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© SensorWeb - Measurement Anywhere | www.sensorweb.com.br BOAS PRÁTICAS NA CONSERVAÇÃO DE VACINAS Tecnologia e Conectividade para Preservar a Saúde

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Page 1: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

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Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

BOAS PRÁTICASNA CONSERVAÇÃODE VACINAS

Tecnologia e Conectividadepara Preservar a Saúde

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Page 2: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Olá! Seja bem vindo ao Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas da SensorWeb. Visamos com este material fornecer a você referências e instruções em como lidar com insumos médicos como as vacinas, otimizando sua conservação e manutenção ao longo da vida-útil destes produtos. Queremos que com a ajuda deste guia, seja possível minimizar problemas e perdas na eficácia das vacinas em seu estabelecimento.

Ao lidarmos com materiais de papel tão importante na preservação da vida e saúde das pessoas, é de suma importância estarmos sempre atualizados e conscientes quanto aos melhores procedimentos em conservação e armazenamento, bem como nas melhores tecnologias e ferramentas disponíveis para nos auxiliar nessa grande tarefa. A SensorWeb busca por meio deste manual disponibilizar alguns insights e boas práticas que podem trazer benefícios para seu estabelecimento.

Muitas vezes nos deparamos com perdas de vacinas ocasionados por diferentes fatores como a falta de atenção, a falta de conhecimento, o manuseio e armazenamento inapropriados, a falta de instrução e sinalização, equipamentos com defeitos, quedas de energia, entre outros fatores indesejados. Estas perdas, além de comprometedoras para os usuários que utilizariam estas vacinas, podem gerar também uma perda financeira para o governo e até mesmo para seu negócio. Isto pode também ser minimizado com uma boa conservação.

Elaboramos para você este compilado de boas práticas a partir de referências bibliográficas da área da saúde, bem como de vivências práticas experienciadas junto a nossos clientes e suas equipes responsáveis. Para facilitar seu entendimento, dividimos as práticas em categorias. Assim, você pode realizar também uma busca específica pelos títulos que deseja.

Caso você considere este material interessante e útil para sua equipe, fique totalmente a vontade para enviá-lo a seus colaboradores. Assim, ele servirá também para conscientizar e reforçar a importância destes cuidados em sua equipe. Este guia é gratuito e aberto para leitura, portanto, compartilhe o link abaixo, de download do material, com sua equipe e outros interessados.

Obrigado e bom proveito!

Olá! Seja bem vindo ao Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas da SensorWeb. Visamos com este material fornecer a você referências e instruções em como lidar com insumos médicos como as vacinas, otimizando sua conservação e manutenção ao longo da vida-útil destes produtos. Queremos que com a ajuda deste guia, seja possível minimizar problemas e perdas na eficácia das vacinas em seu estabelecimento.

Ao lidarmos com materiais de papel tão importante na preservação da vida e saúde das pessoas, é de suma importância estarmos sempre atualizados e conscientes quanto aos melhores procedimentos em conservação e armazenamento, bem como nas melhores tecnologias e ferramentas disponíveis para nos auxiliar nessa grande tarefa. A SensorWeb busca por meio deste manual disponibilizar alguns insights e boas práticas que podem trazer benefícios para seu estabelecimento.

Muitas vezes nos deparamos com perdas de vacinas ocasionados por diferentes fatores como a falta de atenção, a falta de conhecimento, o manuseio e armazenamento inapropriados, a falta de instrução e sinalização, equipamentos com defeitos, quedas de energia, entre outros fatores indesejados. Estas perdas, além de comprometedoras para os usuários que utilizariam estas vacinas, podem gerar também uma perda financeira para o governo e até mesmo para seu negócio. Isto pode também ser minimizado com uma boa conservação.

Elaboramos para você este compilado de boas práticas a partir de referências bibliográficas da área da saúde, bem como de vivências práticas experienciadas junto a nossos clientes e suas equipes responsáveis. Para facilitar seu entendimento, dividimos as práticas em categorias. Assim, você pode realizar também uma busca específica pelos títulos que deseja.

Caso você considere este material interessante e útil para sua equipe, fique totalmente a vontade para enviá-lo a seus colaboradores. Assim, ele servirá também para conscientizar e reforçar a importância destes cuidados em sua equipe. Este guia é gratuito e aberto para leitura, portanto, compartilhe o link abaixo, de download do material, com sua equipe e outros interessados.

Obrigado e bom proveito!

Guia de Boas Práticas na Conservação de VacinasSensorWeb - Tecnologia e conectividade para preservar a saúde

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Boas Práticas na Conservação de Vacinas: http://goo.gl/z80RvK

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

A SensorWeb é uma empresa que tem como finalidade proporcionar qualidade de vida conectando ambientes, dispositivos e pessoas.

Nossa principal solução, o SensorWeb, monitora em tempo real temperatura e umidade de freezers, geladeiras e ambientes onde é necessário controle dessas variáveis para conservação dos insumos médicos.

Atendemos hoje a clientes em diferentes regiões do Brasil, entre eles hospitais, bancos de sangue, laboratórios de análises clínicas e distribuidores de medicamentos.

Acesse nosso site:www.sensorweb.com.br

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

1. Introdução

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Page 3: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

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Manual de Normas de Vacinação (Ministério da Saúde): http://goo.gl/98Q4Dy

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

2. Prazos de Validade

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

Guia de Boas Práticas na Conservação de VacinasSensorWeb - Tecnologia e conectividade para preservar a saúde

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Devemos nos atentar não somente aos prazos de validade das vacinas: mas também ao estado de conservação destas desde sua produção até o momento atual.

Page 4: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

© SensorWeb - Measurement Anywhere | www.sensorweb.com.br 3 / 11

Manual da Rede de Frio (Ministério da Saúde): http://goo.gl/tYaBVY

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

4. O Controle de Conservação

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

Guia de Boas Práticas na Conservação de VacinasSensorWeb - Tecnologia e conectividade para preservar a saúde

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Page 5: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

© SensorWeb - Measurement Anywhere | www.sensorweb.com.br 4 / 11

Planilha de Registro e Controle de Temperaturas: http://goo.gl/ClGptS

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

preferível o uso de termômetros que registram não só a temperatura no momento (como os mais comuns) mas também a temperatura máxima e mínima registradas em um período de tempo.

Além da mensuração pelos termômetros, é necessário o registro diário destas variáveis para posterior revisão e certificação de que não houveram desvios graves na conservação das vacinas. Esse registro e controle é comumente realizado em planilhas impressas, segmentadas em períodos diários, para preenchimento manual pelos responsáveis pelas vacinas no local. A SensorWeb oferece gratuitamente um modelo de planilha impressa para realizar esta mensuração, disponível no link ao final da página.

Recomenda-se, para um controle mínimo, a mensuração e registro das temperaturas nas planilhas pelo menos uma vez a cada período do dia (uma pela manhã, uma pela tarde e uma pela noite).

Além do preenchimento destas planilhas, os registros devem ser arquivados e mantidos seguros por até dois anos após sua data de mensuração, conforme recomendações do órgão responsável. A ANVISA - Agência Nacional da Vigilância Sanitária - é responsável por fiscalizar e realizar auditorias nos estabelecimentos que se utilizam de vacinas, e uma das etapas destas auditorias é a verificação dos registros de temperatura, que devem estar certificando a qualidade das vacinas e sua boa conservação.

preferível o uso de termômetros que registram não só a temperatura no momento (como os mais comuns) mas também a temperatura máxima e mínima registradas em um período de tempo.

Além da mensuração pelos termômetros, é necessário o registro diário destas variáveis para posterior revisão e certificação de que não houveram desvios graves na conservação das vacinas. Esse registro e controle é comumente realizado em planilhas impressas, segmentadas em períodos diários, para preenchimento manual pelos responsáveis pelas vacinas no local. A SensorWeb oferece gratuitamente um modelo de planilha impressa para realizar esta mensuração, disponível no link ao final da página.

Recomenda-se, para um controle mínimo, a mensuração e registro das temperaturas nas planilhas pelo menos uma vez a cada período do dia (uma pela manhã, uma pela tarde e uma pela noite).

Além do preenchimento destas planilhas, os registros devem ser arquivados e mantidos seguros por até dois anos após sua data de mensuração, conforme recomendações do órgão responsável. A ANVISA - Agência Nacional da Vigilância Sanitária - é responsável por fiscalizar e realizar auditorias nos estabelecimentos que se utilizam de vacinas, e uma das etapas destas auditorias é a verificação dos registros de temperatura, que devem estar certificando a qualidade das vacinas e sua boa conservação.

Guia de Boas Práticas na Conservação de VacinasSensorWeb - Tecnologia e conectividade para preservar a saúde

As planilhas de registro e controle manual de temperatura,

apesar de não serem o modo maiseficaz, ainda suprem boa parte das

necessidades no monitoramentoe conservação de vacinas.

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Page 6: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

© SensorWeb - Measurement Anywhere | www.sensorweb.com.br 5 / 11

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

O processo de registro e monitoramento por meio de planilhas, entretanto, apresenta alguns pontos indesejáveis e também sucetíveis à falhas, como:

- Necessidade de alocar tempo e pessoas responsáveis para fazer esta fiscalização três vezes ao dia em cada ambiente ou recipiente onde as vacinas são armazenadas (tarefa repetitiva e massante, para quem a realiza, principalmente quando há muitos insumos);

- Abertura para falhas humanas ou erros no registro, bem como para esquecimentos esporádicos no processo de anotação manual;

- Abertura para desvios significativos de temperatura entre os períodos de verificação (um refrigerador pode sofrer uma pane pela manhã e isso só ser percebido na mensuração da tarde, por exemplo);

- Acúmulo de papel nos arquivos e registros de temperatura, que necessitam ser guardados por pelo menos dois anos (ambientalmente não aconselhável);

Como uma alternativa ao sistema manual, que apresenta alguns pontos frágeis, há hoje diferentes modos de realizar o registro e monitoramento de maneira informatizada e até mais automatizada.

6. Registro Informatizado pelo Usuário

A diferença primordial entre um método de registro manual e um método de registro informatizado é um maior uso da tecnologia de informação para facilitar este processo.

O Registro Informatizado pelo Usuário é o modelo informatizado mais próximo do registro manual. Ele conta com o mesmo método de mensuração da temperatura (termômetros nos locais), alterando apenas o modo como os registros de temperatura são arquivados e tratados. Os usuários utilizam para o registro uma ferramenta como o Microsoft Excel ou outro software para tratamento dos dados, podendo gerar gráficos visuais, visualizar seu histórico por períodos e utilizar-se de estatísticas com base em cálculos matemáticos para identificar melhorias. Em sua ronda entre os locais monitorados, os usuários podem digitar as informações no software por meio de tablets ou smartphones.

O processo de registro e monitoramento por meio de planilhas, entretanto, apresenta alguns pontos indesejáveis e também sucetíveis à falhas, como:

- Necessidade de alocar tempo e pessoas responsáveis para fazer esta fiscalização três vezes ao dia em cada ambiente ou recipiente onde as vacinas são armazenadas (tarefa repetitiva e massante, para quem a realiza, principalmente quando há muitos insumos);

- Abertura para falhas humanas ou erros no registro, bem como para esquecimentos esporádicos no processo de anotação manual;

- Abertura para desvios significativos de temperatura entre os períodos de verificação (um refrigerador pode sofrer uma pane pela manhã e isso só ser percebido na mensuração da tarde, por exemplo);

- Acúmulo de papel nos arquivos e registros de temperatura, que necessitam ser guardados por pelo menos dois anos (ambientalmente não aconselhável);

Como uma alternativa ao sistema manual, que apresenta alguns pontos frágeis, há hoje diferentes modos de realizar o registro e monitoramento de maneira informatizada e até mais automatizada.

6. Registro Informatizado pelo Usuário

A diferença primordial entre um método de registro manual e um método de registro informatizado é um maior uso da tecnologia de informação para facilitar este processo.

O Registro Informatizado pelo Usuário é o modelo informatizado mais próximo do registro manual. Ele conta com o mesmo método de mensuração da temperatura (termômetros nos locais), alterando apenas o modo como os registros de temperatura são arquivados e tratados. Os usuários utilizam para o registro uma ferramenta como o Microsoft Excel ou outro software para tratamento dos dados, podendo gerar gráficos visuais, visualizar seu histórico por períodos e utilizar-se de estatísticas com base em cálculos matemáticos para identificar melhorias. Em sua ronda entre os locais monitorados, os usuários podem digitar as informações no software por meio de tablets ou smartphones.

Guia de Boas Práticas na Conservação de VacinasSensorWeb - Tecnologia e conectividade para preservar a saúde

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Utilizando de meios digitais para compilar os dados, evita-se a perda de tempo e de trabalho para transcrever os dados e ganham-se funções avançadas de análise e gráficos.

Page 7: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

© SensorWeb - Measurement Anywhere | www.sensorweb.com.br 6 / 11

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

Vantagens: Evita o acúmulo de papel, visto que os dados são armazenados na memória dos computadores; Facilita a consulta ao histórico de dados, permitindo buscas diretas por período ou equipamento; Facilita a apresentação e repasse dos dados à terceiros (auditores, colaboradores, supervisores) seja por e-mail ou impressão de relatórios personalizados.

Desvantagens: Os responsáveis ainda precisam se locomover até os ambientes sendo monitorados para visualizar as temperaturas e transcrever para a ferramenta ou software; É sucetível a variações na temperatura entre os períodos de verificação presencial (entre a ronda da manhã e da tarde, por exemplo); É sucetível a falhas humanas ao transcrever as temperaturas para o software; Demanda um esforço manual para gerar os gráficos.

7. Registro com Sistema Informatizado

Sistemas e tecnologias podem facilitar, e muito, o monitoramento - agregando vantagens e funcionalidades que não são possíveis com o método manual. Com a utilização de sistemas evitamos os fatores frágeis do método manual e, consequentemente, reduzimos o número de ocorrências problemáticas na preservação dos insumos.

Um diferencial deste modelo é sua automatização dos registros, não sendo mais necessária a alocação de pessoas responsáveis para visualizar e transcrever diariamente as

Vantagens: Evita o acúmulo de papel, visto que os dados são armazenados na memória dos computadores; Facilita a consulta ao histórico de dados, permitindo buscas diretas por período ou equipamento; Facilita a apresentação e repasse dos dados à terceiros (auditores, colaboradores, supervisores) seja por e-mail ou impressão de relatórios personalizados.

Desvantagens: Os responsáveis ainda precisam se locomover até os ambientes sendo monitorados para visualizar as temperaturas e transcrever para a ferramenta ou software; É sucetível a variações na temperatura entre os períodos de verificação presencial (entre a ronda da manhã e da tarde, por exemplo); É sucetível a falhas humanas ao transcrever as temperaturas para o software; Demanda um esforço manual para gerar os gráficos.

7. Registro com Sistema Informatizado

Sistemas e tecnologias podem facilitar, e muito, o monitoramento - agregando vantagens e funcionalidades que não são possíveis com o método manual. Com a utilização de sistemas evitamos os fatores frágeis do método manual e, consequentemente, reduzimos o número de ocorrências problemáticas na preservação dos insumos.

Um diferencial deste modelo é sua automatização dos registros, não sendo mais necessária a alocação de pessoas responsáveis para visualizar e transcrever diariamente as

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O Sistema Informatizado apresenta muitas vantagens não contempladas pelo controle manual.

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Mais detalhes sobre o sistema informatizado: http://goo.gl/Xsfu5q

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Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

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Mais detalhes sobre o sistema informatizado: http://goo.gl/Xsfu5q

temperaturas para uma planilha ou ferramenta informatizada.

Sendo um sistema integrado com os termômetros, refrigeradores ou ambientes onde estão conservadas as vacinas, ele realiza automaticamente a medição de tempos em tempos e registra no sistema - deixando estes dados disponíveis para visualização pelos usuários. Desse modo, o intervalo de mensuração pode ser configurado para curtos períodos de tempo, como por exemplo de minuto a minuto, ou a cada cinco minutos - sendo possível identificar variações de temperatura de modo rápido e preciso.

Tornando este monitoramento contínuo e automático, é possível tratar o controle de temperaturas mais como uma medida preventiva do que apenas corretiva (como acontece muitas vezes no caso dos registros manuais diários). Por meio dos sistemas automatizados podemos ser alertados antecipadamente quando há desvios na temperatura onde as vacinas estão sendo monitoradas. Assim, é muito mais fácil evitar falhas na conservação e possíveis danos às vacinas.

Vantagens: Envia alertas antecipando os desvios de temperatura e informando riscos de perda com antecedência; Evita o acúmulo de papel, visto que os dados são armazenados na memória de computadores; Facilita a consulta ao histórico de dados, permitindo buscas diretas por período ou ambiente monitorado; Facilita a apresentação e repasse dos dados à terceiros (auditores, colaboradores, supervisores) seja por e-mail ou impressão de relatórios personalizados; Monitora os dados constantemente e automaticamente, sem necessidade de alocação de pessoas para registrá-los;

temperaturas para uma planilha ou ferramenta informatizada.

Sendo um sistema integrado com os termômetros, refrigeradores ou ambientes onde estão conservadas as vacinas, ele realiza automaticamente a medição de tempos em tempos e registra no sistema - deixando estes dados disponíveis para visualização pelos usuários. Desse modo, o intervalo de mensuração pode ser configurado para curtos períodos de tempo, como por exemplo de minuto a minuto, ou a cada cinco minutos - sendo possível identificar variações de temperatura de modo rápido e preciso.

Tornando este monitoramento contínuo e automático, é possível tratar o controle de temperaturas mais como uma medida preventiva do que apenas corretiva (como acontece muitas vezes no caso dos registros manuais diários). Por meio dos sistemas automatizados podemos ser alertados antecipadamente quando há desvios na temperatura onde as vacinas estão sendo monitoradas. Assim, é muito mais fácil evitar falhas na conservação e possíveis danos às vacinas.

Vantagens: Envia alertas antecipando os desvios de temperatura e informando riscos de perda com antecedência; Evita o acúmulo de papel, visto que os dados são armazenados na memória de computadores; Facilita a consulta ao histórico de dados, permitindo buscas diretas por período ou ambiente monitorado; Facilita a apresentação e repasse dos dados à terceiros (auditores, colaboradores, supervisores) seja por e-mail ou impressão de relatórios personalizados; Monitora os dados constantemente e automaticamente, sem necessidade de alocação de pessoas para registrá-los;

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Sensores monitoram asunidades constantemente

Enviam dados paraum servidor seguro

via Wi-fi ou 3G

O usuário acessa asinformações em tempo real

no computador ou smartphone

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

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Page 9: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

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9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Devemos evitar a abertura constante e desnecessáriados refrigeradores, visto que ela gera variações térmicassignificativas em seu interior e pode danificar as vacinas.

Page 10: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

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de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

Sugestões e [email protected]

Todo o pessoal envolvido no processo de armazenamento, manuseio, transporte ou administração das vacinas deve estar devidamente instruído para lidar com estes insumos.

Page 11: Guia Boas Práticas Conservação Vacinas

Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

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© SensorWeb - Measurement Anywhere | www.sensorweb.com.br 10 / 11

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

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Maletas térmicas podem ser muito úteis para adiar ou evitar a perda de estoques de vacinas em casos onde o refrigerador apresente problemas técnicos ou de energia.

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Todas as vacinas possuem um tempo pré-determinado de vida-útil, bem como um prazo de validade depois de abertas, a partir do qual não devem ser aplicadas e perdem sua utilidade. Os prazos de validade das vacinas são sinalizadas pelos fabricantes de modo visível na parte exterior da embalagem de cada produto, e você pode encontrá-las facilmente ao manuseá-las. Estes prazos devem ser rigorosamente respeitados.

Mesmo estando cientes dos prazos de validade, há outro fator ao qual devemos nos atentar: a validade de uma vacina só é verdadeira caso tenha sido conservada em boas condições de armazenamento e transporte ao longo de toda sua vida-útil. Caso contrário, pode ser desconsiderada a validade e realizado seu descarte. O não cumprimento das recomendações de conservação podem comprometer a eficácia da vacina e, consequentemente, o seu uso. Casos onde se observe desvios nesse sentido devem ser avaliados atentamente.

3. Condições Ambientes

Em um cenário geral, a maior parte das vacinas devem ser conservadas em uma faixa específica de temperatura, estando entre 2ºC e 8ºC. Porém, cada vacina pode conter especificações e variações próprias.

É possível encontrar indicativos específicos das condições ideais de conservação em materiais normativos e referências bibliográficas, além de muitas vezes no próprio produto. No site do Ministério da Saúde, com link no final desta página, você pode encontrar diferentes Manuais e Normas para download, com informações detalhadas sobre cada tipo de vacina.

As vacinas são insumos bastante sucetíveis ao calor, podendo se deteriorar caso expostas a temperaturas acima das faixas recomendáveis. Do mesmo modo, quando expostas ao frio excessivo podem ser deterioradas, além de seu recipiente poder se fragmentar ou sofrer fissuras. Portanto, mantenha constantemente a temperatura das vacinas dentro da faixa ideal e atente-se à incidência de luz solar no local onde ela é armazenada.

Desvantagens: Demanda um profissional técnico, ou empresa, para realizar a integração do sistema com os ambientes monitorados e a sua manutenção (ou possivelmente a contratação de um fornecedor do serviço e sistema por completo, como a SensorWeb).

8. O Refrigerador

Recomenda-se que o refrigerador utilizado para armazenar as vacinas seja projetado especificamente para esta funcionalidade, evitando a utilização de freezers e geladeiras domésticas. Os refrigeradores de farmácia ou de vacinas estão melhores preparados para conservar, organizar e proteger estes insumos.

É importante a utilização de um modelo com tamanho considerável, devendo ser grande o bastante para comportar todo o estoque necessário aos diferentes procedimentos e atendimentos ao longo do ano, e ainda possuir espaço livre internamente para permitir a circulação do ar no entorno dos pacotes de vacinas - mantendo assim a temperatura constante.

Diante da importância do cuidado com as vacinas, recomenda-setambém a utilização de um sistema de fechamento ou de um cadeado, de modo a desencorajar a abertura frequente e desnecessária do refrigerador.

Caso aberto muitas vezes ao longo do dia, a temperatura interna tende a variar e isso pode comprometer as vacinas. Por isso também é desaconselhável armazenar vacinas nas prateleiras e espaços localizados na porta do refrigerador. Estes espaços, em casos de abertura da porta, são muito mais sucetíveis a variações térmicas.

Recomenda-se ainda a manutenção e verificação periódica do desempenho do refrigerador, uma vez que problemas em seu funcionamento podem acarretar em desvios na temperatura e consequente perda dos insumos. Por isso, a observação constante das temperaturas e das condições de funcionamento do refrigerador é muito importante.

9. Instrução e Conscientização

É importante haver uma pessoa ou departamento responsável pela ordenação, armazenamento e conservação das vacinas. Esta pessoa ou departamento deverá obter toda a instrução necessária para lidar com estes insumos e preservá-los, tendo também um papel fundamental na conscientização e instrução dos demais.

A apresentação dos procedimentos adequados para conservação das vacinas deve ser feita periodicamente aos responsáveis e subordinados do setor, evidenciando que atitudes tomar e que medidas corretivas realizar em casos onde a temperatura fuja do padrão recomendado para as vacinas, bem como em situações emergenciais.

Em casos onde haja mudança de pessoal ou a entrada de novos integrantes na equipe, é necessário investir tempo na sua preparação e conscientização perante as medidas adequadas para conservar as vacinas.

Além da instrução dos responsáveis e subordinados, é muito importante também a instrução da equipe de atendimento e / ou recepção quanto as medidas corretas a serem tomadas ao receber algum lote ou entrega de vacinas. Assim que entregues, as vacinas devem ser encaminhadas o quanto antes para a pessoa ou setor responsável, evitando mantê-la em local exposto ao sol, calor ou fora das condições de temperatura ideais.

Ao receber as vacinas, a equipe de recepção ou atendimento deve estar atenta para os dados relativos ao estado de conservação das vacinas quando despachadas (que devem estar claramente sinalizados no pacote recebido). Além disso devem observar quanto tempo se passou desde o despache. Caso o prazo de despache tenha sido muito longo ou as condições ideais não tenham sido respeitadas, deve-se recusar a entrega e retorná-la aos fornecedores com a devida justificativa.

A equipe de recepção e atendimento deve estar consciente também quanto ao procedimento correto para conservar as vacinas, para proceder corretamente em algum caso específico onde as pessoas ou setores responsáveis não se encontrem presentes em um determinado momento.

Um dos fatores que pode contribuir para evitar transtornos é deixar o local onde as vacinas são conservadas bem sinalizado, evidenciando sua importância. Além disso, a fonte de alimentação

de energia (tomada) do refrigerador, deve também ser sinalizada para evitar desligamentos indesejados. Se possível, recomenda-se manter um adesivo ou papel impresso próximo à tomada, evidenciando que a mesma não deve ser desligada ou removida.

Recomenda-se também deixar visível o nome e contato de um responsável da área que possa direcionar as ações corretivas em casos onde não haja ninguém da área no momento de uma ocorrência.

10. Medidas Corretivas e Preventivas

O estabelecimento de uma rotina de prevenção e determinação de responsáveis pela função de monitorar e zelar pelo acondicionamento das vacinas é um primeiro passo fundamental.

Os registros, independente da forma em que forem realizados, devem ser repetidos diariamente, pelo menos três vezes ao dia - indicando todo tipo de desvio observado. A cada registro realizado, deve-se lembrar de resetar os sensores de máxima e mínima, quando presentes, para que a próxima medição e registro seja fidedigna ao determinado período.

Em casos onde aconteça um desvio de temperatura significativo ou alguma ocorrência indesejável, deve-se realizar também o registro desta ocorrência, especificando horários, responsável pelo registro e medidas corretivas tomadas. Isto será importante em períodos de auditoria, bem como para identificar as possíveis causas.

Muitas vezes estes fatores podem ter origem nos equipamentos, que podem precisar de manutenção, ou ainda por quedas de energia. Em casos como estes, deve-se realocar as vacinas rapidamente para outro ambiente onde seja possível manter as temperaturas ideais.

Posteriormente a tomar os devidos cuidados com a ocorrência e assegurar o acondicionamento das vacinas novamente, recomenda-se uma investigação para averiguar o que causou a ocorrência e o estabelecimento de medidas preventivas para que isso não aconteça novamente.

É interessante haver, próximo ao local onde as vacinas são acondicionadas, um outro refrigerador de salvaguarda ou ainda maletas térmicas que possam adiar o efeito da temperatura. Além disso, caso seja viável, é válida uma fonte de energia reserva para

Se uma vacina precisa estar dentro das condições ideais de conservação ao longo de toda sua vida-útil, como podemos nos certificar que, ao recebê-las, elas tenham seguido tais parâmetros?

Cada órgão ou empresa por onde passam as vacinas possui a obrigação de zelar pelas condições de conservação das mesmas. Isso se aplica desde o laboratório de fabricação das vacinas até o momento de aplicação nos usuários.

Cabe também à instituição ou pessoa que recebe as vacinas, averiguar se as mesmas estão nos conformes e tiveram suas condições de conservação respeitadas, podendo recusar recebê-las em casos onde as condições não tenham sido respeitadas.

Essa necessidade de controle e manutenção das condições ideais nos leva ao conceito de “Rede de Frio”, definido como o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos ao longo de sua vida-útil. O objetivo deste processo é assegurar que todos os imunobiológicos (vacinas) aplicados nos usuários mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade aos indivíduos vacinados.

Há diferentes métodos para realizar este controle, os quais iremos explorar a seguir.

5. Registro e Controle Manual

No armazenamento, transporte ou manipulação, é possível que as vacinas sejam expostas a condições indesejáveis de temperatura, umidade, incidência de luz solar, entre outros. Para lidar com problemas como estes e previnir as perdas, é realizado o registro e monitoramento das condições ambientais, evitando que as vacinas sejam danificadas.

O procedimento de controle é realizado mais comumente por meio de termômetros ou termoigrômetros nos locais onde as vacinas são armazenadas, seja em refrigeradores, maletas térmicas, freezers ou em transporte. No caso da temperatura é

alimentar os refrigeradores temporariamente até que a padrão se reestabeleça normalmente.

Uma medida preventiva bastante eficaz é a utilização de sistemas de alerta automático para realizar o monitoramento das temperaturas. É possível definir as faixas de temperatura máxima e mínima para ativar os alarmes e ser notificado sempre que a temperatura das vacinas se aproxima destas faixas. Deste modo, a antecipação das situações e tomada de uma atitude rapidamente evita o agravamento da ocorrência, não afetando assim as vacinas.

11. Considerações Finais

Ao lidarmos com a saúde humana estamos administrando recursos de extrema importância, portanto, cabe a todos nós como prestadores de serviços estarmos a par de nossa responsabilidade, nos informando e tomando as medidas necessárias para preservar a saúde e a vida das pessoas.

Este Guia de Boas Práticas para Conservação de Vacinas é apenas uma pequena contribuição de nosso negócio para o cenário da saúde, com o qual pretendemos colaborar cada vez mais. Nosso objetivo é contribuir ainda mais por meio de nossos serviços, da conservação de insumos, da conscientização e do estabelecimento de parcerias sólidas com entidades da saúde de ideais em comum.

Nos colocamos à disposição e agradecemos sua leitura. Obrigado!

Equipe [email protected]

Revisão Técnica:Angaci Merisio - CRF 6259Pós graduada em Gestão de Assistência Farmacêutica pela UNOCHAPECÓFarmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

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