grupos ecolÓgicos e distribuiÇÃo das espÉcies em ... · continental, pela diversidade e...
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Gl. Sci Technol, Rio Verde, v.09, n.03, p.87 - 97, set/dez. 2016.
GRUPOS ECOLÓGICOS E DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES EM PECULIARES E
ACESSÓRIAS DE TRÊS ÁREAS DE CERRADO SENSU STRICTO, TOCANTINS
Rômullo Quirino de Souza Ferreira1*
, Marilia Oliveira Camargo1, Paulo Ricardo Teixeira
1,
Priscila Bezerra de Souza1, Rodney Haulien Oliveira Viana
1
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi classificar as espécies presentes no estrato arbustivo arbóreo
de três áreas de cerrado sensu stricto em peculiares ou acessórias, como também classificá-las quanto
aos grupos ecológicos, procurando traçar um perfil sucessional destas áreas, e verificar se existe ou
não uma exclusividade por parte das espécies que compõe estes fragmentos. Este estudo foi conduzido
na cidade de Gurupi - TO, na Fazenda Experimental da UFT Campus de Gurupi sob as coordenadas
UTM 11”46’25 S e 49”02’54 W e na cidade de Aliança do Tocantins – TO na Fazenda Nossa Senhora
Aparecida sob as coordenadas UTM 11”46’25 S e 49”02’54 W. A classificação das espécies em
peculiares ou acessórias foi embasada na metodologia proposta por Rizzini, e o agrupamento
ecológico das espécies foi baseado em consultas a literatura especializada. A maior parte das espécies
e dos indivíduos está presente nos grupos sucessionais das pioneiras e secundárias iniciais, sendo
57,13% 62,35% e 67,18% do total de espécies, e 68,56% 65,40% e 72,08% do total de indivíduos
respectivamente. Mais da metade das espécies amostradas foram classificadas como peculiares,
apresentando ocorrência restrita ao Domínio Cerrado, sendo 66,24% 69,41% e 50,75% do total de
espécies encontradas respectivamente.
Palavras chave: Pioneiras, Ocorrência, Exclusividade
ECOLOGICAL GROUPS AND SPECIES DISTRIBUTION AS PECULIAR AND ACESSORY,
IN THREE STRICTO SENSU CERRADO AREAS
ABSTRACT: The objective of this study was to classify the species in shrub-tree layer of three areas
of sensu stricto cerrado, in peculiar or accessory as well as classification due to the environmental
groups, thus seeking to trace a succession profile of these areas, and check whether or not there is a
uniqueness by the species that make up these fragments. This study was conducted in the city of
Gurupi - TO, at the UFT Experimental Farm Campus of Gurupi in UTM coordinates 11"46'25 S and
49"02'54 W and in the city of Aliança do Tocantins - TO on Farm Nossa Lady Aparecida under its
UTM coordinates 11"46'25 S and 49"02'54 W. The classification of the species in peculiar or
accessory was based on the methodology proposed by Rizzini, and the ecological grouping of species
was based on consultations with specialized literature. Most species and individuals are present in
successional status of pioneer and early secondary, and being 57.13% 62.35% and 67.18% of the total
species, and 68.56% 65.40% and 72.08% individuals respectively. More than half of the species were
classified the peculiar, or have restricted occurrence to the Cerrado domain, and 66.24% 69.41% and
50.75% of the total of species found in each area respectively.
Keywords: Pioneers, Occurrence, Exclusivity
____________________________________________________________________________________________________ 1 Universidade Federal de Tocantins – UFT, Campus de Gurupi, TO. *E-mail: [email protected]. Autor para
correspondência.
Recebido em: 01/02/2016. Aprovado em: 05/12/2016.
R. Q. de S. Ferreira et al. 88
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INTRODUÇÃO
O Brasil detém aproximadamente
5,7% da superfície continental do planeta e
47,3% da área da América do Sul, além de
possuir um considerável patrimônio natural, o
que, o coloca no topo da lista dos países
megadiversos (CAMPANILI; SCHAFFER,
2010; ARAÚJO et al., 2015). O patrimônio
natural brasileiro apresenta grande relevância
mundial, expresso por sua extensão
continental, pela diversidade e endemismo
das espécies que o constituem e pela
variedade ecossistêmica de seus biomas
(RATTER et al., 2003). Esta imensa
diversidade biológica está distribuída em seis
biomas, dentre eles, o Cerrado, o qual é o
segundo maior em extensão do país e é
considerada a savana com maior diversidade
vegetal do planeta.
Um crescente número de estudos tem
demonstrado que a classificação de espécies
de plantas com base em sua função, e não
apenas quanto aos padrões florísticos, é um
caminho promissor para compreender os
processos ecológicos e as respostas da
vegetação às variações ambientais como
clima, uso do solo e regimes de perturbação
natural (CORNELISSEN et al., 2003).
O processo da retomada da vegetação
em um determinado ambiente florestal, que
ocorre em espaços alterados ou abandonados
é de extrema importância, por que é através
das etapas de sucessão ecológica que o meio
ambiente irá se restabelecer. A sucessão
ecológica é um processo de mudança gradual
na comunidade que envolve os padrões de
colonização e extinção de espécies de forma
direcional e não sazonal (BEGON et al.,
1988; SILVA et al., 2012).
O processo de formação das
comunidades vegetais compreende uma troca
contínua, passando por diversas etapas
constituindo um conjunto de interações que
são responsáveis pela substituição das plantas
ao longo do tempo. São divididas em etapas,
sendo as serais responsáveis pelo
desenvolvimento incial da comunidade e o
clímax que é o sistema final, ou ápice do
equilíbrio ecológico (ODUM, 2004; SILVA
et al., 2012). Porém quando a formação da
comunidade acontece com o substrato
parcialmente sem vegetação onde não havia
vegetação antes, é denominada de sucessão
primária, por outro lado se a comunidade
começar num local antes ocupado chama-se
de sucessão secundária (ODUM, 1988;
SILVA et al., 2012).
O conhecimento produzido pelos
estudos sucessionais podem ser utilizados na
conservação, manejo e na restauração de
áreas degradadas (FERRAZ et al., 2004). A
sucessão ecológica é baseada em um
conjunto de informação do ecossistema, com
vários níveis tróficos e uma ampla
diversidade de espécies e formas de vida
(SILVA et al., 2012).
O Cerrado por apresentar sua
distribuição concentrada nas terras do Brasil
Central apresenta áreas de contato com todos
os biomas brasileiros, com exceção do
Pampa. Essa posição geográfica ao longo do
processo evolutivo favoreceu a ampla
ocorrência de muitas espécies que
naturalmente são encontradas em outros tipos
vegetacionais, aumentando de forma
significativa os valores de riqueza
verificados. A distribuição da flora arbustivo-
arbórea, comum do campo cerrado ao
cerradão, demonstra a unidade florística do
bioma (EITEN, 1972). A flora lenhosa do
Cerrado é dividida em peculiar e acessória,
sendo a primeira de ocorrência exclusiva ou
expressiva no bioma, enquanto que a segunda
está presente em diferentes formações
vegetacionais, ocorrendo no Cerrado de
maneira secundária ou esporádica (RIZZINI,
1963).
Diante desse contexto, esse trabalho
teve como objetivo classificar as espécies
presentes em três áreas de cerrado sensu
stricto em peculiares ou acessórias, como
também classificá-las quanto aos grupos
ecológicos, procurando assim traçar um perfil
sucessional das áreas avaliadas.
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MATERIAL E MÉTODOS
Caracterização da área de estudo
O estudo foi realizado em três áreas
de cerrado sensu stricto no período de abril a
junho de 2013, sendo que as duas primeiras
áreas estão inseridas dentro do mesmo
fragmento com aproximadamente 14,40 ha
localizado na Fazenda Experimental da UFT,
Campus de Gurupi – TO, sob as coordenadas
UTM 11”46’25 S e 49”02’54 W. Já a terceira
área compreende a um fragmento florestal
inserido dentro na Nossa Senhora Aparecida
localizada na cidade de Aliança do Tocantins
– TO com tamanho de 4,42 ha sob as
respectivas coordenadas UTM 11”46’25 S e
49”02’54 W.
O clima da região é estacional tendo
duas estações bem definidas, com cerca de
seis meses de seca compreendendo o período
de inverno e seis meses de chuva que
correspondem ao verão (SEPLAN, 2012). A
temperatura média anual varia entre 25º a 29º
C° e a precipitação média anual varia de
1.200 a 2.100 mm sendo que os maiores
valores de precipitação ocorrem na região
norte do Estado que se encontra sobre
influência do Bioma Amazônico (SEPLAN,
2012). A altitude registrada nas áreas
avaliadas está situada entre as cotas de 250 a
300 metros, a temperatura média anual entre
os meses de Julho de 2014 a Junho de 2015
foi de 26,4 Cº e a precipitação média anual de
1276 mm (ESTAÇÃO METEOROLÓGICA
DA UFT, 2015).
Classificação ecológica, e distribuição em
espécies peculiares e acessórias
A classificação das espécies em
grupos ecológicos possibilita o manuseio de
forma simplificada de um grande número de
espécies, sendo agrupadas de acordo com as
suas exigências e funções ecológicas.
Para o agrupamento ecológico das
espécies amostradas, foram realizadas
classificações em seis categorias sucessionais
diferentes, sendo elas: espécies pioneiras,
secundárias iniciais, secundárias tardias,
espécies sem classificação ecológica, clímax
tolerante a sombra, e clímax exigente a
luminosidade, sendo estas classificações
baseadas em diversos trabalhos (GANDOLFI
et al., 1995; LORENZI, 2002; LORENZI,
2002; SILVA et al., 2003; SILVA;
SCARIOT, 2004; LOPES et al., 2008;
SILVA JUNIOR, 2009; FRANCZAK, 2009;
SILVA JUNIOR, 2012; KUHLMANN, 2012;
MILHOMEM et al., 2013).
Os trabalhos que foram utilizados
como base para a classificação ecológica das
espécies, foram escolhidos por terem sido
realizados em áreas de cerrado sensu stricto e
em outras formações vegetais próximas do
ponto de vista fisionômico como áreas de
cerradão, e mata Seca. Isso se torna
necessário, pois a distribuição das espécies
não ocorre de forma exclusiva, sendo
associadas a outros tipos vegetacionais
também presentes na área de influência do
Cerrado.
A classificação das espécies em
peculiares ou acessórias foi embasada no
proposto por (RIZZINI, 1963). Foram
efetuadas consulta a literatura especializada
para fazer as classificações (ALMEIDA et
al.; 1998; SILVA JUNIOR, 2009; SILVA
JUNIOR, 2012; SILVA JUNIOR, 2012;
KUHLMANN, 2012; LORENZI, 2002;
LORENZI, 2002; SOUZA et al., 2008;
SOUZA et al., 2010). Essa classificação está
relacionada à ocorrência das espécies, se são
comuns a áreas de Cerrado, ou são espécies
generalistas e que ocorrem no Cerrado e em
outras formações vegetais do Brasil.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No que concerne aos grupos
ecológicos, do total de 77 espécies
encontradas na A1 20 ou 25,97% foram
classificadas como pioneiras, 24 ou 31,16%
secundárias iniciais, 12 ou 15,58%
secundárias tardias, uma ou 1,33% clímax
tolerante a sombra, 4 ou 5,19% clímax
exigente a luminosidade, e outras 16 ou
20,77% não foram classificadas. Na A2 das
85 espécies encontradas 28 ou 32,94% foram
classificadas como pioneiras, 25 ou 29,41%
secundárias iniciais, 12 ou 14,11%
secundárias tardias, uma ou 1,19% clímax
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tolerante a sombra, 8 ou 9,41% clímax
exigente a luminosidade, e outras 11 ou
12,94% não foram classificadas. Na A3
foram amostradas 67 espécies, sendo que 21
ou 31,34% foram classificadas como
pioneiras, 24 ou 35,82% secundárias iniciais,
8 ou 11,94% secundárias tardias, 8 ou
11,94% clímax exigente a luminosidade, 6 ou
8,96% não foram classificadas, e o grupo de
sucessão das espécies clímax tolerantes a
sombra não foi representado por nenhuma
espécie nesta área.
Do total de 490 indivíduos
mensurados na A1 210 ou 42,85% foram
representados pelas espécies pioneiras, 126
ou 25,71% secundárias iniciais, 87 ou
17,75% secundárias tardias, 30 ou 6,12%
espécies sem classificação quanto ao grupo
sucessional, 36 ou 7,34% clímax exigente a
luminosidade, e uma ou 0,23% clímax
tolerante a sombra. Na A2 foram encontrados
um total de 1145 indivíduos sendo, 294 ou
25,67% representados por espécies pioneiras,
455 ou 39,73% secundárias iniciais, 237 ou
20,69% secundárias tardias, 56 ou 4,89% não
foram classificadas, 102 ou 8,79 clímax
exigente a luminosidade, e uma ou 0,23%
clímax tolerante a sombra. Na A3 foi
mensurado um total de 584 indivíduos sendo
236 ou 40,41% composto por espécies
pioneiras, 185 ou 31,67% secundárias
iniciais, 71 ou 12,15% secundárias tardias, 28
ou 4,79% espécies sem classificação quanto
ao grupo ecológico, 64 ou 10,95% clímax
exigente a luminosidade, e o grupo ecológico
referente às espécies clímax tolerante a
sombra, não foi representado na A3.
Analisando o número de espécies e
indivíduos presentes em cada grupo
ecológico, nas três áreas avaliadas, os
fragmentos podem ser classificados em
estágio de sucessão inicial, em franco
desenvolvimento para estágios superiores.
Esta colocação parte do princípio que o
número de espécies e indivíduos presentes
nos grupos ecológicos referentes, as pioneiras
e secundárias iniciais apresentaram valores
altos, representando mais da metade das
espécies e dos indivíduos para as três áreas.
Sendo na A1 57,13% do total de espécies e
68,56% do total de indivíduos inventariados,
na A2 62,35% do total de espécies e 65,40%
do total de indivíduos mensurados, na A3 o
comportamento foi similar às outras duas
áreas, porém apresentando valores ainda
maiores, sendo 67,18% do total das espécies
encontradas e 72,08% do total de indivíduos,
o que indica uma tendência à maior
adequação das condições para o sucesso no
recrutamento de espécies secundárias tardias,
sendo que este grupo depois das pioneiras e
secundárias iniciais foi o que apresentou os
maiores valores, sendo na A1 15,58% das
espécies e 6,12% dos indivíduos na A2
14,11% das espécies e 4,89% dos indivíduos
e na A3 11,94% das espécies e 4,79% dos
indivíduos.
Estes dados corroboram os
encontrados para um fragmento florestal na
zona urbana da cidade de Camaragibe – PE
onde 65% do total de espécies e 75,44% do
total de indivíduos inventariados, foram
representados pelo grupo das pioneiras e
secundárias iniciais. Neste estudo as
pioneiras apresentaram 29 indivíduos
agrupados em 8 espécies ou 20% e as
secundárias iniciais foram representadas por
269 indivíduos congregados em 18 espécies
ou 45% (SILVA, 2013). O grupo ecológico
das secundárias tardias apresentou o segundo
maior número de indivíduos, 93 ou 23,54%
reunidos em 12 espécies, o que também foi
constatado neste estudo nas três áreas
avaliadas. Da mesma maneira em um estudo
realizado na cidade de Gilbués – PI cerca de
87,50% das espécies foram classificadas
como pioneiras demonstrando que esta área
se encontra no início do estágio sucessional
com predomínio de espécies pioneiras e
secundárias iniciais, dados estes semelhantes
ao encontrados nos três fragmentos avaliados
(FERNANDES et al., 2014).
Foi observado que as espécies
secundárias iniciais e pioneiras apresentaram
elevada concentração de indivíduos,
indicando elevada regeneração, e
consequentemente um promissor avanço para
estágios sucessionais maduros (SOUZA et
al., 2012). Essas características evidenciam
um franco avanço da comunidade vegetal
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para estágios mais avançados de sucessão,
criando assim condições mais favoráveis para
o estabelecimento de espécies de classes
sucessionais seguintes (SOUZA et al., 2012).
Analisando a composição florística e
os grupos ecológicos de uma floresta
semidecídual submontana, na fazenda São
Geraldo em Viçosa – MG, a área foi
classificada em estágio médio de sucessão
secundária, em franco desenvolvimento para
a fase madura. Esta suposição de acordo com
o autor parte da constatação de que 63% das
espécies encontradas são secundárias iniciais,
27% secundárias tardias e 10% pioneiras
(SILVA et al., 2003).
Isso indica um processo de sucessão
ecológica mais avançada do que a verificada
nas três áreas avaliadas neste estudo, isto
provavelmente está relacionado ao tipo de
vegetação, uma vez que as formações
florestais tendem a concentrar uma maior
quantidade de espécies secundárias, que
exploram de forma mais eficiente o
sombreamento, e os microclimas gerados no
seu interior, sendo que estes fatores estão
ligados à capacidade de fechamento do dossel
que as florestas apresentam característica esta
que as áreas de cerrado sensu stricto não
apresentam, pois são consideradas formações
savânicas, e por serem formações abertas
ocorre uma incidência maior de
luminosidade, o que favorece o
estabelecimento e desenvolvimento acelerado
de espécies pioneiras e secundárias iniciais, o
que foi verificado nas três áreas avaliadas. O
nível de luminosidade que chega ao solo da
floresta é um dado importante, pois neste
aspecto, o grau de caducifolia da floresta ou
em trechos dela interfere no recrutamento de
espécies em determinados grupos
sucessionais (GANDOLFI et al., 1995).
Ao avaliar a alteração dos grupos
sucessionais ao longo de nove anos, na
Estação de Pesquisa, Treinamento e
Educação Ambiental - EPTEA da
Universidade Federal de Viçosa – UFV, foi
verificado que o grupo ecológico que mais se
destacou no período de nove anos de estudo,
foi o das secundárias iniciais, representado
por 97 espécies e 1.678 indivíduos, seguidos
das secundárias tardias 40 espécies e 331
indivíduos, e pioneiras 24 espécies e 298
indivíduos. Em 1992 o grupo das secundárias
iniciais apresentou 90 espécies e 1.378
indivíduos representando 62% e 71% do
total, as secundárias tardias foram 35 espécies
e 293 indivíduos 24% e 15% do total, e as
pioneiras, 21 espécies e 279 indivíduos 14%
do total. Em 2001, as espécies secundárias
iniciais obtiveram juntas 60% do total
representado por 90 espécies, às secundárias
tardias 25% 38 espécies, e as pioneiras 15%
22 espécies, e o número de indivíduos
correspondeu a 75% 1.485, 13% 260 e 12%
227 indivíduos do total presente nos grupos
ecológicos respectivamente (FERNANDES,
1998; ALMEIDA JÚNIOR, 1999;
PEZZOPANE, 2001; LOUZADA, 2002;
SILVA; SCARIOT, 2004).
Pode ser considerado comum em
áreas bem conservadas e em franco processo
de desenvolvimento sucessional o padrão de
distribuição onde o maior número de espécies
e indivíduos é classificado em pioneiras e
secundárias iniciais. Contudo isto precisa ser
analisado com certa cautela, uma vez que a
predominância de espécies típicas dos dois
estágios iniciais de sucessão (pioneiras e
secundárias iniciais) em maior número de
espécies ou, de indivíduos indica que a
sucessão está muito lenta na área e que as
espécies tardias não estão conseguindo
chegar até o local por algum motivo ou não
estão conseguindo se estabelecer, sendo
necessário algum tipo de intervenção, assim
cada situação deve ser avaliada com critérios
técnicos e científicos, procurando sempre
manter as características ecológicas e
funcionais dos variados tipos vegetacionais
(MARTINS et al., 2012).
As espécies não classificadas quanto
ao grupo sucessional, estiveram presentes nas
três áreas avaliadas sendo na A1 representada
por 20,77% do total de espécies e 6,12% do
número total de indivíduos, na A2 esses
valores foram menores sendo 12,94% do total
de espécies e 4,89% do número de indivíduos
mensurados, e na A3 foram 8,96% do total de
espécies e 4,79% do total de indivíduos
inventariados.
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A classificação de espécies nos
respectivos grupos ecológicos tem esbarrado
em dois fatores primordiais. O primeiro é que
os critérios utilizados diferem entre autores, o
que leva algumas espécies a serem
classificadas em grupos distintos. O segundo
refere-se ao fato de que uma mesma espécie,
dependendo de suas características genéticas,
pode responder de forma diferente, diante das
condições ambientais ocorrentes em regiões
com solos e climas distintos, uma vez que
estas respostas não se dão para um único
fator do meio isoladamente (SILVA et al.,
2003).
Muitas espécies por sua vez
apresentam padrão de distribuição amplo
podendo ocorrer em mais de um tipo
vegetacional ou até mesmo em biomas
diferentes isso faz com que muitas espécies,
cumpram funções ecológicas distintas, ou
seja, uma espécie que ocorre, por exemplo,
tanto no Cerrado como na Mata Atlântica,
pode utilizar as condições e os recursos de
formas diferentes, e isso faz com que as
funções ecológicas desempenhadas também
sejam distintas, uma vez que existem
variações quanto ao solo, temperatura,
pluviosidade dentre outras variáveis
ambientais que interferem no comportamento
das espécies e posterior classificação
sucessional.
A maioria dos problemas ligados à
silvicultura tropical está relacionada à
sucessão florestal, pois existe uma ampla
dificuldade em entender a dinâmica das
florestas e a forma de manejar esse tipo de
vegetação, situação essa que se agrava no
Brasil onde temos a presença de diversos
biomas, cada um apresentando peculiaridades
no comportamento e distribuição de suas
espécies. Por este motivo, diversos estudos
estão sendo iniciados com intuito de conhecer
um pouco mais sobre as espécies nativas,
processo de sucessão e os estágios de
sucessão da vegetação principalmente para o
Bioma Cerrado, onde temos um grande
complexo vegetacional subdividido em
fisionomias, cada uma apresentando
características específicas (ROSARIO, 2010).
Outro ponto que merece destaque está
relacionado ao recrutamento das espécies e a
face de exposição dos fragmentos
remanescentes, bem como sua situação no
relevo, que pode, devido à intensidade e
quantidade da luz recebida ao longo do ano,
interferir na quantidade de água disponível no
solo, ou se o fragmento se encontra sobre
sítio plano ou movimentado. Assim fica claro
que são muitos os fatores que intervêm no
sucesso do recrutamento ecológico de
espécies, sendo de grande importância o
conhecimento desse comportamento para
auxiliar na tomada de decisões adequadas, em
outras áreas e regiões com características
similares (SILVA et al., 2003).
O conhecimento do processo de
sucessão ecológica contribui de forma
significativa para um maior entendimento
relacionado à fitocenose, principalmente para
as regiões do Cerrado. Devido o Cerrado
possuir uma grande extensão geográfica, é
constituído de uma dinâmica acentuada em
termos de sazonalidade e antropismo (SANO
et al., 2007).
O fogo também contribui para as
modificações nas mudanças sucessionais
(HENRIQUES; HAY, 2002). O fogo é
importante para a manutenção de certas
características do Cerrado, entretanto esse
fator isolado não avalia se uma determinada
espécie sujeita a regimes frequentes de fogo
irá sobreviver (HOFFMAN, 2000). Os
distúrbios que ocorrem no Cerrado são
importantes para o processo de sucessão, pois
tendem a iniciar, interromper e redirecionar o
sentido da mesma. No decorrer do tempo a
vegetação do Cerrado, vem mantendo o seu
equilíbrio quando comparado com a maioria
das florestas tropicais, por apresentar o
processo dinâmico de sucessão, e estar
sempre em processo de recuperação da flora
nativa.
No que concerne à classificação das
espécies em peculiares e acessórias, do total
de 77 espécies encontradas na A1 51 ou
66,24% foram classificadas como peculiares,
e 26 ou 33,76% como acessórias. Na A2
foram encontradas um total de 85 espécies
sendo, 59 ou 69,41% classificadas como
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peculiares e 26 ou 30,59% acessórias. Na A3
foram identificadas um total de 67 espécies,
sendo 34 ou 50,75% consideradas espécies
peculiares e 33 ou 49,25% acessórias.
Do total de 490 indivíduos
mensurados na A1 259 ou 52,85% foram
representados pelas espécies peculiares e 231
ou 47,15% por espécies acessórias. Na A2
dos 1145 indivíduos identificados 289 ou
25,24% foram representados por espécies
peculiares e 856 ou 74,76% por espécies
acessórias. Já a A3 de um total de 584
indivíduos 307 ou 52,56% são de espécies
peculiares e 277 ou 47,44% de acessórias.
Ao avaliar a composição florística de
um cerradão na Floresta Nacional de
Paraopeba – MG, dentre todas as espécies
identificadas 28% foram classificadas como
peculiares e 72% como espécies acessórias
(SOUZA et al., 2010). Em outro trabalho
também realizado na Floresta Nacional de
Paraopeba – MG foram identificadas um total
de 78 espécies sendo 13 ou 17% peculiares e
65 ou 83% como espécies acessórias,
apresentando assim valores diferentes dos
encontrados nas três áreas avaliadas neste
estudo (SOUZA et al., 2008). Isto pode estar
relacionado à proximidade fisionômica que o
cerradão apresenta com outras formações
florestais, fazendo assim com que o
compartilhamento de espécies seja maior
justificando o alto valor das espécies
acessórias. As espécies de formações
florestais encontradas no cerrado, como os
cerradões, matas secas, matas ciliares, e
matas de galeria parecem ocorrer em seu
limite de distribuição, caracterizando o
cerradão como uma possível área de transição
entre as outras fisionomias do bioma, sendo
este fator determinante no maior ou menor
número de espécies peculiares ou acessórias
encontradas (COSTA; ARAÚJO, 2001).
Ao avaliar a similaridade florística
entre áreas de cerrado sensu stricto de
diversas regiões do Brasil, foi verificado que
a formação dos grupos teve influência da
localização geográfica das áreas, e da
distribuição de espécies consideradas
peculiares e acessórias, sendo a área de Santa
Bárbara – SP influenciada pela flora
acessória de origem atlântica (SOUZA et al.,
2008). Em um estudo fitossociológico de um
sub – bosque de Eucalyptus grandis na
cidade de Bom Despacho – MG foi
encontrado um total de 39 espécies lenhosas
que se estabeleceram no sub-bosque, sendo
27 ou 69,23% consideradas peculiares do
Cerrado, e 12 ou 30,77% espécies acessórias,
vindas de florestas estacionais semideciduais
da região, sendo este um fenômeno comum
na flora do Cerrado (SAPORRETI JR et al.,
2003). Ao avaliar a vegetação da chapada
Pratinha – MG os estudos apontaram não
ocorrer espécies exclusivas de cerradão, quer
no estrato arbóreo, quer no estrato arbustivo
nessa região (FELFILI et al., 1994).
Na A2 apesar do maior número de
espécies 69,41% serem peculiares o maior
número de indivíduos 856 ou 74,76% foi
representando por espécies acessórias, isso
pode ser explicado pela maior densidade de
algumas espécies como Tapirira guianensis,
Protium heptaphyllum, Anadenanthera
peregrina, Astronium fraxinifolium, e
Copaifera langsdorffii que são espécies
generalistas e ocorrem em outras formações
vegetais tanto no Cerrado quanto em outros
biomas. Outro ponto que merece destaque é o
processo de transição entre fisionomias que
foi observado nesta área.
Ao avaliar uma área de cerrado sensu
stricto no mesmo fragmento, próximo as
parcelas que constituem a A2 foi verificado
um processo claro de transição entre
fisionomias, apontando que esta área pode se
tornar futuramente uma área pertencente à
fisionomia cerradão, uma vez que os
indivíduos encontrados apresentaram a
distribuição de suas alturas, concentradas nas
classes intermediárias, como também
apresentou uma altura média de 7,31 m o
que a coloca muito próxima do critério de
inclusão que é usualmente adotado, para
classificar as formações florestais presente no
Cerrado, que é de 8 metros, isto
provavelmente está relacionado ao maior
número de espécies acessórias, e
consequentemente refletiu no maior número
de indivíduos encontrados, uma vez que áreas
em processo de transição tendem a
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Gl. Sci Technol, Rio Verde, v.09, n.03, p.87 - 97, set/dez. 2016.
compartilhar um número maior de espécies
com outras formações vegetais próximas,
fazendo com que os valores de riqueza e
densidade sejam assim maiores (FERREIRA
et al., 2015).
O cerrado sensu stricto por ser uma
formação savânica, tende a apresentar um
número maior de espécies peculiares, ou seja,
as espécies que se desenvolvem nesta
fisionomia estão adaptadas às condições
específicas de sítio e a distúrbios de cunho
antrópico e natural que possam ocorrer.
Fatores como os tipos de solo, as frequentes
queimadas, tipos de dispersão, graus de
caducifolia dentre outros, são fundamentais
nessa determinação, isto justifica o maior
número de espécies peculiares presente nas
três áreas avaliadas. As diferenças
encontradas indicam que as espécies do
cerrado sensu stricto se caracterizam por se
distribuírem espacialmente em mosaicos,
sempre com uma combinação de menos de
100 espécies por área estudada, e mesmo as
comunidades situadas em áreas próximas
apresentam-se florística e estruturalmente
diferenciadas (FELFILI et al., 1993).
O Cerrado por ser um bioma ecotonal
e servir como elo com os outros biomas
brasileiros apresenta características próprias
quanto a sua vegetação, ficando evidente
assim que, independentemente da sua origem
florística, tanto o Cerrado, quanto os outros
biomas trocaram espécies ao longo do
processo de adaptação da flora, sendo esse
processo mais evidente nas áreas de transição
(RIZZINI, 1963; HERINGER, et al., 1977;
SOUZA et al., 2008).
Essa associação entre espécies
peculiares e acessórias é mais variada no
componente arbóreo e mais sensível a
mudanças de clima, solos, queimadas e
diversos outros fatores que atuam nas regiões
de sua ocorrência. Isso demonstra a
necessidade de levantamentos florísticos
intensos e sistemáticos ao longo do tempo
nessas áreas, para que se possa conhecer
adequadamente a sua flora e as ligações que
mantém com as outras formações vegetais
(LISINGEN et al., 2006).
CONCLUSÃO
Em todas as áreas avaliadas houve
uma predominância de espécies de estágios
inicias de sucessão, sendo representadas na
sua maioria pelo grupo sucessional das
pioneiras e secundárias iniciais,
caracterizando os fragmentos em estágio
inicial de sucessão em franco
desenvolvimento para fases posteriores.
As três áreas avaliadas apresentaram
um maior número de espécies peculiares,
caracterizando os fragmentos como
fisionomias tipicamente de Cerrado.
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