vacinas gênicas

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Vacinas gênicas [email protected]

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Page 1: Vacinas gênicas

Vacinas gênicas

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Page 2: Vacinas gênicas

História

1774- Benjamin Jetsy / Fazendeiro The Dorset / England Imunizou seus 2 filhos e sua esposa com

“cowpox” a fim de evitar a varíola

1796- Edward Jenner / Médico Gloucestershire / England Imunizou uma criança chamada James

Phipps

Page 3: Vacinas gênicas

Prevenção

Epidemiologia Patogênese

Imunologia Quimioterapia

Page 4: Vacinas gênicas

Importância das vacinas no controle e erradicação de doenças infecciosas

Método preventivo Redução rápida da transmissão Relação benefício-custo alta Erradicação da varíola no mundo

Page 5: Vacinas gênicas

Características de uma vacina efetiva

Segura Capaz de induzir altos níveis de proteção Induzir níveis de proteção duradouros Induzir anticorpos neutralizantes Induzir linfócitos T efetores Baixo custo Estabilidade Fácil administração Poucos ou nenhum efeitos colaterais

Page 6: Vacinas gênicas

Efeito da vacinação contra poliomielite no Brasil

Anos (Ministério da Saúde)

1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989

Inci

dênc

ia d

e po

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lite

por

100.

000

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0

20

40

60

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100

Cob

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a va

cina

(%)

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

Page 7: Vacinas gênicas

Efeito da vacinação contra poliomielite no mundo

Page 8: Vacinas gênicas

Composição químicas da vacinas existentes

- Vírus vivos atenuados- Vírus inativados- Bactérias vivas atenuadas- Bactérias mortas- Toxóides- Polissacarídeos- Componentes antigênicos- obtidos por engenharia genética

                                        

Page 9: Vacinas gênicas

Vírus vivos atenuados

Anti-varíola Anti-febre amarela Anti-caxumba Anti-poliomielítica (Oral

Sabin) Anti-rubéola Anti-sarampo

Vírus inativados Anti-poliomielítica

injetável (Salk) Anti-rábica

Anti-Tuberculose (BCG)Bactérias vivas atenuadas

Bactérias mortas Anti-colérica Anti-coqueluche Anti-febre tifóide

Page 10: Vacinas gênicas

Toxóides Anti-tétano Anti-diftérica

Polissacarídeos Anti-H. influenza do tipo b Anti-meningocócica Anti-pneumocócica

Componentes antigênicos obtidos por engenharia genética

Anti-hepatite B

Page 11: Vacinas gênicas

Vantagens

Múltiplos antígenos Simples produção Baixo custo relativo

Desvantagens

Formulação antigênica complexa

Toxicidade Resposta imune complexa

Vacinas convencionais

Page 12: Vacinas gênicas
Page 13: Vacinas gênicas

Razões que dificultam a geração de uma vacina contra alguns microrganismos patogênicos

Ausência de cultura axênica

Necessidade de grande suprimento de células humanas para o crescimento in vitro

Alto custo

Alto risco

Page 14: Vacinas gênicas

Possíveis soluções para a produção de antígeno vacinas sintéticas

Peptídios Sintéticos

Proteínas recombinantes

Microrganismos geneticamente modificados

Vacinas de DNA

Page 15: Vacinas gênicas

RESEARCH PRIORITIES FOR PRODUCTION OF NEW AND IMPROVED VACCINES

hepatitis types A, B, C, and D enteric pathogens including rotavirus, shigella, and cholera sexually transmitted diseases (genital herpes, gonorrhea, and chlamydia) croup and pneumonia in infants and children caused by respiratory

syncytial virus AIDS respiratory diseases caused by pneumococcus group B streptococcus influenza malaria tuberculosis Ieprosy

Page 16: Vacinas gênicas

Doenças

Page 17: Vacinas gênicas
Page 18: Vacinas gênicas

Vacina recombinante ideal

Múltiplos antígenos Antígenos expressos em diferentes fase

do parasito Composta de antígenos com um

polimorfismo limitado Capaz de induzir múltiplos tipo de

resposta imune protetora Alta eficácia e baixo custo

Page 19: Vacinas gênicas

Direcionamento da pesquisa

Determinação dos mecanismos imunológicos de proteção

Isolamento dos genes que codificam para antígenos destes microrganismos

Identificação de epítopos relevantes e com baixa variação antigênica entre as cepas

Page 20: Vacinas gênicas

E como foram definidos os mecanismos imunológicos de proteção?

Transferência passiva de imunidade

Anticorpos monoclonais Clones de linfócitos T CD4 ou CD8

Page 21: Vacinas gênicas

PROTEÍNAS RECOMBINANTES

Sistemas de expressão de proteínas recombinantes

Procariotos (E.coli)

Eucariotos - Leveduras (S. cerevisae)

Baculovírus

Page 22: Vacinas gênicas

Vacina contra hepatite B recombinante

Antígeno S

Purificação

Levedura

Plasmídio

Vacina

Gene ag S

Proteína

Page 23: Vacinas gênicas

Antígeno S da Hepatite B

PartículaMembranosa

Anticorpos

Page 24: Vacinas gênicas

Vacinas recombinantes contra a hepatite B

Engerix-B SmithKline Beecham/US

Recombivax HB Merck/US

GenHevac B Pasteur/France

• Mais de 1 bilhão de doses (1982-presente).

• Produzida em leveduras (S. cerevisiae)

Page 25: Vacinas gênicas

VÍRUS RECOMBINANTES

Vacinas gênicas

VACINAS DE DNA

Vetores preparados para transferir genes

Page 26: Vacinas gênicas

DNA

VírusSelvagem

Gene exógeno

Célula hospedeira

Proteína recombinante

VírusRecombinante

Vírus recombinantes

Page 27: Vacinas gênicas

Geração de vírus recombinantes

Page 28: Vacinas gênicas

Vírus utilizados

Vaccinia (vacina contra varíola) Influenza (vacina contra gripe) Adenovirus (vacina contra infecção por

adenovirus) Vírus da Pólio (vacina contra pólio) Vírus da febre amarela (vacina contra

febre amarela).

Page 29: Vacinas gênicas

Estrutura dos flavivírus

Dímero da proteína doenvelope

Page 30: Vacinas gênicas

Modelo estrutural de um dímero da proteína do envelope do vírus da Febre Amarela

Bonaldo et al. (2002) Epítopos exógeno

Page 31: Vacinas gênicas

Estrutura do vírus influenza

hemaglutinina do vírus da influenza

Page 32: Vacinas gênicas

Estrutura do vírus vaccinia

Estrutura do Adenovírus

Page 33: Vacinas gênicas

Formas de inoculação

Sub-cutânea Intra-muscular Por via de mucosas

Page 34: Vacinas gênicas

Propriedades adjuvantes

Interferons IL-6 Outros?

Page 35: Vacinas gênicas

Imunização com vírus recombinantes

Anticorpos Linfócitos T CD4 TH1

Linfócitos T CD8

Page 36: Vacinas gênicas

Vírus recombinante

• Já usado como vacina• Produção em larga escala • Diversos tipos de resposta

imune• Grande quantidade de

Informação (vírus de DNA)

• Limitação da quantidade a ser inoculada

• Limitação da quantidade de antígeno produzido

• Pouca antigenicidade

Vantagens Desvantagens

Page 37: Vacinas gênicas

VACINAS DE DNA

Plasmídio vetor deexpressão

Geneexógeno

Promotor forteCitomegalovírus

Cauda Poli-A

Page 38: Vacinas gênicas

Formas de inoculação

Sub-cutânea Intra-muscular Por via de mucosas

Page 39: Vacinas gênicas

Micro-bombardeamento com partículas (“gene gun”)

Page 40: Vacinas gênicas

Microenhancer array

Page 41: Vacinas gênicas

Propriedades adjuvantes

Interferons IL-12 Outros?

Page 42: Vacinas gênicas

Núcleo

ProteínaExógenaCélula hospedeira

Plasmídio epissomal

Page 43: Vacinas gênicas

Injeção intra-muscular de DNA plasmidal marcado com rodamina

DNA plasmidial Núcleo Overlay

Page 44: Vacinas gênicas

Expressão da proteína exógena após imunização intramuscular

b-galactosidase

Page 45: Vacinas gênicas

Expressão da proteína exógena após injeção s.c.

GFP

b-galactosidase

Page 46: Vacinas gênicas

Imunização com DNA

Anticorpos Linfócitos T CD4 TH1

Linfócitos T CD8

Page 47: Vacinas gênicas

Vacinas de DNA

Sem proteína Grande quantidade de informação

genética Vários tipos de resposta imune Produção da proteína “in situ” Simples, estável e de baixo custo

relativo

Sistema novo e pouco conhecido

Possibilidade de integração do vetor de expressão no genoma

Vantagens Desvantagens

Page 48: Vacinas gênicas

Immunização com DNA no homem?

Hepatitis B DNA vaccine induces protective antibody responses in human non-responders to conventional vaccination.

Rottinghaus ST, Poland GA, Jacobson RM, Barr LJ, Roy MJ.

Department of Internal Medicine, Mayo Clinic, 55905, Rochester, MN, USA

Vaccine. 2003. 21:4604-8.

Page 49: Vacinas gênicas

Linfócitos T CD8 ab

Restritas por MHC classe I

1996

Nobel Prize of Medicine:

Peter C. Doherty and Rolf Zinkernagel

Citotóxicos para células infectadas por vírus

Page 50: Vacinas gênicas

MCH classe I + peptídeo MCH classe II + peptídeo

Linfócitos T CD8 ab Linfócitos T CD4 ab

Page 51: Vacinas gênicas

Cutting edge: CD4 and CD8 T cells are intrinsically different in their proliferative responses.Foulds KE, Zenewicz LA, Shedlock DJ, Jiang J, Troy AE, Shen H. J Immunol. 2002 Feb 15;168(4):1528-32.

Linfócitos T CD8 proliferam e se diferenciam mais rápido que

linfócitos T CD4

Page 52: Vacinas gênicas

107 linfócitos T CD8 específicos por baço

105 linfócitos T CD4 específicos por baço

Durante a infecção experimental por LCMV

Page 53: Vacinas gênicas

Durante a infecção experimental por LCMV

Células CD8 de memória

Page 54: Vacinas gênicas

Apoptose da célula alvo infectada

Mecanismos efetores mediados por linfócitos T CD8

Lise da célula alvo infectada

Secreção de linfocinas (Interferon-g, TNF, quimiocinas, etc.)

Page 55: Vacinas gênicas

Vírus (HIV, etc)

Patógenos cuja a imunidade mediada por CD8 é crítica

Bactérias (M. tuberculosis, etc.)

Protozoários intracelulares (Plasmodium, T. cruzi, Toxoplasma)

Page 56: Vacinas gênicas

Vírus HIV

GagPolGenoma viral

Env

Page 57: Vacinas gênicas

Diferentes estratégias para a indução de linfócitos T CD8 específicos

Vírus Recombinante (DNA or RNA) DNA plasmidial Combinação (prime-boost heterólogo)

Page 58: Vacinas gênicas

Rodrigues et al., 1994 and Miyahiara et al., 1995

ELISPOT for detection of peptide-specifc CD8 T cells.

Page 59: Vacinas gênicas

Tetramer/Pentamer staining for detection of peptide-specifc CD8 T cells

Page 60: Vacinas gênicas

D=DNA plasmidial V=Vaccinia A=Adenovírus

Page 61: Vacinas gênicas

Prime-boost heterólogo e ativação de linf. T CD8

Page 62: Vacinas gênicas

DNA plasmidial

Vaccinia recombinante : MVA

DNA plasmidial +CRL (adjuvante)

Adenovirus (Ad5) recombinante

DNA plasmidial +MPL (adjuvante)

DNA plasmidial +CRL / Ad5

DNA plasmidial +CRL / MVA

Vírus Recombinante (DNA)

DNA plasmidial

Combinação (prime-boost heterólogo)

Vacinação experimental de macacos contra a infecção por SHIV

Page 63: Vacinas gênicas

DNA MVA

DNA+CRL Ad5

DNA+MPL

DNA+CRL / Ad5DNA+CRL / MVA

Freqüência de linfócitos T CD8 específicos

Page 64: Vacinas gênicas

Céls. CD4 RNA Viral no Plasma

Controle

DNA

DNA+CRL

DNA+MPL

MVA

Ad5

Control

DNA+CRL/MVA

DNA+CRL/Ad5

Page 65: Vacinas gênicas

DNA MVA SHIV DNA MVA SHIV

Carga viral (RNA no plasma) Contagem de CD4 no sangue

Controles

Controles

Desafio = intrarrectal

Page 66: Vacinas gênicas

A Randomised, Double-Blind, Controlled Vaccine Efficacy Trial of DNA/MVA ME-TRAP Against Malaria Infection in Gambian AdultsVasee S. Moorthy, Egeruan B. Imoukhuede, Paul Milligan, Kalifa Bojang, Sheila Keating, Pauline Kaye, Margaret Pinder, Sarah C. Gilbert, Gijs Walraven, Brian M. Greenwood, Adrian S. V. Hill.

http://www.malaria-vaccines.org.uk/

Page 67: Vacinas gênicas

Recombinant virus against malaria (Clinical trials = humans)

2005

Page 68: Vacinas gênicas

             

           

                                                                                    

                                                             

                                                                                    

             

           

http://www.vacinashiv.unifesp.br/

Page 69: Vacinas gênicas

Conclusões

Conhecimento básico para o desenvolvimento de vacinas recombinantes

Conhecimento importante dos mecanismos imuno-protetores contra microrganismos patogênicos

Já existe várias vacinas comerciais contra hepatite B Existem várias vacinas recombinantes sendo testadas.

Os estudos para o desenvolvimento de vacinas recombinantes têm trazido: