guernica

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Guernica

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  • ESTTICA APLICADA

    AULA 2

  • Guernica um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasio da Exposio Internacional de Paris. Foi exposto no pavilho da Repblica Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a leo normalmente tratada como representaRva do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por avies alemes, apoiando o ditador Francisco Franco. Atualmente est no Centro Nacional de Arte Rainha Soa, em Madrid.

  • O que signica uma leitura da uma obra de arte? aquilo que pretendemos fazer quando nos defrontamos com um texto de pintura, de escultura, de arquitetura. Em relao a esse problema h muitos preconceitos. O pior julgar que a obra de arte representao de algo (uma gura, um fato, uma ao), e que portanto basta interpretar a ao representada para penetrar no signicado da obra. Isso gera leituras esquemEcas, como a que se pode fazer de Dante pelos resumos desEnados s escolas secundrias. Sem dvida, no podemos admiEr que a poesia seja apenas a traduo mtrica de um contedo que poderia igualmente ser comunicado em prosa. O contedo no pode ser separado dos elementos poEcos (slabas, palavras, pontuao), e ainda mais inseparvel dos sons que consEtuem as palavras daquele poema: uma palavra no lugar de outra, ainda que seja um sinnimo, pode alterar o poema. O signicado determinado tambm pela escolha das palavras e dos sons num certo contexto, pela eEmologia ou pelo valor sonoro (agudo ou grave). Voltando s artes plsEcas, preciso levar em conta apenas aquilo que vemos, e tudo aquilo que vemos. Os pormenores, portanto, mas tambm os modos da gurao; uma pincelada pode ser to ou mais signicaEva do que a descrio de um objeto. preciso abordar a obra de um ponto de vista rigorosamente fenomenolgico. Num fenmeno, todos os fatos parEculares que o consEtuem possuem um signicado; nenhum deles pode ser acrescentado ou esquecido. Giulio Carlo Argan. Clssico AnRclssico- O Renascimento de Brunelleschi a Bruegel

  • ENQUANTO OBJETO Relao gura x fundo guras se misturam Preto e branco Planaridade x perspecRva (profundidade) Espao arquitetnico/ porta (guras entrando) = abrigo? Luz x sombra Diagonal Formas sem uma geometria bem marcada (dinmico)

  • ENQUANTO OBJETO Rabo esquerda = fumaa? Pessoas em busca pela luz Animais sofrendo Mulher se arrastando Algo atravessando o cavalo Luz iluminando os elementos todos tem o mesmo grau de importncia

  • AUSNCIA DE HIERARQUIA. TEMPO DIACRNICO.

  • ILUMINAO LUZ DIRECIONADA. CONTRASTE ENTRE CLARO E ESCURO.

  • TRINGULO ESTABILIDADE, EQUILBRIO. USO DE DIAGONAIS MOVIMENTO. ORGANIZAO - DESORDEM

  • ENQUANTO IMAGEM Conito na composio, no olhar conitos gerados pela guerra Conito planaridade e perspecRva Tempo diacrnico - Ausncia de Hierarquia

  • ENQUANTO IMAGEM Luz arRcial sofrimentos e injusRas esto sendo vistos, observados. Luz arRcial e natural como possibilidade de salvao

  • ENQUANTO IMAGEM A paz ainda possvel e buscada esperana (or intacta e espada quebrada) / luz interna, tocha

  • ENQUANTO LINGUAGEM

    Busca por uma ordem Paz x guerra Percepo da obra (o olhar guiado pelo sujeito) busca por um caminho possvel. O Homem tem a capacidade de guiar seu prprio desRno.

  • ENQUANTO LINGUAGEM

    Por meio da aparente desordem se traa uma ordem descoberta individual do homem caminho individual.

  • David Friedrich: O peregrino sobre o mar de nvoa, 1818.

  • No, la pintura no est hecha para decorar las habitaciones. Es un instrumento de guerra ofensivo y defensivo contra el enemigo. ("No, a pintura no est feita para decorar apartamentos. Ela uma arma de ataque e defesa contra o inimigo.") Pablo Picasso, sobre Guernica

    FIM

  • O arRsta deve inventar, disse Picasso, e no simplesmente copiar a natureza, como um macaco. Se o que se quer uma duplicata bidimensional do mundo, argumentavam os modernistas, a fotograa sempre h de fornec-la com muito mais ecincia que a pintura.

    Consta que, certo dia, um ocial alemo que era, ao mesmo tempo, um brutamontes e um admirador secreto lhe fez uma visita. Pegando um postal de Guernica, voltou-se e perguntou, em tom de acusao: Foi voc que fez isto?. E o pintor disparou: Eu, no. Foram vocs que zeram!.

  • Agradecimentos e referncias: aulas do professor Matheus Gorovitz (2005).