rio Negro, a GuianaFrancesa, Suriname, Guiana epartes da Venezuela e Colôm-bia). Apresentamos inicialmenteuma descrição da RFAD, seguidade uma visão geral do que sãoos lagartos e o que fazem. Es-sas informações ajudarão o lei-tor leigo a entender as seções se-guintes, que incluem descriçõesde cada espécie, organizadas ta-xonomicamente. Anexamos aofinal, uma chave para a identifi-cação dos lagartos no campo euma chave mor fológica paraidentificação dos lagartos apóssua captura.

he purpose of this book isto introduce the generalpublic, students, andinterested scientists to the

lizards of the Reserva FlorestalAdolpho Ducke (RFAD), whichconstitute a large subset of thelizards of Amazonia, especiallythe fauna of the Guiananregion, which includes BrazilianAmazonia north of the rioAmazonas and east of the rioNegro to French Guiana,Suriname, Guyana, and partsof Venezuela and Colombia. Wefirst introduce RFAD. We thenpresent an overview of whatlizards are,and what they do,to help the lay readerunderstand the sections thatfollow, that include accounts ofindividual species arrangedtaxonomically. After the speciesdescriptions, we provide a keyfor identification of lizards inthe field, and a morphologicalkey for those with a backgroundin herpetology.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Introdução

A Reserva DuckeA Reserva Florestal Adolpho Ducke(RFAD) foi criada em 1963, quandoa área passou a pertencer ao Insti-tuto Nacional de Pesquisas da Ama-zônia (INPA). Originalmente preten-dia-se utilizar a reserva para experi-mentos intensivos de silvicultura,porém plantações silviculturais nun-ca ocuparam mais que algumasdezenas de hectares perto da bor-da oeste. Em 1972 a área foi decla-rada “Reserva Biológica”. Com umaextensão de pouco mais de 100 km2

e a maioria das fontes de seuscursos de água perto de seu cen-tro, a reserva representa um ecos-sistema relativamente autônomo,apesar de estar circundada pela ci-dade de Manaus. Em breve será omaior parque urbano do mundo.

The Ducke ReserveReserva Florestal Adolpho Ducke(RFAD)was created in 1963 whenownership of the area wastransferred to the NationalInstitute for Amazonian Research(Instituto Nacional de Pesquisasda Amazônia — INPA). The reservewas originally designated forextensive forestry experiments,although forestry plantationsnever covered more than severaldozen hectares near the westernborder. In 1972, the area wasofficially designated as a biologicalreserve. Covering an area ofslightly more than 100 km2,and with the sources of mostof its watercourses near itscenter, the reserve represents

a relativelyautonomousecosystem, despitebeing nearlysurrounded by thecity of Manaus. Itwill soon be one ofthe world’s largesturban parks.

Imagem de satéliteda Reserva FlorestalAdolpho Ducke, 2006.(Fonte: INPE/NASA)

Satellite image ofReserva FlorestalAdolpho Ducke, 2006.(Source: INPE/NASA)

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Introduction Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Muitos estudos clássicos de siste-mas florestais tropicais foram con-duzidos na RFAD e, em 1988, areserva foi declarada, junto comoutras reservas biológicas do INPApróximas a Manaus, como um dosprimeiros sítios de estudos ecoló-gicos de longa duração do Brasil.Além de um local para pesquisabásica, a RFAD serve como umasala de aula natural para educa-ção ambiental. A maioria dos prin-cipais filmes sobre a Amazôniaproduzidos nas últimas décadasincluiu cenas filmadas na RFAD.Por causa da poluição das águassubterrâneas em Manaus, a reser-va logo se tornará a única fontede água para uso recreativo den-tro dos limites da cidade. Em 1988foi assinado um convênio com aPrefeitura de Manaus permitindoa transformação da borda sul dareserva em um jardim botânico.Essa iniciativa teve a dupla fun-ção de permitir o acesso do públi-co à reserva, ao mesmo tempocriando uma zona de amorteci-mento contra a expansão urbana.

A RFAD é parte integrante de al-guns importantes programas cien-tíficos em andamento hoje na Ama-zônia Brasileira, figurando como Sí-tio #1 no Programa de Pesquisade Longa Duração (PELD) do Con-selho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico - CNPq,e no Programa de Pesquisa emBiodiversidade (PPBio) do Ministé-rio de Ciência e Tecnologia - MCT,ambos fundamentais na instalação

Many landmark studies of tropicalforest systems have been carriedout in RFAD. It is part of, and

figures as Site #1, for many of themost important scientificprograms currently under way inthe Brazilian Amazon, such as theLong-Term Ecological Research(PELD) program of the ConselhoNacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico - CNPq,and the Program for Research inBiodiversity (PPBio) of the Ministryof Science and Technology - MCT,both of which were fundamentalto the installation of the researchinfrastructure that resultedin this book.

Alunos da rede escolar municipalparticipantes em um estudode lagartos na RFAD.

Local school children thatparticipated in a study of lizardsin RFAD.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Introdução

da infraestrutura de pesquisa decampo que resultou neste livro.

A RFAD já contribuiu muito com aciência e para a apreciação dopúblico sobre a necessidade deconservar a floresta amazônica.No entanto, por causa de seu cres-cente isolamento em relação aoutras áreas florestadas e das pres-sões de uma cidade de cerca dedois milhões de habitantes, areserva necessita de um retorno daciência, na forma de planos demanejo viáveis que possam garan-tir a manutenção dos processosbásicos ao nível de populações,comunidades e ecossistemas. Paratanto, é importante sintetizar oque se conhece sobre a biodiversi-dade da reserva, para que a próxi-ma geração de pesquisadores nãoprecise buscar novamente as infor-mações necessárias para identificar osprincipais elementos de sua fauna.Este livro trata dos lagartos, ani-mais considerados organismos-modelo para pesquisas ecológicas.

Utilizamos aqui a definição popu-lar de lagartos, sem incluirmos omaior grupo evolutivo de lagartossem pernas, as cobras (ofídios),ainda que muitas das espécies delagartos tratadas neste livro sejamparentes mais próximos das cobrasdo que o são dos outros lagartos(ver seção seguinte). Essa foi umadecisão pragmática, tendo emvista que a fauna de ofídios nãopoderia ser tratada de uma manei-ra tão completa como a dos lagar-tos, e que a maioria das informa-

As well as a site for basicresearch, RFAD servesas a natural classroom forenvironmental education. Most ofthe dozens of major films aboutAmazonia produced in the lastfew decades have includedscenes from RFAD. Pollution ofthe groundwater in Manausmeans that RFAD is the onlysafe source of fresh water forrecreational use within the citylimits. In 1988, an agreement wassigned with the Manaus CityCouncil that allowed thesouthern perimeter of RFAD tobe designated as a botanicalgarden. This provides access bythe public to the reserve andserves as a barrier againstuncontrolled urban expansion.

RFAD has given much toscience and the public’sappreciation of the need toconserve the Amazon forest.However, its increasingisolation and pressures from acity of nearly 2 million peoplemeans that the reserve nowneeds returns from science inthe form of viable managementplans that will ensure themaintenance of basic ecosystem,community, and populationprocesses. It is thereforeimportant to summarize what isknown about the biodiversity ofthe reserve so that the next

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Page 19: Guia de lagartos da reserva ducke

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Introduction Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

ções sobre as cobras da reservaestão disponíveis em Martins(1998). Além disso, o número delagartos é tal, que pesquisadores nãoherpetólogos, educadores e guiasturísticos podem rapidamenteaprender a reconhecer todas ou amaioria das espécies.

Muitos turistas chegam na Amazô-nia esperando ver animais grandes,como podem ser vistos nas planíci-es da África, e muitas vezes saemdesapontados. Os guias turísticospoderiam desfazer a impressão deuma floresta vazia, se eles chamas-

generation of researchers will nothave to painstakingly accumulatethe information necessary toidentify the principal elements ofthe fauna. This book deals withthe lizards, animals that havebeen considered model organismsfor ecological research.

We have used the populardefinition of lizards and have notincluded the largest evolutionarygroup of legless lizards, snakes,even though many of the speciesof lizards treated in this book aremore closely related to snakesthan they are to the other lizards(see following section). This is apragmatic decision as the snakefauna could not be treated asexhaustively as the lizards, andMartins (1998) has collated mostof the available information onthe snakes of the reserve. Thenumber of lizards is alsomanageable in the sense thateducators, researchers who arenot herpetologists, and touristguides can rapidly learn most orall of the species.

Many ecotourists come toAmazonia expecting to see largemammals like those seen on theplains of Africa and often theyleave disappointed. Guides candispel the impression of anempty forest if they can showthe complex tiny world at thetourist’s foot. For example,

Cobras, como esta da RFAD, não sãotratadas neste livro, mas são nada

mais do que um grupo de lagartossem pernas.

Snakes, like this one from RFAD, are notincluded in this book, but are really just a

group of lizards without legs.

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Page 20: Guia de lagartos da reserva ducke

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Introdução

O diminutivo geconídeo,Coleodactylus amazonicus,cabe na ponta de um dedo.Esta fêmea adulta possuí umovo completamenteformado, que pode ser vistoatravés da parede do corpo.

The tiny gecko Coleodactylusamazonicus can fit on the tipof a finger. This adult femalehas a fully formed egg that canbe seen through the body wall.

sem a atenção para o complexomundo dos pequenos animais. Porexemplo, os turistas certamenteencantar-se-iam com as diminutaslagartixas do gênero Coleodactylus,se alguém chamasse sua atençãopara elas. Essas lagartixas são tãopequenas que 10 delas podem sercolocadas lado a lado num dedohumano. Tentamos manter o pre-sente livro tão simples e atrativoquanto possível para que seja útil aturistas e guias, ao mesmo tempoem que incluímos informações

tourists can be enthralledby tiny Coleodactylus geckos ifsomeone takes the time to pointthem out. These geckos are sosmall that 10 could be laid sideby side on a single humanthumb. Our approach has beento try to keep this book assimple and attractive as possibleso that it will be useful totourists and tourist guides,while providing sufficientinformation for accurate

identification and pointers forbeginning researchers. Forcomplete systematic treatmentand review of the literature onAmazonian lizards, the readershould refer to the book byAvila-Pires (1995). For a moregeneral treatment on lizards ofthe world, we suggest Piankaand Vitt (2003).

suficientes para uma identificaçãoacurada das espécies e para orien-tar pesquisadores iniciantes. Parauma visão completa da sistemáticae uma revisão da literatura sobreos lagartos da Amazônia, o leitordeveria consultar a publicação deAvila-Pires (1995). Para um conhe-cimento mais abrangente dos lagar-tos do mundo, sugerimos o livro dePianka & Vitt (2003).

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Page 21: Guia de lagartos da reserva ducke

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

A

Biologiade Lagartos

Biologyof Lizards

T definição popular de lagartocomo um animal recoberto porescamas e com quatro patas,que rasteja na superfície da ter-

ra, não é muito útil. Nem todas asespécies de lagartos têm quatropatas, algumas passam muito tem-po na água ou embaixo da terra, emuitos animais com escamas nãosão lagartos. Para entender o queum cientista chama de lagarto,precisamos conhecer de onde oslagartos se originaram. Há aproxi-madamente 150 milhões de anos,no Jurássico superior, muitos dosgrupos taxonômicos modernos delagartos apareceram no registrofóssil. Todos os lagartos e cobrasatuais apresentam órgãos sexuaispares nos machos, denominadoshemipênis. Essa é uma das muitascaracterísticas únicas que definemo grupo de répteis chamado Squa-mata. Embora os grupos moder-nos de cobras e lagartos sejam

he popular definition of alizard as a scaly animal withfour legs that runs around onland turns out not to be very

useful. Not all lizards have fourlegs, some spend much of theirtime in water or underground,and many scaly animals are notlizards. To understand what ascientist calls a lizard, we haveto think about where they camefrom. Many of the moderntaxonomic groups of lizardsappeared in the fossil recordabout 150 million years ago, inthe Late Jurassic. All extant lizardsand snakes have paired sexualorgans in males, calledhemipenes, one of many uniquecharacteristics that define thereptilian group Squamata.Although modern lizards andsnakes are relatively recent, somereptiles believed to be squamates,

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Page 22: Guia de lagartos da reserva ducke

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

relativamente recentes em termosevolutivos, alguns répteis que seacredita seriam Squamata, datamde mais de 250 milhões de anosatrás, do período Permiano.

Lagartos são venenosos?Se você usa a definição comum delagartos, e vive na Amazônia, podeconsiderar que lagartos não sãovenenosos. No entanto, lembreque cobras são essencialmente la-gartos sem pernas. Uma linhagemgrande de lagartos, que inclui ascobras, tem glândulas salivares

date back to the Permian, morethan 250 million years ago.

Are lizards venomous?If you use the common definitionof a lizard, and live in Amazonia,you can consider that lizards arenot venomous. But, rememberthat snakes are essentially lizardswithout legs. One lineage oflizards, which includes the snakes,has salivary glands capable ofproducing complex molecules thatdigest, and potentially envenom,

Uma representação esquemática das prováveis relações evolutivas dos Squamata(lagartos e cobras). As famílias que ocorrem na RFAD aparecem em vermelho.Observe que o grupo das Serpentes (cobras) está entre o dos lagartos e tem omaior número de espécies. Outros lagartos, como os da família Amphisbaenidae,também têm espécies sem pernas.

A schematic representation of the probable evolutionary relationships among theSquamata (lizards and snakes). The families that occur in RFAD are shown in red.Note that the group with the largest number of species, Serpentes (snakes), is nestedwithin the other lizard radiations. Other lizard groups, such as the Amphisbaenidaealso have species that lack legs.

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Page 23: Guia de lagartos da reserva ducke

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

que são capazes de produzir mo-léculas complexas que digerem, epotencialmente envenenam, osanimais que eles mordem. Noentanto, estas glândulas somentese desenvolveram a ponto de ofe-recer uma ameaça a pessoas emalguns dos lagartos sem pernasque nós convencionalmente cha-mamos cobras (mas nem todas ascobras são venenosas), em duasespécies de lagartos que vivem noMéxico e sul dos Estados Unidos(Gila Monster, Beaded Lizard) e no“Dragão de Komodo” do Sudesteda Ásia. Nenhuma das espécies delagartos da Amazônia ofereceperigo a pessoas (mas lagartosgrandes podem morder com for-ça). Em vários lugares do Brasilacredita-se popularmente quealguns lagartos, como a osga oulagartixa encontrada comumenteem casas e introduzida da África,são venenosas. Essas crenças,como a do boto vermelho que virahomem e engravida meninas ino-centes em noites de festa, são so-ciologicamente interessantes, masnão devem nos levar a temer es-sas pequenas criaturas inócuas.

O tamanhode um lagarto

As espécies de lagartos da RFADtêm tamanhos que variam de45 mm de comprimento total e0,2 g de peso (Coleodactylus ama-zonicus) a cerca de 1,5 m e pelomenos 3,5 kg (Iguana iguana).Grande parte do comprimento de

animals that they bite. However,these glands only developedto the point of offering a threat tohumans in some of the lizardswithout legs that weconventionally call snakes (but notall snakes are venomous), in twospecies of lizard (Gila Monster,Beaded Lizard) that live in thesouth of the USA and in Mexico,and the Komodo Dragon fromSoutheast Asia. No species oflizard from Amazonia represents adanger to humans (but the largerones do have a powerful bite).In several places in Brazil, peoplebelieve that some lizards, such asthe introduced house gecko, arevenomous. These tales, like thoseof the pink dolphin that turns intoa man and seduces innocent girlsduring festivals, are sociologicallyinteresting, but they should notcause us to fear these harmlesscreatures.

Lizard Size

Lizard species at RFAD have adultbody sizes that vary from 45 mmtotal length and 0.2 g in mass forColeodactylus amazonicus toabout 1.5 m and at least 3.5 kgfor Iguana iguana. Much of alizard’s body consists of the tail.The tail may be used as acounterbalance when runningand jumping, it may be prehensilein climbing species, some species

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

um lagarto consiste da cauda. Acauda pode ser usada como con-trabalanço enquanto o lagartocorre ou pula, pode ser preênsil emespécies arborícolas, algumas es-pécies usam-na como um chicotepara se defender de predadores ouas soltam quando em fuga. Emmuitas espécies, a cauda tem tam-bém a função de armazenargordura para os períodos decomida menos abundante, ouquando o clima restringe a ativi-dade por períodos prolongados.Ainda assim, usualmente indivídu-os podem sobreviver sem suas cau-das se as perdem para um preda-dor, e a parte perdida pode serregenerada em algum grau.

A perda da cauda como defesa étão importante que a maioria dasespécies possui planos de fraturaespeciais nas vértebras da cauda,para facilitar sua separação docorpo quando é agarrada por umpredador. Algumas espécies podemmesmo quebrar sua própria caudaantes do predador segurá-la. A ha-bilidade de perder a cauda (proces-so chamado autotomia) podesalvar a vida de um lagarto, mascomplica a mensuração do compri-mento do animal. Caudas regene-radas podem ser tão compridasquanto as originais, mas geralmen-te são mais curtas. Por isso, pes-quisadores usualmente medem ocomprimento do lagarto como adistância entre a ponta do focinhoe a margem posterior da aberturacloacal (comum aos sistemas uriná-

use it as a whip in defenseagainst predators, and manyspecies use it as a storage organfor fat that can be used in timesof food shortage or when theweather restricts activity for longperiods. However, individuals ofmost species can get by withouttheir tail if they lose it to apredator, and most species canregenerate the broken part of thetail to some extent. This sacrificialdefense is so important that mostspecies have special fractureplanes in the vertebrae of the tailto facilitate separation of the tailfrom the body if it is grasped by apredator, and some species canliterally break off their own tailbefore a predator grasps it. Abilityto lose the tail (called autotomy)is a blessing for lizards butcomplicates the measurement oflizard length. Regenerated tailsmay be as long as the originalsbut are usually shorter. Therefore,researchers usually measure lizardlength as the distance from thetip of the snout to the posterioredge of the cloaca, a combinedurinary and fecal aperture that isanalogous to the anus inmammals. This measurement iscalled the snout-vent length (SVL),and it may be equivalent to lessthan a third of the total length ofa lizard with an intact tail. It ismeasured with the lizard lying onits back, but it can be estimated

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

rio e digestivo, análoga ao ânus dosmamíferos). Essa medida, denomi-nada comprimento rostro-cloacal(CRC) ou comprimento rostro-anal(CRA), pode ser equivalente a me-nos de um terço do comprimentototal de um lagarto com cauda in-tacta. O CRC é medido com o la-garto deitado de costas, mas podeser estimado, em lagartos livres,como a distância da ponta do foci-nho à margem posterior da coxa.

Os répteis são muito mais flexíveisno seu crescimento e tamanhomáximo que os mamíferos. Se ascondições estão ruins em um de-terminado lugar ou em um anoparticular, os lagartos podem sim-plesmente crescer menos e assimatingir a maturidade sexual comtamanhos muito menores que ousual. Além disso, alguns lagartosaumentam em peso milhares de

from the distance from the tip ofthe snout to the posterior edgeof the thigh in free-living lizards.

Reptiles are much more flexible intheir growth and maximum sizesthan are mammals. If conditionsare bad at a particular site or in aparticular year, the lizards may justslow down growth, or they maymature at much smaller sizes thanusual. Also some lizards undergoa thousand-fold increase in massbetween hatching and sexualmaturity. Therefore the sizes givenin the accounts, which are basedon data from many Amazoniansites, and occasionally extra-Amazonian sites, should only beused as a rough guide to the sizesexpected for individuals of aparticular species at RFAD.

A cauda quebrada da maioria dasespécies de lagartos pode regenerar,mas a parte regenerada normalmentedifere em forma e cor da cauda original.Esta lagartixa de Bonaire (Gonatodesantilensis) regenerou uma caudabifurcada.

Broken tails of most species of lizard canregenerate, but the regenerated sectionusually differs in form and color from theoriginal. This gecko (Gonatodes antilensis)from Bonaire regenerated a forked tail.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

vezes entre a eclosão e a maturi-dade sexual. Em vista disso, ostamanhos apresentados nas des-crições, que são baseados emdados de muitos locais na Amazô-nia, e ocasionalmente fora da Ama-zônia, devem ser usados somentecomo um guia aproximado dotamanho esperado para indivídu-os da espécie na RFAD.

A temperaturados lagartosMuitas pessoas pensam que os rép-teis têm sangue frio. Em certo sen-tido, essa afirmação é verdadeira.Quando inativos, os lagar tospodem tolerar temperaturas tãobaixas que matariam a maioria dasaves e mamíferos. Contudo, mui-tas espécies, quando ativas, usamenergia solar para manter tempe-raturas corporais mais altas que asdos mamíferos, e mais semelhan-tes às das aves. As diferentes pre-ferências térmicas das espécieslimitam o uso dos habitats peloslagartos e as horas do dia em queestão ativos. Isso pode fornecerindicações valiosas sobre a identi-dade da espécie quando o lagartonão foi visto claramente. Por essarazão apresentamos na tabela aolado, para cada espécie, o micro-habitat que ocupa e os dadosdisponíveis sobre temperatura cor-poral em animais ativos. Essesdados foram obtidos de fontesdiversas, muitas não publicadas.

A maioria das espécies de lagartosestá ativa apenas dentro de uma

Lizard temperaturesMany people think that all reptilesare cold blooded. In a sense thisis true. When inactive, lizards cantolerate low body temperaturesthat would kill most mammalsand birds. However, when active,many species of lizards usesolar energy to maintain bodytemperatures higher thanmammals, and similar to thoseof birds. The different thermalpreferences of the species limittheir use of habitats and times ofday they are active. This providesvaluable clues as to the speciesidentity even when the lizardwas not seen clearly.

Data on body temperaturesgiven here come from a variety of sources and much of it isunpublished. Most species oflizards are active over a limitedrange of body temperatures,but lizards are very goodthermoregulators. Some lizardsare known to be able to maintainbody temperatures of 15°C whenthe air temperature is at thefreezing point of water. Therefore,the availability of sunshine isusually more important thanthe temperature of the air indetermining which lizards willbe active. Some lizards avoiddirect sunlight. Others, calledheliotherms, are only active insituations that would cause

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Comportamentode termorregulação

Microhabitat Temperaturacorporal dolagarto ativoActive body tem-peratures (°C)

Espécies / SpeciesThermoregulatoryBehavior

Microhabitat

1 Estimativa baseada em dados para Anolis punctatus / Estimate based on data for Anolis punctatus.2 Estimativa baseada em dados para Uracentron flaviceps / Estimate based on data for Uracentron flaviceps.

ablaaneabsihpmAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

aenârretbus

naenarretbus

asonigilufaneabsihpmAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

aenârretbus

naenarretbus

inivelsaneabsihpmAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

aenârretbus

naenarretbus

sucinozamasulytcadoeloCocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserretdetamitse72

silaremuhsedotanoGocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

rodalacse

lairosnacs

1.0±2.92

)33-52(

ayuobamsulytcadimeHonruton

lanrutcon

rodalacse

lairosnacs

5.0±9.62

)03-12(

sisnenaiugsedotanogoduesPocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserretdetamitse72

aduaciparsulytcadacehTonruton

lanrutcon

rodalacse

lairosnacs

3.0±9.62

)92-42(

anaugianaugIocimrétoileh

mrehtoileh

alocírobra

laerobra

sutaruaocsufsilonAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

alocírobra

laerobra

2.0±7.82

)43-62(

snetinsilonAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

alocírobra

laerobra

3.0±3.82

)13-62(

iinotrosilonAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

alocírobra

laerobra

5.0±3.03

)13-82(

sutatcnupolihpsilonAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

alocírobra

laerobra

3.0±2.92

)23-62( 1

sutaromramsurhcyloPocimrétoileh

mrehtoileh

alocírobra

laerobra92

acilpacilPocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

rodalacse

lairosnacs

2.0±1.92

)43-62(

arbmuacilPocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

rodalacse

lairosnacs

3.0±8.82

)23-52(

sudipsihsurudiporTocimrétoileh

mrehtoileh

rodalacse

lairosnacs

2.0±1.53

)04-52(

mueruzanortnecarUocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

rodalacse

lairosnacs

6.0±2.13

)73-52( 2

susolicrepusnodocsonarUocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

alocírobra

laerobra

3.0±8.72

)03-42(

atatcnuporginayubaMocimrétoileh

mrehtoileh

rodalacse

lairosnacs

3.0±2.33

)93-22(

sutalugnasussolgopolAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserret

7.0±3.72

)33-52(

ataluciteraruasorhtrAocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserret

2.0±0.72

)03-42(

snecsevalfaihcaBocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

aenârretbus

naenarretbus

ailponapaihcaBocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

aenârretbus

naenarretbus

snageleasihpIocimrétoileh

mrehtoileh

ertserret

lairtserret8.03

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

3 Estimativa baseada em dados para Neusticurus ecpleopus, um gymnophtalmidae semi-aquático semelhante /Estimate based on data for Neusticurus ecpleopus, a similar semiaquatic Amazonian gymnophthalmid.

4 Dados de Mesquita et al. 2006 / Data from Mesquita et al. 2006.

amplitude limitada de temperatu-ras corporais, mas lembre-se quelagartos são termorreguladoresexcelentes. Alguns lagartos podemmanter temperaturas corporais de15° C quando a temperatura do arestá em torno de 0° C. Por isso, apresença do sol normalmente émais importante que a temperatu-ra do ar na determinação de quaisespécies de lagartos estarão ativas.Algumas espécies de lagartosevitam insolação direta. Outras,chamadas heliotérmicas, estãoativas somente em situações quecausariam desmaio por insolaçãoem pessoas. Tendo isso em vista,anotações sobre a posição do la-garto em relação ao sol e à sombrapodem ser dicas importantes sobrea identidade da espécie. Lagartosheliotérmicos são usualmente en-contrados em microclimas quentes,com incidência direta da luz do sol.

sunstroke in humans. Notingwhether the lizard was active inthe sun or the shade can provideimportant clues as to its identity.Therefore, we give a summary oftemperatures and microhabitatsin the table above.

Heliothermic lizards are usuallyfound in warm microhabitatswhere direct sunlight is available.They can maintain theirtemperature well above that ofthe surrounding air and substrateby orienting the body to thesun, by having skin surfaces andcolors that are optimal toabsorb incoming radiation,and by redirecting blood flow tomaintain heat that they acquire.They avoid overheating byshuttling between the sunny andshady places. Lizards that avoid

mutaniracrepamosopeLocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserret

4.0±7.92

)23-82(

amosopeL .psocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserret

sutaniracibsurucitsueNocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ocitáuqaimes

citauqaimes

2.0±0.72

)23-42( 3

silatnorfiverbsussolgohcytPocimrétoileh-oãn

mrehtoileh-non

ertserret

lairtserret

siligasucnicsoiterTocimrétoileh

mrehtoileh

rodalacse

lairosnacs

aviemaaviemAocimrétoileh

mrehtoileh

ertserret

lairtserret

1.0±9.73

04-33( )

surohpodimenC .psocimrétoileh

mrehtoileh

ertserret

lairtserret

sucinozamasurulidocorCocimrétoileh

mrehtoileh

ocitáuqaimes

citauqaimes

4.0±2.13

)53-72( 4

ataraclacxyportneKocimrétoileh

mrehtoileh

ertserret

lairtserret

3.0±7.43

)14-72(

nixiugetsibmanipuTocimrétoileh

mrehtoileh

ertserret

lairtserret

1.1±0.23

)73-62(

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Eles podem manter sua tempera-tura corporal bem acima da tem-peratura do ar e do substrato, porsimplesmente orientar o corpo paracapturar os raios solares, por tersuperfícies de pele e cores ótimaspara absorver calor, e por redire-cionar o fluxo sanguíneo no corpopara manter o calor adquirido. Elesevitam esquentar demais, movi-mentando-se entre lugares expos-tos ao sol e à sombra. Lagartos quesempre evitam a incidência diretade raios solares usualmente têmtemperaturas corporais mais baixasque lagartos heliotérmicos e suastemperaturas são mais próximas àsde seus microhabitats.

Onde vivem os lagartosLagartos ocorrem na maioria doshabitats da terra, com exceção dasregiões polares mais frias e do maraberto. Algumas espécies, como

direct sunlight are active atlower body temperatures thanheliothermic lizards and usuallyhave body temperatures closerto those of their microhabitats.

Where lizards liveLizards occur in most of theworld’s habitats, with theexception of the coldest polarregions and the open sea. Somespecies, such as Dracaenaguianensis and Crocodilurusamazonicus that live around theedges of the Amazon River and itstributaries, are always associatedwith water. Lizards associatedwith water often have laterallyflattened tails with crests tofacilitate swimming, even if theyonly use the water to escapefrom predators. The body of thespecies of Dracaena is so adapted

Muitas espécies de lagartos,como esta Ameiva ameiva

são heliotérmicas etomam sol para manter atemperatura corporal alta

enquanto estão ativas.

Many species of lizards, such asthis Ameiva ameiva, are

heliotherms and bask in thesun to maintain high body

temperatures when active.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

Dracaena guianensis e Crocodilurusamazonicus, que vivem na beira dorio Amazonas/Solimões e seus aflu-entes, sempre estão associadasà água. Os lagartos associados àágua freqüentemente têm caudaachatada lateralmente e com cris-tas, para facilitar a natação, mes-mo que eles usem a água somentecomo um refúgio de predadores.O corpo das espécies de Dracaenaé tão adaptado ao ambiente aquá-tico que eles se parecem com jaca-rés, mas seus dentes são baixos earredondados, adaptados a umadieta de moluscos aquáticos.

to the aquatic environment thatthey look like caimans, but theirteeth are short and roundedfor crushing aquatic snails.

Arboreal lizards generally have longclaws, but the body form dependson whether they use thin branches(long, thin bodies) or trunks of trees(stout flattened bodies). Lizardsthat forage on the ground surfacegenerally have cylindrical bodiesand long hind legs, but the bodyform depends a lot on whetherthey use speed to escape frompredators, remain near refuges in

O Jacuruxi (Dracaena guianensis), com escamas grandes formando placase cristas nas costas, é tão adaptado à vida próximo aos grandes rios quemuitas pessoas acham que se trata de uma espécie de jacaré.

The Alligator Lizard (Dracaena guianensis), with large scales forming plates andcrests on the back, is so adapted to life around large rivers that many peoplethink that it is a species of caiman.

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Os lagartos arborícolas geral-mente têm garras bem desenvol-vidas, mas a forma do corpo de-pende se eles freqüentam galhosfinos (corpos finos e alongados)ou troncos de árvores grandes(corpos robustos e achatados).Lagartos que andam na superfí-cie do chão geralmente têm cor-pos cilíndricos e patas traseirasgrandes, mas a forma do corpodepende muito da estratégiausada para fugir dos predadores.Alguns correm em velocidade,outros permanecem perto de re-fúgios em rochas ou buracos nochão, e ainda outros imitam fo-lhas ou galhos para confundir ospredadores.

Os lagartos fossoriais geralmentetêm pernas muito reduzidas parafacilitar o deslocamento abaixo dochão, e alguns, como a maioriados anfisbenídeos, já não têm maisvestígios externos de patas. Espé-cies do grande subgrupo deSquamata, popularmente conhe-cido como “cobras” (não tratadasneste guia) não têm pernas, emuitos especialistas consideramque elas evoluíram de uma ou maisespécies de lagartos ancestraisque eram fossoriais.

Na RFAD, algumas espécies de la-gartos ocorrem somente sobretroncos de árvores, algumas so-mente na serrapilheira, e outrasusam uma variedade de habitatsterrestres e arbóreos. Ainda outrasvivem nas margens de córregos elagos, e pulam na água quando

rocks or holes in the ground, orimitate leaves and fallen branchesto confuse predators.

Fossorial lizards usually have muchreduced limbs to facilitate movementunder the ground, and some, suchas most amphisbaenids, have lostall vestiges of external limbs. Speciesin the large subgroup of theSquamata, popularly known as“snakes” have no legs, and manyscientists believe that they evolvedfrom one or more ancestral speciesof lizards that were fossorial.

In RFAD, some species of lizardslive only on tree trunks, someonly in the leaf litter, and some

Muitos lagartos arborícolas sãodelgados e possuem garras

afiadas para se segurar em galhosfinos, como este Anolis sp. de

Alter do Chão - PA, que acabou decapturar uma barata.

Many arboreal lizards have slim bodiesand sharp claws so that they can hunt

on fine branches, like this Anolis sp.from Alter do Chão - PA, which has

captured a cockroach.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

perturbadas. O que constitui omicrohabitat depende em grandeparte do tamanho do lagarto. Umaárea de serrapilheira suficientepara englobar o microhabitatinteiro da pequena lagartixa Cole-odactylus amazonicus pode nãopassar de um ponto de passagempara um Tupinambis taguixin degrande porte, cujo microhabitatpoderá abranger a maior parte doselementos terrestres de uma árearelativamente grande. Em geral,não é difícil reconhecer o microha-bitat usado por cada espécie, eessa informação pode ajudar naidentificação do lagarto no campo.

O que oslagartos comemA maioria dos lagartos come princi-palmente insetos e outros inverte-brados, mas alguns comem verte-brados, inclusive outros lagartos, euns poucos são herbívoros. Parece

use a variety of terrestrial orarboreal habitats. Others liveon the edges of streams or lakesand jump into the water whendisturbed. What constitutesmicrohabitat depends somewhaton the size of the lizard. A smallpatch of leaf litter constitutes theentire microhabitat of the tinygecko Coleodactylus amazonicus,but may be nothing more than astepping stone for a large bodiedTupinambis teguixin, whosemicrohabitat might includemost of the terrestrial featuresin the environment.Nevertheless, it is not difficultto recognize the microhabitatsused by most species, and thesecan aid in field identification ofAmazonian lizards.

What lizards eatMost lizards eat mainly insects andother invertebrates, but some eatvertebrates, including otherlizards, and a few are herbivores.Lizards are capable of capturingmost invertebrates, but many are

A maioria dos lagartos, como esteAnolis fuscoauratus, come insetose outros invertebrados, mas algumasespécies comem principalmentevertebrados ou plantas.

Most lizards, such as this Anolisfuscoauratus, eat insects and otherinvertebrates, but some species eatmainly vertebrates or plants.

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

que a maioria dos invertebradospode ser capturada por lagartos,mas alguns são ingeridos com me-nor freqüência do que seria espera-do dada sua abundância e facilidadede captura. Tipos de invertebradosque geralmente são muito peque-nos, como Collembola (colêmbolos)e Acarina (ácaros), formam partesignificativa da dieta somente doslagartos pequenos da serrapilheira,mas os ácaros são comidos em me-nor freqüência do que o esperado.

A maior parte dos lagartos pareceevitar comer formigas, os inverte-brados mais freqüentemente en-contrados na maioria dos habitats.Em termos gerais, formigas repre-sentam uma parte significativa dadieta somente nos lagartos dasubfamília Tropidurinae. Plica um-bra e Uracentron azureum são es-pecialistas em formigas, outros ali-mentos representam uma partemuito pequena de sua dieta. Plicaplica, Tropidurus hispidus e outrostropiduríneos freqüentemente co-mem formigas, mas a proporçãodo volume de alimento ingeridorepresentada por formigas dificil-mente chega a 50%.

Cupins são surpreendentemente ra-ros nas dietas de lagartos da RFAD,considerando que Isoptera é um dosgrupos mais abundantes na floresta.Em áreas mais áridas, cupins repre-sentam uma parte expressiva da die-ta de lagartos que forrageiam ativa-mente, como a maioria dos teiídeos.Possivelmente, a alta abundância de

eaten in much lower frequencythan would be expected fromtheir abundance and ease ofcapture. Invertebrate groups thatare generally very small, such asCollembola (spring tails) andAcarina (mites) constitute asignificant part of the diet only forthe tiny leaf-litter lizards and, evenso, mites are eaten in much lowerfrequency than would be expectedfrom their abundance.

O porte e, conseqüentemente, o tipode presa que um lagarto pode comer

depende do seu tamanho, mas algunslagartos, como este Gonatodes

humeralis, conseguem comer presassurpreendentemente grandes.

The size and, consequently, the typeof prey that a lizard can eat depends on

its size, but some lizards, such as thisGonatodes humeralis, manage to eat

surprisingly large prey.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

outras presas faz com que não valhaa pena cavar para tirar os cupins desuas galerias na floresta chuvosa. Mi-nhocas foram registradas somentena dieta de Gonatodes humeralis eUranoscodon superciliosus, ambasespécies arborícolas e diurnas. Talvezessas espécies não heliotérmi-cas possam capturar minhocasexpostas após chuvas fortes,quando os lagartos que dependemde temperaturas mais altas paracaçar estão entocados. Moluscos fo-ram registrados na dieta de Alopo-glossus angulatus e Neusticurusbicarinatus em outras regiões. Pos-sivelmente moluscos são maiscomuns nas beiras de corpos deágua, onde estas espécies são maisencontradas.

Alguns lagartos, especialmenteIguana iguana, Polychrus marmo-ratus e espécies da família Teiidae,freqüentemente comem flores oufrutos, mas estes normalmenterepresentam uma parte pequenada dieta dos lagartos da RFAD, coma possível exceção de alguns indi-víduos de Tupinambis teguixin, quepodem comer grandes quantida-des de frutos de palmeiras. Iguanaiguana é a única espécie da RFADcuja dieta é especializada em fo-lhas. Essa espécie, como outras nasubfamília Iguaninae, possui mi-crorganismos no trato digestivoque são capazes de digerir celulo-se, que representa grande partedas folhas e caules de plantas.

Em geral, vertebrados só fazemparte da dieta das espécies maio-

Most lizards appear to avoid ants,considering that they are theinvertebrates most frequentlyencountered in most habitats.Ants usually only form asignificant part of the dietfor lizards of the subfamilyTropidurinae. Plica umbra andUracentron azureum are antspecialists; other types of foodsrepresenting only a tiny fractionof their diet. Plica plica,Tropidurus hispidus and othertropidurines frequently eat ants,but the proportion of the foodvolume represented by antsrarely attains 50%.

Termites are surprisingly rare inthe diets of the lizards of RFAD,considering that Isoptera is onethe most abundant groups in theforest. In more arid areas, termitesrepresent a large part of the dietof most widely foraging lizards,such as most teiids. Possibly, thehigh abundance of other preymeans that it is not worthwhileto dig termites out of theirgalleries in rainforest, or they maybe hard to digest. Earthwormshave been recorded only from thediets of Gonatodes humeralis andUranoscodon superciliosus, botharboreal and diurnal species.Perhaps these non-heliothermiclizards can capture wormsexposed after heavy rain, whenthe lizards that require high

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

res, com exceção de Neusticurusbicarinatus que pode comerpequenos peixes. Espécies deporte médio, como Ameiva amei-va, Kentropyx calcarata e Uranos-codon superciliosus, comemocasionalmente ver tebrados,especialmente sapos. Vertebradosrepresentam grande parte da die-ta de Tupinambis teguixin, especi-almente sapos e ovos de aves,jacarés e tartarugas. Em termosgerais, carniça é comida apenaspelas espécies maiores, como

temperatures for foraging are inrefuges. Molluscs have beenregistered in the diets ofAlopoglossus angulatus andNeusticurus bicarinatus in otherregions. Possibly molluscs aremore common around the edgesof water bodies where thesespecies are most frequentlyencountered.

Lizards, especially Iguana iguana,Polychrus marmoratus, andspecies of the family Teiidae,

Apesar de sua aparência agressiva quando ameaçado, esteIguana iguana subadulto, como outros membros de sua espécie, é vegetariano.

Despite its aggressive appearance when threatened, this subadultIguana iguana, like other members of its species, is a vegetarian.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

Tupinambis teguixin, mas até o her-bívoro Iguana iguana já foi regis-trado se alimentando de carniça.

O que está disponível para umlagarto comer depende do micro-habitat e do tamanho do lagarto,mas lagartos não necessariamen-te comem os tipos de alimentosem proporção do que eles encon-tram. Muitos tipos de presas, comolibélulas e sapos, não ocorrem emtamanho pequeno o suficientepara serem comidos pelas espéci-es menores. De fato, as presas dealgumas das espécies maiores,

frequently eat flowers or fruits,but these normally represent asmall part of the diet of thelizards from RFAD, with thepossible exception of Tupinambisteguixin, that sometimes eatslarge quantities of palm fruits.Iguana iguana is the only memberof the subfamily Iguaninae fromRFAD, and the only species with adiet specialized in leaves. Thisspecies, as in other members ofthe subfamily, has specializedmicro-organisms in the digestivetract capable of digesting

Que uma aranha seja predador ou presa de lagartos depende de seutamanho, e a relação nem sempre é clara. Esta osga (espécie introduzida)tentou comer uma aranha, mas o veneno da aranha paralisou o lagarto eambos morrerão.

Whether a spider is a predator or prey of lizards depends on its size, andsometimes the relationship is not clear. This introduced house gecko has triedto eat a spider, but the spider’s venom has paralyzed it and both will die.

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como aranhas, são predadoras dasespécies de lagartos menores. Aforma como a espécie caça tam-bém afeta os tipos de presa queencontra. Lagartos que caçam prin-cipalmente por meio da visãoprecisam se posicionar onde elespossam inspecionar o habitat emvolta, e capturam principalmentepresas em movimento. Tais espé-cies são chamadas predadores sen-ta-e-espera ou de emboscada (amaioria dos lagartos no grupoIguania).

Em contraste, lagartos que sãocapazes de detectar e, o maisimportante, discriminar presas atra-vés de indícios químicos podemencontrar presas, como aranhas emfolhas enroladas e cupins emgalerias, que não estão disponíveispara predadores que se orientamvisualmente. Geconídeos utilizampara isso um sistema nasal olfati-vo, semelhante ao nossosentido do olfato. Em lagartosAutarchoglossa, a língua bífida cap-ta partículas do ar e as leva paraum órgão sensorial no interior daboca, como ocorre com as cobras.A maioria das espécies de Autarcho-glossa movimenta-se a procura depresas (forrageadora ativa). Estudosna RFAD demonstraram que preda-dores senta-e-espera e de forrageioativo na floresta, podem não diferirtanto em sua dieta como ocorreentre lagartos senta-e-espera e deforrageio ativo em desertos e ou-tros ambientes áridos. Por outrolado, o período do dia em que o

cellulose, which constitutesmost of the volume ofleaves and stems.

In general, vertebrates only occurfrequently in the diet of the largerspecies, with the exception ofNeusticurus bicarinatus, whichcan eat small fish. Species ofintermediate size, such as Ameivaameiva, Kentropyx calcarata andUranoscodon superciliosus,occasionally eat vertebrates,especially frogs. Vertebratescontribute a large part of the dietonly for Tupinambis teguixin,especially frogs and eggs of birds,caimans and turtles. Generally,carrion is only eaten by the largerspecies, such as Tupinambisteguixin, but even theherbivorous Iguana iguana hasbeen recorded eating carrion.

What is available to a lizard to eatdepends on its microhabitat andalso its size, but lizard species donot necessarily eat a randomsample of what is available. Manytypes of prey, such as frogs anddragonflies do not exist in smallenough sizes for the smallestspecies to eat them. In fact, preyof some of the largest lizards,such as spiders, eat small speciesof lizards. The way that a specieshunts also affects the types ofprey that it encounters. Lizardsthat hunt primarily by sight mustsit where they can scan the

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lagarto está ativo pode influenciaros tipos de presa disponíveis. Porexemplo, o tropiduríneo senta-e-espera Uranoscodon superciliosuscome muitas minhocas e escorpi-ões que estão ativos somente nocrepúsculo ou depois de chuvasintensas, quando outros lagartosnão estão em atividade.

Como os lagartos de uma mesmalinhagem evolutiva tendem a sersemelhantes em muitas de suas

surrounding habitat, and theycatch mainly moving prey. Suchspecies are often referred to as sit-and-wait or ambush predators(most lizards in the Iguania).In contrast, lizards that usechemical cues to detect and, moreimportantly, discriminate, prey canoften find prey such as spiders inrolled up leaves and termites ingalleries that are unavailable tovisually orientated predators.

A dieta de uma espécie de lagarto depende muito do que esteja disponível nolocal. A dieta de Ameiva ameiva em áreas de savana, como no caso deste indivíduode Alter do Chão - PA, consiste principalmente de cupins. Em contraste, indivíduosdesta espécie em áreas florestadas, como a RFAD, comem poucos cupins.

The diet of a species of lizard depends to a great extent on what is available. The diet ofAmeiva ameiva in savanna areas, such as this individual from Alter do Chão - PA, consistsprincipally of termites. In contrast, individuals of this species in forested areas, such as RFAD,eat few termites.

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características, inclusive tamanho,modo de caçar e, em menor grau,preferências de microhabitat, ahistória evolutiva tem um papelimportante na determinação dediferenças na dieta entre espéciesde lagartos. Lagartos dentro domesmo gênero e família tendema ter dietas semelhantes porterem herdado as mesmas adap-tações de um ancestral emcomum. Por exemplo, todas as es-pécies da subfamília Iguaninae pa-recem ter os microrganismossimbiônticos e as adaptações fisi-ológicas necessárias para digerirfolhas. A capacidade de sobrevivernuma dieta com uma proporçãoalta de formigas parece ter evolu-ído somente em certas linhagens,como os Tropidurinae. Tradicional-mente, pensava-se que as diferen-ças entre espécies seriam respos-tas evolutivas para evitar a com-petição. No entanto, pesquisasrecentes indicam que muitas dasvariações observadas na dietaparecem ser mais o resultado decausas históricas, do que de pro-cessos competitivos atuais.

O que mataos lagartosLagartos, especialmente quandopequenos, têm muitos predadores.Aranhas são provavelmente os pre-dadores mais importantes para asdiminutas lagartixas da serrapilheirae para diversos Gymnophthalmidae.Cobras e aves predatórias comemmuitos lagartos de tamanho médio

Geckos discriminate chemicalcues by means of a nasalolfactory system, similar to oursense of smell. Other lizards inthe Autarchoglossa use theirtongues like snakes to bringchemicals into their mouths.Most autarchoglossans arewide-foraging predators; theymove about in search of prey.Studies on the lizards of RFADhave shown that sit-and-waitand wide-foraging predators inthe forest may not differ asmuch in diet as do sit-and-waitand wide-foraging lizards indeserts and other aridenvironments. However, thetime of day that the lizard isactive may affect the types ofprey available. For instance,the sit-and-wait tropidurine,Uranoscodon superciliosus, eatsmany earthworms and scorpionsthat are only active at dawn anddusk, or after heavy rain, whenother lizards are not active.

Because lizards withinevolutionary lineages tendto be similar in many of theircharacteristics, including size,foraging mode and, to a muchlesser extent, microhabitat use,history plays an important partin determining the differencesin diet among lizards. Lizardswithin the same genus and

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e os filhotes e ovos das espéciesmaiores. Felídeos e outros mamífe-ros pequenos, como coatis, podemmatar os lagartos maiores, especi-almente quando conseguem retirá-los de abrigos durante a noiteou em dias nublados. O serhumano algumas vezes também sealimenta das espécies maiores,sobretudo de Iguana iguana.Os lagartos, contudo, têm enfrenta-do essas ameaças durante milharesde anos. A maior ameaça para todasas espécies de vida silvestre na Ama-zônia, hoje, é a destruição do habi-tat. Como cada espécie de lagarto éadaptada a uma variedade limitadade habitats, dos quais depende paraobter alimento, mudanças no habi-tat mudam os tipos de lagartos quepodem viver no local.

Historicamente, a maior parte daAmazônia esteve coberta porfloresta tropical úmida; savanasabertas e outros lugares quentese ensolarados eram raros. Os des-matamentos estão removendo

family tend to be similar in dietbecause they inherited thesame adaptations from acommon ancestor.For example, all species of thesubfamily Iguaninae appear tohave the necessary simbioticmicro-organisms andphysiological adaptations tolive on a diet of plant leaves.The ability to subsist on a dietwith a high proportion of antsalso appears to have evolvedonly in certain evolutionarylineages, such as theTropidurinae. Traditionally,differences among species werethought to be evolutionaryresponses to avoid competition.However, recent work indicatesthat much of the variation indiet that we see may resultmore from the vagaries ofhistory than any present-daycompetitive processes.

Cobras estão entre os principaispredadores de lagartos. Esta cobra

cipó (Oxybelis aeneus) estáengolindo uma osga diurna

(Gonatodes humeralis).

Snakes are major predators of lizards.This Vine Snake (Oxybelis aeneus)

is swallowing a diurnal gecko(Gonatodes humeralis).

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muito da cobertura florestal e, jun-to, muito do complexo conjunto delagartos terrestres e arbóreostolerantes à sombra, que exploramos inúmeros ambientes disponíveisna floresta tropical primária. Ascomplexas comunidades de lagar-tos da floresta tropical úmidaestão sendo substituídas por pou-cas espécies de áreas abertas,como Ameiva ameiva. Um hectarede uma fazenda ou capoeira podeter quase o mesmo número de la-gartos que a floresta primária, masnunca tem tantas espécies.O número de espécies de lagartosna RFAD aumentará no futuro coma invasão das áreas periféricas dareserva por espécies heliotérmicas.Isso não necessariamente é mal,mas será necessário manejarcuidadosamente o interior dareserva, para se evitar que a faunaoriginal seja substituída por outramais simples e muito menos inte-ressante.

What kills lizardsLizards have many predators,especially when they aresmall. Spiders are probably themajor predators of the tinyleaf-litter geckos and manygymnophthalmids. Snakes andpredatory birds eat many of themedium-sized lizards, and theyoung or eggs of the largespecies. Jungle cats andother small predators such ascoatimundis can kill larger lizards,especially if they can dig themout of their refuges at night oron overcast days. Humanssometimes eat the largestspecies, especially Iguana iguana.However, lizard species have beensuccessfully facing these threatsfor many thousands of years. Themajor threat to all Amazonianwildlife today is the destructionof habitat. Because each lizardspecies is adapted to a limitedrange of habitats, and dependson those habitats for its food,changing the habitat changes thetypes of lizards that can live there.

O desmatamento é a maior ameaça àdiversidade de lagartos amazônicos.

Deforestation is the major threat toAmazonian lizard diversity.

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Como os lagartosfogem de predadoresMuitas espécies de lagartos têmcoloração críptica e são difíceis dedetectar quando imóveis. Umexemplo perfeito é o lagarto ter-restre Stenocercus fimbriatus, quese torna quase invisível contra umfundo de serrapilheira. Outrasespécies usam uma variedade decomportamentos de fuga. Porexemplo, Ameiva ameiva movi-menta-se quase o tempo inteiro,o que a torna facilmente detectá-vel; contudo, são lagartos ágeis,que conseguem escapar de muitospredadores na corrida. Outras,como Uranoscodon superciliosus,são crípticas quando paradas num

Historically, Amazonia wascovered in the most part bycomplex closed-canopy rainforest;open savannas and other hotsunny places were rare.Deforestation is removing muchof the forest cover, and with itmuch of the complex array ofshade-tolerant terrestrial andarboreal lizards that evolved toexploit the myriad environmentsavailable in a primary tropicalrainforest. The complex rainforestlizard communities are beingreplaced by a few species ofterrestrial sun-loving lizards, suchas Ameiva ameiva. There may bealmost as many lizards in ahectare of farmland or regrowthas there is in primary forest, butthere is never anywhere near thenumber of species. The number ofspecies of lizards in RFAD willincrease in the near future as sun-loving open-area species invadethe edges of the reserve. This isnot necessarily a bad thing.However, care will be necessaryto manage the interior of thereserve so that the original faunais not replaced by one that issimpler, and infinitely lessinteresting.

How lizards escapefrom predatorsMany species of lizards arecryptically colored and difficult todetect as long as they do not move.

Alguns lagartos, como este Stenocercusfimbriatus, de Benjamin Constant - AM,são quase imperceptíveis contra umfundo de folhas caídas.

Some lizards, such as this Stenocercusfimbriatus from Benjamin Constant - AM,are almost undetectable against abackground of fallen leaves.

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galho sobre um riacho, mas pulamna água se o predador se aproximardemais. Muitos dos lagartos peque-nos da serrapilheira simplesmentedesaparecem nas camadas de folhasno chão da floresta.

Se o lagarto não consegue perma-necer despercebido, ou correr maisrápido que o predador, pode mor-der ou arranhar o predador comsuas garras. No entanto, nessa situ-ação, a principal defesa da maioria

A good example is the terrestriallizard Stenocercus fimbriatus,which is nearly invisible against abackground of leaf litter. Otherspecies use a variety of behaviorsto escape predators. For example,lizards of the species Ameivaameiva move much of the timeand, as a consequence, are easyto detect; however, they are alertand can escape most predatorsby out running them. Others,such as Uranoscodonsuperciliosus, are cryptic whileperched on a branch over astream but jump into the waterwhen approached too closely.Many of the small lizards that livein leaf litter simply disappear intothe layers of leaves on the forestfloor if a predator approaches.

If the lizard cannot remainunnoticed, or run more quicklythan the predator, it can bite orscratch the predator with itsclaws. However, once caught, theprincipal defense of most speciesis to use autotomy to leave the tailin the predator’s mouth while thelizard escapes. The tail keepswriggling after being broken longenough for the lizard to run away.The tail will take time toregenerate, will not be the sameas the original, and the energyspent in regenerating the tail willnot be available for growth andreproduction, but these costs are

A perda da cauda é um dosprincipais mecanismos de defesados lagartos. Esta cauda quebradade um lagarto do Sudeste da Ásiamostra como os músculos seseparam com um mínimo de perdade sangue.

One of the principal defensemechanisms of lizards is tail loss. Thisbroken tail of a South-East Asian skinkshows how the muscles separatecleanly with minimal blood loss.

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das espécies é usar sua capacidadede autotomia para deixar a cauda naboca do predador enquanto foge. Acauda continua balançando por bas-tante tempo após ter quebrado,dando tempo ao lagarto de fugir.Perder a cauda não é sem custos. Acauda demorará a regenerar, e nãoserá igual a original. A energia gastana regeneração não estará disponí-vel para outras atividades metabóli-cas como crescimento ou reprodu-ção, mas esses custos são, semdúvida, menores que o de virar arefeição completa do predador.

Como os lagartos sereproduzemOs lagartos têm fertilização inter-na, propiciada pela cópula. A mai-oria dos lagartos tropicais põeovos. A viviparidade (caso em queos filhotes nascem diretamente damãe) é mais comumente encontra-da em lagartos de regiões frias,onde as temperaturas não são ade-quadas para incubação no substra-to. No entanto, as espécies doúnico genêro de Scincidae queocorre na Amazônia, Mabuya, pro-duzem filhotes que nascem dire-tamente da mãe. Essas espéciespossuem o sistema de nutriçãoatravés de placenta mais complexoque já foi relatado para qualquerespécie de réptil.

Algumas espécies de lagartos têmnúmero invariável de ovos na de-sova, mas na maioria das espécieso número de ovos em cada deso-va aumenta com o tamanho da

less than the cost of becoming thepredators main meal.

Lizard reproductionLizards have internal fertilization.Most tropical lizards lay eggs, butthe only genus of skink that occursin Amazonia, Mabuya, includesspecies that bear live young(viviparity), a characteristic morecommonly seen in lizards from coldclimates, where temperatures arenot adequate for incubation.Mabuya species have the mostcomplex system of placentalnourishment of fetuses that hasbeen reported for any reptile.

Gekkonideos, como este Thecadactylusrapicauda do Parque Nacional Viruá, RR,

não têm palpebras móveis e usam alíngua para limpar os olhos.

Gekkonids, like this Thecadactylus rapicaudafrom Viruá National Park, RR, do not have

movable eyelids and use the tongue toclean the eye.

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fêmea, e espécies maiores tendema ter mais ovos. Além disso, onúmero de desovas produzido porcada fêmea no decorrer de um anodepende da espécie. Algumas dasespécies menores, como as dogênero Anolis, podem produzirmais ovos ao longo do ano do quealgumas espécies com grande nú-mero de ovos por desova, porquedesovam numerosas vezes duran-te o ano, ainda que um ovo porvez. Alguns lagartos desovam emninhos comunais, de forma quenem sempre é possível determinaro número de ovos numa desovacom base no número de ovos numninho. De fato, algumas das mai-ores desovas comunais são produ-zidas por espécies que individual-mente põem um a dois ovos.

Some species of lizards have clutchsizes that do not vary, but formany species, the number of eggsin each clutch increases with thesize of the female, and largerspecies tend to have more eggs.Also, the number of clutchesproduced by each female duringa year depends on the species.Some of the small species, such asthe Anoles, may lay more eggsover the course of a year thansome species that have largeclutch sizes, because they producemany clutches, each with a singleegg. Some lizards lay their eggs incommunal nests, so it is notalways possible to determine theclutch size of individual femalesfrom the number of eggs in a nest.In fact, some of the largercommunal clutches are producedby species that individually lay onlyone or two eggs.

Eggs need to be laid in placesthat will not flood, that haveadequate temperatures fordevelopment of the embryos,and that will not be easily foundby predators. Each species hasits own solution for thesechallenges. Some search forappropriate soils, others lay theireggs in hollow trees, under bark,in the leaf litter, under palmsheaths, or other specific places.Eggs of most species in RFADcan develop at the temperatures

Os lagartos, como todos os répteis,têm fertilização interna e o casalprecisa copular antes da desova.

Lizards, like all other reptiles, have internalfertilization, and the pair has to copulatebefore the eggs are laid.

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Os ovos precisam ser colocadosem locais que não inundam, tertemperaturas adequadas paradesenvolvimento dos embriões, eonde não serão descobertos facil-mente por predadores. Cadaespécie encontrou uma soluçãodiferente para estes desafios. Algu-mas procuram solos com boascaracterísticas, outras colocam osovos em troncos ocos, sob a cascade árvores, no folhiço, na bainhade folhas de palmeiras, ou outroslugares específicos. Os ovos damaioria das espécies da RFADpodem se desenvolver nas tempe-

available in the shadow of theforest. However, the eggs of somespecies (e.g., Iguana iguana) needhigher temperatures. Thesespecies seek open places thatreceive direct sunlight to warm theeggs buried tens of centimetersbelow the surface.

Males and females are presentin the majority of lizard species,and males compete for theopportunity to mate with afemale and father her offspring.In species in which males fightphysically for females, malestend to be larger than females.In these species, females tend toprefer larger males, and malestry to impress the female byadopting postures that makethem look larger, such asadopting a lateral position,with the body raised and inflated.In species in which males do notdirectly fight for females, femalesare usually of the same size, orlarger than, the males. Largerfemales have the advantage ofbeing able to produce more eggs.

Reproductive males usually havedifferent colors than females,especially in species where malesare smaller than females. However,such a strategy may also attractthe attention of predators. Inactively foraging species, whosemain defense mechanism isto out run their predators,

Um ninho comunal de Kentropyxcalcarata perto de Manaus. O númerode ovos neste ninho (827) foi o maior járegistrado para uma espécie de lagarto,apesar de cada fêmea produzir apenascerca de 6 ovos por desova.

A communal nest of Kentropyx calcaratanear Manaus. The number of eggs (827) inthis nest was the highest recorded for anyspecies of lizard, even though individualfemales lay only about 6 eggs per clutch.

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raturas disponíveis na sombra dafloresta. No entanto, algumasespécies de lagartos, como Igua-na iguana, precisam temperaturasmais elevadas para a incubação deseus ovos, e essas espécies procu-ram áreas sem cobertura vegetalpara enterrar suas desovas.A exposição da superfície do soloaos raios do sol ajuda a manter atemperatura adequada aos ovoslocalizados algumas dezenas decentímetros abaixo.

O sexo na maioria das espécies delagartos é determinado por dife-renças genéticas no momento dafecundação. No entanto, algumasespécies de lagartos têm o sexodeterminado pela temperatura deincubação, machos nascendo deovos incubados em algumas tem-peraturas, e fêmeas em outras.O mecanismo de determinação desexo ainda não foi estudado nas es-pécies presentes na RFAD.

A maioria das espécies de lagartospossui dois sexos, e os machoscompetem pela oportunidade deacasalar com a fêmea e ser pai deseus filhotes. Em espécies em queos machos lutam fisicamente pelafêmea, os machos tendem a sermaiores que as fêmeas. As fêmeasusualmente preferem machosmaiores e um macho tenta impres-sionar uma fêmea adotando posi-ções que exagerem seu tamanho,por exemplo ficando orientado delado, com o corpo elevado e infla-do. Em espécies em que os machosnão lutam diretamente pelas

movement already attractsattention and color makes littledifference. For cryptic species,it is important that these sexualcharacteristics are shown only inthe presence of females.In some cryptic species, malesacquire sexual coloration onlyduring the mating season.In other species, especially whenreproduction occurs throughoutmost of the year, sexual colorationmay be restricted to places thatare not usually visible, such as

Em muitas espécies de lagartosem que os machos competemagressivamente pelas fêmeas, osmachos adultos são maiores queas fêmeas, como neste casal deAmeiva ameiva.

In many species of lizards, in which themales compete aggressively for females,adult males are larger than females,as in this pair of Ameiva ameiva.

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fêmeas, as fêmeas tendem a ser domesmo tamanho, ou maior, que osmachos, porque fêmeas maiorespodem pôr mais ovos por desova.

Em geral, machos em estágioreprodutivo possuem cores dife-rentes das fêmeas, especialmentenas espécies onde o macho émenor que a fêmea. O problemacom essa estratégia é que as mes-mas características que deixam omacho óbvio para a fêmea tambémdeixam-no óbvio para predadores.Para espécies que caçam ativamen-te, e cuja principal defesa é ser mais

the throat region. In anoles,the extensible male dewlap isused only in the presence ofcompetitors or females.

Some lizard species areparthenogenetic, and consistonly of females. The eggs in thesecases develop withoutfertilization by a male. In lizards,parthenogenesis is the result ofcrossing between two (or more)species of the same genus.In some of these species, femalesstill need to copulate to produce

Machos adultos de algumas espécies de lagartos, como esteCnemidophorus lemniscatus de Alter do Chão - PA, possuem coresbrilhantes que, presumivelmente, os deixam mais atraentes para as fêmeas.

Adult males of some species of lizards, such as this Cnemidophorus lemniscatus from Alterdo Chão - PA, have brilliant colors that presumably make them more attractive to females.

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ágil que os predadores, o movi-mento constante já atrai aatenção, e a cor não faz muitadiferença. No entanto, para espé-cies crípticas, que evitam predado-res por ter coloração semelhanteao meio em que vivem, é impor-tante mostrar suas característicassexuais secundárias somente napresença da fêmea. Em algumasespécies crípticas, os machosadultos adotam coloração sexualapenas durante a época de acasa-lamento. Outras espécies, especi-almente aquelas que se reprodu-zem durante a maior parte do ano,escondem a coloração em regiõesque normalmente não são visíveisa predadores. Em Anolis, o apên-dice gular extensível serve, entreoutras coisas, para identificar omacho perante a fêmea da mes-ma espécie.

Em algumas espécies de lagartos,chamadas partenogenéticas, exis-tem apenas fêmeas. Nestas espé-cies, as fêmeas põem ovos nãofecundados por machos, que sedesenvolvem normalmente. Emlagartos, espécies partenogenéti-cas são resultado de cruzamentoentre duas (ou mais) espécies domesmo gênero. Em algumas dessasespécies, a fêmea ainda precisacopular antes de desovar, mas usaum macho de outra espécie quenão contribuirá com material ge-nético na formação dos embriões.Como a taxa de produção de ovosem espécies partenogenéticas émuito mais alta que em espécies

their eggs, but they do so witha male from other species andgenetic material of the maledoes not participate in embryoformation. As the rate of eggproduction in parthenogeneticspecies is much higher than inspecies where half the populationconsists of males, it would beexpected that these specieswould be very successful.However, although it isapparently easy to generateparthenogenetic species(at least in some groups),males and females are presentin the large majority of species.Flexibility and the opportunityof rapid evolution are probablyadvantages that compensate forthe inability of males to produceeggs. In Amazonia, the generaCnemidophorus, Kentropyx,Gymnophthalmus andLeposoma are known tohave parthenogenetic species,but only one parthenogeneticspecies, Leposoma percarinatum,has been recorded from RFAD.

Lizard scientificclassificationThe Squamata produced severalmajor lineages (see figure onpage 20). Most species from onegroup, the Iguania, mainly rely onsight for prey detection, use theirtongues for prey capture, and

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typically spend long periodsimmobile while scanning theenvironment for active prey.Species in the family Iguanidaebelong to this group. Evolutionwithin the other major group,the Scleroglossa, took a differentcourse. The tongue was notinvolved in prey capture in theancestor to the Scleroglossa, preywas captured with the jaws (jawprehension), and the tongue isused to clean the lips andspectacle over the eyes (Gekkota)

onde metade da população é demachos, é de se esperar que essasespécies tenham grande sucesso.No entanto, apesar de aparente-mente ser fácil gerar espécies par-tenogenéticas (ao menos em al-guns grupos), a grande maioria dasespécies tem dois sexos. Espéciespartenogenéticas são essencial-mente clones, todos os indivíduossendo geneticamente idênticos. Éprovável que as vantagens de fle-xibilidade e oportunidades paraevolução rápida mais que compen-sem a incapacidade dos machos deproduzir ovos. Existem espéciespartenogenéticas dos gênerosCnemidophorus, Kentropyx, Gymno-phthalmus e Leposoma na Amazô-nia, mas a única espécie parteno-genética conhecida até o momentoda RFAD é Leposoma percarinatum.

A classificaçãodos lagartosOs Squamata evoluíram em gran-des linhagens filogenéticas (cf. Fi-gura da página 20). A maioria dasespécies de um desses grupos, oIguania, depende principalmenteda visão para a detecção de pre-sas, que captura com a língua, etipicamente gasta períodos longosparado em emboscada, esperan-do a passagem de presas ativas.As espécies da família Iguanidae,tratada neste livro, pertencem aesse grupo. O outro grande grupo,Scleroglossa, evoluiu em outra direção.A língua não estava envolvida na

Machos de muitas espécies delagartos com cores que deixam o

animal camuflado, como este Anolisnitens, possuem apêndices gulares

(papos) com cores brilhantes que sãoestendidos somente na presença de

fêmeas ou machos rivais.

Males of many species of crypticallycolored lizards, such as this Anolis nitens,

have brilliantly colored dewlaps which areonly extended in the presence

of females or rival males.

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Biology of Lizards Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

captura de presas no ancestraldo Scleroglossa, sendo a presaapreendida diretamente pelos ma-xilares. Dependendo do subgrupode Scleroglossa considerado(Gekkota ou Autarchoglossa), alíngua é utilizada, ou para limparos lábios e a superfície dos olhos(Gekkota), ou para carregar sinaisquímicos para o interior da boca(Autarchoglossa). O Gekkota incluitodos os Gekkonidae e algunsgrupos de lagartos australianoscom pernas muito reduzidas. OsAutarchoglossa incluem as famíliascom representantes amazônicosGymnophthalmidae, Teiidae, Am-phisbaenidae e Scincidae, além dascobras (não tratadas neste livro) emuitos outros grupos que nãoocorrem na Amazônia. A maioria

or to bring chemical signals intothe mouth (Autarchoglossa).The Gekkota includes all geckosand some nearly limblessAustralian lizards called flap foots.Many species of geckos occur inAmazônia. The Autarchoglossa

Leposoma percarinatum é uma espéciepartenogenética; fêmeas depositamovos viáveis e não existem machos.Como em outros lagartos parteno-genéticos, esta espécie provavelmenteé resultado de hibridização entre duasespécies bissexuais.

Leposoma percarinatum is aparthenogenetic species; females layviable eggs and there are no males.As with other parthenogenéticlizards, this species probably resultedfrom hibridization between twobisexual species.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Lagartos

dos Autarchoglossa movimenta-secontinuamente quando estácaçando.

A classificação dos lagartos têmsofrido diversas modificações nosúltimos anos, especialmente aonível da família, e é bastanteprovável que novas alteraçõesvenham ainda a ocorrer. Porexemplo, a família Iguanidae, comoreconhecida neste livro, é divididapor alguns autores em diversasfamílias. Entre os Gymnophthalmi-dae, estudos recentes têm propos-to divisões em subfamílias, masainda há divergências sobre essasdivisões. Para auxiliar o leitor, indi-camos para cada espécie, quandopertinente, a subfamília na qual écolocada, de acordo com o traba-lho mais recente no momento dapreparação deste livro. Alertamoscontudo que algumas dessasclassificações podem vir a seralteradas, mesmo a curto prazo,refletindo novos estudos e enten-dimentos sobre as relações deparentesco entre os grupos envol-vidos.

includes all skinks, monitors,whiptails, tegus, and avariety of other groups.Most autarchoglossans movearound continually as they hunt.Modern representatives of thislineage include snakes as well.Amazonian lizards in the familiesTeiidae, Gymnophthalmidae,Amphisbaenidae, andScincidae belong to this group.

Lizard classification has sufferedmany modifications in recent years,especially at the level of family, andit is likely that new alterations willbe proposed. For example, thefamily Iguanidae, as recognized inthis guide, is subdivided in severalfamilies by some authors. Recentstudies have proposed the divisionof Gymnophthalmidae, but thereis still dispute as to the validity ofthe proposed families. To aid thereader, we have indicated thesubfamily of each speciesaccording to the most recentclassifications at the time thisguide was written. However, manyof these classifications will bealtered in the near future as newstudies change our perception asto the evolutionary relationshipsamong the various groups.

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How to use this Guide Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

maneira mais fácil de identifi-car uma espécie de lagartovista de perto na natureza, naRFAD e proximidades, é procu-

rar uma espécie semelhante nasfotografias das espécies e ler otexto de sua descrição, especial-mente as indicações de espéciessemelhantes. Caso reste dúvidasna identificação da espécie, provi-denciamos uma chave de campo,que permitirá a junção de informa-ções sobre forma e cor comdescrições do habitat. Se tiver olagarto em mãos, e se sentir con-fortável com os termos técnicosusados por pesquisadores, podeusar a chave morfológica, que per-mite um grau de certeza maiorsobre a identidade da espécie.

Nos relatos sobre cada espécie sãofornecidas informações sobre suadistribuição geográfica, uma descri-ção enfatizando as característicasmais úteis para diferenciá-la dasdemais espécies da reserva, habitats

A TComo usareste guia

How to usethis guide

How to use this Guide

he easiest way to identify alizard seen close up in thewild, in RFAD andsurroundings, is to look for a

similar species in the plates andread the accompanying speciesdescriptions, especially thesection on similar species. If thisdoes not allow you to identifythe species with confidence,we have provided a field keythat permits the integration ofinformation on form, color andhabitat descriptions. If you havecaptured the lizard, and feelcomfortable with scientific terms,you can use the technical key,which permits more certainidentifications. In the speciesaccounts, we provide informationon distribution of the species,descriptions of the speciesemphasizing characteristics mostuseful in distinguishing eachspecies from others at RFAD,habitats and microhabitats

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia

e microhabitats tipicamente usa-dos, informações sobre atividade,e se é heliotérmica ou não.Os relatos são baseados em infor-mações coletadas na RFAD, outraslocalidades no estado do Amazo-nas e, em alguns casos, dadoscoletados no Pará, Acre, Roraima,Rondônia e até no Equador.O conhecimento da ecologia delagartos amazônicos ainda é incipi-ente e alguns de nossos comentá-rios podem ser incompletos oumesmo errados. Consideraremoseste livro um sucesso se estimular-mos estudos criativos, com resul-tados que nos levem a uma revisãode nossos conceitos sobre a ecolo-gia desses fascinantes animais.

Nos relatos sobre as espécies,procuramos fornecer uma visãoadequada para identificar a espé-cie e ter uma idéia sobre suahistória natural. Contudo, somen-te os principais artigos ou livrostratando cada espécie são citados,a fim de manter o número de cita-ções dentro do razoável. Remetemoso leitor à publicação de Avila-Pires(1995) para uma relação mais com-pleta de referências sobre cadaespécie, além de descrições deta-lhadas das espécies. Como trata-mos aqui somente dos lagartos queocorrem na RFAD, não foi necessá-rio apresentar um alto nível dedetalhamento nas chaves e nasdescrições das espécies, permitin-do ao leitor facilmente identificar asespécies encontradas. Se forem des-cobertas na RFAD espécies não

typically used, information onactivity, whether the species is aheliotherm, reproduction whenavailable, and other comments.Our accounts are based on acombination of informationcollected at RFAD, other localitiesin the state of Amazonas, and insome instances, data collected inAcre, Pará, Roraima, Rondônia,and even Ecuador. We encourageresearchers to collect additionaldata on these species, designfield studies or experiments totest some of the ideas we havesuggested, and most importantly,provide new insights into theecology, behavior, and life historyof each species. We will considerthis book most successful if itspawns creative studies withresults that cause us to revise ourviewpoints on the ecology ofthese fascinating animals.

In preparing species accounts forthis book, we have attempted toprovide fairly complete coverage ofeach species. In doing so, we haverelied on major research articles orbooks dealing with each speciessimply to keep the number ofcitations within reason. We pointthe interested reader to Avila-Pires(1995) for the most complete set ofreferences available for eachspecies as well as very detailedspecies descriptions. Because weare dealing only with those

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How to use this Guide Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

descritas aqui, sugerimos ao leitor con-sultar o trabalho de Avila-Pires (1995).

A intenção primária deste livro éfornecer informações básicas sobrea identificação e história naturaldos lagartos que ocorrem na RFAD.Esforçamo-nos para apresentar asinformações em um nível que pos-sam ser úteis para biólogos profissi-

species that occur in RFAD, it hasnot been necessary to present ahigh level of detail in the speciesdescriptions or keys to allow thereader to easily identify speciesencountered there.If species are discovered at RFADthat we have not covered, we referthe reader to Avila-Pires (1995).

The primary intent of this book isto provide basic information onidentification and natural historyof lizards occurring in RFAD.We have worked hard to presentinformation at a level that will beof use to professional biologists,students, and even tourists.The field key should allow even anovice a high degree of accuracyin identifying lizards on sight.To make the best use of the fieldkey, it is critical to make carefulobservations not only on the lizard,but its microhabitat and whereit is relative to direct sunlight.In addition, accurate estimates ofsize are of considerable use in fieldidentifications. For example, anylizard larger than 3 cm from thetip of the snout to the hind limbscannot possibly be Coleodactylusamazonicus because C. amazonicusnever reaches 3 cm in snout-ventlength. Likewise, if the lizard youobserve appears to be at least 30cm snout-vent length, it can onlybe Iguana iguana or Tupinambisteguixin.

Este livro trata dos lagartos da RFAD,que pertencem à maioria dos gênerosde lagarto que ocorrem na Amazonia.No entanto, outras espéciese gêneros que ocorrem na região deManaus, como Dracaena guianensis,da beira do rio Amazonas, ocupamhábitats que não existem na RFAD.

This book covers the lizards of RFAD, whichinclude most of the generaof lizards that occur in Amazônia. However,other species and genera, such as Dracaenaguianensis from the banks of the rioAmazonas, occur in the Manaus region inhabitats that do not occur in RFAD.

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia

onais, estudantes, e mesmo turis-tas. A chave de campo deve per-mitir a um leigo identificar, comrazoável grau de confiabilidade, oslagartos vistos. Para melhor usara chave de campo, é necessáriofazer observações cuidadosas nãosomente do lagarto, mas tambémde seu microhabitat e de sua posi-ção relativa à luz do sol. Adicional-mente, estimativas acuradas dotamanho são de utilidade conside-rável nas identificações no campo.Por exemplo, qualquer lagartomaior que 3 cm de comprimentofocinho-pata traseira não pode serum Coleodactylus amazonicus, jáque essa espécie nunca ultrapassaos 2,6 cm. Da mesma forma, seobservar um lagarto que parece sermaior que 30 cm de comprimentofocinho-pata traseira, as únicaspossibilidades serão Iguana igua-na ou Tupinambis teguixin.

Lagartos são considerados organis-mos-modelo para estudos científi-cos por muitas razões. É relativa-mente fácil estudar o comporta-mento de muitas espécies, pois amaioria é diurna, ativa sobre as fo-lhas do chão da mata ou árvores, ehabitua-se à presença humana comrelativa rapidez. Algumas espéciessão extremamente comuns epodem ser coletadas para estudosmorfológicos, alimentares ou fisio-lógicos, sem que isso prejudique apopulação silvestre. A grandevariedade de especializaçõescomportamentais, fisiológicas emorfológicas a habitats específicos

Lizards have been consideredmodel organisms for scientificstudies for a number of reasons.It is relatively easy to study thebehavior of many species becausemost are diurnal, active on thesurface or in trees, and theyhabituate to human presencerelatively quickly. Some speciesare extremely common and canbe collected for morphological,dietary or physiological studieswith little effect on wildpopulations. The wide rangeof behavioral, physiological andmorphological specialization tospecific microhabitats makes lizardcommunity structure a sensitiveindicator of environmentaldisturbance. Also, Amazonianlizards are not venomous andthey do not carry diseases suchas rabies and bubonic plague,which can make the study ofsmall mammals so hazardous.It is relatively easy for schoolgroups to record common lizardsin different habitats and learnabout the effects of humandisturbances on biodiversity.

Researchers planning to captureor otherwise disturb lizardsshould remember that lizards,as with all wildlife, are strictlyprotected in Brazil. If you areplanning a study in a reserve,you should first contact theagency responsible for thereserve. In the case of RFAD this

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torna a estrutura de comunida-des de lagartos um indicadorsensível de perturbações ambien-tais. Além disso, lagartos amazôni-cos não são venenosos e eles nãoportam doenças como peste eraiva, que tornam os estudos demamíferos pequenos tão perigosos.É relativamente fácil para gruposescolares registrarem os lagartosmais comuns em diversos habitatse aprenderem sobre os efeitos dasperturbações humanas sobre abiodiversidade.

Pesquisadores planejando captu-rar ou interferir de alguma forma

would be INPA. Then submityour plan to the InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis- IBAMA, which is the onlyagency authorized to permit thescientific use of wildlife in Brazil.Foreign researchers should realizethat it is most appropriate toestablish working relationshipswith Brazilian scientists withinexisting research organizationssuch as INPA, the various nationaland state museums, or theuniversities. When projects involve

Lagartos, como este Anolis philopunctatus, são relativamente fáceis de capturar,observar e são considerados organismos-modelo para estudos científicos

Lizards, such as this Anolis philopunctatus, are relatively easily captured and studied, andhave been considered model organisms for ecological research

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia

Muitos lagartos da floresta, como esteUracentron azureum, dependem daestrutura complexa da floresta e nãopodem sobreviver em áreas desmatadas

Many rainforest lizards, such as thisUracentron azureum, depend on thecomplex structure of the rainforest andcannot survive in deforested areas

com lagartos devem estar cientesque lagartos, como a vida silvestreem geral, são estritamente prote-gidos no Brasil. No caso deestudos realizados em áreasprotegidas, é necessário, antes dese começar qualquer estudo,contatar o órgão responsável pelareserva (no caso da RFAD, o INPA).Além disso, se o plano incluir cap-tura, coleta e/ou transporte deanimais silvestres, deve ser sub-metido ao Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA, úni-ca agência autorizada a emitir au-torização para tais atividades. Pes-quisadores estrangeiros devementender que é apropriado esta-belecer relações de trabalho com

foreign scientists not resident inBrazil, the Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico eTecnologíco (CNPq) is involved inapproving the collaborativeproject. Applications for researchand collecting permits aresubmitted to federal agencies bythe Brazilian collaborator — theBrazilian scientist essentially takesfull oversight responsibility just as

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cientistas brasileiros de organiza-ções de pesquisa como o INPA, osvários museus estaduais e nacio-nais, ou as universidades. Proje-tos envolvendo pesquisadores es-trangeiros não residentes no Bra-sil precisam ser aprovados peloConselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico(CNPq). Os pedidos para autori-zações devem ser submetidos aosórgãos federais pelo colaboradorbrasileiro. O pesquisador brasilei-ro assume a responsabilidade pe-las ações do colaborador, da mes-ma forma que um pesquisador es-trangeiro o faria para um colabo-rador brasileiro trabalhando emseu país. As condições para coletadevem ser estabelecidas na pro-posta e a exportação dos espéci-mes somente pode ser autoriza-da pelo Ibama, nos termos da le-gislação em vigor. Estudos de bi-oprospecção devem ainda obede-cer às disposições do Conselho deGestão do Patrimônio Genético(CGEN).

a foreign scientist would do for aBrazilian collaborator working inhis/her country. Consequently,permits are issued directly to theBrazilian collaborator with theforeign scientists listed ascollaborators. Conditions ofpermits are established in theproposal and should export ofspecimens be included in theapproved permit, export permitsare issued by Ibama whenappropriate protocols are met.Bioprospection is regulated bythe Conselho de Gestão doPatrimônio Genético (CGEN).

Muitas espécies de lagartos amazônicos,como este Tretioscincus agilis, não podemsobreviver fora da floresta, e são indicado-

res sensíveis de degradação ambiental

Many Amazonian lizards, such as thisTretioscincus agilis, cannot survive outsidethe forest, and are sensitive indicators of

environmental degradation

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s espécies da familia Amphisbaenidae, comumente chamadas cobrasde duas cabeças, têm escamas alinhadas em fileiras paralelas em voltado corpo, formando aneis. A distribuição é pantrópical. As espécies

que ocorrem na região amazônica podem ser facilmente distinguidas deoutros lagartos pela completa ausência de patas e as escamas organiza-das em aneis. Os olhos das espécies amazônicas são minúsculos, mas asmandíbulas e dentes são bem desenvolvidos. Cecílias têm uma formasemelhante, mas são anfíbios, e têm uma pele úmida semelhante a damaioria dos outros anfíbios. Espécies de anfisbenídeos têm hábitossubterrâneos e são encontradas raramente na superfície, normalmentede manhã cedo ou imediatamente após as chuvas.

Amphisbaenidae

A

T he family Amphisbaenidae, commonly known as “ringed lizards”because scales on the body are aligned around the body in parallelrows, has a pantropical distribution. Species occurring in the Amazon

region can easily be distinguished from other lizards by the completeabsence of limbs and the parallel transverse scale rows on the body.The eyes of Amazonian species are tiny, but the jaws and teeth are welldeveloped. Caecilians have a similar body form, but are amphibians andhave humid skin similar to most other extant amphibians. Amphisbaenidsare subterranean squamates only infrequently observed on the surface ofthe ground. They are most often found on the surface early in the morningor just after rain.

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Distribution: occurs in a wide varietyof habitats in much of South Americaeast of the Andes including lowlandrain forest, cerrados, caatingas, andseasonally flooded areas, such asthe Pantanal.

Description: SVL to 766 mm (males to740 mm). Legs are absent, scales arearranged in 198-248 rings (annuli)around the body, and 13-21 on thetail. Each rudimentary eye is coveredby a scale, and the short blunt tailresembles the head. There is nodistinct constriction at the base ofthe tail. The body is cylindrical in crosssection, and the snout blunt. Colour ofadults varies from light brown with awhite belly to almost completely white,but juveniles may be darker.

Similar species: Amphisbaenafuliginosa has black markings on analmost white background, and adistinct constriction at the base of thetail. Amphisbaena slevini is smaller andmore slender, and has uniform creamor pinkish color (the dorsum issometimes darker than the belly).

Natural history: Not heliothermic.These worm-like lizards occur in a diversityof habitats including terra firme forest,Amazonian savannas, edges of swampsand rivers, second-growth forest, andfarmland. They apparently spend mostof their time underground but are oftenactive on the surface during rainstorms orearly in the morning. Large individuals arecapable of inflicting painful bites.Nothing is known regarding reproductionin Amazonian populations of A. alba,but counts of vitellogenic follicles in twofemales from the cerrado region indicatedclutches of 8 and 16 eggs.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Ocorre numa varieda-de de habitas em grande parte da Amé-rica do Sul leste das Andes, inclusivefloresta úmida de baixa altitude,cerrado, caatinga, e áreas sazonalmenteinundadas, como o Pantanal.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 766 mm (machos740 mm). Patas ausentes, escamasorganizadas em 198-248 anéis em voltado corpo, e 13-21 na cauda. Cada olhorudimentar é coberto por uma escama,e a cauda curta parece a cabeça. Nãoexiste uma constrição na base da cauda.O corpo é cilíndrico em seção transver-sal e o foçinho redondo. A cor do adultovaria de marrom claro com ventre bran-co a quase totalmente branca, mas osjuvenis podem ser mais escuros.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Amphisbaena fu-liginosa tem manchas pretas num fundoquase branco, e uma constrição distintana base da cauda. Amphisbaena slevinié menor, tem coloração creme a róseauniforme (dorso às vezes mais escuro queo ventre) e corpo delgado.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.Estes lagartos vermiformes ocorremnuma diversidade de habitats, inclu-indo floresta de terra firme, savanasamazônicas, beiras de pantanos erios, florestas secundárias e áreas agrí-colas. Aparentemente passam amaior parte do tempo abaixo dochão, mas freqüentemente são ativosde manhã cedo e durante chuvas for-tes. Indivíduos grandes são capazesde mordidas dolorosas. Nada éconhecido sobre reprodução em po-pulações amazônicas, mas contagensde folículos vitelogênicos em duas fê-meas do Cerrado indicaram ninhadasde 8 e 16 ovos.

A :: cabeçaB :: corpoC :: indivíduo de rio Tucuxí, AMD :: superfície ventral da cabeça e cauda

indivíduo de Jalapão, TO

A :: headB :: bodyC :: individual from rio Tucuxi, AMD :: ventral surface of head and tail

individual from rio Tucuxi, AM

AmphisbaenidaeAmphisbaena albaAmphisbaena albaAmphisbaena albaAmphisbaena albaAmphisbaena alba

LINNAEUS, 1758

Referências/References: Beebe (1945), Hoogmoed (1973), Colli & Zamboni (1999).

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Amazônia CentralCentral Amazonia

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Distribution: A primarily northernSouth American distribution withpopulations reaching Panama to thenorth and sections of Atlantic rainforest in northeastern Brazil.

Description: SVL to 450 mm (males to400 mm). Legs are absent, scales arearranged in 190-221 rings (annuli)around the body, and 23-30 on thetail. Each rudimentary eye is coveredby a scale, and the short blunt tailresembles the head. A distinctconstriction at the base of the tailindicates the location of a cleavageplane in the caudal vertebra wheretail autotomy occurs. The body iscylindrical in cross section, and thesnout blunt. Coloration dominated byblue-black or black markings against awhite or cream colored background.

Similar species: Amphisbaena albahas no black markings, and no distinctconstriction at the base of the tail.Amphisbaena slevini has uniformcream or pinkish color (the dorsum issometimes darker than the belly) and athin body.

Natural history: Not heliothermic.Amphisbaena fulginosa appears to bemostly restricted to tropical forest.Individuals spend most of their timeunderground, under leaf litter, or undersurface objects. They are often foundcrawling along the surface after heavyrain or early in the morning. The tailcan be autotomized once, but there isno regeneration. Nothing is knownregarding reproduction in this species.

Distr ibuição:Distr ibuição:Distr ibuição:Distr ibuição:Distr ibuição: Pr imariamente aonorte de América do Sul, com popu-lações chegando até ao norte Pana-má e porções da floresta atlântica nonordeste do Brasil.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 450 mm (machos400 mm). Patas ausentes, escamasorganizadas em 190-221 anéis em voltado corpo, e 23-30 na cauda. Cadaolho rudimentar é coberto por umaescama, e a cauda curta parece acabeça. Existe uma constrição distintana base da cauda indicando a posiçãode um ponto de quebra nas vertebrascaudais onde ocorre autotomia. O cor-po é cilíndrico em seção transversal eo foçinho redondo. A cor é dominadapor manchas pretas ou pretas azuladasnum fundo branco ou creme.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Amphisbaenaalba não tem manchas pretas e nãopossui uma constrição distinta na baseda cauda. Amphisbaena slevini tem co-loração creme a rósea uniforme (dorsoàs vezes mais escuro que o ventre) ecorpo delgado.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.Amphisbaena fulginosa parece ser res-trita a floresta tropical. Indivíduos pas-sam a maior parte do tempo embaixodo chão, embaixo de folhiço ou outrosobjetos na superfície. Freqüentementeencontrados na superfície de manhãcedo e durante chuvas fortes. A caudapode ser autotomizada uma vez, masnão regenera. Nada é conhecido sobrereprodução nesta espécie.

A :: adulto de ManausB :: indivíduo escuro, rio Ituxi, AMC :: Indivíduo com poucas manchaspretas, Manaus

A :: adult from ManausB :: dark coloration, rio Ituxi, AMC :: light coloration, Manaus

AmphisbaenidaeAmphisbaena fuliginosaAmphisbaena fuliginosaAmphisbaena fuliginosaAmphisbaena fuliginosaAmphisbaena fuliginosafuliginosafuliginosafuliginosafuliginosafuliginosa LINNAEUS, 1758

Referências/References: Beebe (1945), Vanzolini (1951), Duellman (1978), Colli & Zamboni (1999).

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Amazônia CentralCentral Amazonia

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Distribution: Known only fromManaus (Brazil) and French Guiana,but probably occurs over amuch larger area.

Descrição: SVL to about 120 mm.Legs are absent, scales are arrangedin 204-211 rings (annuli) around thebody, and 23-25 on the tail. Eachrudimentary eye is covered by a scale.First parietals and postocular scalesvery large, making the head sheild-likeand distinct from the body. There aredistinct lateral folds along each sideof the body. The skin has littlepigmentation and the colour isuniform pinkish or flesh colored.

Similar species: Other amphisbaenidsknown from RFAD are much largerand do not have large scales coveringthe posterior part of the head.

Natural history: Not heliothermic.Little is known of the biology of thisspecies. Almost all specimens werecollected in the Manaus region byfollowing bulldozers or during floods,so the species is probably strictlysubterranean. Many specimens haveautotomized tails, so this appears tobe an important defense mechanismfor the species.

DistribuiçãoDistribuiçãoDistribuiçãoDistribuiçãoDistribuição: Conhecida somente deManaus (Brasil) e Guiana Francesa, masprovavelmente ocorre sobre uma áreamuito maior.

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição: CRC até aproximadamente120 mm. Patas ausentes, escamasorganizadas em 204-211 anéis emvolta do corpo, e 23-25 na cauda. Cadaolho rudimentar é coberto por umaescama, e a cauda curta parece acabeça. As primeiras escamas parietaise as pós-oculares são muito grandes,deixando a cabeça distinta do corpo.Possui uma dobra longitudinal no ladodo corpo, a coloração da pele é rosadasem manchas distintas.

Espécies semelhantesEspécies semelhantesEspécies semelhantesEspécies semelhantesEspécies semelhantes: Outras espé-cies de Amphisbaena conhecidas daRFAD são muito maiores e não possu-em escamas grandes cobrindo a parteposterior da cabeça.

História naturalHistória naturalHistória naturalHistória naturalHistória natural: Não heliotérmica.Pouco é conhecido sobre a biologiadesta espécie. Quase todos os espéci-mes foram obtidos na região de Manausatravés da técnica de seguir máquinasde terraplenagem ou durante enchentes,indicando que a espécie é estritamentesubterrânea. Muitos espécimes possuemcaudas autotomizadas, indicando queisto é um mecanismo de defesa impor-tante para a espécie.

A :: cabeçaB :: corpoC :: dorsoD :: ventre

A :: headB :: bodyC :: dorsumD :: ventral surface

Amphisbaenidae Amphisbaena sleviniAmphisbaena sleviniAmphisbaena sleviniAmphisbaena sleviniAmphisbaena slevini

Referências/References: Gans 1963a,b. Hoogmoed & Avila-Pires 1991.

SCHMIDT,1936

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Amazônia CentralCentral Amazonia

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família Gekkonidae engloba as chamadas lagartixas ou osgas. A cabeçaé recoberta predominantemente por escamas granulares, normalmentenão possuem pálpebras e a língua é carnosa e usada para limpar os

olhos. Espécies dessa família ocorrem na maior parte do mundo, excetonas partes mais frias como a Antártica e a Groenlândia. Muitas espéciesocorrem em ilhas oceânicas. Embora a maioria dos geconídeos se reproduzasexualmente (machos e fêmeas presentes), alguns são partenogenéticos,com todos os indivíduos na população sendo fêmeas. Conhece-se tambémalgumas espécies de geconídeos cujos filhotes têm o sexo determinadopela temperatura de incubação dos ovos. A subfamília Gekkoninae temuma distribuição quase cosmopolita. Inclui tanto espécies noturnas, compupilas elípticas, capazes de produzir som, como espécies diurnas, compupilas redondas e mudas. A subfamília Sphaerodactylinae é restrita aoNovo Mundo e consiste primariamente de espécies diurnas com pupilasredondas. Dois gêneros da subfamília Gekkoninae (Hemidactylus eThecadactylus, de hábitos noturnos) e quatro gêneros da subfamíliaSphaerodactylinae (Coleodactylus, Gonatodes, Lepidoblepharis e Pseudo-gonatodes, de hábitos diurnos) ocorrem na Amazônia brasileira. Cincogêneros de Gekkonidae são conhecidos da RFAD.

.

Gekkonidae

A

Species in the family Gekkonidae (commonly called Geckos) have the headcovered predominantly by granular scales, usually do not have eyelids andthe fleshy tongue is used to clean the eyes. Geckos occur throughout

much of the world, except the coldest areas, such as Antarctica andGreenland. Many species occur on oceanic islands, having rafted there longago. Although most species of geckos reproduce sexually (male and female),some are parthenogenetic with all individuals in the population beingfemale. Some geckos are known to have temperature-dependent sexdetermination. The subfamily Gekkoninae has a near worldwide distributionand contains both nocturnal species with elliptical pupils in the eyes anddiurnal species with round pupils. The subfamily Sphaerodactylinae isrestricted to the New World and is comprised of primarily diurnal species withround pupils. Two genera of the subfamily Gekkoninae (Hemidactylus andThecadactylus [both nocturnal], and four genera of the subfamilySphaerodactylinae (Coleodactylus, Gonatodes, Lepidoblepharus, andPseudogonatodes [all diurnal]) occur in the Brazilian Amazon. Five gekkonidgenera are known to occur in RFAD.

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Distribution: Most of the Amazonbasin, French Guiana, and Suriname. Itis not known from far western andnorthwestern Amazonia.

Description: SVL to 24 mm. A tinylizard with flat, non-granular scalesand the claws on the digits containedwithin a sheath made of two ventraland two dorsal asymmetrical scales(see figure in morphological key).Because of the small size, it isnecessary to view the sheath under adissecting microscope. The limbs arerelatively short and tail length usuallydoes not exceed snout-vent length.Dorsal coloration is brown to gray andthe ventral surface of the body iswhite.

Similar species: C. amazonicus can bedistinguished from Pseudogonatodesguianensis on the basis of themorphology of dorsal scales. Dorsalsare flat and imbricate in C. amazonicusbut granular in P. guianensis.

Natural history: Diurnal, notheliothermic. C. amazonicus occurs inundisturbed primary forest usually inareas that do not flood for extendedperiods. It is active in leaf litter on theforest floor. Egg clutches consist of asingle, tiny egg with a calcareous shell.Eggs are about 5.5 mm in length and3.6 mm in width.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Na maior parte da baciaamazônica, Guiana Francesa e Suriname.Não é conhecida do extremo oeste enoroeste da Amazônia.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 24 mm. Apresentaescamas achatadas, não granulares, egarras nos dedos contidas dentro deuma bainha (estojo ungueal) constitu-ída por duas escamas ventrais e duasescamas dorsais, assimétricas (ver figu-ra na chave morfológica). Por causa deseu pequeno tamanho, as característi-cas do estojo ungueal devem serverificadas sob estereomicroscópio.As patas são relativamente curtas e nor-malmente o comprimento da caudanão ultrapassa o comprimento rostro-cloacal. A coloração dorsal é marroma cinza e a superfície ventral é branca.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Pode ser con-fundido com Pseudogonatodes guia-nensis, mas este apresenta escamasdorsais granulosas e estojo unguealachatado lateralmente.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Diurna, não helio-térmica. Ocorre na serapilheira deflorestas pouca perturbadas, geralmenteem áreas não sujeitas a inundação pro-longada. Desovas consistem de umúnico ovo, com casca calcárea e me-dindo aproximadamente 5,5 X 3,5 mm.

A :: cabeçaB :: dorsoC :: ventre

A :: headB :: dorsumC :: ventral surface

Gekkonidae | Sphaerodactylinae Coleodactylus amazonicus Coleodactylus amazonicus Coleodactylus amazonicus Coleodactylus amazonicus Coleodactylus amazonicusamazonicusamazonicusamazonicusamazonicusamazonicus (ANDERSSON, 1918)

Referências/References: Ramos (1981), Gasc et al. (1983).

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Distribution: Most of the Amazonbasin, surrounding lowland areas, galleryforests in Central Brazil, and some islands,such as Trinidad and Tobago.

Description: SVL to 41.5 mm. A geckowith round pupils, no expanded toepads, and claws extending frombetween two scales located at the endof the toes. Juveniles and adult femalesare gray to brown, often with chevron-shaped markings on the dorsal surface.Adult males may be brightly coloredwith the dorsal surface appearingspeckled with red, yellow, and brownor gray. The head is predominantly redabove, with various-shaped bluish-whitemarkings on top, and, with yellowbars on the lateral surfaces.

Similar species: Junveniles could beconfused with Pseudogonatodesguianensis, but that species does nothave distinct claws. Another species,Gonatodes annularis may eventuallybe found in RFAD. It difers from G.humeralis in having 24-30 lamelae, asopposed to 15-21.

Natural history: Diurnal, notheliothermic. In forest, they are found lowon trunks of various sized trees or lowlimbs, typically 1.5 m off ground onperches averaging about 19 cm indiameter. In rural areas and occasionallyin cities, they may be common on wallsof buildings. Clutches consist of a singleegg covered by a calcareous shell.Eggs average 7.3 X 4.8 mm. Natural nestsoften contain large numbers of eggs.Because clutch size is one egg, thisindicates that females return to the samespot to deposit eggs, many females usethe same egg deposition site, or both.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Em quase toda a Ama-zônia, nas florestas de galeria do BrasilCentral, e em algumas ilhas, comoTrinidad e Tobago.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 41,5 mm. Escamasdorsais granulares, pupilas redondas.Dígitos não alargados, com garrasterminais que se estendem a partir de duasescamas. Coloração em fêmeas adultas ejovens marrom a cinza, usualmente comuma faixa vertebral mais clara, de contor-nos irregulares. Machos adultos têmcores vivas, parecendo ser salpicados devermelho, amarelo, e marrom ou cinza.O dorso da cabeça é predominantemen-te vermelho com manchas branco-azuladas, lados da cabeça com faixaspredominantemente amarelas. Listra ante-humeral creme ou amarela, mais eviden-te nos machos, usualmente precedida poruma mancha circular preta.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Indivíduos jovenstalvez possam ser confundidos comPseudogonatodes guianensis, mas nestes asgarras não são aparentes. Uma outra espéciede Gonatodes, G. annularis, pode vir a serdescoberta na RFAD. Difere de G. humeralispor apresentar 24-30 lamelas sob o quartoartelho (contra 15-21).

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Diurna, não helio-térmica. Normalmente encontrada naspartes baixas de troncos de árvores devários tamanhos, e em galhos baixos(tipicamente a 1,5 m acima do chão, emsubstratos com diâmetro médio de19 cm). Ninhos naturais contém grandesnúmeros de ovos, indicando que asfêmeas voltam ao mesmo lugar paradesovar ou que várias fêmeas usam o mes-mo ninho. Fêmeas produzem desovasde um único ovo, com 7,3 X 4,8 mm emmédia e casca calcária.

A :: macho, coloração de exibiçãoB :: macho, cor crípticaC :: fêmeaD :: ventre de machoE :: pé dianteiro

A :: male, display colorationB :: male, cryptic colorationC :: femaleD :: male ventral surfaceE :: forefoot

Gonatodes humeralisGonatodes humeralisGonatodes humeralisGonatodes humeralisGonatodes humeralis

(GUICHENOT, 1855)

Referências/References: Nunes (1984), Vitt et al. (1997a), Oda (2004).

Gekkonidae | Sphaerodactylinae

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Distribution: Presumably introduced toSouth America from Africa. It now has awide distribution in South and CentralAmerica, as well as in the Caribbean andhas recently entered Florida, USA.

Description: SVL to 59 mm. A flat-bodied lizard with large eyes andvertically elliptical pupils. Toes withabout 70-80% of the digit expandedcontaining a double row of scansoriallamellae. Claws on the tips of the toes,and dorsal surface of the body withenlarged tubercles interspersed on abackground of tiny, roundish andflattened scales. Color is variable andindividuals change color but, whileactive, H. mabouia varies from verypale gray, nearly white, to dark gray.The ventral surface is nearly white.

Similar species: Thecadactylusrapicauda is the only other nocturnalgekkonid in the reserve. The species canbe distinguished by the absence ofwebbing between the toes (T. rapicaudahas webbing) and enlarged tubercles(T. rapicauda has none).

Natural history: Nocturnal, notheliothermic. Hemidactylus mabouialives in close association with humans.In the Amazon region, it is found onbuildings, often in the center of citiesbut also in relatively remote areas.At RFAD, it is most common on theadministration buildings and does notoccur naturally in the forest.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Presumivelmente intro-duzida na América a partir da África.Atualmente apresenta distribuiçãoextensa na América do Sul, AméricaCentral e Caribe, e recentemente foiencontrada na Flórida, EUA.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 59 mm. Lagartoachatado, com olhos grandes e pupilaselípticas. Os dígitos apresentam ventral-mente uma dupla fileira de lamelasexpandidas transversalmente, ocupandocerca de 70-80% de sua extensão; osegmento distal não é expandido epossui uma garra terminal. Superfíciedorsal do corpo com grandes tubérculosdispersos entre escamas pequenas,arredondadas e achatadas. Cor cinzaescuro a cinza claro, quase branco(alternável num mesmo indivíduo).Região ventral clara, quase branca.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Thecadactylusrapicauda é o único outro geconídeonoturno presente na RFAD. Diferencia-se de Hemidactylus mabouia pela pre-sença de membranas entre os dedos eausência de grandes tubérculos nocorpo, além de alcançar tamanhodistintamente maior.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Noturna, não helio-térmica. Hemidactylus mabouia vive emassociação com seres humanos. Na re-gião amazônica, é encontrada em prédi-os, muitas vezes no centro das cidades,mas também em áreas rurais. Na reservaDucke, é comum nos prédios da admi-nistração, não ocorrendo na floresta.

A :: cabeçaB :: corpoC :: ventreD :: almofadas digitais

A :: headB :: bodyC :: ventral surfaceD :: toe pads

Gekkonidae | Gekkoninae Hemidactylus mabouiaHemidactylus mabouiaHemidactylus mabouiaHemidactylus mabouiaHemidactylus mabouia

(MOREAU DE JONNÈS, 1818)

Referências/References: Goeldi (1902), Vanzolini (1968), Avila-Pires (1995).

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Distribution: Restricted to thenorthern and western Amazon basinextending west to the base of theAndes and, in the eastern Amazon,north through French Guiana,Suriname, and Guyana.

Description: SVL to 30 mm. A tinygecko with granular dorsal scales andround pupils. It lacks expanded toe pads,and the claws on the toes can beretracted into a sheath of 5 scales.The body is generally brown to grayin coloration, usually with a transverseband above the hindlimbs. There is aU- or W-shaped light spot on the posteriordorsal surface of the head. There is a pair ofcomplete or partial longitudinal stripeson the lateral body surface. The ventralsurface is typically gray.

Similar species: The form of thedorsal scales and the presence ofthe claw sheath distinguish this speciesfrom Coleodactylus amazonicus.With practice, these species canbe distinguished on ventral color;white in C. amazonicus andgray in P. guianensis.

Natural history: Diurnal, notheliothermic. The species occurs strictly inleaf litter of undisturbed lowland tropicalforest. It is among the first species todisappear when habitats are disturbed,particularly when the leaf litter isdisturbed or the canopy is opened,resulting in sunlight penetrating to theforest floor. Anecdotal informationindicates that the clutch size is one eggper clutch and the reproductive seasonis extended, possibly through the entireyear, but there have been no detailedstudies.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Restrita ao norte e oesteda Amazônia, estendendo-se a oeste atéa base dos Andes e, a leste, à Guiana,Suriname, Guiana Francesa e Brasil.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 30 mm. Escamasdorsais granulares, pupilas redondas.Dígitos com garras envolvidas por umabainha achatada lateralmente e simétri-ca, composta por cinco escamas (duasínfero-laterais grandes, duas dorsolateraismenores, e uma pequena terminal – verfigura na chave morfológica). Corpo mar-rom a marrom-acinzentado, usualmentecom uma faixa clara em forma de “U” ou“W” na região dorsal posterior da cabe-ça. Listra clara dorsolateral a cada lado,sobre os membros posteriores, usualmen-te ligadas por uma listra transversal. Umafaixa escura vertebral e, a cada lado, umafaixa lateral mais estreita, podem estar pre-sentes ao longo do corpo. Ventre tipica-mente cinza.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: A forma dasescamas dorsais e da bainha unguealpermitem distinguir essa espécie deColeodactylus amazonicus. Com umpouco de prática se pode distinguir asduas espécies também com base nacor da região ventral, que é branca emC. amazonicus.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Diurna, não heliotér-mica. Ocorre somente na serapilheirade floresta pouca perturbada. Estáentre as primeiras espécies a desapare-cer quando o habitat é alterado, espe-cialmente se a liteira é afetada, ou seo dossel torna-se mais aberto. Infor-mações esparsas indicam que desovamum ovo por vez, e que o período dereprodução é prolongado.

A :: cabeçaB :: corpoC :: corpo, indivíduo de Porto Velho, ROD :: escamas granulares do corpo

A :: headB :: bodyC :: body, individual from Porto Velho, ROD :: granular body scales

Gekkonidae | Sphaerodactylinae Pseudogonatodes guianensisPseudogonatodes guianensisPseudogonatodes guianensisPseudogonatodes guianensisPseudogonatodes guianensis

(ANDERSSON, 1918)

Referências/References: Dixon & Soini (1975), Duellman (1978), Gasc et al. (1983).

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Distribution: Distribution extending fromthe southern Amazon basin to southernMexico on the American continents. Italso occurs in the Lesser Antilles.

Description: SVL to 126 mm - the largestgekkonid in the New World. Webbingpresent between the toes and each toehas expanded scansorial pads comprisedof two rows of parallel lamellae. The eyesare large with vertically elliptical pupils.Dorsal scales small and uniform in size.The regenerated tail has the form ofa carrot, wider near the base. Dorsalcoloration is variable, but most individualsare brown or gray with irregular lightmarkings that cross the dorsal surface.There is usually a light line from justposterior to the eye, extending onthe lateral surface of the neck, andterminating on the dorso-lateral bodysurface just above the front leg.

Similar species: The only other nocturnalgekkonid with partially expanded digitallamellae is Hemidactylus mabouia, whichhas large tubercles among the smallerdorsal scales.

Natural history: Nocturnal, notheliothermic. In the forest, this gecko isscansorial, living on the trunks of trees.During the day T. rapicauda usually takesrefuge in tree cavities, under loose bark,or between leaves of arboreal bromeliads.At night, individuals can be found on treetrunks and occasionally on understoryvegetation. Clutches consist of a single,large (17-21 X 11-15 mm) egg with acalcified shell. Females often contain anoviductal egg in one oviduct and anenlarged yolked follicle in the oppositeovary indicating that eggs are producedin rapid succession. Males vocalize andappear to be territorial.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Estende-se da Amazôniaaté o sul do México; também nas Pe-quenas Antilhas.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 126 mm. É o maiorgeconídeo do Novo Mundo. Dedos liga-dos por membranas e com almofadacomposta por duas fileiras paralelas delamelas transversalmente expandidas,que se estendem até a extremidade;a garra ocorre entre as fileiras de lamelas.Olhos grandes, com pupila elíptica.Escamas dorsais pequenas, de tamanhouniforme. Cauda regenerada tem for-ma de cenoura, mais larga na base dacauda. Coloração marrom a cinza, commanchas irregulares ao longo do cor-po. Usualmente uma linha clara partedo olho, passa pelos lados do pescoço,e termina dorso-lateralmente, na alturado membro anterior.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: O único outrogeconídeo noturno, com lamelas digi-tais parcialmente expandidas, éHemidactylus mabouia, o qual possuiséries de tubérculos no corpo entre asescamas menores.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Noturna, nãoheliotérmica. É uma espécie arborícola.Durante o dia refugia-se usualmenteem cavidades nos troncos, sob a cascade árvores, entre a base de folhas depalmeiras, ou entre as folhas debromeliáceas. À noite, é encontradaem troncos de árvores e, ocasional-mente, em arbustos do sub-bosque.Fêmeas produzem desovas de um úni-co ovo, com casca calcária e medindo17-21 X 11-15 mm e freqüentementetem um ovo no oviducto e um folícologrande no outro oviducto. Machosemitem sons e parecem ser territoriais.

A :: cabeçaB :: adulto do rio Ituxi, AM, com

cauda regeneradaC :: cauda original de jovemD :: pé com membranas interdigitais

A :: headB :: adult from rio Ituxi, AM, with

regenerated tailC :: original tail of juvenileD :: foot with toe webbing

Gekkonidae | Gekkoninae Thecadactylus rapicauda Thecadactylus rapicauda Thecadactylus rapicauda Thecadactylus rapicauda Thecadactylus rapicauda

(HOUTTUYN, 1782)

Referências/References: Beebe (1944); Hoogmoed (1973); Meede (1984); Hero & Magnusson (1987);Hoogmoed & Avila-Pires (1989); Olson (1993) ; Vitt & Zani (1997).

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m total de sete gêneros e onze espécies das subfamílias Iguaninae,Polychrotinae e Tropidurinae são encontrados na RFAD. Algunsautores, como Frost & Etheridge (1989) and Frost et al. (2001b),

consideram as subfamilias em nossa classificação como famílias. Guyer& Savage (1986) e Savage & Guyer (1989) dividiram o gênero Anolisem cinco; seguindo essa classificação, Norops e Dactyloa tambémocorreriam na Amazônia e na RFAD. A distribuição de Iguanidae incluias Américas, a maioria das ilhas oceânicas associadas ao continente,Madagascar e as ilhas do centro-oeste do Pacífico. Lagartos dessafamília possuem escamas da cabeça usualmente numerosas e amaioria irregulares, e a língua é carnosa. Ocupam uma grandediversidade de habitats e microhabitats, vivendo em árvores, sobrerochas, no chão, e até a beira-mar. Todos são diurnos. A maioria sealimenta de invertebrados, mas alguns comem pequenos vertebrados,e os Iguaninae são predominantemente herbívoros. Muitas espéciesque comem invertebrados também ingerem algum material vegetal.

Iguanidae

U

I guaninae, Polychrotinae and Tropidurinae are the groups of specieswithin the Iguanidae that occur in RFAD, with seven genera and11 species. Some authors, such as Frost & Etheridge (1989) and Frost

et al. (2001b), consider that the subfamilies in our classification should betreated as families. Guyer & Savage (1986) e Savage & Guyer (1989) dividedthe genus Anolis in five genera; in that classification, Norops andDactyloa would also occur in Amazonia and RFAD. The distribution ofIguanids incluides the Americas, most oceanic islands near the Americancontinents, Madagascar and islands in the central-western Pacific. Lizardsin this family usually have many irregular scales on the head, and a fleshytongue. They are diurnal and occupy a great diversity of habitats. Speciesmay be found inhabiting trees, rocks, or even the littoral zone at the edgeof the sea. Most species eat invertebrates, but some eat small vertebrates,and species in the Iguaninae are predominantly herbivorous. Many of thespecies that eat invertebrates also ingest some vegetable material.

Referências/References: Guyer & Savage (1986); Frost & Etheridge (1989); Savage & Guyer (1989); Irschick et al.(1997); Frost et al. (2001a,b); Zug et al. (2001); Cooper & Vitt (2002).

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Distribution: From México, throughCentral America and part of the WestIndies, to Central Brazil and Paraguay.

Description: SVL to 40 cm (total lengthcan exceed 1.5 m). Juvenile and immatureiguanas are green, usually with 5-6 darkertransverse bands on the body and tail.Adults tend to be darker with less distinctmarkings, and can be predominantly grey.A prominent vertebral crest extends fromthe neck to the tip of the tail. A largeround scale is situated below the earopening. The dewlap has a row of scalesalong the midline similar to those thatform the vertebral crest. Scales on theback and flanks are small, irregular andkeeled. Ventral scales are smooth andslightly larger than the dorsal scales.

Similar species: Both I. iguana andPolychrus marmoratus, which has notbeen recorded from RFAD, are called“chameleons” in Amazonia. However, P.marmoratus does not have a vertebralcrest. I. iguana is the only species ofAmazonian lizard with a large roundscale below the ear opening.

Natural history: Heliothermic. Thespecies is stricly diurnal and spends mostof its time in trees, especially those overwater. Individuals, especially nestingfemales, can occasionally be found on theground. In RFAD, iguanas are frequentlyseen in regrowth forest near the edge ofthe reserve. As do other herbivorouslizards, Iguana iguana basks to maintain itsbody temperature high and facilitatedigestion of vegetable material. Clutchesconsist of 9-71 eggs deposited in theground in open areas, such as clearingsand beaches. Reproduction is seasonaland in most places occurs at thebeginning of the dry season.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Do México, através daAmérica Central e parte das Antilhas,ao Brasil Central e Paraguai.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 40 cm (incluindo acauda pode ultrapassar 1,5 m). Iguanasjovens e imaturas são verdes, usualmentecom 5-6 faixas transversais mais escurasno corpo e uma série de faixas semelhan-tes na cauda. Adultos tendem a umacoloração mais escura, podendo chegara predominantemente cinza. Cristavertebral proeminente, da nuca à extre-midade da cauda. Possui uma escamagrande e redonda situada sob a aberturado ouvido. Escamas do dorso e flancospequenas, irregulares e quilhadas. Esca-mas ventrais lisas e um pouco maioresque as dorsais.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Tanto I. iguanacomo Polychrus marmoratus são chama-das vulgarmente de “camaleão”.Polychrus, contudo, não possui cristavertebral, além de muitas outras diferen-ças. Único em I. iguana, que distingue aespécie de qualquer outra, é a escamagrande sob a abertura do ouvido.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. São estri-tamente diurnas, passando a maior partedo tempo em árvores, freqüentementesobre água. Alguns indivíduos (especial-mente fêmeas nidificando) podem serencontrados no chão. Dormem sobregalhos. Na RFAD, são encontrados maisfreqüentemente em áreas de capoeira, naperiferia da reserva. Como outros lagar-tos herbívoros, Iguana iguana toma solpara manter sua temperatura corporalrelativamente alta, facilitando adigestão da matérial vegetal. Depositaentre 9-71 ovos, em áreas abertas, comoclareiras e praias. A reprodução é sazo-nal, a desova ocorrendo no início da épo-ca seca na maioria de localidades.

A :: adulto, de Novo Airão, AMB :: subadulto grande, Novo Airão, AMC :: adulto jovem mostrando papoD :: juvenil, região de Santarém, PA

A :: adult, from Novo Airão, AMB :: large subadult, Novo Airão, AMC :: joung adult, displaying dewlapD :: juvenile, Santarém region, PA

Iguanidae | Iguaninae Iguana iguana Iguana iguana Iguana iguana Iguana iguana Iguana iguana

(LINNAEUS, 1858)

Referências/References: Hendersen (1974); Fitch & Hendersen (1977); Rand & Greene (1982);Rand & Bock (1992); Avila-Pires (1995);.

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Distribution: Most of northernSouth America east of the Andesand in the eastern portion of Brazil inAtlantic forest as far south as the stateof Espiríto Santo.

Description: SVL to 50 mm. Dorsal scalesgranular and weakly keeled. Ventral scalessmooth and slightly larger than thedorsal scales. Thigh longer than shin.Color brown to gray dorsally and creamto white ventrally. In some individuals,there can be a light-colored vertebral stripeextending from just behind the head to atleast the first one third of the tail that maybe bordered by a narrower dark brownstripe. Dewlaps of males are variable incolor and may be gray, red, yellow, orgreen. At the RFAD, male dewlaps areusually red.

Similar species: Anolis ortoni is similar,but more robust, and its thigh andshin are about the same length. Thescales on the base of the snout aresmall and keeled in A. fuscoauratus,and larger and smooth in A. ortonii.Anolis nitens has a short dewlap, anda double row of vertebral scales thatare larger than the other dorsal scales.

Natural history: Not heliothermic.A common species typically found ontrunks, limbs, and branches of treesor shrubs, or vines, in undisturbedlowland forest. They may persist inareas with some disturbance,particularly along edges where shadeis available. Individuals sleep on theends of thin branches, twigs or theupper surfaces of leaves, usually about2-3 m above the ground. Clutchesconsist of one egg, but females canproduce at least three clutches peryear. Eggs measure about 9 X 4 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Ocorre na maior partedo norte da América do Sul a leste dosAndes, e na Floresta Atlântica do lestedo Brasil, onde se estende ao sul até oEstado do Espírito Santo.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 50 mm. Escamas dasuperfície dorsal granulares e fracamen-te quilhadas. Escamas ventrais lisas eum pouco maiores que as do dorso.Coxa mais longa que a tíbia. Marrom acinza no dorso e creme a branco nasuperfície ventral. Pode ou não apre-sentar uma linha clara vertebral. Apên-dice gular bem desenvolvido nos ma-chos, pequeno nas fêmeas, variandobastante quanto à cor – cinza, cinza-ou bege-esverdeado, amarelo claro,rosa ou vináceo; na RFAD é geralmen-te em tons avermelhados.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Anolis ortoni ésemelhante, mas é mais robusta e pos-sui coxa e tíbia aproximadamente demesmo comprimento. As escamas naparte posterior do focinho são peque-nas e quilhadas em A. fuscoauratus, emaiores e lisas em A. ortonii. Anolisnitens possui apêndice gular curto euma fileira dupla de escamas vertebraismaiores que as do resto do corpo.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.É uma das espécies mais comumenteobservadas.Tipicamente ocorre navegetação, em troncos, galhos oucipós, em floresta pouca perturbada.Pode persistir em áreas perturbadas,especialmente em bordas sombreadas.Indivíduos dormem nas extremidadesde galhos finos, normalmente a 2-3 macima do chão, ou sobre folhas. Fême-as depositam apenas um ovo pordesova, mas podem produzir aomenos três desovas por ano. Ovos sãoaproximadamente 9 X 4 mm.

A :: macho adultoB :: papo macho adultoC :: listra dorsalD :: almofadas digitaisE :: superfície ventral

A :: adult maleB :: dewlap adult maleC :: dorsal stripeD :: toe padsE :: ventral surface

Iguanidae | Polychrotinae Anolis fuscoauratusAnolis fuscoauratusAnolis fuscoauratusAnolis fuscoauratusAnolis fuscoauratus

DUMÉRIL & BIBRON, 1837

Referências/References: Hoogmoed (1973), Dixon & Soini (1975), Vitt et al. (2003b).

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Distribution: In the Brazilian Amazon,this subspecies occurs in the state ofAmazonas north of the Amazon riverand east of the rio Negro, and inRoraima. It also occurs in much ofVenezuela, Trinidad, and the northernhalf of Guyana.

Description: SVL to 66 mm. A doublerow of scales along the midline of theback that are larger than the otherdorsal scales. Background color gray orbrown, indistinct dark markings on thelateral surfaces directed posteriorly andmeeting at the midline of the back toform “v”-shaped markings, and atriangular marking on the dorsalsurface between the hind limbs. Thereis usually a light brown stripe on thelateral surfaces of the tail base. Therelatively small dewlap is red.

Similar species: Other species ofAnolis occurring in the RFAD haverelatively large dewlaps in males andsmall or no dewlap in females; Anolis n.nitens has a small dewlap in both malesand females. Anolis fuscoauratus andA. ortonii are grey or mottled brown,and A. philopunctatus is greenexcepted when handled.

Natural history: Not heliothermic.Anolis n. nitens is restricted to terra firmeforest, disappearing rapidly when forest isdisturbed or cut. Most individuals are firstencountered in leaf litter, although theycan also be found on forest shrubs. Theytypically do not occur more than about 1m above the ground. They move onlyshort distances when disturbed, afterwhich they again remain motionless,seemingly disappearing into the leaf litter.Clutches consist of one egg, but femalescan produce clutches in quick succession.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Na Amazônia brasileiraocorre no estado do Amazonas ao nortedo rio Amazonas e a leste do rio Negro,e em Roraima. Também ocorre em parteda Venezuela, Trinidad e Guiana.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 66 mm. Possui umadupla fileira de escamas vertebrais au-mentadas. Coloração cinza ou marrom,com desenhos em “V” direcionadosposteriormente e com vértice na regiãovertebral. Entre os membros posterio-res ocorre uma mancha triangular es-cura. Usualmente existe junto à baseda cauda, a cada lado do corpo, umalistra marrom clara. O apêndice gular,vermelho, é relativamente pequeno,tanto nos machos como nas fêmeas.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Outras espéciesde Anolis que ocorrem na RFAD têmapêndices gulares relativamente gran-des em machos e pequenos ou inexis-tentes nas fêmeas. Anolis fuscoauratus eA. ortonii são cinza ou marron uniforme,enquanto A. philopunctatus possui corverde exceto quando perturbado.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.A espécie é restrita a floresta de terrafirme. A maioria dos indivíduos éencontrada na serapilheira, mas ocasi-onalmente são vistos em troncos e emgalhos de arbustos do sub-bosque,raramente a mais de 1 m do chão.Quando perturbados correm pequenasdistâncias, após o que ficam imóveis,parecendo sumir na serapilheira. Comoem outras espécies de Anolis, fêmeasproduzem somente um ovo por deso-va, mas é possível que apresentem maisde uma desova por estação reprodutiva.

A :: adulto em tronco de árvoreB :: adulto dormindo em cima de folhaC :: macho com apêndice gular estendidoD :: adulto em serrapilheiraE :: almofadas digitais pouco alargadas

A :: adult on tree trunkB :: adult sleeping on leaf at nightC :: male with dewlap extendedD :: adult in leaf litterE :: small toe pads

Iguanidae | Polychrotinae Anolis nitens nitensAnolis nitens nitensAnolis nitens nitensAnolis nitens nitensAnolis nitens nitens

(WAGLER, 1830)

Referências/References: Vanzolini & Williams (1970); Vitt et al. (2001); Avila-Pires (1995).

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Distribution: All of Amazonia,Guyana, French Guiana, Suriname, andthe Atlantic forest of Brazil as far southas the state of Espiríto Santo.

Description: SVL to 60 mm. Anolisortonii has relatively large, smooth, andflat scales on the posterior portion of theblunt, wide snout. Ventral scales aresmooth and larger than the dorsalscales. Color mostly gray (but sometimesmarbled yellowish brown), distinct darkbands on the tail, and no distinguishingpattern on the dorsal body surface.Some individuals have a light vertebralstripe. The orange or red dewlap islarge in males and small in females.

Similar species: Anolis ortonii is morerobust than A. fuscoauratus, whichhas thighs longer than shins. (See otherdifferences under A. fuscoauratusdescription). A. nitens has a distinctV-shaped dorsal pattern.

Natural history: Not heliothermic.Anolis ortonii is arboreal and is mostfrequently encountered on tree trunksor on top of the lower tier of horizontalbranches of forest trees. This species israrely seen in RFAD and other uplandforests, but is frequently encounteredin some inundated areas around largerivers and in secondary vegetation.Individuals can sometimes be foundsleeping on vines or large leaves. Femaleslay clutches of one egg several times peryear. The egg (about 9 X 4.5 mm) isdeposited in leaf litter or other humidmicrohabitats.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Presente em toda a Ama-zônia, incluindo as Guianas, e na Flores-ta Atlântica brasileira, onde se estendeao sul até o Estado do Espírito Santo.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 60 mm. Coloraçãogeral cinza ou marrom, uniforme oumarmoreado. Alguns indivíduos apre-sentam uma linha clara vertebral.Apêndice gular grande nos machos,pequeno nas fêmeas, variando delaranja ao vermelho. Focinho rom-budo, com escamas relativamentegrandes e lisas na parte posterior.Escamas ventrais lisas e maiores queas escamas granulares do dorso.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Confunde-seprincipalmente com A. fuscoauratus, daqual se distingue por ser mais robustoe apresentar coxa e tíbia aproximada-mente de mesmo comprimento (veroutras diferenças sob A. fuscoauratus).Os padrões de desenho no corpo dis-tinguem A. nitens de A. ortonii.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica. É umlagarto arborícola, encontrado maisfreqüentemente em troncos de árvo-res ou sobre os galhos da camada in-ferior da copa das árvores, na floresta;também na periferia de clareiras natu-rais. Na RFAD e em florestas de terrafirme, em geral, não é visto com mui-ta freqüência, ao contrário do queocorre em algumas áreas de várzea ede vegetação secundária. Ocasional-mente pode ser encontrado dormindoem cipós ou folhas grandes. Fêmeas pro-duzem várias desovas de um único ovopor ano. O ovo, de cerca de 9 X 4,5 mm,é depositado em serapilheira úmida ououtros micro-sítios úmidos.

A :: cabeça de um adultoB :: adulto em posição típica de caçaC :: juvenilD :: ventre de espécime preservado

A :: adult headB :: adult in typical foraging positionC :: juvenileD :: ventral surface of preserved specimen

Iguanidae | Polychrotinae Anolis orAnolis orAnolis orAnolis orAnolis ortoniitoniitoniitoniitonii

COPE, 1869

Referências/References: Avila-Pires (1995).

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Distribution: The species was describedfrom 5 specimens collected 90 km north-east of Manaus, later being found also inthe area of Balbina hydroelectric dam. Itsvalidity is questionable because, exceptfor the dewlap colour, it is very similar toAnolis punctatus, which occurs in all oflowland Amazonia and the Atlantic forestof Brazil south into the State of São Paulo.

Description: SVL to 90 mm(females to 81 mm). The body is slightlycompressed laterally and the scansorialpads on the digits of the front limbswell developed. A distinctly green anole,individuals can change rapidly to allbrown. Individuals may have small bluespots on the sides, and some femalesand younger individuals may have aseries of poorly defined dark crossbandson the body. The large dewlap of malesis orange with black patches. The smalldewlap of females is orange.

Similar species: This species cannot beconfused with any anole known tooccur at RFAD. However, Anolisphilopunctatus differs from A.punctatus only by the presence of largedark marks on an orange dewlap.A. punctatus does not have dark patcheson its dewlap. Therefore, it is importantto always check the dewlap color.

Natural history: Not heliothermic.An arboreal anole found on varioussized tree trunks, limbs, and in thecanopy that may jump largedistances to catch insects, sometimesfalling to the ground with theprey in the mouth. Based on data forAnolis punctatus, females probablyproduce many clutches of one egg(about 10 X 7 mm) per year.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: A espécie foi descrita combase em 5 espécimes coletados 90 km anordeste de Manaus, sendo posteriormen-te registrada também para a área dahidrelétrica de Balbina. A validade dessaespécie é incerta pois, exceto pela coloraçãodo apêndice gular, assemelha-se muito aAnolis punctatus, que é encontrada emquase todas as áreas baixas na Amazônia ena Floresta Atlântica brasileira, onde seestende ao sul até o Estado de São Paulo.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 90 mm (fêmeas até81 mm). Distintamente verde, podendomudar rapidamente para uma coloraçãomarrom-violácea. Freqüentementeapresentam pequenos pontos azuis late-ralmente, e algumas fêmeas adultas e in-divíduos jovens podem ter uma série defaixas transversais pouco distintas no cor-po. Apêndice gular grande nos machos,laranja com manchas negras. Apêndicegular pequeno nas fêmeas, amarelo oularanja. Corpo ligeiramente comprimido.Lamelas infradigitais bem desenvolvidas.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Não se con-funde com qualquer outra espécie até omomento registrada para a RFAD, masdifere de A. punctatus somente pela pre-sença de grandes manchas negras noapêndice gular laranja. É importante veri-ficar esse caráter nos exemplares que vie-rem a ser observados na RFAD.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica. É umlagarto arborícola, mais freqüentementeencontrado em troncos de árvores gran-des ou pequenas. Indivíduos dormindopodem ser encontrados sobre folhas, cipóse galhos finos horizontais. Pula grandesdistâncias para capturar presas, algumasvezes caindo até o chão com a presa naboca. Fêmeas provavelmente produzemmuitas desovas por ano, consistindo deum único ovo de cerca de 10 X 7 mm.

A :: cabeçaB :: apêndice gular (papo)C :: almofadas digitaisD :: fase verdeE :: fase marrom

A :: headB :: dewlapC :: toe padsD :: green phaseE :: brown phase

Iguanidae | Polychrotinae Anolis philopunctatusAnolis philopunctatusAnolis philopunctatusAnolis philopunctatusAnolis philopunctatus

RODRIGUES 1988

Referências/References: Rodrigues, (1988); Zimmerman & Rodrigues (1990); Pough & Magnusson (1992: 408);Gasnier et al. (1994); Vitt & Zani (1996b); Vitt et al. (2003b),

.

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Distribution: Most of the low elevationareas of Amazonia, Guyana, FrenchGuyana, Suriname and the Atlanticforest south to at least the State of SãoPaulo. The species has not been recordedfrom RFAD or the Manaus region, but isincluded because it has been recordedwithin 100 km, both north and south ofthe reserve and is frequently missed infaunal surveys.

Description: SVL to 144 mm (males to126 mm). As in other species in thegenus, the dewlap is sack like, theeyelids are partially fused, and the eyesprotrude in the form of a cone. The toesare long and the distal segment is thin,without expanded pads on the ventralsurface. There is no vertebral crest.

Similar species: The species can bedifferentiated from all other speciesin the reserve by its slow, slothlikemovements, and its partially fusedeyelids. Iguana iguana has a distinctdorsal crest and a large round scaleunder the ear opening.

Natural history: The species occursin relatively undisturbed forest andforest borders, but can be common inold secondary forest. Because it isarboreal and cryptic, it is difficult todetect, even where it is common. It isfound sleeping on the extremities offine branches at night, especially onthe borders of the forest, normallymore than 2m above the ground.Clutch size varies from 4 to 11 eggs,depending on the size of the female.Eggs measure 22-26 X 10-13 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Encontrado na maior par-te das áreas baixas da Amazônia, GuianaInglesa, Guiana Francesa e Suriname, ena Floresta Atlântica ao sul até pelo me-nos o Estado de São Paulo. A espécie nãofoi registrada na RFAD ou na região deManaus, mas esta incluída porque foiregistrada dentro de 100 km da reserva,tanto para o norte como para o sul, efreqüentemente deixa de ser incluída emlevantamentos faunísticos.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 144 mm (126 mmnos machos). Como as outras espéciesdesse gênero, têm um papo extensívelsaculiforme, pálpebras parcialmentefundidas, e olhos na forma de cone.Os dedos e artelhos são delgados, semalmofadas expandidas na superfícieventral. Não possui crista vertebral.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: A espécie podeser diferenciada de todas as outras daRFAD porque se movimenta na vege-tação de forma muito lenta, lembran-do os movimentos de uma preguiça,além de possuir pálpebras parcialmentefundidas. Iguana Iguana distigue-se deP. marmoratus por possuir uma cristadorsal distinta e uma escama grandesob a abertura do ouvido.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Ocorre em florestapouca perturbada e na borda dafloresta. Pode ser comum em florestassecundárias antigas. Como é arborícolae tem coloração críptica, é difícil deser detectada, mesmo em locais ondeé relativamente comum. À noite podeser encontrado dormindo nas extremi-dades de galhos finos de árvores,especialmente em situações de bordade mata. Normalmente dorme aalturas acima de 2m do chão.Produzem 4-11 ovos, dependendo dotamanho da fêmea. Os ovos medementre 22 X 10 e 26 X 13 mm.

A :: cabeça, indivíduo da região de AutazesB :: corpo, indivíduo da região de AutazesC :: espécime de Alta Floresta, Mato Grosso

A :: head, individual from Autazes regionB :: body, individual from Autazes regionC :: specimen from Alta Floresta, Mato Grosso

Iguanidae | Polychrotinae PPPPPolychrolychrolychrolychrolychrus marus marus marus marus marmoratusmoratusmoratusmoratusmoratus

(LINNAEUS, 1758)

Referências/References: Avila-Pires (1995).

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Distribution: All of the Amazon basin,extending into the Orinoco basin inVenezuela, Trinidad, French Guiana,Guyana and Suriname.

Description: SVL to 177 mm (femalesto 151 mm). Tufts of spiny scales oneach side of the neck . Head short andwide; body flattened, with a distinctvertebral crest; tail long and tapering.The fourth toe on the front foot islonger than the third. The claws arelong and recurved. Coloration isusually a network of green withindistinct dark transverse bandson the body and legs.

Similar species: The spiny tufts on theneck distinguish this species from allothers in the Amazon region. Plicaumbra which also occurs in the reserve,has a cylindrical body and blue inner lips.

Natural history: Not heliothermic.The species is common in undisturbedforest, but disappears when the largertrees are removed. It is strictlyscansorial, typically occurring on thetrunks and large limbs of the largesttrees in the forest. In some parts ofthe Amazon it occurs on large verticalrock surfaces. Clutches, consisting of1-5 leathery-shelled eggs averaging29 mm X 14 mm, are laid in rottingpalm trunks on the forest floor or inpalm debris on elevated surfaces.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Em toda a Amazônia,estendendo-se no nordeste daVenezuela até Trinidad, e Guiana,Guiana Francesa e Suriname.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 177 mm (151 mmnas fêmeas). Tufos de escamas espinho-sas em cada lado do pescoço. Cabeçacurta e larga; corpo achatado, com cris-ta vertebral distinta; cauda comprida eafilada. Quarto dedo mais compridoque o terceiro. Garras compridas erecurvadas. Coloração usualmente ver-de malhado, com bandas transversaisescuras indistintas. Bandas transversaisescuras também nas patas.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Os tufos deescamas espinhosas em cada lado dopescoço distinguem essa espécie detodas as outras na região amazônica.Plica umbra, que também ocorre naRFAD, tem o corpo cilíndrico e apre-senta os lábios azulados.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.É comum em floresta não perturbada,mas some rapidamente de áreas em queas árvores maiores foram retiradas.Tipicamente ocorre em troncos egalhos das árvores maiores da floresta.Em algumas partes da Amazôniaocorre em superfícies verticais deafloramentos rochosos. Produzem1-5 ovos com casca coriácea e cercade 29 X 14 mm. Locais de posturaconhecidos são troncos podres de pal-meiras no chão ou entre folhas caídasde palmeiras, em superfícies elevadas.

Iguanidae | Tropidurinae Plica plicaPlica plicaPlica plicaPlica plicaPlica plica

(LINNAEUS, 1758)

Referências/References: Avila-Pires (1995); Vitt (1991a).

A :: juvenilB :: adultoC :: adultoD :: ventre

A :: juvenileB :: adultC :: adultD :: ventral surface

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Distribution: The species occursthroughout the Amazon basin, but thissubspecies is restricted to the sectiondelimited in the west by the rio Negroand to the south by the rio Amazonas.

Description: SVL to 98 mm (femalesto 94 mm). Distinctly blue lips whichcan be seen by gently pushing thelower labial scales away from the jaw.A vertebral crest of scales is evidentfrom the nape to the anterior part ofthe body, the body is roughlycylindrical in cross section, and limbsare well developed with large, recurvedclaws. Dorsal scales are keeled, the tailis long and slender, and the fourthdigit on the front foot is longer thanthe third digit. Dorsal color pattern isvariable, and individuals change color,especially when handled. but usuallygreen to grayish-brown with indistinctdark crossbands.

Similar species: Plica umbra appearssuperficially similar to Tropidurushispidus but can easily bedistinguished by the presence of thevertebral crest. Plica umbra can bedistinguished from P. plica by itsblue inner lips and cylindrical body.

Natural history: Not heliothermic. Plicaumbra is strictly arboreal and lives on thetrunks of small to moderate-sized trees.It is usually not found on the larger treesin the forest. Most are first observed ontree trunks at about 2.5 m above ground,but they may occur at heights upto 20 m, where they are difficult to see.Clutches contain 1 or 2 eggs of about33 X 11 mm, with two eggs being mostcommon. Females probably produceseveral clutches per year.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: A distribuição geográficada espécie inclui toda a bacia amazô-nica, enquanto a subespécie é restritaà região das Guianas (delimitada pelosrios Negro e Amazonas).

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 98 mm (94 mm nasfêmeas). Os lábios azuis, facilmentevistos quando as escamas labiais damandíbula inferior são afastadas cui-dadosamente, são característicos dessaespécie. Crista vertical evidente da nucaaté o meio do corpo. Corpo quasecilíndrico em seção transversal, patase garras bem desenvolvidas, caudacomprida e afilada. Quarto dedo maiscomprido que o terceiro. Escamasdorsais quilhadas. Coloração dorsalvariável, geralmente esverdeada oumarrom-acinzentada (o mesmoindivíduo podendo mudar de cor,especialmente quando manuseado),com bandas transversais indistintas.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Tropidurushispidus pode ser, a primeira vista, con-fundido com Plica umbra, mas nãopossui crista vertebral. Plica plica distin-gue-se pelo corpo achatado, ausência delábios azuis e presença de tufos espi-nhosos nos lados do pescoço.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica. Vivenos troncos de árvores de médio epequeno porte da floresta. Dificilmenteé encontrado nas árvores maiores.A grande maioria é vista pela primeiravez a uma altura média de 2,5 m dochão, mas ocorre a alturas de até 20 mou mais, onde fica mais difícil detectá-los. Desova de 1-2 ovos com cerca de33 X 11 mm, sendo 2 ovos o maiscomum. Possivelmente produzem váriasdesovas por ano.

Iguanidae | Tropidurinae Plica umbra umbraPlica umbra umbraPlica umbra umbraPlica umbra umbraPlica umbra umbra

(LINNAEUS, 1758)

Referências/References: Magnusson & Lima (1987), Gasnier et al. (1994), Vitt et al. (1997b).

A :: cabeça e parte anterior do corpoB :: adulto em posição de caçaC :: apêndice gular (papo)D :: ventre

A :: head and forebodyB :: adult in foraging positionC :: dewlapD :: ventral surface

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Distribution: The species has a widebut disjunct geographic distribution,predominantly in the area of caatingasin northeastern Brazil and also in openformations north of the rio Amazonas.It has been introduced in CentralAmazonia in and around the city ofManaus, but has not yet beenrecorded from RFAD.

Description: SVL to 124 mm (femalesto 89 mm).Tropidurus hispidus is arather nondescript lizard. It has foldsof skin with granular scales on thesides of the neck which harbor largeconcentrations of mites. Dorsal scalesare flat and distinctly keeled; ventralscales are smooth and smaller in sizethan dorsal scales. The snout isrounded. Dorsal color is gray or darkbrown and there is a black collar onthe neck that may or may not becomplete. Ventral body surfaces arecream or tan, and the throat is mottledor speckled with black. Males haveblack patches on the ventral surfacesof the thighs.

Similar species: Superficially similar toPlica umbra, but T. hispidus does nothave a dorsal crest on any part of thebody. This is the only species occurringnear RFAD with deep mite pockets oneither side of the neck.

Natural history: Heliothermic. Thespecies occurs naturally in savannaareas and granite outcrops north ofthe rio Amazonas. In Manaus, thespecies occurs on fences and buildings.It is not found in dense forests such asthose that cover most of RFAD.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Tem distribuição amplae disjunta, predominantemente na áreadas caatingas no nordeste do Brasil, eem diversas formações abertas ao nor-te do rio Amazonas. Introduzida naAmazônia Central, nos arredores dacidade de Manaus. Até o momento nãoregistrada na RFAD.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 124 mm (fêmeas89 mm). Apresenta poucas caracterís-ticas marcantes. Existem reentrânciasprofundas revestidas por grânulos eformando bolsas onde se alojam ácaros,frequentemente em grandes concentra-ções, em cada lado do pescoço. Esca-mas dorsais achatadas, com quilhasdistintas. Escamas ventrais lisas emenores que as dorsais. Coloraçãodorsal cinza ou marrom escuro, comum colar preto que rodeia completaou parcialmente o pescoço. Superfícieventral do corpo creme ou marromclaro, garganta malhada de preto outotalmente preta. Machos com super-fície ventral da coxa preta.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Assemelha-sesuperficialmente a Plica umbra, masessa espécie apresenta crista dorsalao menos até a metade do corpo.Nenhuma outra espécie na RFAD temas reentrâncias formando bolsas nopescoço.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. Ocorrenaturalmente ao norte do rio Amazo-nas, em áreas de savana e em aflora-mentos graníticos isolados por florestatropical úmida. Em Manaus, essa espécieocorre em cercas e prédios. Não ocorrenaturalmente na floresta densa.

Iguanidae | Tropidurinae TTTTTropidurropidurropidurropidurropidurus hispidusus hispidusus hispidusus hispidusus hispidus

(SPIX, 1825)

Referências/References: Hoogmoed (1973); Vitt & Goldberg (1983); Vitt & Carvalho (1995); Frost et al. (2001a);Vitt (1995); Vitt et al. (1996, 1997c).

A :: macho adultoB :: dorso de fêmeaC :: ventre de macho

A :: adult maleB :: female dorsumC :: male ventral surface

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Distribution: The species occurs inmost of Amazonia, but this subspeciesoccurs only in Guyana, Suriname,French Guiana, and the easternAmazon of Brazil, west to Manaus.

Description: SVL to 87 mm. The tail isshorter than the snout-vent length,relatively robust, and spiny. There is novertebral crest. The backgroundcoloration of the body is green, withcrescent-like black bands that may inpart coalesce into a reticulatedpattern. Ventral surface may be lime-green to yellow.

Similar species: No other lizard inRFAD has a short spiny tail.

Natural history: Probably notheliothermic. Little is known about thisarboreal lizard, but it probably lives incavities and is active on horizontalbranches. It appears to have a clutchsize of two. A captive individual fromRFAD would only eat ants.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: A espécie ocorre emgrande parte da Amazônia, enquantoa subespécie é restrita ao Suriname,Guiana Francesa e à parte leste daAmazônia brasileira, estendendo-se aoeste até Manaus.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 87 mm. Caudaespinhosa e mais curta que o compri-mento rostro-cloacal. Não possui cristadorsal. Coloração verde, com bandaspretas em forma da meia-lua, as quaisparcialmente unem-se formando umpadrão reticulado. Superfície ventral ver-de claro ou amarela.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Nenhuma outraespécie da RFAD tem uma cauda espi-nhosa e mais curta que o comprimen-to rostro-cloacal.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Provavelmente nãoheliotérmica. Dados sobre a espéciesão escassos. É arborícola e provavel-mente vive em cavidades nas árvores.Parece depositar 2 ovos por desova.Um indivíduo da RFAD em cativeirocomeu somente formigas.

Iguanidae | Tropidurinae Uracentron azureum azureum Uracentron azureum azureum Uracentron azureum azureum Uracentron azureum azureum Uracentron azureum azureum

(LINNAEUS, 1758)

Referências/References: Avila-Pires (1995).

A :: cabeça de Uracentron azureumguentheri, do oeste do rio NegroB :: corpo lateral de Uracentron azureumguentheri, do oeste do rio NegroC :: dorso de Uracentron azureumazureum, de 90 km ao norte deManaus, AM

A :: head of Uracentron azureumguentheri, from the west bank of rio NegroB :: lateral body of Uracentron azureumguentheri, from the west bank of rio NegroC :: dorsum of Uracentron azureumazureum , 90 km north of Manaus, AM

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Distribution: Much of the Amazonbasin (except the extreme westernparts) in parts of Brasil, Bolivia,northeast Peru and eastern Colombia,and in Venezuela, Guyana, FrenchGuiana and Suriname.

Description: SVL to 156 mm. The headis relatively small and there is a distinctcrest of enlarged vertebral scalesextending from the nape to the tip ofthe tail. The tail is long and laterallycompressed. The third and fourth toes ofthe forelimbs are almost equal in length.Adult males are brown or olive brownwith orange throats, and someindividuals have many small orangespots. Juveniles and females have awavy light band along the body withdarker borders. The belly is cream or gray.

Similar species: U. superciliosus differsfrom the two species of Plica in havinglaterally compressed body and tail,third and fourth digits of the frontlimbs that are nearly equal in length,and a vertebral crest that extends tothe tip of the tail.

Natural history: Not heliothermic.Uranoscodon superciliosus occurs alongthe edge of water courses (streams,rivers, and lakes) where they perch onbranches of trees and vines. Theynormally sleep over water at night.They usually do not move far from theedge of water, but occasional individualsare found in forest where there is noapparent water. In areas where waterfrom seasonal flooding enters theforest, these lizards typically move withthe shoreline. Clutches consist of3 - 14 eggs of about 21 X 11 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Ocorre na maior parte daAmazônia, excetuando-se o extremooeste (Brasil, Bolívia, nordeste do Peru,leste da Colômbia e na Venezuela,Guiana, Guiana Francesa e Suriname).

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 156 mm. Possui acabeça relativamente pequena e umacrista dorsal proeminente, que seestende da nuca até a extremidade dacauda. Cauda comprida e achatadalateralmente. Terceiro e quarto dedosquase iguais em comprimento. Machosadultos são marrom escuros oumarrom-oliváceo, e alguns indivíduostêm o corpo recoberto por pontoslaranja. Juvenis e fêmeas têm umafaixa ondulada claro com bordas escu-ras. Região ventral creme ou parda, ma-chos adultos com garganta alaranjada.

EspécieEspécieEspécieEspécieEspéciesssss semelhante semelhante semelhante semelhante semelhantesssss: : : : : Pode serconfundida somente com as duasespécies de Plica, mas nestas a caudaé arredondada em seção transversal, oquarto dedo é mais comprido que oterceiro, e a crista vertebral estende-seno máximo até a base da cauda.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica. Ocor-re geralmente ao longo das margens decorpos de água (igarapés, rios e lagos),sobre troncos de árvores pequenas du-rante o dia, e sobre galhos de árvores ecipós, freqüentemente sobre a água, ànoite. Normalmente não se afasta mui-to da água, mas alguns indivíduospodem ser encontrados na floresta ondenão há água aparente. Em áreas onde afloresta inunda sazonalmente, esseslagartos usualmente seguem a interfaceentre a água e a terra. Desovas consis-tem de 3 a 14 ovos que medem, emmédia, 21 X 11 mm.

Iguanidae | Tropidurinae Uranoscodon superciliosus Uranoscodon superciliosus Uranoscodon superciliosus Uranoscodon superciliosus Uranoscodon superciliosus

(LINNAEUS, 1758)

Referências/References: Howland et al. (1990), Gasnier et al. (1994, 1997).

A :: macho adultoB :: juvenil recém eclodidoC :: fêmeaD :: cauda achatada lateralmenteE :: ventre

A :: adult maleB :: recently hatched juvenileC :: femaleD :: laterally compressed tailE :: ventral surface

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família Scincidae, de distribuição ao redor do mundo, exceto naspartes mais frias como Antártica e Groelândia, é representada naAmérica do Sul continental por apenas um gênero, Mabuya. Esse

gênero, compreendendo espécies da América, África e Ásia, foidesmembrado recentemente e inclui atualmente apenas as espéciesamericanas. São lagartos com escamas ciclóides, com placas ósseas(osteodermos) subjacentes, e com escamas da cabeça regulares erelativamente grandes, incluindo um par de internasais (ausentes nosTeiidae e Gymnophthalmidae). A língua é larga, sem ponta bífida.Espécies do gênero Mabuya são heliófilos e aparentemente todas asespécies são vivíparas. Apenas uma espécie, Mabuya nigropunctata,foi até o momento encontrada na RFAD.

Scincidae

A

T he lizard family Scincidae occurs around the world, except the coldestparts such as Antarctica and Greenland, but is represented in Brazilby a single genus, Mabuya. This genus included species from the

Americas, Africa and Asia, but the most recent revision includes onlyspecies from the Americas. Species in this genus have rounded scalesunderlain by bony plates (osteoderms), and relatively large regular scaleson the head, including a pair of internasals, which are absent in teiidsand gymnophthalmids. The tongue is wide and its tip is not forked.About five species of Mabuya enter the Brazilian Amazon, only one ofwhich has been recorded from RFAD.

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Distribution: The distribution includesmost of the Amazon region, andextends south to the State of MatoGrosso do Sul and in parts of theAtlantic forest of Brazil.

Description: SVL to 113 mm (malesto 107 mm). Body cylindrical, limbsshort. All the overlapping scalesappear smooth despite the fact thatmany of the body scales havethree subtle longitudinal ridges.The prefrontal and frontoparietalsare paired. The dorsal surface of thebody of adults is brown to copper-brown and a broad dark brownband extends from the eye along thelateral body surface and at least partway on the tail. The margins of thisband are not well defined, especiallydorsally. The ventral body surface isnearly white but with a sheen ofblue to green. Juveniles mayhave bright light-blue tails.

Similar species: Mabuya bistriatawhich has not been reported fromRFAD, differs from M. nigropunctata inhaving a distinct light line dorsal to thedark dorsolateral band that is partiallybordered dorsally by another darkband. Tretioscincus agilis is superficiallysimilar, but its tail is much brighter blue,it lacks internasalscales, and its tongue is forked.

Natural history: Heliothermic.M. nigropunctata occurs throughoutthe forest in open habitats, such asclearings and may be seen on theground, in leaf litter, on logs or otherdebris on the forest floor, on tree trunks,and on branches and leaves of trees.The species persists in disturbed areasin the cities of Manaus and Belém.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Em toda ou quase todaa Amazônia, estendendo-se ao sul atéo Mato Grosso do Sul; e também emparte da Floresta Atlântica.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 113 mm (machosaté 107 mm). Corpo cilíndrico e patasrelativamente curtas. Aparência lisa ebrilhante, ainda que as escamas dorsaispossam ser levemente tricarinadas.Pré-frontais e frontoparietais em pares.A maioria dos exemplares com cincosupraciliares. Região dorsal marrom-acobreada, a cada lado com uma faixalarga marrom escura, com ou semmargens claras; margem dorsal, quan-do presente, mal-definida. Regiãoventral branco-pérola ou com um tomesverdeado ou azulado. Em algumasáreas, jovens apresentam cauda azulclaro brilhante.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Mabuya bistriata,que ainda não foi encontrada na RFAD,diferencia-se pela presença de uma níti-da listra clara, dorsal à faixa lateralescura e parcialmente delimitadadorsalmente por uma listra escura; usu-almente com quatro supraciliares.Distingue-se de Tretioscincus agilis poresta ser mais colorida, ter língua bífidae não apresentar internasais.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérimca. Encon-trada em áreas relativamente abertas nafloresta, sejam clareiras naturais, ambien-tes de borda, ou outros ambientes.Freqüentemente sobre galhos e troncoscaídos, a baixas alturas, mas também nodossel. Mantém-se em ambientes pertur-bados, mesmo em algumas áreasarborizadas dentro de cidades como Beléme Manaus. Além de invertebrados, predatambém outros lagartos. Vivípara, podeter entre 2-9 embriões simultaneamente.

A :: cabeça de adultoB :: corpo lateral de adultoC :: juvenil com cauda azulD :: ventreE :: superfície dorsal da cabeça

A :: adult headB :: adult, lateral bodyC :: juvenile with blue tailD :: ventral surfaceE :: dorsal surfaceof head

Scincidae | Lygosominae Mabuya nigropunctataMabuya nigropunctataMabuya nigropunctataMabuya nigropunctataMabuya nigropunctata

(SPIX, 1825)

Referências/References: Hoogmoed & Avila-Pires (1991); Vitt & Blackburn (1991); Blackburn & Vitt(1992); Avila-Pires (1995).

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família Gymnophthalmidae contém aproximadamente 30 gênerosde lagartos pequenos, a maioria dos quais com patas curtas, corpo ecauda alongados. As escamas da cabeça são relativamente grandes e

regulares e as nasais amplamente separadas pela frontonasal. A maioriadas espécies possui pálpebra móvel, com uma janela semitransparentecentral. A língua é bífida. Os lagartos dessa família vivem, em suamaioria, na serapilheira ou em vegetação baixa. Em algumas espécies,as patas dianteiras e/ou traseiras são reduzidas a vestígios e o corpo ecauda são extremamente alongados, dando-lhes uma aparência vermi-forme. Essas espécies são fossoriais ou vivem sob/entre a serapilheira. Afamília é restrita ao Novo Mundo, estando presente na maior parte daAmérica do Sul e estendendo-se ao norte até o sul do México. Existempelo menos 30 espécies de Gymnophthalmidae na Amazônia brasileirae outras certamente serão descobertas no futuro. Dez espécies e oitogêneros são conhecidos da RFAD.

Gymnophthalmidae

A

T he family Gymnophthalmidae contains about 30 genera of small-bodied lizards, most of which have small limbs, elongate bodies, andlong tails. The head scales are relatively large and regular, with the

nasals widely separated by the internasals. Most species have a movableeyelid with a transparent central window. The tongue is bifid. Mostspecies live in leaf litter or on low vegetation. Some species have frontand/or hind limbs reduced to vestiges, with extreme elongation of thebody and tail. These wormlike gymnophthalmids are fossorial or livebeneath leaf litter. The family is restricted to the New World, with speciesoccurring from southern Mexico through most of South America. Thereare at least 30 species of gymnophthalmids in the Amazon of Brazil andundoubtedly more will be discovered. Ten species in eight genera areknown to occur in RFAD.

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Distribution: Most of Amazonia(Brazil, Peru, Ecuador, southernColombia, French Guiana, Suriname,and Guyana), except the southeasternportion.

Description: SVL to 64 mm (males to61 mm). Dorsal scales are rhomboidand distinctly keeled; ventral scalessmooth or with broad low keels. Limbsare well developed but not long. Theposterior margins of the last three headscales (2 parietals and the interparietal)form a straight transverse line (seeFigure 27C in the morphological key).Coloration predominantly brown withirregular black marking on the midlineof the dorsal surface extending downmost of the tail. Sexually mature malesusually have a broad black lateral lineon the body, bordered ventrally by awhite or cream stripe.

Similar species: The parietals andinterparietal form a curve at the backof the head in Leposoma. The verylarge uniform sized keeled dorsal scalesdistinguish A. angulatus from othergymnophthalmids known to occurin RFAD.

Natural history: Not heliothermic.Alopoglossus angulatus is mostcommon in leaf litter in damp areasincluding edges of swamps, forest nearstreams, especially where occasionalflooding occurs, and along streamswithin mats of leaves left by flooding.When disturbed, individuals usuallydisappear into leaf litter or otherretreats, such as within roots of stiltpalms. If they are disturbed near water,they often jump into the water.Eggs (12.6 X 9.6 mm) are laid wheresunlight reaches the forest floor.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Na maior parte daAmazônia (Brasil, Peru, Equador, sul daColômbia, Guiana, Suriname e GuianaFrancesa), exceto na porção sudeste.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 64 mm (machosaté 61 mm). Escamas dorsais rombóidese distintamente quilhadas, escamas ven-trais lisas ou com quilhas largas e baixas.Patas bem desenvolvidas, mas relativa-mente curtas. Margem posterior das úl-timas três escamas grandes da cabeça (2parietais e interparietal) formam umalinha reta transversal (ver figura 27C nachave morfológica). Marrom com man-chas pretas irregulares no dorso, que seestendem sobre a maior parte da cauda.Machos sexualmente maduros usualmen-te com larga faixa negra nos flancos,ladeada ventralmente por uma listra bran-ca ou creme.

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Em espécies deLeposoma as parietais e interparietais for-mam uma linha curva. As escamas docorpo grandes e quilhadas, de tamanhouniforme, distinguem A. angulatusdos outros Gymnophthalmidae que ocor-rem na RFAD.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.É mais comum na serapilheira de áreasúmidas como as margens de alagados,florestas perto de riachos, especialmen-te nas áreas inundadas periodicamente,e nos acúmulos de folhas deixadas pelasinundações. Quando perturbado, desa-parece na serapilheira ou outros abrigosou, quando próximo à água, corre paraela e mergulha. Desovas de dois ovosde ~ 12,6 X 9,6 mm, depositados emsolo arenoso, em local onde ao menosalguns raios solares atingem o chão (pró-ximo a troncos de grandes árvores, par-tes mais altas dos barrancos de riachos esolo exposto próximo a raízes de árvorescaídas). A reprodução ocorre durante aépoca de chuva.

A :: cabeça de jovemB :: adulto do rio Formosa, ROC :: ventre de jovem

A :: head of juvenileB :: adult from rio Fomosa, ROC :: ventral surface of juvenile

Gymnophthalmidae | Alopoglossinae Alopoglossus angulatusAlopoglossus angulatusAlopoglossus angulatusAlopoglossus angulatusAlopoglossus angulatus

(SPIX, 1825)

Referências/References: Hoogmoed & Avila-Pires (1989); Zimmerman & Rodrigues (1990) (the last two authorsreferred to the species as A. carinicaudatus); Martins (1991); Vitt & Zani (1996b).

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Distribution: Most of Amazonia(Brazil, Peru, Ecuador, southernColombia, French Guiana, Suriname,and Guyana) except the southeasternportion.

Description: SVL to 71 mm. Anelongate gymnophthalmid with welldeveloped limbs and a long tail. Its bodyis slightly flattened. Dorsal scales arelonger than wide, hexagonal, distinctlykeeled, and arranged in transverse rows.Ventral scales are smooth. Three largescales on the posterior portion of thedorsal surface of the head form astraight line across their posterior edgesand are followed by a row of occipitalscales. The underside of the head has4 pairs of large scales (see figure 30A inthe morphological key). Dorsal colorationis brown without distinct markings.Cream colored circular patches on a darkbackground are ususally present on thesides of the neck and on the anteriorpart of the flanks. Tails of juveniles maybe reddish. The ventral region is creamishbrown in juveniles and females. Sexuallymature males are orange to salmoncolored on the ventral surface duringthe breeding season.

Similar species: Ptychoglossusbrevifrontalis has relatively shorterlimbs and only three pairs of largescales on the underside of the head.Alopoglossus angulatus does not havethe row of enlarged occipital scales.

Natural history: Not heliothermic.Arthrosaura reticulata occurs primarily inleaf litter of undisturbed lowland forest.They appear to be most common nearstreams. These alert lizards rapidlydisappear into leaf litter, under logs, orinto holes among roots of trees or shrubswhen disturbed. Clutches consist of twoeggs about 12 X 6 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Na maior parte da Amazô-nia (Brasil, Peru, Equador, sul daColômbia, Guiana, Suriname e GuianaFrancesa), exceto na porção sudeste.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 71 mm. Corpo ligeira-mente achatado, patas bem desenvolvi-das e cauda longa. Escamas dorsaisalongadas, hexagonais e quilhadas, esca-mas ventrais lisas. As bordas posterioresdas parietais e interparietais, na parte pos-terior da cabeça, formam uma linha retae estão em contato posteriormente comuma série transversal de escamasoccipitais. Na superfície ventral, a cabeçaapresenta quatro pares de escamasgrandes (ver Figura 30A na chavemorfológica). Coloração dorsal marrom,sem manchas distintas. Superfície ventralmarron claro em juvenis e fêmeas. Machosadultos pode ter superfícies ventraisvermelhas na época de reprodução.Manchas circulares creme num fundoescuro usualmente presentes nos lados dopescoço e região anterior dos flancos. Acauda de indivíduos jovens pode seravermelhada.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Ptychoglossusbrevifrontalis, com quem se confundesuperficialmente, difere pelas proporçõescorporais (membros relativamente maiscurtos nesta) e pela presença de apenastrês pares de grandes escamas na regiãoventral da cabeça. De Alopoglossusangulatus difere pela ausência nesta es-pécie de escamas occipitais.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.Ocorre na serapilheira de floresta tropi-cal úmida primária. Parece ser mais co-mum próximo a riachos. Quando sesentem ameaçados, se escondem rapi-damente na serapilheira, embaixo detroncos ou entre raízes de árvores ou ar-bustos. Fêmeas produzem dois ovos,de ~12 X 6 mm cada, por desova.

A :: machoB :: cabeça de machoC :: corpoD :: ventre

A :: maleB :: male headC :: bodyD :: ventral surface

Gymnophthalmidae | Ecpleopinae ArArArArArthrosaura reticulatathrosaura reticulatathrosaura reticulatathrosaura reticulatathrosaura reticulata

(O’SHAUGHNESSY, 1881)

Referências/References: Hoogmoed (1973); Martins (1991); Vitt & Zani (1996b).

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Distribution: Northern South Americasouth to southern Pará State in Brazil.

Description: SVL to 80 mm (67 mmin males). A wormlike lizard withextremely degenerate limbs, acylindrical body and tail, an eyelid witha transparent window. Three or fewertoes on each foot. All the longsmooth rectangular body scales arein transverse rows, giving the impressionthat the lizard is ringed. The dorsalsurface of the body is brown toorange-brown with light longitudinalstripes and or spots. The ventral bodysurface is tan.

Similar species: Bachia panoplia issimilar in form, but has hexagonal keeledrather than rectangular smooth dorsalscales, and four toes on each foot.

Natural history: Fossorial, notheliothermic. Found in leaf litter, undersurface objects such as logs or palmdebris, within the roots of trees andpalms, and in nests of leaf-cutter ants.They can persist in areas of secondgrowth and in small patches ofappropriate habitat, including gardenswithin cities. As the only recorded clutchsize (1) is different from that (2) of allother members of the family, it may notbe typical of the species. The only eggmeasurement was 11.5 X 4.1 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Norte da América do Sul,ao sul do Amazonas no estado do Pará,ao norte em praticamente toda a re-gião das Guianas e sul da Colômbia.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 80 mm (67 mm nosmachos). Lagarto vermiforme, compatas extremamente reduzidas, corpoe cauda cilíndricos, pálpebras comjanela transparente. Três ou menosdedos em cada pata. Escamas docorpo lisas, retangulares e mais com-pridas que largas, em fileiras transver-sais dando a impressão que o lagartotem anéis. Superfície do corpo marroma marrom-alaranjada, com linhas lon-gitudinais ou manchas claras. Superfí-cie ventral marrom clara.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Pode ser confundi-da com Bachia panoplia, mas esta apre-senta escamas dorsais hexagonais equilhadas, e quatro dedos em cada pata.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Fossorial, não helio-térmica. Encontrada na serapilheira, sobobjetos no chão como folhas de palmei-ras, entre raízes de árvores e palmeiras,e em sauveiros. Permanece em áreas deregeneração e em pequenas manchas devegetação com o habitat apropriado,como jardins em áreas urbanas. O únicotamanho da desova registrada foi de umovo. Como isto é diferente daquele (2)registrado para todas as outras espéciesda família, pode não ser típico da espé-cie. A única medida de um ovo foi de11,5 X 4,1 mm.

A :: vista dorsalB :: vista lateral

A :: dorsal viewB :: lateral view

Gymnophthalmidae | Cercosaurinae Bachia flavescensBachia flavescensBachia flavescensBachia flavescensBachia flavescens

(BONNATERRE, 1789)

Referências/References: Beebe (1945), Hoogmoed (1973), Hoogmoed & Lescure (1975), Gasc (1981), Martins (1991).

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Distribution: This secretive lizard isknown from only a few localities nearManaus, including RFAD and theBiological Dynamics of ForestFragments Project approximately80 km north of Manaus.

Description: SVL to 82 mm.A wormlike lizard with extremelydegenerate limbs, a cylindrical bodyand tail, and an eyelid with atransparent window. Four tinytoes on each foot. The body scalesare arranged in transverse rows givinga ringed appearance. The hexagonshaped dorsal scales are keeled andconsiderably longer than wide.The dorsal coloration is brown withcream-colored distinct dorsolaterallines. The ventral surface of thebody is cream colored.

Similar species: The only otherwormlike lizard in RFAD is Bachiaflavescens, but that species hassmooth rectangular dorsal scales andonly 3 toes or a tubercle on each foot.

Natural history: Fossorial, notheliothermic. The species has beenrecorded from leaf litter of bothelevated and well drained forest, suchas the INPA campus in Manaus andhumid stream valleys. Nothing isknown of its reproduction.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Conhecido até o momen-to apenas de Manaus e arredores,inclusive nas Reservas Ducke e do Pro-jeto de Dinâmica Biológica de Frag-mentos Florestais, a cerca de 80 kmao norte de Manaus.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 82 mm. Lagartovermiforme, com patas extremamentereduzidas, corpo e cauda cilíndricos epálpebras com janelas transparentes.Quatro pequenos dedos em cada pata.Escamas do corpo em fileiras transver-sais, dando a aparência de anéis. Esca-mas dorsais hexagonais, mais longasque largas, e quilhadas. Coloraçãodorsal marrom, com listras dorsolateraiscreme. Superfície ventral creme.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: O único outrolagarto vermiforme é Bachia flavescens,da qual difere na forma das escamasdorsais. Apresenta também mem-bros mais desenvolvidos, com quatropequenos dígitos, enquanto emB. flavescens ocorrem de um a trêsdígitos, ou apenas um tubérculo.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Fossorial, não heliotér-mica. Aparentemente ocorre entre aserapilheira de florestas elevadas e bemdrenadas (como o campus do INPA emManaus) e em baixios próximo aigarapés. Nada é conhecido sobre areprodução desta espécie.

A :: cabeçaB :: cabeça dorsalC :: cabeça ventralD :: adulto

A :: headB :: dorsal headC :: ventral surface of headD :: adult

Gymnophthalmidae | Cercosaurinae Bachia panopliaBachia panopliaBachia panopliaBachia panopliaBachia panoplia

THOMAS, 1965

Referências/References: Zimmerman & Rodrigues (1990), Avila-Pires (1995).

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Distribution: Most of the Amazonbasin, (Equador, southern Colombia,Peru, Bolivia and Brazil) and Guyana,Suriname, and French Guiana.Nevertheless, there are many gaps inthe known distribution.

Description: SVL to 59 mm (femalesto 56 mm). Smooth dorsal and ventralscales arranged in two longitudinalrows. The body is elongate, the tail upto two times the snout-vent lengthand the limbs are well developed butsmall. The overall dorsal coloration isbrown but there is often red or orangepigmentation apparent on the head,neck, and anterior portion of the body.The ventral body surface is cream incolor, or salmon red in adult males.

Similar species: Arthrosaura reticulatae Ptychoglossus brevifrontalis are themost similar, but the smooth dorsaland ventral scales arranged in twolongitudinal rows distinguish I. elegansfrom all other lizards at RFAD.

Natural history: Possibly heliothermic,Iphisa e. elegans occurs in leaf litterand is active on the surface of leaf litterwhen there is some sun available.Individuals can be observed on cloudydays as well, but they are much lesscommon when sun is not available.These extremely wary and fast movinglizards disappear into the leaf litterwhen disturbed. Clutches consist oftwo eggs. Eggs collected in a rottenpiece of wood averaged 11 X 7.5 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Em grande parte da Ama-zônia, incluindo as três Guianas, Equa-dor, sul da Colômbia, Peru, Bolívia eBrasil. Contudo, há ainda várias lacu-nas na distribuição conhecida.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 59 mm (nas fême-as 56 mm). Escamas dorsais e ventraislisas, em duas fileiras longitudinais.Corpo comprido, cauda até duasvezes o comprimento rostro-cloacal,e patas curtas mas bem desenvolvi-das. Coloração dorsal marrom, ante-riormente num tom marrom-tijolo,posteriormente marrom escuro. Super-fície ventral creme ou, em machosadultos, rosa-salmão.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Ar throsaurareticulata e Ptychoglossus brevifrontalissão as que mais se aproximam, mas asescamas dorsais e ventrais lisas, emduas fileiras longitudinais diferenciamI. elegans de todas os outros lagartosde RFAD.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Possívelmente heliotér-mica, é mais ativa na superfície daserapilheira quando raios de sol atingemo chão, ainda que eventualmente se-jam observados em dias nublados. Sãolagartos bem ariscos e rápidos. Fêmeasdepositam dois ovos por desova. Ovoscoletados num pedaço de pau podremediram em média 11 X 7,5 mm.

A :: adulto, rio Formosa, RondôniaB :: adulto, rio Abuanã, Rondônia

A :: adult, rio Formosa, RondôniaB :: adult, rio Abuanã, Rondônia

Gymnophthalmidae | Gymnophthalminae Iphisa elegansIphisa elegansIphisa elegansIphisa elegansIphisa elegans

GRAY, 1851

Referências/References: Beebe (1945), Hoogmoed (1973), Duellman (1978), Hoogmoed & Avila-Pires (1991).

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Distribution: This species has beenconfounded with L. guianense. Itsdistribution is not yet clear.

Description: SVL to 39 mm. Limbs arewell developed, tail is about 140-190%of body length. Posterior margin of theparietal and interparietal rounded.Dorsal scales hexagon to phylloidshaped. Brown colored lizard with nodistinct markings allowing easyidentification. A pale dorsolateral stripeis usually present, which follows adarker stripe that extends to the baseof the tail. The ventral region of adultmales is orange to orange-red.

Similar species: The only lizards at theRFAD with which this species can beconfused are Leposoma percarinatum,Alopoglossus angulatus, andArthrosaura reticulata. It can bedistinguished from A. angulatus andA. reticulata because in those speciesthe posterior margins of the parietaland interparietal scales on the dorsalsurface of the head form a straightposterior margin. L. sp. can bedistinguished from L. percarinatum bythe lateral edges of the parietal, whichare not parallel in this species, butnearly parallel in L. percarinatum. It has1-2 small scales separating the thirdsupraocular from the supraciliaries,which are absent in L. percarinatum.(see figure 27A in morphological keyLeposoma sp. has 30-35 scales alongthe vertebral line between theinterparietal and the posterior marginof the hind legs. There are 35-40 ofthese scales in L. percarinatum.

Natural history: Not heliothermic.They are encounterd in leaf litter orpalm leaves on the ground in forests,and in varzea.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Essa espécie vinha sendoconfundida com L. guianense. Sua distri-buição ainda não é bem conhecida.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 39 mm. Membrosbem desenvolvidos, cauda 140-190%do comprimento do corpo. Margemposterior da parietal e interparietalarredondada. Dorsais hexagonais afilóides, quilhadas. De cor marrom, semmarcações que facilmente permitamcaracteriza-lo. Usualmente com uma lis-tra dorsolateral clara na região anteriordo corpo, acompanhando parcialmenteuma listra escura que se estende à baseda cauda. Região ventral em machosadultos laranja a laranja-avermelhada.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Os únicos lagartosna RFAD com os quais a espécie podeser confundida são Leposomapercarinatum, Alopoglossus angulatus,e Arthrosaura reticulata. Distinguidofacilmente de A. angulatus eA. reticulata pela forma da margemposterior das escamas parietal einterparietal, reta nestas espécies.De L. percarinatum distingue-se por(1) lados da escama interparietal diver-gentes nessa espécie, paralelos ou qua-se em L. percarinatum; (2) presença de1-2 pequenas escamas separando a3a supraocular das supraciliares, esca-mas essas ausentes em L. percarinatum;(ver figura 27A na chave morfológica)e (3) 30-35 escamas em uma linhavertebral entre a interparietal e a margemposterior dos membros em Leposoma sp.,35-40 em L. percarinatum.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.Encontrada na serapilheira ou folhas depalmeiras no chão da floresta, tambémem área de várzea.

A :: adultoB :: dorsoC :: ventre de fêmea

A :: adultB :: dorsumC :: ventral surface of female

Gymnophthalmidae | Ecpleopinae Leposoma Leposoma Leposoma Leposoma Leposoma sp.sp.sp.sp.sp.

Referências/References: Espécie está sendo descrita por Miguel Trefaut Rodrigues e colegas / Species is beingdescribed by Miguel Trefaut Rodrigues and colleagues.

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Distribution: The distribution likelyincludes much of Amazonia, but thelimits of the distribution, especially inthe south and west, are poorly known.

Description: SVL to 37 mm. Thespecies is unisexual; all individualsare females. The keeled dorsal scalesare hexagonal to oblique rectangular.Upper parts generally dark brown anda dorsolateral stripe that varies frompale brown to nearly black. The ventralsurface varies from white to pink.

Similar species: The only lizards atthe RFAD with which L. percarinatumcan be confused are Leposoma sp.,Alopoglossus angulatus, andArthrosaura reticulata. It can bedistinguished from A. angulatus andA. reticulata because in those speciesthe posterior margins of the parietaland interparietal scales on the dorsalsurface of the head form a straightposterior margin. L. sp. can bedistinguished from L. percarinatum bythe lateral edges of the parietal, whichare not parallel in L. sp., but nearlyparallel in L. percarinatum. L. sp. has1-2 small scales separating the thirdsupraocular from the supraciliaries,which are absent in L. percarinatum.(see figure 27A and B in morphologicalkey)L. sp. has 30-35 scales along thevertebral line between the interparietaland the posterior margin of the hindlegs. There are 35-40 of these scalesin L. percarinatum.

Natural history: Not heliothermic.A leaf litter species that is mostprevalent in swampy areas, varzeaforest, or along streams. Clutchesconsist of two eggs that are about7.2 mm X 4.4 mm.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Parece ocorrer em gran-de parte da Amazônia, mas os limitesde distribuição, especialmente ao sul ea oeste, não são bem conhecidos.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 37 mm. É umaespécie unisexual, só existindo fêmeas.Proporções dos membros e caudasemelhantes aos de L. sp. Dorsaishexagonais a retangulares (em posiçãooblíqua), quilhadas. Cor marrom escu-ro, com listra dorsolateral marromclaro a quase preta. Superfície ventralesbranquiçada ou rosada.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Os únicos la-gartos na RFAD com os quaisL. percarinatum pode ser confundido sãoLeposoma sp., Alopoglossus angulatus,e Arthrosaura reticulata. Distinguido fa-cilmente de A. angulatus e A. reticulatapela forma da margem posterior das es-camas parietal e interparietal, reta nestasespécies. De L. sp. distingue-se por(1) lados da escama interparietal diver-gentes em L. sp., paralelos ou quase emL. percarinatum; (2) presença de1-2 pequenas escamas separando a3a supraocular das supraciliares emL. sp., escamas essas ausentes emL. percarinatum (ver figura 27A e B nachave morfológica); e (3) 30-35 esca-mas em uma linha vertebral entre ainterparietal e a margem posterior dosmembros em L. sp, 35-40 emL. percarinatum.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.Espécie da serapilheira que ocorre prin-cipalmente em áreas pantanosas, flo-resta de várzea, ou perto de igarapés.Fêmeas desta espécie partenogenéticaproduzem dois ovos por desova, me-dindo em média 7,2 X 4,4 mm.

A :: cabeçaB :: vista lateralC :: dorso

A :: headB :: lateral viewC :: dorsum

Gymnophthalmidae | Ecpleopinae Leposoma percarinatumLeposoma percarinatumLeposoma percarinatumLeposoma percarinatumLeposoma percarinatum

Referências/References: Beebe (1945), Avila-Pires (1995).

(MÜLLER, 1923)

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Distribution: Eastern Amazon andalong the northeastern part of SouthAmerica from eastern Venezuela throughGuyana, Suriname, and French Guiana.

Description: SVL to 109 mm (females95 mm). Dorsal scales are variable in sizewith distinct relatively large tuberclesdistributed among smaller scales.The tail is laterally compressed withtwo rows of enlarged scales on eachside of the dorsolateral surface. Thedorsal surface of the head, body, and tailis brown.The ventral surface varies fromyellow or orange-yellow (adult males) towhite (females and immatures).

Similar species: The distinct relativelylarge tubercles distributed among smallerscales on the back and the laterallycompressed tail with two rows ofenlarged scales on each side of thedorsolateral surface distinguish this lizardfrom all others known to occur in RFAD.Crocodilurus amazonicus also has alaterally compressed tail with two rowsof enlarged scales on each side of thedorsolateral surface of the tail, but ismuch larger and lacks large tubercularscales on the back.

Natural history: Not heliothermic. N.bicarinatus occurs along stream banks, indamp leaf litter associated with streams,and in marshy overflow areas of streams.Individuals forage in leaf litter and othersurface debris in damp areas alongstreams and likely in water as well. Thediet consists of snails, insects, millipedes,spiders, and even small fish. A nest foundin a sandy bank nearly 1 m above thewater level of a stream in RFAD containedtwo eggs. The female had just depositedthe eggs and had not yet covered theopening to the nest chamber. The eggsaveraged 18.8 mm x 10 mm, and 1.1 g.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Na Amazônia orientale maior parte da região das Guianas,no Brasil, Guiana Francesa, Suriname,Guiana e sul da Venezuela.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 109 mm (fêmeas96 mm). Escamas dorsais com esca-mas maiores em fileiras longitudinaisseparadas por escamas menores. Cau-da comprimida lateralmente, com umacrista dupla dorsolateral. Região dorsalmarrom, região ventral amarela oularanja-amarelada nos machos adultos,branca nas fêmeas e jovens.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Os tubérculos nocorpo e a cauda com dupla cristadorsolateral distinguem N. bicarinatus detodas as outras espécies de lagartoconhecidas da RFAD. Crocodilurusamazonicus também tem uma cristadupla na cauda, mas é muito maior enão possui tubérculos no corpo.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Não heliotérmica.Distribui-se ao longo de cursos deágua, onde ocorre nos barrancos dosigarapés, na serapilheira úmida associa-da a eles, e em áreas pantanosas inun-dadas por igarapés. Forrageia usualmen-te perto d´água, a dieta consistindo decaramujos, insetos, embuás, aranhas, eaté pequenos peixes. Um ninhoencontrado na RFAD, a cerca de 1macima do nível da água num igarapé,tinha dois ovos. A fêmea acabara dedepositar os ovos e ainda não haviacoberto a abertura da câmara do ninho.Os ovos mediram, em média, 18,8 X10 mm e pesaram 1,1 g. Os jovensrecém-eclodidos mediram em média35.5 mm CRC e pesaram 1,2 g. Outrasobservações também indicam que otamanho da desova é dois.

A :: cabeça de fêmea adultaB :: fêmea adultaC :: ventre de fêmea

A :: head of adult femaleB :: adult femaleC :: ventral surface of female

Gymnophthalmidae | Cercosaurinae NeusticurNeusticurNeusticurNeusticurNeusticurus bicarinatusus bicarinatusus bicarinatusus bicarinatusus bicarinatus

Referências/References: Uzzell (1966), Hoogmoed (1973), Martins (1991), Avila-Pires (1995).

(LINNAEUS, 1758)

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Distribution: The species is knownfrom several localities in the west andsouthwest of Amazonia (southeast ofColombia, Ecuador, eastern Peru,Bolivia), and a single record in the easton the Brazil-Suriname border. It was firstrecorded from RFAD in 2005.

Description: SVL to 64 mm (60 mm infemales). The body is slightly flattened,the legs are relatively short, and the tailis long. Dorsal scales elongated,hexagonal, with low median keels,which tend to be smoother and moreregular laterally. Ventral scales aresmooth. The posterior borders of theparietals and interparietals form astraight line, and they are in contactwith a transverse line of occipital scales.There are three pairs of large scales onthe lower surface of the head. Dorsalcoloration is predominantly brown, andthere may be round cream or orangespots on the sides of the body. Theundersurface of adult males is orange.

Similar species: The species could beconfused with Arthrosaura reticulata,but A. reticulata has four pairs of largescales on the undersurface of the head.

Natural history: Probably notheliothermic. The species inhabits leaflitter and is so rarely encountered thatlittle is known of its natural history.Clutches of two eggs have been reported.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Conhecido por váriosregistros no oeste e sudoeste da Amazô-nia (sudeste da Colômbia, Equador, les-te do Peru, Bolívia e Rondônia, no Bra-sil), mas até recentemente com um úni-co registro mais a leste, na fronteira doBrasil com o Suriname. Foi encontradopela primeira vez na RFAD em 2005.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 64 mm (60 mm nasfêmeas). Corpo ligeiramente achatado,patas relativamente curtas e caudalonga. Escamas dorsais alongadas,hexagonais, com quilha mediana bai-xa; lateralmente tornam-se retangula-res e lisas. Escamas ventrais lisas. Asbordas posteriores das parietais einterparietais formam uma linha reta eestão em contato posteriormente comuma série transversal de escamasoccipitais. Na superfície ventral, a ca-beça apresenta três pares de escamasgrandes. Coloração dorsal marrom,podendo apresentar manchas circula-res creme a laranja nos lados do cor-po. Região ventral em machos adultosde cor laranja.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: É facilmenteconfundido com Arthrosaura reticulata,de quem difere pela presença, emA. reticulata, de quatro pares de esca-mas na região ventral da cabeça.Observam-se também diferenças nasproporções dos membros e na formade várias escamas do corpo.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Provavelmente nãoheliotérmica. Ocorre na serapilheira,mas pouco se conhece sobre a espé-cie, sendo muito raramente encontra-da. Desovas consistem de 2 ovos.

A :: cabeça de fêmea adultaB :: corpo lateral de fêmea adultaC :: dorso de fêmea adulta

A :: head of adult femaleB :: lateral body of adult femaleC :: dorsum of adult female

Gymnophthalmidae | Alopoglossinae Ptychoglossus brevifrontalisPtychoglossus brevifrontalisPtychoglossus brevifrontalisPtychoglossus brevifrontalisPtychoglossus brevifrontalis

Referências/References: Avila-Pires (1995).

(LINNAEUS, 1758)

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Distribution: In the eastern part of theGuyanan shield, including Brasil,French Guiana, Suriname and Guyana,south of the rio Amazonas in ParáState, west to the rio Xingu.

Description: SVL to 62 mm (59 mm infemales). Dorsal and ventral scalessmooth, glossy, forming 16 longitudinalrows around the body. Dorsal colorationis copper-brown and there is a lightcolored dorsolateral stripe (salmon topale orange anteriorly graduallychanging to yellow/green on theposterior part of the body) that extendsfrom the tip of the snout to the base ofthe tail where the light coloration isreplaced by blue. Flanks black. The tail isbrilliant blue. Ventral body coloration iswhite or slightly tinted with green andthere are tiny black dots interspersedon ventral scales.

Similar species: Mabuya nigropunctataindividuals are also smooth and glossy,and juveniles may have light blue tails.However, T. agilis is the only lizard specieswith a bright blue tail in RFAD.M. nigropunctata also differs in havingmuch more then 2 rows of dorsalscales.

Natural history: The species appearsto be heliothermic, and individuals areencountered moving rapidly in patchesof direct sun. Usually found in forest,up to two meters above the ground ondead or live tree trunks (especially thosewith cavities), and lianas. They may alsobe observed in leaf litter. There areno data available on reproduction.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: No leste das Guianas,incluindo Brasil, Guiana Francesa,Suriname e Guiana, e ao sul do rioAmazonas no Pará, ao leste do rio Xingu.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 62 mm (59 mm nasfêmeas). Escamas dorsais e ventraislisas, brilhantes, formando 16 fileiraslongitudinais ao redor do corpo. Colo-ração dorsal marrom-acobreado, comlistra dorsolateral salmão a laranjaanteriormente, passando a amarelo-esverdeada posteriormente. Flancosnegros. Cauda azul brilhante. Colora-ção ventral branco-pérola ou esverdeada,em parte salpicado de preto.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Mabuya nigro-punctata também tem escamas lisas e,juvenis podem ter caudas azul claro, masT. agilis é a única espécie de lagarto comuma cauda azul brilhante na RFAD.M. nigropunctata também difere porter muito mais que 2 fileiras de escamasno dorso.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Parece ser heliotér-mica, pois freqüentemente é vista aosol. Encontrada na floresta próximo aárvores caídas, em situações deborda, e ocasionalmente em clareiras,usualmente em troncos de árvoresvivas ou mortas (especialmente aque-las com cavidades) e lianas, a até 2mdo chão. Eventualmente na serapilheira.Não existem informações publicadassobre reprodução.

A :: corpo lateralB :: dorsoC :: superfície ventral

A :: lateral bodyB :: dorsumC :: ventral surface

Gymnophthalmidae | Gymnophthalminae TTTTTretioscincus agilisretioscincus agilisretioscincus agilisretioscincus agilisretioscincus agilis

Referências/References: Hoogmoed (1973), Gasc (1981), Zimmerman & Rodrigues (1990), Martins (1991), Avila-Pires (1995).

(RUTHVEN, 1916)

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família Teiidae ocorre somente no Novo Mundo. As escamas dacabeça são relativamente grandes e regulares e as nasais estão emcontato dorsalmente. A língua é bífida. Seis gêneros e pelo menos 13

espécies são conhecidos da Amazônia brasileira. A maioria das espéciesde Teiidae forrageia ativamente e é heliotérmica, mantendo temperatu-ras corporais relativamente altas durante o período de atividade.Algumas espécies do gênero Kentropyx são semi-arborícolas e espéciesde Crocodilurus e Dracaena são semi-aquáticas; os demais são terres-tres. Espécies de três gêneros, Ameiva, Kentropyx e Tupinambis, sãoconhecidas da RFAD. Espécies de Cnemidophorus e Crocodilurus sãoencontradas na cidade de Manaus, e podem vir a ser encontrada nareserva no futuro.

Teiidae

A

T he family Teiidae is restricted to the New World. The head scales arerelatively large and regular, and the nasal scales abut dorsally.The tongue is bifid. Six genera and at least 13 species are known

from the Brazilian Amazon. Most teiids forage actively and maintainrelatively high body temperatures during activity periods. Some speciesin the genus Kentropyx are semi-arboreal, two genera (Crocodilurusand Dracaena) are semi-aquatic, and the remainder are terrestrial. Threegenera, Ameiva, Kentropyx, and Tupinambis are known from RFAD,Species of Cnemidophorus and Crocodilurus have been observed nearthe reserve and they will likely occur there in the near future.

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Distribution: Most of tropical andsubtropical South America, east of theAndes, extending north to Panama.

Description: SVL to 190 mm (females to160 mm). Body cylindrical, most of thetail round in cross section, hindlimbslong and muscular. Dorsal scales aregranular and the large, smooth,rectangular ventral scales are in10 longitudinal rows. Color varies withage, but there is almost always somegreen on the dorsal and lateral bodysurfaces. Juveniles are usually green onthe head and anterior part of the body(but some may be completely brown). Inadults, the posterior part of the body andthe tail are nearly always green. A blackband on the upper part of the flanks ofjuveniles may or may not be present inadults. Light blue or turquoise spots orzones may be present on the lateralsurfaces, especially in adult males.

Similar species: Tupinambis teguixin iseasily distinguished by size andcoloration. K. calcarata has keeled ventralscales. Cnemidophorus sp. is smaller, hasonly eight longitudinal rows of ventralscales, and has light longitudinal stripesin juveniles and females

Natural history: Heliothermic. A. ameivais most often observed in areas receivingat least some direct exposure to sunlight.It is common at forest edge, alongwaterways where the canopy is broken,in large treefalls, and in a myriad ofhabitats disturbed by man. It is oftencommon within cities and deforestedareas in the Amazon region. It is rare inclosed canopy forest, particularlyduring the wet season when sunavailability is reduced. Clutches consistof 1-11 eggs

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Em grande parte dasáreras tropicais e subtropicais da Amé-rica do Sul, a leste dos Andes, esten-dendo-se ao norte até o Panamá.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 190 mm (160 mmnas fêmeas). Corpo cilíndrico, cauda cir-cular em seção transversal, patas trasei-ras compridas e musculares. Dorsais gra-nulares e ventrais grandes, retangulares,lisas, em 10 fileiras longitudinais. O pa-drão de colorido varia com a idade, masquase sempre existe alguma coloraçãoverde na superfície dorsal e lateral.Na RFAD, jovens geralmente têm verdena cabeça e adultos tem verde na caudae parte posterior do corpo. Adultos comflancos e lados da cauda parcialmenteazulados. Jovens e sub-adultos com umabanda marrom escura na região superiordos flancos.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Tupinambisteguixin é facilmente distinguido deA. ameiva pelo padrão de colorido.K. calcarata possui ventrais quilhadas,ao invés de lisas. Cnemidophorus sp.,além de menor, apresenta apenas oitofileiras longitudinais de ventrais, e umpadrão de listras claras longitudinais emjovens e fêmeas.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. É o lagar-to mais encontrado em clareiras e à bei-ra da estrada e é um dos poucos queocorre tanto em áreas de mata como devegetação aberta. Na floresta é encon-trado em ambientes ensolarados, comoem situações de borda, ao longo de cur-sos d’água e em clareiras naturais relati-vamente grandes; raramente é visto nasáreas mais sombrias. Ocorre também emáreas desmatadas e cidades. Em diasnublados quase não é visto. Tamanhoda desova variável (1-11).

A :: cabeça de subadultoB :: macho adultoC :: juvenilD :: ventre

A :: head of large subadultB :: adult maleC :: juvenileD :: ventral surface

Teiidae | Teiinae Ameiva ameivaAmeiva ameivaAmeiva ameivaAmeiva ameivaAmeiva ameiva

(LINNAEUS, 1758)

Referências/References: Simmons (1975), Vitt (1982), Magnusson et al. (1985), Magnusson (1987), Anderson &Vitt (1990), Colli (1991), Magnusson (1993), Magnusson & Silva (1993), Vitt & Colli (1994), Vitt & Carvalho (1995),Schulte et al (2003).

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Distribution:The Amazonian speciesof Cnemidophorus occupy a diversityof open habitats, including beachesalong the rio Amazonas, and do notoccur naturally in Manaus or RFAD.However, with the transport of goodsand the opening of roads, they havebeen expanding their distributions,and one species now occurs in thedisturbed areas around RFAD.

Description: SVL to ~100 mm. Bodycylindrical, legs well developed and the tailis long. The dorsal scales are granular andthe large, smooth, rectangular ventralscales are in eight longitudinal rows. Theback and flanks of juveniles and femaleshave seven light longitudinal lines, whichare less distinct or imperceptible in adultmales. Adult males have green on partsof the head, anterior body and tail, andfemales may have yellow or light greenon the sides. This is “cytotype E” ofPeccinini-Seale and Frota-Pessoa (1974).

Similar species: Ameiva ameiva is themost similar species, but has tenlongitudinal rows of large ventralscales, and never has the light stripesseen in juvenile and femaleCnemidophorus sp. In the field,Cnemidophorus sp. can be recognizedbecause individuals wave one or bothfront legs after each bout ofmovement, a behavior not known forother species from RFAD.

Natural history: Heliothermic.The species occurs in open areas, oftenin high densities. The species is mainlyterrestrial, but sometimes climbs in lowvegetation. Almost nothing is known ofthe natural history of this species, butother species of Cnemidophorus layclutches of 1-2 eggs in the wet season.

Distr ibuição:Distr ibuição:Distr ibuição:Distr ibuição:Distr ibuição: As espécies deCnemidophorus amazônicas ocupamdiversos ambientes de vegetação aber-ta, incluindo várias praias ao longo dorio Amazonas. Não ocorria natural-mente em Manaus e na RFAD, mascom o transporte de mercadorias eabertura de estradas uma espécie ex-pandiu sua área de distribuição e jápode ser encontrada na áreas abertasem volta da RFAD.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até ~100 mm. Corpocilíndrico, patas bem desenvolvidas ecauda longa. Escamas dorsais granula-res, ventrais grandes, retangulares, lisas,em oito fileiras longitudinais. Fêmeas ejovens têm até 7 listras longitudinais decor clara intercaladas com listras escuras,as quais desaparecem em machos adul-tos. Machos adultos com algumas áreasda cabeça, região anterior do corpo ecauda verdes (as fêmeas podem apresen-tar um tom verde claro lateralmente).Esta é "citotipo E" de Peccinini-Seale &Frota-Pessoa (1974)

Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Espécies semelhantes: Ameiva ameivaé a espécie mais próxima, mas tem dezfileiras longitudinais de escamas ven-trais e nunca tem padrão de coloraçãoderivada por listras claras. Quandoacompanhada por curto espaço detempo, Cnemidophorus sp. pode serfacilmente reconhecido pelo movimen-to de abano característico, que faz comas patas anteriores.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. Ocorreem áreas de vegetação aberta e podeser bastante abundante. É basicamen-te terrestre, mas ocasionalmente sobena vegetação baixa. Quase nada é co-nhecido sobre a história natural destaespécie, mas as outras espécies deCnemidophorus depositam 1-2 ovospor vez, durante a estação de chuva.

A :: macho adultoB :: fêmea adultaC :: ventre de macho

A :: adult maleB :: adult femaleC :: male ventral surface

Teiidae | Teiinae Cnemidophor Cnemidophor Cnemidophor Cnemidophor Cnemidophorus us us us us sp.sp.sp.sp.sp.

Referências/References: Peccinini-Seale & Frota-Pessoa (1974), Avila-Pires et al. (1987), Cole & Dessauer (1993), Vittet al (1997d), Avila-Pires (1995).

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Amazônia CentralCentral Amazonia

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Distribution: Along most of theAmazon basin, from the lower TocantinsRiver to the Upper Orinoco, as well as thecoast of Amapá in Brasil, and FrenchGuiana. Crocodilurus amazonicus hasnot been recorded from RFAD, butoccurs around larger streams in Manaus,and it may enter the reserve in the future.

Description: SVL to 250 mm or more.Limbs well developed and tail long,laterally compressed, and with aprominent double crest (which givesthe name of the genus = “tail ofthe crocodile”). Dorsal scalesrelatively small, ventrals larger, with19-23 ventral scales in a transverse lineat mid-body. Adult color generallybrown and uniform. Juveniles withround orange marks on limbs, andsides of the body and tail. Sides of thehead in juveniles are a faded greenwhich disappears on the neck. Bellyscales of juveniles are glossy white.

Similar species: Neusticurus bicarinatushas a similar body form but is smallerand has tubercles on the dorsum.Dracaena guianensis, another largesemi-aquatic lizard encountered aroundrivers and extensive flooded areas nearRFAD has large tubercles on the dorsumbetween smaller scales, which are absentin C. amazonicus.

Natural history: Heliothermic.A large, semi-aquatic species usuallyfound near large bodies of water. Itswims gracefully in a serpentinefashion with limbs folded back andhead up out of the water. These lizardsoften bask high on tree branches overwater.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Ao longo de grande par-te da bacia amazônica, do baixoTocantins e do alto Orinoco, assim comoà costa do Amapá, no Brasil, e da GuianaFrancesa. Crocodilurus amazonicus nãofoi registrado na RFAD, mas ocorre emigarapés maiores em Manaus e há umapossibilidade de que ainda venha a serencontrado na reserva.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC ultrapassa os 200 mm, eprovavelmente atinge tamanhos bemmaiores. Patas bem desenvolvidas e cau-da longa, achatada lateralmente e comuma crista dupla proeminente (que dánome ao gênero = “cauda de crocodi-lo”). Escamas dorsais relativamentepequenas, ventrais maiores, com19-23 escamas ventrais numa fileiratransversal no meio do corpo. Coloraçãogeral marrom, relativamente uniforme nosanimais maiores. Jovens com manchasredondas alaranjadas na lateral do corpoe cauda; partes inferiores dos lados dacabeça e pescoço amarelo-esverdeadoclaro, com desenhos em preto.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Neusticurusbicarinatus tem uma forma de corposemelhante mas o tamanho menor eos tubérculos no dorso os distingue deC. amazonicus. Dracaena guianensis,outro grande lagarto semi-aquáticoque pode ser encontrado junto aos riose grandes áreas alagadas (várzeas eigapós) nas proximidades da RFAD,apresenta grandes tubérculos no dor-so, entre as escamas menores (ausen-tes em C. amazonicus).

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. Uma espé-cie grande semi-aquática normalmenteencontrada dentro ou próximo a corposd’água relativamente extensos. Nadasuavemente com as patas coladas ao cor-po e cauda, em movimentos ondulatórios,apenas com a região dorsal da cabeça parafora da água. Muitas vezes tomam solem galhos altos acima d’água.

A :: juvenil, municipalidade de Castanho, AMB :: adulto, Amapá

A :: juvenile, Castanho municipality, AMB :: adult, Amapá

Teiidae | Tupinambinae CrocodilurCrocodilurCrocodilurCrocodilurCrocodilurus amazonicusus amazonicusus amazonicusus amazonicusus amazonicus

SPIX, 1825

Referências/References: : Avila-Pires (1995), Massary & Hoogmoed (2001), Mesquita et al. (2006).

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Amazônia CentralCentral Amazonia

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Distribution: Amazonia east of therio Madeira, through Guyana, Suriname,and French Guiana, Venezuela east ofthe Orinoco River, and portions of theAtlantic forest in Brazil.

Description: SVL to 119 mm (females to111 mm). Scales on the dorsal and lateralsurface of the body granular; Ventralscales much larger, phylloid, keeled.Juveniles have three distinct green oryellow-green stripes extending along thebody. Adult color variable, but adultstypically have an irregular pattern of darkblotches against a green, brown, or graybackground on the dorsal surface of thebody. A light stripe extends from theposterior edge of the eye, above the earopening, and along the dorso-lateralsurface of the body. There may or maynot be a light vertebral stripe. The ventralsurface of the body is salmon to light rosecolor. The head is typically brown tobrown-green on top, lighter underneath,but the lateral surfaces of the jaw and theunderside of the jaw may be salmoncolored in reproductively active males.

Similar species: This is the only teiidlizard in RFAD with keeled ventralscales. Juvenile Ameiva ameivamay have green heads but neverforming 3 stripes.

Natural history: Heliothermic. Kentropyxcalcarata is typically encountered nearstreams and clearings in undisturbedforest. They are often abundant at forestedge, as long as the forest is intact. Theyare most frequently encountered foragingor basking in leaf litter or limbs, branches,or trunks of fallen trees 10-300 cm high.Clutches consist of 4-10 eggs. Communalnests have been recorded, and these areapparently reused over long periods.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Amazônia oriental, ao nor-te do rio Amazonas estendendo-sea oeste até a rio Orinoco, Guiana,Suriname, Guiana Francesa, Venezuela,ao sul do Amazonas até o rio Madeira.Também na Floresta Atlântica.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 119 mm (111 mm nasfêmeas). Escamas dorsais e laterais nocorpo granulares, ventrais distintamen-te maiores, imbricadas e quilhadas. Jo-vens e sub-adultos têm três listras dorsaisverdes a amarelo-esverdeadas, que seestende ao longo do corpo. Adultoscom padrão de coloração variável –as listras dorsais podem desaparecertotal ou parcialmente; tipicamenteapresentam manchas irregulares negrascontra um fundo verde, marrom oucinza no dorso; listra clara dorsolateralmarginada ventralmente por manchasirregulares negras; flancos com ou semséries verticais de manchas circulares,verde ou azul claras. Região ventral ver-de sob a cabeça, com ou sem manchacentral rósea; cinza-chumbo a rósea(machos adultos) no corpo.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: É o único Teiidaeno local com ventrais quilhadas. Jovensde Ameiva ameiva podem ter a cabeçaverde, mas não em forma de 3 listras.

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. Tipica-mente encontrada no interior deflorestas maduras ou pouco pertubadaspróximo a igarapés ou em situações deborda (também de clareiras naturais).Forrageiam no solo e sobre ramos ougalhos da vegetação ou sobre troncoscaídos, a alturas entre 10-300 cm.Desovas de 4-10 ovos. Ninhos comunaisforam registrados, aparentemente sen-do reutilizados por longos períodos.

A :: cabeça de juvenilB :: fêmea adultaC :: ventre de fêmea

A :: juvenile headB :: adult femaleC :: female ventral surface

Teiidae KKKKKentropyx calcarataentropyx calcarataentropyx calcarataentropyx calcarataentropyx calcarata

SPIX, 1825

Referências/References:: Magnusson & Lima (1984), Vitt (1991b), Vitt et al. (1997e), Avila-Pires (1995).

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Distribution: Most of northern SouthAmerica, the entire Amazon region,and extending south along galleryforests as far as the State of São Paulo.

Description: SVL to 345 mm (femalesto 307 mm). Body is cylindrical, withrobust well developed limbs and a longtail that is circular in cross section.Scales are smooth and the dorsal scalesare smaller than the ventral scales thatform a transverse line of 21-28 scales atmidbody. The general color is a mixtureof black and gold patches, that may ormay not form distinct transverse bands.There are usually continuous or brokendorsolateral stripes.

Similar species: Even juveniles of thisspecies are much larger than most otherlizards recorded from RFAD. Two otherlarge teiids, Crocodilurus amazonicus eDracaena guianensis, may be foundaround the floodplains (várzea and igapó)of large rivers near RFAD. Both havelaterally compressed tails with scalesforming double crests.

Natural history: Heliothermic. Thespecies occurs in terra firme forest,flooded forest, along trails andstreams, at the edge of treefalls, atforest edge, and in clearings,particularly where there is water.Although basically terrestrial,individuals swim well when necessary.Eggs average about 53 X 24 mm andfemales may deposit clutches inarboreal termite nests.

Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição:Distribuição: Em praticamente todoo norte da América do Sul, estenden-do-se ao sul, através de florestas degaleria, até São Paulo.

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: CRC até 345 mm (fêmeas307 mm). Corpo cilíndrico, com patasbem desenvolvidas e robustas, e caudalonga e redonda em corte transversal.Escamas lisas, dorsais relativamentepequenas, ventrais maiores, com21-28 escamas ventrais numa fileiratransversal no meio do corpo. Colora-ção preta e dourada, formando ou nãobandas transversais distintas. Umalistra dorsolateral clara, contínua oupontilhada, usualmente presente.

Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Espécie semelhante: Há dois ou-tros grandes teiídeos, Crocodilurusamazonicus e Dracaena guianensis,que podem ser encontrados junto aosrios e grandes áreas alagadas (várzease igapós) nas proximidades da RFAD.Ambos distinguem de T. teguixin pelacoloração e cauda comprimida (acha-tada lateralmente), com uma cristadupla dorsal, para auxiliar no desloca-mento dentro d‘água

História natural:História natural:História natural:História natural:História natural: Heliotérmica. En-contrado em florestas de terra firme,várzea e igapó, ao longo de igarapés eem situações de borda, sejam grandesclareiras naturais ou áreas desmatadas.Em áreas perturbadas é freqüente aolongo das estradas, principalmente pró-ximo a igarapés. Embora basicamentede hábitos terrestres, pode nadar bem.Ovos medem em média 53 X 24 mm;podem ser depositados em cupinzeirosarborícolas.

A :: cabeça de indivíduo de Alter do Chão, PAB :: corpo de indivíduo de Alter do Chão, PAC :: cabeça de indivíduo de ManausD :: adulto forrageando, Manaus

A :: head of individual from Alter do Chão, PAB :: body of individual from Alter do Chão, PAC :: head of individual from ManausD :: adult forraging, Manaus

Teiidae | Tupinambinae TTTTTupinambis teguixinupinambis teguixinupinambis teguixinupinambis teguixinupinambis teguixin

(LINNAEUSSPIX, 1758)

Referências/References:: Beebe (1945), Duellman (1978), Anderson & Vitt (1990), Vitt & del la Torre (1996).

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

Chaves de identificação

haves de identificação são úteispara organizar nossa busca quan-do existem muitas possibilidades.São usadas freqüentemente em

publicações científicas e podem serde grande utilidade quando não po-demos identificar espécies a partir defotografias e informações sobre es-pécies semelhantes. Chaves normal-mente apresentam um número limi-tado de escolhas baseadas em algu-ma característica diagnóstica que levaa uma outra escolha adiante nachave. Quando tiver somente duasescolhas a cada passo (o tipo de cha-ve mais comum), é chamada umachave dicótoma. A cada vez que oleitor faz uma escolha, a linha ponti-lhada leva a um nome de uma espé-cie, ou um número indicando umoutro dístico adiante na chave. Porexemplo, uma chave de identificaçãode quatro tipos de animais poderiater a forma mostada a seguir. A pri-meira linha indica que, se o animaltem escamas ou um casco, o leitordeve prosseguir para o dístico 2. Ba-seado no dístico 2, se o animal temescamas pequenas, seria identificado

como um lagarto, cuja descriçãopode ser encontrada na página XX.

Se você viu um lagarto no campo,mas não conseguiu capturá-lo, achave de campochave de campochave de campochave de campochave de campo pode ser útil. Estachave funciona porque a maioria dasespécies de lagartos ocupa somen-te uma gama limitada de habitats,e aquelas que ocorrem no mesmolugar normalmente diferem emtamanho, forma ou comporta-mento. Será mais útil se você anotaronde o lagarto foi visto (p.ex. no solperto de um riacho) e o que eleestava fazendo (p.ex. parado numarbusto baixo).

A chave morchave morchave morchave morchave morfffffológicaológicaológicaológicaológica será mais útilpara biólogos e naturalistas dedica-dos, e precisa ter o lagarto na mãopara ver a maioria das característicasdiagnósticas. Muitos dos termos nachave, especialmente aqueles que sereferem aos nomes de escamas, nãoserão conhecidos por pessoas quenão estudam lagartos. No entanto,as figuras devem permitir chegarà decisão correta sem precisar me-morizar os termos técnicos.

1 Pele com escamas ou casco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22222 Pele lisa, dedos sem garras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33333

2 Corpo revestido de escamas pequenas . . . . . . . . . . . lagarto • p.XX

Corpo dentro de um casco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . jabuti • p.XY

3 Com quatro patas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sapo • p.YX

Sem patas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cecília • p.YY

C

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

Chave Morfológica paraLagartos da Reserva Ducke

1 Vermiforme, membros completamente ausentes . (Amphisbaenidae) 22222

Membros presentes, embora em alguns casos muito pequenos . 44444

2 Sem constrição na cauda; coloraçãouniformemente creme a bege . . . . . . . . . . Amphisbaena alba • p.60

Com constrição na cauda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33333

3 Padrão malhado preto e branco/creme/róseo,corpo robusto . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena fuliginosa • p.62

Coloração creme a rósea uniforme,corpo delgado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena slevini • p.64

4 Topo da cabeça coberto por escamas pequenas e granulares;pálpebras verdadeiras ausentes . . . . . . . . . . . . . . . . . (Gekkonidae) 55555

Topo da cabeça coberto por pelo menos algumas escamasgrandes; pálpebras presentes, móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99999

5 Pupila vertical com margens lobadas; dígitos distintamenteexpandidos, com uma linha dupla de lamelas presente em pelomenos parte de sua extensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Pupila redonda; dígitos não (ou muito pouco) expandidos . . . . . 7

6 Tubérculos grandes sobre o corpo, espalhadosentre escamas menores; sem membranas entre osdedos dos pés (Fig. 6A) . . . . . . . . . . . . Hemidactylus mabouia • p.72

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

Todas as escamas dorsais pequenas e homogêneas; membranas presen-tes entre os dedos dos pés (Fig. 6B) . . . . Thecadactylus rapicauda • p.76

7 Garras claramente visíveis, estendendo-se a partir de duas escamas(Fig. 7A) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gonatodes humeralis • p.70

Garras retraídas dentro de uma bainha (Fig. 7B e 7C) . . . . . . . . . 88888

8 Escamas dorsais achatadas, não-granulares;garras em uma bainha assimétrica constituída porquatro escamas (Fig. 7B) . . . . . . Coleodactylus amazonicus • p.68

Escamas dorsais granulares; garras em uma bainha simétrica constituídapor cinco escamas (Fig. 7C) . . . . . Pseudogonatodes guianensis • p.74

9 Escamas dorsais da cabeça geralmente numerosas, irregulares;escamas ventrais distintas das dorsais, ambas variáveisem forma; língua carnosa, larga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1010101010

Maioria das escamas dorsais da cabeça dispostas em placasregulares, relativamente grandes; todas as escamas ao redor docorpo similares, arredondadas posteriormente, ou, do contrário,língua afilada e bífida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2020202020

10 Uma escama grande, achatada e redonda abaixoda abertura do ouvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Iguana iguana • p.80

Sem escama distintamente grande abaixo da abertura do ouvido . . . 1111111111

11 Escama interparietal ausente (Fig. 11A) oupequena (Fig. 11B e 11C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Polychrotinae)1111122222

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

Interparietal muitas vezes maior que as escamas adjacentes(Fig. 11D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Tropidurinae)1111166666

12 Apêndice gular (papo) saculiforme; pálpebras parcialmente fundidase olhos na forma de cone; terceiro e quarto dedos dos pés aproximada-mente iguais em tamanho . . . . . . . . . Polychrus marmoratus • p.90

Apêndice gular (papo) extensível, achatado (pode apresentar-sereduzido nas fêmeas); quarto dedo dos pés distintamente mais longoque o terceiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1111133333

13 Escamas ventrais relativamente grandes, distintamente carenadas eimbricadas; papo não se estende além do nível dos membros anteriores(em machos e fêmeas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis nitens nitens • p.84

Escamas ventrais pequenas, lisas ou fracamente carenadas, poucoimbricadas; papo estende-se além do nível dos membros anterioresem machos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1414141414

14 Lagartos verdes na natureza, mas podem tornar-se marrons compontos claros quando perturbados, adultos atingindo mais de 70 mmde comprimento rostro-cloacal . . . . . . . Anolis philopunctatus • p.88

Lagartos sempre com cores dominadas por tons de marrom, adultosatingindo cerca de 50-60 mm de comprimento rostro-cloacal . . . . 1111155555

15 Lagartos com pernas relativamente longas (comprimento da tíbia0.21-0.25 vezes o comprimento rostro-cloacal), lamelas moderadamentelargas sob os dígitos (segmento mais largo com cerca de duas vezes alargura do segmento mais distal, não dilatado) (Fig. 15A) e escamas daparte posterior do focinho com uma ou mais quilhas pouco proeminen-tes (Fig. 11C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis fuscoauratus • p.82

Lagartos com pernas relativamente curtas (comprimento da tíbia0.18-0.22 vezes o comprimento rostro-cloacal), lamelas muito largas sob osdígitos (segmento mais largo com cerca de três vezes a largura do segmentomais distal, não dilatado) (Fig. 15B) e escamas lisas e achatadas na parteposterior do focinho (Fig. 11B) . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis ortonii • p.86

D

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

16 Crista vertebral presente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1111177777

Crista vertebral ausente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1111199999

17 Terceiro e quarto dedos da mão aproximadamenteiguais em tamanho; crista vertebral contínua até aponta da cauda . . . . . . . . . . . . . . Uranoscodon superciliosus • p.100

Quarto dedo da mão distintamente mais longo que o terceiro;crista vertebral atinge, no máximo, a parte anterior da cauda . . . . 1111188888

18 Corpo achatado (deprimido); com tufos de escamas espinhosas protube-rantes no pescoço; sem coloração azul nos lábios . . . . Plica plica • p.92

Corpo aproximadamente cilíndrico em secção transversal; sem tufos deescamas espinhosas no pescoço; lábios azuis . . . Plica umbra umbra • p.94

19 Cauda mais longa que o comprimento rostro-cloacal, não espinhosa; bolsas de ácaro presentes nosdois lados do pescoço . . . . . . . . . . . . . . . Tropidurus hispidus • p.96

Cauda mais curta que o comprimento rostro-cloacal, espinhosa,bolsas de ácaro ausentes . . . . . . . . . . . Uracentron a. azureum • p.98

20 Escamas ventrais similares às dorsais, arredondadas posteriormente;um par de escamas internasais (Fig. 20A); língua larga,não-bífida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mabuya nigropunctata • p.104

Escamas ventrais geralmente distintas das dorsais; escamas interna-sais ausentes; língua afilada, bífida anteriormente . . . . . . . . . . . . . 2222211111

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

21 Escamas nasais separadas pelasfrontonasais (Fig. 20B) . . . . . . . . . . . . . . . . . (Gymnophthalmidae) 2222222222

Escamas nasais em contato medial (Fig. 21) . . . . . . . . . (Teiidae) 3333311111

22 Membros anteriores e posteriores muito reduzidos,dando ao lagarto uma aparência vermiforme . . . . . . . . . . . . . . . . . 2323232323

Membros bem desenvolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2424242424

23 Escamas dorsais muito estreitas, hexagonais, carenadas (Fig. 23A);quatro dedos nas mãos (Fig. 23B) e quatro dedos nos pés,todos com garras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bachia panoplia • p.114

Escamas dorsais retangulares, lisas (Fig. 23C); três dedos nas mãos (Fig. 23D),de um a três dedos nos pés, ou dedos dos pés reduzidos a um pequenotubérculo; garras presentes ou ausentes . . . . . . Bachia flavescens • p.112

24 Dedo interno das mãos reduzido, sem garra . . . . . . . . . . . . . . . 2525252525

Todos os dígitos bem desenvolvidos e com garras . . . . . . . . . 2626262626

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

25 Escamas dorsais e ventrais em duas fileiras longitudinais deescamas alargadas; 11-13 escamas ao redor da regiãomediana do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Iphisa elegans • p.116

16 Escamas ao redor da região mediana do corpo, todas similaresem forma, arredondadas . . . . . . . . . . . . Tretioscincus agilis • p.126

26 Tubérculos grandes sobre o corpo, espalhados entreescamas menores (Fig. 26); cauda com uma cristadorsal dupla. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Neusticurus bicarinatus • p.122

Não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2727272727

27 Escamas interparietal e parietais formam uma margemposterior arredondada (Fig. 27A, B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2828282828

Escamas interparietal e parietais formam uma margemposterior reta (Fig. 27C, D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2929292929

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

28 Uma a duas pequenas escamas separando a 3a supraocular dassupraciliares (Fig. 27A: seta); interparietal com margens laterais diver-gentes (Fig. 27A); 30-35 fileiras transversais de escamas dorsais em linhalongitudinal entre a interparietal e a margem posterior dos membrosposteriores; machos e fêmeas presentes . . . . . Leposoma sp. • p.118

Sem pequenas escamas adicionais entre as supraoculares e assupraciliares; interparietal com margens laterais paralelas ou apenasdiscretamente divergentes (Fig. 27B); 35-40 fileiras de escamas dorsais;apenas fêmeas presentes . . . . . . . . . Leposoma percarinatum • p.120

29 Escamas occipitais ausentes (Fig 27C) . . Alopoglossus angulatus • p.108

Escamas occipitais presentes (Fig. 27D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3030303030

30 Quatro pares de pós-mentais (Fig. 30A);escamas ventrais cerca de duas vezes mais compridasque largas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arthrosaura reticulata • p.110

Três pares de pós-mentais (Fig. 30B); escamas ventrais aproximada-mente quadrangulares . . . . . . . Ptychoglossus brevifrontalis • p.124

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148

Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

31 Escamas ventraisdistintamente carenadas . . . . . . . . . . . Kentropyx calcarata • p.136

Escamas ventrais lisas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3232323232

32 Mais de 15 ventrais em uma linha ao redor daregião mediana do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3333333333

No máximo 10 ventrais em uma linha ao redorda região mediana do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3434343434

33 Cauda comprimida, com um par de cristas dorsais proeminentes;coloração marrom, no jovem com círculos alaranjados nos lados docorpo, cauda e nos membro . . . . . Crocodilurus amazonicus • p.134

Cauda circular em seção transversal, sem crista dorsal; coloração pretae dourada (ou amarela) . . . . . . . . . . . . . Tupinambis teguixin • p.138

34 Dez ventrais em uma linha ao redor da região mediana do corpo; compartes do corpo verdes e/ou uma banda longitudinal larga, escura naparte superior dos flancos . . . . . . . . . . . . . Ameiva ameiva • p.130

Oito ventrais em uma linha ao redor da região mediana do corpo;com listras longitudinais claras ou partes do corpo verde elistras escuras no dorso . . . . . . . . . . . . . . Cnemidophorus sp. • p.132

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

Chave de Campo paraLagartos da Reserva Ducke

1 Vermiforme; membros, quando presentes, muito reduzidos . . . . 22222

Membros bem desenvolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55555

2 Membros completamente ausentes; olhos reduzidose recobertos por escamas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33333

Membros anteriores e posteriores presentes, apesar de muito reduzidos;olhos não reduzidos, com pálpebras . . . . . . Bachia flavescens • p.112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ou Bachia panoplia • p.114

3 Cauda com constrição distinta na base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44444

Sem constrição na cauda; coloração uniformementecreme a bege . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena alba • p.60

4 Tamanho mediano; corpo grosso; padrão malhado pretoe branco/creme/rosa . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena fuliginosa • p.62

Tamanho pequeno; corpo delgado,branco ou rosado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena slevini • p.64

5 Noturno (ou geralmente noturno);em superfícies verticais de árvores grandes e casas . . . . . . . . . . . . . 66666

Diurno (ou geralmente diurno); no chão ou vegetação . . . . . . . . 77777

6 Até 6 cm; com tubérculos grandes sobre o corpo;

normalmente de cor esbranquiçada quando ativo;

sem membranas entre dedos dos pés; restrito a ambientes perto

de construções humanas . . . . . . . . . . . Hemidactylus mabouia • p.72

Até 13 cm; sem tubérculos sobre o corpo; normalmente marron;membranas entre os dedos dos pés presentes; vive em florestas, maspode também ser encontrado em construções humanas próximasa áreas florestadas . . . . . . . . . . . . . . . Thecadactylus rapicauda • p.76

7 Semi-aquático (geralmente encontrado em ou próximo a corposd’água relativamente abertos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88888

Não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1010101010

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

8 Lagartos sem cristas dorsais, predominantemente ativos no chãoou na água, mas podem subir na vegetação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99999

Lagartos com crista vertebral distinta,principalmente ativa em árvores, mas ocasionalmenteencontrados no chão . . . . . . . . . . . . . Uranoscodon superciliosus • p.100

9 Lagartos de porte médio (menor que 11cm CRC), ativos sobre o chão;pele com aparência rugosa (escamas com tamanhos diferentes); caudacom uma crista dorsal dupla . . . . . . Neusticurus bicarinatus • p.122

Lagartos relativamente grandes (maior que 11cm CRC), no chão ou na água,ou em vegetação sobre água; pele lisa com escamas pequenas uniformes;cauda com crista dorsal dupla . . . . . . . . Crocodilurus amazonicus • p.134

10 Lagartos associados a áreas ensolaradas (heliotérmicos) . . . . . . 1111111111 Lagartos com distribuição não associada a áreas ensolaradas . . 1717171717

11 Ativos em/ou próximo a grandes áreas ensolaradas (grandes clareiras,estradas e áreas antropizadas), ou no dossel . . . . . . . . . . . . . . . . . 1212121212

Freqüentemente encontrado em pequenas manchasde sol sobre o chão da floresta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1616161616

12 Principalmente ativo em árvores, paredes,rochas ou outras superfícies verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1313131313

Principalmente ativo sobre o chão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1414141414

13 CRC até 40 cm; lagartos cinzas a verde, com crista vertebral distintae apêndice gular; corpo muito longo; uma escama grande, achatada eredonda abaixo da abertura do ouvido; principalmente ativos emárvores, mas ocasionalmente no chão . . . . . . Iguana iguana • p.80

CRC até 13 cm; lagartos cinzas sem crista vertebral, sem apêndicegular, cauda pouco mais comprida que o CRC; corpo achatado de cormarrom acinzentado; sem escama grande, achatada e redonda abaixoda abertura do ouvido; freqüentemente avistados em muros, cercas,troncos de árvores, pedras etc. . . . . . . . . . Tropidurus hispidus • p.96

14 CRC até 10 cm; comportamento estereotipado de sacudir as mãosenquanto caminha; com listras longitudinais brancas e marrons; somenteencontrado na borda da reserva . . . . . . . . Cnemidophorus sp. • p.132

Não sacode a mão enquanto caminha, sem linhas longitudinais brancase marrons, não mais que duas linhas dorsolaterais escuras . . . . . . . . 1515151515

15 CRC até 35 cm; coloração preta e

dourada (ou amarela) . . . . . . . . . . . . . . Tupinambis teguixin • p.138

Chave de campo

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

CRC até 19 cm; com ou sem linhas dorsolaterais escuras, e a maior

parte dos indivíduos com alguma parte verde (cabeça, costas ou cauda)

sem formar listras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ameiva ameiva • p.130

16 Lagarto liso; furta-cor; cauda dos jovens pode ser azul clara ou

marrom escuro a negro . . . . . . . . . . . Mabuya nigropunctata • p.104

Superfície do corpo com textura aveludada; juvenis esubadultos com três listas longitudinais verdes, partindo da cabeçaaté o meio do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . Kentropyx calcarata • p.136

Lagarto marrom e furta-cor, com cauda azul; listra dorsolateral claroseparando os flancos negros do dorso marrom cobreado das costas;as três faixas iniciam na ponta do focinho; freqüentes sobre troncosde árvores mortas . . . . . . . . . . . . . . . . . Tretioscincus agilis • p.126

17 Lagartos que se movimentam sobre o chão, entre o folhiço . . . . 1818181818

Lagartos semi-arborícolas, geralmente em vegetação baixa;cor com tons marrons a cinza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2222233333

Lagartos arborícolas (em troncos / no dossel);cor com tons de verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2727272727

18 Tamanho do corpo muito pequeno (<3 cm); sem escamas grandesna cabeça; ocorre na serrapilheira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1919191919

Topo da cabeça coberto por escamas relativamente grandes;

CRC > 3 cm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2020202020

19 Sem listra clara na parte posteriorda cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coleodactylus amazonicus • p.68

Listra clara na parte posteriorda cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pseudogonatodes guianensis • p.74

20 Patas curtas; corpo alongado; dedos dos membros

anteriores e posteriores não se tocam quando as patas

são juntadas ao corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2121212121

Patas e corpos normais; dedos dos membros anteriores e posterioresse tocam quando as patas são juntadas ao corpo . . . . . . . . . . . . . 2222222222

21 Lagarto alongado, esguio, brilhante e rápido, com patas e caudalonga com escamas quilhadas; escamas dorsais e ventrais largas earranjadas em duas fileiras longitudinais . . . . Iphisa elegans • p.116

Não como acima . . . . . . . . . . . . . . . Arthrosaura reticulata • p.110

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ou Ptychoglossus brevifrontalis • p.124

Chave de campo

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Chave morfológica

22 Machos e fêmeas presentes; ventre podem ser laranjae machos têm íris vermelha . . . . . . . . . . . . . . . Leposoma sp. • p.118

Apenas fêmeas presentes; ventre sempre branco;íris dourada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leposoma percarinatum • p.120

23 Cabeça marrom, vermelha e amarela; corpo cinzacom manchas pretas, amarelas e vermelhas em machos(marrom variegada em fêmeas); mais freqüentes em troncos de árvoresabaixo de 1 m de altura . . . . . . . . . . . . . Gonatodes humeralis • p.70

Não como acima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2424242424

24 Lagarto marrom furta-cor, com cauda azul; freqüentes sobretroncos de árvores mortas . . . . . . . . . . . . Tretioscincus agilis • p.126

Não colorido como acima; papo presente . . . . . . . . . . . . . . . . . 2525252525

25 Freqüentemente próximo do, ou sobre o solo; dorme sobre folhas dearbustos a noite; quando perturbado, geralmente corre uma pequenadistância e permanece perfeitamente imóvel; papo vermelho, relativamentepequeno em machos e fêmeas . . . . . . . . . . . Anolis nitens nitens • p.84

Geralmente entre a vegetação, onde tenta se esconder-se quando perturbado;papo grande em machos, distintamente menor em fêmeas . . . . . . . . . . . 2626262626

26 Geralmente entre a vegetação baixa; lagarto magro,com pernas relativamente compridas (comprimento da tíbia0,21-0,25 vezes o comprimento rostro-anal), lamelas moderadamente largas sob os dígitos e escamas da parte posterior do focinhocom uma ou mais quilhas pouco proeminentes;papo rosa a vinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis fuscoauratus • p.82

Altura na vegetação variável; relativamente robusto para uma espéciede Anolis, com pernas relativamente curtas (comprimento da tíbia 0,18-0,22 vezes o comprimento rostro-cloacal), lamelas muito largas sob osdígitos e escamas lisas e achatadas na parte posterior do focinho; papolaranja a vermelho brilhante . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis ortonii • p.86

27 Normalmente encontrado em troncos de árvores . . . . . . . . . . . 2828282828

Normalmente encontrado na copa de árvoresem galhos horizontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3030303030

28 Papo pequeno e redondo, focinho curto, dígitos redondosem seção transversal, sem almofadas digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . 2929292929

Cor verde; papo amarelo a laranja, com manchas negras grande nosmachos; focinho pontudo . . . . . . . . . . . Anolis philopunctatus • p.88

Chave de campo

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Chave morfológica Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke

29 Corpo achatado (deprimido), de cor verde-azulado com manchas marrons;tufos de escamas espinhosas protuberantes no pescoço; geralmente nostroncos das maiores árvores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plica plica • p.92

Corpo aproximadamente cilíndrico em secção transversal;superfície dorsal esverdeada; sem tufos de escamas espinhosas nopescoço; geralmente em troncos de árvores de tamanho pequeno amoderado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plica umbra • p.94

30 CRC até 9 cm; cauda espinhosa mais curta que o CRC;olhos e pálpebras normais. . . . . . . . . . Uracentron a. azureum • p.98

CRC até 15 cm; cauda sem espinhos e mais longa que o CRC; pálpebrasparcialmente fundidas e olhos na forma de cone; linhas negras radiais emvolta do olho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Polychrus marmoratus • p.90

Field keyChave de campo

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

dentification keys are frequentlyused in scientific publications,and can be of great help whenwe can not identify species from

the photographs or generalinformation about similar species.Keys usually give a limited number ofchoices based on diagnosticcharacteristics that lead to anotherchoice further down the key. Whenthere are only two choices at eachstep (the most common form ofkey), it is called a dichotomous key.Each time the reader makes achoice, the line of dots leads to aspecies name, or a numberindicating another choice furtherdown the key. For example, asimplified key to four types of animalsmight have the following form: Forexample, the first line indicates thatif the animal has scales or a shell thereader should move to the secondcouplet. Based on couplet 2, if theanimal had small scales, it would beidentified as a lizard, whose description

could be found on page XX.

If you have seen a lizard in thefield, but have been unable tocatch it, the field key may helpyou. This key works because mostlizard species occupy only a limitedrange of habitats, and those thatoccur in the same place usuallydiffer in size, form or behavior.It will be most useful if you havenoted where you saw the lizard(e.g. in sun near a stream) andwhat it was doing at the time(e.g. motionless in low bush).

The morphological key will bemost useful to biologists and keennaturalists, and you need to havethe lizard in hand to be able to seemost of the diagnosticcharacteristics. Many terms in thekey, especially those that relate tothe names of scales, will not befamiliar to those who do not studylizards. However, the figuresshould allow you to make rightdecisions without having tomemorize the technical terms.

Chaves de identificação

Identification Keys

1 Skin with scales or enclosed in shell . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22222 Skin smooth, toes without claws . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33333

2 Body covered in small scales . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lizard • p.XX

Body enclosed in a shell . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . turtle • p.XY

3 With four legs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . frog • p.YX

No legs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . caecilian • p.YY

I

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Morphological key Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Morphological Keyto Lizards of Reserva Ducke

1 Worm-like, limbs completely absent . . . . . . . . (Amphisbaenidae) 22222

Usually legs well-developed; in a few cases very small,but always present . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44444

2 Uniformly cream to tan;no constriction on tail . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena alba • p.60

Tail with constriction at base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33333

3 A black and white/cream checkeredpattern; robust . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena fuliginosa • p.62

Color uniform cream or pinkish;body thin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena slevini • p.64

4 Top of head covered with small, granular scales;true eyelids absent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Gekkonidae) 55555

Top of head covered with at least some large scales;eyelids present, movable . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99999

5 Pupil vertical with lobed margins; digits distinctly expandedwith a double row of lamellae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66666

Pupil round; digits not (or only slightly) expanded . . . . . . . . . . . 77777

6 Enlarged tubercles on body interspersed among smaller scales; nowebbing between the toes (Fig. 6A) . . . . . Hemidactylus mabouia • p.72

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

All dorsal scales small, homogeneous; webbing present between toes (Fig. 6B) . . . . . . . . . . . Thecadactylus rapicauda • p.76

7 Claws clearly visible, extending from betweentwo scales (Fig. 7A) . . . . . . . . . . . . . . . . Gonatodes humeralis • p.70

Claws enclosed within a sheath of more thantwo scales (Fig. 7B and 7C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88888

8 Dorsal scales flat, non-granular; claws within an asymmetrical sheathmade up of four scales (Fig. 7C) . . . Coleodactylus amazonicus • p.68

Dorsal scales granular; claws within a symmetrical sheath made up offive scales (Fig. 7C). . . . . . . . . . . Pseudogonatodes guianensis • p.74

9 Dorsal head scales usually numerous, irregular; ventral scales distinctfrom dorsals, both variable in shape; tongue fleshy, wide . . . . . . . 1010101010

All or most dorsal head scales arranged in regular, relatively largeplates; either all scales around body similar, posteriorly round, or, if not,tongue narrow and anteriorly bifid . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2020202020

10 A large, flat, round scalebelow ear-opening . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Iguana iguana • p.80

No distinctly enlarged scale below ear-opening . . . . . . . . . . . . 1111111111

11 Interparietal absent (Fig. 11A) or small(Fig. 11B and 11C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Polychrotinae)1212121212

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Morphological key Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Interparietal several times larger thanadjacent scales (Fig. 11D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Tropidurinae) 1616161616

12 Gular fan sac-like; third and fourth toesabout equal in size . . . . . . . . . . . . . . . Polychrus marmoratus • p.90

Gular fan extendable, flat (it may be reduced in females); fourth toedistinctly longer than third . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1313131313

13 Ventrals relatively large, distinctly keeled and imbricate;dewlap not extending beyond level of forelimbs(males and females) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis nitens nitens • p.84

Ventrals small, smooth or feebly keeled, slightly imbricate; maledewlap extends beyond level of forelimbs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1414141414

14 Lizards green in the wild with light blue spots, but mayturn brown when disturbed; adults reaching more than70 mm snout-vent length . . . . . . . . . . . Anolis philopunctatus • p.88

Brownish anoles; adults reaching about 50-60mm snout-vent length . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1515151515

15 Lizard with relatively long legs (tibia length 0.21-0.25 times SVL);

moderately wide lamellae under digits (widest segment about

two times as wide as the distal, non-dilated segment) (Fig. 15A),

and scales on posterior part of snout with one or

more low ridges (Fig. 11C) . . . . . . . . . . . . Anolis fuscoauratus • p.82

Robust lizard with relatively short legs (tibia length 0.18-0.22 timesSVL); very wide lamellae under digits (widest segment about three times

D

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

as wide as the distal, non-dilated segment) (Fig. 15B); smooth, flat scaleson posterior part of snout (Fig. 11B) . . . . . . . . . . Anolis ortonii • p.86

16 Vertebral crest present . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1717171717

Vertebral crest absent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1919191919

17 Third and fourth fingers about equal in size; vertebral crest continuesto tip of tail . . . . . . . . . . . . . . . . . Uranoscodon superciliosus • p.100

Fourth finger distinctly longer than third finger; vertebral crestcontinues at most to anterior part of tail . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1818181818

18 Body flat (depressed); with protruding tufts of spinose scaleson neck; no blue on inner parts of lips . . . . . . . . . . . Plica plica • p.92

Body approximately cylindrical in cross section; no protruding tuftsof spinose scales on neck; inner parts of lips blue . . . Plica umbra • p.94

19 Tail longer than snout-vent length, not spinose, tapering; mitepockets present on either side of neck . . Tropidurus hispidus • p.96

Tail shorter than snout-vent length, spinose,depressed; no mite pockets . . . . . . . . . . . Uracentron azureum • p.98

20 Ventral scales similar to dorsals, posteriorly round; a pair of internasalscales (Fig. 20A); tongue wide, not bifid . . Mabuya nigropunctata • p.104

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Morphological key Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Ventrals usually distinct from dorsals; internasal scales absent;tongue narrow and anteriorly bifid . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2121212121

21 Nasals separated by frontonasals(Fig. 20B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Gymnophthalmidae) 2222222222

Nasals in contact medially (Fig. 21) . . . . . . . . . . . . . . . . (Teiidae) 3131313131

22 Fore- and hind limbs very reduced,giving the lizard a worm-like appearance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2323232323

Limbs well developed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2424242424

23 Dorsals very narrow, hexagonal, keeled (Fig. 23A); four fingers(Fig. 23B) and four toes, all clawed . . . . . . . . Bachia panoplia • p.114

Dorsals rectangular, smooth (Fig. 23C); three fingers (Fig. 23D),one to three toes, or toes reduced to a small tubercle;claws present or absent . . . . . . . . . . . . . . . Bachia flavescens • p.112

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

24 Inner finger reduced, without claw . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2525252525

All digits well developed and with claws . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2626262626

25 Dorsals and ventrals in two longitudinal rows of widened scales;11-13 scales around midbody . . . . . . . . . . . . . Iphisa elegans • p.116

Scales around midbody 16, all similar in shape,rounded . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tretioscincus agilis • p.126

26 Enlarged tubercles on body interspersed among smaller scales (Fig. 26);tail with a double dorsal crest . . . . . . . . Neusticurus bicarinatus • p.122

Not as above . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2727272727

27 Interparietal and parietals form a roundedposterior margin (Fig. 27A, B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2828282828

Interparietal and parietals forma straight posterior margin (Fig. 27C, D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2929292929

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Morphological key Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

28 One or two small scales separating the 3rd supraocular from thesupraciliar scales (Fig 27A: arrow). Interparietal with divergent lateralmargins (Fig. 27A); 30-35 transverse rows of dorsals in a longitudinalline between interparietal and posterior margin of hind limbs; males andfemales present . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leposoma sp. • p.118

Interparietal with lateral margins parallel oronly slightly divergent (Fig. 27B); 35-40 dorsals;only females . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leposoma percarinatum • p.120

29 Occipitals absent (Fig. 27C) . . . . . Alopoglossus angulatus • p.108

Occipitals present (Fig. 27D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3030303030

30 Four pairs of chin shields (Fig. 30A); ventral scales about twice as longas wide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arthrosaura reticulata • p.110

Three pairs of chin shields (Fig. 30B); ventral scales aboutas long as wide . . . . . . . . . . . . . Ptychoglossus brevifrontalis • p.124

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

31 Ventrals distinctly keeled . . . . . . . . . . Kentropyx calcarata • p.136

Ventrals smooth . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3232323232

32 More than 15 ventrals in a row across midbody . . . . . . . . . . . . 3333333333

Maximum of 10 ventrals in a row across midbody . . . . . . . . . . . 3434343434

33 Tail long with a double crest of raised scales; uniform browncolor in adults; juveniles with orange circles on the sides of the body,tail and legs . . . . . . . . . . . . . . . . . . Crocodilurus amazonicus • p.134

Tail circular in cross section; no dorsal crest;black and gold (or yellow) in color . . . . Tupinambis teguixin • p.138

34 Ten ventrals in a row across midbody; parts of the bodygreen and/or a dark longitudinal band onthe upper part of the flanks . . . . . . . . . . . . . . Ameiva ameiva • p.130

Eight ventrals in a row across midbody;either with parts of body green and dark stripes on the dorsum,or with longitudinal light stripes . . . . . Cnemidophorus sp. • p.132

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Morphological key Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Field Key to Lizardsof Reserva Ducke

1 Worm-like form; limbs, when present, very reduced . . . . . . . . . . 22222

Legs well-developed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55555

2 Limbs completely absent; eyes reduced and covered by scales . . 33333

Both fore- and hind limbs present, although very reduced;eyes not reduced, with eyelids . . . . . . . . . Bachia flavescens • p.112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ou Bachia panoplia • p.114

3 Tail with constriction near base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44444

Tail without constriction near base;uniformly cream to tan . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena alba • p.60

4 Medium sized; thick bodied; black and white/cream/pinkcheckered pattern . . . . . . . . . . . . . . . Amphisbaena fuliginosa • p.62

Small size, slender body; white or pink . . . Amphisbaena slevini • p.64

5 Nocturnal (or usually so); on vertical surfaces ofhouses and large trees . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66666

Diurnal (or usually so); on ground or vegetation . . . . . . . . . . . . . 77777

6 Up to 6 cm SVL; enlarged tubercles on body interspersedamong smaller scales; normally whitish in color when active;no webbing between the toes; restricted to areasaround buildings . . . . . . . . . . . . . . . . . Hemidactylus mabouia • p.72

Up to 13 cm SVL; no large tubercles on the body; colorgenerally shades of brown; webbing between toes present;a forest dweller, but it may also be found on and aroundbuildings close to forested areas . . Thecadactylus rapicauda • p.76

7 Semi-aquatic (usually found in or close to streams) . . . . . . . . . . . 88888

Other than this . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1010101010

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

8 Lizards without vertebral crests, predominantly active onground or in water, but may climb into vegetation . . . . . . . . . . . . . 99999

Lizards with distinct vertebral crests, mainly active in trees, butsometimes on the ground . . . . . . . Uranoscodon superciliosus • p.100

9 Medium-sized lizards (less than 11 cm SVL), active on the ground;body with enlarged tubercles interspersed among smaller scales;tail with a double dorsal crest . . . . . . Neusticurus bicarinatus • p.122

Relatively large lizards (more than 11 cm SVL), on ground, in water,or on vegetation over water; body with small scales only; tail witha double dorsal crest . . . . . . . . . . . Crocodilurus amazonicus • p.134

10 Heliothermic lizards, frequently associated with sunny spots . . 1111111111 Lizards not associated with sunny areas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1717171717

11 Active in or close to large sunny areas (large treefallgaps, roads, clearings etc.), or in the canopy . . . . . . . . . . . . . . . . . 1212121212

Usually found in relatively small patches of sun reaching the forestfloor, stream margins, smaller and/or old treefall gaps etc.,though these may be at the edge of clearings . . . . . . . . . . . . . . . . 1616161616

12 Mainly active in trees or on walls, rocks or other vertical surfaces1313131313 Mainly active on the ground . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1414141414

13 SVL up to 40 cm; green to grey lizards with distinct vertebralcrests and gular dewlap, tail very long; a large, flat, round scalebelow ear-opening; mainly active in trees, but sometimes onthe ground . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Iguana iguana • p.80

SVL up to 13 cm; grey lizards without vertebral crest, nogular dewlap, tail slightly longer than SVL; no flat, round scalebelow ear-opening; frequently seen on walls, fences,tree trunks, rocks etc . . . . . . . . . . . . . . . . Tropidurus hispidus • p.96

14 SVL to 10 cm; stereotypic behavior of waving hands afterbouts of walking; many light-colored longitudinal stripes, or morethan two dark dorsal stripes; a recent invader only foundon the edge of the reserve . . . . . . . . . . Cnemidophorus sp. • p.132

Does not wave hands after a bout of walking; no light coloredlongitudinal stripes; no more than two longitudinal blackstripes on the body . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1515151515

15 Up to 35 cm SVL; black and gold(or yellow) in color . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tupinambis teguixin • p.138

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Morphological key Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Up to 19 cm SVL; color highly variable, with or without blackdorsolateral stripes, but usually with some green color that doesnot form distinct lines on the head . . . . . . . . Ameiva ameiva • p.130

16 A smooth brown, shiny lizard, with round, smooth,imbricate scales all around body; . . . Mabuya nigropunctata • p.104

Most scales on body keeled, giving a velvet texture; juveniles andsome adults with three characteristic green longitudinal stripes fromhead to anterior part of body . . . . . . . . . Kentropyx calcarata • p.136

A shiny brown lizard with a blue tail; a distinct light brown stripe separa-ting the black sides from the dark brown back extends from the tip of thesnout; frequently on dead tree trunks . . . . . Tretioscincus agilis • p.126

17 Ground-dwelling lizards, living in the leaf litter . . . . . . . . . . . . . 1818181818 Brown to grey colored semi-arboreal lizards usually

on low vegetation . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2222233333 Green colored arboreal (trunk / canopy) lizards . . . . . . . . . . . . . 2727272727

18 Tiny body size (< 3 cm); no large scales on head;lives in leaf litter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1919191919

Top of head covered with relatively large scales; SVL >3 cm . . . . . 202020202019 No light band across

back of head . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coleodactylus amazonicus • p.68

Light band acrossback of head . . . . . . . . . . . . . . . . Pseudogonatodes guianensis • p.74

20 Legs short, body elongate, fingers and toes not overlappingwhen limbs are laid along body . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2121212121

Legs and body normal, fingers and toes overlappingwhen limbs are laid along body . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2222222222

21 Elongate, slender, shiny, and fast lizard with short legs and very longtail with keeeled scales; dorsal and ventral scales in twolongitudinal rows of widened scales . . . . . . . . Iphisa elegans • p.116

Not as above . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arthrosaura reticulata • p.110

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ou Ptychoglossus brevifrontalis • p.124

22 Males and females present, belly may be orange,males have red iris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leposoma sp. • p.118

Only females, belly always white,iris golden . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leposoma percarinatum • p.120

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Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke Morphological key

23 Head, with brown, red, and yellow stripes, body grey with black, yellowand red spots in males (brown variegated in females); most frequentlybelow 1m high on tree trunks . . . . . . . . . . Gonatodes humeralis • p.70

Not as above . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2424242424

24 A shiny brown lizard with a blue tail;frequently on dead tree trunks . . . . . . . . Tretioscincus agilis • p.126

Not colored as above; gular fan presentt . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2525252525

25 Very often close to, or on the ground; when disturbed it usually runsa short distance and remains perfectly still; with a relatively small, reddewlap (males and females) . . . . . . . . . . . . Anolis nitens nitens • p.84

Usually in bushes or small branches of trees, where it triesto hide after being disturbed; dewlap large in males, distinctlysmaller in females . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2626262626

26 Usually in low vegetation; slender lizard with relatively long legs (tibia length 0.21-0.25 times SVL), moderately wide lamellae under digits, and scales on posterior part of snout with one or more low ridges; dewlap pink to colorof red wine . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis fuscoauratus • p.82

Height on vegetation variable; robust for an Anolis with relativelyshort legs (tibia length 0.18-0.22 times SVL), very wide lamellae underdigits , and smooth, flat scales on posterior part of snout; dewlaporange to deep red . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anolis ortonii • p.86

27 Usually found on trunks of trees . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2828282828

Usually found in the canopy on horizontal branches . . . . . . . . . 3030303030

28 Small rounded gular fan, snout blunt; digits round in cross sectionwithout distinct pads . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2929292929

Large flat yellow to orange extendable gular fan, relatively large inmales; pointed snout; digits flat . . . . . . Anolis philopunctatus • p.88

29 Body flat (depressed) green or blue-green colored;protruding tufts of spinose scales on neck usually on thetrunks of the largest trees . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plica plica • p.92

Body approximately cylindrical in cross section; no protrudingtufts of spinose scales on neck; usually on trunks of small tomoderate-sized trees . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plica umbra • p.94

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30 SVL up to 9 cm; tail shorter than SVL, spinose,eyes normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uracentron azureum • p.98

SVL up to 15 cm; tail longer than SVL; eyelids partiallyfused and the eyes protrude in the form of a cone; blacklines radiating from the eye . . . . . . . . . Polychrus marmoratus • p.90

Field key

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Bibliografia

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References Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Créditosde fotos

Bill QuatmanBill QuatmanBill QuatmanBill QuatmanBill Quatman

Alunos da rede escolar municipal / Municipal school students • p. 15

Pseudogonatodes guianensis • p. 75 • Fig.: A / B

Anolis fuscoauratus • p. 83 • Fig.: C

Anolis ortonii • p. 87 • Fig.: C

Plica Plica • p.93 • Fig.: C

Ptychoglossus brevifrontalis • p. 125 • Fig.: A / B / C

Guarino ColliGuarino ColliGuarino ColliGuarino ColliGuarino Colli

Crocodilurus amazonicus • p. 135 • Fig. B

Helena AguiarHelena AguiarHelena AguiarHelena AguiarHelena Aguiar

Uracentron azureum azureum • p. 99 • Fig. C

Marinus HoogmoedMarinus HoogmoedMarinus HoogmoedMarinus HoogmoedMarinus Hoogmoed

Dracaena guianensis • p. 28

Stenocercus fimbriatus • p. 40

Dracaena guianensis • p. 53

Vínicus TVínicus TVínicus TVínicus TVínicus Tadeu de Caradeu de Caradeu de Caradeu de Caradeu de Carvalhovalhovalhovalhovalho

Bachia flavensces • p. 113 • Fig. A / B

Tupinambis teguixin • p. 139 • Fig. C

PictureCredits

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Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke Bibliografia

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Autores AuthorsLaurie J. Vitt é Professor Pesquisador“George Lynn Cross”, e Curador deRépteis no Museu de História Natu-

ral de Oklahoma “SamNoble”. Estuda a ecologia delagartos brasileiros desde1977, trabalhando a maior

parte do tempo na Amazônia.

William E. Magnusson é pesquisa-dor da Coordenação de Pesquisasem Ecologia e professor do Cursode Pós-Graduação em Ecologia doINPA. Trabalha há mais de 25 anoscom lagartos amazônicos.

Teresa Avila Pires é bióloga, pesquisa-dora do Museu Paraense Emílio

Goeldi/MPEG, Belém - PAe professora da Pós-Graduação em ZoologiaUFPA/MPEG. Dedica-sehá mais de 20 anos aosestudos dos lagartos da

região amazônica.

Albertina Pimentel Lima é pesqui-sadora da Coordenação de Pes-quisas em Ecologia e professora doCurso de Pós-Graduação em Eco-logia do INPA. Trabalha há mais de25 anos com lagartos amazônicos.

Laurie J. Vitt is a George LynnCross Research Professor andCurator of Reptiles at the SamNoble Oklahoma Museum ofNatural History. He has studiedthe ecology of lizards in Brazilsince 1977, working much ofthat time in Amazonia.

William E. Magnusson isa biologist with theEcology Department ofINPA. He has studiedAmazonian lizards formore than 25 years.

Teresa Avila Pires is a researchbiologist of the Museu ParaenseEmilio Goeldi (MPEG), and professorin the Post-graduate Course inZoology of the Universidade Federaldo Pará/MPEG in Belém - PA. Shehas dedicated more than 20 yearsto the study of Amazonian lizards.

Albertina Pimentel Limais a biologist with theEcology Department ofINPA. She has studiedAmazonian lizards formore than 25 years.

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References Guide to the Lizards of Reserva Adolpho Ducke

Programa dePesquisa emBiodiversidade– PPBio

Program forBiodiversityResearch– PPBio

O programa de Pesquisa em Biodi-versidade – PPBio (ppbio.inpa.gov.br)é um programa do Ministériode Ciência e Tecnologia – MCT(www.mct.gov.br) que foi iniciado naAmazônia em 2004, para aprimoraras pesquisas sobre a biodiversidadebrasileira. O PPBio prevê a implemen-tação de infraestrutura de apoio àpesquisa no interior da Amazôniabrasileira, incluindo o estabelecimen-to de parcelas permanentes deamostragem, apoio logístico e for-mação de recursos humanos. A pri-meira parcela de amostragem doPPBio foi instalada na Reserva Flo-restal Adolpho Ducke do InstitutoNacional de Pesquisas da Amazônia– INPA (www.inpa.gov.br), dentro dosítio de Pesquisa Ecológica de Lon-ga Duração da Amazônia central –PELD Sítio 1 (peld.inpa.gov.br).O PELD é um programa do Conse-lho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico – CNPq(www.cnpq.br).

The Program for BiodiversityResearch – PPBio(ppbio.inpa.gov.br), a Ministryof Science and Technology – MCT(www.mct.gov.br) programdesigned to stimulate biodiversityresearch in Brazil, was initiated inAmazonia in 2004. The PPBio aimsto implement infrastructure forscientific research in remoteregions of Amazonia, including theestablishment of permanent plots,logistic support, and training. Thefirst PPBio survey grid was installedin Reserva Florestal AdolphoDucke (Reserva Ducke) managedby the Instituto Nacional dePesquisas da Amazônia – INPA(www.inpa.gov.br), within theLong-term Ecological Research Site(LTER) of central Amazonia – PELDSítio 1 (peld.inpa.gov.br). ThePELD is a program of the BrazilianNational Science Council – CNPq(www.cnpq.br).

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respeite a natureza

respect nature

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