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1 SimEFG 2018 Consenso de Washington Belo Horizonte 2018

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1  

 

SimEFG 2018

Consenso de Washington

Belo Horizonte 2018

2  

 

Apresentação da Mesa

1 Introdução

2 O histórico da crise

2.1 Independências

2.2 Ditaduras

2.3 Política dos Bancos

2.4 Estopim

2.5 Repercussão

2.6 Negociações (1982-89)

3 Mecanismos da dívida

3.1 Dívida externa versus dívida interna

3.2 Superávit e déficit primário e nominal

3.3 Rolagem

3.4 Conversão

4 Posicionamentos

4.1 Peterson Institute for International Economics

4.2 Federal Reserve, American Bankers Assossiation, Estados Unidos

da América, Canadá

4.3 Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial

4.4 Banco Interamericano de Desenvolvimento

4.5 Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe

4.6 Argentina, Brasil, Chile e México

4.7 European Banking Federation

4.8 Uruguai, Paraguai, Bolívia, República Dominicana, Honduras, Costa

Rica, Nicarágua, Colômbia, Equador, Peru, Panamá, Suriname,

Venezuela, Guiana

5 Referências

3  

 

Apresentação da Mesa

Maria Irene Tizón Jordão

Oi todo mundo, meu nome é Maria Irene (as pessoas me chamam só de

Irene), eu tenho 15 anos, faço Meio Ambiente no Cefet-MG e estou no 3° ano.

Em 2016 eu participei de minha primeira simulação e tenho me dedicado

bastante a elas desde então. Tive a ideia desse comitê em junho de 2017

enquanto lia As Veias Abertas da América Latina, do Eduardo Galeano. Eu sou

apaixonada por temas que envolvem o desenvolvimento econômico do nosso

continente, e gostaria de agradecer à Camila, ao Gustavo e ao João por terem

aceitado participar desse processo comigo. Este comitê foi planejado com

muito carinho, e eu estou muito feliz por finalmente torná-lo realidade. Espero

que todos vocês também estejam tão empolgados quanto eu. Nos vemos na

SimEFG!

Camila Iannarelli Galvão Alves

Olá senhores delegadxs, meu nome é Camila, tenho 18 anos e sou

aluna do Cefet, do curso de meio ambiente e estou no 3° ano. Meu primeiro

contato com o mundo das simulações foi em 2016 de lá para cá, desenvolvi um

verdadeiro amor por simular. Espero que os senhores gostem desse projeto

que nós diretores desenvolvemos com muito carinho. Desejo a todos uma

ótima SimEFG!

Gustavo Fagundes da Conceição

Aloha delegadxs, meu nome é Gustavo Fagundes e serei diretor de

vocês nesse comitê. Tenho 18 anos e sou formado no curso técnico de Meio

Ambiente no CEFET-MG, espero que dê tudo certo no comitê e nas nossas

relações interpessoais, até a simulação, espero ansiosamente vocês.

4  

 

João Victor Queiroz Neves

Olá delegadxs, meu nome é João Queiroz e serei diretor de vocês nesse

comitê interessantíssimo que é o Consenso de Washington. Tenho 16 anos e

sou do primeiro ano do curso técnico de Hospedagem no CEFET-MG. Comecei

com as simulações quando tinha 13 anos de idade, e apesar de ter passado

por um período inativo em relação a elas, pretendo agora voltar à atividade.

Espero que esse comitê seja de muito sucesso e que tenhamos uma ótima

experiência. Nos vemos em breve.

5  

 

1 INTRODUÇÃO

“Segundo a voz de quem manda, os países do sul do mundo devem acreditar

na liberdade de comércio (embora não exista), em honrar a dívida

(embora seja desonrosa), em atrair investimentos (embora sejam

indignos) e em entrar no mundo (embora pela porta de serviço). Entrar

no mundo: o mundo é o mercado. O mercado mundial, onde se

compram países. Nada de novo. A América Latina nasceu para

obedecê-lo, quando o mercado mundial ainda não se chamava assim,

e aos trancos e barrancos continuamos atados ao dever de

obediência.” – Eduardo Galeano

A América Latina surgiu no plano econômico mundial já como serva das

metrópoles europeias, enquanto colônia, a função dessas terras era apenas

gerar lucro. Quando se tornou mais rentável para os exploradores que o sul

fosse independente, tivemos que custear guerras e pagar indenizações, o que

sucedeu foi uma pseudoliberdade. A dívida que surgiu foi paga com a riqueza

da terra e com a perpetuação da pobreza do povo.

Logo, o sistema de rolagem e as intervenções nas políticas internas fizeram

com que a dívida crescesse exponencialmente. De crises em crises e

endividamento cada vez maior, a história latino-americana segue seu percurso.

O intrincado quadro econômico atinge seu maior colapso, então, durante a

década de 80.

Dívidas insustentáveis são característica comum a todos os Estados da

América Latina durante esta época. Alguns países decretavam moratória e

sujavam seu nome no mercado internacional, enquanto outros temiam que o

mesmo acontecesse com eles, lutando para honrar seus pagamentos e

permanecer com uma boa avaliação no mercado. Os bancos e países credores

concederam linhas de crédito além das que possuíam e agora viam a

possibilidade de nunca reaverem este capital.

Neste contexto, visando normalizar o quadro econômico mundial, foi

realizado na cidade de Washington, em novembro de 1989, o encontro que

ficou conhecido como Consenso de Washington. Contando com a participação

de banqueiros, grandes estudiosos da área econômica e os países da América

6  

 

latina, a reunião marcou a história mundial com suas definições que tinham

potencial para mudar drasticamente o rumo das economias das nações latino-

americanas, e evitar futuras crises como essa em todo o mundo.

2 O HISTÓRICO DA CRISE

2.1 Independências

Inspiradas nas manifestações iluministas que reformavam as ideias na

Europa durante o século XVIII, a antes resignada América exibe seus primeiros

indícios de insatisfação com as normas ditadas pelas metrópoles. Somadas

com o pioneirismo dos Estados Unidos, que, em 1775, conquistaram sua

independência, a América Latina inicia seu processo de emancipação das

grandes potências europeias.

Com lutas truculentas e insurgências populares, a oportunidade de

autogoverno se fez finalmente uma opção diante do controle e da exploração

europeia da área. Essa soberania, entretanto, possuía um preço. Guerras

foram feitas com financiamento externo e indenizações milionárias tiveram que

ser pagas para as respectivas metrópoles, deixando as novas nações em uma

delicada situação econômica.

A América Latina pós-independência, já começa a sua história endividada.

A economia desses países é baseada na venda de commodities (gêneros

agrícolas e minerais, produtos com menor valor para venda e que tem potencial

para flutuação de preços muito maior) e na importação de produtos

manufaturados (bem mais caros, vindos da Europa). Em pouco tempo,

alcançar superávit primário fica extremamente mais complicado.

Com o crescimento do déficit nessas regiões, são necessários novos

empréstimos para custear gastos do governo, e não apenas para a rolagem da

dívida. Dessa maneira, a dívida externa foi alcançando proporções cada vez

maiores, até a crise.

7  

 

2.2 Ditaduras

Um dos períodos da história econômica latino-americana que causou mais

impacto para o futuro dos países, entretanto, foi a época dos governos

autoritários, as ditaduras civil-militares.

Durante a Guerra Fria, que aconteceu na metade do século XX, os Estados

Unidos da América e a União Soviética competiam por influência nos países ao

redor do globo. Os Estados Unidos, ameaçados pela dominação comunista

previamente instaurada em sua vizinha Cuba, vê nos frágeis países sul-

americanos uma oportunidade de se proteger de seus inimigos orientais.

São realizados então, em alguns países como Brasil, Argentina, Uruguai,

Chile e Peru, golpes militares apoiados pelo governo norte americano com o

pretexto de parar o avanço comunista que supostamente seria instaurado pelos

governos nacionalistas latino-americanos presentes na época.

A intervenção militar conjuntamente com a influência norte americana

resultou em uma manipulação econômica direta pelos EUA na América Latina.

Nesse período foram registrados altos índices de investimentos externos e em

especial, capital estadunidense.

Segundo Arruda (2015), as taxas de juros internas do Brasil, por exemplo,

foram aumentadas apenas com o intuito de forçar as empresas a pegarem

empréstimos no exterior, gerando dívidas externas ao invés de internas. Ele

ainda afirma que “Foi o Estado – tanto o Tesouro e o Banco Central como as

estatais, portanto, os contribuintes – que arcaram com o ônus maior do sobre

endividamento”.

Essas dívidas, que pertenciam parte a empresas privadas e parte a

estatais, foram mais tarde estatizadas, devido à falência de empresas.

Também nesse período, ocorreu um forte crescimento do PIB dos países

que se industrializavam, notadamente Brasil, México, Argentina e Chile. Essa

industrialização tinha como objetivo suprir a demanda mundial por produtos

que eram produzidos com menor custo na América subdesenvolvida. Para

financiar as indústrias nacionais, os governos pegavam empréstimos com

grandes bancos e governos estrangeiros e repassavam o crédito para

8  

 

empreendedores ou proprietários de indústrias em expansão, a juros mais

baixos, e o Estado acabava onerado. Esse processo acelerado teve graves

consequências sociais em curto prazo e econômicas e ambientais em longo

prazo.

No Brasil, por exemplo, o “milagre econômico” teve duras consequências

para a parcela mais pobre da população: o índice de GINI atingiu patamares

muito acima do que se registrava antes, chegando a atingir 0,63, o que

evidencia um fortíssimo aumento na desigualdade da distribuição de renda no

país.

2.3 Política dos Bancos

Analistas da CEPAL veem o descontrole dos bancos credores como a

causa primordial da crise da dívida. Ao não enxergar limites para a concessão

de crédito para os países latinos, eles criaram uma situação nociva para si: no

caso de qualquer abalo à economia produtora daqueles países, o risco de

calote e a consequente crise desses mesmos bancos era iminente.

Quando a situação interna dos dezesseis países mais endividados

começou a piorar, com a queda da produção fabril devido ao aumento do preço

do barril de petróleo e à queda do preço das commodities agrícolas, o FMI foi

procurado para articular uma renegociação da dívida. Nesse momento, os

bancos perceberam a que ponto tinha chegado a situação, então mudaram os

termos dos acordos para empréstimos, impossibilitando que antigos devedores

fizessem novas dívidas.

Porém as coisas não saíram como planejadas. A reserva de dólares dos

países se esgotou em pouco tempo, e não havia mais meios para realizar a

rolagem da dívida, visto que a crise já tinha gerado um resultado primário

negativo, ou seja, déficit primário.

Dessa maneira, os governos se encontravam absolutamente sem fontes

de renda e declaravam moratórias.

9  

 

2.4 Estopim

Em 13 de agosto de 1982, o México declarou moratória. Nessa seção

será feita uma análise, em linha do tempo, das principais características da

crise Mexicana, suas causas e gatilhos.

Em fevereiro de 1982, um declínio nas reservas internacionais força o

governo mexicanos a desvalorizar o peso, aumentando o fardo da dívida

externa, principalmente à bancos comerciais estadunidenses. Apesar da

desvalorização do peso, o governo mexicano é incapaz de parar sua perda de

reservas e fica sem dinheiro. As reservas internacionais são capazes de cobrir

apenas três semanas de importações.

Em 12 de Agosto de 1982, o ministro das finanças do México, Silva

Hertog, informa ao governo americano e ao FMI que o México não tem

condições de pagar sua dívida externa de 80 bilhões de dólares.

Em 1º de setembro de 1982, o governo nacionaliza o sistema privado

bancário mexicano, com o objetivo de prever a falência do setor privado

bancário, porém agrava a crise. Nos meses seguintes, uma moratória real em

relação à dívida externa existe. Todos os pagamentos no setor privado são

cessados, assim como a grande maioria dos pagamentos no setor público.

Em agosto de 1982, bancos centrais ocidentais, sob representação do

governo estadunidense e Paul Vocker (FED), fazem um empréstimo sem

precedentes de 1,5 bilhões de dólares ao México, com adicionais 2 bilhões de

dólares em dinheiro (pré-pagamentos de petróleo e créditos de agricultores) do

governo estadunidense. Ou seja, o México recebe 3,5 bilhões de dólares para

aliviar necessidades imediatas de dinheiro.

Em dezembro de 1982, o FMI aprova um empréstimo de 3,8 bilhões ao

governo mexicano. Como condição, o governo tem que implementar uma série

de reformas de abertura ao mercado. O programa do FMI acabaria em

dezembro de 1985. Mais dois programas duraram de 1986 à 1988. Esses

programas juntos somaram 5,2% do PIB.

Entre agosto e dezembro de 1982, o peso é desvalorizado quase 50%

em relação ao dólar americano. Consequentemente, taxas elevadas de inflação

10  

 

alcançam 100% e a economia entra em recessão. Em 1982, a economia cai

0,6%. Em 1983, a economia cai 4,2%. O PIB per capita real cai

respectivamente 3% e 6% em 1982 e 1983. Durante os próximos 5 anos, cai

11% no total. Nesse mesmo período, o valor de salários real cai

aproximadamente 30%. O desemprego alcança níveis altos, especialmente em

áreas rurais. Em 1982, contrações no investimento e consumo contribuíram

negativamente para o crescimento econômico.

Após a desvalorização do peso em fevereiro de 1982, as exportações

crescem, o único fator contribuinte para o crescimento. Nos cinco anos após a

crise, os termos de comércio mexicanos caíram 42,2%. Mas no fim de 1986, o

governo mexicano ainda lidava com uma dívida externa gigantesca, que

correspondia à 78% do PIB, e a inflação que excede 100%.

No mesmo ano, o preço do petróleo colapsa no internacional, impactando

negativamente a performance da economia mexicana. Entre 1983 e 1988, o

PIB real mexicano cresceu uma média de 0,1% ao ano. Portanto, os anos 80

são considerados por serem a "década perdida mexicana".

De 1950 até o começo de 1970, o México teve um período de

estabilidade macroeconômica e crescimento econômico. A taxa de inflação

nunca excedeu, enquanto o crescimento anual econômico ficou, em média, à

7%. De 1954 até 1976, o México teve uma taxa de câmbio fixa. O peso ficou

em 12,5 pesos ao dólar.

Em 1970, a política econômica mexicana mudou radicalmente, quando

Luis Echeverria foi eleito como presidente. Houve uma gigantesca expansão

fiscal, e a dívida pública começou a crescer rapidamente. Consequentemente,

o déficit orçamentário atingiu mais de 10% em 1975 e 1976. A taxa de

crescimento da base monetária acelerou para 33,8% em 1975.

Consequentemente, a inflação ultrapassou os 20% em 1973 e 1974. Enquanto

isso, a taxa de pagamento de salários decaiu bruscamente. Devido à crescente

inflação, a verdadeira taxa de câmbio foi rapidamente apreciada, tornando-se

supervalorizada.

11  

 

O déficit das contas compunha 5% do PIB em 1975. A dívida externa total

rapidamente cresceu, representando 31% do PIB em 1976. Quase toda essa

dívida se concentrava por atos do setor público, dinheiro este emprestado por

bancos comerciais internacionais.

Aproximadamente 75% dos pagamentos de interesse estavam atados a

taxas de interesse estado-unidenses e ao LIBOR (London Interbank Offering

Rate), tal taxa mudava a cada seis meses, representando grande ameaça à

economia mexicana.

Em 31 de Agosto de 1976, sob grande pressão de pagamentos, o peso

desvalorizou quase 50% e a economia entrou em recessão. Logo após, Lopez

Portillo assumiu a presidência mexicana. Ele estruturou um acordo com o FMI

para um programa de estabilização da economia. No primeiro ano, a inflação e

o déficit público começaram a lentamente decrescer.

Tendo em vista a exploração de reservas de petróleo recentemente

descobertas em 1979, o programa do FMI foi revogado, e uma política de

expansão fiscal foi novamente adotada. Entre 1978 e 1981, o crescimento real

do PIB variou entre 8,0% e 9,1%. A inflação subiu, mas não excedeu a taxa de

30%.

Desde 1979, vários fatores pioraram a situação da dívida externa

mexicana. Quando a segunda crise do petróleo ocorreu em 1979, os preços do

petróleo ficaram altos como nunca. Tal acontecimento fora favorável para o

México, devido a sua exportação frequente de petróleo. No entanto, a recessão

mundial era um forte fator negativo, abaixando a taxa de exportação mexicana.

Outro fator para o agravamento da dívida foi a supervalorização do

peso. Da metade de 1978 até junho de 1980, a taxa de câmbio havia sido

fixada, apesar do crescimento da inflação. Ainda assim, o México continuou

pedindo grandes empréstimos ao FMI, que eram concedidos.

Em 1980, os gastos do governo escalaram, resultando em déficits fiscais

gigantescos. As exportações mexicanas não iam bem, e o ritmo de concessão

de empréstimos somente aumentavam. A dívida externa mexicana

representava 49% do PIB em 1982.

12  

 

Depois de passar o fim de 1982 com grandes dificuldades e uma série

de negociações com o FMI, o México concordou em realizar reformas

estruturais, que seriam uma condição para que mais empréstimos fossem

concedidos. Algumas dessas reformas incluíam a austeridade fiscal,

privatização de estatais, redução de barreiras comercias e liberalização de

investimentos estrangeiros. Com a rígida disciplina fiscal, o déficit do

orçamento caiu de 17,6% em 1982 para 8,9% em 1983.

De forma resumida, em agosto de 1982, o México declarara moratória,

iniciando a crise da dívida externa. Após anos de acumulação da dívida, taxas

de interesse elevadas, a crise mundial e desvalorizações do peso fizeram com

que a dívida somente crescesse, e o país se encontrasse em uma situação

extremamente delicada com o FMI. Desde novembro de 1982, várias formas de

negociação foram aplicadas. Durantes vários dos pacotes de negociação do

FMI, o México teve de instaurar reformas estruturais revolucionárias. A falta de

transparência fiscal e a irresponsabilidade monetária mexicana durante 1950

até 1980 foram as principais causas para que os fatores da crise da dívida

externa fossem construídos.

O México seria o primeiro dos muitos países latino-americanos que

entrariam em crise.

2.5 Repercussão

Se a grande crise anterior, de 29, foi avassaladora para o capital privado

e os pequenos investidores, a crise de 82 conseguiu comprometer os nove

maiores bancos do mundo e diversos governos. Talvez não tenha ficado tão

famosa quanto a anterior por ser mais difusa no tempo, e não ter afetado de

forma comprometedora o cerne do capitalismo, o governo e as marcas

estadunidenses.

Desde a década de 70 os países da América Latina vinham

apresentando taxas de inflação cada vez maiores, e os reajustes salariais não

acompanhavam a evolução dos preços. A população ficou em um estado de

extrema vulnerabilidade.

13  

 

As pequenas empresas dificilmente prosperavam, e não eram raras as

que acabavam fechando as portas. A falta de fontes externas de crédito aos

governos os levaram a aumentar a carga tributária na tentativa de obter um

resultado primário positivo. Essa intervenção excessiva acabou por estagnar

por completo o crescimento econômico, gerando crises em todos os setores

produtivos, e desemprego.

2.6 Negociações (1982-89)

A primeira reunião com objetivo de conter os avanços da crise e os seus

impactos nos países devedores ocorreu em Toronto, entre os representantes

dos governos implicados, dos grandes bancos e do FMI, a fim de criar um

fundo de emergência com valores entre 25 e 100 bilhões, sem sucesso.

Foi então criada uma “Estratégia de Dívida”, que tinha como um dos

elementos, empréstimos para a sustentação dos bancos credores, já que os

mesmos se encontravam em um processo de falência e eram considerados

“grandes demais para quebrar”.

Foram várias tentativas de reuniões e acordos no período, porém a

divergência entre as partes interessadas tornou o diálogo difícil. Os bancos se

reuniam e não conseguiam chegar a um acordo que suprisse as necessidades

dos países.

Em 1984 ocorreu uma reunião que foi a que chegou mais perto de algo

como uma resolução. O Consenso de Cartagena reuniu onze países devedores

para discutir suas situações internas e possíveis saídas. O problema,

entretanto, foi a falta de confiança dos bancos, que chegaram a acusar a

reunião de ser a formação de um “cartel de devedores”. Porém a situação era

tão crítica para todos, que os bancos fizeram algumas concessões, como

maiores prazos para pagamento e redução de taxas internacionais.

Nesse período, o FMI foi protagonista nas negociações, assumindo papel

interventor que nunca antes tinha ocupado pois ia contra sua política.

Apesar de todos os esforços, essas medidas eram apenas mitigadoras dos

imensos impactos que estavam ocorrendo, o aumento do preço das

exportações dos países credores, em meio a acordos de estabilização dos

14  

 

preços dos produtos primários abertura para atender essa demanda, houve

uma redução do estoque e amortização em prazos muito mais longos,

formando períodos de carência e juros fixos. Essas medidas afetaram,

diretamente, o PIB dos países, apartando uma parte da independência do país,

no sentido de tomadas de decisões políticas macroeconômicas.

Por conta dessa situação, criada por debtstrategy, foi formulado o Plano

Baker, que foi a primeira revisão da dívida.

Com o patrocínio do então secretário do Tesouro norte-americano, introduziu-

se em 1985 a noção da necessidade de novos empréstimos para

projetos de desenvolvimento, a serem concedidos pelos bancos

privados no quadro de programas de financiamento do Banco Mundial

para ajuste estrutural. Previa-se, igualmente, a idéia da conversão de

débitos em ações de empresas dos países devedores.

O Plano Baker não chegaria a decolar. Entretanto, resultou na introdução do

Banco Mundial como co-gestor, com o FMI, dos esquemas de

administração da dívida latino-americana. Com isto se gerariam, pela

própria natureza dos empréstimos da instituição e pelos seus critérios

de operação, oportunidades ainda maiores de interferência nos

assuntos internos dos países devedores. As "condicionalidades" se

verificariam agora na área de políticas setoriais em questões, por

exemplo, de comércio exterior ou de definição de prioridades

orçamentárias. O Banco Mundial com suas novas responsabilidades,

buscaria se transformar, gradualmente, em núcleo de uma espécie de

"international civil service" para os seus clientes no Terceiro Mundo, em

cujos quadros depauperados iria, inclusive, recrutar especialistas.

Com o fracasso do Plano Baker, foi concebido o Plano Brady como mais

uma medida de solucionar esses problemas criados pela dívida.

A nova estratégia substituiria o reescalonamento nas mesmas condições da

contratação original pela noção de consolidação da dívida antiga,

mediante sua substituição por uma nova, a longo prazo e também

reduzida, em até 35%. Essa redução se daria através de taxas fixas de

juros inferiores às da dívida antiga ou por descontos no processo de

sua novação, de forma voluntária para os bancos credores.

Tal plano se mostrou muito importante, se tornando um avanço conceitual,

porém surgiu muito modestamente em termos quantitativos.

15  

 

A adoção do Plano Brady somente se dá no momento em que os

bancos norte-americanos, principais credores da região, já haviam

reconstituído suas reservas e diminuído sua “exposição" em relação

aos mesmos. Isso permitiria que o governo norte-americano pudesse

voltar a levar em conta os interesses de seus setores exportadores,

inevitavelmente negligenciados na estratégia anterior. Tal consideração

se expressaria pelo endosso à orientação, adotada pelo Banco

Mundial, de condicionar seus empréstimos aos países

latinoamericanos à prévia adoção por estes de políticas unilaterais de

abertura comercial.

O teste desse plano se deu no México, pais de singular importância para

os Estados Unidos, onde se fez eficaz. Porém para os Estados Unidos o

projeto não foi muito promissor.

Em contrapartida à consolidação da dívida latino-americana a prazo

mais longo e com um pequeno desconto, os Estados Unidos obteriam

a reabertura dos mercados dos países da região, com o que lograriam

espetacular inversão nos fluxos do intercâmbio.

 

16  

 

3 MECANISMOS DA DÍVIDA

3.1 Dívida externa versus dívida interna

Em primeiro lugar, é necessário conceituar alguns dos vocábulos que

são mais comumente utilizados para abordar a dívida. A própria diferença entre

dívida interna e externa é algo que causa bastante confusão.

Dívida interna é toda aquela gerada na moeda do país de origem.

Dívida externa é aquela que é fixada e alguma moeda externa, sendo

que a mais utilizada é o dólar.

3.2 Rolagem

Os governos devedores na maioria dos casos, não possuem caixa

suficiente para quitar definitivamente as suas dívidas, nem possuem o

interesse de fazer isso de maneira imediata. Eles tampouco não irão pagar. O

que acontece é um refinanciamento, eles pegam novos empréstimos para

pagar pelos antigos.

3.3 Superávit versus déficit, primário e nominal

Superávit primário e déficit primário são os nomes dados ao resultado

primário de um país quando é positivo ou negativo, respectivamente.

O resultado positivo é quando a arrecadação total do país é superior aos

gastos, excluindo a dívida, e o governo só necessita de empréstimos para rolar

a dívida pública.

O déficit primário é quando ocorre o contrário, e o governo não arrecada

o suficiente sequer para cobrir os próprios gastos, e precisa fazer empréstimos

para cobrir rombos de má gestão.

Já o resultado nominal inclui nos gastos os juros da dívida,

apresentando uma abordagem mais completa da saúde das contas públicas.

3.4 Conversão

A conversão da dívida é o processo em que se rola a dívida pública

pagando a parcela externa com emissão de títulos públicos em moeda

nacional, ou pela capitalização, que seria a conversão de um crédito em

participação acionária em uma empresa. Esse mecanismo foi amplamente

17  

 

utilizado pelos países devedores como uma maneira de sair da crise sem se

comprometer.

18  

 

4 POSICIONAMENTOS

Tendo em vista que os posicionamentos em muito se assemelham,

optamos por redigi-los em forma de blocos para facilitar a visualização das

delegações dos senhores delegadxs no contexto da crise da década de 80

4.1 BLOCO 1 - Peterson Institute for International Economics

O Instituto Peterson de Economia Internacional (PIIE) é uma instituição

privada, sem fins lucrativos, comprometida com um estudo e discussão

rigorosa, intelectualmente aberta e aprofundada sobre a política econômica

internacional.

Sua finalidade é identificar e analisar questões importantes para tornar a

globalização benéfica e sustentável para os povos dos Estados Unidos e do

mundo, desenvolver e comunicar novas abordagens práticas para lidar com os

desafios enfrentados pela economia global. Tem como objetivo criar uma

agenda para ser seguida por todos os países a fim de evitar crises.

A instituição propôs uma reunião para a discussão dos problemas latino-

americanos e foi o economista John Williamson quem levou os debates sobre a

agenda para a crise, que ele mesmo batizou como Consenso de Washington.

O Instituto possui uma forte tendência ideológica voltada para o

liberalismo econômico, e defende abertura de mercados, desregulamentação

da economia, e o Estado Mínimo.

4.2 BLOCO 2 - FED, ABA, Governo dos EUA e Canadá

As delegações descritas neste bloco estão intimamente atreladas aos

interesses dos bancos que realizaram os empréstimos aos governos latino-

americanos em crise devido às suas dívidas.

O FED (Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos) e a ABA

(Associação de Banqueiros Americanos) se alinham, naturalmente, ao

posicionamento da delegação do governo dos Estados Unidos da América e do

Canadá.

Em relação às medidas que o Consenso de Washington será

responsável por formular e entregar aos países latino-americanos em crise, o

19  

 

bloco 2 defende um planejamento voltado para as práticas do livre mercado e

da austeridade fiscal. Tendo em vista o crescimento destas práticas dentro de

seu próprio território durante o governo Reagan, os Estados Unidos da

América, bem como o FED e a ABA tendem a ser as delegações com as

recomendações mais próximas aos planos econômicos de autores como Hayek

e Friedman.

O Canadá, apesar de partilhar de muitas dessas recomendações, adota

uma posição sutil e extremamente passiva, visando a importância de acordos

comerciais da Commonwealth com muitos países latino-americanos, sendo o

seu posicionamento necessário para representar um grupo extenso de países

de matriz política anglo-saxônica.

Algumas das recomendações que se esperam do Bloco 2, por exemplo,

são a reforma fiscal dos países em crise, a abertura de mercado, redução de

impostos e a política de privatizações de estatais.

4.3 BLOCO 3 - Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial

O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial são organizações

internacionais criadas durante o período que sucedeu a Segunda Guerra que

têm como objetivo fornecer auxílio econômico aos países e desempenharam

papeis fundamentais no Consenso de Washington.

Após a primeira crise do petróleo, a partir de 1973, com o declínio do

Welfare State das ideias keynesianas que se provaram ineficientes por

pressupor que o Estado seria o melhor para alocar os recursos e guiar o

mercado, há o ressurgimento do liberalismo em peso, como a melhor

alternativa para promover a globalização.

Sustentados através de doações feitas pelos próprios países membros,

tanto o FMI quanto o BM baseiam suas políticas nos interesses dos maiores

fornecedores de renda, isto é, o poder de voto e de tomada de decisão dos

estados-membros é proporcional ao dinheiro investido pelos mesmos.

Sendo assim, apresentam-se como mais influentes dentro dos órgãos os

Estados Unidos da América, o Japão, a Alemanha, a Inglaterra e a França,

20  

 

países estes que são grandes credores das nações latino-americanas e

naturalmente, temem o não pagamento dos empréstimos.

O FMI e o BM então, diante da necessidade latino-americana de

renegociação das dívidas externas, abriram brechas em suas próprias políticas

e passaram a conceder empréstimos, com a finalidade de honrar seus

compromissos com os grandes bancos internacionais, deve utilizar os meios

disponíveis para defender a tendência econômica de seus principais

contribuintes e seus próprios interesses.

4.4 BLOCO 4 - Banco Interamericano de Desenvolvimento

O Banco Interamericano de Desenvolvimento ou BID (em inglês Inter-

American Development Bank, IDB) é uma organização financeira internacional

com sede na cidade de Washington, Estados Unidos, que foi criada no ano

de 1959 com o propósito de financiar projetos viáveis de desenvolvimento

econômico, social e institucional e promover a integração comercial regional na

área da América Latina e o Caribe.

Ainda que tenha nascido no seio da Organização de Estados

Americanos (OEA) não guarda nenhuma relação com essa instituição pan-

americana, nem com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou com o Banco

Mundial (BM), os quais dependem da Organização das Nações Unidas.

Devido ao quadro estagnado de crescimento dos países latino

americanos, e a carência de fontes de empréstimos, o BID terá um papel

fundamental para a recuperação do crescimento da região.

4.5 BLOCO 5 - Comissão Econômica para a América Latina e o

Caribe

A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) foi criada pela

resolução 106 (VI) do Conselho Econômico e Social de 25 de fevereiro de 1948

e começou a operar no mesmo ano.

Em sua resolução 1984/67 de 27 de julho de 1984, o Conselho decidiu que

a Comissão deveria ser renomeada como Comissão Econômica para a

América Latina e o Caribe.

21  

 

A CEPAL é uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas e sua

sede é em Santiago, Chile. Foi fundada para contribuir para o desenvolvimento

econômico da América Latina, coordenar ações que visam promover e

fortalecer as relações econômicas dos países entre si e com as demais nações

do mundo.

Posteriormente, seu trabalho foi estendido aos países do Caribe e o

objetivo de promover o desenvolvimento social foi incorporado.

A CEPAL possui metodologia própria para a análise da conjuntura latino-

americana, que leva em consideração toda a história e as particularidades do

continente, que não podem ser vistas apenas pela ótica da economia ortodoxa.

Na década de 80, trabalhou fortemente para conter os impactos nos países

latinos, conciliando as necessidades dos países de se alçar no plano

internacional com suas particularidades territoriais e históricas.

4.6 BLOCO 6 - Argentina, Brasil, Chile e México

As delegações descritas no bloco 6 são os principais países afetados

pela crise da dívida externa latino-americana, havendo implicações extremas

desta sobre sua economia e sociedade.

Como descrito anteriormente, a série de crises econômicas latino-

americanas começou no México em fevereiro de 1982.

Fatores, como a expansão fiscal mexicana e a quantidade exacerbada de

empréstimos fez com que o México fosse profundamente afetado pela crise.

No Brasil, a crise havia iniciado logo após o "Milagre Econômico

Brasileiro", quando o governo militar, através de diversos empréstimos feitos

pelo FMI, havia dado à República Federativa Brasileira a ilusão de um

crescimento econômico manipulado.

A alta de juros internacionais em 1979 faria com que a crise em que o Brasil se

encontrava (resultado dos empréstimos feitos pelo FMI e de políticas públicas

sem responsabilidade fiscal) se agravasse, fazendo com que a dívida externa

do país crescesse.

22  

 

Os governos argentino e chileno passaram por dificuldades relativamente

parecidas com o México. O endividamento e uma série de atitudes como a

expansão fiscal e políticas governamentais sem transparência fiscal haviam

levado os países à crise.

O que diferencia, principalmente, os países do Bloco 6 das outras

delegações latino-americanas é a intensidade com qual a crise os afetou, por

haverem maiores parcelas no mercado internacional e, naturalmente, maior

influência política.

As delegações do bloco 6 tendem a se posicionar, em relação às

medidas que serão discutidas no Consenso de Washington, relativamente

contra o discurso de abertura de mercado e reformas fiscais. É extremamente

importante compreender que o contexto sob o qual países como o Brasil e a

Argentina se encontram, que comporta falta de transparência fiscal os impede

de desejar uma política de privatizações e abertura exacerbada do país ao

mercado.

Tendo em vista o caráter econômico de intervenção de tais países,

espera-se que sejam sugeridos, por parte destes países, a formulação de

acordos com o Fundo Internacional Monetário para negociação de dívida e

concessão de ainda mais empréstimos.

4.7 BLOCO 7 - European Bankers Federation

Embora de maneira bem menos expressiva que os bancos americanos,

os bancos europeus são importantes credores dos países latinos. A EBF é a

entidade que representa todos os bancos europeus em questões acerca de

regulação do setor ao redor do mundo.

Fundada em 1960, seus membros são as associações nacionais do

setor bancário. Na Europa, o setor é o coração da economia regional, tendo

ultrapassado até mesmo o setor de serviços.

A crise na América Latina desencadeou toda um declínio no segmento,

que foi além do simples não pagamento. Reacendeu o debate acerca de

23  

 

regulamentação bancária, que feita em larga escala é prejudicial para os

bancos.

4.8 BLOCO 8 - Uruguai, Paraguai, Bolívia, República Dominicana,

Honduras, Costa Rica, Nicarágua, Colômbia, Equador, Peru,

Panamá, Suriname, Venezuela, Guiana

Dentre os países deste bloco, há alguns recém-saídos de ditaduras, outros

que não apresentaram interrupções em seu processo democrático, e o elo em

comum de todos eles, é, sem dúvida, o grande endividamento externo que

ocorreu em décadas anteriores.

Os impactos econômicos da década perdida atingiram de forma geral todos

os países latino-americanos, ainda que de forma menos abrupta se comparado

a outros países como o México, a Argentina, o Brasil e o Chile.

Estes países buscam, no Consenso de Washington, uma solução para seu

grave problema econômico e clamam pela ajuda internacional através de

renegociações da dívida. Diante do posicionamento dos bancos e de seus

principais credores.

A maior ameaça para estes países é se afogar em ainda mais dívidas e

perderem sua individualidade diante da fixação de restrições abusivas de seus

principais credores.

Sendo assim, se faz necessário que estes países sejam enfáticos em suas

limitações, mas que, naturalmente, abram concessões para poderem se

reerguer dessa gigantesca crise.

 

24  

 

REFERÊNCIAS

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