gt2_12_2004

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DIÁRIO DE BORDO E PROCESSOFÓLIO. INSTRUMENTOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES  Mercedes Bêtta Quintano de Carvalho Pereira dos Santos ( Centro Universitário São Camilo) GT 02 - Formação de Professores As alunas de Pedagogia da turma de 2002, ao longo do curso, foram incentivadas a desenvolver diferentes tipos de registros, buscando resgatar suas histórias de vida escolar e  pessoal, para que pudessem refletir sobre a profissão docente. Na disciplina de Prática do Ensino Fundamental, elas fizeram um caderno coletivo, nomeado  Diário de bordo , no qual, a cada aula, uma aluna se disponibilizava a fazer os relatos das atividades do dia; e um  Processofólio , o  próprio caderno das alunas, mas que se caracter izou como um instrumento de aprendizagem e avaliação. Os relatos feitos pelas alunas no Diário de Bordo estavam “sistematizando” o trabalho iniciado com elas durante o segundo semestre, quando foram abordados outros tipos de registros, a colcha de retalhos e o memorial, pois o que elas escreviam no Diário evidenciava o “amadurecimento do processo de aprendizagem”. “O registro, para mim, era algo insignificante, uma vez que não conseguia enxergar suas vantagens. Agor,a durante a minha prática, sinto- me leve ao registrar tudo o que houve comigo e meus alunos diariamente. Escrevo até quem sentiu ou não dificuldade em compreender os conteúdos trabalhado.s” (L..V)  A FORMAÇÃO DOCENTE  Pensar a formação das professoras do curso de Pedagogia é um desafio constante,  principalme nte porque a maioria delas já exerce a função no magistério. Ao longo dos anos, formou-se o professor sob diferentes perspectivas; entre elas, Gómez (1998) destaca: 1-  Acadêmica –  o ensino é considerado um processo de transmissão do conhecimento e o professor, na sua formação, deveria adquirir conhecimentos suficientes das diferentes disciplinas, a fim de transmiti-los aos seus alunos quando estivesse no exercício do magistério. 2-  Técnica  – o ensino é considerado uma ciência aplicada e o professor, na sua formação, deveria aprender a dominar (tornar-se um técnico de) a aplicação do conhecimento científico. Mas esse conhecimento não era tão im portante, e sim a técnica para ensinar o que os alunos deveriam aprender. 3-  Prática –  como o ensin o é uma atividade c omplexa, a formação do professor deve se basear na aprendizagem da prática pela prática e a partir da prática.  Nesta perspectiva, a formação do professor pode se dar de duas formas: de maneira  tradicional , pela qual o bom professor tem experiência e sabe transmitir para os alunos o que ele deve aprender, e de maneira  reflexiva  pela qual o ensino é um processo interativo e o professor é um profissional investigativo.

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  • DIRIODEBORDOEPROCESSOFLIO.INSTRUMENTOSDEFORMAODEPROFESSORES

    MercedesBttaQuintanodeCarvalhoPereiradosSantos (CentroUniversitrioSoCamilo)

    GT02FormaodeProfessores

    As alunas de Pedagogia da turma de 2002, ao longo do curso, foram incentivadas adesenvolver diferentes tipos de registros, buscando resgatar suas histrias de vida escolar epessoal,paraquepudessemrefletirsobreaprofissodocente.NadisciplinadePrticadoEnsinoFundamental,elasfizeramumcadernocoletivo,nomeadoDiriodebordo,noqual,acadaaula,uma aluna se disponibilizava a fazer os relatos das atividades do dia e um Processoflio, oprprio cadernodas alunas,mas que se caracterizou comoum instrumentode aprendizagem eavaliao.

    Os relatos feitos pelas alunas no Dirio de Bordo estavam sistematizando o trabalhoiniciadocomelasduranteosegundosemestre,quandoforamabordadosoutrostiposderegistros,a colcha de retalhos e o memorial, pois o que elas escreviam no Dirio evidenciava oamadurecimentodoprocessodeaprendizagem.

    O registro, para mim, era algo insignificante, uma vez que noconseguia enxergar suas vantagens.Agor,a durante aminhaprtica, sintome leve ao registrar tudo o que houve comigo e meus alunos diariamente.Escrevo at quem sentiu ou no dificuldade emcompreender os contedostrabalhado.s (L..V)

    AFORMAODOCENTE

    Pensar a formao das professoras do curso de Pedagogia um desafio constante,principalmente porque a maioria delas j exerce a funo no magistrio. Ao longo dos anos,formouseoprofessorsobdiferentesperspectivasentreelas,Gmez(1998)destaca:

    1 Acadmica o ensino considerado um processo de transmisso doconhecimentoeoprofessor,nasuaformao,deveriaadquirirconhecimentossuficientes das diferentes disciplinas, a fim de transmitilos aos seus alunosquandoestivessenoexercciodomagistrio.

    2 Tcnicaoensinoconsideradoumacinciaaplicadaeoprofessor,nasuaformao,deveriaaprenderadominar(tornarseumtcnicode)aaplicaodoconhecimento cientfico.Mas esse conhecimento no era to importante, esimatcnicaparaensinaroqueosalunosdeveriamaprender.

    3 Prtica comooensinoumaatividadecomplexa,aformaodoprofessordeve se basear na aprendizagem daprtica pela prtica e a partir da prtica.Nesta perspectiva, a formao do professor pode se dar de duas formas: demaneira t radicional, pela qual o bom professor tem experincia e sabetransmitirparaosalunosoqueeledeveaprender,edemaneirareflexiva,pelaqual o ensino um processo interativo e o professor um profissionalinvestigativo.

  • 4 Dereflexonaprticaparaa reconstruosocial oensinoconsideradouma atividade crtica e o professor visto como umprofissional autnomoquerefletecriticamentesobreaprticacotidiana(Gmez,1998,p.373)paraque possa compreender o processo educacional no contexto em que eleacontece,possibilitandoassim,todasaspessoasquefazempartedoprocessoeducativo,emanciparemse.

    Pensandoa formaodoprofessorsobaticada reflexo,procurasesuperararelaolinearemecnicaentreoconhecimentotcnicocientficoeaprticanasaladeaula(Gmez,1998,p.365).Osregistros,emsuasdiferentesmodalidades,podemajudaroprofessorasuperaressa dicotomia entre teoria e prtica. ParaAntnioNvoa (1997), importante considerar asexperinciasvividaspelapessoanotrabalhodeformaodeprofessores,poiselasocorrememtrs dimenses: pessoal, profissional e organizacional. Por isso, acreditamos que a prticadocente construda a partir da histria de vida e vida escolar do professor, alm de neleapropriarsedecertosconhecimentosdisciplinaresadquiridosnaUniversidade(Tardif,2000,p.14).

    Possibilitar s alunas do curso de Pedagogia a oportunidade de refletir sobre o seuprocessodeaprendizagempormeiodoresgatedesuas histriasdevida,davidaescolaredopensar e fazer pedaggico de sua formao inicial propicia a elas um amadurecimentointelectualepessoal,tornandoasmaissegurasdesuasprticas.

    SegundoWarschauer(1993),registrardeixarmarcas.Marcasdeumahistriavivida(p.61).AsmarcasdashistriasvividasemsaladeaulaeregistradasnoDiriodebordoenoProcessoflioforampositivas,pois,aofazeremosrelatosemqualquerumadasmodalidades,asalunas,almdeexercitaremaescrita,perceberamseautorasdoprocessopedaggicoviramseedeixaramsever, e para ns,docentes, almdaoportunidadede conheclasmelhor, refletirsobrenossaprticapedaggica.

    ODIRIODEBORDOEOPROCESSOFLIO

    Aprofessora comentouqueestmuito satisfeita comaqualidadedos registros, pois, segundo ela, havia ficado preocupada, quando noprimeiro dia de aula, ao falar como seriam suas aulas, falou dostais registros.Muitasalunasficarampreocupadas,semsedaremcontadequeoregistro faz parte da nossa vida quando escrevemos um dirio, quandocontamosalgoparaalgum.Enfim,registrarpreciso (C.O)

    Acreditando que os registros so instrumentos de (trans)formao da prtica docente ecoerente com a minha formao e viso de um ensino de qualidade, a prtica de registrar eensinararegistrarfazpartedomeucotidianopedaggico.

    ApropostafeitasalunasparaelaborarmosoDiriodebordocausoucertaansiedadenamaioria delas, mas o exerccio da escrita transps essa dificuldade, isso porque quandoescrevemosdesenvolvemos nossacapacidade reflexiva sobreoque sabemos e o queaindanodominamos.(Freire,1996,p.6)

    O Dirio de bordo foi o caderno construdo coletivamente, que contou a histria dotrabalhodesenvolvidonadisciplinaemquesto.Acadaaula,umadasalunas,espontaneamente,registrouosacontecimentos,atividadesereflexesvividasporelaepelogrupoduranteaaula.

  • Paraescreveressesrelatosnolhesfoiapresentadonenhumroteirooumodelodecomodeveriamserosregistros,mas leramediscutiramostextosdeAntoniZabalza,noqualelecategorizouosdiferentesdirios,edeacordocomasuaclassificaoosdiriospodemser:

    1 Umorganizadorestrutural soos registros queno tmcarter reflexivo.Oprofessor limitase a transcrever a seqncia das atividades, horrios, avisos,lembretesquedevemacontecerduranteodiaouasemana.Essetipodediriopodesercaracterizadocomoumaagendadidticadoprofessor.

    2 A descrio das tarefas caracterizase pela descrio das atividades que oprofessoreosalunosdeverofazerduranteasaulas.Algumasatividadespodemestardescritasdetalhadamenteouapenas identificadascomosobjetivosqueodocentepretendealcanar.

    3 Aexpressodascaractersticasdosalunosedosprpriosprofessoressoosdirios que centram a ateno nos sujeitos que participam no processodidactico (1994, p.111). A preocupao descrever as caractersticas dosalunos,suasimpresses,dificuldades,avanos,comosesentem,comointervmnassituaesdesaladeaula.umdirioreflexivo.

    4 Dotipomistosoosdiriosquedescrevemtantoasaesdosujeitoquantoasatividades,poisquemosltemconhecimentonosdasatividadesquesorealizadasemsaladeaula,mastambmcomoelasacontecemeas impressesdosalunosedoprofessorsobreadinmicadasala.Essetipodediriofavoreceoprocessodereflexodoprofessoredaspessoasquefazempartedoprocessopedaggico,comoocoordenador,porexemplo.

    Sendo assim, as alunas foram orientadas a usufrur da liberdade da arte de escrever eregistraroquepara cadaumadelas foi significativoounonaaulaemque eram responsveispeloregistro.

    NosrelatosfeitosporelaspodemosidentificaracategorizaodosdiriosapresentadaporZabalza (1994). Alguns registros so mais descritivos, a aluna limitouse a contar o queaconteceunaaula:

    Iniciamos a aula fazendo uma roda para elaborarmos mais uma etapa dotrabalho.Oobjetivodetodoesseesforoquehajaumamudanadeolhardiantedonossoambientedetrabalho.Nestaaulamontamosaestruturadotrabalho,comoeledeveficarnofinal. Ficou ento para segunda feira dia 03 de novembro, a tabulao dos dados,aconstruodastabelas.

    Notrabalhodeverconstar:capa,pginaderosto,resumo,sumrio,dedicatria,apresentao, introduo, metodologia, pesquisa, consideraes finais, bibliografia e sequiseranexos.

    Duranteaexplicaoaprofessoradizparanocitarnomesnotrabalho,porumaquestoticaeelegncia.

    O trabalho ter a orientao da professora Mercedes, acompanhando passo apasso de grupo em grupo, todas as escapas para que no ocorram imperfeies. Ficouento para o dia 10 de novembro a entrega da entrevistas e para o dia 14, sextafeira,iniciaremosaestruturadotrabalho.(A..P)

    Joutros registrossomaisreflexivos.Umaalunapreocupousenosomente relatarosfatosocorridos,mastambmempensarsobreeles:

  • IniciamosaaulacomaleituradonossoDiriodebordo,queestavaumpoucoatrasado.Posteriormente,aprofessorapediuparaqueabrssemosumaroda,comodecostume,paratirarmostodasasdvidasreferentesaoquestionrioeentrevista.(...)Oquefoiabordadode incio pela professora foi de deixar claro que esse questionrio quantitativo e necessrio que ele seja objetivo. (...) A professora perguntou se tnhamos dvidas emrelao a aplicar o questionrio e com isso nossa colega V. indagou como devemos etambmcomquemdevemosfalarnaescolaparapodermosaplicaressapartedotrabalho.Aprofessoracolocouqueessapartemuitoimportante,poisdevemosprimeiramentepedirautorizaopara a direo. (...)Dessaparte foiesclarecido e partimosentoparaoutraetapa do trabalho onde cada grupo citou a pergunta escolhida e foi onde a professoraesclareceuastrsquestesNaminhaopinio,acreditoqueessetrabalhoficarmelhordoque estamos esperando. Ento poderemos compreender melhor o nosso papel comoeducadoras ou futursa educadora,s deixando para trs todos os medos. Como diziaPestalozzi, o pegagogista consumado, Educar desenvolver progressivamente asfaculdadesespirituaisdohomem,eissoqueeubusco..(L.V.)

    Os registros dos momentos vividos na classe apontam para o caminho que as alunaspercorrem para aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver, isso porque cada uma, aoregistrar,colocouamarcadaindividualidade,quecaracterizaasnecessidadesqueaautoratemnomomentoemqueescrevenoDiriodebordo,desvelandoadiversidadedeestilos,indicandoouso que cada uma delas faz da arte de escrever, comomostra este fragmento de registro quechegaaserpotico:

    Parafalaraverdadenovejoahoradevermeucaderninho(modocarinhosoqueencontreidefalar)prontocomosefosseumaoutrapessoaescrevendosobremim,poismeus registros esto ficando to reais e documentados que tenho a impresso de quealgummeobservouerelatouosfatosocorridos.

    DefinomeuregistroeProcessofliocomumafrasedeThiagodeMello:No,notenhocaminhonovo.Oquetenhodenovoojeitodecaminhar. (V.L.)

    Parautilizar oDirio de bordo como recurso didtico para a aprendizagem das alunas,todoinciodeaulaaresponsvelpeloregistrodaaulaanteriorliaoseurelato.Nofinaldaleitura,refletamos sobre o que a colega havia escrito e essa estratgia didtica possibilitou tambmconhecer melhor as alunas e repensar o plano da disciplina, isso porque a leitura dos diriospropicioudocentediagnosticar(aqui,nocaso,asalunas)quaisdificuldadeselasenfrentavam,oprocessodeaprendizagem,oconflitodaclasse,ointeressequeapresentavampeladisciplina,poistambmeraomomentodaavaliaodostrabalhosrealizadosduranteasaulas.

    Acredito que o registro um espao de reflexo do professor, pois ele estabelece umdilogo consigo mesmo, porque coloca no papel, sem muita preocupao esttica, suasimpresses,dvidas,angstias,sucessos,revatitudeseprocedimentos juntoaosseusalunose,conseqentemente,vaicontandoasuahistria,construdajuntocomaclasse.

    Paralelamente aoDirio de bordo foi construdoo Processoflio, que o caderno dosalunoscaracterizadocomoinstrumentodeaprendizagemeavaliao.

    O portflio, que tambm um instrumento de avaliao, mais conhecido pelosprofessores.Mas, atualmente, o uso doProcessoflio como estratgia de avaliao vem sendodefendidoporque:

    os portiflios contm normalmente trabalhos acabados, os processoflios, aocontrrio, proporcionam um insight tanto nos processos quanto nos produtos deaprendizagem dos alunos. Eles documentam os objetivos, os rascunhos e as revisesiniciais,incluemtrabalhosiniciaisassimcomoposteriores,epodemconterasanotaesdo

  • aluno e tambm artigos ou fotos que influenciaram seu trabalho(Campbell, Campbell,Dickinson,2000,p.281282).

    Oscadernos,utilizadoscomoinstrumentodeaprendizagemeavaliao,deixamdeserumsimplesdepositriodasinformaesrecebidasdoprofessorepassamaserumveculodedilogoentreoprofessoreoalunosobreoprocessodeaprendizagem,favorecemefortalecemodilogoentre os atores do processo educativo, transformando a sala de aula em laboratrios deaprendizagem que do suporte aquisio de novas informaes e habilidades e refletem osignificado do contedodesse curso na vidado aluno (Campbell,Campbell,Dickinson, 2000,p.282).

    No Processoflio, as alunas fizeram os registros sobre os textos lidos, exerccios,atividadespropostas,resumodasaulas,avaliaeseprincipalmente,respondiamaumaperguntaque lhes era proposta, ao final de cada aula, para que refletissem sobre seu processo deaprendizagem:Oquevocaprendeucomaauladehoje?Qualarelaovocestabeleceuentreo texto lido,nossas discusses e a suaprtica desalade aula?Comovoc analisa, hoje, seuprocessodeaprendizagemnaeducaobsica?

    Aofinaldocurso,asalunasmeentregaramseusProcessoflios(oscadernos)paraqueeuos lesse e pudesse avalilos. A avaliao desses cadernos foi qualitativa e, para isso, foramusadoscomocritriosonveldecomplexidadedareflexoearedao.Asalunas receberamadevolutivadesse trabalhopormeiodoscomentriosque fiz sobreoprocessodeaprendizagemvivenciadoduranteasaulas.

    CONSIDERAESFINAIS

    Quando as alunas foram incentivadas a registrar as aulas foi realizado um trabalhoobjetivando fundamentar os registros como instrumentos de formao docente, pois a leituradessesindicacomoosprofessorespensamepropemseustrabalhosquaissoosproblemasqueenfrentam durante o desenvolvimento das atividades e que soluo do para a situaoapresentadacomosecomunicamcomseusalunoscomoutilizamosrecursosdidticosquetmdisponveis e, principalmente, em que perspectiva educativa o professor (autor do relato) sefundamenta para construir o seu fazer pedaggico, favorecendo, assim, o exerccio da prticareflexiva.

    Areflexoessnciadotrabalhodocente.Semelaasaespedaggicassomecnicas,destitudasdesentimento,eosentimentopermeiaas relaesdosdocenteseseusalunos,pois,como diz Tardif (2000), o objeto do trabalhodocente que so os seres humanos (...) trazemconsigoasmarcasdoserhumano(p.16).

    FazeroDiriodebordoeoProcessofliopossibilitouamimeasalunas fazermosumareflexo crtica sobre nosso trabalho pedaggico, pois estabelecemos um processo dialtico,utilizandoo conhecimentoparadescrever, analisar e rever nossas posturas e procedimentosnaconstruodosaber.Comodocentedigoquepensei,formei,transformei,revi,cresci.Quantosasalunas,paramim,osregistrosfalamporsi.

    BIBLIOGRAFIA

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