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Guia de Jornalismo Ambiental
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Maria do Rosário Reis Nogueira
Guia de Jornalismo Ambiental
Manaus, 2008
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(Ficha catalográfica)
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Sumário
1. Apresentação
2. Referencial para um jornalismo ambiental crítico
3. Meio ambiente ponto a ponto
4. Cronologia ambiental mundial
5. Cronologia ambiental brasileira
6. Sugestões de leitura
7. Glossário
8. Referências bibliográficas
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1. APRESENTAÇÃO
Este guia teórico-prático é resultado do Curso de Pós-Graduação em Biologia
Urbana do Centro de Ensino Superior Nilton Lins. Ele foi elaborado no âmbito
do jornalismo ambiental, corrente de estudo que abrange, prioritariamente, dois
campos de saberes: o da Comunicação Social e o da Biologia Urbana. Esse
segmento do jornalismo tem como fundamento divulgar informações
produzidas nas diversas áreas do conhecimento científico, principalmente as
da Biologia Urbana, com a finalidade de promover qualidade de vida do
Planeta. .
O tema que abordo compreende a divulgação de fatos, processos, estudos e
pesquisas associadas à preservação da biodiversidade e da sociodiversidade.
Os dois campos se imbricam e formam um novo saber articulado a partir das
necessidades sociais emergentes, tais como: destino seguro dos resíduos
sólidos, despoluição poluição do ar, da água e do solo, descontaminação dos
alimentos, promoção da salubridade de moradias nas zonas rurais e urbanas,
reflorestamento e combate aos efeitos do aquecimento global. Os dois últimos
itens estão relacionados diretamente às mudanças climáticas, que implicam
novos padrões de adaptabilidade dos seres vivos na Terra. .
A produção de conhecimento desse novo campo envolvendo, principalmente, a
relação dos seres humanos com a natureza influencia as ações mais
corriqueiras do cotidiano. Por isso, desafia a comunidade acadêmica à
construção de um projeto intelectual sobre a complexidade ambiental e suas
perspectivas. Na Amazônia, esses estudos se tornam ainda mais necessários
em razão das reservas florestais, aqüíferas e minerais; do banco biogenético e
das culturas tradicionais.
Essa complexidade dos problemas socioambientais gerada pela economia
liberal dominante exige uma compreensão estrutural – e ao mesmo tempo
conjuntural – dos fenômenos que a compõem. É nesse contexto que devem se
inscrever, como instrumentos de divulgação do saber e conhecimento, os
meios de comunicação social.
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Nesse cenário, o jornalismo pode assumir papel relevante às mudanças e às
transformações da sociedade, com foco na solidariedade humana e respeito
aos ciclos da natureza. Isto é: cobertura jornalística é imprescindível na
construção de uma consciência que vise a inclusão social com menor impacto
possível sobre os recursos da natureza. Este guia, para jornalistas iniciantes
em cobertura de meio ambiente, pretende contribuir com aperfeiçoamento da
cobertura jornalística sobre temas ambientais, principalmente no Amazonas,
Estado que possui 97% das suas reservas florestais intactas, porém,
permanentemente ameaçadas pela expansão da economia extrativista. A área
territorial amazonense possui 1,5 milhão de quilômetros quadrados, que
correspondem a 20% do território nacional. Trata-se, também, de uma fonte de
informações para estudantes do Ensino Médio e universitários, para pessoas
interessadas em questões ambientais.
Esta obra está dividida em seis capítulos: O Primeiro, referências para um
jornalismo ambiental crítico, expõe as categorias analíticas usadas para a
elaboração deste guia, sempre levando em consideração os leitores que
podem suscitar uma abordagem crítica da prática jornalística nesse segmento
de informações; o Segundo, Meio ambiente ponto a ponto, refere-se aos temas
mais recorrentes nas publicações jornalísticas, com a função de aprofundar
e/ou indicar o aprofundamento do assunto; o Terceiro, Cronologia ambiental
mundial, destaca os principais acontecimentos, com datação e localização, que
contribuíram para a compreensão dos problemas mundiais; o Quarto,
Cronologia ambiental no Brasil, tem a finalidade e as características do
conteúdo do terceiro, porém, no âmbito brasileiro, e ambos destinam-se a
consultas urgentes; o Quinto, Glossário, apresenta verbetes que permitem
dirimir dúvidas e/ou estimular um mergulho em questões que estão mais
aprofundadas neste Guia e em outras publicações do gênero; o Sexto,
Sugestões para aprofundar o tema, indica uma vasta bibliografia e sites de
conteúdos de interesse análogos ao público ao qual se dirige este trabalho.
Este Guia estará disponível em impressão física, em CD, DVD, e no Portal do
Centro Universitário Nilton Lins (www.niltonlins.br). Do ponto de vista da
elaboração e composição de conteúdo, este trabalho estará sempre aberto a
contribuições dos leitores, e por isso, poderá ser aperfeiçoado constantemente.
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Atende-se, deste modo, a meta de torná-lo público e atual, de acordo com o
acúmulo das informações e inquietação ambientais.
Assinalo, aqui, as preocupações do jornalista Wilson da Costa Bueno, que
defende o jornalismo ambiental como um bem público sem subterfúgios: “A
comunicação e o jornalismo ambiental não assumem a neutralidade como
atributo; pelo contrário, estão firmemente engajados na defesa da bio e da
sociodiversidade, no repúdio à pobreza e à discriminação das minorias.” Os
temas e verbetes estão em ordem alfabética.
Boa leitura!
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2. REFERÊNCIA PARA UM JORNALISMO AMBIENTAL CRÍTICO
Três categorias fundamentam a prática de um jornalismo ambiental crítico,
comprometido com a construção de novas relações humanas, de caráter
solidário, atuando pela consolidação de práticas sociais e jornalísticas
sustentáveis.
Jornalismo Ambiental – Esse fenômeno da Comunicação Social deve orientar
pessoas, proporcionar novos conceitos, mudanças de hábito e
comportamentos por meio de diversas formas de relação e de interatividade
com segmentos de leitores, ouvintes, internautas e telespectadores. O
jornalismo ambiental deve estar associado diretamente ao estímulo da melhoria
da qualidade de vida do Planeta. Também deve compreender, divulgar fatos,
processos, estudos e pesquisas associadas à preservação, e/ou conservação
do meio ambiente e da diversidade social.
Desenvolvimento sustentável – firma-se em três eixos principais além: o
desenvolvimento social, o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento
ambiental. Esses eixos zelam pela inter-relação de justiça social, qualidade de
vida, equilíbrio ambiental e apresentam uma ruptura com o atual padrão
econômico global, que se sustenta na exploração indiscriminada e predadora
da natureza.
Consciência ambiental – caracteriza-se na maneira de pensar e agir como
atributo humano capaz de compreender o Planeta como um organismo vivo,
um sistema complexo de inter-relações constantes que proporcionam bem-
estar aos que nele vivem. Assim, essa capacidade de entendimento é capaz de
gerar ações políticas, no sentido de que ela conduz ao preparo permanente de
cidadãos em busca de justiça social, cidadania nacional e planetária, ética nas
relações sociais e com a natureza.
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Há, ainda no contexto da apresentação deste trabalho, item importante que
mereceu a minha atenção: a função social do jornalismo, que se realiza no
dinamismo, na singularidade e universalidade do fenômeno da comunicação
social. Sem pretensão de concorrer com a ciência no sentido de produzir
conhecimentos, mas com o propósito de relacionar esse conhecimento com a
realidade, o jornalismo tem possibilidades de se impor como um processo
capaz de conectar as extremidades da convivência social planetária e local. Ou
seja: na sua essência, o jornalismo é um bem social público.
Para Eugênio Bucci (2000), o jornalismo “cumpre uma função social antes de
ser um negócio,”. Segundo esse teórico, discutir a função social do jornalismo
só faz sentido se forem postos em questão os padrões de convivência entre as
pessoas, individualmente, e de toda a sociedade no que se refere ao trato com
a informação de interesse público e com a notícia.
“A esse princípio devem se submeter não apenas os jornalistas, mas também
os donos das empresas e as corporações em que funcionam os veículos de
comunicação”, afirma Bucci. Para ele, essa discussão só tem um interessado:
o cidadão. É para ele que a imprensa deve existir e agir.
Deriva dessa idéia o princípio do direito à informação, expresso na Declaração
Universal dos Direitos do Homem, de 1948, no artigo 19, que se refere ao
direito à liberdade de opinião e expressão como fundamental para o
funcionamento adequado da democracia. Esse artigo assegura a liberdade de
“procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras”. No Brasil esse direito é garantido pela
Constituição Federal, artigo 5º - XIV.
O não cumprimento desses direitos atrofia uma das mais nobres funções da
democracia, que é o debate público, por meio do qual se forma a opinião dos
cidadãos. Aliás, esse debate, sem a participação dos meios de comunicação
seria enfraquecido e se tornaria viciado. Para Bucci (2000), a imprensa precisa
ser forte, independente e atuante.
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Bucci ensina que à medida que se expandem os espaços democráticos, a
sustentação da imprensa passa a depender menos de seus segredos e muito
mais da legitimação social. “Quanto mais é democrática a sociedade, menos
basta aos jornalistas oferecer ao público apenas notícias de relevância em
primeira mão: é necessário também compartilhar com o público os métodos e
processos que envolvem a apuração e a edição das informações que são
tornadas públicas,” afirma Bucci.
Bucci comenta que a razão de ser de um repórter, do editor ou do repórter
fotográfico não é a empresa que lhe paga o salário, mas a existência do direito
à informação, o qual pertence o cidadão. Este é o destinatário do trabalho
jornalístico e, no final da linha, quem paga a conta é ele. É ele quem compra o
jornal ou a revista, e é ele que os anunciantes querem conquistar quando
investem altas somas em publicidade.
Para esse autor, quando a imprensa negligencia discutir sua função social com
o cidadão que a sustenta está se esquecendo de prestar contas com seu
patrão. “A imprensa não é apenas um “serviço” de oferecer notícias ao público,
não importando a que custos e por que meios. A imprensa é a materialização
de uma relação de confiança e o que sedimenta essa confiança é uma prática
ética.
Num ambiente em que as instituições democráticas sejam sólidas, a ética
jornalística não é apenas um atributo intrínseco do profissional ou da redação,
“mas é um pacto de confiança entre as instituições do jornalismo e o público,”
assegura Bucci. Sustenta que a ética interna das redações e a pessoal dos
jornalistas devem ser cultivadas, aprimoradas e exigidas, mas elas só são
plenamente eficazes quando as premissas da liberdade de imprensa estão
asseguradas.
Essa funcionalidade não foi procurada com a intenção de justificar o
fortalecimento do sistema capitalista, mas de atender as carências sociais de
cidadania e democracia, com base nos pressupostos do jornalismo, presentes
11
tanto na legislação e em seu código de ética, quanto nos ideais de milhares de
estudantes e profissionais da comunicação.
O jornalismo como disseminador social de conhecimento acomoda sua função
social diante da sociedade. Tem o dever de dar contrapartida social e funcionar
como produtor e reprodutor de conhecimento com vistas à conscientização,
educação e transmissão de informações de vários interesses, porém, em
linguagem acessível à população.
A discussão de responsabilidade social do jornalismo tem suas raízes na
Escola de Chicago. Para seus teóricos, a comunicação é considerada
mediadora de processos que promovem a cidadania e a democracia. Cremilda
Medina faz críticas severas a esse conceito sobre a notícia na sociedade
urbana e industrial. Ela considera a “responsabilidade social” algo
completamente avesso aos interesses da indústria da informação.
Segundo Noelle-Neumann e Schulz, entre os dez princípios da formação
jornalística estão: a consciência da tarefa de servir o público, independência
interna e externa, e o nível de educação proporcional à alta responsabilidade
da profissão. Para Bernardo Kusinski, o jornalista deve ser funcionário do
cidadão.
3. MEIO AMBIENTE PONTO A PONTO
Este capítulo apresenta os assuntos mais recorrentes nas publicações
jornalísticas, com a função de aprofundar e/ou indicar o aprofundamento do
tema.
Agenda 21
Agenda 21 é um dos principais resultados da conferência Eco-92, ocorrida no
Rio de Janeiro, em 1992. Ela estabeleceu a importância de cada país se
comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos,
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empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade
poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.
Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são
coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da
Agenda 21 Nacional (CPDS). A Agenda 21 se constitui num instrumento de
reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a
reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e
equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não
apenas a quantidade do crescimento.
As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão
social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de
renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais
e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento
sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo
este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo
sustentáveis contra a cultura do desperdício.
A adoção formal por parte da ONU do conceito de desenvolvimento sustentável
parte da criação em 1972 da Comissão Mundial sobre Ambiente e
Desenvolvimento (WCED) que em 1987 publicou um relatório intitulado "Nosso
futuro comum", também conhecido como o relatório Brundtland. Esse relatório
indicou a pobreza nos países do Sul e o consumismo extremo dos países do
Norte como as causas fundamentais da insustentabilidade do desenvolvimento
e das crises ambientais. A comissão recomendou a convocação de uma
conferência sobre esses temas.
O desenvolvimento da Agenda 21 começou em 23 de dezembro de 1989 com
a aprovação, em assembléia extraordinária das Nações Unidas, de uma
conferência sobre o meio ambiente e o desenvolvimento como fora
recomendado pelo relatório Brundtland e com a elaboração de esboços do
programa, que, como todos os acordos dos estados-membros da ONU,
sofreram um complexo processo de revisão, consulta e negociação,
culminando com a segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Eco-92, entre 3
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e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, onde representantes de 179
governos aceitaram adotar o programa.
A Agenda 21 teve um estreito acompanhamento a partir do qual foram feitos
ajustes e revisões. Primeiro, com a conferência Rio+5, entre os dias 23 e 27 de
junho de 1997 na sede da ONU, em Nova Iorque; posteriormente com a
adoção de uma agenda complementária denominada metas do
desenvolvimento do milênio (Millenium development goals), com ênfase
particular nas políticas de globalização e na erradicação da pobreza e da fome,
adotadas por 199 países na 55ª Assembléia da ONU, que ocorreu em Nova
Iorque entre os dias 6 e 8 de setembro de 2000; e a mais recente, a Cúpula de
Johannesburgo, na cidade sul-africana entre 26 de agosto a 4 de setembro de
2002.
Os temas da Agenda 21 estão tratados em 40 capítulos organizados em um
preâmbulo e quatro seções:
1. Preámbulo
Seção I. Dimensões sociais e econômicas
2. Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável
dos países em desenvolvimento de das políticas internas conexas
3. Luta contra a pobreza
4. Evolução das modalidades de consumo
5. Dinâmica demográfica e sustentabilidade
6. Proteção e fomento da saúde humana
7. Fomento do desenvolvimento sustentável dos recursos humanos
8. Integração do meio ambiente e o desenvolvimento na tomada de
decisões
Seção II. Conservação e gestão dos recursos para o
desenvolvimento
9. Proteção da atmosfera;
10. Enfoque integrado do planejamento e da ordenação dos recursos das
terras;
14
11. Luta contra o desmatamento;
12. Ordenação dos ecossistemas frágeis: luta contra a desertificação e a
seca;
13. Ordenação dos ecossistemas frágeis: desenvolvimento sustentável das
zonas montanhosas;
14. Fomento da agricultura e do desenvolvimento rural sustentável;
15. Conservação da diversidade biológica;
16. Gestão ecologicamente racional da biotecnologia;
17. Proteção dos oceanos e dos mares de todo tipo, incluíndo os mares
fechados, semi-fechados, as zonas costeiras, o uso racional e o
desenvolvimento de seus recursos vivos;
18. Proteção da qualidade dos recursos de água doce: aplicação de critérios
integrados para o aproveitamento, ordenação e uso dos recursos de
água doce;
19. Gestão ecologicamente racional dos produtos químicos tóxicos, incluída
a prevenção do tráfico internacional ilícito de produtos tóxicos e
perigosos;
20. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos perigosos, incluída a
prevenção do tráfico internacional ilícito de rejeitos perigosos;
21. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos sólidos e questões
relacionadas com as matérias fecais;
22. Gestão inócua e ecologicamente racional dos rejeitos radioativos;
23. Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais
24. Preâmbulo;
25. Medidas mundiais em favor da mulher para atingir um desenvolvimento
sustentável e equitativo;
26. A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável;
27. Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações indígenas e
suas comunidades;
28. Fortalecimento do papel das organizações não-governamentais
associadas na busca de um desenvolvimento sustentável;
15
29. Iniciativas das autoridades locais em apoio ao Programa 21;
30. Fortalecimento do papel dos trabalhadores e seus sindicatos;
31. Fortalecimento do papel do comércio e da indústria;
32. A comunidade científica e tecnológica;
33. Fortalecimento do papel dos agricultores;
Seção IV. Meios de execução
34. Recursos e mecanismos de financiamento;
35. Transferência de tecnologia ecologicamente racional, cooperação e
aumento da capacidade;
36. A ciência para o desenvolvimento sustentável;
37. Fomento da educação, a capacitação e a conscientização;
38. Mecanismos nacionais e cooperação internacional para aumentar a
capacidade nacional nos países em desenvolvimento;
39. Acordos institucionais internacionais;
40. Instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais;
41. Informação para a adoção de decisões;
42. Áreas protegidas no Brasil
A primeira unidade de conservação criada no Brasil foi o Parque
Nacional do Itatiaia, em 1937. Existem hoje no país 71 Estações
Ecológicas, 40 reservas biológicas, 53 parques nacionais, 40 áreas de
proteção ambientais federais e centenas de Reservas Particulares do
Patrimônio Ambiental (fonte: portal ambiente Brasil)
Além das áreas protegidas próprias de cada país, a partir de 1974 foram
criadas no mundo reservas conhecidas como “reservas da biosfera”.
Elas são divididas em três partes: uma área central reservada apenas
para as plantas e para os animais, e duas outras áreas nas quais os
moradores podem praticar a agricultura e a pecuária, desde que
respeitem o meio ambiente. Essas duas áreas também servem para o
estudo das plantas e dos animais, para receber turistas e para informar
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sobre a proteção da natureza. Existem no Brasil sete reservas da
biosfera.
Amazônia (1): aspectos físicos
A superfície da Amazônia brasileira abriga uma das últimas extensões
contínuas de florestas tropicais úmidas do planeta detendo cerca de 1/3 do
estoque genético planetário. Estima-se que exista na região cerca de 6.000
espécies de plantas (das quais 30.000 de plantas superiores, sendo mais de
2.500 espécies de árvores), 2,5 bilhões de espécies de artrópodes (insetos,
aranhas, centopéias, entre outros), 2.000 espécies de peixes e 300 de
mamíferos.
A cobertura vegetal da região é dominada por dois biomas: Cerrado e
Amazônia. O bioma Amazônia ocupa uma superfície de 4,2 milhões de Km2 e
representa cerca de 80% da área considerada neste plano.
A bacia hidrográfica amazônica a mais extensa rede hidrográfica do globo
terrestre, ocupa uma área total de 6.110.000, sendo 63,0% inserida no território
brasileiro. Compõe também essa bacia hidrográfica o Peru (17,0%), a Bolívia
(11,0%), a Colômbia (5,8%), o Equador, 2,2%, a Venezuela (0,7%) e a Guiana
(0,2%).
Em termos de recursos hídricos, a contribuição média da bacia hidrográfica do
rio Amazonas, em território brasileiro, é da ordem de 133.000m3/s, o que
constitui cerca de 73% do total do país. Quanto a geologia da Amazônia as
áreas de idade muito antiga, do pré-cambriano, perfazem cerca de 40% do seu
território. Nela são encontradas uma gama variada de depósitos minerais, a
partir de suas seqüências vulcano-sedimentares e suas coberturas
sedimentares: ferro, manganês, alumínio, cobre, zinco, níquel, cromo, titânio,
fosfato, ouro, prata, platina, paládio, ródio, estanho, tungstênio, nióbio, tântalo,
zircônio, terras-raras, urânio e diamante.
A Amazônia apresenta uma grande diversidade topográfica, que vai desde as
maiores altitudes do país, em Roraima, até as planícies da grande calha do rio
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Amazonas, como também uma grande diversidade de unidade de relevo,
incluindo planícies de inundação, depressões e bacia sedimentares.
Em virtudes das altas temperaturas e alto índice de pluviosidade ou
intemperismo químico é predominante na formação dos solos amazônicos. A
vulnerabilidade do solo aos processos de lixiviação é alta no caso da retirada
da cobertura de vegetal, visto que está tanto o protege das perdas de
nutrientes como também o enriquece com componentes de origem orgânica.
As temperaturas médias anuais variam de 24º C a 26º C, sendo que
temperaturas inferiores a 24º C ocorrem ao Norte e ao Sul e as superiores
ocorrem ao longo dos cursos baixo e médio do rio Amazonas. Os meses mais
quentes vão de agosto a outubro e os mais amenos, de novembro a julho. Em
relação às chuvas, nas áreas de atuação da mEc (foz do rio Amazonas, litoral
do Amapá) e da CIT (extremo noroeste do Amazonas), o total pluviométrico
anual excede a 3.000m.
O setor menos chuvoso corresponde ao corredor de direção oeste/sudoeste
que se estende de Roraima ao leste do Pará e, por não estar sujeito à ação
dos ventos instáveis de oeste e noroeste, apresenta total pluviométrico anual
entre 1.500mm e 1.700mm.
Na região, o período chuvoso corresponde ao verão, exceto em Roraima e
norte do Amazonas que, por estarem no hemisfério norte possuem um período
chuvoso no inverno e seco no verão.
Amazônia (2) – demografia e aspectos sociais
Uma das principais alterações do cenário amazônico nas últimas décadas do
século XX diz respeito a demografia e aos fatores a ela associados. Entre 1950
e 2007, a população da Amazônia passou de 3,8 milhões para 23,55 milhões
de habitantes, crescimento de 516%, muito acima da média nacional que foi de
254% no mesmo período. Desde o ano 2000 quando o número de habitantes
atingiu 21,0 milhões, o crescimento médio é 1,64% e, embora decrescente,
mantêm-se 40% acima do crescimento médio nacional.
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A população atual corresponde a 12,83% do total nacional. Para 2010 e 2020
as projeções do IBGE indicam que a população será de 25,84 milhões e de
29,79 milhões de habitantes respectivamente, e representará, neste último ano,
13,6% da população total do país.
A densidade demográfica média na região manteve-se relativamente baixa em
2007 – 4,64 habitantes/km2 -, enquanto a do Brasil foi de 21,5 habitantes/km2.
Contudo, a população se distribui de maneira desigual. O maranhão é o estado
com maior densidade (18,43 hab/km2) e alguns municípios da porção oriental,
como na área metropolitana de Belém, apresentam densidades superiores a
1.000 hab/km2. Roraima é o Estado com menor razão de habitantes por
superfície (1,76 hab/km) e, em alguns municípios da porção ocidental, a
densidade demográfica, é menor do que 1hab/km2.
A proporção da população morando em cidades e vilas é de aproximadamente
70%. As taxas de crescimento da população urbana são positivas e as da
população rural, encontram-se estagnadas ou mesmo em decréscimo, não
obstante a existência de novas frentes de ocupação. Mas, embora a maioria da
população regional seja urbana, constituindo um mercado consumidor de
massa para a indústria e para produtos agropecuário e florestal, a população
rural de quase 7 milhões de habitantes é também muito significativa enquanto
mercado consumidor. Por outro lado, o atendimento direto de necessidades
sociais básicas desse contingente populacional implica em custos elevados em
função de grandes distâncias e dificuldades de acessos.
Amazônia (3) – áreas protegidas
Cerca de 2,15 milhões km2, 42% da Amazônia brasileira, estão enquadrados
em alguma condição de área protegida, seja como Unidade de Conservação de
Proteção Integral ou de Uso Sustentável, Terras Indígenas, áreas quilombolas
ou áreas militares.
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Acervo Textobr.com
Estas áreas apresentam taxas reduzidas de desmatamento em função das
respectivas condições especiais de uso e ocupação. Até 2006, por exemplo, o
desmatamento atingiu, cumulativamente, menos de 1,8% das unidades de
conservação de proteção integral. No entanto vale destacar que o modelo
extensivo de exploração de recursos naturais em alguns lugares, como
Rondônia, está levando a uma pressão de madeireiros ilegais, pecuaristas,
grileiros sobre Unidades de Conservação (UCs) e Territórios Indígenas (TI),
que deve ser obstada.
As unidades de conservação (estaduais e federais) localizada na Amazônia
brasileira estendem-se por 1.102.728 km2, perfazendo 18,7 da região sendo
que as UCs de proteção integral cobrem 425 mil km2 e as de uso sustentável
totalizam 675 mil km2. As terras indígenas somam 1,02 milhão km2, o
equivalente a 18% de todo território amazônico e as terras quilombolas cobrem
85 mil km2, cerca de 1,6% do total. Por fim, as áreas militares, essencialmente
o Campo de Instrução do Cachimbo, estendem-se por 22 mil km2, ou seja,
constituem 0,4% da área regional.
Com as novas unidades de conservação a serem criadas, particularmente no
sudeste amazonense, assim como a demarcação de algumas terras indígenas,
o total de áreas protegidas na Amazônia deverá ser ainda significativamente
ampliada.
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Amazônia (4) Reserva Extrativista
A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas
tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e,
complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais
de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e
a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos
naturais da unidade.
A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às
populações ativista extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23
desta Lei e em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares
incluídas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que
dispõe a lei. A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho
Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e
constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme
se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade.
A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses
locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área.
A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia
autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às
condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em
regulamento.
O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho
Deliberativo.
São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou
profissional.
A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases
sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais
atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em
regulamento e no Plano de Manejo da unidade.
21
Aquecimento climático
A temperatura subiu em media 0,5º C no século XX. É praticamente certeza
que as atividades humanas são responsáveis por isso. Durante mais de dois
séculos uma enorme quantidade de gases que intensificam o efeito estufa e
podem fazer a temperatura da atmosfera subir. Se não diminuir os resíduos de
gases de efeito estufa, a temperatura corre o risco de subir de 1,5º C a 6º C
daqui até o fim do século XXI. As conseqüências podem ser catastróficas:
• Os desertos e as regiões áridas se tornarão maiores, a desertificação se
estenderá.
• A água dos mares e dos oceanos subirá de 20 centímetros a 1 metro, e
as orlas ficarão submersas.
• As tempestades, os furacões e os ciclones serão mais numerosos.
• As geleiras das montanhas derreterão.
Enfrentamento
Para combater o aquecimento do Planeta só existe uma solução: reduzir a
emissão de gases de efeito estufa no ar. Por enquanto, o que está
acontecendo é o inverso. A população do planeta está aumentando e as
emissões de gases também. Os primeiros a fazer esforços deveriam ser os
países industrializados, responsáveis por 80% dos resíduos de gases de efeito
estufa. Alguns países, entre eles os Estados Unidos, embora sejam os maiores
produtores desses gases, se negam a reduzir seus resíduos porque têm medo
de desacelerar seu crescimento econômico.
O Brasil, juntamente com a Indonésia, está entre os campeões de emissões de
gases de efeito estufa, não por causa das indústrias, mas por causa do
desmatamento e das queimadas. A destruição das florestas deve ser impedida,
para que essas emissões deixem de acontecer.
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Alguns gases de efeito estufa produzidos pelo ser humano
CO2. Queimando carvão, petróleo e gás natural, e derrubando florestas, o ser
humano aumentou consideravelmente a quantidade de CO2 no ar: 30% em
dois séculos.
Metano: ele provém da degradação de matéria viva em ambientes onde não
há oxigênio (brejos, intestino dos animais). A ampliação das plantações de
arroz, o crescimento da pecuária e a multiplicação dos aterros estão na origem
do aumento desses gases no ar.
Halocarbonos (CFC, HCFC, HFC). Esses compostos produzidos
industrialmente furam a camada de ozônio e intensificam o efeito estufa. Os
mais conhecidos são os CFC, utilizados nas geladeiras e nas bombas
aerossóis. Sua produção foi proibida a partir de 1995 e seu uso é fortemente
limitado. Seus substitutos, os HCFC e os HFC também são gases de efeito
estufa, mas são menos ativos.
Carta da Terra na perspectiva da educação
A Carta da terra foi produzida por representantes de vários países do mundo. É
uma declaração universal que estabelece princípios fundamentais para uma
convivência global justa, sustentável e pacífica, a saber.
1. Respeitar a terra e a vida – reconhecendo-a como um organismo vivo e em
evolução. O que for feito a ela repercutirá em todos os seus filhos. Ela requer
de nós uma consciência e uma cidadania planetárias, isto é, o reconhecimento
de que somos parte da Terra e de que podemos perecer com a sua destruição
ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir.�
2. A mudança do paradigma economicista é condição necessária para
estabelecer um desenvolvimento com justiça e eqüidade. Para ser sustentável,
o desenvolvimento precisa ser economicamente factível, ecologicamente
apropriado, socialmente justo, includente, culturalmente eqüitativo, respeitoso e
sem discriminação. O bem-estar não pode ser só social; deve ser também
sócio-cósmico.�
23
3. A sustentabilidade econômica e a preservação do meio ambiente dependem
também de uma consciência ecológica e esta da educação. A
sustentatibilidade deve ser um princípio interdisciplinar reorientador da
educação, do planejamento escolar, dos sistemas de ensino e dos projetos
político-pedagógicos da escola. Os objetivos e conteúdos curriculares devem
ser significativos para o(a) educando(a) e também para a saúde do planeta.�
4. A ecopedagogia, fundada na consciência de que pertencemos a uma única
comunidade da vida, desenvolve a solidariedade e a cidadania planetárias. A
cidadania planetária supõe o reconhecimento e a prática da planetaridade, isto
é, tratar o planeta como um ser vivo e inteligente. A planetaridade deve levar-
nos a sentir e viver nossa cotidianidade em conexão com o universo e em
relação harmônica consigo, com os outros seres do planeta e com a natureza,
considerando seus elementos e dinâmica. Trata-se de uma opção de vida por
uma relação saudável e equilibrada com o contexto, consigo mesmo, com os
outros, com o ambiente mais próximo e com os demais ambientes.�
5. A partir da problemática ambiental vivida cotidianamente pelas pessoas nos
grupos e espaços de convivência e na busca humana da felicidade, processa-
se a consciência ecológica e opera-se a mudança de mentalidade. A vida
cotidiana é o lugar do sentido da pedagogia, pois a condição humana passa
inexoravelmente por ela. A ecopedagogia implica numa mudança radical de
mentalidade em relação à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está
diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com nós mesmos,
com os outros e com a natureza.�
6. A ecopedagogia não se dirige apenas aos educadores, mas a todos os
cidadãos do planeta. Ela está ligada ao projeto utópico de mudança nas
relações humanas, sociais e ambientais, promovendo a educação sustentável
(ecoeducação) e ambiental com base no pensamento crítico e inovador, em
seus modos formal, não formal e informal, tendo como propósito a formação de
cidadãos com consciência local e planetária que valorizem a autodeterminação
dos povos e a soberania das nações.�
24
7. As exigências da sociedade planetária devem ser trabalhadas
pedagogicamente a partir da vida cotidiana, da subjetividade, isto é, a partir das
necessidades e interesses das pessoas. Educar para a cidadania planetária
supõe o desenvolvimento de novas capacidades, tais como: sentir, intuir, vibrar
emocionalmente; imaginar, inventar, criar e recriar; relacionar e inter-conectar-
se, auto-organizar-se; informar-se, comunicar-se, expressar-se; localizar,
processar e utilizar a imensa informação da aldeia global; buscar causas e
prever conseqüências; criticar, avaliar, sistematizar e tomar decisões. Essas
capacidades devem levar as pessoas a pensar e agir processualmente, em
totalidade e transdisciplinarmente.�
8. A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é,
desenvolver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao meio
ambiente e aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a poluição
da água e do ar etc. para intervir no mundo no sentido de reeducar o habitante
do planeta e reverter a cultura do descartável. Experiências cotidianas
aparentemente insignificantes, como uma corrente de ar, um sopro de
respiração, a água da manhã na face, fundamentam as relações consigo
mesmo e com o mundo. A tomada de consciência dessa realidade é
profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto quanto ele é formado
ou deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperarmos a
consciência dessas experiências cotidianas. Na ânsia de dominar o mundo,
elas correm o risco de desaparecer do nosso campo de consciência, se a
relação que nos liga a ele for apenas uma relação de uso.�
9. Uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção
de uma cultura da sustentabilidade, isto é, uma biocultura, uma cultura da vida,
da convivência harmônica entre os seres humanos e entre estes e a natureza.
A cultura da sustentabilidade deve nos levar a saber selecionar o que é
realmente sustentável em nossas vidas, em contato com a vida dos outros. Só
assim seremos cúmplices nos processos de promoção da vida e
caminharemos com sentido. Caminhar com sentido significa dar sentido ao que
fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de sentido as práticas da vida
cotidiana e compreender o sem sentido de muitas outras práticas que aberta ou
25
solapadamente tratam de impor-se e sobrepor-se a nossas vidas
cotidianamente.�
10. A ecopedagogia propõe uma nova forma de governabilidade diante da
ingovernabilidade do gigantismo dos sistemas de ensino, propondo a
descentralização e uma racionalidade baseadas na ação comunicativa, na
gestão democrática, na autonomia, na participação, na ética e na diversidade
cultural. Entendida dessa forma, a ecopedagogia se apresenta como uma nova
pedagogia dos direitos que associa direitos humanos – econômicos, culturais,
políticos e ambientais - e direitos planetários, impulsionando o resgate da
cultura e da sabedoria popular. Ela desenvolve a capacidade de
deslumbramento e de reverência diante da complexidade do mundo e a
vinculação amorosa com a Terra.�
Carvão
É um combustível natural que queima e libera calor que provém da
decomposição de árvores e de vegetais enterrados no subsolo há milhões de
anos.
No século XIX, e até o início dos anos de 1960, o carvão extraído das minas
era muito utilizado na Europa e nos Estados Unidos pelas indústrias, pelos
trens, pelos barcos e para aquecer as casas, o que gerava uma poluição
terrível nas cidades.
O carvão emite gases tóxicos como dióxido de enxofre, óxidos de carbono e
minúsculas partículas que causam sérios problemas respiratórios.
Com exceção das minas a céu aberto, a extração do carvão em minas é
perigosa por causa da profundidade das galerias, das explosões devidas ao
gás e das condições de trabalho dos mineiros, que muitas vezes sofrem de
silicose (grave doença respiratória provocada pela presença de poeira nos
pulmões).
26
Vantagens
É uma fonte de energia mais barata que as outras, com reservas abundantes
(provavelmente mais de dois séculos), fácil de usar e muito apreciada pelos
países pobres.
Desvantagens
A combustão do carvão libera gases poluentes no ar, perigosos para as
pessoas e para a Terra, porque contribuem com o aquecimento do planeta.
Conferência de Estocolmo
Em 1972, a Conferência de Estocolmo foi um grande marco na área ambiental.
Ela chamou a atenção do mundo para a gravidade da situação. Consta de 7
critérios e 26 princípios. Em conseqüência, Henrique Brandão Cavalcanti,
Secretário Geral do Ministério do Interior e membro da delegação brasileira, ao
retornar ao Brasil, promoveu a elaboração do decreto que instituiu em 1973 a
Secretaria Especial do Meio Ambiente. Esta iniciou as suas atividades em 14
de janeiro de 1974.
I Critérios
1. O homem é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente que
o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece oportunidade para
desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente. Em larga e
tortuosa evolução da raça humana neste planeta chegou-se a uma etapa
em que, graças à rápida aceleração da ciência e da tecnologia, o homem
adquiriu o poder de transformar, de inúmeras maneiras e em uma escala
sem precedentes, tudo que o cerca. Os dois aspectos do meio ambiente
humano, o natural e o artificial, são essenciais para o bem-estar do
homem e para o gozo dos direitos humanos fundamentais, inclusive o
direito à vida mesma.
27
2. A proteção e o melhoramento do meio ambiente humano é uma
questão fundamental que afeta o bem-estar dos povos e o
desenvolvimento econômico do mundo inteiro, um desejo urgente dos
povos de todo o mundo e um dever de todos os governos.
3. O homem deve fazer constante avaliação de sua experiência e
continuar descobrindo, inventando, criando e progredindo. Hoje em dia, a
capacidade do homem de transformar o que o cerca, utilizada com
discernimento, pode levar a todos os povos os benefícios do
desenvolvimento e oferecer-lhes a oportunidade de enobrecer sua
existência. Aplicado errônea e imprudentemente, o mesmo poder pode
causar danos incalculáveis ao ser humano e a seu meio ambiente. Em
nosso redor vemos multiplicar-se as provas do dano causado pelo
homem em muitas regiões da terra, níveis perigosos de poluição da
água, do ar, da terra e dos seres vivos; grandes transtornos de equilíbrio
ecológico da biosfera; destruição e esgotamento de recursos
insubstituíveis e graves deficiências, nocivas para a saúde física, mental
e social do homem, no meio ambiente por ele criado, especialmente
naquele em que vive e trabalha.
4. Nos países em desenvolvimento, a maioria dos problemas ambientais
está motivada pelo subdesenvolvimento. Milhões de pessoas seguem
vivendo muito abaixo dos níveis mínimos necessários para uma
existência humana digna, privada de alimentação e vestuário, de
habitação e educação, de condições de saúde e de higiene adequadas.
Assim, os países em desenvolvimento devem dirigir seus esforços para o
desenvolvimento, tendo presente suas prioridades e a necessidade de
salvaguardar e melhorar o meio ambiente. Com o mesmo fim, os países
industrializados devem esforçar-se para reduzir a distância que os
separa dos países em desenvolvimento. Nos países industrializados, os
problemas ambientais estão geralmente relacionados com a
industrialização e o desenvolvimento tecnológico
28
5. O crescimento natural da população coloca continuamente, problemas
relativos à preservação do meio ambiente, e devem-se adotar as normas
e medidas apropriadas para enfrentar esses problemas. De todas as
coisas do mundo, os seres humanos são a mais valiosa. Eles são os que
promovem o progresso social, criam riqueza social, desenvolvem a
ciência e a tecnologia e, com seu árduo trabalho, transformam
continuamente o meio ambiente humano. Com o progresso social e os
avanços da produção, da ciência e da tecnologia, a capacidade do
homem de melhorar o meio ambiente aumenta a cada dia que passa.
6. Chegamos a um momento da história em que devemos orientar
nossos atos em todo o mundo com particular atenção às conseqüências
que podem ter para o meio ambiente. Por ignorância ou indiferença,
podemos causar danos imensos e irreparáveis ao meio ambiente da terra
do qual dependem nossa vida e nosso bem-estar. Ao contrário, com um
conhecimento mais profundo e uma ação mais prudente, podemos
conseguir para nós mesmos e para nossa posteridade, condições
melhores de vida, em um meio ambiente mais de acordo com as
necessidades e aspirações do homem. As perspectivas de elevar a
qualidade do meio ambiente e de criar uma vida satisfatória são grandes.
É preciso entusiasmo, mas, por outro lado, serenidade de ânimo,
trabalho duro e sistemático. Para chegar à plenitude de sua liberdade
dentro da natureza, e, em harmonia com ela, o homem deve aplicar seus
conhecimentos para criar um meio ambiente melhor. A defesa e o
melhoramento do meio ambiente humano para as gerações presentes e
futuras se converteram na meta imperiosa da humanidade, que se deve
perseguir, ao mesmo tempo em que se mantêm as metas fundamentais
já estabelecidas, da paz e do desenvolvimento econômico e social em
todo o mundo, e em conformidade com elas.
7. Para se chegar a esta meta será necessário que cidadãos e
comunidades, empresas e instituições, em todos os planos, aceitem as
responsabilidades que possuem e que todos eles participem
29
eqüitativamente, nesse esforço comum. Homens de toda condição e
organizações de diferentes tipos plasmarão o meio ambiente do futuro,
integrando seus próprios valores e a soma de suas atividades. As
administrações locais e nacionais, e suas respectivas jurisdições, são as
responsáveis pela maior parte do estabelecimento de normas e
aplicações de medidas em grande escala sobre o meio ambiente.
Também se requer a cooperação internacional com o fim de conseguir
recursos que ajudem aos países em desenvolvimento a cumprir sua
parte nesta esfera. Há um número cada vez maior de problemas relativos
ao meio ambiente que, por ser de alcance regional ou mundial ou por
repercutir no âmbito internacional comum, exigem uma ampla
colaboração entre as nações e a adoção de medidas para as
organizações internacionais, no interesse de todos. A Conferência
encarece aos governos e aos povos que unam esforços para preservar e
melhorar o meio ambiente humano em benefício do homem e de sua
posteridade.
II Princípios
Expressa a convicção comum de que:
Princípio 1 - O homem tem o direito fundamental à liberdade, à
igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio
ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar
de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio
ambiente para as gerações presentes e futuras. A este respeito, as
políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial,
a discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de
dominação estrangeira são condenadas e devem ser eliminadas.
Princípio 2 - Os recursos naturais da terra incluídos o ar, a água, a terra,
a flora e a fauna e especialmente amostras representativas dos
ecossistemas naturais devem ser preservados em benefício das
30
gerações presentes e futuras, mediante uma cuidadosa planificação ou
ordenamento.
Princípio 3 - Deve-se manter, e sempre que possível, restaurar ou
melhorar a capacidade da terra em produzir recursos vitais renováveis.
Princípios 4 - O homem tem a responsabilidade especial de preservar e
administrar judiciosamente o patrimônio da flora e da fauna silvestres e
seu habitat, que se encontram atualmente, em grave perigo, devido a
uma combinação de fatores adversos. Conseqüentemente, ao planificar
o desenvolvimento econômico deve-se atribuir importância à
conservação da natureza, incluídas a flora e a fauna silvestres.
Princípio 5 - Os recursos não renováveis da terra devem empregar-se
de forma que se evite o perigo de seu futuro esgotamento e se assegure
que toda a humanidade compartilhe dos benefícios de sua utilização.
Princípio 6 - Deve-se por fim à descarga de substâncias tóxicas ou de
outros materiais que liberam calor, em quantidades ou concentrações
tais que o meio ambiente não possa neutralizá-los, para que não se
causem danos graves irreparáveis aos ecossistemas. Deve-se apoiar a
justa luta dos povos de todos os países contra a poluição.
Princípio 7 - Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis
para impedir a poluição dos mares por substâncias que possam por em
perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida marinha,
menosprezar as possibilidades de derramamento ou impedir outras
utilizações legítimas do mar.
Princípio 8 - O desenvolvimento econômico e social é indispensável
para assegurar ao homem um ambiente de vida e trabalho favorável e
para criar na terra as condições necessárias de melhoria da qualidade de
vida.
Princípio 9 - As deficiências do meio ambiente originárias das condições
de subdesenvolvimento e os desastres naturais colocam graves
problemas. A melhor maneira de saná-los está no desenvolvimento
acelerado, mediante a transferência de quantidades consideráveis de
31
assistência financeira e tecnológica que complementem os esforços
internos dos países em desenvolvimento e a ajuda oportuna que possam
requerer.
Princípio 10 - Para os países em desenvolvimento, a estabilidade dos
preços e a obtenção de ingressos adequados dos produtos básicos e de
matérias primas são elementos essenciais para o ordenamento do meio
ambiente, já que há de se Ter em conta os fatores econômicos e os
processos ecológicos.
Princípio 11 - As políticas ambientais de todos os Estados deveriam
estar encaminhadas para aumentar o potencial de crescimento atual ou
futuro dos países em desenvolvimento e não deveriam restringir esse
potencial nem colocar obstáculos à conquista de melhores condições de
vida para todos. Os Estados e as organizações internacionais deveriam
tomar disposições pertinentes, com vistas a chegar a um acordo, para
poder enfrentar as conseqüências econômicas que poderiam resultar da
aplicação de medidas ambientais, nos planos nacional e internacional.
Princípio 12 - Recursos deveriam ser destinados para a preservação e
melhoramento do meio ambiente tendo em conta as circunstâncias e as
necessidades especiais dos países em desenvolvimento e gastos que
pudessem originar a inclusão de medidas de conservação do meio
ambiente em seus planos de desenvolvimento, bem como a necessidade
de oferecer-lhes, quando solicitado, mais assistência técnica e financeira
internacional com este fim.
Princípio 13 - Com o fim de se conseguir um ordenamento mais racional
dos recursos e melhorar assim as condições ambientais, os Estados
deveriam adotar um enfoque integrado e coordenado de planejamento de
seu desenvolvimento, de modo a que fique assegurada a compatibilidade
entre o desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio
ambiente humano em benefício de sua população.
Princípio 14 - O planejamento racional constitui um instrumento
indispensável para conciliar as diferenças que possam surgir entre as
32
exigências do desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar
o meio ambiente.
Princípio 15 - Deve-se aplicar o planejamento aos assentamentos
humanos e à urbanização com vistas a evitar repercussões prejudiciais
sobre o meio ambiente e a obter os máximos benefícios sociais,
econômicos e ambientais para todos. A este respeito devem-se
abandonar os projetos destinados à dominação colonialista e racista.
Princípio 16 - Nas regiões onde exista o risco de que a taxa de
crescimento demográfico ou as concentrações excessivas de população
prejudiquem o meio ambiente ou o desenvolvimento, ou onde, a baixa
densidade de população possa impedir o melhoramento do meio
ambiente humano e limitar o desenvolvimento, deveriam ser aplicadas
políticas demográficas que respeitassem os direitos humanos
fundamentais e contassem com a aprovação dos governos interessados.
Princípio 17 - Deve-se confiar às instituições nacionais competentes a
tarefa de planejar, administrar ou controlar a utilização dos recursos
ambientais dos estados, com o fim de melhorar a qualidade do meio
ambiente.
Princípio 18 - Como parte de sua contribuição ao desenvolvimento
econômico e social deve-se utilizar a ciência e a tecnologia para
descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio ambiente,
para solucionar os problemas ambientais e para o bem comum da
humanidade.
Princípio 19 - É indispensável um esforço para a educação em questões
ambientais, dirigida tanto às gerações jovens como aos adultos e que
preste a devida atenção ao setor da população menos privilegiado, para
fundamentar as bases de uma opinião pública bem informada, e de uma
conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades inspirada no
sentido de sua responsabilidade sobre a proteção e melhoramento do
meio ambiente em toda sua dimensão humana. É igualmente essencial
que os meios de comunicação de massas evitem contribuir para a
33
deterioração do meio ambiente humano e, ao contrário, difundam
informação de caráter educativo sobre a necessidade de protegê-lo e
melhorá-lo, a fim de que o homem possa desenvolver-se em todos os
aspectos.
Princípio 20 - Devem-se fomentar em todos os países, especialmente
nos países em desenvolvimento, a pesquisa e o desenvolvimento
científico referentes aos problemas ambientais, tanto nacionais como
multinacionais. Neste caso, o livre intercâmbio de informação científica
atualizada e de experiência sobre a transferência deve ser objeto de
apoio e de assistência, a fim de facilitar a solução dos problemas
ambientais. As tecnologias ambientais devem ser postas à disposição
dos países em desenvolvimento de forma a favorecer sua ampla difusão,
sem que constituam uma carga econômica para esses países.
Princípio 21 - Em conformidade com a Carta das Nações Unidas e com
os princípios de direito internacional, os Estados têm o direito soberano
de explorar seus próprios recursos em aplicação de sua própria política
ambiental e a obrigação de assegurar-se de que as atividades que se
levem a cabo, dentro de sua jurisdição, ou sob seu controle, não
prejudiquem o meio ambiente de outros Estados ou de zonas situadas
fora de toda jurisdição nacional.
Princípio 22 - Os Estados devem cooperar para continuar
desenvolvendo o direito internacional no que se refere à
responsabilidade e à indenização às vítimas da poluição e de outros
danos ambientais que as atividades realizadas dentro da jurisdição ou
sob o controle de tais Estados causem à zonas fora de sua jurisdição.
Princípio 23 - Sem prejuízo dos critérios de consenso da comunidade
internacional e das normas que deverão ser definidas em nível nacional,
em todos os casos será indispensável considerar os sistemas de valores
prevalecentes em cada país, e, a aplicabilidade de normas que, embora
válidas para os países mais avançados, possam ser inadequadas e de
alto custo social para países em desenvolvimento.
34
Princípio 24 - Todos os países, grandes e pequenos, devem ocupar-se
com espírito e cooperação e em pé de igualdade das questões
internacionais relativas à proteção e melhoramento do meio ambiente. É
indispensável cooperar para controlar, evitar, reduzir e eliminar
eficazmente os efeitos prejudiciais que as atividades que se realizem em
qualquer esfera, possam Ter para o meio ambiente,, mediante acordos
multilaterais ou bilaterais, ou por outros meios apropriados, respeitados a
soberania e os interesses de todos os estados.
Princípio 25 - Os Estados devem assegurar-se de que as organizações
internacionais realizem um trabalho coordenado, eficaz e dinâmico na
conservação e no melhoramento do meio ambiente.
Princípio 26 - É’ preciso livrar o homem e seu meio ambiente dos efeitos
das armas nucleares e de todos os demais meios de destruição em
massa. Os Estados devem-se esforçar para chegar logo a um acordo –
nos órgãos internacionais pertinentes- sobre a eliminação e a destruição
completa de tais armas.
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
ECO-92, Rio-92, Cúpula ou Cimeira da Terra são nomes pelos quais é mais
conhecida a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio
de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar o
desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos
ecossistemas da Terra.
A Conferência do Rio consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e
contribuiu para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio
ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos países
desenvolvidos. Reconheceu-se, ao mesmo tempo, a necessidade de os países
em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico para avançarem
na direção do desenvolvimento sustentável. Naquele momento, a posição dos
países em desenvolvimento tornou-se mais bem estruturada e o ambiente
35
político internacional favoreceu a aceitação pelos países desenvolvidos de
princípios como o das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. A
mudança de percepção com relação à complexidade do tema deu-se de forma
muito clara nas negociações diplomáticas, apesar de seu impacto ter sido
menor do ponto de vista da opinião pública.
Biocombustível
Plantas como cana-de-açúcar milho ou beterraba contêm grandes quantidades
de açúcar. Podem ser transformadas em álcool que, misturados com gasolina,
produz um combustível de qualidade. Os brasileiros são os campeões do
mundo em biocombustíveis desde 1975, produzindo álcool combustível a partir
da cana-de-açúcar.
Vantagens
Os biocombustíveis poluem menos a atmosfera, permitem o uso de menos
petróleo. É um combustível “verde”.
Desvantagens
As áreas imensas usadas no plantio da cana-de-açúcar são verdadeiros
desertos verdes, onde pouquíssimas espécies silvestres de plantas e animais
conseguem sobreviver. Adubos químicos são usados com freqüência para
cultivar as plantas que dão origem ao biocombustível. Eles são uma fonte de
poluição para o solo e para a água. Os resíduos gerados na produção do
biocombustível também são altamente poluentes.
Biotecnologias
Hoje, as tecnologias da vida permitem produzir em grande quantidade vacinas,
fermentos (para fabricar queijos, pães, por exemplo) ou bactérias úteis para a
digestão dos resíduos.
36
Esse conhecimento da produção industrial de microorganismos permitirá que
no futuro haja tratamento para certas poluições dos solos causadas por metais
tóxicos, como o plutônio ou o cádmio, ou por substâncias orgânicas (fenóis).
Hoje a biotecnologia já seleciona bactérias que se alimentam desses produtos
tóxicos e, assim, os faz desaparecer.
Clima
O clima de uma região é determinado pela temperatura, pela incidência de sol,
pelas precipitações e pela umidade do ar durante um longo período. Essas
características determinam o número e a variedade das espécies vivas. O
clima desértico (seco e quente) é menos favorável à vida que o clima equatorial
(quente e úmido). O clima é submetido a variações de longa duração em
função das variações de atividades do sol. Períodos frios (chamados de
glaciais) favorecem o desenvolvimento de imensas geleiras; períodos mais
quentes fizeram essas geleiras quase desaparecer. Acervo Textobr.com
Encontro das águas dos rios Negro e Solimões
Climas principais: Há uma oposição entre os climas com estações
térmicas contrastantes (regiões temperadas e frias) e os climas com estações
pluviométricas, isto é, baseada na quantidade de chuva que cai (regiões
intertropicais).
37
Clima quente da zona intertropical, que se diferenciam pela
quantidade e pelo regime de chuvas
Equatorial: a mesma estação o ano inteiro, quente e úmida. Chove muito
(Amazônia, África Equatorial).
Tropical: duas estações somente, a estação seca e a estação úmida, durante
a qual chove muito (maior parte do Brasil, Índia).
Subtropical: temperaturas menos elevadas, com chuvas abundantes o ano
todo (no Brasil, abaixo do trópico de Capricórnio).
Tropical seco árido: muito quente durante o dia e às vezes muito frio à noite.
Chuvas muito fracas, às vezes nenhuma (Saara).
Climas temperados com quatro estações térmicas
Oceânico: não é nunca nem muito frio nem muito quente. Chuvas regulares
durante o ano todo (Inglaterra).
Continental: inverno frio e seco, verão quente (Russia).
Mediterrâneo: inverno ameno, verão quente e seco. Chuvas fracas (Itália,
Espanha, Portugal, sul da França).
Clima polar: inverno glacial, verão curto e frio. Neve e gelo (pólo norte e pólo
sul).
Clorofila: é um pigmento que dá cor verde às plantas e capta energia do sol
para transformar em açúcares (especialmente amido) o gás carbônico
absorvido pelas folhas e a água absorvida pelas raízes. Essa reação química
se chama fotossíntese. Os açúcares são então transformados pela seiva até
diferentes partes da planta e transformados em tecido vegetal para garantir seu
crescimento. A fotossíntese também libera oxigênio, que é lançado na
atmosfera.
38
Clube de Roma
É um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto
conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e,
sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Foi fundado em
1968 por Aurélio Peccei, industrial e académico italiano e Alexander King,
cientista escocês.
Tornou-se um grupo muito conhecido em 1972 devido à publicação do relatório
elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de Roma e chefiada
por Meadows, intitulado Os Limites do Crescimento, que vendeu mais de 30
milhões de cópias em 30 idiomas, tornando-se o livro sobre ambiente mais
vendido da história.
O referido Relatório tratava essencialmente de problemas cruciais para o futuro
desenvolvimento da humanidade tais como: energia, poluição, saneamento,
saúde, ambiente, tecnologia, crescimento populacional, dentre outros.
Utilizando modelos matemáticos o MIT chegou a conclusão que o Planeta
Terra não suportaria mais o crescimento populacional devido à pressão sobre
os recursos naturais e energéticos e o aumento da poluição, mesmo
considerando o avanço das tecnologias.
O actual presidente do grupo é o Príncipe El Hassan bin Talal da Jordânia.
Outros membros activos são Benjamin Bassin, a Rainha Beatriz dos Países
Baixos, Juan Luis Cebrian, Orio Giarini, Talal Halman, Javier Solana, Mugur
Is�rescu, Kamal Hossain, Esko Kalimo, Ashok Khosla, Martin Lees, Roberto
Peccei, Maria Ramirez Ribes, Victor A. Sadovnichy, Adam Schaff, Majid
Tehranian, Raoul Weiler, Anders Wijkman, Fernando Henrique Cardoso e
Mikhail Gorbachev.
Créditos de carbono
Refere-se à nomenclatura Redução Certificada de Emissões (RCE), que são
certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito
estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2)
39
equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser
negociado no mercado internacional. Os créditos de carbono criam um
mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição.
Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota
máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam
leis que restrigem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias
que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se
compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que
conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem
vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no
mercado nacional ou internacional.
Os países desenvolvidos podem promover a redução da emissão de gases
causadores do efeito estufa em países em desenvolvimento através do
mercado de carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes
destes países.
Dependendo do mercado em contexto, os tipos de créditos, a forma de
comercialização e os preços são diferentes.
Crédido de carbono (2)
A preocupação com o meio ambiente levou os países da Organização das
Nações Unidas a assinarem um acordo que estipulasse o controle sobre as
intervenções humanas no clima. Este acordo nasceu em dezembro de 1997
com a assinatura do Protocolo de Quioto. Desta forma, o Protocolo de Quioto
determina que países desenvolvidos signatários, reduzam suas emissões de
gases de efeito estufa (GEE) em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990,
entre 2008 e 2012. Esse período é também conhecido como primeiro período
de compromisso. Para não comprometer as economias desses países, o
protocolo estabeleceu que parte desta redução de GEE pode ser feita através
de negociação com nações através dos mecanismos de flexibilização.
40
Um dos mecanismos de flexibilização é o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL). O crédito de carbono do MDL é denominado Redução Certificada
de Emissão (RCE) - ou em inglês, Certified Emission Reductions (CERs).
Uma RCE corresponde a uma tonelada de Dióxido de carbono equivalente.
Crédido de carbono (3) e a UE
Os países da União Européia fizeram um acordo para diminuir emissões de
GEE no período entre 2002 e 2007, ou seja, além da diminuição de emissões
de GEE entre 2008 e 2012 do Protocolo de Quioto, esses países
desenvolveram outras metas para o período anterior ao Protocolo de Quioto.
As permissões de emissões das diferentes indústrias podem ser negociadas
entre elas. Créditos obtidos a partir de projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL) também podem ser usados para diminuir partes
das emissões.
Crédito de carbono (4) e os mercados voluntários
Grupos e setores que não precisam diminuir suas emissões de acordo com o
Protocolo de Quioto ou empresas localizadas em países não signatários do
Protocolo de Quioto (como as empresas estado-unidenses), tem a alternativa
de comercializar reduções de emissões nos chamados mercados voluntários.
Um exemplo de mercado voluntário é o Chicago Climate Exchange (Bolsa do
Clima de Chicago).
Créditos de carbono (5) e suas potências
Uma tonelada de CO2 equivalente corresponde a um crédito de carbono. O
CO2 equivalente é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas do GEE
pelo seu potencial de aquecimento global. O potencial de aquecimento global
do CO2 foi estipulado como 1. O potencial de aquecimento global do gás
metano é 21 vezes maior do que o potencial do CO2, portanto, o CO2
equivalente do metano é igual a 21. Portanto, uma tonelada de metano
reduzida corresponde a 21 créditos de carbono.
41
Potencial de aquecimento global dos GEE:
• CO2 - Dióxido de Carbono = 1
• CH4 - Metano = 21
• N2O - Óxido nitroso = 310
• HFCs - Hidrofluorcarbonetos = 140 ~ 11700
• PFCs - Perfluorcarbonetos = 6500 ~ 9200
• SF6 - Hexafluoreto de enxofre = 23900
Crédito de carbono (5) e contradições
Algumas correntes defendem a idéia de que os créditos de carbono acabam
favorecendo mais ao mercado do que ao ambiente, e outras defendem a idéia
de que os mesmos são certificados que autorizam aos países desenvolvidos o
direito de poluir. No entanto, cada país tem uma cota máxima de créditos de
carbono que pode comprar para cumprir as metas do Protocolo de Quioto;
portanto, o assim chamado "direito de poluir" é limitado.
Para o crédito de carbono as tecnologias reclamadas, pelas nações
interessadas, devem passar por uma análise a nível universitário para que
fique provado (matematicamente) o que foi ou não lançado na atmosfera.
Demografia
A demografia é uma ciência que estuda a população humana em seus
movimentos naturais e migratórios. O mundo possui 6 bilhões de pessoas. A
cada ano são 84 milhões de pessoas a mais na terra. Em 2050 nós seremos
cerca de 9 bilhões. Esse crescimento diminuirá por volta de 2100, e a
população mundial deverá se estabilizar entre 10 e 12 bilhões de pessoas. A
demografia serve para prever as necessidades dos habitantes: alimentação,
moradia, atividade econômica.
42
Desmatamento
Na América Latina, na África e no sudoeste asiático, grandes extensões de
florestas equatoriais e tropicais estão desaparecendo: primeiro as árvores mais
valiosas são cortadas pelas madeireiras, na maioria das vezes de forma ilegal
e sem o plantio de mudas novas para a reposição.
Os caminhos abertos são então usados pelos fazendeiros, que derrubam e
queimam o que restou da floresta, transformando-as em pastos e em áreas de
agricultura. Além disso, a exploração de jazidas minerais (calcário, ferro,
bauxita, manganês, ouro) lança muitos poluentes (mercúrio, lama) no
ambiente, o que o fragiliza.
A destruição rápida de todas essas florestas levanta o problema da extinção de
espécies animais e vegetais raras. É claro que a floresta sempre foi
transformada em campos de cultivo que permitiram a sobrevivência de muitas
famílias, mas em pequena escala e muito lentamente, o que permitia que ela
se regenerasse. Com o crescimento da população humana, a necessidade de
novas áreas de cultivo aumentou.
Ao longo da história do Brasil houve muito desmatamento: 93% da Mata
Atlântica, 17% da Floresta Amazônica, 57% do Cerrado já desapareceram.
Atualmente a destruição é mais intensa no chamado “Arco do Desmatamento”
que vai de Rondônia ao Maranhão, passando pelo Norte de Mato Grosso e
leste do Pará.
Desenvolvimento Sustentável
Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(CMMAD) da Organização das Nações Unidas, é aquele que atende às
necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações
futuras satisfaçam as suas próprias necessidades.
A idéia deriva inicialmente do Relatório elaborado pelo MIT para o chamado
Clube de Roma, fundado por Aurélio Peccei, intitulado Os Limites do
Crescimento e, posteriormente, do conceito de ecodesenvolvimento, proposto
em 1970 por Maurice Strong e Ignacy Sachs, durante a Primeira Conferência
43
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Estocolmo,
1972), a qual deu origem ao Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente - PNUMA.
Em 1987, a CMMAD, presidida pela Primeira-Ministra da Noruega, Gro Harlem
Brundtland, adotou o conceito de Desenvolvimento Sustentável em seu
relatório Our Common Future (Nosso futuro comum), também conhecido como
Relatório Brundtland.
O conceito foi definitivamente incorporado como um princípio, durante a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a
Cúpula da Terra de 1992 - Eco-92, no Rio de Janeiro. O Desenvolvimento
Sustentável busca o equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento
econômico e serviu como base para a formulação da Agenda 21, com a qual
mais de 170 países se comprometeram, por ocasião da Conferência. Trata-se
de um abrangente conjunto de metas para a criação de um mundo, enfim,
equilibrado.
A Declaração de Política de 2002 da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, realizada em Joanesburgo, afirma que o Desenvolvimento
Sustentável é construído sobre “três pilares interdependentes e mutuamente
sustentadores” — desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e
proteção ambiental. Esse paradigma reconhece a complexidade e o
interrelacionamento de questões críticas como pobreza, desperdício,
degradação ambiental, decadência urbana, crescimento populacional,
igualdade de gêneros, saúde, conflito e violência aos direitos humanos.
Desenvolvimento econômico
Consiste no "bom" uso da riqueza material e do capital humano de países ou
regiões, favorecendo o bem-estar geral de seus habitantes. O processo de
desenvolvimento econômico supõe que ajustes institucionais, fiscais e jurídicos
são necessários, incentivos para inovações e investimentos, assim como
fornecer condições para um sistema eficiente de produção e distribuição de
bens e serviços à população.
44
Foram muitas as teorias voltadas para a promoção do desenvolvimento
econômico. Como alternativa à crise de 1929, o economista inglês John
Maynard Keynes formulou uma hipótese de que o Estado deveria interferir
ativamente na economia: seja regulando o mercado de capitais, seja criando
empregos e promovendo obras de infra-estrutura e fabricando bens de capital.
Essa teoria foi muito popular até os anos 1970 quando - em parte devido à
crise do petróleo - o sistema monetário internacional entrou em crise. Tornou-
se então evidente a inviabilidade da conversibilidade do dólar em ouro, ruiu o
padrão dólar-ouro, com inflação e o endividamento dos Estados por um lado, e
uma grande acumulação de excedente monetário líquido nas mãos dos países
exportadores de petróleo por outro. Em vista disso, sobreveio uma mudança de
enfoque na política econômica.
Surge então a escola neoliberal de pensamento econômico, baseada na firme
crença na Lei de Say), e cujos fundamentos já tinham sido esboçados em 1940
pelo economista austríaco Friedrich August von Hayek. Para corrigir os
problemas inerentes à crise, os neoliberais pregavam a redução dos gastos
públicos e a desregulamentação, de modo a permitir que as empresas com
recursos suficientes pudessem investir em praticamente todos os setores de
todos os mercados do planeta: tornar-se-iam empresas multinacionais ou
transnacionais.
Desenvolvimento social
Consiste na evolução dos componentes da sociedade (capital humano) e na
maneira como estes se relacionam (capital social). Para Augusto de Franco,
"todo Desenvolvimento é Desenvolvimento Social", e acrescenta que não há
desenvolvimento sem que se altere tanto o capital social quanto o humano.
Desenvolvimento social só ocorre quando se estabelecem políticas que
aperfeiçoem a forma como os componentes de um conjunto interagem entre si
e com o meio externo. Entende-se como conjunto uma pequena comunidade
rural, um centro urbano ou, inclusive, uma nação inteira.
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Diferente do desenvolvimento econômico, Augusto de Franco nos diz que o
desenvolvimento social só ocorre se todos os componentes da sociedade
forem beneficiados. Desta forma, uma determinada comunidade pode crescer
economicamente sem que isso represente um desenvolvimento social.
Direito Ambiental e o jornalismo
Direito ambiental é a ciência que estuda os problemas ambientais e suas
interligações com o homem, visando à proteção do meio ambiente para a
melhoria das condições de vida tanto do planeta como do homem. Em 31 de
agosto de 1981 surgiu a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938)
e foi um marco histórico do Direito Ambiental no Brasil.
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente
Direito que tange diretamente ao exercício do jornalismo, vem expresso na Lei
da Política Nacional do Meio Ambiente e informa sobre a condição do meio
ambiente e a ação do Estado em sua defesa. O direito à informação ambiental
está presente, como visto, tanto na esfera constitucional quanto na esfera
infraconstitucional.
Lei Nacional do Meio Ambiente
Lei no 6.938, de 31/08/1981. Dispõe sobre a política nacional do meio
ambiente, seus fins e mecanismo de formulação e aplicação. Além disso,
constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, cria o Conselho Nacional do
Meio Ambiente e constitui o cadastro técnico federal e constitui o Cadastro
Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental. A política
nacional do meio ambiente tem como objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida humana. Preocupa-se,
entre outros aspectos, com a manutenção do equilíbrio ecológico; a
racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; a proteção dos
ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; o controle e
46
zoneamento das atividades potenciais ou efetivamente poluidoras; a
recuperação de áreas degradadas; a proteção de áreas ameaçadas de
degradação; a educação ambiental de todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para a participação ativa do
meio ambiente.
ONU – Em 1948 a informação é considerada um direito universal, destacada
na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Capítulo V – No Brasil esse direito é assegurado pela Constituição Federal.
1987 - O Código de Ética do Jornalista prevê em seu artigo 1º que “o acesso à
informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que
não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse”.
Artigo 225 - A Constituição Federal garante que “todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade, o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações”.
Eco – 92 – sacramentou, em âmbito mundial, as preocupações com a
problemática ambiental.
Ecossistema
Qualquer unidade que inclua todos os organismos em uma determinada área,
interagindo com o ambiente físico, de tal forma que o fluxo de energia leve a
uma estrutura trófica definida, diversidade biológica e reciclagem de materiais.
O ecossistema é a unidade básica da ecologia. Um tronco de árvore em
decomposição no meio de um campo também é um ecossistema, porque ele
abriga vegetais e animais que não são encontrados no resto do campo. Um
ecossistema pode estar dentro de outro e ter uma duração de vida diferente. O
campo existirá durante dezenas de anos, já o tronco resistirá apenas meses ou
alguns anos. Depois que tiver se decomposto completamente, ele deixará de
existir.
47
Serviços prestados pelo ecossistema
Os economistas se esforçam para avaliar, em termos financeiros, os serviços
que os ecossistemas prestam à humanidade. Foi feita uma estimativa baseada
em 17 tarefas realizadas pelos ambientes naturais (regulação do clima e do
ciclo da água, resistência à erosão, formação dos solos, polinização, entre
outros). A cifra obtida pelos pesquisadores situa-se entre 16 trilhões e 54
trilhões de dólares, isto é: várias dezenas de vezes mais que a produção
comercial total da humanidade. Isso mostra até onde vai a incapacidade do ser
humano para substituir o trabalho dos ecossistemas e o tamanho do seu
interesse em preservá-los.
Erosão
A erosão é um fenômeno natural, mas também é desencadeado ou
intensificado pela atividade humana, como o desmatamento, a pecuária ou a
agricultura intensiva. Diz-se que um solo é erodido quando a terra fértil situada
na superfície desaparece, carregada pelo vento ou pela água das chuvas. Esse
solo não pode mais ser cultivado.
Nos países em desenvolvimento como o Brasil, a erosão é causada
principalmente pelos animais de criação, que eliminam a vegetação e pelos
agricultores, que derrubam, queimam o mato e as árvores para formar áreas de
cultivo. Sem cobertura vegetal, as chuvas, em geral muito fortes nos trópicos, e
os ventos carregam a terra.
Nos países industrializados, a erosão é freqüentemente causada pela
destruição das cercas vivas (as raízes das árvores e dos arbustos não retêm
mais a terra) pela conversão de grandes planícies em áreas de cultivo.
Eutrofização
É conseqüência de um tipo de poluição humana que, em alguns anos ou
dezenas de anos, altera um lago ou uma represa. O mecanismo da
eutrofização é bem conhecido. O enriquecimento das águas em nutrientes
(fosfatos, nitratos) favorece a produção de algas, plantas aquáticas e
48
microorganismos que consomem o oxigênio dissolvido e, desse modo, torna o
ambiente natural inóspito para os peixes, e no fim para qualquer forma de vida.
Sinais da eutrofização: a cor da água fica verde ou marron, forte cheiro de
vegetais em decomposição, peixes mortos flutuando na superfície.
Responsáveis: são as águas servidas nas cidades e os resíduos
agrícolas lançados sem tratamento. Eles se concentram em quantidade
excessiva em brejos, represas ou lagos e imediatamente decretam a morte
biológica desses ambientes.
Floresta
São ecossistemas que abrigam muitas espécies animais e vegetais. As
florestas ricas são as úmidas, equatoriais ou tropicais. Outras são formadas
apenas por umas poucas espécies como as florestas de pinheiros ou abetos.
Nos países em desenvolvimento (América Latina, África, Ásia), muitas florestas
são exploradas por causa de sua madeira ou transformadas em pastagens, e
plantações (desmatamentos). Infelizmente elas não são replantadas. Como o
crescimento natural é lento, o solo nu é carregado pelas enxurradas ou pelo
vento, deixando grandes parcelas estéreis, sem proveito para as pessoas dali
em diante.
Nos países industrializados, a maioria das florestas são conservadas e
exploradas. O ser humano desmata para diminuir os riscos de incêndios. Ele
corta as árvores para utilizar a madeira, mas planta outras. Limita o número de
animais por meio da caça. Abre trilha para caminhadas. A gestão das florestas
só pode ser feita em longo prazo.
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Existem três tipos principais de floresta Acervo Textobr.com
As florestas equatoriais e tropicais em clima quente (próximo do equador), com
extraordinária riqueza de espécies de árvores. Nas florestas úmidas, densas e
sempre verdes, como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, as árvores
maiores podem medir 60 metros de altura. As florestas tropicais secas,
situadas mais perto dos trópicos, recebem chuvas abundantes apenas durante
uma parte do ano. Portanto, elas são menos luxuriantes que as florestas
úmidas; é o caso da caatinga, típica do nordeste brasileiro.
As principais árvores da floresta brasileira são: castanheira, sumaúma,
jequitibá, jacarandá, figueiras, guapuruvu, pau-brasil, imbuia, mogno, copaíba.
Além das árvores as florestas equatoriais e tropicais são ricas em palmeiras,
bambus, trepadeiras, epífitas (plantas que crescem sobre as outras, mas não
são parasitas) e samambaias.
As florestas de árvores de folhas caducas (bétulas, carvalhos, bordos, freixos,
faias, entre outras) em clima temperado (Europa, Extremo Oriente leste dos
Estados Unidos). As folhas caem todos os anos no outono e crescem na
primavera.
50
Lixo
Lixo: “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades
da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição”. (Norma NBR 10004)
Lixo (Dicionário Aurélio): “é tudo aquilo que não se quer mais e se
joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor”.
Acervo Textobr.com
Lixo (origem): Vem do latim lix que significa: a) "cinzas" de uma época
em que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos
de lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também b) lixare (polir,
desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa
arranca dos materiais. No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice,
coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor.
O lixo pode ser:
Orgânico – Quando resultante de resto de ser vivo animal ou vegetal. É
gerado pelas atividades humanas e é facilmente decomposto pela natureza.
Inorgânico – Quando resultante de material sem vida. Constituído por
vidros, plásticos, papéis metais, restos de tecidos. Pode ser gerado pelo
homem ou pela indústria e é de difícil decomposição.
51
Lixo e sua classificação
Domiciliar - constituído por restos alimentares, embalagens em geral, papel
higiênico, fralda descartável e demais rejeitos.
Comercial – constituído por restos alimentares, embalagens em geral e papéis.
Industrial – constituído por rejeitos sólidos e líquidos de composição variada
dependendo dos materiais e processos usados.
Agrícola – constituído por resíduos sólidos das atividades agrícolas e da
pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração e restos
de colheita.
Hospitalar – este é um tipo especial de lixo, contendo agulhas, seringas,
curativos, o chamado lixo patogênico, o que produz inúmeras doenças.
Meio ambiente
Com o uso, o sentido evoluiu. O meio ambiente é o próprio ambiente no qual as
pessoas vivem: ele é formado por elementos naturais (a natureza, o ar, a água,
as plantas, os animais, as paisagens) e artificiais (as cidades, os prédios, as
estradas, as pontes). O meio ambiente compreende, também, as relações
entre as pessoas e os diferentes ecossistemas do nosso planeta. Por fim, o
meio ambiente leva em conta os fatores sociais suscetíveis de ter efeito sobre
os seres vivos e sobre a atividade humana. Por seu caráter multidimensional e
sua relação com o ser humano, o meio ambiente é uma noção muito mais
ampla que a ecologia, que se dedica às relações entre todos os seres vivos
(entre eles as pessoas) e seu ambiente.
Meteorologia
A meteorologia tem como objetivo o estudo do tempo que está fazendo e a
previsão do tempo que vai fazer. Hoje, as previsões são confiáveis por um
período de cinco dias. Mais do que isso a previsão é impossível, porque as
massas de ar da atmosfera, as nuvens e o vento mudam muito rápido.
52
Meteorologistas
Profissionais que anunciam os fenômenos excepcionais como as chuvas, as
inundações as tempestades e os ciclones.
Meios de observação
As estações de observação de superfície estudam a atmosfera 24 horas por
dia. Os meios de observação são muitos: satélites, radiossondas (que sobem
até 25-30 metros de altura e, enquanto sobem, registram temperatura, vento,
pressão e umidade) e radares (que detectam riscos de chuva).
Profissões para as quais a meteorologia é importante
Pilotos: O vento e a visibilidade são dados indispensáveis para poder voar.
Agricultores: para saber quando plantar, para proteger as plantas contra as
geadas, se há previsão de chuvas ou de seca.
Pescadores: para não saírem para o mar, rio ou lagos quando há riscos de
tempestades.
Operários da construção civil: eles não trabalham ao ar livre quando o tempo
está ruim.
Nimby
Nimby é uma palavra formada a partir da expressão inglesa “Not in may back
yard,” que significa “Não no meu quintal”. Essa palavra é utilizada quando, por
exemplo, os habitantes de uma cidade ou de uma região não aceitam que uma
instalação, como um aterro de resíduos ou uma usina de compostagem, seja
construído perto da casa deles. Essa discordância, motivada em geral por
razões justas, também pode ser paradoxal, porque, um lado as pessoas são a
favor da reciclagem dos resíduos e, por outro preferem que ela seja feita no
quintal do vizinho. Nimby exprime, portanto, a contradição daqueles que
53
querem preservar o meio ambiente, mas não aceitam sofrer as conseqüências
desse processo.
Passivo ecológico
Que aconteceria se os 6 bilhões de habitantes do planeta consumissem como
os habitantes dos países industrializados? Pesquisadores calcularam e
transformaram em superfície a comida que se come, os objetos que se compra,
os resíduos que se lança. Na verdade, cada quilo de batatas foi produzido em
um pedaço de terra e cada uma peça de roupa precisou de uma fábrica, de
estradas e de uma loja, as quais se pode, por um cálculo engenhoso, converter
em superfície. Resultado: nós consumimos demais e seriam necessários dois
planetas extras caso todos os habitantes do planeta vivessem como os
europeus.
Padronização da reciclagem do lixo por cores
A lei nº 5.940, que criou o projeto para a captação de lixo reciclável, foi
assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 25 de
Outubro de 2006. Além da Funasa, através de suas coordenações no País,
todas as administrações públicas federais, diretas e indiretas, devem instalar a
coleta seletiva solidária.�
O procedimento de coleta seletiva por cores foi instituído pela Resolução de
número 275, de 25 de abril, e para que ela seja eficiente, deve ser
implementada pelo poder público, de forma articulada e integrada com a
sociedade e o setor produtivo.
Desde 04 de fevereiro de 2002, a Comlurb, em São Paulo, iniciou, oficialmente,
o programa de coleta seletiva nas grandes cidades. No Rio de Janeiro, em
cumprimento ao estabelecido na Lei Municipal de Limpeza Urbana, n° 3273,
iniciou 06 de setembro de 2001. Segundo dados da Unicef de 1995, cada
pessoa gera, durante toda a vida, uma média de 25 toneladas de lixo.
54
Divulgação/Conama
Código de Cores para os Diferentes Tipos de Materiais Resolução CONAMA N° 275 de 25 de abril
AZUL
papel/papelão
VERMELHO
plástico
VERDE
vidro
AMARELO
metal
PRETO
madeira
LARANJA
resíduos perigosos
BRANCO
resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO
resíduos radioativos
Marron
Resíduos orgânicos
Cinza
55
Resíduo em geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de
separação; Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de
atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição”.(Norma NBR 10004)
Protocolo de Kyoto
Esse Protocolo tem como objetivo fazer acordos e provocar discussões
internacionais para, conjuntamente, estabelecer metas de redução na emissão
de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos países
industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos
impactante àqueles países em pleno desenvolvimento.
Após a efetivação do Protocolo de Kyoto, metas de redução de gases foram
implantadas, algo em torno de 5,2% entre os anos de 2008 e 2012. Esse
protocolo foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de
Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países
se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram, dessa forma se
comprometeram a implantar medidas com intuito de diminuir a emissão de
gases.
As metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países,
colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem
gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países
que compõe a União Européia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão
em 6%.
Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e
principalmente a China, não receberam metas de redução, pelo menos
momentaneamente. O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta
medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas
com a intenção de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que
provocam menos impacto.
56
Diante das metas estabelecidas o maior emissor de gases do mundo, Estados
Unidos, se desligou em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria
comprometer o desenvolvimento econômico do país.
Protocolo de Kyoto e suas etapas
A primeira reunião com líderes de países e classe científica ocorreu em 1988
na cidade canadense de Toronto para discutir sobre as mudanças climáticas.
Nessa reunião foi dito que as mudanças do clima têm impacto superado
somente por uma guerra nuclear. A partir dessa data foram sucessivos anos
com elevadas temperaturas, jamais atingidas desde que iniciou o registro.
Em 1990, surgiu o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática),
primeiro mecanismo de caráter científico, tendo como intenção alertar o mundo
sobre o aquecimento do planeta, além disso, ficou constatado que alterações
climáticas são provocadas, por CO2 (dióxido de carbono) emitido pela queima
de combustíveis fósseis, principalmente.
Na Eco-92 as discussões continuaram e contou com a participação de mais de
160 líderes de Estado os quais assinaram a Convenção Marco Sobre
Mudanças Climáticas.
Na reunião, foram estabelecidas metas para que os países industrializados
permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de emissão do ano
de 1990. Nesse contexto as discussões levaram à conclusão de que todos os
países, independentemente de seu tamanho, devem ter sua responsabilidade
de conservação e preservação das condições climáticas.
Em 1995, foi divulgado o segundo informe do IPCC declarando que as
mudanças climáticas já davam sinais claros, isso proveniente das ações
antrópicas sobre o clima. As declarações atingiram diretamente os grupos de
atividades petrolíferas, esses rebateram a classe científica alegando que eles
estavam precipitados e que não havia motivo para maiores preocupações
nessa questão.
57
No ano de 1997, foi assinado na cidade japonesa o Protocolo de Kyoto, essa
convenção serviu para firmar o compromisso, por parte dos países do norte
(desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto, não são
concretos os meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de
redução e se realmente todos envolvidos irão aderir.
Em 2004 ocorreu uma reunião na Argentina que fez aumentar a pressão para
que se estabelecessem metas de redução na emissão de gases por parte dos
países em desenvolvimento até 2012.
O ano que marcou o início efetivo do Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a
partir do mês de fevereiro. Com a entrada em vigor desse Protocolo cresceu a
possibilidade do carbono se tornar moeda de troca. O mercado de créditos de
carbono pode aumentar muito, pois países que assinaram o Protocolo de Kyoto
podem comprar e vender créditos de carbono.
Na verdade o comércio de carbono já existe há algum tempo, a bolsa de
Chicago, por exemplo, já negociava os créditos de carbono ao valor de 1,8
dólares por tonelada, já os programas com consentimento do Protocolo de
Kyoto conseguem comercializar carbono com valores de 5 a 6 dólares a
tonelada.
Acervo Manaustur
Pororoca
A pororoca (do tupi "poro'roka", de "poro'rog", estrondar) é um fenômeno
natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas.
É melhor percebido quando da mudança das fases da Lua, ou seja, desde dois
dias antes até três dias após, particularmente nos equinócios em cada
58
hemisfério, e com maior intensidade quando das ocorrências de maré viva
(sizígia), nas Lua Cheia e Nova.
O fenômeno das marés, ao elevar o nível das águas oceânicas, faz com que as
mesmas invadam a desembocadoura dos rios, podendo formar ondas de até
dezenas de metros de largura, com até três a cinco metros de altura, e
velocidades de até 10 a 15 milhas por hora (trinta a cinqüenta quilômetros por
hora).
O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do rio Amazonas e afluentes do
litoral paraense e amapaense (rio Araguari, rio Maiacaré, rio Guamá, rio Capim,
rio Moju), e na foz do rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas
derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios.
Outros rios no mundo apresentam, em diferentes escalas, o mesmo fenômeno,
com outras designações:
• na França, na foz dos rios Gironda, Charante, Sena, é conhecido como
mascaret e barre;
• na Inglaterra, na foz dos Tâmisa, Severn, Trent e no Hughly, com o
nome de bore;
• em Bangladesh, na foz do rio Megma, no delta do Bramaputra, como
macaréu;
• na China, na foz do Iang-tsé, denominado em chinês como trovão e
pelos britânicos de cager.
• na foz de rios em Bornéu e Sumatra, no Extremo Oriente;
• nos Estados Unidos da América, na foz dos rios Colúmbia e Colorado.
Recentemente, no Brasil, o fenômeno tem atraído praticantes do surfe,
transformando-se numa atração turística regional amazônica.
Qualidade de vida
O grau de desenvolvimento do jornalismo ambiental, como um dos braços do
jornalismo científico, está associado fundamentalmente à defesa da melhoria
da qualidade de vida das pessoas. Os benefícios alcançados nas áreas de
59
saúde, habitação, transporte, alimentos, vestuários, energia ou comunicação
estão relacionados à obra de cientistas ou técnicos (Ivanissevich, 2005).
Para Ivanissevich, o status de saber exemplar e o reconhecimento da
autoridade científica podem ser observados, sobretudo, na publicidade
promovida pelo mundo industrializado, que aponta os produtos cientificamente
testados ou aprovados pela ciência como idôneos, seguros e aptos para o
consumo. Nesse caso, pode-se dizer que o público respeita a autoridade
científica e reverencia seus feitos.
Em relação ao meio ambiente, informar como anda a saúde do planeta é uma
atividade estritamente humana, com implicações diretas nas atividades sócio-
econômicas e políticas de um país. O jornalismo ambiental compreende a
divulgação de fatos, processos, estudos e pesquisas que vão além da
preservação e/ou conservação do meio ambiente e da diversidade.
A produção desse conhecimento envolvendo a natureza, e, conseqüentemente,
o desenvolvimento sustentável está presente nas ações mais corriqueiras do
dia-a-dia, desafiando a comunidade acadêmica para o exercício de construção
de um projeto intelectual no coração da Amazônia sobre a complexidade
ambiental.
Essa complexidade gerada pela racionalidade econômica dominante e a
perspectiva de analisá-los como sistemas socioambientais complexos criaram
a necessidade de integrar ao seu estudo um conjunto de conhecimentos
derivados de diversos campos do saber, incluindo nesse contexto o jornalismo
impresso amazonense.
Segundo Leff, a problemática ambiental – a poluição e degradação do meio, a
crise de recursos naturais, energéticos e de alimentos – surgiu nas últimas
décadas do século XX como uma crise de civilização, questionando a
racionalidade econômica e tecnológica dominante. Essa crise ganha
acomodação, isto é, tem sido explicada a partir de uma diversidade de
perspectivas ideológicas.
José Transferètti corrobora com Leff quando afirma que “vivemos uma crise
civilizatória, de esgotamento de um padrão de racionalidade construído há 25
60
séculos, que tem no polinômio capitalismo-tecnociência, industrialismo-
democracia o seu ápice”.
Para Transferètti, essa crise é percebida como resultado da pressão exercida
pelo crescimento da população sobre os limitados recursos do planeta. Por
outro lado, é interpretada como o efeito da acumulação de capital e da
maximização da taxa de lucro a curto prazo, que induzem a padrões
tecnológicos de uso e ritmos de exploração da natureza, bem como formas de
consumo, que vêm esgotando as reservas de recursos naturais, degradando a
fertilidade dos solos e afetando as condições de regeneração dos
ecossistemas naturais”.
Neste cenário complexo, o jornalismo assume uma missão muito importante
para contribuir com a transformação da sociedade, tendo em vista uma oikos
(Gadotti, 2000) solidária, sadia, afetiva e ética. Isto é, a possibilidade de uma
cobertura jornalística poder entrar em cena como ferramenta imprescindível na
construção dessa cidadania.
Wilson da Costa Bueno em seu último livro, “Comunicação, jornalismo e meio
ambiente: teoria e pesquisa” expõem as mazelas das práticas jornalísticas
descompromissadas e fora de contexto nas coberturas dos temas ambientais
pelos meios de comunicação e jornalistas brasileiros.
Para esse professor e jornalista, “o cenário fragmentado da cobertura
jornalística dos temas ambientais contribui, segundo ele, para a incompreensão
das diversas interfaces, multiplicidades e transversalidade dos temas, assim
como o próprio vocabulário utilizado pode induzir a interpretações equivocadas
em relação a determinados temas”.
Ivanissevich, em seu artigo “A mídia como intérprete”, ensina que além de
informar, esclarecer e educar, as notícias também precisam entreter, e em
alguns casos defender um ponto de vista. “A grande questão está em fazer
tudo isso de forma equilibrada, sem sensacionalismo e sem encantamento
exagerado que a ciência e a tecnologia oferecem”.
Para Bueno, o segredo está em torno da qualificação do profissional que se
dispõe a trabalhar com pautas ambientais. “Meio ambiente é complexo de
61
relações, condições e influências que permitem a criação e a sustentação da
vida em todas as suas formas. Ele não se limita apenas ao chamado meio
físico e biológico, solo, clima, ar, flora, fauna, recursos hídricos, energia,
nutrientes, entre outros, mas inclui as interações sociais, a cultura e
expressões/manifestações que garantem a sobrevivência da natureza humana
(política, economia, entre outras).”
Segundo Bueno, o jornalismo ambiental tem a dimensão de todas as ações
humanas, e, principalmente, deve ter um olhar nas escolhas feitas pela
humanidade em termos de padrões de produção e consumo de qualquer
natureza.
Responsabilidade socioambiental
É uma nova forma de empresas, escolas e outras organizações conduzirem
suas atividades, agindo de forma responsável junto à sociedade, promovendo
ações que beneficiam a todos, e garantindo a sustentabilidade de seus
produtos e serviços. O objetivo principal é garantir que sua atividade não
prejudique as pessoas nem o meio ambiente, e ajude a melhorar a qualidade
de vida de todos. Desenvolver atividades com crianças de comunidades
carentes. Escolas e condomínios podem promover coleta seletiva e reciclagem
de lixo, e adotar práticas de economia de energia e de água.
Recursos naturais
A madeira, os combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo), a água doce e os
metais são recursos naturais que o ser humano utiliza para produzir bens.
Embora sejam gratuitos, nem por isso são inesgotáveis! Na verdade eles
existem em quantidade limitada em nosso planeta e, se esgotarmos todas as
suas reservas, teremos de reduzir nosso consumo ou encontrar outras
soluções. É o que acontecerá com o petróleo, daqui a aproximadamente
sessenta anos, mas também com a madeira e com a água doce em alguns
países.
62
Acervo Textobr.com
Rio
Os rios foram, desde sempre, uma fonte de água e de alimento para as
pessoas, assim um meio de transporte. Não surpreende, portanto, que grande
parte dos seres humanos vivam nas margens dos rios e de suas embocaduras.
400 milhões de chineses vivem nas margens do Yang-tse-kiang; 300 milhões
de indianos e de bengaleses vivem nas margens do Ganges e do Brahmaputra;
80 milhões de egípcios vivem à beira do Nilo e o mesmo tanto de pessoas
vivem à beira do Mississipi, nos Estados Unidos.
Estima-se igualmente que 1 bilhão de pessoas vivam nos deltas dos grandes
rios. As obras mais comuns nos rios brasileiros são as barragens para geração
de energia elétrica. Existem no Brasil outros projetos polêmicos como a
implantação de hidrovias, que são caminhos aquáticos para transporte de
minérios e grãos por barcos, e a transposição de águas entre rios, para regular
os excessos e permitir a navegação e a irrigação.
Relatório Brundtland
É o documento intitulado Nosso Futuro Comum, publicado em 1987, no qual
desenvolvimento sustentável é concebido como “o desenvolvimento que
satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
63
O Relatório Brundtland – elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à
Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de
desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas
nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos
recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.
O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável
e os padrões de produção e consumo vigentes.
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões
ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro
Harlem Brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, para estudar o assunto. O documento final desses estudos
chamou-se Nosso Futuro Comum ou Relatório Brundtland. Apresentado em
1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações
futuras atenderem às suas necessidades”.
Fica muito claro, nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que
não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há
também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo
que sejam preservados.
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, elaborado em 1987, uma série
de medidas devem ser tomadas pelos países para promover o
desenvolvimento sustentável. Entre elas:
• limitação do crescimento populacional;
• garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
• preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias
com uso de fontes energéticas renováveis;
• aumento da produção industrial nos países não-industrializados com
base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
64
• controle da urbanização desordenada e integração entre campo e
cidades menores;
• atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Em âmbito internacional, as metas propostas são:
• adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas
organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais
de financiamento);
• proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos,
etc, pela comunidade internacional;
• banimento das guerras;
• implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas
lideranças de uma empresa como uma nova forma de produzir sem degradar o
meio ambiente, estendendo essa cultura a todos os níveis da organização,
para que seja formalizado um processo de identificação do impacto da
produção da empresa no meio ambiente e resulte na execução de um projeto
que alie produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia adaptada a
esse preceito.
Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente
adequado de desenvolvimento sustentável são:
• uso de novos materiais na construção;
• reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
• aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a
solar, a eólica e a geotérmica;
• reciclagem de materiais reaproveitáveis;
• consumo racional de água e de alimentos;
• redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção
de alimentos.
65
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se,
por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a
miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante
desta constatação, surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS),
buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental
e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
Sumidouro
Poço com paredes revestidas com tijolos furados e com uma camada de
pedras no fundo. O sumidouro tem a função de filtrar a água impura e despejá-
la no solo. Em contato com o solo, este líquido é depurado, não contaminando
as águas subterrâneas. Importante: devem-se destinar os esgotos domésticos
para uma distância mínima de 20 m, e sempre abaixo da captação das águas
(bicas, poços, nascentes, entre outros), a fim de que as águas para consumo
não sejam contaminadas.
Terceiro mundo
A expressão “terceiro mundo” surgiu nos anos 1950 e designava os países
pobres e pouco industrializados. Hoje, diz-se “países em desenvolvimento”.
Eles reúnem condições muito diferentes por exemplo: Coréia do Sul, Hong
Kong, Taiwan e Singapura são “novos industrializados”, enquanto Arábia
saudita e outros países do Golfo são muito ricos graças ao petróleo e os países
da áfrica do Sul são muito pobres. O Brasil está incluído entre os países do
“terceiro mundo” ou “em desenvolvimento”.
Terrorismo ecológico
Novas formas de terrorismo estão surgindo. Agora não são apenas as armas
clássicas a base de explosivos que podem ser usadas; existem, também,
armas biológicas ou químicas, que têm um impacto muito maior no espaço e no
tempo. Regiões inteiras poderiam ser contaminadas por bactérias patogênicas,
por exemplo: redes de distribuição de água potável de grandes cidades e
66
tornada imprópria para o consumo humano, sem falar das famosas “bombas
sujas” que espalham resíduos radioativos durante um longo período de tempo.
A imaginação destrutiva do ser humano não tem limites.
Alguns exemplos
Em 1995, a seita japonesa Aum realizou um ataque com gás sarin no metrô de
Tóquio, um tóxico letal que destrói o sistema nervoso. Balanço: 12 mortos e 5
mil feridos.
Em 2001, nos Estados Unidos, esporos de Antraz – uma bactéria da qual
certas cepas desencadeiam graves doenças pulmonares – foram enviados por
correspondência anônima a algumas personalidades (um jornalista morreu).
Tempo médio para a decomposição total dos seguintes objetos
• Papel: 3 meses.
• Casca de banana: 3 a 6 meses.
• Filtro de cigarro: 1 a 2 anos.
• Chiclete: 5 anos.
• Copo ou saco de plástico: 100 a 1.000 anos.
• Lata de aço: milhares de anos.
• Garrafa de vidro: um milhão de anos.
• Madeira pintada: 13 anos
• Nylon: mais de 30 anos
• Plástico: mais de 100 anos
• Metal: mais de 100 anos
• Borracha: tempo indeterminado
67
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Os jornais devem Informar quais as empresas que trabalham com reciclagem
de papel, garrafas, metais e plásticos. Só assim o discurso jornalístico pode
levar a um envolvimento da população que volta sua atenção para o tema tão
divulgado pela mídia, com certo “terror”.
Essas notícias apresentam os impactos da degradação ambiental e suas
conseqüências no trabalho, na saúde, no lazer, na escola, nas condições de
vida e na comunidade como um todo. O jornalismo ambiental deve estimular à
melhoria da qualidade de vida das pessoas. Também deve compreender,
divulgar fatos, processos, estudos e pesquisas associadas à preservação, e/ou
conservação do meio ambiente e da diversidade.
Em Manaus a temática ambiental veiculada nos jornais locais é nova. Isso fica
patente nas publicações dos dois jornais investigados pela ausência de
editorias sobre meio ambiente. Problema não só de Manaus, mas segundo
Bueno (2007) de todo país. Durante o processo de investigação desta pesquisa
o conceito de jornalismo ambiental foi caracterizado, também, como fenômeno
da comunicação, que deve orientar pessoas, proporcionar conceitos,
mudanças de hábito e comportamentos através de diversos meios.
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68
Aliás, Bueno amplia, esclarece melhor esse conceito quando diz que jornalismo
ambiental é antes de tudo jornalismo, e deve ter compromisso com o interesse
público, com a democratização do conhecimento, com a ampliação do debate e
só tem sentido quando inclui as pessoas nesse diálogo, “quando possibilita e
promove a sua participação no processo de tomada de decisões” (Bueno,
2007).
Bueno condena a inserção dos medalhões da ciência no debate em detrimento
dos detentores de saberes populares e/ou tradicionais. Ele apela para que não
sejam ouvidos, por ocasião da captação de matérias desse seguimento,
apenas os pesquisadores e cientistas, mas inclui obrigatoriamente os que
estão fora dos muros das academias.
Segundo este teórico, “o jornalismo ambiental, como saber, não diz respeito
apenas às questões complexas, que reclamam tecnologias de última geração,
mas incorpora dimensões simples, de dimensão local” (Bueno, 2007).
Para Bueno, o protagonismo no jornalismo ambiental, como em qualquer
campo do jornalismo, não se limita ao pesquisador ou ao cientista, mas inclui
obrigatoriamente aqueles que foram excluídos das academias, às vezes pela
sua situação social injusta, como por exemplo, os povos da floresta, o agricultor
familiar e o cidadão morador de rua.
Nas coberturas locais sobre meio ambiente percebe-se, na maioria das vezes,
a ausência da fonte detentora do saber tradicional e/ou popular no conteúdo
das matérias. Há uma predileção patente pelo conhecimento científico como
fundamento nas matérias com temáticas ambientais, o que Bueno chama de “a
síndrome lattes”.
Para ele quase sempre essas matérias estão respaldadas no chamado saber
técnico “e têm como principal objetivo difundir os argumentos da lógica
capitalista que busca relacionar aumento de lucros e produtividade com
desenvolvimento” (Bueno, 2007).
69
Com isso percebe-se, também, uma lacuna na formação do repórter para
abordar esse assunto, por vários motivos. O primeiro deles é o fato de a
temática ser nova, e ter sido incorporada recentemente ao universo da
comunicação; a outra é pela falta de disciplinas no curso de graduação que
contemplem o meio ambiente como objeto de estudo; o assunto ainda está em
fase de construção, entre outros.
Para Bueno, quando a temática for mais expressiva na graduação duas
conseqüências serão promissoras: o leitor irá ser beneficiado com profissionais
competentes para a prática da comunicação e do jornalismo ambiental e serão,
provavelmente, “reunidas condições para estimular o interesse de novos
pesquisadores que vislumbram a relação entre a problemática ambiental e a
comunicação como objeto de investigação” (Bueno, 2007).
Unidades de conservação de Manaus
Parque Municipal do Mindu
Acervo Manaustur
Localizado no perímetro urbano de Manaus, no bairro parque Dez de
Novembro, o Parque Municipal do Mindu foi criado em 1992 como área de
grande interesse ecológico. Administrado pela Semma e voltado às atividades
científicas, educativas, culturais e turísticas, o Parque possui uma área de 41ha
de mata remanescente do município. O local é um dos últimos refúgios do
70
Sauim de Manaus, primata ameaçado de extinção que só existe na região de
Manaus e arredores.
Em 1996, a prefeitura de Manaus implantou toda infra-estrutura por meio de um
projeto arquitetônico moderno integrado à floresta promovendo a interação
entre homem e meio ambiente. A urbanização das trilhas tornou possível
caminhar com segurança, pela variedade de ecossistemas presentes. Em
2006, o Parque foi reformado com a melhoria das instalações e, em 2007, teve
sua área ampliada de 33 ha para 41 ha de área protegida.
O Mindu possui biblioteca com um centro de informações sobre meio ambiente,
estacionamento, playgroud, anfiteatro para 700 pessoas, chapéu de palha,
auditório com capacidade para 100 pessoas, orquidário, trilhas ecológicas com
acesso para portadores de deficiência motora, sinalização e uma Estação de
Tratamento de Esgoto Ecológica, que funciona através de raízes de planta.
Jardim Botânico Adolpho Ducke
Acervo Manaustur
Localizado no extremo norte da área urbana de Manaus, o jardim Botânico
Adolpho Ducke foi criado em 24 de outubro de 2000. Leva este nome por
ocupar uma área de 6 km de comprimento por 500 m de largura ao longo da
borda sul e 4 mk de comprimento por 500 m de largura ao longo da margem
oeste.
71
Criada em 1962, a Reserva Florestal Adolpho Ducke é o maior fragmento
florestal urbano com 100 km2 constituindo parte de um conjunto de áreas
destinadas a estudo do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Inpa) pela sua
relevância ecológica e por abrigar vários exemplares da biodiversidade da
região e nascentes de importantes igarapés da cidade.
O Jardim Botânico (JB) é administrado pela Semma e Inpa a partir de um
convênio firmado com a prefeitura de Manaus. Sua existência é estratégica
tanto para conter o avanço das ocupações desordenadas de terras publicas,
como aproximar ações do poder publico às comunidades residentes no seu
entorno.
A estrutura conta com pavilhão de eventos, área de apoio educativo, biblioteca,
salão de exposição destinado às atividades culturais, recreativas e educativas,
área administrativa, estacionamento, áreas de serviço e lanchonete. Possui
ainda um viveiro de mudas de plantas nativas, trilhas ecológicas interpretativas
e projeto paisagísticos baseado em espécies nativas.
Acervo Manaustur
72
Refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras
O refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras foi inaugurado em 2001, pela
Prefeitura de Manaus, por meio da Semma, para a realização de trabalhos
ambientais voltado para a proteção da fauna silvestre e desenvolvimento de
projetos ambientais e pesquisas científicas. Ocupa uma área de 95 hectares
que serve como sede dos seguintes projetos:
- Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres: peça importante
na proteção da fauna silvestre, recebe e resgata animais em toda cidade de
Manaus, prestando atendimento veterinário e acompanhamento biológico
objetivando sua reintegração ao habitat natural. Atua em parceria com o Ibama.
- Programa de proteção do Sauim-de-Manaus: estuda alternativas para
amenizar os impactos sofridos por esta espécie de primata, endêmica dos
municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara e atualmente
considerado o primata amazônico mais ameaçado de extinção.
A área de Refúgio está sendo capacitada para receber visitação para lazer
comunitário e turismo. Conta com um sistema de trilhar para integrar o visitante
à natureza; visitação ao Centro de Triagem de Animais Silvestres para
conhecer a fauna regional, e uma piscina natural com infra-estrutura em curso
para proporcionar mais uma opção de lazer à comunidade do entorno.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé Acervo Manaustur
73
Localizada a Oeste do município de Manaus, a 25 km da zona urbana da
cidade, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (REDES) do Tupé foi
criada pelo Decreto Municipal número 8044/05 e tem como objetivo principal
preservar o local e desenvolver as comunidades e desenvolver as
comunidades através do ecoturismo e da agricultura sustentável.
A RDS do Tupé é a maior Unidade de Conservação municipal, sua área total é
de 12 mil hectares onde habitam seis comunidades: Livramento, Julião,
Central, Tatu, São João do Lago do Tupé e Agrovila. Possui uma fauna
diversificada e extraordinária vegetação dividida em dois tipos: a mata de igapó
e de terra firme, onde predominam árvores de grande porte, que lhe confere
uma excepcional beleza natural e excelente condições para banhos,
mergulhos, passeios de barco e caminhada nas trilhas.
Yellowstone
O primeiro parque protegido foi o de Yellowstone nos Estados Unidos em 1872.
Desde então surgiram inúmeras áreas protegidas. Hoje elas cobrem 9% do
planeta, dos quais muitas florestas, montanhas e vales, assim como todo
continente antártico.
No Brasil, as áreas naturais onde plantas, animais, ecossistemas, paisagens e
o patrimônio natural estão protegidos são chamadas de Unidades de
Conservação. Essas áreas são mantidas pelo governo federal, pelos estados,
pelos municípios ou mesmo por pessoas e empresas. Em conjunto elas
formam o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, ou
SNUC. Existem vários tipos de áreas protegidas em nosso país, e os mais
importantes são:
Estação Ecológica: destinada à preservação e às pesquisas científicas.
Reserva Biológica: preserva integralmente a biota, sem modificações
ambientais, a não ser ações de recuperação de ecossistemas alterados.
Parque Nacional: destinado à preservação de ecossistemas de
importância ecológica e de beleza cênica, às pesquisas científicas e ao
ecoturismo.
74
Área de Proteção Ambiental: protege a biodiversidade, permitindo ao
mesmo tempo, o uso sustentado dos recursos naturais.
Reserva Particular do Patrimônio Natural: é uma área particular,
destinada por seu proprietário à proteção perpétua, visando conservar a
biodiversidade.
Zoologia e botânica
Dentro da Biologia (ciência que estuda os seres vivos), tudo o que se refere às
espécies animais é estudado pela Zoologia. Uma das tarefas de zoólogos e
botânicos é a catalogação das espécies de seres vivos que existem no mundo.
Cerca de 1,7 milhões de espécies de animais, plantas e microorganismos já
foram descritas e batizadas com nomes científicos; A cada ano os cientistas
ainda encontram e descrevem mais de 13 mil espécies ainda não catalogadas
pela ciência! Na Zoologia, especialidades diferentes estudam cada grupo de
animais: ornitologia (aves), mastozoologia ou mamalogia (mamíferos),
herpetologia (répteis e anfíbios), ictiologia (peixes), entomologia (insetos),
malacologia (moluscos) etc.
4. CRONOLOGIA AMBIENTAL MUNDIAL
Este capítulo se refere às datas mais importantes do movimento do jornalismo
ambiental no âmbito mundial.
� 341 a.C. - Epicuro, um cidadão ateniense nascido na ilha de Samos, fez
longas e profundas reflexões sobre o desaparecimento de algumas
espécies pela ação do homem. Ele também instalou, no âmbito da
filosofia natural, o que se chama hoje de princípio de conservação.
� 431 e 434 a. C., Atenas e Esparta viveram conflitos que provocaram a
extinção das reservas de madeiras que eram utilizadas para construir
barcos para o comércio e para a guerra. Isso provocou à invasão da
Península Itálica pelos gregos para suprir as necessidades desses dois
seguimentos: o comércio e a guerra (Telles, 2004).
75
� 2.000 anos a.C., Hamurabi, na Babilônia, manifestou grande
preocupação com a destruição das florestas.
� 1801-1882 Marsh analisou, pela primeira vez nos EUA, os impactos
negativos da civilização ocidental sobre o meio ambiente.
� 1855, nos Estados Unidos, o cacique Seattle apresenta-se como
defensor da vida e da preservação da natureza, e abordou temas como
o calor da terra, a pureza do ar, da água, o aquecimento global, entre
outros (Telles, 2004).
� 1859 – R. Nash afirma que os livros de Darwin sobre a origem das
espécies (1859) e A descendência do homem (1871) colocam o s seres
humanos de volta na natureza como fontes importantes do
ambientalismo e da ética ambiental.
� 1959 – Charles Darwin defende, na teoria da evolução, que os seres
humanos não poderiam ter direito superiores aos animais. Esse conceito
ficou conhecido como biocêntrismo
� 1960 - Cem anos após o debate provocado pelas idéias de Haeckel
surgem discussões sobre o marxismo clássico em relação à concepção
natural do mundo.
� 1960 - Surge o ecomarxismo com os seguintes questionamentos: a) O
reconhecimento de limites físicos naturais ao desenvolvimento humano;
b) uma interpretação do materialismo histórico como pouco eficaz para
entender os problemas ambientais; c) por não incluir contradições não
classistas como gênero, raciais, e em particular ecológicas; d) a leitura
do valor da teoria de Marx como baseada exclusivamente no valor de
troca, despreocupada pelo valor intrínseco da natureza virgem e dos
resíduos da produção (Peliozzi, 2002).
� 1964 – Marsh Man and nature or physical geography as modified by
Human action. Sugeriu, nessa ocasião, a aplicação da “regeneração
geográfica”, que nada mais é do que o controle do planeta
76
� 1966 – Ernest Haeckel influencia as idéias européias com a noção de
ecologia, principalmente por meio do darwinismo. Para ele, os
organismos vivos interagem entre si e com o meio ambiente.
� 1972 – Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano.
� 1977 – Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental,
celebrada em Tbilisi.
5. CRONOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL
As idéias a respeito do aperfeiçoamento da qualidade de vida do Planeta, por
meio do uso adequado de seus recursos, alcançaram setores amplos da
população a partir do final do século passado. É nesse período que a imprensa
se debruça no tema, pautada, principalmente por questões que afligem a vida
urbana, como a contaminação de trabalhadores por poluição industrial.
1960 - no contexto do regime militar, um jornalista se destaca fazendo matérias
que envolviam o meio ambiente: Randau Marques, o primeiro jornalista
brasileiro especialista em questões ambientais. Foi preso no Brasil pela
Operação Bandeirantes, braço policial-político da ditadura, por ser considerado
subversivo porque escreveu num jornal da cidade de Franca, São Paulo, região
de produção curtumes, reportagens sobre a contaminação de gráficos e
sapateiros com chumbo. Ele questionou, por exemplo, a expressão “defensivo”,
e mostrou que os agrotóxicos eram responsáveis pela mortandade de peixes e
pela intoxicação de agricultores nas regiões agrícolas.
1973 – A fábrica de celulose Borregaard teve seu alvará de funcionamento
suspenso em dia 6 de dezembro, e só voltou a funcionar 14 de março de 1974.
O caso atraiu a atenção de jornalistas de todo País e do exterior. Essa foi a
primeira polêmica de grande vulto sobre questão ambiental no País.
1975 – Carlos Dayrel, em 25 de fevereiro, subiu em uma Acácia para impedir
que uma árvore fosse cortada pela prefeitura, para construção de um viaduto.
A foto do estudante correu mundo e foi considerada por muito tempo como o
símbolo da luta ecológica no Brasil. Os protestos dos ecologistas, na época do
ato de Dayrel, ganharam ecos mais fortes e receberam ampla cobertura da
77
imprensa, apesar da “operação abafa” manobrada pelo regime militar. Pode-se
até dizer que foi, a partir do gesto de Dayrel, que a imprensa brasileira passou
a dar importância aos apelos em defesa da ecologia amazônica.
1978 – Ocorre a “maré vermelha,” uma catástrofe ambiental na praia de
Hermenegildo, no Rio Grande do Sul, que matou peixes e deixou várias
pessoas doentes.
1978 – Nasce um esforço coletivo pela conservação do patrimônio ambiental,
aparecem os primeiros esforços de consciência ambiental, sobre os perigos do
desenvolvimento a qualquer custo.
1978 – Os ecologistas empreendem uma grande e sonora campanha contra a
construção de usinas nucleares no País. Adesivos de carros com o apelo
“Energia nuclear? Não, obrigado” pegaram carona nos pára-brisas dos carros,
principalmente no Sul e no Sudeste.
1989 - Foi realizado em São Paulo, em agosto, o seminário “A imprensa e o
planeta,” promovido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão e pela Associação Nacional de Jornais (ANJ).
1989 - Em novembro, é realizado em Brasília, outro seminário com o tema
“População e meio ambiente”. Deste evento, participaram estudiosos
internacionais, como o francês François Terrason, especialista em
planejamento ecológico e agricultura, a norte-americana Dionne Lowrie, da
Global Tomorrow Coalition, a jornalista argentina Patrícia Nirimberk, da
Fundação Vida Silvestre, o tcheco Igor Pirek, da agência de notícias CTK, o
educador Pierre Weil, da Universidade Holística Internacional e especialistas
brasileiros como o já conhecido Randau Marques, o professor Paulo Nogueira
Neto, o físico Luis Pinguelli Rosa, o agrônomo Sebastião Pinheiro e o então
jornalista do jornal do Brasil Fernando Gabeira. Como resultado desse
seminário, nasce, formaram-se núcleos regionais de jornalismo ambiental em
São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, com a finalidade de
criar uma entidade nacional da corrente jornalismo ambiental. Não vingou.
Sobrou apenas o grupo gaúcho.
78
1990 – Nasce o núcleo de ecojornalistas do Rio Grande do Sul (Nejrs) dentro
do movimento ambientalista, em 22 de junho, num debate com o presidente da
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, de formação filosófica,
Celso Marques, e o presidente da União Protetora do Ambiente Natural,
jornalista Carlos Aveline. O grupo gaúcho, o Nerjrs, tornou-se o mais ativo e o
mais visível e atua até hoje em parcerias com outras instituições
governamentais e não-governamentais na divulgação e debates de temas
ecológicos.
1992 – Após 24 anos da reunião de Estocolmo a comunidade mundial volta a
discutir a problemática ambiental, em junho, no Brasil, na Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nesse evento foram
aprovados os seguintes documentos: A Declaração do Rio de Janeiro, a
Agenda 21, o Tratado de Biodiversidade a Convenção sobre o Clima.
1992 - Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, se reuniu, no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992,
reafirmando a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano, adotada em Estocolmo em 16 de junho de 1972, e
buscando avançar a partir dela. O objetivo é estabelecer uma nova e justa
parceria global por meio do estabelecimento de novos níveis de cooperação
entre os Estados, os setores-chave da sociedade e os indivíduos. O evento foi
trabalhado com vistas à inclusão de acordos internacionais que respeitem os
interesses de todos e protejam a integridade do sistema global de meio
ambiente e desenvolvimento, reconhecendo a natureza interdependente e
integral da Terra, nosso lar.
1992 - A Convenção do Clima, a� UNFCCC ("United Nations Framework
Convention on Climate Change", foi oficialmente criada na "Conferência
das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento" no Rio de Janeiro em
1992 ("Conferência do Rio"). Esta conferência juntou líderes governamentais
de todo o mundo para a assinatura de um acordo.
79
2000 – A Carta da terra foi produzida por representantes de vários países do
mundo. É uma declaração universal que estabelece princípios fundamentais
para uma convivência global justa, sustentável e pacífica.
2002 – A partir do dia 26 de agosto, ecologistas e autoridades governamentais
do mundo todo se reuniram em Johannesburgo, na África do Sul, para a
conferência da ONU sobre meio ambiente, intitulada Rio + 10, evocando a Eco
92, realizada no Rio de Janeiro.
30/06/2004 - Entra em vigor Tratado Internacional sobre Recursos
Fitogenéticos para a Agricultura e a Alimentação, que protege a biodiversidade
e garante uma agricultura sustentável, anunciou a FAO (Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). O Tratado Internacional
sobre Recursos Fitogenéticos para a Agricultura e a Alimentação, que protege
a biodiversidade e garante uma agricultura sustentável, entra em vigor,
anunciou a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação).
2007 – Realiza-se a Conferência Internacional Rio +15, no período de 18 e 19
de setembro, no Hotel Copacabana Palace, para avaliar questões pontuadas
desde a Rio-92 e do Protocolo de Kyoto.
� ����Cerca de 190 nações se reuniram de 3 a 14 de dezembro, na ilha de
Bali, na Indonésia, para levar adiante o "frágil entendimento" de que a luta
contra o aquecimento global precisa ser estendida a todos os países, com um
acordo mundial a ser fechado em 2009. Mais de 10 mil delegados iniciaram as
negociações para chegar, dentro de dois anos, a um novo acordo da ONU que
deve incluir os países que não aderiram ao Protocolo de Kyoto.
80
6. SUGESTÃO DE LEITURA
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7 – Glossário
Agrotóxico: substância tóxica (veneno) utilizada na agricultura, na tentativa de
matar animais e plantas que interferem no plantio.
Amazônia: é uma região da América do sul onde existe a maior floresta
tropical do mundo. É quente e unida e oferece as condições ideais para a vida.
Assoreamento: obstrução, por areia ou por sedimentos quaisquer, de um rio,
canal ou estuário.
Acondicionamento: é o ato de se guardar algo em local conveniente,
preservando-o de deterioração.
Afluente: Água residuária ou outro líquido, parcial ou completamente tratado,
ou em seu estado natural, que flui para um reservatório, corpo de água ou
instalação de tratamento.
Água: Líquido incolor, sem cheiro ou sabor, essencial à vida; congela a 0°C e
entra em ebulição a 100°C.
Água potável: pronta para o consumo humano. Limpa, sem cheiro, sem cor.
Água não-potável: 1.5 bilhão de pessoas, ou seja, um em cada quatro
habitante do planeta não tem acesso a água potável.
Água servida: água suja que é recuperada e novamente tratada.
Águas perigosas: as águas sujas são jogadas nos rios ou nos mares. 250
milhões de pessoas ficam doentes por causa da água poluída e 10 milhões
morrem por causa disso.
Águas Pluviais: São formadas por águas de chuvas.
Água Residuária: Qualquer despejo ou resíduo líquido com potencial de
causar poluição.
Água no nosso planeta: 97,4% da água é salgada (mares e oceanos). 2% da
água é doce, mas está sob a forma de gelo (pólos e geleiras). 0,6% é de água
doce líquida (águas subterrâneas, umidades, lagos, rios).
Água como fonte de energia: mais de 90% da energia elétrica consumida no
Brasil provém de usinas hidrelétricas instaladas por todo país.
Aquífero: Formação porosa (camada de estrato) de rocha permeável, areia ou
cascalho, capaz de armazenar e fornecer quantidades significantes de água.
90
Aquífero Guarani: um depósito de água subterrânea com 1,2 milhão de
quilômetros quadrados de extensão, que atinge parte do Brasil, Argentina,
Paraguai e do Uruguai.
Agenda 21: roteiro de ações que visam ao desenvolvimento sustentável
assinado na Conferência Rio 92, realizada em 1992, que teve a participação de
179 países.
Agente Alergênico: Substância que, após um ou vários contatos
subseqüentes com a pele ou mucosas, desencadeia uma reação inflamatória
na área de contato e em outras áreas distantes do contato primitivo. Essa
reação inflamatória envolve mecanismo imunológico e independe da duração
do contato e da concentração do agente.
Agente Anestésico Sistêmico: Substância que deprime o sistema nervoso
central.
Agente Asfixiante: Substância que, através de ação química ou física, altera a
oxigenação normal dos tecidos.
Agente de Floculação: Substância coagulante que, quando acrescentada à
água residuária, forma um precipitado flocoso que conterá material suspenso,
promovendo a sua sedimentação.
Agente Etiológico: Substância, cuja presença ou ausência pode iniciar ou
perpetuar um processo mórbido; pode ser nutricional, física, química ou
parasítica.
Agente Fitotóxico: Substância capaz de produzir danos aos vegetais.
Agente Infeccioso: Bactéria, protozoário, fungo, vírus ou helminto (verme),
capaz de produzir infecção que, em circunstâncias favoráveis, no que se refere
ao hospedeiro e ao meio ambiente, pode causar doença infecciosa. Sinônimo
de agente etiológico animado.
Agente Irritante: Todo e qualquer agente físico ou químico que produza,
quando em contato com a pele ou mucosa, lesão ou reação inflamatória na
área de contato.
Amigo do Meio Ambiente: Colaborador com cargo de mestria com habilidade
para difundir e esclarecer as dúvidas sobre o meio ambiente.
Análise Crítica Ambiental: É um processo preliminar para identificar as
questões ambientais amplas com que se depara a organização. Não há uma
metodologia padrão e o escopo pode variar desde o esboço das interações
91
com o meio ambiente até investigações detalhadas sobre os impactos. O
procedimento de análise crítica diz respeito aos processos existentes e
normalmente cobre questões mais amplas do que as puramente ambientais,
tais como: práticas gerenciais gerais em funcionamento.
Antártida: é um continente coberto de gelo onde fica o pólo sul. Uma reserva
natural internacional “dedicada a paz e a ciência”. Atividades militares, depósito
de resíduos, exploração de minas ou de petróleo estão proibidos por cinqüenta
anos nessa região (Tratado de Madri, 1961).
Aquariquara: Típica árvore amazônica, de madeira bastante versátil.
Ar: é composto de 21% de oxigênio (O2), 78% de nitrogênio (N2) e 1% de
outros gases. É considerado importante para os seres humanos porque é
combustível de vida.
Aspecto Ambiental: Elementos das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente.
Aspectos/Impactos Ambientais Temporários: São aqueles
aspectos/impactos decorrentes ou associados às atividades que ocorram por
tempo determinado e finito (exemplo: obras de construção civil, reformas, entre
outros).
Angelim: Também conhecido como fava-de-bolota, é uma árvore cujas flores
são vermelho-escuro.
Aterro energético: é uma variante do aterro sanitário, em que são colocados
tubos que recolhem o gás metano e o levam para engarrafamento em
recipientes apropriados.
Aterros sanitários: São locais onde o lixo é disposto de maneira adequada, o
que permite mantê-lo confinado sem causar muitos danos ao meio ambiente.
Neste processo o lixo é empurrado, espalhado e amassado sobre o solo.
Depois é coberto por uma camada de terra para evitar mau-cheiro e
proliferação de insetos e ratos. Esta é ainda a solução mais viável para a
disposição final do lixo, mas não permite a sua reutilização comercial.
Atmosfera: é a camada de ar que circunda a Terra. Ela é indispensável para a
vida porque contém o oxigênio que respiramos e também nos protege da
queda de pequenos meteoritos, que se desfazem em estrelas cadentes, filtra
os raios ultravioletas, que são muito nocivos para os seres vivos, e estabiliza a
92
temperatura. Sem ela faria 100oC de dia e -150oC à noite na superfície da
Terra.
Babaçu: Árvore palmácea que produz pequenas sementes que servem para a
manufatura de óleo comestível, bastante apreciado na região.
Bacia Hidrográfica: área geográfica que drena suas águas para um mesmo
local, geralmente um rio.
Bioma: amplo conjunto de ecossistemas. O Brasil está dividido em sete
biomas: Amazônia, cerrado, caatinga, Mata Atlântica, Campos Sulinos,
Costeiro e Pantanal.
Biomassa: quantidade total de matéria orgânica que constituem os seres de
um determinado local. Do ponto de vista energético, é considerada como
energia solar armazenada nas plantas por meio da fotossíntese.
Biodegradável: substância que pode ser decomposta mediante a ação de
microorganismos.
Biodegradação (Biodegradabilidade): Destruição ou mineralização de
matéria orgânica natural ou sintética, por microorganismos existentes no solo,
água natural ou em um sistema de tratamento de água residuária.
Biodigestor: Unidade onde a matéria orgânica fermenta, principalmente em
condições anaeróbias, produzindo biogás e composto.
Biodiversidade: A diversidade biológica ou biodiversidade, nada mais é do
que a variedade de gens, espécies e ecossistemas que fazem parte da
biosfera.
Bioensaio: Método para determinação dos efeitos tóxicos de um poluente
sobre os organismos vivos e em condições padronizadas.
Bioindicadores: Os indicadores biológicos ou bioindicadores são as espécies
animais ou vegetais que indicam precocemente a existência de modificações
bióticas (orgânicas) e abióticas (físico/químicas) de um ambiente.
Biomonitoramento: a) Vigilância contínua de um efluente de águas
residuárias, através do emprego de organismos vivos, para controlar a
qualidade dos despejos lançados num corpo receptor. b) Emprego de
organismos vivos para controlar a qualidade de uma água receptora à jusante
de uma descarga.
Biosfera: Conjunto dos seres vivos existentes na superfície terrestre; parte
sólida e líquida da terra e de sua atmosfera onde é possível a vida.
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Biota: Conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente
ecológico, em estreita correspondência com as características físicas, químicas
e biológicas deste ambiente.
Biótico: Referente ou relativo aos seres vivos. Uma associação biótica
compreende os vegetais e animais presentes numa determinada área.
Biopirataria: roubo de animais, plantas e conhecimentos tradicionais para fins
de exploração comercial sem o consentimento ou controle do país de origem e
das comunidades locais.
Biocombustível: plantas como cana-de-açúcar, milho ou beterraba contém
grandes quantidades de açúcar podem ser transformados em álcool que,
misturados com gasolina, produz um combustível de qualidade. Os brasileiros
são os campeões do mundo em biocombustíveis desde 1975, produzindo
álcool combustível a partir da cana-de-açúcar.
Carvão: é um combustível natural que queima e libera calor que provém da
decomposição de árvores e de vegetais enterrados no subsolo há milhões de
anos.
Cigs: Centro de Instrução de Guerra na Selva, uma base militar especializada
no treinamento de soldados para a guerra na região de selva da Amazônia
brasileira.
Consumo de água no Brasil: 2003 a 2006 a média do uso de água por
habitante aumentou quase 143 litros por dia para pouco mais de 145 litros.
Cotia: Pequeno roedor de pelagem castanha vive na área dos igapós.
Alimenta-se, ao anoitecer, de pequenos frutos que caem das árvores.
Composto Orgânico: adubo natural obtido do acúmulo de matéria orgânica
(folhas, galhos, estrumes de animais, raízes etc), sem a presença de produtos
químicos.
Confinado: isolado, ou em contato limitado com outros objetos ou seres vivos.
Compostagem: Neste processo o lixo é separado e reaproveitado, gerando
produtos que são utilizados como adubo na agricultura e matéria-prima na
produção de materiais (papel, plástico, metal etc.). Este processo necessita de
equipamentos (usina de compostagem) e também é de alto custo, mas
apresenta a vantagem de produzir bens que podem ser vendidos.
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Cloro: substância química utilizada para tratamento de águas impuras,
eliminando micróbios nelas contidos, tornando-as boas para o consumo
(potáveis).
Clorofila: é um pigmento que dá cor verde às plantas e capta energia do sol
para transformar em açúcares (especialmente amido) o gás carbônico
absorvido pelas folhas e a água absorvida pelas raízes.
Demografia: a demografia é uma ciência que estuda a população humana em
seus movimentos naturais e migratórios.
Despejo: Despejos líquidos provenientes dos processos industriais, diferindo
dos esgotos domésticos ou sanitários. Denominado também, resíduo líquido
industrial.
Delta (dicionário): é uma zona de depósito aluvial de formato triangular criado
por um curso de água ao desembocar num mar de maré fraca ou num lago.
Detergente Biodegradável: substância usada para lavagem, branqueamento
e clareamento, em lugar de sabões, que, por ser biodegradável, se decompõe,
perdendo suas propriedades tóxicas em contato com o meio ambiente.
Decomposição: é a separação de substância mais complexas em
componentes mais simples.
Derivados de Petróleo: São fluídos ou semi-fluídos, tais como óleos
lubrificantes, óleos industriais, graxas, solventes, desengraxantes, resinas de
modelação, entre outros.
Desenvolvimento sustentável: pretende criar um modelo econômico capaz
de gerar riqueza e bem-estar e, ao mesmo tempo, promover a coesão social e
impedir a destruição da natureza.
Disposição Final de Resíduos Industriais: Colocação dos resíduos
industriais em aterros sanitários ou industriais.
Ecologia: O estudo da inter-relação entre os organismos vivos e seu ambiente.
Ecologista ou ecólogo? Os cientistas que estudam a ecologia preferem ser
chamados de ecólogos. O termo ecologista é usado para designar uma pessoa
que milita numa Ong ou num partido político com o objetivo de fazer avançar a
defesa do meio ambiente e o conhecimento sobre a ecologia pela sociedade.
Era industrial: fase em que o ser humano passa a gerar gases poluentes em
grande quantidade. Ele modificou assim a composição e, portanto, as
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propriedades da atmosfera, acarretando a poluição, o aquecimento do planeta
e o buraco na camada de ozônio.
Efluentes Gasosos: Termo impropriamente utilizado para designar emissões
atmosféricas.
Efluentes Industriais: São águas que entram em contato ou resultam da
fabricação, utilização, manipulação de matérias-primas, produtos
intermediários, produtos finais, sub-produtos ou derramamento de produtos,
inclusive águas resultantes de lavagem de equipamentos, tubulações e limpeza
de áreas de processo.
Efluentes Líquidos: Qualquer tipo de água, ou líquido que flui de um sistema
de coleta de transporte como tubulações, canais, reservatórios, elevatórias ou
de um sistema de tratamento ou disposição final com estações de tratamento e
corpos d'água.
El Niño: é um fenômeno atmosférico-oceânico que ocorre por vezes na costa
ocidental da América do Sul e causa grandes alterações climáticas e
ecológicas. Muda os padrões de vento a nível mundial, afetando assim os
regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
O fenômeno climático ganhou esse nome por ocorrer na época do Natal.
La Niña: Tem características opostas ao EL Niño e se caracteriza-se por um
esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical.
Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas
nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos
no tempo e clima.
Emissão Atmosférica: Descarga de substâncias e/ou energia no ar.
Emissário: Coletor que recebe o esgoto de uma rede coletora e o encaminha a
um ponto final de despejo ou de tratamento.
Emissões Atmosféricas: Descarga de substâncias e/ou energia no ar.
Emulsão: Mistura líquida heterogênea de duas ou mais fases, normalmente
não miscíveis entre si, mas mantidas em suspensão uma na outra por forte
agitação ou por emulsionantes que modificam aa tensão superficial.
Emulsificante: Agente tenso-ativo que estabiliza a dispersão de um líquido
dentro de outro.
Ensaio biológico: Teste feito com o emprego de seres vivos como peixes,
cobaias, macacos, microorganismos e outros.
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Estação de Tratamento Biológico de Efluentes: É a parte do sistema de
efluentes domésticos voltada especialmente para o tratamento biológico dos
efluentes.
Estação de Tratamento de Água = ETA: É o conjunto de instalações e
equipamentos destinados a realizar o tratamento da água.
Estação de Tratamento de Águas Residuárias (Efluentes) = ETE: Conjunto
de dispositivos estruturais para tratamento e disposição final das águas
residuárias e do lodo.
Estação de Tratamento Físico-Químico de Efluentes: É a parte do sistema
de efluentes industriais voltada especialmente para o tratamento físico-químico
dos efluentes.
Entulho – constituído por resíduos da construção civil: demolição e restos de
obras, solos de escavação, etc.
Erosão: a erosão é um fenômeno natural, mas também é desencadeado ou
intensificado pela atividade humana, como o desmatamento, a pecuária ou a
agricultura intensiva.
Eutrofização: é conseqüência de um tipo de poluição humana que, em alguns
anos ou dezenas de anos, altera um lago ou uma represa. Sinais da
eutrofização: a cor da água fica verde ou marron, forte cheiro de vegetais em
decomposição, peixes mortos flutuando na superfície.
Fatores externos: Forças fora do controle da organização que afetam as
questões ambientais e precisam ser levadas em consideração dentro uma
estrutura apropriada de tempo, por exemplo, regulamentações, normas
industriais, entre outras.
Ficha de Remessa: Documento padronizado que deve ser anexado ao tambor
para a sua correta identificação e rastreabilidade.
Filtro: aparelhado que seleciona e retém materiais e substâncias impuras que
afetam o meio ambiente.
Filtro de Significância: conjunto de critérios que permite à organização
estabelecer a criticidade de suas interações com o meio ambiente.
Fertilizantes Químicos: substâncias químicas que são colocadas no solo para
sua fertilidade, ou seja, aumentar a produtividade das plantações (adubo).
Existem, porém, outras formas alternativas de adubação natural.
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Formação: Atividades instrutivas orientadas a potencializar as habilidades e
aumentar a competência profissional.
Floresta: são ecossistemas que abrigam muitas espécies animais e vegetais.
As florestas ricas são as úmidas, equatoriais ou tropicais. Outras são formadas
apenas por umas poucas espécies como as florestas de pinheiros ou abetos.
Gerador: Unidade fabril responsável pela atividade e/ou serviço que gera o
resíduo.
Gerenciamento Ambiental: Consiste em um conjunto de ações, com o
objetivo de evitar/minimizar riscos potenciais ao meio ambiente.
Grupo de Sensibilização: Responsável pela elaboração em conjunto com o
grupo de comunicação e marketing, do material a ser disponibilizado aos
colaboradores, a fim de informar e atualizá-los a respeito do tema meio
ambiente.
Gás Metano: um dos gases produzidos na decomposição anaeróbica (que se
dá na ausência de oxigênio livre) da matéria orgânica.
Herbicidas: são produtos químicos cuja utilização substitui ou completa a
capina mecânica dos campos de cultivo com o intuito de limitar o crescimento
de ervas daninhas que competem com as colheitas desejadas.
Húmus: é o material proveniente da decomposição de vegetais e animais
mortos. Nas florestas tropicais as folhas mortas que caem são transformadas
por pequenos animais (insetos, vermes, minhocas), fungos e bactérias numa
camada fina de húmus, muito rica em nutrientes.
Igapó: Parte da floresta amazônica que fica sob as águas durante a época de
cheia, quando o nível das mesmas sobe até 20 metros.
Igarapé: Um riacho dentro da floresta.
Incineração: Este é um processo de alto custo, dada a necessidade de
equipamentos especiais. Trata-se da queima do lixo e, portanto, do desperdício
do mesmo (a não ser quando o processo gera energia elétrica). Geralmente é
utilizado nos grandes centros. Esta é a solução indicada por Lei para o Lixo
Hospitalar.
Incineração Energética: É uma forma de queimar o lixo produzindo
eletricidade e controlando a poluição atmosférica resultante deste processo.
Inseticida: foram inventados para combater os insetos invasores que destroem
até 40% das colheitas durante o armazenamento em celeiros ou silos.
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Instrução de Trabalho ou instrução operacional ambiental
Documento do Sistema de Gerenciamento Ambiental que descreve um
processo, no qual há fornecedores e clientes internos de produtos e serviços,
estabelecendo obrigatoriamente suas responsabilidades e interfaces entre
outras áreas. O documento pode ser complementado, se necessário, com
fluxo, croquís, fotos ou outros meios.
Intoxicação Crônica: Trata-se de exposições repetidas durante um longo
período de tempo. Os sinais clínicos de intoxicação manifestam-se porque o
agente tóxico acumula-se no organismo, ou porque os efeitos produzidos pelas
exposições repetidas se somam.
Intoxicação Aguda: Trata-se de exposições de curta duração e absorção
rápida do agente tóxico; uma única dose ou doses múltiplas num período curto
que não ultrapasse de 24 horas. As manifestações da intoxicação
desenvolvem-se rapidamente. Quando a substância é inalada ou absorvida
através da pele, refere-se a uma só exposição, de duração medida em
segundos, minutos ou horas. Aplicada à substância que é ingerida, refere-se
geralmente a uma só dose.
Idade do Lodo: Tempo em que uma partícula de sólido suspenso sofre
aeração no processo de lodo ativado. É expressa em dias, normalmente
calculada, dividindo-se o peso de sólidos suspensos no tanque de aeração,
pela adição diária de novos sólidos suspensos contidos na água residuária.
Impacto Ambiental: As ações naturais ou provocadas pelo homem produzem
alterações sobre o meio ambiente ou em parte dele. Os resultados dessas
ações são chamados de impacto ambiental.
Itaúba: árvore com folhas grossas e madeira amarelada, produz um pequeno e
saboroso fruto negro.
Jacareúba: Árvore de madeira bastante dura, possui uma floração alaranjada.
Lagoa de Estabilização: é uma forma de tratamento de resíduos (esgotos doméstico e industrial).
Lixo: “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades
da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição”. (Norma NBR 10004)
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Lixo (Dicionário Aurélio): “é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora;
coisas inúteis, velhas e sem valor”.
Lixo (origem): Vem do latim lix que significa: a) "cinzas" de uma época em
que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de
lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também b) lixare (polir, desbastar)
onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos
materiais. No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas
inúteis, velhas, sem valor.
Matas Ciliares: vegetação que fica à beira dos corpos d´água (rios, lagos,
igarapés, ribeirões, córregos etc.).
Matéria-Prima: é a substância bruta principal e essencial com que é fabricada
alguma coisa.
Meio Ambiente: é tudo o que nos rodeia (casas, escolas, rio, mar, terra, ar
etc., e tudo o que contém). Na verdade, é a totalidade do planeta e os
elementos que o compõem - físicos, químicos e biológicos, tanto naturais como
artificiais, tanto orgânicos, como inorgânicos, assim como o homem e suas
formas de organização na sociedade.
Microrganismos ou Micróbios: ser unicelular (microscópico) que nasce e se
desenvolve no ar, na água, no solo e em todos os seres vivos. Existem
numerosos tipos: alguns inofensivos, e até úteis para o equilíbrio da natureza, e
outros perigosos que causam doenças. Exemplos: vírus, bactérias, fungos e
algas.
Nejrs: núcleo de ecojornalistas do Rio Grande do Sul.
Nimby: é uma palavra formada a partir da expressão inglesa “Not in my back
yard”, que significa “Não no meu quintal”.
Origem da água: a água que bebemos todos os dias vem de rios ou de lençóis
freáticos.
Passivo ecológico: Que aconteceria se os 6 bilhões de habitantes do planeta
consumissem como os habitantes dos países industrializados? Pesquisadores
calcularam e transformaram em superfície a comida que comemos, os objetos
que compramos, os resíduos que lançamos. Na verdade, cada quilo de batatas
foi produzido em um pedaço de terra e cada uma de nossas roupas precisou
de uma fábrica, de estradas e de uma loja, as quais podemos, por um cálculo
100
engenhoso, converter em superfície. Resultado: nós consumimos demais e
seriam necessários dois planetas extras caso todos os habitantes do planeta
vivessem como os europeus.
Pesticidas: também chamados de agrotóxicos são produtos químicos usados
por agricultores e jardineiros em suas plantações, para eliminar ervas
daninhas, fungos, pulgões e outros parasitas.
Plástico: a origem da palavra plástico vem do grego plastikós, e significa
adequado à moldagem. Os plásticos são produzidos através de um processo
químico conhecido como polimerização, a união química de monômeros,
moléculas pequenas, que formam moléculas de grande cadeia ou
macromoléculas, chamadas polímeros (do grego poly=muitos e
meros=partes).
Princípio da precaução: Este princípio foi formulado na Conferência da Terra
no Rio de Janeiro, em 1992, esse princípio se refere ao que devemos fazer
quando um eventual dano pode afetar o meio ambiente de maneira grave e
irreversível? Este princípio se resume em “não esperar o irreparável para agir”.
PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Queimadas: O fogo, quando acontece naturalmente cria um novo equilíbrio
entre as diferentes espécies vegetais, permite muitas vezes o aumento da
biodiversidade ou o crescimento de novas plantas (as cinzas fertilizam a terra)
e renova o estoque de elementos minerais nutritivos no solo, essenciais para o
crescimento das plantas.
Proliferação de Insetos: reprodução, multiplicação ou aumento de insetos.
Reciclagem: é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os
detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de
uma série de atividades, pelas quais os materiais que se tornariam lixo, ou
estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem
usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Recursos naturais: A madeira, os combustíveis fósseis (carvão, gás,
petróleo), a água doce e os metais são recursos naturais que o ser humano
utiliza para produzir bens. Embora sejam gratuitos, nem por isso são
inesgotáveis! Na verdade eles existem em quantidade limitada em nosso
101
planeta e, se esgotarmos todas as suas reservas, teremos de reduzir nosso
consumo ou encontrar outras soluções. É o que acontecerá com o petróleo,
daqui a aproximadamente sessenta anos, mas também com a madeira e com a
água doce em alguns países.
Reaproveitamento Industrial: Neste processo, são separados os vários
materiais e retransformados em matéria-prima para indústria.
Responsabilidade socioambiental: É uma nova forma de empresas, escolas
e outras organizações conduzirem suas atividades, agindo de forma
responsável junto à sociedade, promovendo ações que beneficiam a todos, e
garantindo a sustentabilidade de seus produtos e serviços. O objetivo principal
é garantir que sua atividade não prejudique as pessoas nem o meio ambiente,
e ajude a melhorar a qualidade de vida de todos.
Desenvolver atividades com crianças de comunidades carentes. Escolas e
condomínios podem promover coleta seletiva e reciclagem de lixo, e adotar
práticas de economia de energia e de água.
Rio: Os rios foram desde sempre uma fonte de água e de alimento para as
pessoas, assim um meio de transporte. Não surpreende, portanto, que grande
parte dos seres humanos vivam nas margens dos rios e de suas embocaduras.
Sumidouro: poço com paredes revestidas com tijolos furados e com uma
camada de pedras no fundo. O sumidouro tem a função de filtrar a água impura
e despejá-la no solo. Em contato com o solo, este líquido é depurado, não
contaminando as águas subterrâneas. Importante: devem-se destinar os
esgotos domésticos para uma distância mínima de 20 m, e sempre abaixo da
captação das águas (bicas, poços, nascentes, entre outros), a fim de que as
águas para consumo não sejam contaminadas.
Tempestade: o vento se transforma em tempestade quando ultrapassa os 90
km/h. As fortes tempestades (com ventos de150 a 200 km/h) arrancam
telhados, desenraizam árvores, tombam carros.
Terrorismo ecológico: Não são apenas as armas clássicas a base de
explosivos que podem ser usadas; existem, também, armas biológicas ou
químicas, que têm um impacto muito maior no espaço e no tempo.
Transgênicos: são também chamados de organismos geneticamente
modificados, ou OGM. Esses termos são usados para definir um organismo
102
vivo (planta, animal, bactéria) cujo patrimônio genético (os cromossomos) foi
modificado pelo ser humano em instituições de pesquisa.
UCs: Unidades de conservação
Zoologia e botânica: dentro da Biologia (ciência que estuda os seres vivos),
tudo o que se refere às espécies animais é estudado pela Zoologia.
103
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