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1 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE UNASUL União das Nações Sul-Americanas

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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

UNASULUnião das Nações Sul-Americanas

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03, 04, 05 e 06 de junho de 2015São Paulo

[email protected]

(11) 3662-7262

GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

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CONSELHO DE CURADORES

PresidenteSra. Celita Procopio de Carvalho

IntegrantesDr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno

Dr. Octávio Plínio Botelho do AmaralDr. José Antonio de Seixas Pereira Neto

Sra. Maria Christina Farah Nassif FioravantiEmbaixador Paulo Tarso Flecha de Lima

DIRETORIA EXECUTIVA

Diretor-PresidenteDr. Antonio Bias Bueno Guillon

ASSESSORIA DA DIRETORIA

Assessor Administrativo e FinanceiroSr. Tomio Ogassavara

Assessor de Assuntos AcadêmicosProf. Rogério Massaro Suriani

Diretor do Conselho de EnsinoProf. Victor Mirshawka

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ORGANIZADORES

SecretariadoVictor Dias Grinberg – Secretário-Geral Acadêmico

José Victor Rosa Vilches – Secretário-Geral Administrativo

STAFF ADMINISTRATIVO

André de Melo Reis Bueno Filho – Diretor FinanceiroHenrique Tilelli de Almeida Anacleto – Diretor de Estrutura

Julia Pereira Borges – Diretora de Comunicação

STAFF ACADÊMICO

Agência Internacional de Energia AtômicaRaquel Pereira Silva Dell’Agli

Taís Duarte GreccoIsabela de Oliveira Maia

Assembleia Geral das Nações UnidasLeticia Astolfi Santana

Madalena Rodrigues DerziCarolina Andreosi

Rachel Naddeo GomesGabriele Sampaio

Comitê de ImprensaJulia Pereira Borges

Priscila Tiemo Lopes KawakamiVictoria Junqueira F. Ribeiro

Conselho de Direitos HumanosJúlio César Bardini Cuginotti

Bethânia KopkeCarolina de Faveri Siqueira

Conselho EuropeuThayná Mesquita de AbreuYann Lucas Siqueira SeveroVictoria Fontes Rodrigues

Corte Internacional de JustiçaLuana Assunção Teodoro Souza

Marcela da Costa ValenteNatália Brazinski de Andrade

Gabriella Caterina Longobrado

Counter-Terrorism CommitteeGuilherme de Pinho Vieira Silva

Renato Gonzales Raposo de MelloMatheus D`Agostino Martins

Gabinete RussoThaís Mingoti DutraRafael Facuri Villela

Thiago Godoy

Organização Internacional do TrabalhoGabriela Lotaif

Manoela Meirelles V. de Azevedo

Organização Mundial da SaúdeGuiliano Guidi Braga

Maiara Mayumi Ribeiro ShimoteRayanne C. Morales

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Bárbara Ilana Molitor PeriniFernanda Alves de Oliveira

Jéssica Tozatti

Terceiro SetorFernanda Cardoso de Oliveira

Bruno RossettoCarolina Comitre

União das Nações Sul-AmericanasGiovanni de Oliveira Furlani

Heitor P. FelippeMarcos Vinícius Alexandre Santos

United Nations Security CouncilRenan Yukio Nakano

Gabriella Lemos BrackmanLuiza Oliveira Damasceno

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CARTA DE APRESENTAÇÃO

Senhores delegados, é com muito estima que lhes apresentamos o comitê da União das Nações Sul--Americanas (UNASUL). No XI Fórum FAAP de Discussão Estudantil, a UNASUL terá como objetivo refle-tir sobre as principais discussões, relatórios, acordos e discordâncias acerca dos principais objetivos da organização, sendo eles: restaurar confiança, crescimento e empregos; promover o comércio global e investimento; rejeitar o protecionismo e promover uma recuperação sustentável.

A mesa será composta por Giovanni de Oliveira Furlani, estudante do 8° semestre de Relações Interna-cionais, participando como diretor acadêmico pela 2° vez, e por Marcos Vinicius Alexandre, estudante do 3º semestre de Relações Internacionais, sendo sua primeira oportunidade como diretor do Fórum FAAP.

Este guia servirá para auxiliá-los na elaboração de suas pesquisas e de seus DPOs. Por esse motivo esse Guia será dividido em quatro seções: na primeira, serão relatadas as características e funções da UNA-SUL, na segunda serão discutidos brevemente as questões culturais, sociais e econômicas e a terceira conterá uma breve descrição do comitê para o site; a quarta e última apresentará a lista de países mem-bros, a língua em que o comitê será simulado e destacaremos os países considerados essenciais para o bom desenvolvimento da simulação.

Esperamos que com este Guia os senhores se inspirem para realizar suas pesquisas e preparar argumen-tos necessários para que nossas discussões possam ser proveitosas e para que tenhamos ótimos dias durante o Fórum FAAP.

Aguardamos os senhores ansiosamente.

Giovanni Furlani Marcos AlexandreDiretores da UNASUL

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HISTÓRICO DO COMITÊ

Após os processos de descolonização e estabiliza-ção das repúblicas, viu-se uma oportunidade em integrar os países da América do Sul. Os projetos anteriormente consolidados chegaram na propos-ta de acordos regionais de integração, mas em ne-nhum deles foi estabelecida uma institucionalida-de para o acordo, ponto necessário para a criação de uma Organização Internacional.

Acordos como a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), a Comunidade Andina das Nações (CAN) e o próprio Mercosul, expressaram a intenção da região em se integrar e formar uma aliança consolidada.

Dessa forma, no ano de 2004, na Reunião de Paí-ses Sul-Americanos realizada em Cusco, no Peru, os Estados participantes decidiram criar a Comunida-de das Nações Sul-Americanas (CASA), precursora da UNASUL. No ano de 2008, na reunião ocorrida em Brasília foi decidia a criação de uma união que criasse uma identidade entre os países Sul-Ame-ricanos, para isso instituíram a UNASUL, determi-nando que ela seria composta por 12 países locali-zados na América do Sul.

Como objetivo principal, a UNASUL coloca a cons-trução participativa dos países da América do Sul, construindo um espaço de integração e união nos assuntos culturais, sociais, econômicos e políticos de seus povos, priorizando o diálogo político, as po-líticas sociais, a educação, energia, infraestrutura, finanças e meio ambiente, entre outros, com vista a eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir as assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência de seus Estados Membros1.

Os Estados membros da UNASUL que estarão repre-sentados no comitê são: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, México, Chile e Guiana. Nesse XI Fórum FAAP, teremos a presença como observadores do Panamá e do Mé-xico. Os idiomas oficiais que regem a UNASUL são: espanhol, inglês, português e holandês, porém du-rante os dias de discussão do Fórum, a língua utiliza-da será o português.

Os acordos alcançados com as discussões da UNA-SUL deverão respeitar certos princípios dispostos na carta constitutiva da UNASUL, sendo eles, por exemplo, a construção de uma identidade regio-nal a qual se baseia em uma história em comum entre os povos sul-americanos.

As nações sul-americanas são constituídas por oito conselhos ministeriais formados por funcionários indicados pelos Estados Membros para compor as posições. Os conselhos possuem a mais ampla ju-risdição, se dividindo em áreas de trabalho. Como exemplo tem-se o Conselho de Saúde Sul-Ameri-cano, que busca criar uma integração para a saú-de através de políticas comuns para proporcionar um ambiente justa na saúde regional e o Conselho Eleitoral, que busca a reafirmação e promoção da democracia na região.

Além dos conselhos, a estrutura da UNASUL conta também com dois grupos de trabalho, um traba-lhando para a integração financeira e outro para a solução de controvérsias em matéria de desen-volvimento, o qual se preocupa com o estudo da possibilidade de criar mecanismos de arbitragem e um centro de conduta para que os países mem-bros devam ser organizados de acordo com o di-reito internacional.

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A figura acima ilustra a estrutura hierárquica da UNASUL, em que é composta pela instância má-xima, ou seja, o Conselho de Chefas e Chefes de Estado e Governo. Em seguida há o Conselho de Ministros das Relações Exteriores, o qual possui hierarquia superior ao Secretariado Geral. As duas instâncias mais específicas da UNASUL são o Conse-lho de Delegados e os Conselhos Setoriais, os quais atuam de forma específica aos assuntos como saú-de, educação, cultura e democracia, criando uma estrutura propícia para o desenvolvimento de um cenário cooperativo regional.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

A grande questão que está em pauta entre as Nações Sul-Americanas é a da cooperação entre os Estados-

-Membros e da desigualdade social, cultural, e econô-mica que existe entre os mesmos, para isso a UNASUL busca a integração desses recursos para que todos da região tenham as possibilidades de cooperar em rela-ção aos princípios e os objetivos do comitê.

A UNASUL vem analisando desde os últimos anos quais seriam os possíveis recursos que poderiam ser movidos de forma eficiente para acabar com a de-sigualdade entre as nações. Uma dessas propostas é a eliminação das barreiras econômicas, facilitan-do a integração entre os mercados e gerando uma movimentação ainda maior do comércio de produ-tos em que os países possuem uma alta demanda.

As políticas adotadas pelos chefes de estado mui-tas vezes podem discriminar os produtos dos países membros a favor de outros produtos concorrentes

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que gerem uma maior maximização do lucro. Tal atitude vai contra os princípios do comitê já que ele segue o princípio da “Não Descriminação”, ou seja, do tratamento igualitário entre produtos na-cionais e estrangeiros. A demanda dos países do bloco é pela liberalização do mercado, com o ob-jetivo de fortalecer suas economias perante os ou-tros Estados da região.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Nesta seção do Guia de Estudos, buscamos apre-sentar aos senhores as maiores discussões realiza-das entre os membros nas seguintes áreas: Políti-ca, Econômica e Cultural. Em razão dessa divisão, esta parte do guia foi organizada para atender a cada uma das temáticas para expor as principais questões que tangem cada temática com clareza aos senhores para auxiliá-los em suas pesquisas.

1. Política

Quanto à política, os desafios de cooperação en-tre os membros da UNASUL encontram-se ligados às políticas adotadas pelas lideranças, produzindo consequências culturais que podem influenciar as decisões de política externa dos países.

O primeiro problema apresentado no âmbito das relações internacionais entre os países membros das nações unidas sul-americanas é a questão polí-tica e o intercâmbio de pessoas entre os países. Os chefes de estado de cada país possuem políticas específicas e diferenciadas, mostrando-se como um desafio a compreensão sobre as decisões to-madas e qual seus objetivos.

Para exemplificar esse problema podemos partir de um caso recente que ocorreu em 4 (quatro) de maio de 2010, na reeleição do Secretário Geral da UNA-SUL, que relatou a vontade da atual presidente

Cristina Kirchner de colocar como secretário-geral da UNASUL o ex-presidente da República Nestor Kirchner, falecido em outubro de 2010.

Tendo em vista que a UNASUL é uma comunidade que tem como premissa a democracia, é necessária a opinião e o voto de todos os países membros para a aprovação de medidas e eleição do novo Secretá-rio Geral. Devido a esse fator as opiniões da Guiana e Suriname foram as últimas a serem ouvidas para emitir a decisão final sobre a eleição de Kirchner.

O Secretário Geral é eleito para exercer um mandato dois anos. Porém, o grande dilema da eleição de Nes-tor Kirchner para a UNASUL estaria no âmbito políti-co, já que a política adotada pelo governo argentino iria contra alguns princípios dos países membros des-sa comunidade de ordem moral, legal e política.

Segundo Avogrado:

“O primeiro é que, curiosamente, o Congresso da

Argentina ainda não ratificou o Tratado da UNASUL,

e este processo encontra-se também pendente em

quase todos os países da região; apenas a Bolívia,

Guiana, Venezuela e o Equador aprovaram-lhe. Esta

lista deve dar uma ideia sobre a “cor” que o interesse

do Chávez visa dar à organização com a indicação

do Kirchner. Isso leva à segunda fonte de problemas.

Na Argentina, um escândalo estourou recentemente,

porque veio à luz a rede de negócios mafiosos que

tem a ligação dos Kirchner com o Chávez, montado

sobre o tráfico de dinheiro, influência, bens e petróleo,

todos eles geradores duma imensa riqueza para os

envolvidos. Lembre-se, por exemplo, o caso da mala

com 800,000 dólares que, transportados em um

avião oficial argentino, chegou a Buenos Aires e foi

apreendido pela Alfândega; segundo todas as fontes,

o dinheiro iria ser destinado por Chávez à campanha

eleitoral de Cristina Fernandez de Kirchner. Além disso,

Kirchner quer o trabalho para obter proteção jurídica

internacional, pois ele poderia ser condenado pela

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Justiça argentina em um futuro não muito distante.

Ao mesmo tempo, pretende manter gravitando a sua

influência política gravitando na Argentina, pois ele

serve, de fato, o Ministério da Economia de seu país,

bem como visa obter a candidatura para as eleições

presidenciais de outubro próximo. E a terceira fonte

de problemas da UNASUL, o político, é devido à forte

influência de Chávez na organização, com o apoio do

arco composto por o Equador, a Bolívia e a Argentina.

Em uma recente matéria, eu relatório descrevi os

riscos que a entrada da Venezuela no MERCOSUL, já

autorizada pelo Brasil, vai trazer para a aliança dos

quatro países da bacia do rio Paraná. Por tudo isso, o

Brasil debe-se contra à nomeação de Kirchner como

secretário-geral da UNASUL, uma vez que nega os

seus interesses nacionais, tanto jurídica como moral e

politicamente.” (AVOGRADO, 2010)2

As discussões da UNASUL no XI Fórum FAAP se basearão nos problemas políticos apresentados acima, buscando com que, através das discussões, os senhores lidem com tais problemas que estão presentes na agenda dos países representados no comitê. A diferença de posicionamentos e opini-ões e os conflitos de interesses políticos somente acrescentará às discussões.

1.2 Infraestrutura

Outro problema fundamental enfrentado pela UNASUL, no âmbito de sua estrutura devido aos poucos investimentos em questões de infraestru-tura nos países sul-americanos, como a falta de investimentos em saúde, educação, economia e investimentos no governo nos quais muitos países estão com muita dificuldade para reduzir as con-tas provocadas pela inflação o que cada vez mais desvaloriza a economia atual.

O presente Secretário Geral da UNASUL, o vene-zuelano Alí Rodriguez Araque, declarou que se os Estados que fazem parte dessa comunidade não

começarem a pensar sobre as possíveis soluções, os princípios que foram firmados na UNASUL serão violados, pois muitos desses membros irão buscar parcerias com Europa e Ásia para tentar angariar recursos e investimentos de modo efetivo.

Segundo Alí Rodriguez,

“A maior dificuldade foram os problemas de saúde

que tive”. Isso limitou as possibilidades de implantar

o que havia sido planejado. Creio que o aspecto mais

importante foi ter começado a elaborar e a discutir

uma política comum para os países da Unasul no que

se refere ao aproveitamento racional da gigantesca

riqueza que são nossos recursos naturais. A América do

Sul é a região mais abundante neste tipo de recurso. O

problema é que a exploração deles, principalmente dos

recursos minerais, tem sido guiada fundamentalmente

por grandes corporações e pelo que as motiva, os lucros,

sem se importarem - ou deixando em caráter secundário

- o meio ambiente, o impacto nas comunidades. De que

se trata então? De que em comum acordo nossos países

tracem um plano, uma estratégia, que não passe apenas

pelo extrativismo, mas também pela transformação

destes recursos, reduzindo impactos ambientais e

sociais. Por isso, a união é fundamental, porque hoje

cada país tem relações separadas com as grandes

corporações, com os países do Norte, com a Europa, e

isso se transforma em fragilidade no poder de negociar.

Outra coisa é ter os países com uma política comum e,

quando necessária a participação de terceiros, agindo

conjuntamente. E podem também realizar muitas

atividades conjuntamente, com particular relevância

para o desenvolvimento científico-tecnológico. “Há uma

distância tecnológica entre o Norte e o Sul, mas ela é

muito menor do que se imagina.” (RODRIGUEZ, 2013)3

Para concluir este primeiro bloco de apresentação dos problemas, pode-se perceber que para relacio-nar as políticas de países diferentes, dentro de um mesmo organismo é uma tarefa árdua que exige, aci-ma de tudo negociação entre as partes. Na UNASUL,

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este cenário não muda. Os estados membros devem tomar certas atitudes que condizem com sua política externa, mas que muitas vezes acabam contrariando a política externa dos outros Estados em discussão. No caso de problemas estruturais, os membros da comunidade não possuem capital necessário para investir em um serviço de saúde e educação comum para auxiliar os países presentes na discussão.

2. Economia

Quanto às questões econômicas que tangem os países da UNASUL, o Secretário Rodriguez afirma que para ocorrer um processo de mudanças:

“Isso exige políticas que considerem os interesses.

Em minha opinião, o governo deve controlar somente

setores fundamentais da economia, e alguns deles

estão nas mãos do Estado não por Chávez nem

Maduro, mas desde sempre. É o caso do petróleo, da

siderurgia, do setor elétrico, que são fundamentais

para o planejamento de um país. Mas há um amplo

âmbito em que é necessária a participação do setor

privado, como na produção de alimentos. Por causa

da supervalorização do Bolívar, no setor de alimentos,

por exemplo, é custosa; o Estado precisa subsidiar a

produção e o consumo. São fatores que têm dificultado

o desenvolvimento industrial do país. A partir disso, é

preciso definir políticas, o que está sendo feito. Mas

uma coisa é definir a política, e outra a sua aplicação.

Também há um problema cultural. A distribuição de

renda beneficiou a população de forma geral, mas

gerou também uma cultura rentista em que parte da

renda não é gerada pelo esforço produtivo do país,

mas por meio de monopólios em produtos de altíssima

demanda, como é o caso do petróleo. Não é produto

do trabalho, mas do exercício de um monopólio em

escala internacional.” (RODRIGUEZ, 2013)4

3. Cultural

O aspecto cultural é de suma importância nas re-lações entre países. Entender a identidade cultural

de um Estado é fundamental para entender seu modo de fazer política externa e cooperar e/ou entrar em conflito com outros Estados. No caso dos países da UNASUL, pode-se destacar as dife-renças sociais entre os povos indígenas, a forma-ção colonial e a formação dos Estados Nacionais. Sendo o primeiro aspecto o idioma que é de suma importância para a comunicação entre os países.

A União das Nações Sul-Americanas possui quatro idiomas oficiais, sendo eles o espanhol (idioma oficial da maioria dos países membros), o português (idio-ma oficial do Brasil), o inglês (idioma oficial da Guia-na) e o holandês (idioma oficial do Suriname), todos definidos no artigo 23 de seu tratado constitutivo. Além desses, não podem ser deixadas de lado as lín-guas indígenas, como o quéchua, o aymará e o pró-prio guarani. Esta última é difundida especialmente no Paraguai, como meio de “busca de uma identi-dade nacional, muitas vezes por filhos de imigran-tes europeus, ou de outra procedência” (BEYHAUT, 1994). Ainda assim, nos dias de hoje, as comunicações de massa, os sistemas de tradução simultânea e os intercâmbios culturais, tem feito da diversidade de idiomas uma barreira cada vez menor.

Retornando ao aspecto da formação das socie-dades sul-americanas, é possível observar que os obstáculos que são fruto da diversidade cultural de cada região da América do Sul, transcendendo as atuais fronteiras dos países da UNASUL. O histo-riador Gustavo Beyhaut, em seu artigo “Dimensão cultural na América Latina”, de 1994, apresenta al-guns exemplos das diversidades culturais regionais:

“Como primeiro exemplo temos as formações indígenas

que praticaram agricultura em grandes planaltos: a

região chamada Alto Peru, compreendendo as zonas

que vão desde Peru, Bolívia e norte do Chile até certas

zonas do Equador, ou seja, países de formação andina.

Como segundo exemplo de região sociocultural temos,

ainda, as antigas sociedades indígenas de terras baixas

onde predomina a selva. A região amazônica é o caso

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mais notório, integrando territórios cuja principal parcela

está no Brasil, mas que se prolongam a certas zonas do

sul da Venezuela, sul da Colômbia, leste peruano e parte

do território boliviano. Outro foco de resistência formar-

se-á no sul da Argentina e Chile, onde os indígenas

resistem à opressão dos novos estados surgidos da

independência. Do lado chileno, a resistência foi muito

forte ao sul do rio Bio Bio e, outras vezes, por migrações

até territórios argentinos.” (BEYHAUT, 1994).

O autor ainda afirma que “a diversidade de cultu-ras é relacionada com as etnias originais e com os sistemas de exploração e organização do poder (BEYHAUT, 1994)”. Cada um dos países da UNASUL é único em seu modo de ser, em sua identidade. Essas diferenças são um obstáculo à busca de uma identi-dade sul-americana, conforme o objetivo de número 9 da UNASUL: “A consolidação de uma identidade sul-americana através do reconhecimento progressi-vo de direitos aos nacionais de um Estado Membro residentes em qualquer outro dos Estados Membros, a fim de alcançar uma cidadania sul-americana”.

Brasil, Argentina e Chile são exemplos de claras diferenças culturais e de formação nacional. No caso brasileiro:

“A continuidade colonial do sistema português evitou

a balcanização, ou seja, a fragmentação do território,

tendo o Estado sido fortalecido por uma política de

expansão territorial, com a transferência dos centros

hegemônicos do nordeste monocultor e escravocrata

até a área carioca, pela implantação da burocracia

portuguesa, emigrada da Europa por ocasião da

invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão. Pouco

a pouco, com a economia do café e o nascimento do

polo industrial paulista, e depois com a mudança da

capital para Brasília, na tentativa de dar coerência a

velhos e novos territórios, o Brasil conseguiu vencer

as tentativas de secessão e cultivou o mito da grande

extensão territorial e da possibilidade de encontrar

sempre áreas internas para a expansão de seu sistema.

Superou crises importantes, como reduzir a hegemonia

britânica, solucionar o problema da abolição da

escravatura, mudar o império para um sistema

republicano e superar as dissidências internas. Outro

fator que ajuda a singularidade do modelo brasileiro

são as necessidades de pronta solução dos problemas

mais imediatos. Pode-se dizer que neste campo

houve pontos débeis devido à aguda diferenciação

social e à implantação de uma população imigrante

sem resolver a marginalização da população negra,

tampouco a de origem indígena. Também pode-se

dizer nunca ter sido aplicado o modelo de democracia

política completa, e que adotou modalidades de vida

política favorecedoras de um sistema de corrupção

generalizada ” (BEYHAUT, 1994).

No caso da Argentina:

“No extremo sul do continente está a República

Argentina, afirmada em torno do predomínio de Buenos

Aires e modernizada através de importante imigração

europeia, que promoveu crescente participação das

camadas médias daquele país. O populismo peronista

coincide com a crescente pressão para a melhoria

econômica dos setores populares. Como em outros

países latino-americanos, mostra desníveis de vida e

manifestações culturais entre a Argentina do litoral

atlântico, com o domínio de Buenos Aires, face às

zonas mais tradicionais. Também produzirá fluxos

migratórios internos e fronteiriços, motivados pela

busca de melhoria do nível de vida” (BEYHAUT, 1994).

No caso do Chile:

“O desenvolvimento do aparato estatal militar,

formado durante sua expansão territorial ao norte e

ao sul, tem relação com o desenvolvimento de formas

de capitalismo agrário e mineiro, no qual há forte

participação de capital estrangeiro. O Estado procura

formas de integração e recorre, em muitos casos, a

reivindicações da população. Há intensas lutas sociais

que culminam com a presidência de Salvador Allende

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e, a derrota, com a sua substituição por um sistema

liderado pelas forças armadas, com forte participação

norte-americana” (BEYHAUT, 1994).

Outros casos ainda podem ser citados, como Co-lômbia, Peru e Uruguai:

“Entre casos extremos teríamos que enumerar uma

larga série de situações intermediarias, nas quais os

regimes militares e de estruturação de tentativas

estatais levaram a situações como a atual crise peruana

ou à bipolaridade no poder entre burocracia estatal,

empresários do café e narcotraficantes, na Colômbia.

Uruguai é citado como exemplo de democracia,

porém, A decadência da classe média uruguaia traz

sérias dúvidas a essa afirmação” (BEYHAUT, 1994).

Dessa forma, conforme descrito acima, os países membros da UNASUL possuem uma grande diver-sidade cultural, histórica e de conflitos. Muitos ou-tros exemplos poderiam ser abordados aqui, como a Guerra do Paraguai e conflitos entre Brasil e Ar-gentina (apesar de já resolvidos). Essa diversidade de situações presentes e passadas torna difícil a coordenação de esforços para a integração políti-ca da América do Sul.

Outro ponto importante, que não deve ser ne-gado, é o fato de todos esses países terem sido colônias, dependentes de outros Estados, cres-cendo e se desenvolvendo sob uma condição de dependência, o que fez com que, ao chegar à in-dependência a esses países, surgissem instituições frágeis e suscetíveis a golpes, como aconteceram com muitos desses países que sofreram com dita-duras militares.

Essas reviravoltas afetam a manutenção e estabili-dade do status quo, pois os países sul-americanos passaram por diferentes tipos de independência, re-voltas populares, guerras de secessão, sendo algu-mas com sucesso, como no caso da guerra da Cispla-

tina, que deu origem ao Uruguai, outras não, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.

A criação de uma identidade sul-americana é uma ideia grandiosa e ambiciosa, mas ao mesmo tempo um tanto quanto utópica. Existem barreiras cul-turais que existem desde muito antes da própria existência de uma América do Sul independente e com fronteiras bem delimitadas. A América do Sul atual é uma miscigenação de idiomas, povos, mo-dos de vida. Ela é uma pluralidade formada pelos descendentes dos povos nativos (que mesmo estes não são unos em sua identidade, como pelo fato de existirem vários povos indígenas), dos descendentes dos povos africanos, dos descentes dos colonizado-res europeus (leia-se em sua maioria portugueses e espanhóis) e dos descendentes dos imigrantes eu-ropeus (italianos, alemães, franceses, entre outros).

O choque cultural desses povos é um desafio a ser superado, e nenhuma integração real, seja ela de cunho político ou econômico, virá, ao menos que as barreiras culturais sejam superadas e seja possível dar um passo a uma possível identidade sul-americana.

PANORAMAS

A República do Chile assinou o Tratado Constituti-vo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. A ratificação do Tratado pelo Congresso chileno veio em 22 de novembro de 2010, sendo o Chile o sétimo país a ratificar o Tratado.

Para Alejandro Foxley, ministro das Relações Ex-teriores do Chile de 2006 a 2009, o seu país tem três principais interesses: energia, infraestrutura e uma política comum de inclusão social. Apesar dos objetivos de integração regional da UNASUL, o Chile ainda possui muitas disputas territoriais com países vizinhos, sendo eles Peru e Bolívia.

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Chile e Peru têm uma disputa territorial penden-te desde a Guerra do Pacífico, no século XIX. Esta questão ainda está em andamento no Corte Inter-nacional de Justiça de Haia. Peru acusa Chile de es-pionagem e de armamentismo. Chile diz que pro-blemas com o Peru devem ser resolvidos de forma bilateral, não por meio da UNASUL.

A Bolívia também reivindica do Chile uma saída para o mar, perdida na mesma guerra do Pacífico.

A UNASUL é o primeiro bloco de integração do qual o Chile faz parte como membro pleno, pois tanto no Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), como na Comunidade Andina (CAN), o Chile apenas faz par-te como membro associado. Para Larraín (2005):

“A visão chilena sobre a integração regional estaria

associada aos distintos discursos sobre a identidade

nacional. Se o discurso empresarial salienta um Chile

desenvolvido, diferente da América Latina e modelo

para ela, trata-se de uma das versões dessa identidade,

em concorrência com outras dentro da estrutura social.

Essa versão estaria relacionada com um Chile que se

faz presente, mas não faz parte. Sua inserção e ativa

participação no quadro da Unasul, contudo, pode

apontar para novas construções identitárias nacionais

em emergência.”

Por fim, uma primeira análise dos discursos chilenos de política exterior nos mostra uma atenção especial conferida à UNASUL. O país apresenta, entre todos os Estados, a maior proporção de uso de uma palavra do dicionário, no caso, “social”. Também possui alta proporção de “democracia” e de “desenvolvimento”. Os discursos de Michelle Bachelet tendem a frisar valores e desafios compartilhados, propondo uma identificação política sobre tais bases em que as li-nhas gerais podem ser traduzidas no trecho seguinte:

“Meu país comparece com entusiasmo a esta União Sul-

Americana de Nações, porque, como aqui foi dito com

muita clareza, não apenas é indispensável em termos

dos desafios comuns que temos a possibilidade de seguir

avançando em respostas comuns, mas também porque,

em nossa opinião, é um gigantesco catalizador para o

desenvolvimento, porque nos outorga a oportunidade

de termos uma voz forte e uma voz clara ante este

mundo do século XXI” (Bachelet, 2008; tradução livre).

A República do Equador assinou o Tratado Consti-tutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNA-SUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. A ratificação do Tratado veio no dia 15 de julho de 2009, sendo o Equador o segundo país a ratificar o Tratado.

A relação do Equador com a UNASUL é, ao menos do ponto de vista burocrático, intensa, uma vez que a sede da Secretaria-geral da organização está em Quito, sua capital, e que os instrumentos de ratifica-ção dos países membros estão depositados junto ao governo equatoriano, conforme os artigos 10 e 26 do Tratado Constitutivo da UNASUL, respectivamente.

No entanto, o Equador tem um conflito não resol-vido com a Colômbia, que em 2008 realizou uma operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em solo equatoriano, o que o governo do presidente do Equador, Rafael Corrêa, considerou uma “transgressão aos princípios de soberania e integridade territorial”. Além disso, o governo equatoriano acusa o serviço de inteligên-cia colombiano de tê-lo espionado. A crise envol-veu também a Venezuela, e foi um período de al-tíssimas tensões entre os três governos. Após esse evento, a proposta da criação de um Conselho Sul--Americano de Defesa ganhou força na UNASUL.

O Equador também faz parte da Comunidade An-dina (CAN), “união aduaneira com numerosas exce-ções” (MEUNIER; MEDEIROS, 2013), cujos membros são Bolívia, Colômbia e Peru. A CAN, porém, perdeu força após conflitos entre seus membros, entre os

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quais uma disputa territorial armada entre Equador e Peru, em 1995, e a crise diplomática entre Equador e Bolívia, abordada no parágrafo anterior. Poste-riormente, veio também tornar-se parte da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).

Nesse sentido, a UNASUL representaria um novo fô-lego para países com impulso de integrar-se regio-nalmente, entre eles o Equador, para além de uma estrutura quadrangular que, embora gere frutos co-merciais razoáveis, não teve êxito em estabelecer um projeto político comum (MEUNIER; MEDEIROS, 2013).

A República Argentina, como membro constitu-tivo da UNASUL, sempre viu uma necessidade de um processo de integração regional, sendo uma das principais nações pioneiras da constituição da instituição. No ano de 2009, a Argentina foi sede do encontro dos países membros da UNASUL, con-tando com a presença de todos os outros Estados na cidade de Bariloche5.

A Argentina já obteve ajuda da UNASUL quando em 2014 necessitou de um mapeamento de sua infraestrutura para detectar os problemas e os principais fatores que geravam uma má gestão de recursos, o que estava levando o país a uma grave crise econômica e política6.

O delegado que representar a Argentina deverá ter em mente o forte posicionamento do país em rela-ção ao conflito das Malvinas, o que acaba por difi-cultar um relacionamento do país com os aliados do Reino Unido, a parte oposta na disputa pela ilha.

Na conjuntura atual, a Argentina sofre uma in-tensa crise política em que a presidência censurou canais de comunicação que expressavam opiniões contrárias ao governo. Outro tema que colocou a Argentina em pauta entre os países da UNASUL foi a crise da dívida externa que o país sofreu em Julho de 20147.

A República Federativa do Brasil assinou o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. Com o passar do período de alinhamento aos Estados Unidos, gerados pelo fim da Guerra Fria, o Brasil passou a direcionar sua política externa para uma inte-gração de cunho regional, preconizando uma in-tegração regional com os países do Cone-sul, mais precisamente da América do Sul, fazendo com que se tornasse um membro constitutivo da UNASUL.

Uma proposta reiterada pelo Brasil e apoiada por todas as suas instâncias políticas foi a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano. O órgão parti-cipante da UNASUL tem como objetivo a proteção dos países amigos pela consolidação e preserva-ção da soberania nacional. O Brasil busca também uma preconização da integração regional para a Tecnologia, para a Saúde e para a Educação8.

O delegado que representar o Brasil deve possuir uma posição de liderança no comitê visto que o país, por possuir uma política externa de modera-dor das reuniões, deve cumprir este papel durante as discussões na UNASUL.

A República Oriental do Uruguai assinou o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. A ratificação do Tratado ocorreu no dia 30 de novembro de 2010, sendo o Uruguai o nono país a ratificar o Tratado e, conforme o artigo 26 deste mesmo Tratado: “O presente Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-americanas entrará em vigor trinta dias após a data de recepção do nono (9º) instrumento de ra-tificação”. Logo, foi após a ratificação do Uruguai que a UNASUL passou a ter personalidade jurídica internacional, com capacidade de celebrar trata-dos com outros países ou blocos, abrir contas cor-rentes, contratar funcionários e possuir edifícios.

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O Uruguai também faz parte do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), juntamente com Brasil, Ar-gentina, e, recentemente, Venezuela. O Paraguai também fazia parte do bloco, mas está afastado desde junho de 2012, devido a uma crise política. Como uma “união aduaneira incompleta” (MEU-NIER; MEDEIROS, 2013), o MERCOSUL ainda pos-sui muitas limitações e o Uruguai é um dos países mais integrados ao bloco em termos de fluxos eco-nômicos intrarregionais. Em razão dessa abertura, o Uruguai se encontra muito mais dependente de um bloco cujos avanços institucionais não acompa-nharam os acordos comerciais (MALAMUD; VEN-TURA, 2005), especialmente no caso do mecanis-mo de solução de controvérsias. A UNASUL, como instância multilateral mais ampla, traria a oportu-nidade de diluir o impasse entre os interesses dos dois Estados com maiores capacidades econômicas e aqueles de dois países mais vulneráveis, desde que estabeleça meios institucionais eficazes para lidar com as assimetrias internas.

Nesse sentido, o Uruguai busca na UNASUL uma integração na busca da segurança e da paz, usan-do de argumentos históricos e identitários, na construção de uma identidade sul-americana.

Recentemente, o Uruguai, atual ocupante da pre-sidência pró-tempore, declarou uma nova política de defesa, valorizando o papel da UNASUL e do Conselho Sul-Americano de Defesa:

“O Uruguai considera o Conselho de Defesa da União

das Nações Sul-Americanas (Unasul) um organismo de

alto valor geopolítico para a consolidação da região

como zona de paz e cooperação. Além disso, acredita

na sua importância para preservação dos recursos

naturais estratégicos e da biodiversidade, segundo a

nova Política de Defesa Nacional, que acaba de ser

aprovada pelo governo do presidente José Mujica”

(VERMELHO, 2014).

A República da Colômbia assinou o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. A ratificação colombiana foi depositada junto ao governo do Equador no dia 15 de dezembro de 2011, sendo a Colômbia o décimo-segundo e, portanto, último país-membro a ratificar o Tratado, completando os doze países-membros da UNASUL.

Conforme retratado anteriormente, a Colômbia passou por uma recente crise diplomática envolven-do Equador e Venezuela, devido a uma operação realizada contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que acabou por invadir territó-rio de ambos os países. Em 2010, as FARC propuse-ram a UNASUL uma reunião para “apresentar nossa visão do conflito colombiano”, porém, a proposta foi descartada pelo governo colombiano.

O então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, à época da crise com o Equador e a Venezuela, foi contrário à criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, argumentando que a região já conta com a Organização dos Estados Americanos (OEA). O grande problema da Colômbia é o tráfico de dro-gas. Foi criada na UNASUL o Conselho Sul-Ameri-cano sobre o Problema Mundial das Drogas para lidar com o problema.

“Esse Conselho é de fundamental importância para a

região, tendo em vista que na América do Sul estão os

maiores produtores de cocaína do mundo, a Bolívia,

a Colômbia e o Peru. Segundo TINOCO (2010) o

Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime

(UNODC) apresenta que a América do Sul representa

45% do total mundial de apreensões de cocaína”.

Por fim, o ex-presidente colombiano, Ernesto Sam-per, foi eleito em 2014, para um mandato de dois anos como Secretário-Geral da UNASUL. Ele frisou

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o compromisso com uma agenda social focada na luta pela igualdade social na região; uma agen-da política em matéria de governabilidade, e uma agenda econômica baseada na competitividade.

A República do Suriname assinou o Tratado Cons-titutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNA-SUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. A ratificação do Suri-name veio em 04 de novembro de 2010, sendo o Suriname o oitavo país a ratificar o Tratado.9

Em 30 de agosto de 2013 o Suriname assumiu a presidência pró-tempore da UNASUL10, permane-cendo até dezembro de 2014, quando passou a presidência ao Uruguai. Durante a cerimônia de passagem do cargo, o presidente do Suriname, Dési Bouterse, destacou em seu discurso os princi-pais avanços da organização durante seu mandato na presidência pró-tempore da UNASUL: “dentro dos diversos conselhos, temos diminuído as dife-renças sociais, e temos administrado a agenda de segurança alimentar (...) tomamos decisões cons-cientes em matéria de direitos humanos”11. Enfati-zou a necessidade de continuar fortalecendo a co-operação e investimento no Suriname e no Caribe.

“Nesse contexto, destacou apoio regional ao processo

de paz na Colômbia, a posição da UNASUL contra a

“ocupação ilegal” das ilhas Malvinas (cuja soberania

disputam a Argentina e Reino Unido) e o apoio do

bloco a Buenos Aires sobre sua restruturação da

dívida. Também mencionou a posição unânime da

UNASUL contra o bloqueio dos Estados Unidos a

Cuba e para que essa ilha caribenha participe com

todo direito dentro do seio da Organização de Estados

Americanos (OEA)” 12

A República Bolivariana da Venezuela assinou o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Ame-ricanas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, junta-mente com os outros 11 Estados-membros. A ra-

tificação do Tratado pelo Legislativo Venezuelano ocorreu no dia 23 de março de 2010, sendo então o quarto país a ratificar o Tratado. Na cerimônia de recepção da ratificação, no Palácio de Najas, no Equador, o então chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, frisou que a UNASUL pretende se cons-truir “sobre a base de pilares sólidos na estrutu-ração de uma nova economia, na estruturação da força cultural, espiritual, educativa de nossos po-vos e na integração política de nossas repúblicas”13.

Em fevereiro de 2014 começaram diversos protes-tos na Venezuela contra o atual governo de Nico-lás Maduro, diversas pessoas já foram mortas ou presas desde então, incluindo o político Leopoldo López, principal líder dos protestos, que está pre-so sob acusação de assassinato e terrorismo.14

Em abril do mesmo ano, com mediação da UNA-SUL, deram-se início aos diálogos entre governo e oposição. O chanceler do Equador, Ricardo Patino, afirmou que essa mediação representa um sucesso da UNASUL, que não faz ameaças ou lança bom-bas, como se faz em outras partes do mundo, mas sim ela “está presente no país para conquistar a paz através do diálogo”15.

No entanto, apesar de um início promissor, pou-co mais de um mês após o início das negociações os chanceleres da UNASUL deixaram a Venezuela sem obter nenhum sucesso nas negociações. Não houve nenhum consenso entre oposição e gover-no, já que a principal exigência da oposição é que libertação dos presos políticos. A oposição disse ainda que o governo não está aberto ao diálogo e quer impor suas exigências. Apesar disso, a UNA-SUL continua a pedir que as partes estabeleçam uma nova data para o reinício das negociações16.

A Human Rights Watch (HRW), organização inter-nacional que atua na defesa dos Direitos Huma-nos fez um apelo a UNASUL para que atuasse mais

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diretamente no caso da Venezuela, onde diversas violações aos direitos humanos foram contatadas. A HRW ainda lembrou a UNASUL que no tratado constitutivo dela, está definido que “tanto a inte-gração quanto a união sul-americana se fundam nos princípios da democracia - participação cidadã e pluralismo e direitos humanos universais, indivi-síveis e interdependentes”17.

Por fim, o Secretário-Geral da UNASUL, Ernesto Samper, afirmou que é necessário diálogo não apenas político, mas sim um diálogo para firmar um “grande pacto social”, e esse pacto deve en-volver “todos os setores políticos, os movimentos sociais, os camponeses e todos os trabalhadores, e propiciar um conjunto de medidas para ajustar a economia, que está necessitando, e também uma manutenção do projeto social”18.

A República do Peru assinou o Tratado Constituti-vo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os ou-tros 11 Estados-membros. A ratificação do Tratado veio em 10 de maio de 201019.

O Peru assumiu a presidência do grupo em 29 de junho de 2012 já que, em uma reunião de chefes de estados, foi decidida a retirada do Paraguai por conta do não reconhecimento do novo presidente eleito no país20.

Porém em agosto de 2013 o Peru anunciou o fim da suspensão ao Paraguai no bloco já que o Minis-tério de Relações Exteriores peruano alegou que a punição se tornou sem efeitos. O Paraguai foi suspenso da UNASUL e do MERCOSUL, em junho de 2012, por conta da destituição de Fernando Lugo da presidência do Paraguai, sendo que essa destituição foi interpretada pelos líderes que esse processo não seguiu os procedimentos legais21.

Todavia, o Peru entregou o cargo para o governo do Suriname em agosto de 2013, sendo que a gestão do governo peruano foi marcada como um ano de avan-ços na consolidação institucional e na integração, contudo foi também uma gestão marcada por con-flitos políticos entre vários de seus países membros22.

A República Cooperativa da Guiana assinou o Tra-tado Constitutivo da União de Nações Sul-America-nas (UNASUL) em 23 de maio de 2008, juntamente com os outros 11 Estados-membros. A ratificação do Tratado veio em 12 de fevereiro de 2010, sendo a Guiana o terceiro país a ratificar o Tratado23.

O governo do Equador entregou a presidência do bloco em 26 de novembro de 2010 à Guiana durante uma cúpula, cujo principal objetivo era a eleição de um novo secretário-geral e a adoção de uma cláusula democrática24.

Contudo, um dia após o governo do Equador en-tregar a presidência ao governo guianense enviou uma carta no final do ano de 2010 ao governo brasileiro com um pedido de ajuda, já que uma característica política da Guiana é a sua pouca ca-pacidade institucional. Assim foram enviados dois diplomatas brasileiros que ficaram em Georgetown para que assim pudessem orientar as atitudes do vizinho. Logo, com essa ajuda as relações entre Bra-sil e Guiana ficariam mais fortalecidas. Essa medida de envio de ajuda veio por conta do receio de que uma crise comprometa o futuro do bloco25.

A Guiana recebeu as delegações da UNASUL na ca-pital Georgetown para a realização da II Reunião do Conselho da UNASUL para Desenvolvimento Social e II Reunião do Conselho de Ministros de Desenvolvimento Social da UNASUL, cujo objetivo é intensificar a criação de grupos temáticos e via-bilizar a cooperação internacional26.

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Panamá

Neste comitê, o papel do Panamá será de mem-bro observador, acrescentando uma opinião de um Estado da América Latina para as discussões. O delegado que representar o Panamá terá uma vantagem de não estar comprometido com a vota-ção da resolução final, podendo propor medidas e auxiliar na formulação da resolução final.

Na UNASUL, o Panamá, no âmbito da cooperação internacional, pode trazer um vasto know-how de cooperação econômica, visto sua história com a construção do Canal do Panamá e a cooperação com os EUA27. O Canal do Panamá foi inaugura-do em 1914, se mostrando como uma das maiores obras de engenharia do século XX. O propósito do Canal foi a consolidação de uma ligação entre o Atlântico e o Pacífico, sendo a passagem mais ren-tável e segura atualmente28.

O Canal do Panamá comporta uma quantidade de 12 (doze) mil navios aproximadamente por ano, possuindo uma extensão total de 80 (oitenta) qui-lômetros. Devido à parceria econômica entre os EUA e o Panamá, o país acabou recebendo uma grande quantidade de investimentos em infraes-trutura rodo e ferroviária, desenvolvendo a logís-tica e economia do país29.

México

A entrada do México na UNASUL se deu no ano de 2011 a partir da proposta do Equador de in-clusão do país na organização como um membro observador. Do mesmo modo que o Panamá, o delegado que representar o México terá um com-portamento relativamente mais livre, sendo que sua posição perante os países da América do Sul é de representação da América do Norte perante as discussões.

O México representa a segunda maior economia da América Latina, podendo oferecer oportuni-dades na economia para os países da UNASUL, demostrando um interesse da América do Norte, considerados mais desenvolvidos do que o Cone--Sul em dialogar com os líderes sul-americanos na busca de um cenário cooperativo30.

DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL

O Documento de Posição Oficial (DPO) é o primei-ro contato e a primeira tarefa que os senhores te-rão como delegados dos seus respectivos países na UNASUL. Seu propósito é compilar toda a pesqui-sa realizada em conjunto com a leitura deste guia para expressar a posição oficial que o país a ser representado possui em relação à Cooperação dos Estados Membros da UNASUL.

O documento deverá ter uma extensão de 1(uma) página que deverá ser estruturada de acordo com os moldes apresentados no Guia de Regras. No caso da UNASUL, o DPO deverá conter no canto superior esquerdo o símbolo da UNASUL e no canto superior direito, o Brasão de Armas do país a ser representa-do. Cuidado, no caso de ter colocada a bandeira do país no lugar do brasão de armas, haverá desconto de nota pela mesa diretora. Ao final do documento o delegado deverá assiná-lo.

O documento deverá ser formatado com fonte Ti-mes New Roman 12, espaçamento simples, margens superior e esquerda 3cm e inferior e direita 2cm.

As seguintes perguntas auxiliarão os senhores a direcionar a pesquisa:

1. O problema da Cooperação dos Países-Mem-bros está agravado em qual âmbito dos apre-sentados na definição do problema?

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2. De que maneira o país representado poderia auxiliar no processo de cooperação?

3. O país representado assinou ou ratificou al-gum tratado proposto pela UNASUL?

4. A participação do país na UNASUL se dá em qual/ais plataformas? Econômica, social, polí-tica ou cultural?

O documento deverá ser estruturado de forma a realizar uma pequena introdução sobre a par-ticipação do país na UNASUL, seguido dos temas propostos pelas perguntas e finalizado por uma breve conclusão. Lembre-se que as perguntas ser-vem apenas como um guia para as suas pesquisas, não devendo o DPO ser estruturado em formato de perguntas e respostas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, gostaríamos de informar que no comitê da UNASUL teremos a presença de membros ob-servadores representados pelo Panamá e pelo Mé-xico. A participação destes delegados durante as discussões será igual aos outros delegados, se dife-renciando apenas na última sessão em que deverá votar a resolução, sendo que os membros observa-dores deverão se abster da votação.

Outra novidade neste fórum é a presença das ONGs. Elas estarão nos comitês para representar a sociedade civil perante os Estados, podendo discu-tir e propor moções como qualquer outra delega-ção do comitê. A única diferença, como os mem-bros observadores, é que as ONGs não poderão votar na resolução final.

Por fim, gostaríamos de desejar a todos bons estu-dos e uma boa preparação para o XI Fórum FAAP, esperamos que juntos possamos constituir um es-

paço para discussões proveitosas e efetivas para o problema da UNASUL em questão.

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4. Idem. Ibidem

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6. Idem. Ibidem

7. Idem. Ibidem

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29. Idem. Ibidem.

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