vacinas slide
TRANSCRIPT
Produção de Vacinas
Vacinas BacterianasVacinas Virais
Apontamento Histórico
� Jenner (1749-1823)� Vacinação da Varíola remonta ao sec VI
na China� Vacinação controlou 9 doenças em
algumas partes do mundo:varíola, sarampo, difteria, pliomielite, rubéola, febre amarela, tétano
� Progressos: contra a gripe, hepatite B
Vacina da Varíola (trabalhos de Jenner)
� Ordenhadeiras �lesões nas mãos � Durante epidemias elas não contraiam a
doença (variante humana)
� Retirou material das lesões da varíola bovina
� Injectou em si próprio� VACINAS derivado do termo latino VACCA
Antigenes do vírus da varíolahumana
Antigenes do vírusda varíolabovina≈
Mas com gravidade diferente
Antigenes????
Antigene
� Substâncias de natureza proteica, polissacaridica ou constituídos por outros compostos ligados às proteínas
antigenesEstimulaProdução de anticorpos
Hospedeiro
Microrganismo
Antigene Hospedeiro
Induz o mecanismo de defesa a produzir anticorpos
IMUNIZAÇÃOO hospedeiro nãocontrai a doença provocada pelomicrorganismoinvasor
Tipos de imunidade conferida por vacinas
� Baseia-se em:• Resistência específica � é activa contra um
determinado microrganismo patogénico (ex: anticorpos que neutralizam vírus da raiva)
• Imunidade do hospedeiro (inespecífica ou natural) � activas contra diferentes espécies de microrganismos
Imunização activa
� Artificialmente adquirida � indução da formação de anticorpos através da introdução artificial do antigene
� Naturalmente adquirida � introdução do antigene acidental (ferida, via oral)
Ex: Poliomielite – penetra pelo trato digestivo. Se houver no sangue anticorpos específicos induzidos em número suficiente, que impeçam que o vírus atinja o sistema nervoso central, não há problema.
Imunização passiva
� Naturalmente adquirida �transferência de anticorpos para o feto através da placenta
� Artificialmente adquirida �os anticorpos são injectados no organismo proporcionando protecção imediata
(ex: soro antidiftérico (contendo anticorpos de cavalo contra a exotoxina diftérica)
Acção de antibiótico ≠ soro diftérico O antibiótico impede a reprodução e excreção da toxina mas
não é eficaz contra a substância já presente
Principais tipos de vacinas
� Cólera (Vibrio cholerae)
� Febre Tifoide (Salmonellatyphi)
� Tuberculose (Mycobacteriumbovis)
� Difteria (Corynebacteriumdiphterae)
� Tétano (Clostridium tetani)
� Peste (Yersinia pestis)
� Meningite (Neisseriameningitidis)
� Pneumonia Lombar ( Diplococcus pneumoneae)
� Poliomielite� Varíola� Raiva� Rubéola� Influenza� Sarampo� Febre amarela
Fermentação na produção de vacinas
Volume do inoculo necessário depende de:
� Condução dos processos fermentativos, logo da [microrganismos] e [antigenes] obtidos;
� Via de aplicação da vacina (parenteral ou oral)� Posterior purificação do antigene
• > nº requerido para pureza especificada�
• > o volume necessário a 1 dose humana
Ampliação de Escala (obstáculos)
� A) vacinas virais preparadas e rotina com matéria prima (ex: pele de bezerro, ovos de galinha) são problemáticos quando em grande escala
� B) Alguns processos ainda são desenvolvidos em institutos e laboratórios
� C) cultivo de bactérias patogénicas e vírus exigem condições complexas.
Produção de Vacinas (processo unitário)
a) Temperaturas de cultivo ≈ 37ºC
b) Meios de cultivo com composição complexa
c) Volumes de meios de cultura < do que noutros processos industriais (25-3500L)
Produção de Vacinas (processo unitário)
d) A natureza complexa dos meios, o pH óptimo ≈ 7,5 e a temperatura, sendo condições favoráveis à proliferação de larga gama de microrganismos patogénicos, exige estrita assepsia e protecção especial dos operadores contra infecções acidentais
e) As substâncias de interesse (os antigenes) não constituem o principal produto metabólico
Produção de Vacinas (processo unitário)
f) Os efeitos colaterais decorrente da aplicação da vacina devem ser minorizados
g) Nem sempre é possível saber a eficácia da vacina durante o processo de cultivo, a mesma baseia-se em efeitos observados em animais de laboratório
Vacinas BacterianasClassificação/Processos de
Produção
� Segundo localização do antigene (corpo bacteriano ou meio):
• Partículas (ex: cólera, BCG, febre tifoide)
• Não particuladas (toxoides: diftérico tetânico)
Pode influenciar tratamento final aquando da produção da vacina
Vacina contra cólera e febre tifóide (enterobacterianas)
� Infecção transmitida Homem – Homem, alimentos e água;
� Bactérias Gram-
� Problemas no trato gastro-intestinal
� Reproduzem-se em meios simples
� Igual meio de cultivo e processamento posterior;
Cólera - Apontamento Histórico
� Vibrio cholerae – descoberto por KocK� Doença originária na India e Paquistão� Melhoria das condições sanitárias restringiu a
doença� Variedade benigna “El Tor”� Melhor imunidade conseguida por uma vacina
contendo estirpe atenuada (Inaba e Ogawa)� Aplicação da metodologia do DNA
recombinante
Febre Tifoide – Apontamento Histórico
� Doença descrita por Budd em 1856
� Bacilo responsável descrito por Berthem 1880
� Isolado por Gaffky (disc. Kock) 1884
� Salmonella typhi penetra pela via digestiva e atinge corrente sanguínea
Vacina
� Bacterias de S. typhi (estirpe Tyz de Felix)
� Inactivada pelo calor a 53ºC por 1 hora� Preservada em fenol a 0,5 %
Ou
acetona ou álcool + suspensão da bactéria �liofilização
tradicional
Cultivos submersos podem ser realizados em fermentador:
- Meio de cultura simples (c/ ext.Levedura e glicose, adicionada aos poucos senão � teor de antigenes )
- pH 7,3 -7,6- Tendo em consideração que são
aeróbios obrigatórios
- Fase estacionária ao fim de 6-8 horas de fermentação
BCG – Apontamento Histórico
� 1882 – relacionou a etiologia da tuberculose à Mycobacterium tuberculosis(tipo humano)
� Crescimento muito lento em meio sólido
� Kock tentou obter vacina inactivando o agente por calor, formalina, outros quimicos
Continuação
� Calmette (1921) suspeita que imunidade éadquirida pela presença de microrganismos vivos
� Desenvolvimento de uma estirpe atenuada de Mycobacterium bovis
� Foram precisas 250 sub-culturas com meio de batata, glicerina e bilis bovina
� Estirpe conhecida por Bacilo Calmette-Guerin(BCG)
� Administração oral (-eficaz) ou parenteral
Método de Cultivo
Cultivo estático- elevado nº de frascos- p/ compensar crescimento lento e
dispersão bacilar �desagregação com esferas em moinho de bolas (que causa morte de 40-60%)
- Adição de tensioactivos p/ facilitar a dispersão bacilar sem gd agitação
Cultivo submersoProduto final mais viável (7x) para mesma
quantidade de biomassa
Bactérias cultivadas em profundidade mais resistentes a posterior liofilização.
Combinação meio/estirpe/geometria de fermentos
� � perda de viabilidade durante cultivos prolongados
� � efeitos tóxicos dos tensioactivos� Manutenção de assepsia dt 8 dias de cultivo
com agitação� O facto do pH ser +- 7,5 � o risco de
contaminação� < imunogenicidade em cobaias quando
comparado com a estática� Respeitar normas da OMS
Toxoides – mléculas de toxina modificada
� As toxinas:
- São de natureza proteica- Posteriormente submetidas a um
destoxificação
- Sem alterar propriedades imunogenicas
Método para detectar presença de toxinas no meio
Toxina Soro com anticorpos contra esta toxina(antitoxina)
Floculação visível a olho nu
+
� Exotoxinas –• termolábeis• Originam anticorpos específicos• + facilmente excretadas pela célula
� Endotoxinas –• termoestáveis• Não induzem formação de anticorpos específicos• Além de proteínas contêm lipopolissacáridos
Classificação das exotoxinassegundo tipo de libertação
a) Toxinas ligadas firmemente às células libertadas (ex: toxina da Pasteurella pestis)
b) Difundem-se livremente no meio de cultura durante a reprodução microbiana [intracelular]≈[extracelular] (ex: toxina diftérica)
c) Difundem-se no meio mas [intracelular]>[extracelular] (ex: Clostridium sp.)
Toxoide Diftérico
� Corynobacterium diphtheriae (35ºC)� Vacina descoberta por Behring� Toxina é um polipeptido, molécula com dois
fragmentos A ( responsável pela toxicidade) e B (responsável pela penetração na célula).
� Anticorpos para B protegem da infecção� Há efeitos colaterais (febre) devido à presença
de proteínas estranhas no toxoide
Método de cultivo
� Meio de cultura desenvolvido por Linggod e Fenton, inclui extracto de carne bovina, ext. levedura e Maltose
� A presença de ferro é prejudicial à formação da toxina
� A quantidade dissolvida no meio proveniente do inox dos contentores está abaixo do prejudicial
� O crescimento bacteriano não é inibido
� podem ser usados outros materiais como vidro e alumínio;
� Formação da toxina não está associada àreprodução bacteriana
� Actividade torna-se mensurável a partir da fase de declínio (48h de fermentação)
� pH baixa de 7,8 → 7,5� Com arejamento insuficiente pH baixa de 7,8 →6,5 � < produção de toxina
Maltose Glicose Ác. orgânicos CO2 + H2O1 2 3
Depende:Disponibilidade do oxigénio livre���� arejamento ����+ lentalogo acumulação dos ác. Orgânicose acentuada ���� do pH
FormicoAcéticoLacticoPropionicoSuccínico
Acumulação dos ácidos depende da rapidez de fornecime nto da glucose e de oxidação dos ácidos
����[ácidos] �������� [toxina] > arejamento > produção toxina
Processo Industrial
Fermentação
Filtração Tangencial
Filtração Molecular
Cromatografia
Destoxificação
Cromatografia
Filtração esterilizanteMistura com toxoide tetânico
Separação das bactérias, do meio onde se encontra toxina
Separação dos nutrientes residuais e dos metabolitosda toxina
Moléculas separadas por tamanho e carga
Purifica e concentra toxoidesnos padrões estabelecidos
Desnaturar a toxina pela acção do formaldeido a 37ºC, 4-6 semanas
Tétano – Apontamento Histórico
� Clostridium tetani – Bacilo Gram +
� 1884 – descoberta natureza infecciosa� 1889 – Kitasato isola microrganismo in
vitro
� 1890 – descoberta da toxina por Faber
Toxoide TetânicoCultivo de bactérias
� Produz esporos termoestáveis� É estritamente anaeróbio� N insuflado pode levar a contaminação
acidental� Meio de cultura desenvolvido por Mueller e
Miller (modificado por Latham) constituído por um produto da digestão enzimática da caseína (N2case), infusão de coração de bovino, sais minerais e vitaminas
Toxina Tetânica ≠ Toxina Diftérica
� Tetânica:� Já está presente no
interior da célula em quantidade considerável em estágios precoces da fermentação
� Diftérica:� Não se observa
acumulação intracelular na fase de crescimento.
Processo Industrial
Fermentação
Filtração Tangencial
Filtração Molecular
Cromatografia
Destoxificação
Cromatografia
Filtração esterilizante
Usar formaldeido, mistura permanece a incubar a 37ºC, 4 semanas – fazer controlo de toxoides – se houver toxicidade adicionar mais formaldeido
Filtro de 0,22 Ø µm
Controlo do Toxoide
� Toxicidade específica
� Ausência de contaminantes� Conteúdo e potência do antigene
Engenharia Genética – esforços para obtenção de peptidosSintéticos para diminuir os efeitos colaterais
Vacinas Virais
� Reprodução dos vírus em culturas invitro � em células animais (em órgãos como rins de macaco ou cobaia)
� Cultura estática
� Cultura submersa
Cultura estática
� Cultura sem agitação em 1 ou mais camadas de células até a superfície do meio ficar coberta destas
�Inoculação com os vírus
�que se propagam podendo causar lise ou não
�separação, purificação inactivação (ou não)
Desvantagens
� Frequentes operações de inoculação de frascos, trocas de meio e colheitas
�
> risco de contaminação
Cultura submersa
� Em condições homogéneas, submersa, em suspensão
� �
� Reprodução de células
� Constante agitação do meio
� Em biorreactores (apropriados)
Vantagens
� � risco de contaminação� < mão de obra envolvida� Já há equipamento para controlo das
condições (pH, O2 dissolvido, temperatura, volume de entrada e saída)
�Condições ambientais constantemente favoráveis
�> Uniformidade dos lotes de vacinas obtidos
Desvantagens
1) Difícil manter uma suspensão de células individuais (pode-se promover a adesão dessas células sobre esferas microscópicas ou microcarregadoresque permanecem em suspensão graças à agitação mecânica do meio)
Desvantagens
2) Quando � a escala2.1. problemas na definição de necessidades nutricionais
de cultivo2.2. acumulação de subprodutos do metabolismo e sua
remoção2.3. transferência de O2 no biorreactor2.4. Sensibilidade das células às restrições físicas e
fisiológicas no crescimento (tensões devido à agitação, limitações de transporte em situação de alta [células]
2.5. adopção de métodos de monitorização e controlo do processo
Sistemas de agitação
Devem:
� Permitir adesão das células aos microcarregadores
� Evitar efeitos mecânicos decorrentes da agitação que levem ao rompimento das membranas celulares
� Evitar arejamento excessivo
Vacinas
Varicela
Herpes
Doença de Newcastle
Raiva
Febre bovina efémera
Influenza
Encefalite equinaRubéola
RaivaSarampo
Febre AftosaPoliomielite
VeterináriosHumanos
Advances inBiotechnological ProcessesAnimal and Human VirusVaccines
Esquema do processo de vacina da Influenza