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ABNT publica norma de Guarda-corpos Desde o último dia 31 de agosto, os projetos de arquitetura que incluírem varandas com guarda- corpos deverão obedecer à norma técnica sobre esse importante elemento de segurança nas edificações. A NBR 14718, que acaba de ser publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece requisitos que deverão ser considerados pelo autor do projeto arquitetônico. Sua função é conferir segurança ao usuário, principalmente às crianças, e se restringe às edificações residenciais e comerciais, não se aplicando à passarelas sobre ruas, avenidas, ginásios de esportes e locais de grande aglomeração pública. A NBR 14718 não diz ao fabricante como construir um guarda-corpo, mas estabelece os requisitos para materiais, projeto e desempenho de guarda-corpos, independentemente dos materiais empregados na sua fabricação. As engenheiras Vera Fernandes Hachichi, coordenadora do grupo de trabalho de Caixilhos da ABNT, e gerente técnica da Tesis Engenharia, e Lucia Alves e Silva, presidente do grupo de trabalho da AFEAL (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio) que elaborou o anteprojeto da norma e gerente da qualidade do Laboratório Falcão Bauer, explicam, resumidamente, o conteúdo e objetivo da norma. A idéia de desenvolver esse método nasceu da ausência de uma norma que regulamentasse o assunto e dos problemas de segurança de estruturas existentes. Baseado em metodologias francesa, italiana e japonesa, o texto adota os critérios de segurança dessas normas e define parâmetros para que os guarda-corpos sejam projetados e construídos com materiais que confiram um mínimo de segurança ao usuário. Condições de segurança estrutural A norma técnica define as condições de segurança estrutural às quais o guarda-corpo deve atender como, por exemplo: esforço estático horizontal; esforço estático vertical e resistência ao impacto de corpo semi-rígido. Tais condições devem ser suportadas pela estrutura do guarda- corpo, qualquer que seja seu tipo - gradil ou com vidro -, e quaisquer que sejam os materiais que o constituem : metal, polímero, concreto, etc. Quanto às características de desenho do guarda-corpo, a norma considera as limitações que podem comprometer a segurança dos usuários, como distância máxima de 11 cm entre perfis para guarda- corpos do tipo gradil - condição que impede a queda de animais ou crianças pelo vão. A altura mínima de 1,10 m, entre o piso acabado e a parte superior do peitoril, evita a escalada por crianças. Componentes horizontais (travessas) que possam ser usados como degrau não serão aceitos. O arquiteto terá que projetar o guarda-corpo de tal forma que internamente, um perfil horizontal, uma barra, um enfeite, jamais possa servir de degrau. A norma técnica obriga que o parapeito tenha uma seção transversal arredondada, independentemente de sua espessura, de forma a evitar que uma pessoa possa nele se sentar ou colocar objetos em sua superfície, como cinzeiro, copos ou vasos. Uma rajada de vento pode derrubar esses objetos causando ferimentos ou, até mesmo, a morte de transeuntes. Para garantir proteção adequada ao alumínio, o tratamento por anodização dos perfis terá que ser de, no mínimo, classe A18, o equivalente a camada de 16 a 20 micrometros. No caso das regiões marítimas ou industriais, de alta agressividade, a norma vai exigir a classe A23. No caso de perfis de aço ou de componentes metálicos ferrosos, deve haver proteção por camada de zinco com espessura mínima de 69 micrometros, conforme NBR 6323. No caso de guarda-corpo constituído por vidro, esse último deverá obedecer à NBR 7199, quanto às dimensões e características. Norma técnica Projetos de arquitetura que incluírem varandas com guarda-corpos deverão obedecer à NBR 14718, que acaba de ser publicada pela ABNT. Sua função é conferir segurança ao usuário, principalmente às crianças, e se restringe às edificações residenciais e comerciais. Baseado em metodologias francesa, italiana e japonesa, o texto da norma técnica define as condições de segurança estrutural às quais o guarda-corpo deve atender como, por exemplo: esforço estático horizontal; esforço estático vertical e resistência ao impacto de corpo semi-rígido. Projetos de arquitetura que incluírem varandas com guarda-corpos deverão obedecer à NBR 14718.

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Page 1: Guarda Corpos

ABNT publica norma de Guarda-corpos

Desde o último dia 31 de agosto, os projetos de arquitetura que incluírem varandas com guarda-corpos deverão obedecer à norma técnica sobre esse importante elemento de segurança nas edificações. A NBR 14718, que acaba de ser publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece requisitos que deverão ser considerados pelo autor do projeto arquitetônico.

Sua função é conferir segurança ao usuário, principalmente às crianças, e se restringe às edificações residenciais e comerciais, não se aplicando à passarelas sobre ruas, avenidas, ginásios de esportes e locais de grande aglomeração pública. A NBR 14718 não diz ao fabricante como construir um guarda-corpo, mas estabelece os requisitos para materiais, projeto e desempenho de guarda-corpos, independentemente dos materiais empregados na sua fabricação.

As engenheiras Vera Fernandes Hachichi, coordenadora do grupo de trabalho de Caixilhos da ABNT, e gerente técnica da Tesis Engenharia, e Lucia Alves e Silva, presidente do grupo de trabalho da AFEAL (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio) que elaborou o anteprojeto da norma e gerente da qualidade do Laboratório Falcão Bauer, explicam, resumidamente, o conteúdo e objetivo da norma.

A idéia de desenvolver esse método nasceu da ausência de uma norma que regulamentasse o assunto e dos problemas de segurança de estruturas existentes. Baseado em metodologias francesa, italiana e japonesa, o texto adota os critérios de segurança dessas normas e define parâmetros para que os guarda-corpos sejam projetados e construídos com materiais que confiram um mínimo de segurança ao usuário.

Condições de segurança estruturalA norma técnica define as condições de segurança estrutural às quais o guarda-corpo deve atender como, por exemplo: esforço estático horizontal; esforço estático vertical e resistência ao impacto de corpo semi-rígido. Tais condições devem ser suportadas pela estrutura do guarda-corpo, qualquer que seja seu tipo - gradil ou com vidro -, e quaisquer que sejam os materiais que o constituem : metal, polímero, concreto, etc.

Quanto às características de desenho do guarda-corpo, a norma considera as limitações que podem comprometer a segurança dos usuários, como distância máxima de 11 cm entre perfis para guarda-corpos do tipo gradil - condição que impede a queda de animais ou crianças pelo vão. A altura mínima de 1,10 m, entre o piso acabado e a parte superior do peitoril, evita a escalada por crianças. Componentes horizontais (travessas) que possam ser usados como degrau não serão aceitos. O arquiteto terá que projetar o guarda-corpo de tal forma que internamente, um perfil horizontal, uma barra, um enfeite, jamais possa servir de degrau.

A norma técnica obriga que o parapeito tenha uma seção transversal arredondada, independentemente de sua espessura, de forma a evitar que uma pessoa possa nele se sentar ou colocar objetos em sua superfície, como cinzeiro, copos ou vasos. Uma rajada de vento pode derrubar esses objetos causando ferimentos ou, até mesmo, a morte de transeuntes.

Para garantir proteção adequada ao alumínio, o tratamento por anodização dos perfis terá que ser de, no mínimo, classe A18, o equivalente a camada de 16 a 20 micrometros. No caso das regiões marítimas ou industriais, de alta agressividade, a norma vai exigir a classe A23. No caso de perfis de aço ou de componentes metálicos ferrosos, deve haver proteção por camada de zinco com espessura mínima de 69 micrometros, conforme NBR 6323.

No caso de guarda-corpo constituído por vidro, esse último deverá obedecer à NBR 7199, quanto às dimensões e características.

Norma técnicaProjetos de arquitetura que incluírem varandas com guarda-corpos deverão obedecer à NBR 14718, que acaba de ser publicada pela ABNT. Sua função é conferir segurança ao usuário, principalmente às crianças, e se restringe às edificações residenciais e comerciais. Baseado em metodologias francesa, italiana e japonesa, o texto da norma técnica define as condições de segurança estrutural às quais o guarda-corpo deve atender como, por exemplo: esforço estático horizontal; esforço estático vertical e resistência ao impacto de corpo semi-rígido.Projetos de arquitetura que incluírem varandas com guarda-corpos deverão obedecer à NBR 14718.

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A edição revisada da NBR 14.718 dá maior liberdade aos arquitetos

Revisada, norma está mais flexível

A edição revisada da NBR 14.718 - Guarda-Corpo para Edificações, publicada no final de janeiro pela ABNT, aproximou-se da realidade do mercado ao definir parâmetros para o produto e não mais para materiais ou detalhes de projeto. Esse grande avanço dá maior liberdade a projetistas, arquitetos e construtores.

O texto revisto pôs fim a uma queixa freqüente de fabricantes de guarda-corpos, consultores de fachadas e construtoras: a de que a norma não permitia muita liberdade de criação e inserção de detalhes em seus projetos. “Havia dificuldades para segui-la, tanto na realização dos ensaios, quanto no desenvolvimento dos projetos”, observa a engenheira Fabíola Rago Beltrame, coordenadora da Comissão de Estudos e consultora técnica da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal). Os estudos para modificação da NBR 14.718 começaram em 2005 e consumiram cerca de cem horas de trabalho da comissão. Agora, omercado brasileiro já pode contar com uma norma que nada deixa a desejar em relação às européias, já que a revisão se baseou em similares adotadas na Espanha, na França e em Portugal.

Esta primeira revisão da norma, cuja versão original foi publicada em 2001, estabelece a altura mínima obrigatória de um metro, a partir do piso, para os guarda-corpos, que podem ser de alumínio, aço, PVC, madeira ou vidro. “A norma ficou mais inteligente ao recomendar o material necessário, porém com mais engenharia”, destaca o consultor de fachadas Antônio Cardoso, da AC&D, que participou da Comissão de Estudos. Tentou-se, também, definir os parâmetros mínimos a serem respeitados e nunca determinar como fazer ou que tipo de material utilizar. No caso do vidro, por exemplo, que já tem norma própria, o item Materiais, subitem Elemento de Fechamento, cita apenas que seu uso e instalação como elemento de vedação em guarda-corpos deve estar de acordo com a NBR 7.199. Mas para qualquer situação deverá ser especificado vidro laminado. Também é importante destacar que não foi contemplado o uso de fechamentos envidraçados de varandas sobre gradis. Estes terão que atender à NBR 10.821, para esquadrias, além da norma em questão.

Com relação à segurança, uma das grandes preocupações da NBR 14.718:2008 é aespecificação do material de ancoragem, fixadores e parafusos e a sua profundidade no concreto. Afinal, de que adianta um guarda-corpo de grande apelo estético, mas com os elementos de fixação corroídos, como ocorre em alguns edifícios residenciais, principalmente em locais de alta salinidade? “Existem parafusos de ligas de alumínio tão resistentes quanto os de aço inox, assim como os de aço galvanizado também encontram aplicações seguras. O importante é utilizar um parafuso que não corroa”, destaca Fabíola. Além disso, independentemente do tipo de material, o guarda-corpo precisa receber acabamentos superficiais que garantam sua durabilidade.

Estudos e testesAs discussões teóricas que alimentaram os estudos da comissão encarregada da revisão do texto da NBR 14.718 foram acompanhadas de testes realizados no laboratório do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec). “Os métodos de ensaio ficaram mais bem definidos, assim como a forma de executá-los”, afirma Fabíola. Os ensaios - esforços estáticos vertical e horizontal, e resistência aos impactos - são os mesmos, com valores diferentes e acrescidos de detalhes, indicando onde devem ser aplicadas as cargas e o seu valor. Nos pontos indicados, relógios comparadores de medidas lêem as deformações - antes, não havia indicação de quais eram os pontos de medida. Com a revisão,indica-se também uma carga extra para avaliar a segurança em caso de acidentes, como um carrinho de criança projetando-se contra o guardacorpo, ou de esforço extra, com diversas pessoas apoiando-se nele ao mesmo tempo. Os testes foram feitos com a participação de técnicos que atuam no laboratório Falcão Bauer.

Cardoso explica que, de acordo com o novo texto, ogradil não pode deformar, com uma carga inicial, mais do que sete milímetros, modificação que é quase imperceptível ao usuário. Com a carga dobrada, a deformação não pode passar de 20 milímetros, tendo que voltar ao ponto original imediatamente após a retirada do esforço. Num terceiro ensaio, simulando um eventual acidente, entra a chamada carga de segurança, quando ela é quase dobrada novamente. “Aqui é que entendo estar um dos pontos altos da revisão da norma: o gradil, nesse exemplo, pode se deformar até 150 milímetros - desde que o corpo de prova não ultrapasse para o lado externo - e até não voltar à origem, pois o usuário pode trocar o gradil semidanificado”, comenta Cardoso. Com isso, segundo ele, poupa-se o superdimensionamento e, como conseqüência, tem-se o benefício da segurança com o material equivalente.

Métodos de ensaiosO teste de impacto utiliza um saco de couro com 40 quilos, com esferas de vidro, semelhantes a bolinhas de gude. Elevado a 1,5 metro de altura, ele cai em movimento pendular sobre o guarda-corpo e causa um impacto com energia de 600 joules. O guarda-corpo pode até se deformar, mas não quebrar-se. O vidro pode quebrar, mas não abrir grandes espaços ou rombos. “Se o laminado não for de qualidade, até ele pode abrir um rombo perigoso”, destaca Fabíola.

Os guarda-corpos ornamentais, igualmente, não podem ter espaços muito grandes. Travessas horizontais não são permitidas desde a parte de baixo - o trecho inicial precisa ter um anteparo de pelo menos 45 centímetros. A mesma medida é aplicada aos gradis. Além disso, as distâncias verticais entre as grades têm que ser menores que 11 centímetros, para que entre elas não passe a cabeça de uma criança, por exemplo. Os ensaios de impacto para os guarda-corpos são os mesmos aplicados aos gradis. Nos ensaios, eles podem se deformar, mas não abrir espaços perigosos.

Os estudos para a revisão da norma começaram antes do prazo recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é de cinco anos. Havia uma forte mobilização do mercado para que isso ocorresse, reforçada por questionamentos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo (Sinduscon/SP) em relação a alguns procedimentos sobre a galvanização dos guarda-corpos de aço. Os laboratórios fizeram ensaios segundo a norma NBR 14.718:2001 e começaram a ter dúvidas - por exemplo, onde aplicar as cargas de testes e onde colocar os equipamentos que avaliam deformações. “Faltavam detalhes na metodologia”, comenta Fabíola. Assim, o movimento em favor da revisão ganhou o apoio da entidade e de laboratórios. “O respeito a essa norma deverá aumentar em função de sua maior coerência”, afirma Fábio Gadioli, secretário da Comissão de Estudos e diretor da Igê Alumínio. Participaram da Comissão de Estudos consultores de fachadas e vidros, fabricantes de esquadrias, representantes de empresas da indústria da construção civil, técnicos do Itec e do laboratório Falcão Bauer.

Page 3: Guarda Corpos

Guarda-corpo legalItem protege a todos e deve seguir a NBR 14718 de 01/2008

A valorização das varandas nos projetos dos edifícios traz à tona a questão do guarda-corpo. Mais do que fechar um espaço, esse elemento deve garantir a segurança de quem frequenta o ambiente e, também, de quem passa pela calçada logo abaixo.

O guarda-corpo é um elemento que serve para proteger adultos, crianças e animais de acidentes e quedas graves em função de desnível ou de ambientes mais altos em relação aos outros. Conforme a sua aplicação também é chamado de parapeito, e evita o que ocorreu no final do ano de 2012, quando uma criança caiu de um vão da varanda do quarto andar do apart-hotel Paradiso, na Avenida das Américas, no Rio de Janeiro. O pai da criança contou, em depoimento, que a família subiu até o quarto com o maleiro do hotel e, enquanto ele recebia as malas e pagava o funcionário, a mãe e o bebê ficaram na varanda aguardando. Ainda o relato do pai, o menino teria caído no momento em que a mãe se virou para falar com ele.

Para Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), o prédio não atende aos requisitos técnicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Uma vistoria realizada indicou que a medida do vão por onde passou o bebê tinha o dobro do permitido pela norma técnica. De acordo com os padrões da ABNT, esta distância deveria ser de, no máximo, 20 centímetros, podendo variar. A largura que encontramos nos apartamentos do hotel é de 40 centímetros. Ou seja, o dobro. É uma irregularidade flagrante. E o problema se repete em todas as sacadas. Foi reproduzido em série, o que é muito mais grave.

A NBR 14718 de 01/2008 - Guarda-corpos para edificação, especifica a condição mínima de resistência e segurança exigíveis para guarda-corpos de edificações para uso privativo ou coletivo. Não se aplica a shopping centers, museus, hospitais, cinemas, teatros, centros ecumênicos, industriais, aeroportos, rodoviárias, estações de transporte, mirantes, ginásios de esportes, estádios de futebol, passarelas sobre vias de transporte, viadutos e pontes em geral. Para conceitos de acessibilidade e saídas de emergência devem ser seguidas a ABNT NBR 9050 e ABNT NBR 9077.

Segundo a norma, os guarda-corpos devem resistir aos ensaios especificados na Seção 5 e podem ser vazados ou fechados. Em caso de fechamento de varandas envolvendo guarda-corpos, este conjunto (guarda-corpos mais elemento de fechamento) deve atender a esta norma e a ABNT NBR 10821, sendo o projeto e o desempenho do conjunto de responsabilidade do fornecedor do fechamento.

É obrigatória a existência de guarda-corpos em qualquer local de acesso livre as pessoas onde haja um desnível para baixo (D), maior do que 1,0 m, entre o piso onde se encontram as pessoas (zona de recepção) e o patamar abaixo, conforme representado na Figura 4. Caso a rampa tenha um ângulo menor ou igual a 30°, não é obrigatória a existência de guarda-corpos.

Qualquer material utilizado na composição de guarda-corpos deve manter suas características iniciais quanto à resistência e durabilidade, seguindo orientações das condições de manutenção previstas em normas e as pertinentes a cada material. As ancoragens e pontaletes podem ser de alumínio (ABNT NBR 6835), aço inox ABNT 304, aço inox austenítico ABNT 316 (conforme ABNT NBR 5601), quando em ligas aço cobre ou aço-carbono, devem ser galvanizados apresentando espessura mínima da camada de zinco, conforme ABNT NBR 6323 ou tratamento que apresente desempenho igual ou superior a galvanização a quente.

No caso de guarda-corpos de alumínio, as partes aparentes devem ser protegidas por anodização ou pintura, conforme especificado nas ABNT NBR 12609 e ABNT NBR 12613 para anodização e na ABNT NBR 14125 para pintura. 0s fixadores (parafusos, porcas, arruelas etc.) devem ser de aço inoxidável ABNT 304, aço inox austenítico ABNT 316; os do sistema de ancoragem devem ser conforme 4.2.1.

Nos de aço, as ancoragens e pontaletes devem estar de acordo com 4.2.1. Os demais componentes devem ser conforme descrito em 4.2.3.1 e 4.2.3.2. Em aço-carbono e liga aço cobre se não forem galvanizados, devem receber pintura ou tratamento que assegure a proteção contra corrosão durante sua vida útil, prevendo-se manutenção. Em aço inoxidável, não necessita de proteção adicional de superfície. Nos de PVC, que utilizam aço em seus perfis, devem ser seguidas as especificações descritas no item 4.2.3.

Na utilização de madeira, deve ser consultada a ABNT NBR 7190, que trata de estruturas de madeira. Nos casos dos guarda-corpos de vidro, somente podem ser utilizados vidros em conformidade com a ABNT NBR 7199. Os vidros empregados devem atender as suas respectivas normas, como, por exemplo, o vidro laminado deve atender a ABNT NBR 14697. A instalação deve estar de acordo com a ABNT NBR 7199. É vedada a utilização de massas a base de gesso e óleo (massa de vidraceiro).

Os contatos bimetálicos devem ser evitados. Caso eles existam, deve-se prever isolamento ou utilização de materiais cuja diferença de potencial elétrico não ocasione corrosão galvânica. Como exemplo pode-se utilizar o alumínio em contato com aço inox austenítico passivado (não magnético). No caso de guarda-corpos de vidro, somente podem ser utilizados vidros em conformidade com a ABNT NBR 7199. Os vidros empregados devem atender as normas brasileiras pertinentes como, por exemplo, o vidro laminado deve atender a ABNT NBR 14697. A instalação deve estar de acordo com a ABNT NBR 7199. É vedada a utilização de massas a base de gesso e óleo (massa de vidraceiro).

No caso de guarda-corpos (do tipo gradil), o espaçamento entre perfis verticais (vão luz) não deve ser superior a 0,11 m (Figura 12). A configuração do guarda-corpos deve prever componente de fechamento posicionado no lado interno, na medida em que houver apoios que permitam a escalada até a altura de 0,45 m. O espaçamento entre perfis horizontais acima desta cota não deve exceder 0,11 m.

No caso de guarda-corpos com desenhos ornamentais, as folgas entre perfis não devem permitir a passagem de um gabarito prismático de (0,25 x 0,l I x 0 , l l ) m, conforme Figura 14. Nas situações em que o guarda-corpos seja instalado num plano avançado em relação ao limite exterior do pavimento, a folga medida na horizontal em relação ao limite exterior não deve exceder 0,05 m e o espaçamento entre o elemento horizontal inferior do guarda-corpos e a borda exterior do pavimento não deve exceder 0,11 m.a

Para impedir a queda acidental de objetos soltos no piso de uma área protegida por um guarda-corpos, deve existir uma barreira que impeça a passagem livre de uma esfera de diâmetro 0,05 m rolando pelo piso, em toda a extensão do guarda-corpos. Para isso, caso a edificação não contemple uma mureta ou rodapé, o guarda-corpos deve ter um elemento que evite a passagem dessa esfera.