guia de implantaÇÃo de processos de certificaÇÃo ... · 5.10 diplomas, atestados e certificados...

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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DE PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DE PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

GUIA DE IMPLANTAÇÃO DE PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNIRobson Braga de AndradePresidente

Diretoria de Educação e Tecnologia – DIRETRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educação e Tecnologia

Julio Sergio de Maya Pedrosa MoreiraDiretor Adjunto de Educação e Tecnologia

Serviço Social da Indústria – SESIGilberto CarvalhoPresidente do Conselho Nacional

SESI – Departamento NacionalRobson Braga de AndradeDiretor

Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor-Superintendente

Marcos Tadeu de SiqueiraDiretor de Operações

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAIRobson Braga de AndradePresidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento NacionalRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor-Geral

Julio Sergio de Maya Pedrosa MoreiraDiretor Adjunto

Gustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operações

Instituto Euvaldo Lodi – IELRobson Braga de AndradePresidente do Conselho Superior

IEL – Núcleo CentralPaulo Afonso FerreiraDiretor-Geral

Paulo Mól JúniorSuperintendente

Brasília 2016

GUIA DE IMPLANTAÇÃO DE PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

© 2016. SENAI – Departamento NacionalQualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

SENAI/DNUnidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

FICHA CATALOGRÁFICA

S491g

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.Guia de implantação de processos de certificação profissional /

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Brasília : SENAI, 2016.

73 p. il.

ISBN 978-85-7519-976-3

1. Educação Profissional 2. Certificação Profissional I. Título

CDU: 377

SENAI

Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial

Departamento Nacional

Sede

Setor Bancário Norte

Quadra 1 – Bloco C

Edifício Roberto Simonsen

70040-903 – Brasília-DF

Tel.: (0xx61) 3317-9001

Fax: (0xx61) 3317-9190

http://www.senai.br

Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC

Tels.: (61) 3317-9989 / 3317-9992

[email protected]

> LISTA DE SIGLAS

CBO Classificação Brasileira de Ocupações

CETIQT Centro de Tecnologias da Indústria Química e Têxtil

CNE Conselho Nacional de Educação

DN Departamento Nacional

DRs Departamentos Regionais

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC Ministério da Educação

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

PCD Pessoa com Deficiência

7SENAI

> SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 11

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

2 IMPLANTAÇÃO ....................................................................................................... 19

3 REGULAMENTO NACIONAL .................................................................................233.1 Fundamentos ............................................................................................................................................... 23

3.2 Regulamentação regional ....................................................................................................................... 24

3.3 Projeto de Certificação Profissional ..................................................................................................... 24

3.4 Etapas do processo de certificação ...................................................................................................... 25

3.5 Resultados ................................................................................................................................................... 26

3.6 Atribuições e responsabilidades ............................................................................................................27

4 REGULAMENTOS REGIONAIS .............................................................................294.1 Forma de acesso ao processo de Certificação Profissional ........................................................... 29

4.2 Público beneficiário da Certificação Profissional ............................................................................. 29

4.3 Requisitos para oferta de Certificação Profissional pelas Unidades Operacionais ............... 30

4.4 Etapas do processo de Certificação Profissional .............................................................................. 31

4.5 Ofertas de Certificação Profissional e documentos emitidos ....................................................... 31

4.6 Concepção de avaliação no processo de Certificação Profissional ............................................ 32

4.7 Recursos físicos, humanos, financeiros e metodológicos ............................................................. 32

8 Sumário

4.8 Processo de avaliação .............................................................................................................................. 34

4.9 Critérios de avaliação de conhecimentos, saberes e competências .......................................... 34

4.10 Critérios de aprovação ........................................................................................................................... 34

4.11 Possibilidade de recurso ......................................................................................................................... 34

4.12 Inserção dos concluintes do processo de certificação em curso correspondente ............... 34

4.13 Monitoramento e avaliação da implantação e do desenvolvimento dos processos de

Certificação Profissional ................................................................................................................................ 35

5 PROJETO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ....................................................375.1 Identificação da Certificação Profissional ........................................................................................... 38

5.2 Descrição do curso que habilita a oferta da Certificação Profissional........................................ 38

5.3 Justificativa para o desenvolvimento da Certificação Profissional............................................. 38

5.4 Objetivos gerais e específicos da Certificação Profissional .......................................................... 39

5.5 Forma e requisitos de acesso ................................................................................................................. 39

5.6 Perfil profissional da Certificação Profissional ................................................................................. 39

5.7 Etapas do processo de Certificação Profissional ..............................................................................40

5.8 Instalações e equipamentos ...................................................................................................................41

5.9 Pessoal de avaliação e suporte técnico, pedagógico e administrativo .......................................41

5.10 Diplomas, atestados e certificados expedidos ............................................................................... 42

6 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ....................................................................... 436.1 Matriz de Especificação ............................................................................................................................ 43

6.2 Exames escritos ......................................................................................................................................... 45

6.3 Exames práticos ......................................................................................................................................... 47

7 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ................................................. 517.1 Acolhimento e orientação .......................................................................................................................... 51

7.2 Processo de avaliação .............................................................................................................................. 53

7.3 Resultados e encaminhamento ............................................................................................................. 53

7.4 Certificado .................................................................................................................................................... 53

7.5 Diploma ......................................................................................................................................................... 54

7.6 Atestado de Reconhecimento de Competências Profissionais .................................................... 54

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................55

ANEXO A – REGULAMENTO NACIONAL ................................................................ 57

9SENAI

APÊNDICES ................................................................................................................69APÊNDICE A – MODELO DE SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO ........................................................................ 69

APÊNDICE B – MODELO DE ACOLHIMENTO E ORIENTAÇÃO .................................................................... 71

APÊNDICE C – MODELO DE RESULTADOS E ENCAMINHAMENTO ..........................................................75

APÊNDICE D – MODELO DE ATESTADO DE RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS

PROFISSIONAIS...................................................................................................................................................77

11SENAI

A educação é o pilar fundamental para qualquer plano de crescimento econômico e

social de um país. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em seu compro-

misso com oferecer Educação Profissional e Tecnológica de excelência para a indústria e o país,

tem um papel fundamental nesse contexto.

Mas é impossível pensar nesse desafio sem considerar o cenário atual do mundo

do trabalho, do conhecimento e do ensino. O mundo do trabalho está sendo desenhado,

cada vez mais, a partir do desenvolvimento e do emprego de tecnologias complexas,

agregadas à produção e à gestão. Isso exige do trabalhador um nível de escolaridade e de

qualificação cada vez mais elevados.

A falta de profissionais qualificados deve ser entendida no contexto do analfabetismo

e da demanda por escolaridade. Um número expressivo de brasileiros é considerado anal-

fabeto funcional. Somam-se a este número os brasileiros que concluíram o Ensino Médio,

mas não conseguem melhoria nas condições de emprego por não terem suas competências

profissionais reconhecidas. A maioria dos trabalhadores sem qualificação profissional

depende do trabalho informal, sujeitando-se a uma situação de não acesso e à impotência

diante do progresso científico e tecnológico do mundo do trabalho.

O reconhecimento e a certificação de saberes profissionais, por um lado,

contemplam grande parcela de brasileiros que não possui sequer a Educação Básica obri-

gatória completa e aqueles que ainda não são alfabetizados, estando ora desempregados

ora colocados no mundo do trabalho informal ou formal, mas em condições precárias;

por outro lado, podem estimular o retorno de adultos para a escola.

A função social relevante que a certificação de saberes profissionais cumpre é o reconhe-

cimento de aprendizagens geradas nas experiências de trabalho, contemplando conhecimentos,

> APRESENTAÇÃO

habilidades e boas práticas adquiridas pelo trabalhador na sua lida cotidiana. Isso gera certo

entusiasmo de ascensão em sua vida profissional e em sua educação.

Este documento tem como finalidade subsidiar os Departamentos Regionais (DRs) e o

Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (CETIQT) do SENAI no desenvolvimento de

ações de Certificação Profissional para o reconhecimento formal de competências profissio-

nais obtidas a partir de experiência de vida, de educação e de trabalho, necessárias à inserção

no mundo do trabalho ou requeridas para o exercício profissional.

Com o Guia de Implantação de Processos de Certificação Profissional, dá-se mais

um passo em direção à unidade e ao alinhamento das ações de Educação Profissional,

fortalecendo a atuação do SENAI como um todo. Este documento deve ser considerado

em permanente construção, estando sujeito a revisões periódicas em função de ajustes e

aprimoramentos propostos pelos Regionais e pelo CETIQT e de mudanças na legislação e nas

normas educacionais.

Rafael Lucchesi

Diretor-Geral do SENAI/DN

Apresentação 12

13SENAI

1. INTRODUÇÃO

A oferta de processos de Certificação Profissional de competências é amparada por um

arcabouço legal consistente.

No Brasil, o marco legal no reconhecimento, na avaliação e na certificação de compe-

tências na Educação Profissional implica o exame de diversas normas produzidas a partir da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996

(alterada pela Lei nº 11.741/2008). Notadamente, no art. 41:

Art. 41. O conhecimento adquirido na Educação Profissional e Tecnológica,

inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certi-

ficação para prosseguimento ou conclusão de estudos (redação dada pela Lei

nº 11.741, de 2008) (BRASIL, 1996).

O Decreto Federal nº 5.154, de 23 de julho de 2004, regulamenta o § 2º do art. 36 e os

arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394.

Art. 1º A Educação Profissional, prevista no art. 39 da Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), observadas as

Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação,

será desenvolvida por meio de cursos e programas de:

I – qualificação profissional, inclusive formação inicial e continuada de trabalha-

dores (redação dada pelo Decreto nº 8.268, de 2014);

II – Educação Profissional Técnica de Nível Médio; e

III – Educação Profissional Tecnológica de Graduação e de Pós-Graduação

(BRASIL, 2004a).

Com o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) CNE/CEB nº 40/2004, que

trata das normas para a execução da avaliação do reconhecimento e da certificação de

Introdução14

estudos previstos na LDB, DRs como o do Amazonas, do Ceará, de Goiás, de Minas Gerais e de

São Paulo obtiveram autorização dos Conselhos Estaduais de Educação (CEEs) para a oferta

da Certificação de Competências Profissionais para Obtenção de Diploma de Técnico.

Em 2006, tendo como base a experiência desses DRs, o Departamento Nacional (DN)

elaborou e divulgou os documentos Orientações Básicas – Certificação de Competências

Profissionais para Obtenção de Diploma de Técnico, Manual do Candidato e Projeto para

Credenciamento junto ao Conselho Estadual de Educação, para fundamentar técnica e

pedagogicamente o processo e subsidiar, no âmbito dos Regionais, a discussão e a análise

da conveniência de se obter, junto ao CEE, o credenciamento para a oferta da Certificação de

Competências Profissionais para Obtenção de Diploma de Técnico.

Em 2009, o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),

por meio da Portaria Interministerial nº 1.082, de 20 de novembro de 2009, criaram a Rede

Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada (Rede CERTIFIC),

política pública de inclusão social para reconhecimento de saberes e formação inicial e

continuada para fins de Certificação Profissional e elevação de escolaridade de milhares

de trabalhadores.

O Parecer CNE/CEB nº 4, de 3 de maio de 2011, traz a seguinte reflexão sobre avaliação,

reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos, nos termos do

art. 41 da LDB.

A Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada

(Rede CERTIFIC), criada pela Portaria Interministerial nº 1.082/2009, constitui

relevante política pública de Educação Profissional e Tecnológica voltada para o

atendimento de trabalhadores, jovens e adultos, que buscam o reconhecimento

e certificação de saberes. É um programa, público e gratuito, de cunho educa-

cional da maior importância, legitimado pelo previsto no art. 41 da LDB, o qual,

entretanto, não exclui outras formas e possibilidades ensejadas pelo citado

dispositivo legal presente na LDB. Sua criação, implementação e funcionamento

não interferem na esfera de competência dos sistemas de ensino dos estados e

do Distrito Federal e mesmo dos municípios, em termos de credenciamento de

instituições educacionais vinculadas aos seus respectivos sistemas de ensino

para a competente “avaliação, reconhecimento e certificação” de conhecimentos

desenvolvidos em cursos de educação profissional e por meio de experiências

profissionais no próprio ambiente de trabalho, para fins de prosseguimento ou

conclusão de estudos na Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Não há

impedimento para que o órgão competente do respectivo sistema de ensino

delibere sobre a matéria, tomando como referência, entretanto, como determina

o Parecer CNE/CEB nº 40/2004, o perfil profissional e o Plano de Curso da res-

pectiva habilitação profissional técnica de nível médio devidamente autorizado.

15SENAI

Nada impede, também, que o respectivo sistema de ensino adote como

referência complementar o conteúdo da referida portaria interministerial,

usando critérios de avaliação e de aproveitamento de estudos e desenvol-

vimento de competências profissionais similares aos adotados pela Rede

CERTIFIC (BRASIL, 2011b).

O art. 20 da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, com a redação dada pela Lei nº 12.816,

de 5 de junho de 2013, instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(Pronatec) e dispõe sobre a autonomia das instituições de Educação Profissional Técnica de

Nível Médio, de Formação Inicial e Continuada e de Educação Superior integrando os Serviços

Nacionais de Aprendizagem ao Sistema Federal de Ensino na condição de mantenedoras.

Art. 20. Os serviços nacionais de aprendizagem integram o Sistema Federal de

Ensino na condição de mantenedores, podendo criar instituições de Educação

Profissional Técnica de Nível Médio, de Formação Inicial e Continuada e de

Educação Superior, observada a competência de regulação, supervisão e avalia-

ção da União, nos termos dos incisos VIII e IX do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, e do inciso VI do art. 6o-D desta lei (redação dada pela Lei nº

12.816, de 2013).

§ 1º As instituições de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e de

Formação Inicial e Continuada dos Serviços Nacionais de Aprendizagem terão

autonomia para criação de cursos e programas de Educação Profissional

e Tecnológica, com autorização do órgão colegiado superior do respectivo

Departamento Regional da Entidade (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013).

§ 2o A criação de instituições de Educação Superior pelos Serviços Nacionais

de Aprendizagem será condicionada à aprovação do Ministério da Educação,

por meio de processo de credenciamento (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013).

§ 3o As instituições de educação superior dos serviços nacionais de aprendiza-

gem terão autonomia para (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013):

I – criação de cursos superiores de tecnologia, na modalidade presencial (incluído

pela Lei nº 12.816, de 2013);

II – alteração do número de vagas ofertadas nos cursos superiores de tecnolo-

gia (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013);

III – criação de unidades vinculadas, nos termos de ato do ministro de Estado da

Educação (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013);

IV – registro de diplomas (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013);

§ 4o O exercício das prerrogativas previstas no § 3o dependerá de autoriza-

ção do órgão colegiado superior do respectivo Departamento Regional da

Entidade (incluído pela Lei nº 12.816, de 2013) (BRASIL, 2011a).

Introdução16

O capítulo II da Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012, define as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio do CNE.

Art. 37 A avaliação e certificação, para fins de exercício profissional, somente

poderão ser realizadas por instituição educacional devidamente credenciada

que apresente em sua oferta o curso de Educação Profissional Técnica de Nível

Médio correspondente, previamente autorizado.

§ 1º A critério do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, instituições

de ensino que não tenham o correspondente curso de Educação Profissional

Técnica de Nível Médio, mas ofertem cursos inscritos no mesmo eixo tecnológico,

cuja formação tenha estreita relação com o perfil profissional de conclusão a ser

certificado, podem realizar os processos previstos no caput deste artigo.

§ 2º A Certificação Profissional abrange a avaliação do itinerário profissional e

de vida do estudante, visando ao seu aproveitamento para prosseguimento de

estudos ou ao reconhecimento para fins de certificação para exercício profissional,

de estudos não formais e experiência no trabalho, bem como de orientação para

continuidade de estudos, segundo Itinerários Formativos coerentes com os his-

tóricos profissionais dos cidadãos, para valorização da experiência extraescolar.

§ 3º O Conselho Nacional de Educação elaborará diretrizes para a Certificação

Profissional.

§ 4º O Ministério da Educação, por meio da Rede Nacional de Certificação

Profissional e Formação Inicial e Continuada (Rede CERTIFIC), elaborará padrões

nacionais de Certificação Profissional para serem utilizados obrigatoriamente

pelas instituições de Educação Profissional e Tecnológica do Sistema Federal

de Ensino e das redes públicas estaduais, quando em processos de certificação.

§ 5º As instituições educacionais poderão aderir à Rede CERTIFIC e, se acreditadas,

poderão realizar reconhecimento para fins de certificação para exercício

profissional, de acordo com o respectivo perfil profissional de conclusão do curso.

§ 6º As instituições que possuam metodologias de Certificação Profissional

poderão utilizá-las nos processos de certificação, desde que autorizadas pelos

órgãos normativos dos sistemas de ensino, até a elaboração das diretrizes para

a Certificação Profissional.

Art. 38 Cabe às instituições educacionais expedir e registrar, sob sua responsa-

bilidade, os diplomas de técnico de nível médio, sempre que seus dados estejam

inseridos no SISTEC, a quem caberá atribuir um código autenticador do referido

registro, para fins de validade nacional dos diplomas emitidos e registrados.

§ 1º A instituição de ensino responsável pela certificação que completa o

Itinerário Formativo do técnico de nível médio expedirá o correspondente

17SENAI

diploma de técnico de nível médio, observado o requisito essencial de conclusão

do Ensino Médio (BRASIL, 2012).

A Portaria Interministerial MEC/MTE nº 5, de 25 de abril de 2014, dispõe sobre a reor-

ganização da Rede CERTIFIC. Para integrar esta rede, as unidades de ensino das instituições

e redes de Educação Profissional e Tecnológica dos Serviços Nacionais de Aprendizagem

devem submeter-se a processo de credenciamento como unidades certificadoras ofertantes,

conforme regulamentação.

A Portaria nº 8, editada pelo MEC em 2 de maio 2014, regulamenta o desenvolvimento

de processos de Certificação Profissional no âmbito da Rede CERTIFIC.

O Conselho Nacional do SENAI aprovou, por meio da Resolução nº 37, de 10 de novembro

de 2015, o Regulamento para o Desenvolvimento de Processos de Certificação Profissional no

âmbito da instituição. Essa resolução, por um lado, orienta-se pelas Portarias MEC/MTE nº

5 e MEC nº 8; por outro, regulamenta a oferta de processos de Certificação Profissional nos

DRs e no CETIQT.

A finalidade deste guia é orientar os DRs na tarefa de implantar os processos de

Certificação Profissional de competências em conformidade com as demandas da região e

respeitando as estratégias de atuação de cada Regional.

19SENAI

A operacionalização de processo de Certificação Profissional está baseada em um

conjunto de leis, decretos, portarias governamentais e regulamentos internos.

As muitas atividades requeridas para atender a todas as exigências legais e regulató-

rias dependem da clara definição de atribuições entre os partícipes do processo e do trabalho

integrado e articulado desses atores.

A sequência de ações requeridas para implantação de processos de Certificação

Profissional nas Unidades Operacionais do SENAI e para o acompanhamento do desenvolvi-

mento desses processos pode ser assim resumida:

• O Conselho Nacional do SENAI aprova o Regulamento Nacional com as diretrizes para a

oferta de processos de Certificação Profissional;

• O DN do SENAI padroniza os documentos requeridos para oferta e operacionalização da

Certificação Profissional;

• Os Conselhos Regionais do SENAI e o Conselho Técnico Consultivo do CETIQT aprovam

os respectivos Regulamentos Regionais necessários para definir e autorizar Projetos de

Certificação Profissional;

• Os DRs do SENAI e o CETIQT atuam como intermediários entre as Unidades Operacionais

e os respectivos Conselhos Regionais e Conselho Técnico Consultivo do CETIQT,

submetendo para aprovação as propostas de Projetos de Certificação Profissional;

• O órgão, a comissão ou a área do DR e do CETIQT encarregado de gerenciar a operacio-

nalização dos processos de Certificação Profissional deve desenvolver metodologias

e coordenar a elaboração de instrumentos de avaliação dos candidatos à certificação.

Deve, ainda, criar sistemática para executar o monitoramento e a avaliação da implanta-

ção e do desenvolvimento dos processos de Certificação Profissional;

2. IMPLANTAÇÃO

Implantação20

• As Unidades Operacionais elaboram Projeto de Certificação Profissional, conforme

demanda identificada, alinhado ao Plano de Curso e Desenho Curricular correspondente;

• As Unidades Operacionais ofertam regularmente os processos de Certificação

Profissional aprovados pelos respectivos Conselhos Regionais e Conselho Técnico

Consultivo do CETIQT e passam por monitoramento dos órgãos encarregados da gestão

da Certificação Profissional.

21SENAI

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23SENAI

3. REGULAMENTO NACIONAL

Em 10 de novembro de 2015, o Conselho Nacional aprovou, por meio da Resolução nº 37,

o Regulamento para o Desenvolvimento de Processos de Certificação Profissional no âmbito do

SENAI, que estabelece as diretrizes gerais que devem ser seguidas pela Administração Nacional

e pelas Administrações Regionais, exclusivamente em relação à Certificação Profissional.

O Regulamento Nacional para o Desenvolvimento de Processo de Certificação

Profissional de competências foi elaborado para que o SENAI possa atender aos requisitos

legais instituídos pelas Portarias MEC/MTE nº 5 e MEC nº 8. Mas o regulamento não obriga

nem subordina nenhuma instância do SENAI a somente ofertar processos de Certificação

Profissional de competências se na dependência da Rede CERTIFIC.

3.1 FUNDAMENTOSA Certificação de Competências Profissionais é “o reconhecimento formal de saberes,

conhecimentos e competências profissionais necessários à inserção no mundo do trabalho

ou requeridos para o exercício profissional, obtidos a partir de experiência de vida,

de educação e de trabalho” (BRASIL, 2014b).

No âmbito do SENAI, a Certificação de Competências Profissionais abrange duas vertentes:

• Certificação de Pessoas – avaliação, reconhecimento e certificação, atestando que uma

pessoa possui competências profissionais para desempenhar atividades relacionadas

a uma determinada ocupação ou área de competências, independentemente da forma

como tenham sido adquiridas, em conformidade com requisitos estabelecidos em

normas, perfis profissionais e regulamentos técnicos. Nesta vertente, a certificação

baseia-se em requisitos estabelecidos por organismos de Certificação de Pessoas;

Regulamento Nacional24

• Certificação Profissional – avaliação, reconhecimento e certificação das competências

profissionais necessárias ao prosseguimento de estudos ou à obtenção de certifica-

dos e diplomas de Educação Profissional e Tecnológica e de licenciado em Educação

Profissional. A base desta certificação é(são) a(s) competência(s) relacionada(s) no

Desenho Curricular do curso para o qual a pessoa está buscando a certificação.

Este guia trata, exclusivamente, da oferta de processo de Certificação Profissional.

As ofertas de Certificação Profissional, no âmbito do referido regulamento, são:

• Certificação de Qualificação Profissional: correspondente a curso de qualificação profissio-

nal constante do Catálogo Nacional de Cursos de Qualificação Profissional, ou equivalente,

mantido pelo MEC;

• Certificação Técnica de Nível Médio: correspondente a curso técnico de nível médio cons-

tante do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, mantido pelo MEC, para possuidores de

certificado de conclusão do Ensino Médio;

• Certificação Tecnológica: correspondente a curso superior de tecnologia constante do

Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, mantido pelo MEC, para possuido-

res de certificado de conclusão do Ensino Médio;

• Certificação Docente da Educação Profissional: correspondente à licenciatura em

Educação Profissional, prevista nas Diretrizes Curriculares para Formação de Professores

da Educação Profissional e vinculada ao exercício profissional de professores com mais de

dez anos de efetivo exercício na Educação Profissional e Tecnológica.

O público-alvo da Certificação Profissional compreende trabalhadores, maiores de 18

anos, portadores de certificado ou diploma compatível com a escolaridade mínima reque-

rida para o respectivo processo de Certificação Profissional, inseridos ou não no mundo do

trabalho, que buscam o reconhecimento formal de competências profissionais desenvolvi-

dos em processos formais e não formais de aprendizagem e na trajetória de vida e trabalho.

3.2 REGULAMENTAÇÃO REGIONALO Regulamento Nacional tem caráter unificador e alinhador para que os DRs e o CETIQT –

por meio de suas Unidades Operacionais – tenham uma atuação orgânica e harmônica.

O Regulamento Regional requer a definição da forma de operacionalização da oferta de

processos de Certificação Profissional de Competências.

3.3 PROJETO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Os processos de Certificação Profissional devem ser estruturados por meio de Projetos

de Certificação Profissional.

Para a elaboração do Projeto de Certificação Profissional, devem ser observados o perfil

profissional de conclusão e o Desenho Curricular do SENAI, assim como os requisitos mínimos

25SENAI

estabelecidos para o curso correspondente, constantes nos Catálogos Nacionais de Educação

Profissional e Tecnológica, ou equivalentes, e nas Diretrizes Curriculares vigentes para a Formação

de Professores da Educação Profissional, conforme a oferta de Certificação Profissional.

Cada Projeto de Certificação Profissional deve conter os seguintes elementos mínimos:

• Identificação da Certificação Profissional, vinculada ao curso correspondente;

• Descrição da oferta do(s) curso(s) que evidencia(m) o cumprimento dos requisitos para a

oferta da Certificação Profissional;

• Justificativa para o desenvolvimento da Certificação Profissional;

• Objetivos gerais e específicos da Certificação Profissional;

• Forma e requisitos de acesso, inclusive escolaridade mínima;

• Perfil profissional de conclusão objeto da Certificação Profissional;

• Etapas e descrição do processo de Certificação Profissional, inclusive procedimentos,

instrumentos e critérios de avaliação de conhecimentos, saberes e competências profis-

sionais e a possibilidade de aproveitamento de resultados, quando aplicável;

• Instalações e equipamentos necessários para o processo de Certificação Profissional;

• Pessoal de avaliação e suporte técnico, pedagógico e administrativo que atuará na opera-

cionalização do processo de Certificação Profissional;

• Documentos emitidos, constando atestados, certificados – inclusive intermediários –

e diplomas a serem expedidos.

Os Projetos de Certificação Profissional Técnica de Nível Médio devem prever

Certificação(ões) Intermediária(s) de Qualificação Técnica de Nível Médio, quando aplicável,

ressalvados os casos previstos em legislação específica.

Nos Projetos de Certificação Profissional devem estar previstas as condições para o

atendimento às Pessoas com Deficiência (PCD).

Um Projeto de Certificação Profissional deve estar atrelado à oferta, pela Unidade

Operacional, de curso correspondente ou de cursos pertencentes ao mesmo eixo tecnológico,

objeto da certificação, desde que tenham estreita relação com o perfil a ser certificado.

3.4 ETAPAS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO Os processos de Certificação Profissional devem ser compostos das seguintes etapas:

• Inscrição: manifestação de interesse de uma pessoa em participar do processo de

Certificação Profissional;

• Acolhimento: apresentação detalhada aos interessados das etapas do processo de

Certificação Profissional. Trata-se de uma entrevista diagnóstica para levantamento da

história profissional e educacional do interessado. Também deve prever um momento de

orientação e direcionamento do interessado para o reconhecimento de conhecimentos,

saberes e competências profissionais e/ou, quando for o caso, para cursos ou certificação

Regulamento Nacional26

de Educação Básica ou cursos de Educação Profissional, com base no diagnóstico realizado,

sintetizado em um relatório;

• Matrícula: formalização e validação da inscrição, mediante entrega de documentação

prevista no processo, desde que os requisitos de ingresso sejam atendidos;

• Avaliação: processo de verificação e reconhecimento de conhecimentos, saberes e com-

petências profissionais do candidato, realizado por meio de avaliações escritas e/ou de

execução, acompanhadas ou não de arguição oral;

• Escrituração: registro escolar dos resultados da avaliação e emissão de certificados/diplomas

e documentos para fins de exercício profissional, prosseguimento de estudos e/ou comple-

mentação do processo formativo, tendo por referência o desempenho obtido no processo de

Certificação Profissional;

• Encaminhamento: entrega formal do resultado da certificação ao candidato, com caráter

de reorientação e apresentação de possibilidades de continuidade de estudos. Trata-se de

uma entrevista individual, já que se trata de resultados de processo avaliativos;

• Tratamento de recurso (quando aplicável): recebimento, análise, decisão e registro de

recursos apresentados por candidatos.

3.5 RESULTADOS Ao final do processo de certificação, um candidato pode obter um dos seguintes

resultados:

• Aprovado: se obtive o desempenho mínimo para aprovação, de acordo com os critérios

definidos para o processo de Certificação Profissional;

• Reprovado: se não obtive o desempenho mínimo para a aprovação, de acordo com os cri-

térios definidos para o processo de Certificação Profissional, resguardados os direitos de

interposição de recurso;

• Evadido/abandono: se o candidato não compareceu a alguma etapa de avaliação,

sem comunicação prévia ou justificativa legal.

Ao final do processo de Certificação Profissional, as Unidades Operacionais

Certificadoras ofertantes deverão emitir os seguintes documentos:

• Atestado de Reconhecimento da(s) Competências Profissionais: documento obrigatório

que registra as competências profissionais evidenciadas e reconhecidas, emitido em

todos os processos de Certificação Profissional ofertados;

• Certificado de Qualificação Profissional: documento que comprova o reconhecimento das

competências profissionais requeridas para aprovação no processo de Certificação de

Qualificação Profissional;

• Certificado de Qualificação Técnica de Nível Médio: documento que comprova o reco-

nhecimento das competências profissionais requeridas para aprovação no processo de

Certificação para a Qualificação Técnica Profissional para a qual o candidato se inscreveu;

27SENAI

• Diploma de Técnico de Nível Médio: documento que comprova o reconhecimento das com-

petências profissionais requeridas para aprovação no processo de Certificação Técnica de

Nível Médio;

• Diploma de Graduação Tecnológica (Tecnólogo): documento que comprova o reconhe-

cimento das competências profissionais requeridas para aprovação no processo de

Certificação Tecnológica;

• Diploma de Licenciado em Educação Profissional: documento que comprova o reconhe-

cimento das competências profissionais requeridas para aprovação no processo de

Certificação Docente da Educação Profissional;

• Certificado e diploma específico: documento que comprova o reconhecimento das compe-

tências profissionais evidenciadas no processo de Certificação para PCD, emitido conforme

legislação específica, aplicável aos itens anteriores.

O Atestado de Reconhecimento da(s) Competências Profissionais deve manter simila-

ridade com o histórico do curso destinado à formação equivalente.

Os certificados ou diplomas emitidos a partir de processos de Certificação Profissional

têm validade nacional, assim como os certificados ou diplomas do respectivo curso, quando devi-

damente registrados nas instâncias competentes.

Os certificados e diplomas emitidos em processo de Certificação Profissional devem ser

idênticos aos expedidos no curso correspondente e mencionar as ocupações da Classificação

Brasileira de Ocupações (CBO), quando existirem, às quais o trabalhador está apto.

Os certificados e diplomas emitidos em um processo de Certificação Profissional não

têm prazo de validade.

3.6 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES Compete ao Conselho Nacional do SENAI:

• Aprovar o Regulamento Nacional e suas atualizações.

Compete ao DN:

• Padronizar a elaboração dos atos decorrentes do Regulamento Nacional e sua publicação

no Portal da Indústria;

• Elaborar e manter atualizado os documentos orientadores da Certificação de

Competências Profissionais.

São incumbências dos Conselhos Regionais e do Conselho Técnico Consultivo do

Centro de Tecnologias da Indústria Química e Têxtil (CETIQT):

• Aprovar Regulamentação Interna para Certificação Profissional do DR;

• Aprovar termo de credenciamento das Unidades Operacionais ofertantes da Certificação

Profissional junto a redes governamentais;

• Autorizar os Projetos de Certificação Profissional de Certificação Tecnológica, de

Certificação Técnica de Nível Médio e de Certificação Docente da Educação Profissional;

Regulamento Nacional28

• Autorizar os projetos simplificados de Certificação Profissional de Certificação Tecnológica,

de Certificação Técnica de Nível Médio e de Certificação Docente da Educação Profissional;

• Autorizar comissão ou área do DR e do CETIQT para aprovação de projetos específicos

de Certificação Profissional de Certificação Tecnológica, de Certificação Técnica de Nível

Médio e de Certificação Docente da Educação Profissional;

• Autorizar comissão ou área do DR e do CETIQT para aprovação de Projetos de Certificação

Profissional para Certificação de Qualificação Profissional;

• Autorizar comissão ou área do DR e do CETIQT para executar o monitoramento e a avalia-

ção da implantação e do desenvolvimento dos processos de Certificação Profissional.

São incumbências do DR e da Diretoria Executiva Colegiada do CETIQT, respectivamente:

• Submeter, ao Conselho Regional e ao Conselho Técnico Consultivo, propostas de Projetos

de Certificação Profissional;

• Solicitar o credenciamento das Unidades Operacionais ofertantes da Certificação Profissional;

• Divulgar, nos sites do DR e do CETIQT, os atos decorrentes deste regulamento.

São incumbências da comissão ou área do DR e do CETIQT, autorizada respectivamente

pelo Conselho Regional e pelo Conselho Técnico Consultivo do CETIQT:

• Desenvolver metodologias e instrumentos de avaliação de saberes, conhecimentos e

competências profissionais que contemplem as características do trabalhador, o perfil

profissional de conclusão dos cursos correspondentes e as exigências de desenvolvi-

mento do mundo do trabalho;

• Realizar a formação dos profissionais que atuarão na elaboração e no processo de

Certificação Profissional;

• Dar publicidade às vagas para Certificação Profissional, em especial junto às unidades que

integram o Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda;

• Promover ações institucionais que contribuam para a efetivação dos princípios da

Certificação Profissional;

• Prover subsídios para a atualização dos Catálogos de Cursos de Educação Profissional e

Tecnológica, ou equivalente, e da CBO.

São atribuições das Unidades Operacionais Certificadoras:

• Realizar levantamento da demanda para a Certificação Profissional, junto ao Sistema

Público de Emprego, Trabalho e Renda e aos arranjos locais;

• Elaborar o Projeto de Certificação Profissional para cada perfil profissional a ser ofertado;

• Compor equipe multiprofissional para o desenvolvimento da Certificação Profissional;

• Implementar procedimentos administrativos e pedagógicos para a oferta da Certificação

Profissional;

• Realizar ações de desenvolvimento, acompanhamento e avaliação dos processos de

Certificação Profissional;

• Assegurar o atendimento adequado no desenvolvimento do processo de Certificação Profissional.

29SENAI

4. REGULAMENTOS REGIONAIS

Cada DR e o CETIQT, para ofertar processos de Certificação Profissional, deve elaborar

e aprovar uma Regulamentação Interna ou um Regulamento Regional em conformidade com

suas peculiaridades e estratégias de atendimento.

O Regulamento Regional deve conter, no mínimo, os itens relacionados a seguir,

alinhados à oferta de Educação Profissional do DR e do CETIQT.

4.1 FORMA DE ACESSO AO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALNeste item devem ser estabelecidas as formas de acesso que poderão ser adotadas

nos projetos de Certificação Profissional.

Devem ser considerados, para essa definição, o escopo das certificações alinhado

à oferta de curso da Unidade Operacional, a caracterização da demanda, o público-alvo,

os requisitos de idade e de escolaridade, bem como as estratégias e as ações a serem

adotadas para a divulgação e a orientação aos interessados.

Devem ser considerados, ainda, aspectos relevantes para o atendimento da PCD,

em consonância com a legislação vigente.

4.2 PÚBLICO BENEFICIÁRIO DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALA caracterização do público-alvo – idade, escolaridade, experiências anteriores etc. –

deve atender ao Regulamento Nacional estabelecido na Resolução nº 37/2015, do Conselho

Nacional do SENAI, e o respectivo Projeto de Certificação Profissional.

Para a Certificação Profissional de PCD, em consonância com a legislação vigente:

Regulamentos Regionais30

• Serão válidos os pressupostos temporalidade e flexibilização, a fim de atender às neces-

sidades específicas;

• Serão tomadas medidas de apoio individualizadas e efetivas, visando à maximização do

desempenho do candidato na avaliação;

• Será assegurada a provisão das adaptações requeridas, desde que viáveis, para aces-

sibilidade: urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes,

na comunicação e na informação.

4.3 REQUISITOS PARA OFERTA DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL PELAS UNIDADES OPERACIONAIS

Para ofertar um processo de Certificação Profissional, a Unidade Operacional deve

estar autorizada, nos termos da Resolução CN nº 11/2015, a ofertar cursos de mesmos títulos

ou, no mínimo, pertencentes ao mesmo eixo tecnológico e com afinidade técnica ao processo

de certificação em pauta.

A oferta de Certificação Profissional por Unidades Operacionais está condicionada à

garantia do atendimento dos seguintes itens:

• Possuir a infraestrutura, definida no Projeto de Certificação Profissional, compreendendo

equipamentos, instrumentos, material de consumo, laboratórios e oficinas pedagógicas,

quando for o caso, além dos instrumentos de avaliação conforme definido no Projeto de

Certificação Profissional;

• Ter pessoal capacitado para elaboração e aplicação de instrumentos de avaliação, de

acordo com as características definidas no Projeto de Certificação Profissional, e para

operacionalizar todas as etapas do processo de Certificação Profissional;

• Adotar procedimentos metodológicos que assegurem a credibilidade e a imparcialidade

do processo de Certificação Profissional.

Etapas preparatórias para a oferta em cada Unidade Operacional:

• A identificação da demanda;

• A divulgação interna para oferta de processos de Certificação Profissional;

• A elaboração e a aprovação do Projeto de Certificação Profissional, alinhado ao Plano de

Curso/Desenho Curricular correspondente;

• A autorização da oferta de processos de Certificação Profissional;

• A formação da equipe multiprofissional avaliadora;

• A divulgação para a comunidade externa;

• A divulgação dos processos de Certificação Profissional e respectivas ofertas.

O credenciamento de Unidades Operacionais do SENAI em redes governamentais de

Certificação Profissional está condicionado ao atendimento à legislação pertinente.

31SENAI

4.4 ETAPAS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALDescrição, em forma de fluxo, das etapas indicando prazos e/ou datas, se for o caso:

• Solicitação de inscrição;

• Entrevista de acolhimento e orientação;

• Matrícula;

• Aplicação de exames (escritos e práticos);

• Registro de resultados;

• Emissão de documentação;

• Entrega de resultados;

• Tratamento de recursos.

4.5 OFERTAS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL E DOCUMENTOS EMITIDOS

A definição da oferta de Certificação Profissional pelo DR e documentos emitidos deve

considerar os requisitos mínimos necessários para o atendimento estabelecidos no item 3.3

Requisitos para oferta de Certificação Profissional pelas Unidades Operacionais e as opções

de oferta estabelecidas pelo Regulamento Nacional estabelecido na Resolução nº 37/2015,

do Conselho Nacional do SENAI.

QUADRO 1. DOCUMENTAÇÃO A SER EMITIDA EM PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

OFERTA DE CERTIFICA-ÇÃO PROFISSIONAL

DOCUMENTOS EMITIDOS

Certificação de Qualificação Profissional

Certificado de Qualificação Profissional

Atestado de Reconhecimento da(s) Competência(s) Profissionais

Certificado específico

Certificação Técnica de Nível Médio

Diploma de Técnico de Nível Médio

Certificado de Qualificação Técnica de Nível Médio

Atestado de Reconhecimento da(s) Competência(s) Profissionais

Certificado ou diploma específico

Certificação Tecnológica

Diploma de Graduação Tecnológica (Tecnólogo)

Certificado de Qualificação Tecnológica de Nível Superior

Atestado de Reconhecimento da(s) Competência(s) Profissionais

Certificado ou diploma específico

Certificação Docente da Educação Profissional

Diploma de Licenciado em Educação Profissional

Atestado de Reconhecimento da(s) Competência(s) Profissionais

Diploma específico

Fonte: Gestão da Certificação de Competências (SENAI/DN).

Regulamentos Regionais32

A emissão de documentos deve atender também ao Guia de Emissão, Registro e

Expedição de Diplomas e Certificados do SENAI/DN e às situações listadas a seguir:

• O Atestado de Reconhecimento da(s) Competências Profissionais deve manter similari-

dade com o histórico do curso destinado à formação equivalente;

• Os certificados ou diplomas emitidos a partir de processos de Certificação Profissional

têm validade nacional equivalente à validade do respectivo curso, quando devidamente

registrados nas instâncias competentes;

• Os certificados e diplomas emitidos em processo de Certificação Profissional devem ser

idênticos aos expedidos no curso correspondente e mencionar as ocupações da CBO,

quando existirem, às quais o trabalhador está apto;

• Os certificados e diplomas emitidos em um processo de Certificação Profissional não têm

prazo de validade.

4.6 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Descrição das estratégias, das técnicas e dos instrumentos de avaliação empregados

no processo de certificação.

A avaliação deve contemplar as funções diagnóstica, formativa e somativa, de acordo

com cada etapa do processo de certificação.

A Certificação Profissional não pode ser entendida como uma mera avaliação de

conhecimentos acumulados, mas sim como um processo de avaliação das competências

que uma pessoa adquiriu ao longo de sua vida profissional, devendo manter alinhamento

conceitual com a Metodologia SENAI de Educação Profissional.

De acordo com a metodologia, competência profissional é a “capacidade de mobilizar

conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais necessários ao desempenho de ativi-

dades ou funções típicas segundo padrões de qualidade e produtividade requeridos pela

natureza do trabalho” (SENAI, 2013).

4.7 RECURSOS FÍSICOS, HUMANOS, FINANCEIROS E METODOLÓGICOS Recursos físicos:

• A descrição da infraestrutura física necessária para a oferta de processos de Certificação

Profissional compreende equipamentos, instrumentos, material de consumo, laborató-

rios e oficinas didáticas, quando for o caso, e deve estar em consonância com aquela do

processo formativo, sendo definida no Projeto de Certificação Profissional;

• A infraestrutura definida no Projeto de Certificação Profissional deve estar e ser mantida

em condições adequadas, de forma a garantir uma avaliação justa, válida, suficiente,

confiável e viável;

33SENAI

• Os ambientes disponibilizados para a aplicação de provas para a Certificação Profissional

podem ser os mesmos ambientes utilizados para as atividades formativas, desde que

tomadas as medidas necessárias para assegurar a lisura do processo.

Recursos humanos:

• A definição dos recursos humanos requeridos para a oferta de processo de Certificação

Profissional deve considerar a necessidade de pessoal para:

• Elaboração de instrumentos de avaliação;

• Execução de todas as etapas do processo: acolhimento/orientação, aplicação de

exames, registros escolares e emissão de documentos;

• Realização de ações de desenvolvimento, acompanhamento e avaliação dos proces-

sos de Certificação Profissional.

• As etapas de acolhimento, avaliação e encaminhamento devem ser realizadas por equipe

composta por profissionais da área educacional e profissionais da área específica corres-

pondente à Certificação Profissional, prevendo atendimento individual ao candidato e ter

caráter diagnóstico-formativo;

• Todo o pessoal necessário para operacionalizar as etapas do processo de Certificação

Profissional deve ser capacitado, com especial atenção para os profissionais responsáveis

pela elaboração e aplicação de instrumentos de avaliação, considerando as características

definidas no Projeto de Certificação Profissional.

Recursos metodológicos:

• Devem ser implementados procedimentos metodológicos que assegurem a credibilidade

e a imparcialidade do processo de Certificação Profissional, tais como procedimento para:

• Elaboração de instrumentos de avaliação;

• Capacitação dos profissionais envolvidos nas etapas do processo de certificação;

• Capacitação dos profissionais responsáveis pela elaboração e aplicação de instrumen-

tos de avaliação, considerando as características definidas no Projeto de Certificação

Profissional;

• Realização de ações de desenvolvimento, acompanhamento e avaliação dos proces-

sos de Certificação Profissional.

Recursos financeiros:

• A definição dos recursos financeiros deve considerar os recursos necessários para a

implantação, a manutenção e a melhoria contínua. A definição dos custos é essencial para

garantir a sustentabilidade do processo.

Regulamentos Regionais34

4.8 PROCESSO DE AVALIAÇÃOO regulamento deve orientar sobre a estratégia de aplicação dos exames. Se houver

uma ordem de aplicação dos exames escrito e prático, esta deve ser definida no Projeto de

Certificação Profissional.

Devem ser estabelecidas, também, as possibilidades de aproveitamento de resultados.

Este aproveitamento pode ser de resultados de processos de certificação anteriores ou

de resultados de formações anteriores que têm aderência ao Itinerário Formativo ao qual

pertence o curso correspondente à certificação.

4.9 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS, SABERES E COMPETÊNCIAS

Os critérios de avaliação são referenciados aos perfis profissionais. Deve-se cuidar

que também estejam referenciados aos Desenhos Curriculares.

Nos exames – escritos e prático –, a demonstração das competências detalhadas nos

critérios de avaliação deve ser evidenciada por um desempenho observável e mensurável.

Por meio da definição e da descrição precisas destes desempenhos é possível avaliar a com-

petência estabelecida pelo perfil profissional.

4.10 CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO Os critérios de aprovação devem seguir os documentos escolares aprovados para o DR

e o CETIQT e constar no projeto de Certificação Profissional.

4.11 POSSIBILIDADE DE RECURSO É preciso garantir a todos os participantes dos processos de Certificação Profissional a

possibilidade de recorrer do resultado de uma avaliação.

Para isso, o Regulamento Regional deve definir prazos e formas para que o candidato

possa impetrar um recurso, como também se haverá ou não o direito a vistas de provas por

parte do candidato.

No caso de indeferimento de um recurso, deve ficar claro para o demandante que não

haverá oportunidade de um segundo recurso para o mesmo fato.

4.12 INSERÇÃO DOS CONCLUINTES DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO EM CURSO CORRESPONDENTEA entrevista final, para entrega de resultados e encaminhamento, é o momento

para orientar os candidatos que não obtiveram aprovação integral sobre os Itinerários

Formativos que eles poderão cursar, a fim de completar suas formações ou concluir suas

habilitações profissionais.

35SENAI

Essa entrevista não deve se configurar em uma orientação de carreira, mas pode

servir para auxiliar o candidato a tomar decisões a partir dos resultados obtidos e das suas

pretensões educacionais.

Um desempenho inferior ao requerido para aprovação pode ser devido à deficiência na

Educação Básica e esse encaminhamento também pode ser objeto da entrevista final.

4.13 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO DOS PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALDeve ser definida a forma como serão monitoradas as Unidades Operacionais com

relação aos processos de Certificação Profissional. Relatórios periódicos, visitas de acompa-

nhamento ou auditorias são possibilidades de monitoramento.

Os resultados do monitoramento deverão ser tratados e empregados para realimentação

do processo, gerando melhoria contínua na oferta de processos de Certificação Profissional.

37SENAI

5. PROJETO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Uma Unidade Operacional, para ofertar processos de Certificação Profissional, deve

elaborar e encaminhar para aprovação – junto ao DR – um Projeto de Certificação Profissional

para cada processo de certificação que planeja oferecer.

O Projeto de Certificação Profissional deverá corresponder a ofertas de curso ofereci-

dos pela Unidade Operacional ou que, pelos menos, pertençam ao mesmo eixo profissional e

tenham afinidade técnica com o processo de certificação.

A composição do Projeto de Certificação Profissional deve atender, pelo menos, aos

seguintes itens:

a. Identificação da Certificação Profissional;

b. Descrição da oferta do curso que habilita a oferta da Certificação Profissional;

c. Justificativa para o desenvolvimento da Certificação Profissional;

d. Objetivos gerais e específicos da Certificação Profissional;

e. Forma e requisitos de acesso;

f. Perfil profissional da Certificação Profissional;

g. Etapas do processo de Certificação Profissional;

h. Instalações e equipamentos;

i. Pessoal de avaliação e suporte técnico, pedagógico e administrativo;

j. Diplomas, atestados e certificados expedidos.

Por opção do DR e do CETIQT, o Projeto de Certificação Profissional poderá ser des-

membrado em dois documentos:

• Projeto Simplificado de Certificação Profissional, para oferta em qualquer Unidade

Operacional Certificadora, no qual devem constar o que está previsto nos itens a), d), e), f),

g) e j), e uma descrição genérica do que está previsto nos itens c), h), i) e j);

Projeto de Certificação Profissional38

• Projeto Específico de Certificação Profissional, para autorização de funcionamento de

Certificação Profissional, específico para cada Unidade Operacional Certificadora, no qual

deve constar a descrição específica dos itens b), c), h), i) e j).

5.1 IDENTIFICAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALComposto dos seguintes tópicos:

• Título da ocupação;

• Eixo tecnológico;

• Área profissional;

• Curso ofertado ao qual a certificação se vincula;

• Autorização/aprovação da oferta do curso ao qual a certificação se vincula.

5.2 DESCRIÇÃO DO CURSO QUE HABILITA A OFERTA DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Composto dos seguintes tópicos:

• Título da ocupação;

• Objetivo do curso;

• Perfil profissional do egresso (pode ser um anexo ao Projeto de Certificação Profissional);

• Organização curricular (resumida, mas indicando modularidade e saídas intermediárias);

• Ementa das unidades curriculares (resumidas);

• Critérios de avaliação;

• Aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores;

• Instalações e equipamentos;

• Pessoal docente e técnico;

• Certificados emitidos.

Opcionalmente, o Plano/Projeto de Curso pode ser incluído como anexo ao Projeto de

Certificação Profissional.

5.3 JUSTIFICATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Texto baseado na justificativa da oferta do curso constante no Plano/Projeto de Curso

e deve focar a necessidade da certificação (e não do curso).

A necessidade deve ser baseada na demanda do mercado de trabalho da região em que

se situa a unidade que vai ofertar a certificação.

Os dados/informações citados na justificativa devem ser referenciados em fontes

confiáveis que devem ser citadas.

39SENAI

5.4 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Devem ser redigidos a partir do perfil profissional de conclusão do curso ao qual a

certificação se vincula:

• A competência geral permite a redação do objetivo geral;

• As unidades de competência e os elementos de competência permitem a redação dos

objetivos específicos;

• O contexto de trabalho permite contextualizar os objetivos específicos nos ambientes,

nos procedimentos e nas tecnologias em que o profissional certificado atua ou vai atuar.

Devem descrever os objetivos da certificação e não do curso, ou seja, os objetivos não

podem descrever aprendizagens, mas a demonstração de competências.

5.5 FORMA E REQUISITOS DE ACESSOOs requisitos de acesso podem incluir idade, escolaridade e/ou experiência.

A idade mínima para a inscrição é de 18 anos completos.

A escolaridade mínima exigida deve estar de acordo com a oferta da certificação pre-

tendida, como detalhado a seguir:

• Certificação de Qualificação Profissional: de acordo com a ocupação pretendida, em con-

formidade com a CBO;

• Certificação Técnica de Nível Médio: Ensino Médio concluído;

• Certificação Tecnológica: Ensino Médio concluído;

• Certificação Docente da Educação Profissional: Ensino Médio concluído.

Para a certificação de docentes, é exigida também a experiência de, pelo menos, dez

anos de efetivo exercício na Educação Profissional e Tecnológica.

O acesso ao processo de certificação pode dar-se por meio de acordos com órgãos

públicos e/ou não governamentais, acordos com empresas, programas de acesso à Educação

Profissional e/ou processo seletivo.

Na solicitação de inscrição por parte de PCD deve haver a possibilidade de indicar os

recursos que o solicitante necessita para a participação no processo. Deve fica claro que o

atendimento deve ser submetido à análise de viabilidade por parte da Unidade Operacional.

Documentação comprobatória que o interessado possui os requisitos definidos para o

ingresso no processo de certificação deve ser analisada por ocasião da entrevista de acolhi-

mento/orientação e uma cópia deve ser anexada à solicitação de inscrição.

5.6 PERFIL PROFISSIONAL DA CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALOs elementos a seguir devem ser transcritos do perfil profissional de conclusão do

curso ao qual a certificação vincula-se:

Projeto de Certificação Profissional40

• A competência geral;

• As unidades de competência;

• Os elementos de competência;

• Os padrões de desempenho;

• O contexto de trabalho: materiais e insumos, ambientes, procedimentos, tecnologias

forma de atuação, evolução profissional e Educação Profissional associada.

Opcionalmente, o perfil profissional do egresso ou Plano/Projeto de Curso pode ser

incluído como anexo.

5.7 ETAPAS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONALOs processos de Certificação Profissional são desenvolvidos por meio de algumas

etapas obrigatórias.

Cada etapa deve ser descrita explicando como, quando, por quem, onde e com o que

será realizada:

• Inscrição: manifestação de interesse (por escrito, em formulário próprio, ou pela internet,

em site específico) dos trabalhadores em participar do processo de certificação –

reconhecimento de conhecimentos, saberes e competências profissionais;

• Acolhimento: uma etapa com várias fases que podem ser realizadas em sequência ou de

forma concomitante:

• Apresentação detalhada das etapas do processo de Certificação Profissional;

• Entrevista diagnóstica para levantamento das histórias profissional e educacional

do beneficiário;

• Orientação e direcionamento do trabalhador para o reconhecimento de conhecimentos,

saberes e competências profissionais e/ou, quando for o caso, para cursos ou cer-

tificação de educação ou cursos de Educação Profissional, com base no diagnóstico

realizado, sintetizado em um relatório;

• Análise crítica da inscrição: etapa interna em que a Unidade Operacional define se

poderá aceitar a inscrição, tendo em vista o atendimento aos requisitos de ingresso e

as necessidades declaradas por uma PCD.

• Matrícula: formalização e validação da inscrição, mediante entrega de documentação

prevista no processo;

• Avaliação: processo de verificação e reconhecimento de conhecimentos, saberes e

competências profissionais do candidato, realizado por meio de avaliações escritas e/ou

práticas, com ou sem arguição. É necessário explicar com detalhes:

• A composição das provas (tipos de itens);

• A dinâmica das provas (ordem, requisitos, datas, agendamento);

41SENAI

• Como se procede ao aproveitamento de estudos, experiência profissional e outros

processos de certificação realizados anteriormente;

• Os critérios de aprovação no processo de Certificação Profissional.

• Certificação: registro escolar dos resultados da avaliação e emissão de certificados/diplomas

e documentos para fins de exercício profissional, prosseguimento de estudos e/ou comple-

mentação do processo formativo, tendo por referência o desempenho obtido no processo de

Certificação Profissional;

• Encaminhamento: entrega formal do resultado da certificação ao candidato, com caráter

de reorientação e apresentação de possibilidades de continuidade de estudos.

5.8 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOSDevem ser redigidos a partir do Plano/Projeto do Curso ao qual a certificação se vincula.

Deve conter uma lista com especificações mínimas das instalações necessárias e dos

equipamentos que serão empregados no processo de Certificação Profissional.

Essa lista, para melhor organização, pode ser dividida em categorias como, por exemplo:

• Ambientes;

• Infraestrutura física;

• Máquinas, equipamentos, kits, instrumentos e ferramentas;

• Infraestrutura de informática.

Essa listagem deve considerar o que é necessário para a aplicação das provas para

Certificação Profissional, e não para se ministrar o curso ao qual a certificação se vincula.

5.9 PESSOAL DE AVALIAÇÃO E SUPORTE TÉCNICO, PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO

Deve conter uma lista com a descrição dos colaboradores que vão atuar nos processos

de Certificação Profissional.

Essa lista, para melhor organização, pode ser dividida em categorias. Cada categoria

deve ser acompanhada da descrição da sua atuação no processo de Certificação Profissional.

Por exemplo:

• Coordenador(es): atua no acolhimento, na organização da aplicação das provas escritas e

práticas e na entrega de resultados;

• Docente(s) avaliador(es): atua na aplicação e na correção das provas escritas e práticas;

• Pessoal de apoio/suporte técnico: atua na preparação prévia e na organização posterior

dos ambientes e materiais para as provas escritas e práticas;

• Pessoal de apoio pedagógico: atua na validação das provas escritas e práticas e na valida-

ção dos resultados obtidos nas provas escritas e práticas;

Projeto de Certificação Profissional42

• Pessoal de apoio administrativo: atua na inscrição, nas atualizações cadastrais, nos regis-

tros de resultados e na expedição de documentos.

Deve ser incluído o perfil dos profissionais requeridos para atuar nessas funções e não

se deve listar nomes de pessoas.

5.10 DIPLOMAS, ATESTADOS E CERTIFICADOS EXPEDIDOSDeve conter o título que será concedido ao candidato que for aprovado no processo de

Certificação Profissional em função da certificação ofertada.

Deve ficar claro aqui que o histórico escolar dos candidatos aprovados será expedido

com indicações que atestem que houve a dispensa de cursar as unidades curriculares em

função de um processo de Avaliação de Competências.

Deve ser explicado aqui que os candidatos (mesmo os que não forem aprovados)

receberão um Atestado de Reconhecimento da(s) Competências Profissionais em que ficam

registradas as competências evidenciadas durante as provas

43SENAI

6. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

6.1 MATRIZ DE ESPECIFICAÇÃOA Matriz de Especificação é a ferramenta que norteia a elaboração de itens para uma

prova. É assim chamada por causa de sua função (geradora de provas) e da sua construção

(uma matriz de linhas e colunas).

A avaliação para fins educacionais pode ser elaborada e aplicada para:

• Avaliação escolar;

• Avaliação para aproveitamento de competências;

• Avaliação para certificação de competências.

Para atender a esses fins, a Matriz de Especificação inter-relaciona os itens do perfil

profissional (descrição da ação do profissional no âmbito do mundo do trabalho) com as

capacidades (técnicas e de gestão) definidas para o currículo do Programa de Formação,

assim como com as unidades curriculares do mesmo programa.

A Matriz de Especificação permite, de forma gráfica e visualmente simples, definir

quais capacidades devem ser avaliadas para cada item do perfil profissional. Também indica

com clareza quais as evidências que o avaliado deve demonstrar para que seu desempenho

seja considerado satisfatório. Assinalando as intersecções entre linhas (itens do perfil) e

colunas (capacidades essenciais) da matriz, o planejador dos exames gera uma “receita” para

que os itens de avaliação possam ser elaborados tendo em vista esses objetivos: demonstra-

ção de aderência ao perfil profissional e de domínio das capacidades/unidades curriculares

do curso.

Seguindo o que está especificado na Matriz de Especificação, os itens elaborados para

cada intersecção tenderão a avaliar as mesmas competências e capacidades de maneira

Instrumentos de Avaliação44

a viabilizar provas que, embora diferentes, sejam equivalentes em grau de complexidade

e dificuldade.

A elaboração de Matrizes de Especificação requer o trabalho de, pelos menos, três

especialistas: pelo menos dois especialistas da área tecnológica, em que se enquadrada o

perfil profissional ou o currículo do curso que será avaliado, e um especialista em avaliação,

que tem a missão de conduzir o trabalho.

Matrizes de Especificação são usadas para definir a composição de instrumentos que

avaliem alunos/candidatos frente a duas referências. O mais comum é encontrar ou elaborar

matriz de duas dimensões correlacionando:

• O perfil profissional (ou uma parte significativa de um perfil profissional) e as capacidades

da ementa de uma unidade curricular de um Programa de Formação Profissional;

• O perfil profissional (ou uma parte significativa de um perfil profissional) e as unidades

curriculares do respectivo Programa de Formação.

Para processos de Certificação Profissional, a Matriz de Especificação deve propiciar

a correlação entre o perfil profissional e as unidades curriculares do curso correspondente

à certificação.

A Matriz de Especificação é elaborada com os itens do perfil profissional em suas

linhas e, nas colunas, as unidades curriculares, agrupadas ou não em módulos (se o curso for

modularizado) com suas respectivas capacidades.

QUADRO 2. MODELO DE MATRIZ DE ESPECIFICAÇÃO

COMPETÊNCIA GERAL DESENHO CURRICULAR

UNIDADES DE COMPETÊNCIA

ELEMENTOS DE

COMPETÊNCIA

UNIDADE CURRICULAR 1

UNIDADE CURRICULAR 2

UNIDADE CURRICULAR 3

CAPACI-DADE 1

CAPACI-DADE 2

CAPACI-DADE 3

CAPACI-DADE 4

CAPACI-DADE 5

CAPACI-DADE 6

Unidade de competência 1

ELC 1.1

ELC 1.2

ELC 1.3

Unidade de competência 2

ELC 2.1

ELC 2.2

ELC 2.3

Fonte: Gestão da Certificação de Competências (SENAI/DN).

Nos cruzamentos da matriz identificam-se os objetos de conhecimento e os objetos de

execução em que se baseiam os itens de avaliação dos exames escritos e práticos.

45SENAI

6.2 EXAMES ESCRITOSOs exames escritos para fins de Certificação Profissional são compostos preferencial-

mente de itens de resposta objetiva no formato de múltipla escolha.

Itens de múltipla escolha são empregados para avaliar raciocínio nos níveis cognitivos

de compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.

Orientações para elaboração de itens de múltipla escolha:

• A raiz dos itens de múltipla escolha deve sempre propor uma situação-problema;

• Para itens de múltipla escolha com resposta única, devem ser elaboradas quatro ou cinco

alternativas, sendo uma delas o gabarito (ou a resposta certa) do item. As demais alterna-

tivas são chamadas distratores;

• Itens de múltipla escolha podem ser elaborados tanto na forma de questões diretas

quanto de afirmações incompletas;

• Itens de múltipla escolha com resposta única só podem ter uma resposta correta

(gabarito) entre as alternativas;

• Itens de múltipla escolha devem ser baseados em um único problema central;

• O problema central em um item de múltipla escolha deve ser apresentado de forma clara

e completa;

• Itens de múltipla escolha devem ter linguagem simples e direta, sem acréscimo de

palavras ou frases confusas, desnecessárias ou difíceis;

• A raiz de itens de múltipla escolha deve conter os termos que precisariam ser repetidos

em todas as alternativas;

• Na raiz de itens de múltipla escolha deve-se evitar afirmações negativas e nunca deve

haver a dupla negação (na raiz e nas alternativas);

• Itens de múltipla escolha não devem conter palavreado inútil, usado apenas para enfeite

ou para distrair o respondente;

• As alternativas de resposta dos itens de múltipla escolha devem ser colocadas após a raiz

do item e nunca antes ou intercaladas com a raiz;

• As alternativas de questões de múltipla escolha devem ser gramaticalmente consistentes

com a raiz e devem ser equivalentes entre si;

• Todas as alternativas de itens de múltipla escolha devem ser atraentes e plausíveis de

serem escolhidas por algum respondente que tenha um conceito errado ou que desen-

volva um raciocínio por um caminho errado;

• Se houver alguma ordem de apresentação das alternativas dos itens de múltipla escolha

(alfabética ou numérica, por exemplo), ela deve ser seguida;

• As alternativas das questões de múltipla escolha devem ser independentes e excluí-

rem-se mutuamente;

• Na raiz e nas alternativas dos itens de múltipla escolha não pode haver “sinais” que

indiquem a resposta;

Instrumentos de Avaliação46

• Não incluir uma alternativa com o texto “nenhuma das anteriores”, nem como gabarito

(resposta certa) nem como distrator (resposta errada);

• Itens de múltipla escolha com respostas múltiplas são os que possuem mais de uma

alternativa correta. Neste tipo de questão, as respostas devem ser propostas em forma de

afirmações e as alternativas contêm listas indicando as afirmações corretas;

• Outra forma de propor itens de múltipla escolha com respostas múltiplas são as questões

de verdadeiro ou falso. Neste tipo de questão, as respostas são propostas em forma de

afirmações e as alternativas contêm listas com as indicações de respostas verdadeiras e

de respostas falsas;

• Itens de múltipla escolha também podem ser elaborados como questões de completar.

Neste tipo de questão, as alternativas contêm listas com as palavras ou expressões que

completam a afirmação da raiz;

• Mais um formato para questões de múltipla escolha é a de interpretação de textos.

Neste formato, uma ou mais afirmações são propostas na raiz e as alternativas contêm

as possíveis interpretações do(s) texto(s). Este formato permite questões de grande

complexidade;

• Mais um formato para itens de múltipla escolha é a de interpretação de imagens (gráficos,

tabelas, diagramas, esquemas etc.). Neste formato, a imagem é apresentada e as alter-

nativas contêm suas possíveis interpretações. Este formato é uma variação do anterior e,

portanto, também permite questões de grande complexidade;

• O formato para itens de múltipla escolha chamado “asserção e razão” é o que possui,

na raiz, duas afirmações relacionadas entre si. Neste formato, deve ser assinalada a alter-

nativa que indica a relação entre as duas afirmações. A relação, normalmente, é de causa

e efeito. Este formato também permite questões de grande complexidade.

Vantagens dos itens de múltipla escolha:

• Apresentam opções de resposta que requerem análise crítica, não precisando apoiar-se

em memorização porque solicitam a capacidade de analisar, comparar e avaliar possí-

veis respostas;

• Reduzem a probabilidade de acerto por sorte a 1/5 (no caso da escolha por cinco alterna-

tivas por item), o que desce a uma proporção ínfima em uma prova de mais de vinte itens;

• Facilitam ao examinador a identificação das deficiências individuais ao apresentarem,

nas opções, os erros mais comuns;

• Oferecem objetividade e fidedignidade no processo de contagem de pontos, uma vez que

as respostas corretas estão identificadas e com a pontuação predefinida;

• A correção pode ser feita por sistemas informatizados, permitindo o uso de scanners de

alta velocidade e, consequentemente, uma rápida contagem dos pontos e a interpretação

de maior número de respostas dos examinados;

• Impedem que o respondente dissimule seu desconhecimento com respostas evasivas.

47SENAI

Limitações dos itens de múltipla escolha:

• Exigem muito mais tempo e habilidade do especialista para sua elaboração;

• Sua solução toma mais tempo, já que demanda a inspeção atenta de quatro ou cinco

opções, o que prolonga a duração da prova e pode cansar o respondente;

• Não são capazes de verificar a criação, a expressão ou a originalidade do examinado;

• Mesmo que minimizado, o resultado pode ser influenciado pela sorte.

Suporte de correção dos itens de múltipla escolha:

Gabarito: deve conter a alternativa correta para cada questão. É importante – embora

não obrigatório – que, para cada alternativa errada (chamadas “distratores”), seja descrito o

erro que levou à escolha desta alternativa. Isso permite uma análise detalhada dos resulta-

dos de cada respondente.

Correção das questões de múltipla escolha:

Folha de respostas: o uso de uma folha de repostas, em que as respostas devem ser

transcritas, pode ser uma fonte de problemas, pois o respondente pode errar na transcrição

e solicitar revisão do resultado do exame. Entretanto, agiliza sua correção.

6.3 EXAMES PRÁTICOSOs exames práticos são compostos de uma ou mais tarefas propostas aos candidatos.

É necessário definir em que consiste o exame, expressando com clareza a situação-problema

proposta, as atividades a serem executadas, os produtos esperados e as instruções para

o seu desenvolvimento. Normalmente é indispensável ilustrar a descrição com gráficos,

desenhos, esquemas, diagramas, imagens ou outros documentos.

Orientações para elaboração de exames práticos:

Elaborar um exame prático é um processo criativo que requer um alto grau de enge-

nhosidade, atenção aos detalhes e profundo conhecimento do assunto a ser examinado.

Um bom exame prático deve ser desafiador e representativo, exigindo do candidato o desen-

volvimento de atividades e a obtenção de produtos que evidenciem efetivamente que houve

a mobilização de competências profissionais. Normalmente, não é uma atividade solitária,

mas que requer a formação de equipes compostas de especialistas com domínio do assunto

a ser examinado e especialistas em educação.

Os exames práticos devem ser viáveis, levando-se em conta local, instalações, materiais,

duração e demais questões pertinentes à sua realização. Neste sentido, é conveniente estimar

o custo de cada exame por candidato.

Tendo-se em conta que cada exame pode ser aplicado por distintos examinadores e em

diferentes locais, é necessário incluir, em sua definição, todos os elementos e todas as obser-

vações relativos às condições de realização, equipamento, instruções de procedimento etc.,

a fim de que a avaliação seja homogênea em todos os casos.

Instrumentos de Avaliação48

É crucial a atenção aos seguintes pontos:

• Se há clareza na descrição da situação-problema proposta, nas atividades e nos produtos

esperados e nas instruções para o seu desenvolvimento;

• Se todas as ilustrações necessárias para a execução do exame (gráficos, desenhos,

esquemas, diagramas, imagens ou outros documentos) estão disponíveis;

• Se as ilustrações necessárias para a execução do exame (gráficos, desenhos, esquemas,

diagramas, imagens ou outros documentos) estão corretas e em conformidade com as

situações-problema;

• Se todos os elementos necessários para o examinador preparar, aplicar e corrigir o exame

estão claramente definidos;

• Se as tarefas previstas são viáveis, inclusive em termos de tempo de duração e custo do

exame, levando-se em conta local, instalações, materiais, duração e demais questões

pertinentes à sua realização.

É ainda necessário verificar se as evidências adéquam-se às seguintes condições:

• As evidências, incluindo a arguição oral, estão expressas de maneira clara e objetiva, de

forma que não deem lugar a interpretações subjetivas;

• As evidências estão suficientes, estando todas definidas com referência à qualidade, à

propriedade, às condições e aos requisitos que o processo de execução e/ou produto

resultante requerem;

• Não existem evidências em duplicidade;

• O peso atribuído a cada evidência está adequado;

• Os itens críticos estabelecidos são realmente aqueles dos quais depende a demonstração

da competência.

Suporte de preparação e aplicação dos exames práticos:

A cada exame prático está associado um Roteiro do Examinador. O Roteiro do

Examinador é como um “manual” de preparação, aplicação e correção de exames, de uso

exclusivo do examinador. Contém informações adicionais que não devem ser do conhecimento

do candidato. Essa definição incluirá toda informação necessária para que o examinador,

no momento de aplicar o exame, não seja obrigado a improvisar qualquer aspecto por falta de

definições prévias, e para que as sucessivas aplicações do exame, ainda que realizadas por dis-

tintos examinadores e em diferentes locais, possam ser reproduzidas nas mesmas condições.

Suporte de correção dos exames práticos:

A Lista de Verificação (checklist) será o instrumento utilizado pelo examinador para

registrar o grau de domínio das competências exigidas e, consequentemente, para outorgar

uma pontuação ao candidato. Trata-se de definir os padrões que o examinador deverá seguir

para determinar o desempenho do candidato (se domina ou não as competências implicadas)

e seu grau de aproveitamento na situação de avaliação. Trata-se, pois, de estabelecer as

49SENAI

evidências observáveis por meio das quais serão julgadas as atividades e os produtos desen-

volvidos pelo candidato, a fim de atribuir-lhe determinada pontuação.

Com uma boa Lista de Verificação, o julgamento do examinador torna-se mais objetivo

e imparcial, ao mesmo tempo que menos tendencioso e menos contaminado por variáveis

alheias ao desempenho do candidato. Além disso, qualquer outro examinador, baseando-se

na mesma lista, tenderá a outorgar pontuações similares ao mesmo candidato ou a outro

candidato que domine as mesmas competências.

Estruturar uma Lista de Verificação não é uma tarefa fácil, já que supõe:

• A análise detida do exame proposto;

• A seleção de todas as evidências observáveis relevantes que o examinador deve conside-

rar para pontuar o candidato;

• A elaboração de suas correspondentes escalas de medição (quando aplicável).

Quando da elaboração da Lista de Verificação, devem ser considerados(as):

• A(s) tarefa(s) estabelecida(s) no exame. É possível que cada unidade de competência cor-

responda a uma tarefa, mas pode acontecer de uma tarefa avaliar mais de uma unidade de

competência (o que deverá sempre estar em conformidade com o estabelecido na Matriz

de Especificação);

• Os aspectos concretos que serão avaliados (atividades e produtos) de cada tarefa:

• Com relação ao processo de execução de atividades, deve-se decompor o exame nas

distintas atividades que se tem interesse em avaliar (estas atividades deverão ser sig-

nificativas, com relação às competências a serem avaliadas);

• Quanto aos produtos resultantes, deverão ser assinalados os produtos concretos

(intermediários ou finais) resultantes do processo de execução e, tal como no caso

anterior, significativos e observáveis.

As evidências observáveis referem-se às qualidades, às propriedades, às condições

e aos requisitos que o processo de execução e/ou o produto resultante devem apresentar.

Quando do estabelecimento desses itens, deve-se observar os seguintes pontos:

• Cada produto/atividade pode ser avaliado com uma única evidência ou várias evidências,

dependendo das competências implicadas;

• Nas distintas atividades/produtos, as evidências não serão, necessariamente, as mesmas.

De fato, é equivocado utilizar-se sistematicamente das mesmas evidências para qualifi-

car qualquer tipo de aspecto;

• Pode haver exames para os quais seja interessante estabelecer evidências que se referem

às atividades de cada uma das etapas de uma tarefa e, em outras situações, estabelecer

evidências que se referem ao resultado final. Haverá casos em que ambos os tipos de evi-

dências devem ser considerados. Ao final, isso quer dizer que não há uma regra imutável

que deve ser seguida, mas que sempre deve-se considerar as competências que devem

Instrumentos de Avaliação50

ser demonstradas pelo candidato para se decidir por um tipo de evidência (parcial ou final)

ou até por uma combinação dos dois tipos;

• Ao se definir as evidências, deve-se evitar ambiguidades, redigindo-as clara e objetiva-

mente, de maneira que não deem lugar a interpretações subjetivas;

• Empregar a arguição oral, com perguntas e respostas previamente definidas, sempre que

necessário, para se evidenciar o atendimento a uma determinada atividade/produto.

Entre as evidências estabelecidas devem, ainda, ser definidas aquelas consideradas

como itens críticos, isto é, item de avaliação, do qual depende a demonstração da competên-

cia que, se não for evidenciado, significa que o candidato não atingiu a competência desejada,

correspondente ao item.

Correção das questões dos exames práticos:

Para cada evidência estabelecida, esta deve ser relacionada a uma escala de medida

em forma de Escala de Cotejo.

As Escalas de Cotejo são as que o examinador unicamente indica sim ou não,

1 ou 0, certo ou errado, dependendo da presença ou da ausência da característica que se

pretende observar.

QUADRO 3. EXEMPLO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO

ESCALA DE COTEJO

INDICADORCRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃOEVIDÊNCIAS SIM NÃO

Executar o acabamento superficial da peça

Retificando a superfície das peças usinadas

A rugosidade da superfície está dentro da tolerância do projeto ü

Cortando as arestas das peças usinadas

As arestas foram cortadas de acordo com as medidas do projeto ü

Polindo a superfície das peças usinadas

A superfície apresenta a coloração e a padronagem definidas no projeto ü

Fonte: Gestão da Certificação de Competências (SENAI/DN).

51SENAI

7. PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Em processos de Certificação Profissional, os registros escolares são tão essenciais

quanto em um processo formativo. Mas mais do que um instrumento de registro, os docu-

mentos do processo são guias para condução das etapas do processo de certificação.

7.1 ACOLHIMENTO E ORIENTAÇÃOA entrevista de acolhimento de um interessado em um processo de Certificação

Profissional deve ser conduzida por uma ou duas pessoas responsáveis.

A entrevista deve ser um momento de orientação do interessado sobre sua real neces-

sidade de certificação e sobre suas reais possibilidades de prosseguir no processo.

Na entrevista de acolhimento e orientação devem ser explicados: que a certificação tem

como referência o perfil profissional de quem já atua profissionalmente na área, a composição

dos exames, os critérios de aprovação e as etapas do processo (com as datas e/ou prazos).

A documentação comprobatória dos requisitos de acesso deve ser analisada e uma

cópia retida para compor o processo de cada candidato.

Em caso de ausência de comprovação de requisito de escolaridade, em processos de

certificação de Qualificação Profissional, o solicitante deve atestar que possui as condições

para prosseguimento no processo de Certificação Profissional.

Algumas vezes, os interessados serão orientados a não prosseguirem no processo

por terem sido identificadas diferenças significativas entre sua experiência profissional e as

exigências do processo. Mesmo assim, o interessado poderá decidir por prosseguir para as

etapas seguintes.

Processo de Certificação Profissional52

FIGURA 2. PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Candidato Escola SENAI

Atualiza registros escolaresSolicita prosseguimento

Gera boleto

Aplica exames

Corrige exames

Emite certificado ou diploma

Emite atestado

Realiza reunião de encaminhamento

Atualiza registro escolar

Aprovado?

Fica noprocesso?

Pagou?

Fim

Enca

min

ham

ento

Acol

him

ento

Exam

es

Início

Solicita inscrição

Analisa documentos

Realiza entrevista de acolhimento

Recomendaavaliação?

Atualiza registros escolares

1

1

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim

Não

Fonte: Gestão da Certificação de Competências (SENAI/DN).

53SENAI

Após a etapa de acolhimento deve ser emitida uma síntese do diagnóstico e da orientação

correspondente para cada candidato que se submeter ao processo de Certificação Profissional.

Para prosseguir com a matrícula, o interessado deve comprovar o pagamento da taxa

referente à sua inscrição.

O modelo de formulário para ser usado na entrevista de acolhimento e orientação está

disponível no Apêndice B deste guia.

7.2 PROCESSO DE AVALIAÇÃOO processo de Certificação Profissional deve constar de um exame escrito e/ou prático.

Pode haver a formação de grupos para aplicação do exame escrito a fim de otimizar

o atendimento aos candidatos. No caso do exame prático, porém, o atendimento a vários

candidatos simultaneamente deve ser criteriosamente estudado para que não haja perdas

na qualidade da observação que os avaliadores devem realizar e nem haja riscos de troca de

informações entre os candidatos.

No dia da prova prática, o candidato deve trazer seus Equipamentos de Proteção

Individual (EPI).

Fraudes comprovadas devem ser tratadas com o cancelamento do processo de

Certificação Profissional.

7.3 RESULTADOS E ENCAMINHAMENTOA entrega dos resultados ao candidato deve ser realizada por meio de entrevista con-

duzida por uma ou duas pessoas responsáveis.

A entrevista deve ser um momento de orientação do candidato sobre o significado

dos resultados alcançados, tendo sido aprovado ou não. A orientação deve ser baseada em

uma síntese do desempenho do candidato na avaliação. Para isso, os resultados devem ser

compilados em um formulário próprio.

Nessa entrega de resultados não se trata de rever os exames, mas sim os resultados obtidos,

sempre na perspectiva do alcance do perfil profissional.

A orientação pode incluir uma discussão sobre Itinerários de Carreira ou de Formação,

lacunas na formação, aproveitamento de estudos, entre outros em função dos resultados

alcançados pelo candidato e das suas perspectivas e/ou necessidades.

O modelo de formulário para ser usado na entrevista de entrega de resultados e enca-

minhamento está disponível no Apêndice C deste guia.

7.4 CERTIFICADO Certificados são emitidos para candidatos aprovados em processos de Certificação

Profissional de Qualificações Profissionais ou em conjuntos consistentes de competências

que não configuram uma habilitação profissional:

Processo de Certificação Profissional54

• Certificado de Qualificação Profissional: documento que comprova o reconhecimento das

competências profissionais requeridas para aprovação no processo de Certificação de

Qualificação Profissional;

• Certificado de Qualificação Técnica de Nível Médio: documento que comprova o reco-

nhecimento das competências profissionais requeridas para aprovação no processo de

Certificação para a Qualificação Técnica Profissional para a qual o candidato se inscreveu;

• Certificado específico: documento que comprova o reconhecimento das competências

profissionais evidenciadas no processo de certificação para PCD, emitido conforme legis-

lação específica, aplicável aos itens anteriores.

7.5 DIPLOMADiplomas são emitidos para candidatos aprovados em processos de Certificação

Profissional de Técnicos de Nível Médio, Graduação Tecnológica e de Docente da Educação

Profissional:

• Diploma de Técnico de Nível Médio: documento que comprova o reconhecimento das com-

petências profissionais requeridas para aprovação no processo de Certificação Técnica de

Nível Médio;

• Diploma de Graduação Tecnológica (Tecnólogo): documento que comprova o reconhe-

cimento das competências profissionais requeridas para aprovação no processo de

Certificação Tecnológica;

• Diploma de Licenciado em Educação Profissional: documento que comprova o reconhe-

cimento das competências profissionais requeridas para aprovação no processo de

Certificação Docente da Educação Profissional;

• Diploma específico: documento que comprova o reconhecimento das competências

profissionais evidenciadas no processo de certificação para PCD, emitido conforme legis-

lação específica, aplicável aos itens anteriores.

7.6 ATESTADO DE RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

O Atestado de Reconhecimento de Competências Profissionais é documento que atesta

as competências profissionais evidenciadas e reconhecidas, emitido em todos os processos

de Certificação Profissional ofertados.

Independentemente da aprovação ou não do candidato, o Atestado de Reconhecimento de

Competências Profissionais é o registro diagnóstico e formativo do desempenho do candidato.

O Modelo de Atestado de Reconhecimento de Competências Profissionais está dispo-

nível no Apêndice D deste guia.

55SENAI

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação

Nacional. Brasília, Diário Oficial da União, 1996.

______. Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts.

39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da

Educação Nacional, e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da União, 2004a.

______. Ministério da Educação. Parecer nº 40, de 8 de dezembro de 2004. Trata das normas

para a execução da avaliação do reconhecimento e da certificação de estudos previstos na

Lei nº 9.394/1996. Brasília: MEC, 2004b.

______. Lei nº 11.741, de 16 de julho de 2008. Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional, para redimensionar,

institucionalizar e integrar as ações da Educação Profissional Técnica de nível Médio,

da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional e Tecnológica. Brasília, Diário Oficial

da União, 2008.

______. Ministério da Educação; Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria Interministerial

MEC/TEM nº 1.082, de 20 de novembro de 2009. Cria a Rede Nacional de Certificação Profissional

e Formação inicial e Continuada – Rede CERTIFIC. Brasília: MEC; MTE, 2009.

______. Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso

ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); altera as Leis nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990,

que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e institui o Fundo de Amparo

ao Trabalhador (FAT), nº 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre a organização da

Seguridade Social e institui Plano de Custeio, nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que dispõe

sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, e nº 11.129, de 30 de junho

Referências56

de 2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) e dá outras pro-

vidências. Brasília, Diário Oficial da União, 2011a.

______. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 4, de 3 de maio de 2011. Consulta sobre

avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos,

nos termos do art. 41 da LDB. Brasília: MEC, 2011b.

______. ______. Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012. Define Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília: MEC, 2012.

______. ______. Portaria nº 8, de 2 de maio 2014. Regulamenta o desenvolvimento de pro-

cessos de Certificação Profissional no âmbito da Rede Nacional de Certificação Profissional

– Rede CERTIFIC. Brasília: MEC, 2014a.

______. ______; Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria Interministerial MEC/MTE nº 5,

de 25 de abril de 2014. Dispõe sobre a reorganização da Rede Nacional de Certificação

Profissional – Rede CERTIFIC. Brasília: MEC; MTE, 2014b.

MEDEIROS, Ethel Bauzer. Provas objetivas, discursivas, orais e práticas. Rio de Janeiro:

Editora FGV, 1986.

RODRIGUES, Glecivan Barbosa. Reconhecimento, avaliação e certificação de aprendizagens

e competências: experiências na Educação Profissional. 2012. Dissertação (Mestrado em

Educação) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2012.

SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Metodologia de avaliação e

certificação de competências. Brasília: SENAI/DN, 2002.

______. Avaliação de competências, conhecimentos e experiências para continuidade de

estudos. Brasília: SENAI/DN, 2011.

______. Metodologia SENAI de Educação Profissional. Brasília: SENAI/DN, 2013.

______. Guia de autorização de cursos e de criação de unidades de ensino. Brasília:

SENAI/DN, 2015.

TINKELMAN, Sherman N. Melhorando os testes na sala de aula. Rio de Janeiro:

Freitas Bastos, 1967.

VIANNA, Heraldo Marelim. Testes em educação. São Paulo: Carlos Chagas, 1973.

57SENAI

ANEXOSANEXO A – REGULAMENTO NACIONAL

Anexos58

59SENAI

Anexos60

61SENAI

Anexos62

63SENAI

Anexos64

65SENAI

Anexos66

67SENAI

Fonte: SENAI/DN.

69SENAI

APÊNDICES

APÊNDICE A – MODELO DE SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO

Logotipo do DR INSCRIÇÃO

SENAI – Departamento Regional – Escola SENAI

IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Endereço:

Bairro: Cidade: UF: CEP :

Telefone: ( ) Celular: ( ) Fax: ( )

E-mail:

Nome da mãe:

Nome do pai:

Data de nascimento: / /

Nacionalidade: Sexo: ̈ Feminino ¨ Masculino

Documento de identificação: Órgão emissor: Data: / /

Naturalidade/UF: CPF nº: Estado civil:

Nº Carteira Nacional de Habilitação: Validade: / /

Apêndices70

Necessidades especiais?¨ Nenhuma ̈ Deficiência auditiva ̈ Deficiência visual ¨ Deficiência física. Qual? ¨ Deficiência múltipla. Qual? ¨ Deficiência mental. Qual? ¨ Outra. Qual? É canhoto? ̈ Sim ̈ NãoDescreva sua necessidade de atendimento:

Situação profissional atual: Empregado Desempregado Autônomo

SE E

STIV

ER

EMPR

EGA

DO

, PR

EEN

CHER

Nome da empresa:

E-mail: CNPJ:

Cargo/função: Telefone:( )

Fax:( )

Endereço:

Bairro: Cidade: UF: CEP:

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Escolaridade:

¨ Sem escolaridade formal

¨ Ensino Fundamental ¨ Completo

¨ Ensino Médio ¨ Completo

¨ Ensino Profissionalizante ¨ Completo. Qual?

¨ Ensino Superior ¨ Completo. Qual?

¨ Outra. Qual?

Profissão: Língua estrangeira: ̈ Não ̈ Sim. Qual?

Você adquiriu a formação para atuar nessa ocupação por meio de:

¨ Cursos ¨ Trabalho (prática) ¨ Outros. Quais?

Há quanto tempo você atua na sua profissão?

¨ Até 12 meses ¨ De 1 a 3 anos ¨ Acima de 3 anos

Outra atividade profissional: ̈ Não ̈ Sim. Qual?

SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO

Certificação pretendida:

Declaro que conheço e concordo com as regras de certificação descritas no Guia do Candidato da Certificação Profissional, incluindo manter sigilo sobre o conteúdo dos exames e não participar de práticas fraudulentas na realização de exames:¨ Sim ̈ Não. Por quê?

Declaro, ainda, para todos os efeitos legais, que as informações contidas neste documento são verdadeiras.

Data: / / Assinatura do candidato

Elaboração própria.

71SENAI

APÊNDICE B – MODELO DE ACOLHIMENTO E ORIENTAÇÃO

Logotipo do DR ACOLHIMENTO

SENAI – Departamento Regional – Escola SENAI

IDENTIFICAÇÃO

Nome do candidato: CPF:

Nascimento: / / Idade:

Sexo: ̈ F ̈ M Naturalidade: /

Estado civil: Nº de filhos:

Tel. celular: Tel. residencial: Tel. comercial:

Endereço residencial: Empresa e localidade (cidade/estado):

E-mail: Deficiência física? ̈ Não ̈ Sim. Qual?

Certificação Profissional solicitada:

Perfil

Motivo de inscrição em processo de Certificação Profissional:

¨ Melhorar de vida profissional ¨ Melhorar salário ¨ Certificado profissional

¨ Retorno aos estudos ¨ Outro:

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Nível de escolaridade:

¨ Não alfabetizado

¨ Ensino Fundamental incompleto Série concluída: ̈ Pública ̈ Privada

¨ Ensino Fundamental completo ̈ Pública ̈ Maior parte pública ̈ Privada

¨ Ensino Médio incompleto Série concluída: ̈ Pública ̈ Privada

¨ Ensino Médio completo ̈ Pública ̈ Maior parte pública ̈ Privada

¨ Curso Técnico concluído. Qual? ̈ Pública ̈ Maior parte pública ̈ Privada

¨ Curso Técnico em andamento. Qual? ̈ Pública ̈ Privada

¨ Curso Técnico não concluído. Qual? ̈ Pública ̈ Privada

¨ Graduação concluída. Qual? ̈ Pública ̈ Maior parte pública ̈ Privada

¨ Graduação em andamento. Qual? ̈ Pública ̈ Privada

¨ Graduação não concluída. Qual? ̈ Pública ̈ Privada

¨ Pós-Graduação concluída. Qual? ̈ Pública ̈ Maior parte pública ̈ Privada

¨ Pós-Graduação em andamento. Qual? ̈ Pública ̈ Privada

¨ Pós-Graduação não concluída. Qual? ̈ Pública ̈ Privada

Apêndices72

Evadido da escola na Educação Básica (se for o caso): com anos de idade

¨ Necessidade de trabalhar

¨ Dificuldade(s) de acesso à instituição escolar

¨ Problemas de saúde

¨ Questões familiares

¨ Falta de interesse

¨ Dificuldades de adaptação

¨ Outro. Qual ?

Participação em programas educacionais:

¨ Mobral ¨ Brasil Alfabetizado ¨ Enem/certificação do Ensino Médio

¨ Supletivo – Ensino Fundamental ¨ EJA – Ensino Fundamental ¨ Enem/certificação do Ensino Médio

¨ Supletivo – Ensino Médio ¨ EJA – Ensino Médio ¨ Mulheres Mil

¨ Enceja/certificação do Ensino Fundamental ¨ Enceja/certificação do Ensino Médio

¨ Pronatec Curso FIC Curso Técnico Certificação Profissional. Qual?

¨ Outro. Qual ?

Descrição de cursos relevantes na área do processo de Certificação Profissional:

Nome do curso: Instituição: Carga horária: h

Nome do curso: Instituição: Carga horária: h

Nome do curso: Instituição: Carga horária: h

TRABALHO E EMPREGO

Situação profissional atual:

¨ Trabalho com vínculo empregatício ¨ Trabalho para terceiros, mas sem vínculo formal

¨ Trabalho por conta própria/microempreendedor

¨ Já trabalhou, mas não está trabalhando

¨ Nunca trabalhou ¨ Nunca trabalhou, mas está procurando trabalho

¨ Outro. Qual ?

Área profissional:

Horário de trabalho:

Tempo de experiência na área do processo de Certificação Profissional:

¨ Não tenho experiência na área ¨ Até 1 ano ¨ De 1 ano a 4 anos

¨ De 4 anos a 10 anos ¨ Mais de 10 anos

73SENAI

Descrição de experiências relevantes na área do processo de Certificação Profissional:

Cargo/função: Empresa: Período: ano(s) e meses

Cargo/função: Empresa: Período: ano(s) e meses

Cargo/função: Empresa: Período: ano(s) e meses

ORGANIZAÇÃO FAMILIAR E RENDA

Número de pessoas (incluindo o candidato) que moram na residência: pessoas

Participação na renda familiar:

¨ Trabalha e é a única fonte de renda ¨ Trabalha, mas divide as despesas da casa

¨ Não contribui com a renda familiar

Benefício social recebido do governo (candidato ou conviventes):

¨ Sim ̈ Não Número de pessoas: Benefício:

Total de rendimentos (candidato e conviventes) – valor aproximado: R$

Meio de transporte usual:

¨ Bicicleta ̈ Ônibus ̈ Carro ̈ Metrô

ANÁLISE DE REQUISITOS

Item do perfil:

Grau de domínio: ̈ Nenhum ̈ Pouco ̈ Suficiente ̈ Pleno

Observações:

Item do perfil:

Grau de domínio: ̈ Nenhum ̈ Pouco ̈ Suficiente ̈ Pleno

Observações:

Item do perfil:

Grau de domínio: ̈ Nenhum ̈ Pouco ̈ Suficiente ̈ Pleno

Observações:

Item do perfil:

Grau de domínio: ̈ Nenhum ̈ Pouco ̈ Suficiente ̈ Pleno

Observações:

Apêndices74

RECOMENDAÇÃO

¨ O candidato deve ser encaminhado para cursos de Educação de Jovens e Adultos¨ Ensino Fundamental ̈ Ensino Médio

¨ O candidato deve ser encaminhado para curso de Educação Profissional e Tecnológica¨ Curso FIC: ̈ Curso Técnico: ̈ Curso Superior de Tecnologia:

¨ O candidato pode prosseguir no processo de Certificação Profissional

Outras observações da equipe de avaliação:

Examinador 1: Data e assinatura: / /

Examinador 2: Data e assinatura: / /

Assinatura e carimbo do coordenador/diretor Data: / /

DECISÃO DO CANDIDATO

¨ Deseja prosseguir com o processo de Avaliação de Competências

¨ Não deseja prosseguir com o processo de Avaliação de Competências

Candidato: Data e assinatura: / /

Elaboração própria.

75SENAI

APÊNDICE C – MODELO DE RESULTADOS E ENCAMINHAMENTO

Logotipo do DR RESULTADOS

SENAI – Departamento Regional – Escola SENAI

IDENTIFICAÇÃO

Nome do candidato: CPF:

Certificação Profissional solicitada:

Curso vinculado:

EXAME ESCRITO

Data: / / Critério para aprovação: %

Unidade de competência do perfil Unidade

curricular do curso

Alcance (%)Resultado

AprovadoNão

aprovado

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

¨ ¨

Observações:

Apêndices76

EXAME PRÁTICO

Data: / / Critério para aprovação: %

Unidade de competência do perfilUnidade

curricular do curso

Alcance (%)Resultado

AprovadoNão

aprovado ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ ¨

Observações:

RESULTADO

¨ O candidato demonstrou o(s) desempenho(s) esperado(s) em todos os componentes/unidades curriculares do curso, fazendo jus ao título de .

¨ O candidato demonstrou o(s) desempenho(s) esperado(s) no(s) módulos(s) , fazendo jus ao certificado da Qualificação de .

¨ O candidato demonstrou o(s) desempenho(s) esperado(s) no(s) componente(s)/unidade(s) curricular(es) , não fazendo jus a certificado ou diploma.

¨ O candidato não demonstrou o(s) desempenho(s) esperado(s).

Observações:

Recomendações:

Examinador 1: Data e assinatura: / /

Examinador 2: Data e assinatura: / /

Coordenador(a) ou diretor(a) da escola: Data e assinatura: / /

Elaboração própria.

77SENAI

APÊNDICE D – MODELO DE ATESTADO DE RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

Logotipo do DR

ATESTADO DE RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

SENAI – Departamento Regional

O(A) diretor(a) da Escola SENAI , no uso de suas atribuições, atesta que

(naturalidade), (nacionalidade), nascido(a) em/no/na ,documento de identificação nº , CPF nº ,

demonstrou, em processo de Certificação Profissional, as competências constantes do perfil profissional do listadas a seguir:

Tendo obtido desempenho satisfatório nas unidades curriculares listada a seguir:

, / /

Secretário(a): Diretor(a):

Elaboração própria.

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRETRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educação e Tecnologia

Julio Sergio de Maya Pedrosa MoreiraDiretor Adjunto de Educação e Tecnologia

SENAI/DN

DIRETORIA DE OPERAÇÕES – DOGustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operações

Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEPFelipe Esteves Pinto MorgadoGerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica

Gerência de Educação Profissional e TecnológicaNina Rosa Silva AguiarGerente de Educação Profissional e Tecnológica

Nelson Massaia Borsi Junior – DNRosamaria Capó Sobral – DNElaboração

Sandro Portela Ormond – DNDepartamentos Regionais: AC, AP, BA, DF, GO, MG, PE, RJ, RS, SC e SPColaboração

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO – DIRCOMCarlos Alberto BarreirosDiretor de Comunicação

Gerência Executiva de Publicidade e Propaganda – GEXPPCarla GonçalvesGerente Executiva de Publicidade e Propaganda

Walner de Oliveira PessôaProdução Editorial

DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSCFernando Augusto TrivellatoDiretor de Serviços Corporativos

Área de Administração, Documentação e Informação – ADINFMaurício Vasconcelos de CarvalhoGerente Executivo de Administração, Documentação e Informação

Gerência de Documentação e Informação – GEDINMara Lucia GomesGerente de Documentação e Informação

Jakeline MendonçaValidação de Normalização

DUO DesignProjeto Gráfico

Editorar MultimídiaRevisão Gramatical

Editorar MultimídiaDiagramação

Esta publicação foi composta em fonte Exo 2. Capa: duo design

350g/m2 com a quinta cor pantone metálico 877C,

laminação bopp fosca e verniz localizado, miolo: couché fosco

115g/m2 . Impressão digital HP Indigo Press 7000,

Athalaia Gráfica e Editora.