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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO GRUPO II – CLASSE V – Plenário TC-016.214/2007-5 (com 1 volume e 5 anexos) Natureza: Relatório de Levantamento de Auditoria (Fiscobras 2007) Entidades: Departamento de Estradas de Rodagem, Infra-Estrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre – DERACRE e Governo do Estado do Acre Interessado: Congresso Nacional Advogado constituído nos autos: não Sumário: LEVANTAMENTO DE AUDITORIA. FISCOBRAS 2007. OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE TRECHO RODOVIÁRIO NA BR-364 NO ESTADO DO ACRE – SENA MADUREIRA- CRUZEIRO DO SUL. INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES GRAVES. ADOÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR. AUDIÊNCIA DOS RESPONSÁVEIS. CIÊNCIA AO CONGRESSO NACIONAL. RELATÓRIO Trata-se de Relatório de Levantamento de Auditoria realizado pela Secex-AC nas obras de construção de trecho rodoviário Sena Madureira-Cruzeiro do Sul – BR-364, no Estado do Acre, no âmbito do PT 26782023814220012. 2. Os dados cadastrais da obra constam do relatório da equipe de fiscalização conforme a seguir, no essencial: Tipo de Obra: Rodovia - Construção Obra bloqueada na LOA deste ano: Não Importância Socioeconômica: A construção da BR 364 propiciará a ligação de Rio Branco ao interior do Estado do Acre, promovendo a integração social e comercial entre os principais municípios acreanos, principalmente entre as cidades da região norte do Estado. Concluída, incrementará o desenvolvimento das atividades agropecuárias, proporcionará melhoria nas condições de transporte, facilitando o escoamento da produção das propriedades rurais localizadas na região de influência da rodovia e, certamente, contribuirá para a redução do custo de vida da população daquela região, especialmente quanto à aquisição de gêneros alimentícios e produtos manufaturados. Viabilizará, inclusive, a integração dos sistemas aquaviário e rodoviário dos municípios de Jordão, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo, que se encontram, ainda, em /home/website/convert/temp/convert_html/608d861e565281673701b122/document.doc

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Page 1: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

GRUPO II – CLASSE V – PlenárioTC-016.214/2007-5 (com 1 volume e 5 anexos)Natureza: Relatório de Levantamento de Auditoria (Fiscobras 2007)Entidades: Departamento de Estradas de Rodagem, Infra-Estrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre – DERACRE e Governo do Estado do Acre Interessado: Congresso NacionalAdvogado constituído nos autos: não háSumário: LEVANTAMENTO DE AUDITORIA. FISCOBRAS 2007. OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE TRECHO RODOVIÁRIO NA BR-364 NO ESTADO DO ACRE – SENA MADUREIRA-CRUZEIRO DO SUL. INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES GRAVES. ADOÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR. AUDIÊNCIA DOS RESPONSÁVEIS. CIÊNCIA AO CONGRESSO NACIONAL.

RELATÓRIO

Trata-se de Relatório de Levantamento de Auditoria realizado pela Secex-AC nas obras de construção de trecho rodoviário Sena Madureira-Cruzeiro do Sul – BR-364, no Estado do Acre, no âmbito do PT 26782023814220012.

2. Os dados cadastrais da obra constam do relatório da equipe de fiscalização conforme a seguir, no essencial:

“Tipo de Obra: Rodovia - ConstruçãoObra bloqueada na LOA deste ano: NãoImportância Socioeconômica: A construção da BR 364 propiciará a ligação de Rio Branco ao

interior do Estado do Acre, promovendo a integração social e comercial entre os principais municípios acreanos, principalmente entre as cidades da região norte do Estado.

Concluída, incrementará o desenvolvimento das atividades agropecuárias, proporcionará melhoria nas condições de transporte, facilitando o escoamento da produção das propriedades rurais localizadas na região de influência da rodovia e, certamente, contribuirá para a redução do custo de vida da população daquela região, especialmente quanto à aquisição de gêneros alimentícios e produtos manufaturados.

Viabilizará, inclusive, a integração dos sistemas aquaviário e rodoviário dos municípios de Jordão, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo, que se encontram, ainda, em situação de grande isolamento geográfico.

A rodovia BR-364 permite a ligação direta entre os Estados do Acre e Rondônia, interligando-os à malha rodoviária brasileira.

Observações:A obra fiscalizada compreende o subtrecho Sena Madureira/AC ao rio Juruá, ao Sul de

Cruzeiro do Sul/AC, cuja extensão é de aproximadamente 485km. Desse total, foram executados 135km de pavimentação asfáltica até junho/2006 restando, ainda, a construção de aproximadamente 350km de rodovia. O trecho estadual do rio Juruá até Cruzeiro do Sul já está asfaltado. Também está asfaltado o trecho entre Feijó, às margens do rio Envira e Tarauacá, às margens do rio Tarauacá. Depois de Tarauacá há outro trecho asfaltado de 20km, na direção de Cruzeiro do Sul. Da capital, Rio Branco à cidade de Sena Madureira há 144km de asfalto, os quais não estão dentro dos 485km citados.

[...] Projeto Básico nº 1Data Elaboração: 31/08/2002 Custo da obra: R$ 112.733.314,28 Data Base:

/tt/file_convert/608d861e565281673701b122/document.doc

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

31/08/2002Objeto: Implantação, pavimentação da BR-364/AC, trecho Div. RO/AC - RO/AC-Entrada AC-

090 (Fronteira/Brasil/Peru), Subtrecho: AC-329 (Ig. Alto Jurupari) - Entrada BR-409/AC-170 (Feijo), Extensão de 66,53 km.

Observações:As obras foram objeto da Concorrência nº 072/2002, a qual já foi devidamente homologada e o

respectivo contrato (4.03.043A - firmado entre o DERACRE e a Empresa Construmil).Projeto Básico nº 2Data Elaboração: 01/04/2000 Custo da obra: R$ 15.000.000,00 Data Base: 01/04/2000Objeto: Obras de pavimentação de 29,51 Km e 02 obras de artes especiais totalizando a

extensão de 75m, no subtrecho Rodrigues Alves-Rio Liberdade. Projeto Básico nº 3Data Elaboração: 01/04/2000 Custo da obra: R$ 27.000.000,00 Data Base: 01/04/2000Objeto: Obra relativa à pavimentação asfáltica de 38,55 Km e construção de 6 obras de arte

especiais (326 m de ponte em concreto armado) no subtrecho Feijó-Tarauacá.Projeto Básico nº 4Data Elaboração: 01/11/2001 Custo da obra: R$ 44.090.351,73 Data Base: 01/11/2001Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa AM/AC - Divisa Brasil/Peru Subtrecho: Igarapé

Santa Fé - Rio Tauarí Segmento: km 592,50 - km 612,50.Observações:Trecho já contratado.Projeto Básico nº 5Data Elaboração: 01/11/2001 Custo da obra: R$ 44.353.608,68 Data Base: 01/11/2001Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa AM/AC - Divisa Brasil/Peru Subtrecho: Tarauacá

- Igarapé Mamoré Segmento: km 538,60 - km 572,50.Observações:Trecho já contratado.Projeto Básico nº 6Data Elaboração: 01/11/2001 Custo da obra: R$ 40.418.409,77 Data Base: 01/11/2001Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa AM/AC - Divisa Brasil/Peru Subtrecho: Igarapé

Mamoré - Igarapé Santa Fé Segmento: km 572,50 - km 592,50.Observações:Trecho já contratado.Projeto Básico nº 7Data Elaboração: 01/11/2001 Custo da obra: R$ 97.054.150,93 Data Base: 01/11/2001Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa AM/AC - Divisa Brasil/Peru Subtrecho: Rio

Tauarí - Rio Liberdade Segmento: km 612,50 - km 662,60.Observações:Trecho já contratado.Projeto Básico nº 8Data Elaboração: 03/01/2006 Custo da obra: R$ 66.010.932,01 Data Base: 03/01/2006Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa RO/AC - Entr. AC-090 Divisa Brasil/Peru

Subtrecho: Entr. AC-339 (Sena Madureira) - Manuel Urbano Segmento: km 267,70 - km 304,60.Observações:Projeto em análise no DNIT para aprovação.Projeto Básico nº 9Data Elaboração: 03/01/2006 Custo da obra: R$ 71.235.874,32 Data Base: 03/01/2006Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa RO/AC - Entr. AC-090 Divisa Brasil/Peru

Subtrecho: Entr. AC-339 (Sena Madureira) - Manuel Urbano Segmento: km 304,60 - km 338,00.Observações:Projeto em análise no DNIT para aprovação.Projeto Básico nº 10Data Elaboração: 03/01/2006 Custo da obra: R$ 33.446.931,63 Data Base: 03/01/2006Objeto: Rodovia: BR-364/AC Trecho: Divisa RO/AC - Entr. AC-090 Divisa Brasil/Peru

Subtrecho: Entr. AC-339 (Sena Madureira) - Manuel Urbano Segmento: km 338,40 - km 346,50.Observações:Projeto em análise no DNIT para aprovação.

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Execução FísicaDt. Vistoria: 04/07/2007 Percentual executado: 35Data do Início da Obra: 17/07/2000 Data Prevista para Conclusão: 31/12/2010Situação na Data da Vistoria: Em andamento.Descrição da Execução Realizada até a Data da Vistoria: TrechoTarauacá Cruzeiro do Sul (4 lotes): Estimativa do DERACRE de término da obra ainda em 2007; Trecho Sena Madureira/Feijó (8 lotes), as obras ainda não iniciaram.

Observações:1) Data prevista para conclusão – estimou-se pela vigência do convênio nº 591821.2) cálculo do percentual executado: Qe / Qt x 100. Qe é igual a quantidade executada: 38,55km (100% do trecho Feijó/Tarauacá) + 95,78 km

(77% do trecho Tarauacá/Rio Liberdade, percentual deduzido da soma das medições dos contratos, R$ 182.078.315,49, dividida pelos totais dos contratos mais aditivos, R$ 235.994.756,40); e Qt é igual a extensão total do trecho Sena Madureira/Rio Liberdade, 387,39 km.

[...]

EditaisNº do Edital: 16/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC, Lote 1. UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIAData da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 18/06/2007

Valor Estimado: 71.099.063,5600

Data da Adjudicação: Quantidade de Propostas Classificadas: 2

Observações:1) Lote 1: Trecho: Divisa RO/AC - Entr. AC-090 (Fronteira Brasil/Peru) (Boqueirão da

Esperança), Sub-Trecho: Entroncamento AC - 339 (Sena Madureira) - Manuel Urbano, Segmento: Km 267,7 ao km 304,6 (Lote 01) numa extensão de 36,9 Km.

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Nº do Edital: 17/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC - Lote 2.UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIAData da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 18/06/2007

Valor Estimado: 77.863.451,5000

Data da Adjudicação: Quantidade de Propostas Classificadas: 3

Observações:1) Lote 2 - Trecho: Divisa RO/AC - Entr. AC-090 (Fronteira Brasil/Peru) (Boqueirão da

Esperança), Sub-Trecho: Entroncamento AC - 339 (Sena Madureira) - Manuel Urbano, Segmento: Km 304,6 ao km 338,0, numa extensão de 33,4 Km;

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Nº do Edital: 18/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC - Lote 3UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIAData da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 18/06/2007

Valor Estimado: 31.964.781,0000

Data da Adjudicação:

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Quantidade de Propostas Classificadas: 1Observações:1) Lote 3 - Div. RO/AC - Entr. AC-090 (Fronteira Brasil/Peru) (Boqueirão da Esperança), Sub-

Trecho: Entr. AC - 339 (Sena Madureira) - Rio Macapá, Seg.: Km 338,4 / km 346,5 e km 0,00 / km 6,58 (Acesso a Manuel Urbano), numa ext. de 14,7 Km;

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Nº do Edital: 19/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC - Lote 4.UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIAData da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 18/06/2007

Valor Estimado: 72.734.745,4900

Data da Adjudicação: Quantidade de Propostas Classificadas: 2

Observações:1) Lote 4 - Trecho: Divisa RO/AC - Fronteira Brasil/Peru (Boqueirão da Esperança), Sub-

Trecho: Manuel Urbano - Entr. AC 329 (Igarapé Alto Jurupari), Segmento: Km 346,5 ao km 381,6, numa extensão de 35,1 Km;

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Nº do Edital: 20/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC - Lote 5UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIAData da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 19/06/2007

Valor Estimado: 88.806.691,6200

Data da Adjudicação: Quantidade de Propostas Classificadas: 1

Observações:1) Lote 5 - Trecho: Divisa RO/AC - Fronteira Brasil/Peru (Boqueirão da Esperança), Sub-

Trecho: Rio Macapá - Entr. AC 329 (Igarapé Alto Jurupari), Segmento: Km 381,6 ao km 417,42 numa extensão de 35,82 Km;

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Nº do Edital: 21/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC - Lote A.UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIAData da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 19/06/2007

Valor Estimado: 12.412.316,0500

Data da Adjudicação: Quantidade de Propostas Classificadas: 1

Observações:1) Lote A - Construção de 3 pontes - Trecho: Divisa RO/AC - Fronteira Brasil/Peru

(Boqueirão), Sub-Trecho: Entr. AC - 339 (Sena Madureira/Rio Macapá), Segmento: Km 267,7 ao km 379,7.

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Nº do Edital: 22/2007Objeto: Execução de Implantação, Construção e Pavimentação e Obras de Arte Corrente na Rodovia Federal BR-364/AC - Lote B.UASG: Modalidade de Licitação:

CONCORRÊNCIA

Page 5: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Data da Publicação: 03/05/2007 Tipo de Licitação: Menor preçoData da Abertura da Documentação: 19/06/2007

Valor Estimado: 7.423.471,7500

Data da Adjudicação: Quantidade de Propostas Classificadas: 1

Observações:1) Lote B - Construção de 2 pontes - Trecho: Divisa RO/AC - Fronteira Brasil/Peru

(Boqueirão), Sub-Trecho: Manuel Urbano - Entr. AC 329 (Igarapé Alto Jurupari), Segmento: Km 346,5 ao km 417,42;

2) Número de empresas classificadas antes da fase de recurso.Contratos Principais

No. Contrato: 202-A/00 - DeracreObjeto do Contrato: Serviços de Pav. e Obras de Arte Compl. da BR-364, Rodrigues Alves - R. Liberdade, Lote I - Subtrecho estacas 2000 a 2750 e ponte Rio Campinas

Data da Assinatura: 17/07/2000 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 02.913.177/0001-04 Razão Social: Construtora Ideal Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 17/07/2000 a 17/03/2001 Vigência: 17/07/2000 a 31/12/2004Valor: R$ 7.295.842,51 Valor: R$ 7.295.842,51Data-Base: 26/06/2000 Data-Base: 26/06/2000Volume do Serviço: km Volume do Serviço: 15,0000 kmCusto Unitário: R$/km Custo Unitário: 486.389,50 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 4º 12/07/2002Situação do Contrato: Rescindido.Data da Rescisão: 10/12/2004

Alterações do Objeto: Não houve nenhuma alteração.Observações:1) O 4º Termo Aditivo acrescentou mais 180 dias de prazo para execução, passando para 570

dias ininterruptos;2) Foi dada ordem de paralisação em 03/12/2003;3) Segundo informações prestadas pelo DERACRE, por meio do Of. DG/DERACRE Nº 632/05,

de 04/04/05, o contrato foi rescindido em 10/12/2004;4) Volume de serviço: 15 Km de pavimentação asfáltica e construção de uma ponte de

concreto armado, de 50 m, sobre o Rio Campinas.No. Contrato: 202/B-00 - DeracreObjeto do Contrato: Serviços de Pav. e Obras de Arte Compl. na BR 364, Rodrigues Alves - Rio Liberdade (Subtrecho estacas 2750 a 3475 + 14,40m) e ponte Rio Vai-Vem (25m)

Data da Assinatura: 17/07/2000 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 04.034.005/0001-96 Razão Social: CEPEL - Construções e Estudos e Projetos de Engenharia Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 21/08/2000 a 21/04/2001 Vigência: 21/08/2000 a 31/12/2004Valor: R$ 7.123.748,12 Valor: R$ 7.123.748,12Data-Base: 26/06/2000 Data-Base: 26/06/2000Volume do Serviço: km Volume do Serviço: 14,5000 kmCusto Unitário: R$/km Custo Unitário: 491.292,97 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 4º 15/08/2002Situação do Contrato: Rescindido.

Page 6: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Data da Rescisão: 15/12/2004Alterações do Objeto: Não houve nenhuma alteração.Observações:1) O 4º Termo Aditivo objetivou o aumento do prazo de execução de serviços, correspondendo

ao acréscimo de 180 dias na duração do contrato, passando para 570 dias ininterruptos;2) Foi dada ordem de paralisação da obra em 03/12/2002;3) Segundo o DERACRE, por meio do Of. DG/DERACRE n.º 632/05, de 04/04/05, o contrato

foi rescindido em 15/12/04;4) Volume de serviço inicial: 14,5 Km de pavimentação asfáltica e construção de uma

ponte de concreto armado, de 25 m, (Rio Vai e Vem). No. Contrato: 204/00- DeracreObjeto do Contrato: Obras de restauração, pavimentação asfáltica e construção de obras correntes, especiais e complementares, no trecho Tarauacá - Feijó.

Data da Assinatura: 18/07/2000 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 00.635.771/0001-55 Razão Social: Construmil - Construtora e Terraplenagem Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 18/07/2000 a 18/05/2001 Vigência: 18/07/2000 a 17/01/2004Valor: R$ 27.082.763,73 Valor: R$ 32.353.533,89Data-Base: 30/06/2000 Data-Base: 30/06/2000Volume do Serviço: km Volume do Serviço: 38,5500 kmCusto Unitário: R$/km Custo Unitário: 839.261,57 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 6º 08/09/2003Situação do Contrato: Concluído.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Exclusão de 5,88 Km de obras de restauração de rodovia, não previstas no Programa de Trabalho, conforme solicitação do extinto DNER.

Observações:1) O 5º Termo Aditivo acrescentou R$ 6.197.805,37 ao custo total da obra, significando 23,93

% do custo inicialmente previsto";2) O contrato foi prorrogado pelo 6º Termo Aditivo, acrecendo-se mais 90 dias de execução à

obra;3) O contrato expirou em 17/01/2004, data limite para execução da obra;4) Volume de serviço: construção de 38,55 m de pavimentação asfáltica, restauração de

5,88 Km e construção de 4 pontes de concreto. No. Contrato: 4.02.127AObjeto do Contrato: Construção de obras e serviços na Rodovia BR-364/AC, no trecho: final do aslfalto (Tacarauacá-AC) ao Igarapé Santá Fé e Ponte Rio Liberdade, lote 01-Segmento Km 538,6 - Km 572,5 - extensão 33,9 Km

Data da Assinatura: 02/07/2002 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 00.635.771/0001-55 Razão Social: Construmil - Construtora e Terraplenagem Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 22/07/2002 a 17/07/2003 Vigência: 29/07/2002 a 18/07/2007Valor: R$ 35.825.627,91 Valor: R$ 44.353.608,68Data-Base: 24/06/2002 Data-Base: 24/06/2002Volume do Serviço: 33,9000 km Volume do Serviço: 33,9000 kmCusto Unitário: 1.056.803,18 R$/km Custo Unitário: 1.308.366,03 R$/km

Page 7: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Nº/Data Aditivo Atual: 4º 20/04/2005Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Não houve alteração no objeto do contrato.Observações:1) Os 1º e 2º T.A. referem-se à substituição da caução oferecida, inicialmente, de cheque por

dinheiro e, posteriormente, de dinheiro por títulos da dívida pública;2) O 3º T.A. acresceu um total de R$ 8.527.981,50.3) O 4º T.A. prorrogou o prazo por mais 360 dias. 4) Houve uma 2ª Alteração de Projeto em Fase de obras (mai/2007) que modificou o

projeto sem a formalização do respectivo aditivo. Segundo valores da planilha da última alteração, o valor do contrato será de R$ 44.428.907,90.

No. Contrato: 4.02.127BObjeto do Contrato: Construção de obras e serviços na rodovia BR-364/AC, trecho: final do Asfalto (Tarauacá-AC) ao Igarapé Santa Fé e Ponte Rio Liberdade, Lote 02 -Km 572,50 ao Km 592,50, extensão 20,0 Km.

Data da Assinatura: 02/07/2002 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 04.034.005/0001-96 Razão Social: CEPEL - Construções e Estudos e Projetos de Engenharia Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 22/07/2002 a 17/07/2003 Vigência: 29/07/2002 a 30/09/2006Valor: R$ 18.663.714,28 Valor: R$ 18.663.714,28Data-Base: 26/06/2002 Data-Base: 20/06/2002Volume do Serviço: 20,0000 km Volume do Serviço: 20,0000 kmCusto Unitário: 933.185,71 R$/km Custo Unitário: 933.185,71 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 1º 02/09/2002Situação do Contrato: Rescindido.Data da Rescisão: 10/01/2005

Alterações do Objeto: Não houve alteração de objeto.Observações:1) O 1º Termo Aditivo diz respeito à substituição da caução oferecida, inicialmente, de cheque

por dinheiro e, posteriormente, de dinheiro por títulos da dívida pública;2) O presente contrato foi rescindido em 10/01/2005, ocorrendo nova contratação

(Contrato 4.05.120A), qual seja, a empresa ETAM Ltda. No. Contrato: 4.02.127CObjeto do Contrato: Construção de obras e serviços na Rodovia BR-364/AC, trecho: final do Asfalto (Tarauacá-AC) Igarapé Santa Fé e Ponte Rio Liberdade, Lote 03 Segmento Km 662,43 - Km 662,60 , Ponte Rio Liberdade.

Data da Assinatura: 02/07/2002 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 04.034.005/0001-96 Razão Social: CEPEL - Construções e Estudos e Projetos de Engenharia Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 22/07/2002 a 17/07/2003 Vigência: 29/07/2002 a 01/11/2005Valor: R$ 2.183.814,70 Valor: R$ 2.183.814,70Data-Base: 26/06/2002 Data-Base: 20/06/2002Volume do Serviço: 17,0000 km Volume do Serviço: 17,0000 kmCusto Unitário: 128.459,68 R$/km Custo Unitário: 128.459,68 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 1º 02/09/2002

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Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Não houve alteração de objeto.Observações:1) O 1º Termo Aditivo diz respeito à substituição da caução oferecida, inicialmente, de cheque

por dinheiro e, posteriormente, de dinheiro por títulos da dívida pública;2) tendo em vista não ter sido dada ordem de início da obra até a presente data, estimou-

se a sua conclusão em 01/11/2005. No. Contrato: 4.03.034AObjeto do Contrato: Obra de implantação, pavimentação e obras de arte especiais, trecho: Divisa RO/AC-AC-329 (Igarapé Jurupari) - Entroncamento BR-409/AC-170 (Feijó); seguimento: km 416,067 ao 482,600.

Data da Assinatura: 31/03/2003 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 00.635.771/0001-55 Razão Social: Construmil - Construtora e Terraplenagem Ltda.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 11/04/2003 a 01/12/2005 Vigência: 11/04/2003 a 01/07/2005Valor: R$ 116.856.867,54 Valor: R$ 116.856.867,54Data-Base: 13/01/2003 Data-Base: 13/01/2003Volume do Serviço: 66,5300 km Volume do Serviço: 66,5300 kmCusto Unitário: 1.756.453,74 R$/km Custo Unitário: 1.756.453,74 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 1 29/07/2005Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Não houve alteração de objeto.Observações:1) O 1º aditivo teve como objeto a alteração da garantia contratual. 2)Tendo em vista que não houve, até a presente data, ordem de início da obra, estima-se

o seu término para 01/07/2009, o que demandará a celebração de novo aditivo prorrogando a vigência do contrato.

No. Contrato: 4.05.097BObjeto do Contrato: Contratação do Consórcio de Empresas visando à prestação de serviços de execução da implantação e pavimentação dos sub-trechos da Rodovia BR 364/AC, Rio Gregório/Liberdade (50,01km), km 634,6 ao 684,6

Data da Assinatura: 20/05/2005 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: Razão Social: Consórcio CONSTRUMIL - CIDADECNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 20/05/2005 a 20/11/2006 Vigência: 20/05/2005 a 19/12/2007Valor: R$ 97.054.150,93 Valor: R$ 103.339.225,56Data-Base: 01/03/2005 Data-Base: 01/03/2005Volume do Serviço: 50,0100 km Volume do Serviço: 50,0100 kmCusto Unitário: 1.940.694,87 R$/km Custo Unitário: 2.066.371,23 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 2º 29/09/2006Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Não houve.Observações:1) Contrato referente ao lote 4 - Tarauacá / Cruzeiro do Sul;

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2) 1º T.A. - 26/07/2006 - Aumento de R$ 3.980.605,34;3) 2º T.A. - Aumento de R$ 6.285.074,63;4) Houve uma 3ª Alteração de Projeto em Fase de obras (nov/2006) que modificou o

projeto sem a formalização do respectivo aditivo. Segundo planilha da última alteração, o valor do contrato será de R$ 103.757.045,38.

No. Contrato: 4.05.097AObjeto do Contrato: Contratação do Consórcio de Empresas visando à prestação de serviços de execução da implantação e pavimentação dos subtrechos da Rodovia BR 364/AC, Entroncamento AC 321 Tarauacá/Rio Gregório 20km

Data da Assinatura: 20/05/2005 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: Razão Social: Consórcio JM - EDITECCNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 20/05/2005 a 20/11/2006 Vigência: 20/05/2005 a 19/12/2007Valor: R$ 44.090.351,73 Valor: R$ 47.943.042,83Data-Base: 01/03/2005 Data-Base: 01/03/2005Volume do Serviço: 20,0000 km Volume do Serviço: 20,0000 kmCusto Unitário: 2.204.517,58 R$/km Custo Unitário: 2.397.152,14 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 2º 25/09/2006Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Não houve.Observações:1) Contrato referente ao lote 3 - Tarauacá / Cruzeiro do Sul;2) 1º T.A. - 26/07/2006 - Aumento de R$ 3.857.976,37;3) 2º T.A. - Aumento de R$ 3.938.529,17;4) Houve uma 3ª Alteração de Projeto em Fase de obras (nov/2006) que modificou o

projeto sem a formalização do respectivo aditivo. Segundo planilha da última alteração, o valor do contrato será de R$ 49.322.172,81.

No. Contrato: 4.05.120AObjeto do Contrato: Implantação, construção, pavimentação e obras de arte correntes na Rodovia BR-364 (Lote 02): Div. AC/RO - Fronteira Brasil/Peru; Entr. AC-321 (Tarauacá) - R. Gregório; km 594,60 - km 614,60; 20 km

Data da Assinatura: 23/06/2005 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: --CNPJ Contratada: 22.768.840/0001-31 Razão Social: Construtora ETAM LTDA.CNPJ Contratante: 04.031.258/0001-06 Razão Social: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre

Situação Inicial Situação AtualVigência: 23/06/2005 a 23/12/2006 Vigência: 23/06/2005 a 10/08/2007Valor: R$ 40.418.409,77 Valor: R$ 40.353.593,33Data-Base: 01/01/2005 Data-Base: 01/01/2005Volume do Serviço: 20,0000 km Volume do Serviço: 20,0000 kmCusto Unitário: 2.020.920,48 R$/km Custo Unitário: 2.017.679,66 R$/km

Nº/Data Aditivo Atual: 1º 19/09/2006Situação do Contrato: Em andamento.Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Não houve.Observações:1) O contrato tem por objeto a execução de implantação, construção, pavimentação e Obras de

Artes Correntes na Rod 364/AC - Lote 2;2) O segmento objeto do contrato em comento também o foi do Contrato 4.02.127B, sendo que

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esta última avença foi rescindido em 10/01/2005;3) Houve uma 2ª Alteração de Projeto em Fase de obras (jun/2007) que modificou o projeto

sem a formalização do respectivo aditivo. Segundo planilha da última alteração, o valor do contrato será de R$ 39.251.112,22.”

3. Os indícios de irregularidades apontados na fiscalização em apreço constam do seguinte quadro resumo (fls. 167/171):

Nº Classificação Tipo Área de Ocorrência41 GRAVE COM

CONTINUIDADEExecução/pagamento de serviços não previstos no contrato

CONTRATO - 4.02.127A

42 GRAVE COM CONTINUIDADE

Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

CONTRATO - 4.05.120A

43 GRAVE COM CONTINUIDADE

Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

CONTRATO - 4.05.097A

44 GRAVE COM CONTINUIDADE

Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

CONTRATO - 4.05.097B

45 GRAVE COM CONTINUIDADE

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 16/2007

46 GRAVE COM CONTINUIDADE

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 17/2007

47 GRAVE COM CONTINUIDADE

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 18/2007

48 GRAVE COM CONTINUIDADE

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 19/2007

49 GRAVE COM CONTINUIDADE

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 20/2007

50 GRAVE COM CONTINUIDADE

Alterações indevidas de projetos e especificações

CONTRATO - 4.03.034A

51 GRAVE COM CONTINUIDADE

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

PROJETO BÁSICO

52 GRAVE COM CONTINUIDADE

Deficiência grave na qualidade nos serviços executados

CONTRATO - 4.05.097B

53 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 16/2007

54 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 17/2007

55 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 18/2007

56 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 19/2007

57 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 20/2007

58 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço CONTRATO - 4.03.034A

59 GRAVE COM CONTINUIDADE

Superfaturamento CONTRATO - 4.02.127A

60 GRAVE COM CONTINUIDADE

Superfaturamento CONTRATO - 4.05.120A

61 GRAVE COM CONTINUIDADE

Superfaturamento CONTRATO - 4.05.097A

62 GRAVE COM CONTINUIDADE

Superfaturamento CONTRATO - 4.05.097B

63 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 16/2007

64 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 17/2007

65 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 18/2007

66 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 19/2007

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Nº Classificação Tipo Área de Ocorrência67 GRAVE COM

PARALISAÇÃOProjeto básico/executivo deficiente ou inexistente

EDITAL - 20/2007

68 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

CONTRATO - 4.03.034A

69 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas EDITAL - 16/2007

70 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas EDITAL - 17/2007

71 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas EDITAL - 18/2007

72 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas EDITAL - 19/2007

73 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas EDITAL - 20/2007

74 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 16/2007

75 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 17/2007

76 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 18/2007

77 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 19/2007

78 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Sobrepreço EDITAL - 20/2007

79 GRAVE COM CONTINUIDADE

Medição/ pagamento de serviços não realizados

CONTRATO - 4.02.127A

80 GRAVE COM CONTINUIDADE

Irregularidade grave na execução do convênio CONVÊNIO - 561783

81 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 16/2007

82 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 17/2007

83 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 18/2007

84 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 19/2007

85 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 20/2007

86 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 21/2007

87 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 22/2007

88 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 16/2007

89 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 17/2007

90 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 18/2007

91 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 19/2007

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Nº Classificação Tipo Área de Ocorrência92 GRAVE COM

PARALISAÇÃORestrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 20/2007

93 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 21/2007

94 GRAVE COM PARALISAÇÃO

Restrição ao caráter competitivo da licitação EDITAL - 22/2007

95 GRAVE COM CONTINUIDADE

Descumprimento de deliberações do TCU EMPREENDIMENTO

96 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas CONTRATO - 4.05.120A

97 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas CONTRATO - 4.05.097A

98 OUTRAS IRREGULARIDADES OU IRREGULARIDADES ESCLARECIDAS

Irregularidades Esclarecidas CONTRATO - 4.05.097B

4. Prosseguindo no relato da matéria, importa transcrever os trechos do relatório de levantamento que descrevem os indícios de irregularidades apontados, fazendo constar, antes, as seguintes observações:

a) as irregularidades do tipo “restrição ao caráter competitivo da licitação”, de nºs 81 a 94, já foram apreciadas pelo Tribunal nos autos do TC-016.687/2007-3, relatado por mim na Sessão Plenária de 15 de agosto do corrente ano, ocasião em que o Colegiado acolheu voto condutor da minha lavra em que analisei os indícios apontados a esse título e concluí pela sua improcedência, exceto quanto a uma questão específica que restou superada mediante determinação corretiva constante do Acórdão nº 1.631/2007;

b) as irregularidades do tipo “sobrepreço” (53 a 57; 74 a 78) e “projeto básico/executivo deficiente ou inexistente” (45 a 49; 63 a 67) relativas aos Editais de nºs 16 a 20/2007 são da mesma natureza para todos os editais;

c) as irregularidades 69 a 73 e 96 a 98 restaram esclarecidas após a manifestação preliminar da entidade auditada.

d) em razão das observações lançadas acima, transcreve-se, a seguir, apenas os indícios de irregularidades de nºs 41 a 45, 50 a 53, 58 a 63, 68, 74, 79, 80 e 95:

“IRREGULARIDADE Nº 41 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.02.127ADescrição/Fundamentação: Execução da obra de acordo com a 2º Revisão de Projeto em Fase

de Obras no contrato 4.02.127A sem a devida formalização do Respectivo Termo Aditivo, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

Em maio de 2007 foi empreendida a 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, onde houve alterações profundas nos serviços de pavimentação e drenagem. A obra está sendo executada segundo esta nova alteração e até a data da vistoria ainda não havia sido providenciado o adequado termo aditivo.

O valor do contrato após o 4º Termo Aditivo é de R$ 44.353.608,68. A 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, após supressões e acréscimos de quantitativos e serviços apresenta o valor de R$ 44.428.907.90.

Importante citar que mesmo a 1ª Revisão de Projeto em Fase de Obras não guarda correspondência em seus valores contratuais com quaisquer dos aditivos, impondo que a obra está sendo executada com expressivas e sucessivas alterações do projeto executivo sem a adequada e necessária alteração do contrato.

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É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Não entendemos que a irregularidade se enquadre em quaisquer dos requisitos

do art. 102 da LDO 2006 capazes de ensejar a paralisação do empreendimento.Esclarecimentos Adicionais: A planilha referente à 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras do lote 1 encontra-se às fls.

01/08, anexo 1, do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 41, esclarecemos

que as medições realizadas até abril/2007, foram baseadas na 1ª revisão em fase de obras, aprovada pelo DNIT, que corresponde ao 3º Termo Aditivo ao contrato e não ao 4º Termo Aditivo como foi citado no relatório. Ademais, a 2ª revisão em fase de obras, já em análise no DNIT, torna-se referência para medições a partir de maio/2007. Portanto, ao contrário do que foi afirmado pela equipe de analistas, as revisões efetuadas guardam relação com os valores contratuais, os quais foram atualizados pelos respectivos termos de aditamento.

Ademais, as alterações se fizeram necessárias em virtude da melhoria do Projeto Executivo com base em estudos de jazidas e de soluções mais adequadas para a região no que se refere à terraplenagem, pavimentação e ao componente ambiental, o que ocorreu pelas observações e estudos realizados pela supervisão (contratada do DERACRE) e fiscalização durante a implantação básica do trecho.

Essas constatações somente possíveis foram durante a execução das obras, em razão da escavação de cortes que permitiram detectar materiais melhores e em maiores profundidades.

Avaliação Preliminar: De fato, durante a visita da equipe de auditoria, as medições referentes aos novos termos aditivos ainda não havia sido efetivadas. Todavia, os serviços já estavam sendo executados consoante a nova revisão de projeto. Perscrutamos, inclusive, como serão realizadas as medições sem a formalização das modificações, já que a obra está em plena execução. É o caso da mudança das jazidas, modificação das camadas de base, sub-base e capa asfáltica.

A demora do DNIT na aprovação dos projetos não justifica a realização de serviços sem a devida cobertura contratual. Tal constatação só reafirma a carência de um bom planejamento da obra, a começar pelo seu projeto inicial.

Embora não tenha havido medição, a execução de serviços sem a cobertura contratual, por si só, já confirma a afronta ao art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

IRREGULARIDADE Nº 42 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.120ADescrição/Fundamentação: Execução da obra de acordo com a 2º Revisão de Projeto em Fase

de Obras no contrato 4.05.120A sem a devida formalização do Respectivo Termo Aditivo, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

Em junho de 2007 foi empreendida a 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, onde houve alterações profundas nos serviços de pavimentação e drenagem. A obra está sendo executada segundo esta nova alteração e até a data da vistoria ainda não havia sido providenciado o adequado termo aditivo.

O valor do contrato após o 1º Termo Aditivo é de R$ 40.353.593,33. A 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, após supressões e acréscimos de quantitativos e serviços apresenta o valor de R$ 39.251.112,22 (redução).

Importante citar que mesmo a 1ª Revisão de Projeto em Fase de Obras não guarda correspondência em seus valores contratuais com quaisquer dos aditivos, impondo que a obra está sendo executada com expressivas e sucessivas alterações do projeto executivo sem a adequada e necessária alteração do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Não entendemos que a irregularidade se enquadre em quaisquer dos requisitos

do art. 102 da LDO 2006 capazes de ensejar a paralisação do empreendimento.Esclarecimentos Adicionais: A planilha referente à 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras do lote 2 encontra-se às fls.

09/14, anexo 1, do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 42, esclarecemos

que a 2ª alteração de projeto em fase de obra ainda não tem Termo Aditivo correspondente, em

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virtude de que a mesma ainda encontra-se em fase de análise no DNIT, para posterior aprovação. Esclarecemos que as medições até abril/2007, foram baseadas no 1º Termo de Aditamento. Portanto, ao contrário do que foi afirmado pela equipe de analistas, a revisão efetuada guarda relação com os valores contratuais, os quais foram atualizados pelo respectivo Termo de Aditamento.

Ademais, as alterações se fizeram necessárias em virtude da melhoria do Projeto Executivo com base em estudos de jazidas e de soluções mais adequadas para a região no que se refere à terraplanagem, pavimentação e ao componente ambiental, o que ocorreu pelas observações e estudos realizados pela supervisão (contratada do DERACRE) e fiscalização durante a implantação básica do trecho que, inclusive, geraram economia para o erário.

Essas constatações somente são possíveis durante a execução das obras, em razão da escavação de cortes que permitem detectar materiais melhores e em maiores profundidades.

Avaliação Preliminar: De fato, durante a visita da equipe de auditoria, as medições referentes aos novos termos aditivos ainda não havia sido efetivadas. Todavia, os serviços já estavam sendo executados consoante a nova revisão de projeto. Perscrutamos, inclusive, como serão realizadas as medições sem a formalização das modificações, já que a obra está em plena execução. É o caso da mudança das jazidas, modificação das camadas de base, sub-base e capa asfáltica.

A demora do DNIT na aprovação dos projetos não justifica a realização de serviços sem a devida cobertura contratual. Tal constatação só reafirma a carência de um bom planejamento da obra, a começar pelo seu projeto inicial.

Embora não tenha havido medição, a execução de serviços sem a devida cobertura contratual, por si só, já confirma a afronta ao art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

IRREGULARIDADE Nº 43 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.097ADescrição/Fundamentação: Execução da obra de acordo com a 3º Revisão de Projeto em Fase

de Obras no contrato 4.05.097A sem a devida formalização do Respectivo Termo Aditivo, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93

Em novembro de 2006 foi empreendida a 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, onde houve alterações nos serviços de terraplenagem, pavimentação e drenagem. A obra está sendo executada segundo esta nova alteração e até a data da vistoria ainda não havia sido providenciado o adequado termo aditivo.

O valor do contrato após o 2º Termo Aditivo é de R$ 47.943.042,83. A 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, após supressões e acréscimos de quantitativos e serviços apresenta o valor de R$ 49.322.172,81.

Importante citar que mesmo a 1ª e 2ª Revisões de Projeto em Fase de Obras não guardam correspondência em seus valores contratuais com quaisquer dos aditivos, impondo que a obra está sendo executada com expressivas e sucessivas alterações do projeto executivo sem a adequada e necessária alteração do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Não entendemos que a irregularidade se enquadre em quaisquer dos requisitos

do art. 102 da LDO 2006 capazes de ensejar a paralisação do empreendimento.Esclarecimentos Adicionais: A planilha referente à 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras no lote 3 encontra-se às fls.

15/22, anexo 1, do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 43, esclarecemos

que a 3ª revisão ainda não tem aditivo, pois a mesma está em fase de análise no DNIT, para posterior aprovação. Esclarecemos ainda que, até abril/2007 as medições foram baseadas no 2º Termo de Aditamento.

As alterações se fizeram necessárias em virtude de melhoria do Projeto Executivo com base em estudos de jazidas e de soluções mais adequadas para a região no que se refere à terraplanagem, pavimentação e ao componente ambiental, o que ocorreu pelas observações e estudos realizados pela supervisão (contratada do DERACRE) e fiscalização durante a implantação básica do trecho.

Essas constatações somente são possíveis durante a execução das obras, em razão da escavação de cortes que permitem detectar materiais melhores e em maiores profundidades.

Ademais, o valor acrescentado ao contrato, com base no 2º termo de aditamento, foi de R$

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3.938.529,17 (três milhões novecentos e trinta e oito mil quinhentos e vinte e nove reais e dezessete centavos), que resulta num valor total de R$ 48.028.880,90 (quarenta e oito milhões vinte e oito mil oitocentos e oitenta reais e noventa centavos). Portanto, ao contrário do que foi afirmado pela equipe de analistas, as revisões efetuadas guardam relação com os valores contratuais, os quais foram atualizados pelos respectivos Termos de Aditamento.

Informamos ainda, que na cláusula 2ª - do valor do contrato - do 2º termo de aditamento o valor passa a ser 48.028.880,90 (quarenta e oito milhões vinte e oito mil oitocentos e oitenta reais e noventa centavos) e não de R$ 47.943.042,83 (quarenta e sete milhões, novecentos e quarenta e três mil e quarenta e dois reais e oitenta e três centavos), havendo mero erro de digitação no momento da elaboração do referido Termo. Desse modo, providenciaremos a devida retificação do 2º Termo de Aditamento do contrato em questão.

Avaliação Preliminar: De fato, durante a visita da equipe de auditoria, as medições referentes aos novos termos aditivos ainda não havia sido efetivadas. Todavia, os serviços já estavam sendo executados consoante a nova revisão de projeto. Perscrutamos, inclusive, como serão realizadas as medições sem a formalização das modificações, já que a obra está em plena execução. É o caso da mudança das jazidas, modificação das camadas de base, sub-base e capa asfáltica.

A demora do DNIT na aprovação dos projetos não justifica a realização de serviços sem a devida cobertura contratual. Tal constatação só reafirma a carência de um bom planejamento da obra, a começar pelo seu projeto inicial.

Embora não tenha havido medição, a execução de serviços sem a devida cobertura contratual, por si só, já confirma a afronta ao art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

Quanto ao erro de digitação na formalização do aditivo, resta determinar providências para correção do termo aditivo.

IRREGULARIDADE Nº 44 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Execução/pagamento de serviços não previstos no contrato

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.097BDescrição/Fundamentação: Execução da obra de acordo com a 3º Revisão de Projeto em Fase

de Obras no contrato 4.05.097B sem a devida formalização do Respectivo Termo Aditivo, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

Em novembro de 2006 foi empreendida a 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, onde houve alterações nos serviços de terraplenagem, pavimentação e drenagem. A obra está sendo executada segundo esta nova alteração e até a data da vistoria ainda não havia sido providenciado o adequado termo aditivo.

O valor do contrato após o 2º Termo Aditivo é de R$ 103.339.225,56. A 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, após supressões e acréscimos de quantitativos e serviços apresenta o valor de R$ 103.757.045,38.

Importante citar que mesmo a 1ª e 2ª Revisões de Projeto em Fase de Obras não guardam correspondência em seus valores contratuais com quaisquer dos aditivos, impondo que a obra está sendo executada com expressivas e sucessivas alterações do projeto executivo sem a adequada e necessária alteração do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Não entendemos que a irregularidade se enquadre em quaisquer dos requisitos

do art. 102 da LDO 2006 capazes de ensejar a paralisação do empreendimento.Esclarecimentos Adicionais: A planilha referente à 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras no lote 4 encontra-se às fls.

23/29, anexo 1, do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 44, esclarecemos

que a 3ª revisão ainda não tem aditivo, pois a mesma está em fase de análise no DNIT, para posterior aprovação. Esclarecemos, ainda, que até abril/2007 as medições foram baseadas no 2º Termo de Aditamento. Portanto, ao contrário do que foi afirmado pela equipe de analistas, as revisões efetuadas guardam relação com os valores contratuais, os quais foram atualizados pelos respectivos Termos de Aditamento.

As alterações se fizeram necessárias em virtude da melhoria do Projeto Executivo com base em estudos de jazidas e de soluções mais adequadas para a região no que se refere à terraplanagem, pavimentação e ao componente ambiental, o ocorreu pelas observações e estudos que são feitos pela

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supervisão (contratada do DERACRE) e fiscalização durante a implantação básica do trecho.Essas constatações somente são possíveis durante a execução das obras, em razão da

escavação de cortes que permitem detectar materiais melhores e em maiores profundidades.Avaliação Preliminar: De fato, durante a visita da equipe de auditoria, as medições referentes

aos novos termos aditivos ainda não havia sido efetivadas. Todavia, os serviços já estavam sendo executados consoante a nova revisão de projeto. Perscrutamos, inclusive, como serão realizadas as medições sem a formalização das modificações, já que a obra esta estão em plena execução. É o caso da mudança das jazidas, modificação das camadas de base, sub-base e capa asfáltica.

A demora do DNIT na aprovação dos projetos não justifica a realização de serviços sem a devida cobertura contratual. Tal constatação só reafirma a carência de um bom planejamento da obra, a começar pelo seu projeto inicial.

Embora não tenha havido medição, a execução de serviços sem a devida cobertura contratual, por si só, já confirma a afronta ao art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93.

IRREGULARIDADE Nº 45 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

Área de Ocorrência: EDITAL No. Edital: 16/2007Descrição/Fundamentação: O projeto executivo, base para a licitação do lote 1, previu a

substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros).

Nos casos onde é fundamental a retirada de solo para a base de aterros ou pavimentos, é comum substituir o material imprestável por outro, através de empréstimos ou prospecções de jazidas. Nos casos onde o lençol d'água ameace a estabilidade da fundação da rodovia, pode-se utilizar drenos de areia ou brita, em camadas normalmente não superiores a 30cm.

No projeto em ensejo, houve a previsão de substituição total do solo escavado por areia. Ainda, nos casos onde se preveja o nível de água mais alto, acrescenta-se uma camada de 20cm de brita. A solução, além de inusitada, s.m.j., apresenta-se exagerada. Atenta contra os princípios da economicidade e eficiência da administração, mesmo em razão da escassez de materiais como a areia e a brita na região. No caso do lote 1 do trecho Sena Madureira / Feijó, existe trecho onde se prevê uma camada de 1,70m areia. A camada mínima de areia prevista foi de 1,00m. Para o lote 1, foram previstos no edital mais de R$ 8 milhões de gastos com drenos. Se empregadas as soluções tradicionais, tais gastos podem cair para menos da metade.

Destarte, cabe ouvir os gestores e o projetista sobre a real necessidade da solução empreendida, mesmo para evitar futuros aditivos supressores a desvirtuar o projeto original, além de dar causa a alterações significativas das condições originais da licitação. Note-se que nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul tal solução não foi empregada. Houve a substituição do solo orgânico por outro solo adequado e, somente para os locais onde havia a presença superficial da água, foi empregado o dreno de areia.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista que existe a possibilidade da alternativa se demonstrar como a mais

econômica, modificamos o tipo de irregularidade de IG-P para IG-C.Esclarecimentos Adicionais: O memorial de cálculo de remoção de solo orgânico e substituição por areia nos lotes 1, 2 e 3

encontra-se às fls. 30/32, anexo 1 do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 45, 46 e 47

esclarecemos, inicialmente, que as soluções técnicas empreendidas nos Projetos Executivos do segmento Sena Madureira-Feijó, necessariamente, não são as mesmas daquelas aplicadas nas obras do segmento Tarauacá (Final do Asfalto)-Rio Liberdade (lotes 01 a 04), haja vista que as condições geotécnicas (com ocorrência de solos arenosos) e topográficas são diferentes, coincidindo, apenas, as condições climáticas.

Ademais, os estudos geotécnicos que balizaram a elaboração do Projeto Executivo do segmento Sena Madureira-Feijó revelaram a inexistência de materiais que atendam às normas do DNIT, sendo que na região há predominância de solos extremamente argilosos com alto índice de plasticidade, os quais são inadequados para o preenchimento das cavas de retirada de solo-mole. Corroborando as referidas afirmativas, anexamos a análise do DNIT para caso similar, onde recomenda-se a utilização

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de areia em substituição ao material argiloso. (DOC. 01)Assim, devido ao alto índice de absorção de umidade do referido material que, certamente,

provocará danos irreparáveis ao corpo estradal, fez-se necessária a solução técnica adotada, apesar da mesma não demonstrar ser a mais econômica.

Para confirmação das espessuras de remoção de solos compressíveis de baixa resistência foram realizados ensaios de SPT (Standart Pnetration Test) em alguns pontos nos quais as sondagens com barramina evidenciaram presença de solos compressíveis. As sondagens de reconhecimento, que constam dos Projetos, foram realizadas conforme a Norma ABNT NBR 6484, recomendada pela Especificação DNER - PRO 381/98, atravessando toda camada de consistência mole, penetrando pelo menos 3,0 m em solo resistente (N>30), ou interrompida ao atingir o impenetrável à percussão. Conforme orientações quanto aos aspectos de custo preconizados pela referida Especificação, as remoções são viáveis economicamente para espessuras inferiores a 3,0 m, o que foi detectado pelas sondagens realizadas.

Assim, devido às pequenas extensões e espessuras de solos inconsistentes detectados nos estudos efetuados no corpo estradal, a fim de evitar possíveis deformações, deslocamentos e ruínas nas camadas de aterros e pavimento recomendou-se a remoção e substituição dos solos.

Quanto à solução indicada para os locais de solo-mole (remoção e execução de colchão de areia na espessura total de material removido), salientamos que esta é a solução indicada em todas as obras do referido segmento, devido à elevação do nível d´água na época da cheia, e também da inexistência de um material com boas características geotécnicas para ser aplicado no local da remoção do solo-mole.

Nos locais onde, mesmo na época da seca, verifica-se o alagamento do leito estradal, foi indicada a execução de colchão de brita com espessura de 20,0 cm, o qual também tem função estruturante para suporte do pavimento.

Avaliação Preliminar: O cerne da defesa do DERACRE consiste na alegação da inexistência de material em jazidas com viabilidade de substituição nos locais de solo mole. De fato, mesmo expeditamente, é possível verificar que os materiais no leito das estradas são imprestáveis para utilização em rodovias. Justifica-se que a equipe de projetos não encontrou jazidas economicamente e quantitativamente aproveitáveis para substituição de solo . Preocupa-nos apenas que, haja vista no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, no decorrer das obras terem sido descobertas ‘novas jazidas’ com características mais apropriadas, indicando que os estudos anteriormente feitos pelos projetos básico/executivo se mostraram insuficientes, a mesma ‘descoberta’ não possa ser anunciada nas obras do trecho entre Sena Madureira / Feijó.

Na verdade, deve ficar demostrado que a alternativa é, de fato, a economicamente mais viável. Segundo a Norma DNER-PRO 381/98, algumas soluções possíveis para aterros construídos sobre solos moles são: aterros leves; substituição total da camada mole; bermas de equilíbrio; construção por etapas; pré-carregamento; geo-dreno; aterro estaqueado; e aterros reforçados por geo-drenos. Conforme, corretamente, cita o DERACRE em seus esclarecimentos, substituições totais de solo são mais viáveis para pequenas profundidades de solos moles, inferiores a 3m. Mas, veja-se que, convencionalmente é adotada a solução de empréstimo de solo apropriado. No corrente caso, atipicamente, foi indicada a utilização total de areia. A solução é tecnicamente, frise-se, correta. Julgamos apenas que deve ser adequadamente justificada como a mais econômica, ante a inviabilidade técnica e econômica de outras soluções.

É claro que o pré-carregamento com geo-drenos exigiria muito tempo para recalques e, haja visto a curta estação seca de trabalho, não representa uma solução plausível. Entretanto, caso ratificado a inexistência de material adequado para empréstimo, deve ser justificada a vantagem técnica e econômica da substituição do solo mole por areia à utilização de geo-sintéticos ou mesmo a utilização de bermas de equilíbrio. Deve-se demostrar, inclusive, a inviabilidade de importar materiais das jazidas do lote 1 do trecho entre Tarauacá / Cruzeiro, de característica mais arenosa.

Isto posto, julgamos adequada a audiência dos responsáveis para apresentar a inviabilidade de outras soluções.

[...]IRREGULARIDADE Nº 50 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Alterações indevidas de projetos e especificações

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.03.034ADescrição/Fundamentação: A planilha de preços da licitação para o lote 6 (único) está em

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desconformidade com o projeto básico/executivo, em afronta à alínea f, inciso IX, do art. 6º, e ao § 2º, II, do art. 7º da Lei 8.666/93. Por sua vez, a proposta vencedora da licitação que gerou o contrato com a empresa CONSTRUMIL - CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA, também está em desconformidade com o projeto.

Serviços previstos no projeto básico/executivo como drenos e compactação de materiais de bota-fora não foram incluídos na planilha orçamentária, o que certamente ensejará alterações contratuais aditivas ao contrato, eliminando o possível desconto no preço destes serviços em razão da eventual competição do certame licitatório.

Mesmo considerando a possibilidade da impropriedade e antieconomicidade da solução de substituir totalmente os solos orgânicos por areia, os quantitativos da planilha orçamentária devem refletir as previsões do projeto básico/executivo.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista que existe a possibilidade da alternativa se demonstrar como a mais

econômica, modificamos o tipo de irregularidade de IG-P para IG-C.Manifestação do Órgão/Entidade: Quanto às irregularidades 48 e 49, além das questões

abordadas nas irregularidades 45 a 47 (substituição de solo-mole por areia), esclarecemos que os serviços apontados no Projeto Executivo (drenos e compactação de materiais de bota-fora), a exemplo das demais Concorrências (16, 17 e 18), constam das Planilhas Orçamentárias disponibilizadas para as licitações, ao contrário do que foi afirmado pela equipe de analistas. Para tanto, anexamos cópia das mesmas, comprovando o que se afirma. (DOC. 02)

Avaliação Preliminar: De fato, as camadas drenantes constam do item ‘drenagem’, ao contrário dos lotes 1, 2 e 3 onde constam o item ‘pavimentação’. Ainda, ao dividir o total de escavações (com exceção dos solos moles) com o total de compactações obtivemos exatamente 1,30000, indicando que as escavações de bota-fora, realmente, foram contempladas nas compactações PN 95%, consoante metodologia utilizada pelo DERACRE para a quantificação dos cortes em todos os outros lotes de construção da Rodovia (erroneamente, diga-se, consoante irregularidades 53 a 58 deste relatório).

Lembramos, somente, que quanto aos drenos, haja vista a efetiva constatação de sua previsão, restam as mesmas conclusões das irregularidades 45, 46 e 47. Caso ratificado a inexistência de material adequado para empréstimo, deve ser justificada a vantagem técnica e econômica da substituição do solo mole por areia à utilização de geo-sintéticos ou mesmo a utilização de bermas de equilíbrio. Deve-se demostrar, inclusive, a inviabilidade de importar materiais das jazidas do lote 1 do trecho entre Tarauacá / Cruzeiro, de característica mais arenosa.

IRREGULARIDADE Nº 51 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

Área de Ocorrência: PROJETO BÁSICODescrição/Fundamentação: O projeto básico/executivo para os lotes de 1 a 4 no trecho

Tarauacá / Cruzeiro do Sul foi totalmente modificado no decorrer da obra. Na verdade, a obra correntemente contratada é distinta da licitada.

Algumas das alterações empreendidas:- Alteração das compensações entre corte e aterro, modificando as distâncias de transporte de

terraplenagem. Haja vista que parte das escavações é paga considerando motoscrapers e outra parte com escavadeiras, tais alterações modificam substancialmente a dinâmica de custos de terraplanagem;

- Substituição da base melhorada com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, sob o argumento da descoberta de novas jazidas de materiais mais arenosos mais adequados à execução de bases com cimento;

- Substituição da sub-base estabilizada com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente sob o argumento da descoberta de jazidas com características adequadas;

- Retirada da cal na regularização do sub-leito;- Alteração do consumo de materiais betuminosos sob o argumento de adequá-los aos

consumos do SICRO2;- Substituição dos meios-fios maiores (MFC-1) por meios-fios menores (MFC-3) sob o

argumento de economia nos materiais pétreos;

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- Supressão de obras de arte especiais (pontes) licitadas e inclusão de outras não licitadas, como no lote 1;

Na verdade, presume-se que se, de fato, houve indiscutível melhora na qualidade do projeto com as alterações efetivadas, mesmo em razão da descoberta de novas jazidas, então o projeto básico foi omisso e insuficiente, não contemplando os cuidados que ensejariam a redução do custo da obra e melhora do comportamento do pavimento. Logo, não abarcou todos os pressupostos do art. 6º, IX e art. 7º, I, da Lei 8.666/93.

Ainda, esta alteração tão profunda do projeto representa uma quebra dos próprios princípios que regem o processo licitatório. Em razão das modificações não terem sido licitadas, houve afronta ao princípio da Isonomia. Se estão justificadas as alterações em fase de obra, o projeto básico/executivo também peca contra o princípio da Eficiência.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista já terem sido executados mais de 77% do empreendimento, bem como

a previsão para término do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul ainda em 2007, para esta irregularidade, não avaliamos adequada a interrupção do empreendimento por inviabilizar o iminente ganho que a população terá com a finalização da obra.

Esclarecimentos Adicionais: As alterações qualitativas e quantitativas do projeto original podem ser observadas na 2ª e 3ª

Revisão de Projeto em Fase de Obras nos lotes de 1 a 4 às fls. 01/29, anexo 1 do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 51, esclarecemos

que com a execução de escavação nos cortes, constatou-se a ocorrência de materiais de melhor qualidade geotécnica.

Nesse sentido, buscando aprimorar a qualidade da obra, foram promovidas alterações no Projeto Básico/Executivo, baseadas em estudos de novas jazidas e de soluções mais adequadas para a região no que se refere à terraplanagem, pavimentação e ao componente ambiental.

Essas constatações somente são possíveis durante a execução das obras, em razão da escavação de cortes que permitem detectar materiais melhores e em maiores profundidades.

Baseado nos estudos realizados, foram implementados os seguintes aprimoramentos:- Retirada da cal do subleito, pois foram encontrados materiais na região que se enquadraram

nas normas exigidas pelo DNIT, com expansão < 2% e ISC > 7%;- Retirada da areia da sub-base em função de materiais que se enquadraram nas normas do

DNIT com expansão < 2% e ISC > 20%;- Substituição da base melhorada com areia e cimento de 4% por base de solo-cimento a 6%,

conforme exigência do Manual de Pavimentação do DNIT, p. 97;- Introdução de camada de bloqueio através do TSS, em razão da substituição de solo

melhorado (4%) para solo-cimento (6%) na camada de base, para absorção de trincas provenientes da retração dos materiais, a fim de evitar a sua propagação na capa asfáltica e evitar danos provenientes da percolação das águas pluviais;

- Alteração do consumo de materiais betuminosos para adequação do SICRO 2, a qual foi realizada por solicitação do DNIT;

- Substituição de meios-fios maiores (MFC ¿ 1) por meios-fios menores (MFC ¿ 3), com objetivo de diminuir o custo e aumentar a área de proteção da rodovia;

Quanto à questão das obras de artes especiais do Lote 01, Tarauacá (Final do Asfalto) - Igarapé Mamoré, esclarecemos o seguinte:

- A ampliação da Ponte sobre o Rio Diedê, inicialmente prevista no Projeto Básico, não se fez necessária em função dos estudos hidrológicos da sua bacia de contribuição, quando da elaboração do Projeto Executivo;

- A supressão da ponte sobre o Igarapé Mamoré, ocorreu em virtude dos estudos hidrológicos promovidos quando da elaboração do Projeto Executivo, concluindo que não havia necessidade de sua implantação devendo ser substituída por uma galeria dupla de concreto com seção de 3,00 x 3,00m;

- Quanto à Ponte existente sobre o Rio Lomada, quando da elaboração do Projeto Executivo, verificou-se a necessidade de sua ampliação em somente 24,0m com objetivo de atender o escoamento das águas das bacias existentes e não como previsto no Projeto Básico;

- No caso do Rio Acuraua, onde estava prevista a execução de uma ponte de 72,0m pelo Projeto Básico, em função do estudo das Bacias de contribuição, verificou-se a necessidade de construção de uma ponte com 120m de comprimento.

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- Com isso, não houve inclusão de outras obras e sim adequação daquelas inicialmente previstas e devidamente licitadas.

Avaliação Preliminar: Pela argumentação do DERACRE, impressionante o descaso do gestor com o projeto licitado.

Vejamos: é empreendida uma licitação (geralmente do tipo técnica e preço), onde teoricamente são selecionados projetistas experientes e gabaritados a oferecer a melhor proposta para a administração. São gastos recursos e tempo valiosos para a elaboração de um projeto básico (o mesmo para a elaboração de um projeto executivo) e constantemente, no decorrer da obra, são promovidas alterações no Projeto Básico/Executivo, baseadas em estudos de novas jazidas e de soluções mais adequadas para a região no que se refere à terraplanagem, pavimentação e ao componente ambiental.

Pergunta-se: Para que o projeto? Dever-se-ia, então, elaborar-se apenas um projeto geométrico e, no decorrer da obra, se descobrir jazidas, soluções e estudos e apenas convenientemente registrar no papel o executado na obra. Tal situação é estapafúrdia. Mas é exatamente o que vem ocorrendo nas obras de construção da BR-364 no estado do Acre.

Correntemente são encontradas novas soluções que desvirtuam completamente o projeto original. Na realidade, são até justificáveis no ponto de vista técnico. Mas não foi rebatido o principal argumento: a obra que agora se executa é completamente distinta da originalmente licitada.

A descoberta de novas jazidas, a supressão, adaptação e inclusão de pontes pelos mais variados motivos, a modificação das soluções originalmente concebidas pelo projetista original, indicam que, ou o projeto básico e executivo foi inaceitavelmente impreciso e omisso, ou a Adminsitração trata os projetos onde se investiu escassos recursos com especial descaso. Possivelmente as duas alternativas estão corretas.

Consideramos, assim, não elididas as irregularidades relativas a afronta aos princípios da igualdade. Se estão justificadas as alterações em fase de obra, o projeto básico/executivo também peca contra os princípios da Eficiência e mesmo aos arts. 6 º, IX e 7º da Lei 8.666/93.

IRREGULARIDADE Nº 52 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Deficiência grave na qualidade nos serviços executados

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.097BDescrição/Fundamentação: No lote 4 das obras do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul

(contrato 4.05.97B) foram medidos mais 26.000m de Valetas de Proteção de Corte VPC-02, o que representa a preços iniciais do contrato, mais de R$ 900 mil. Todavia, em vistoria às obras, verificou-se que ou as valetas não foram executadas, ou quando foram, estavam em desacordo com o normativo do DNIT (Album de Projetos - tipos de dispositivos de drenagem). Tal constatação afronta ao art. 67, § 1º e 69 da Lei 8.666/93, bem como ao próprio art. 618 do Código Civil Brasileiro.

As valetas de proteção, quando existiam, não foram apiloadas em seu fundo, nem tampouco existia o aterro compactado resultante da escavação do corte. Também, o tipo de grama plantado não permite o adequado escoamento da água das chuvas, diminuindo a capacidade de vazão das valetas. Em resumo, foi uma execução sem esmero, que indicou, neste caso, tanto a omissão da fiscalização quanto o desmazelo da contratada.

A primeira foto do relatório retrata o estado das Valetas de Proteção de Corte executadas.É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Não entendemos que a irregularidade se enquadre em quaisquer dos requisitos

do art. 102 da LDO 2007 capazes de ensejar a paralisação do empreendimento.Esclarecimentos Adicionais:Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 52, esclarecemos

que no lote 04 das obras do trecho: Tarauacá (Final do Asfalto)/Cruzeiro do Sul, a constatação da equipe se deu em virtude de ocorrência isolada. Considerando que todas as valetas de proteção de corte foram executadas, o DERACRE já solicitou à Supervisão um relatório de avaliação dos serviços referidos (VPC-02) e, caso não estejam de acordo com as normas do DNIT, serão re-executadas sem prejuízo para o erário.

Quanto ao tipo de grama plantada esclarecemos em primeiro lugar que, caso o objetivo desse dispositivo fosse unicamente o de captar e conduzir as águas das chuvas incidentes na parte superior do corte, o mesmo seria executado sem o revestimento vegetal.

Porém, como a intenção do DERACRE, da Supervisão Técnico-Ambiental e do próprio Construtor é o de conciliar a boa técnica construtiva, respeitando as normas rodoviárias de execução

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(DNER/DNIT), com o melhor desempenho e manejo ambiental possível, a aplicação do revestimento vegetal nas valetas de proteção de corte, independente do tipo de grama, visa diminuir o poder erosivo do impacto direto da água da chuva sobre o solo local, bem como o volume de solos carreados para as micro-bacias mais próximas da área fonte.

Some-se ao anteriormente exposto o fato de que, além de conter a energia dos fluxos de águas superficiais, a presença da vegetação, no caso do tipo gramínea, permite ainda que um percentual da água que incide sobre o terreno fique retido e infiltre para a sub-superfície, alimentando o lençol freático e mantendo as condições hidrodinâmicas mais próximas do equilíbrio.

Portanto, a afirmação de que ‘... o tipo de grama plantada não permite o adequado escoamento da água proveniente das chuvas...’, não procede. Pelo contrário, além de permitir de modo eficiente e equilibrado que os caudais incidentes no terreno sejam encaminhados para o talvegue, com baixo ou nenhum poder erosivo, a presença da vegetação rasteira favorece a infiltração com reflexo positivo sobre as micro-bacias mais próximas, assim como sobre a própria rodovia.

Avaliação Preliminar: Preliminarmente, reiteramos que não verificamos em campo, qualquer valeta de proteção de corte convenientemente, apiloada, com aterros laterais de 2 a 3m construídos à partir do material escavado e com revestimento adequado. Isto quando existiam.

Estranha-nos, também, as alegações sobre a desnecessidade da garantia do bom escoamento das valetas. O próprio princípio do dimensionamento das valetas desmente a versão apresentada como justificativa pelo DERACRE. Vejamos o que existe de concreto, segundo Manual de Drenagem do DNIT:

‘Os revestimentos da valeta de corte deverão ser escolhidos de acordo com a velocidade do escoamento (tabela 31 do Apêndice B) e conforme a natureza do material do solo. Em princípio, convém sempre revestir as valetas, sendo isso obrigatório quando elas forem abertas em terreno permeável, para evitar que a infiltração provoque instabilidade no talude do corte. Atenção especial deve ser dado ao revestimento da valeta triangular, pois, pela própria forma da seção, há uma tendência mais acentuada à erosão e infiltração.

Os tipos de revestimentos mais recomendados são:- Concreto;- Alvenaria de tijolo ou pedra;- Pedra arrumada;- Vegetal(...)3.1.3 - Dimensionamento HidráulicoFixada a vazão de contribuição, passa-se ao dimensionamento hidráulico propriamente dito

através da fórmula de Manning e da equação da continuidade.V = 1/n x R2/3 x i1/2Q= A x V (Equação da continuidade)onde:V = velocidade de escoamento, em m/s;i = declividade longitudinal da valeta, em m/m;n = coeficiente de rugosidade de Manning, adimensional, função do tipo de revestimento

adotado, (tabelas 27 e 28 do Apêndice B);R = raio hidráulico, em m;Q = vazão admissível na valeta, em m3/s;A = área molhada, em m2..’Claramente, portanto, é fundamental o conhecimento da velocidade de escoamento, da

inclinação da valeta e do coeficiente de rugosidade do revestimento. É relevante, sim, tal coeficiente e o tipo de material previsto para o revestimento (no caso do VPC-02, grama) deve obedecer o coeficiente de atrito estimado no projeto. No caso das valetas observadas no lote 4, inclinações e rugosidades excessivas distoantes do projetado pode causar transbordamente, mesma para uma precipitação com intensidade moderada, em razão da dificuldade do escoamento. Tal ocorrência indesejável, obviamente irá repercutir nos taludes dos cortes, aumentando suas chances de escorregamento.

Por fim, não foi justificada a má execução das valetas quanto ao não foi apiloamento do material de fundo e não execução do respectivo aterro de proteção compactado.

IRREGULARIDADE Nº 53 IG-PClassificação: GRAVE COM Tipo: Sobrepreço

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PARALISAÇÃOÁrea de Ocorrência: EDITAL No. Edital: 16/2007

Descrição/Fundamentação: A quantificação dos volumes de Escavação, Carga e Transporte foi avaliada considerando o material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nos custos destes serviços.

O total de material escavado apresentado nas planilhas da licitação no lote 1 é de 1.010.357,50 m3 de material. O total das compactações (inclusive de bota-fora) é de 777.198,06, exatamente 1,3000 vezes menor que o volume escavado.

Esta relação de 30% de diferença entre o material compactado e o material in natura é exagerada. Normalmente, esta diferença se situa entre 9 e 12%. Isto leva a crer que o volume considerado nos cortes foi o volume empolado e não o volume geométrico da seção. Consoante Manual de Custos Rodoviários, v.4:

‘CortesA medição considerará o volume extraído, em m3 medido no corte, e a distância de transporte

entre este e o local de depósito(...)'A hipótese é confirmada pela observação do memorial de cálculo dos volumes de

terraplenagem. Claramente se observa uma coluna constando como 'volume empolado', que deu origem à outra coluna referente ao volume compactado considerando um fator de compactação de 1,3. São estes volumes que constam da planilha orçamentária.

Segundo a publicação 'Como preparar orçamentos de obras', de Aldo Dórea Mattos (Editora PINI), a relação entre o volume in natura e o volume compactado é 1,12. A Publicação 'Manual Prático de Terraplenagem', de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha (Editora PINI) também corrobora que a relação de 1,3 é a relação comum entre material empolado e argilas-arenosas, argilas, e terra úmida comum. A publicação 'Engenharia de Custos - Uma metodologia de orçamentação de obras civis', de Paulo Roberto Vilela Dias, considerada um valor médio de 1,11 entre o volume in situ e o volume compactado.

Como vemos, a relação de 1,3 adotada na orçamentação em ensejo, além de desarrazoada, demostra que os materiais não foram quantificados na seção geométrica de cortes e aterros como deveriam, e sim por meio da aplicação de coeficientes inadequados para a obtenção dos quantitativos de terraplenagem.

Mesmo os volumes de compactação não coincidem com o volume geométrico medido através das semi-distâncias (oriundas das notas de serviço). No memorial do projeto constam 685.340,736m3 de material compactado. Se somados os aterros PN 95% e 100% orçados este volume foi de 756.459,61m3, mais de 100.000m3 a mais que os memoriais, o que representa mais de R$ 2,5 milhões.

Se considerado 20% de redução no volume de cortes, considerando o material in natura, a redução de custos no orçamento será por volta de R$ 2 milhões.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? NãoJustificativa: Aliado a outras irregularidades no edital de licitação, tais quais a restrição ao

caráter competitivo do certame, a previsão antieconômica de escavação, carga e transporte com motoscrapers para grandes distâncias, projetos incompletos e erros na quantificação de serviços, avaliamos como mais adequado, visto o empreendimento se encontrar, ainda, no embrião das contratações, anular o edital de licitações e corrigir as devidas distorções antes que as irregularidades dêem causa a maiores prejuízos ao erário.

Esclarecimentos Adicionais: Alguns documentos a corroborar a presente irregularidade provindos dos memoriais de

cálculo da quantificação das escavações e compactações no lote 1 encontram-se às fls. 33/36, anexo 1 do corrente processo.

Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 53, 54, 55, 56, 57 e 58 esclarecemos que, segundo o Manual de Implantação Básica do DNER edição de 1996, o fator de Homogeneização é a relação entre o volume do material no corte de origem e o volume que este mesmo material ocupará no aterro, após ser compactado. Este fator, normalmente é avaliado pela relação inversa as correspondentes densidades aparentes secas, ou seja:

Fh = Dcomp / Dcorteonde:D CORTE : densidade aparente seca do material ocorrente no corte de origem ( densidade ‘in

situ’;

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D COMP: densidade aparente seca do material, extraído do corte, após compactação do aterro.

A determinação da densidade aparente seca de um material ‘in situ’ (D CORTE) pode ser feita através de vários métodos, onde destacam-se:

- O método do frasco de areia (DNER-ME 092/94) - Utilizado com maior freqüência;- O método do balão de borracha (DNER-ME 036/94)- O método do óleo (DNER-ME 037/94) Para aliviar a densidade do material no aterro, após compactação (D CORTE), realiza-se o

ensaio de compactação, em laboratório, conforme a DNER-ME 162/94 e obtém-se a curva de compactação do solo ensaiado.

A ordenada do ponto máximo da curva D(SMÁX) correspondente ao teor de umidade ótima (h0t) que representa a condição ideal de compactação a ser reproduzida no campo.

Pode ser ainda definido o conceito de grau de compactação (GC), como a relação entre a densidade obtida no campo, após compactação, e a densidade seca máxima de laboratório, ou seja:

GC = densidade de campo / DsmáxEm geral as especificações fixam o grau de compactação mínimo de 100% para as camadas

finas e 95% para o corpo dos aterros, em relação à densidade máxima do Proctor normal.Finalmente, a estimativa da densidade do material no aterro, após compactação, será: Dcomp=Dsmáx x CG / 100Na prática, costuma-se trabalhar com valores médios D CORTE e D COMP para os segmentos

de características geológicas homogêneas, aplicando-se, ainda, um fator de segurança, usualmente de 5%, para compensar perdas durante o transporte dos materiais de terraplenagem e possíveis excessos na compactação.

É comum também, com objetivo de simplificar, adotar um único grau de compactação para fins de cálculo, igual a 100%. A expressão final para o calculo do fator de homogeneização será:

Fh = 1,05 x (Dcomp) média / (Dcorte) média Fh = 1,05 x (Dxmáx) média / (D in-situ) médiaDiante do exposto, este cálculo detalhado de empolamento que é o aumento de volume sofrido

pelo material ao ser removido do seu estado natural só pode ser aferido na fase de execução da obra.Pela bibliografia técnica, os materiais apresentam variações em função das características

geotécnicas/geológicas dos mesmos.O DNIT tem como parâmetro o fator de 30% para o empolamento dos materiais nos Projetos

Executivos, conforme consta no quadro Resumo de Distribuição de Massa.Apesar da equipe de analistas entender que o percentual de empolamento adotado nos Projetos

é alto (1,3), esclarecemos que o mesmo está dentro da média dos materiais escavados, sendo padronizado junto ao DNIT, tendo sua utilização nos projetos de obras rodoviárias.

Com isso, o DERACRE não trouxe nenhuma inovação em seus projetos, apenas utilizou os padrões adotados no DNIT, tanto que foram aprovados por aquela Autarquia Federal.

Avaliação Preliminar: As razões de justificativa do DERACRE resumem-se em três argumentos:

- 30% é o valor adequado de empolamento dos meteriais nos projetos executivos (com o que concordamos);

- O empolamento só pode ser aferido na fase de execução da obra;- O percentual de empolamento de 1,3 é o correntemente utilizado pelo DNIT, razão pela qual

não cabe o argumento da equipe de auditoria de avaliá-lo como alto.Mas a equipe de auditoria não considerou que um empolamento de 1,3 é alto. De fato, este é o

índice utilizado pelo SICRO2 nos transportes de materiais de primeira categoria. A equipe criticou o fato do volume empolado ser utilizado para a quantificação dos cortes e não o volume geométrico da seção. Aí, sim, o índice de 1,3 se encontra desarrazoadamente desmedido.

Além do mais, o fato de o DERACRE confirmar que 30% é o valor adequado de empolamento, somente ratifica que o material medido em corte foi o material solto e não o material in natura (já que a relação entre o material escavado e o compactado é exatemente 1,300000). Confirma-se a suspeita de erro na quantificação das escavações.

Também, o volume de cortes não deveria ser obtido através da aplicação de índices e sim pela volume geométrico das seções de cortes. Existe claro equívoco na quantificação dos volumes de terraplenagem. O procedimento vai de encontro ao critério de medição definido nas especificações DNER-ES 280/97 - Terraplenagem - cortes e DNER-ES 281/97 - Terraplenagem - empréstimos, qual

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seja:DNER-ES 280/97 - Terraplenagem - cortes‘A medição considera o volume extraído, medido no corte, e a distância de transporte entre este

e o local de depósito.’DNER-ES 281/97 - Terraplenagem - empréstimos‘8.1 A medição leva em consideração o volume extraído, medido no empréstimo. A distância de

transporte será medida ao longo do serviço realizado pelo equipamento transportador entre os centros de gravidade das massas.’

Lembramos, por fim, que nem o volume de compactação corresponde ao memorial de cálculo do projeto obtido por meio das notas de serviços. Tal quantidade deve ser igualmente corrigida.

[...]IRREGULARIDADE Nº 58 IG-PClassificação: GRAVE COM PARALISAÇÃO

Tipo: Sobrepreço

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.03.034ADescrição/Fundamentação: A quantificação dos volumes de Escavação, Carga e Transporte

foi avaliada considerando o material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nos custos destes serviços.

Apesar de não constarem nas planilhas de quantidades e preços do edital, por falha do orçamentista, os volumes de compactação de bota-fora, em verificação ao resumo de terraplenagem, visualizamos que o volume de aterro compactado foi obtido através da divisão do total de escavações por 1,30, o que leva a crer que este volume é de material solto, e não in natura.

Esta relação de 30% de diferença entre o material compactado e o material in natura é exagerada. Normalmente, esta diferença se situa entre 9 e 12%. Isto leva a crer que o volume considerado nos cortes foi o volume empolado e não o volume geométrico da seção. Consoante Manual de Custos Rodoviários, v.4:

‘CortesA medição considerará o volume extraído, em m3 medido no corte, e a distância de transporte

entre este e o local de depósito(...)’A hipótese é confirmada pela observação do memorial de cálculo dos volumes de

terraplenagem. Claramente se observa uma coluna constando como ‘volume empolado’, que deu origem à outra coluna referente ao volume compactado considerando um fator de compactação de 1,3. São estes volumes que constam da planilha orçamentária.

Segundo a publicação ‘Como preparar orçamentos de obras’, de Aldo Dórea Mattos (Editora PINI), a relação entre o volume in natura e o volume compactado é 1,12. A Publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha (Editora PINI) também corrobora que a relação de 1,3 é a relação comum entre material empolado e argilas-arenosas, argilas, e terra úmida comum. A publicação ‘Engenharia de Custos - Uma metodologia de orçamentação de obras civis’, de Paulo Roberto Vilela Dias, considerada um valor médio de 1,11 entre o volume in situ e o volume compactado.

Se a quantidade fosse o volume geométrico da seção (como deveria) esta relação estaria, normalmente, para o tipo de solo em questão (argila siltosa), por volta de 1,09 a 1,12.

Como vemos, a relação de 1,3 adotada na orçamentação em ensejo, além de desarrazoada, demonstra que os materiais não foram quantificados na seção geométrica de cortes e aterros como deveriam, e sim por meio da aplicação de coeficientes inadequados para a obtenção

dos quantitativos de terraplenagem.É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? NãoJustificativa: Considerando que a obra do Lote 6 ainda não teve sua execução iniciada e

levando-se em conta que o contrato foi celebrado no exercício de 2003 e, o prosseguimento da obra gerará, além do superfaturamento decorrente deste indício de irregularidade, pagamentos de reajustes indevidos dele decorrente, o que pode vir a comprometer ainda mais o saneamento da questão ora tratada. Assim, aliado aos outros indícios de irregularidades apontados para este contrato, tais como, desconformidade entre planilha orçamentária e projeto básico, e contratação antieconômica de serviços de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers para distâncias de transporte muito longas, é recomendável que a obra só se inicie após a revisão dos quantitativos procedida da repactuação do contrato (com a devida redução dos quantitativos de terraplenagem).

Esclarecimentos Adicionais:

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Alguns documentos a corroborar a presente irregularidade provindos dos memoriais de cálculo da quantificação das escavações e compactações no lote 6 encontram-se às fls. 50, anexo 1 do corrente processo.

Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 53, 54, 55, 56, 57 e 58 esclarecemos que, segundo o Manual de Implantação Básica do DNER edição de 1996, o fator de Homogeneização é a relação entre o volume do material no corte de origem e o volume que este mesmo material ocupará no aterro, após ser compactado. Este fator, normalmente é avaliado pela relação inversa as correspondentes densidades aparentes secas, ou seja:

Fh = Dcomp / Dcorteonde:D CORTE : densidade aparente seca do material ocorrente no corte de origem ( densidade ¿in

situ¿;D COMP: densidade aparente seca do material, extraído do corte, após compactação do

aterro.A determinação da densidade aparente seca de um material ‘in situ’ (D CORTE) pode ser feita

através de vários métodos, onde destacam-se:- O método do frasco de areia (DNER-ME 092/94) - Utilizado com maior freqüência;- O método do balão de borracha (DNER-ME 036/94)- O método do óleo (DNER-ME 037/94) Para aliviar a densidade do material no aterro, após compactação (D CORTE), realiza-se o

ensaio de compactação, em laboratório, conforme a DNER-ME 162/94 e obtém-se a curva de compactação do solo ensaiado.

A ordenada do ponto máximo da curva D(SMÁX) correspondente ao teor de umidade ótima (h0t) que representa a condição ideal de compactação a ser reproduzida no campo.

Pode ser ainda definido o conceito de grau de compactação (GC), como a relação entre a densidade obtida no campo, após compactação, e a densidade seca máxima de laboratório, ou seja:

GC = densidade de campo / DsmáxEm geral as especificações fixam o grau de compactação mínimo de 100% para as camadas

finas e 95% para o corpo dos aterros, em relação à densidade máxima do Proctor normal.Finalmente, a estimativa da densidade do material no aterro, após compactação, será: Dcomp=Dsmáx x CG / 100Na prática, costuma-se trabalhar com valores médios D CORTE e D COMP para os segmentos

de características geológicas homogêneas, aplicando-se, ainda, um fator de segurança, usualmente de 5%, para compensar perdas durante o transporte dos materiais de terraplenagem e possíveis excessos na compactação.

É comum também, com objetivo de simplificar, adotar um único grau de compactação para fins de cálculo, igual a 100%. A expressão final para o calculo do fator de homogeneização será:

Fh = 1,05 x (Dcomp) média / (Dcorte) média Fh = 1,05 x (Dxmáx) média / (D in-situ) médiaDiante do exposto, este cálculo detalhado de empolamento que é o aumento de volume sofrido

pelo material ao ser removido do seu estado natural só pode ser aferido na fase de execução da obra.Pela bibliografia técnica, os materiais apresentam variações em função das características

geotécnicas/geológicas dos mesmos.O DNIT tem como parâmetro o fator de 30% para o empolamento dos materiais nos Projetos

Executivos, conforme consta no quadro Resumo de Distribuição de Massa.Apesar da equipe de analistas entender que o percentual de empolamento adotado nos Projetos

é alto (1,3), esclarecemos que o mesmo está dentro da média dos materiais escavados, sendo padronizado junto ao DNIT, tendo sua utilização nos projetos de obras rodoviárias.

Com isso, o DERACRE não trouxe nenhuma inovação em seus projetos, apenas utilizou os padrões adotados no DNIT, tanto que foram aprovados por aquela Autarquia Federal.

Avaliação Preliminar: As razões de justificativa do DERACRE resumem-se em três argumentos:

- 30% é o valor adequado de empolamento dos meteriais nos projetos executivos (com o que concordamos);

- O empolamento só pode ser aferido na fase de execução da obra;- O percentual de empolamento de 1,3 é o correntemente utilizado pelo DNIT, razão pela qual

não cabe o argumento da equipe de auditoria de avaliá-lo como alto.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Mas a equipe de auditoria não considerou que um empolamento de 1,3 é alto. De fato, este é o índice utilizado pelo SICRO2 nos transportes de materiais de primeira categoria. A equipe criticou o fato do volume empolado ser utilizado para a quantificação dos cortes e não o volume geométrico da seção. Aí, sim, o índice de 1,3 se encontra desarrazoadamente desmedido.

Além do mais, o fato de o DERACRE confirmar que 30% é o valor adequado de empolamento, somente ratifica que o material medido em corte foi o material solto e não o material in natura (já que a relação entre o material escavado e o compactado é exatemente 1,30). Confirma-se a suspeita de erro na quantificação das escavações.

Também, o volume de cortes não deveria ser obtido através da aplicação de índices e sim pela volume geométrico das seções de cortes. Existe claro equívoco na quantificação dos volumes de terraplenagem. O procedimento vai de encontro ao critério de medição definido nas especificações DNER-ES 280/97 - Terraplenagem - cortes e DNER-ES 281/97 - Terraplenagem - empréstimos, qual seja:

DNER-ES 280/97 - Terraplenagem - cortes‘A medição considera o volume extraído, medido no corte, e a distância de transporte entre este

e o local de depósito.’DNER-ES 281/97 - Terraplenagem - empréstimos‘8.1 A medição leva em consideração o volume extraído, medido no empréstimo. A distância de

transporte será medida ao longo do serviço realizado pelo equipamento transportador entre os centros de gravidade das massas.’

Lembramos, por fim, que nem o volume de compactação corresponde ao memorial de cálculo do projeto obtido por meio das notas de serviços. Tal quantidade deve ser igualmente corrigida.

IRREGULARIDADE Nº 59 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Superfaturamento

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.02.127ADescrição/Fundamentação: O pagamento dos serviços de Escavação, Carga e Transporte foi

efetuado considerando o material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nos custos destes serviços.

O total de material escavado apresentado nas planilhas contratuais do contrato 4.02.127A é de 1.960.316,00 m3 de material. O total de material compactado é de 1.633.597,00, exatamente 1,3000 vezes menor que o volume escavado. Ainda, na 1ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, ouve um incremento linear nos volumes de escavação e aterro em 24%. A relação entre cortes e aterros permaneceu em 1,30.

Esta relação de 30% de diferença entre o material compactado e o material in natura é exagerada. Normalmente, esta diferença se situa entre 9 e 12%. Isto leva a crer que o volume considerado nos cortes foi o volume empolado e não o volume geométrico da seção. Consoante Manual de Custos Rodoviários, v.4:

‘CortesA medição considerará o volume extraído, em m3 medido no corte, e a distância de transporte

entre este e o local de depósito(...)’A hipótese é confirmada pela observação do memorial de cálculo dos volumes de

terraplenagem. Claramente se observa uma coluna constando como ‘volume empolado’, que deu origem à outra coluna referente ao volume compactado considerando um fator de compactação de 1,3. São estes volumes que constam da planilha orçamentária.

Segundo a publicação ‘Como preparar orçamentos de obras’, de Aldo Dórea Mattos (Editora PINI), a relação entre o volume in natura e o volume compactado é 1,12. A Publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha (Editora PINI) também corrobora que a relação de 1,3 é a relação comum entre material empolado e argilas-arenosas, argilas, e terra úmida comum. A publicação ‘Engenharia de Custos - Uma metodologia de orçamentação de obras civis’, de Paulo Roberto Vilela Dias, considerada um valor médio de 1,11 entre o volume in situ e o volume compactado.

Se a quantidade fosse o volume geométrico da seção (como deveria) esta relação estaria, normalmente, para o tipo de solo em questão (argila siltosa), por volta de 1,09 a 1,12.

Como vemos, a relação de 1,3 adotada na orçamentação em ensejo, além de desarrazoada, demonstra que os materiais não foram quantificados na seção geométrica de cortes e aterros como

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deveriam, e sim por meio da aplicação de coeficientes inadequados para a obtençãodos quantitativos de terraplenagem.Como foi informado que no lote 1 já foram medidos 100% dos aterros, se considerado que

houve um pagamento indevido de 20% em razão da quantificação do material solto, foi estimado um superfaturamento de R$ 1.227.269,10, a valores iniciais do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista já terem sido executados mais de 77% do empreendimento, bem como

a previsão para término do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul ainda em 2007, não avaliamos adequada a interrupção do empreendimento por inviabilizar o iminente ganho que a população terá com a finalização da obra.

Esclarecimentos Adicionais:Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 59, 60, 61 e 62,

esclarecemos que os pagamentos das medições de terraplenagem (escavação, carga e transporte) foram realizados considerando o material in natura, e não material solto.

Ademais, foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais geométricas, aplicando o percentual de empolamento previsto no Projeto Executivo aprovado pelo DNIT.

Avaliação Preliminar: A manifestação do gestor confirma a gravíssima irregularidade. Pelo exposto, as medições dos serviços de escavação, carga e trasnporte foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais multiplicados pelo fator de empolamento. O problema é que este fator de empolamento já está embutido na composição de custos dos serviços. O valor medido deve ser o da seção geométrica. Vejamos:

De acordo com o Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78, o fator de empolamento, por meio do ‘fator de conversão’, já é considerado no cálculo da produção dos equipamentos, não havendo, assim, razão para se incidir novamente esse coeficiente sobre o volume extraído no corte ou empréstimo.

Trecho retirado do Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78:

‘Fator de Conversão - O fator de conversão é a relação entre o volume do material para oqual está sendo calculado o custo unitário e o volume do mesmo material que está sendomanuseado. Na terraplenagem, representa a relação entre o volume do corte e o volumedo material solto.Foram adotados os seguintes valores:- Material de 1ª Categoria: FC = 1,0 / 1,30 = 0,77- Material de 2ª Categoria: FC = 1,0 / 1,39 = 0,72- Material de 3ª Categoria: FC = 1,0 / 1,75 = 0,57’A declaração do DERACRE, pois, indica um sobrepreço de, pelo menos, 30% nos

volumes de cortes nos serviços de terraplenagem. (1 / 0,77 = 1,30)IRREGULARIDADE Nº 60 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Superfaturamento

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.120ADescrição/Fundamentação: O pagamento dos serviços de Escavação, Carga e Transporte foi

efetuado considerando o material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nos custos destes serviços.

O total de material escavado apresentado nas planilhas contratuais do contrato 4.05.120A é de 1.098.882,60 m3 de material. O total de material compactado é de 845.294,31, exatamente 1,3000 vezes menor que o volume escavado. Este quantitativo permaneceu inalterado nas 2 Revisões de Projeto em Fase de Obras.

Esta relação de 30% de diferença entre o material compactado e o material in natura é exagerada. Normalmente, esta diferença se situa entre 9 e 12%. Isto leva a crer que o volume considerado nos cortes foi o volume empolado e não o volume geométrico da seção. Consoante Manual de Custos Rodoviários, v.4:

‘CortesA medição considerará o volume extraído, em m3 medido no corte, e a distância de transporte

entre este e o local de depósito(...)’A hipótese é confirmada pela observação do memorial de cálculo dos volumes de

terraplenagem. Claramente se observa uma coluna constando como ‘volume empolado’, que deu

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origem à outra coluna referente ao volume compactado considerando um fator de compactação de 1,3. São estes volumes que constam da planilha orçamentária.

Segundo a publicação ‘Como preparar orçamentos de obras’, de Aldo Dórea Mattos (Editora PINI), a relação entre o volume in natura e o volume compactado é 1,12. A Publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha (Editora PINI) também corrobora que a relação de 1,3 é a relação comum entre material empolado e argilas-arenosas, argilas, e terra úmida comum. A publicação ‘Engenharia de Custos - Uma metodologia de orçamentação de obras civis’, de Paulo Roberto Vilela Dias, considerada um valor médio de 1,11 entre o volume in situ e o volume compactado.

Se a quantidade fosse o volume geométrico da seção (como deveria) esta relação estaria, normalmente, para o tipo de solo em questão (argila siltosa), por volta de 1,09 a 1,12.

Como vemos, a relação de 1,3 adotada na orçamentação em ensejo, além de desarrazoada, demostra que os materiais não foram quantificados na seção geométrica de cortes e aterros como deveriam, e sim por meio da aplicação de coeficientes inadequados para a obtenção

dos quantitativos de terraplenagem.Como foi informado que no lote 2 já foram medidos 100% dos aterros, se considerado que

houve um pagamento indevido de 20% em razão da quantificação do material solto, foi estimado um superfaturamento de R$ 804.212,44, a valores iniciais do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista já terem sido executados mais de 77% do empreendimento, bem como

a previsão para término do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul ainda em 2007, não avaliamos adequada a interrupção do empreendimento por inviabilizar o iminente ganho que a população terá com a finalização da obra.

Esclarecimentos Adicionais:Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 59, 60, 61 e 62,

esclarecemos que os pagamentos das medições de terraplenagem (escavação, carga e transporte) foram realizados considerando o material in natura, e não material solto.

Ademais, foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais geométricas, aplicando o percentual de empolamento previsto no Projeto Executivo aprovado pelo DNIT.

Avaliação Preliminar: A manifestação do gestor confirma a gravíssima irregularidade. Pelo exposto, as medições dos serviços de escavação, carga e trasnporte foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais multiplicados pelo fator de empolamento. O problema é que este fator de empolamento já está embutido na composição de custos dos serviços. O valor medido deve ser o da seção geométrica. Vejamos:

De acordo com o Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78, o fator de empolamento, por meio do ‘fator de conversão’, já é considerado no cálculo da produção dos equipamentos, não havendo, assim, razão para se incidir novamente esse coeficiente sobre o volume extraído no corte ou empréstimo.

Trecho retirado do Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78:

‘Fator de Conversão - O fator de conversão é a relação entre o volume do material para oqual está sendo calculado o custo unitário e o volume do mesmo material que está sendomanuseado. Na terraplenagem, representa a relação entre o volume do corte e o volumedo material solto.Foram adotados os seguintes valores:- Material de 1ª Categoria: FC = 1,0 / 1,30 = 0,77- Material de 2ª Categoria: FC = 1,0 / 1,39 = 0,72- Material de 3ª Categoria: FC = 1,0 / 1,75 = 0,57’A declaração do DERACRE, pois, indica um sobrepreço de, pelo menos, 30% nos

volumes de cortes nos serviços de terraplenagem. (1 / 0,77 = 1,30)IRREGULARIDADE Nº 61 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Superfaturamento

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.097ADescrição/Fundamentação: O pagamento dos serviços de Escavação, Carga e Transporte foi

efetuado considerando o material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nos custos destes serviços.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

O total de material escavado apresentado nas planilhas contratuais do contrato 4.05.97A é de 1325.475,80 m3 de material. O total de material compactado é de 1.019.596,75, exatamente 1,3000 vezes menor que o volume escavado. Ainda, na 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras, ouve um leve e linear nos volumes de escavação e aterro. A relação entre cortes e aterros permaneceu em 1,30. A mesma relação permanece na 3ª Revisão em Fase de Obras, onde se acrescentou 22% nos volumes de corte e aterro.

Esta relação de 30% de diferença entre o material compactado e o material in natura é exagerada. Normalmente, esta diferença se situa entre 9 e 12%. Isto leva a crer que o volume considerado nos cortes foi o volume empolado e não o volume geométrico da seção. Consoante Manual de Custos Rodoviários, v.4:

‘CortesA medição considerará o volume extraído, em m3 medido no corte, e a distância de transporte

entre este e o local de depósito(...)’A hipótese é confirmada pela observação do memorial de cálculo dos volumes de

terraplenagem. Claramente se observa uma coluna constando como ‘volume empolado’, que deu origem à outra coluna referente ao volume compactado considerando um fator de compactação de 1,3. São estes volumes que constam da planilha orçamentária.

Segundo a publicação ‘Como preparar orçamentos de obras’, de Aldo Dórea Mattos (Editora PINI), a relação entre o volume in natura e o volume compactado é 1,12. A Publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha (Editora PINI) também corrobora que a relação de 1,3 é a relação comum entre material empolado e argilas-arenosas, argilas, e terra úmida comum. A publicação ‘Engenharia de Custos - Uma metodologia de orçamentação de obras civis’, de Paulo Roberto Vilela Dias, considerada um valor médio de 1,11 entre o volume in situ e o volume compactado.

Se a quantidade fosse o volume geométrico da seção (como deveria) esta relação estaria, normalmente, para o tipo de solo em questão (argila siltosa), por volta de 1,09 a 1,12.

Como vemos, a relação de 1,3 adotada na orçamentação em ensejo, além de desarrazoada, demonstra que os materiais não foram quantificados na seção geométrica de cortes e aterros como deveriam, e sim por meio da aplicação de coeficientes inadequados para a obtenção

dos quantitativos de terraplenagem.Como foi informado que no lote 3 já foram medidos 100% dos aterros, se considerado que

houve um pagamento indevido de 20% em razão da quantificação do material solto, foi estimado um superfaturamento de R$ 904.495,54, a valores iniciais do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista já terem sido executados mais de 77% do empreendimento, bem como

a previsão para término do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul ainda em 2007, não avaliamos adequada a interrupção do empreendimento por inviabilizar o iminente ganho que a população terá com a finalização da obra.

Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 59, 60, 61 e 62, esclarecemos que os pagamentos das medições de terraplenagem (escavação, carga e transporte) foram realizados considerando o material in natura, e não material solto.

Ademais, foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais geométricas, aplicando o percentual de empolamento previsto no Projeto Executivo aprovado pelo DNIT.

Avaliação Preliminar: A manifestação do gestor confirma a gravíssima irregularidade. Pelo exposto, as medições dos serviços de escavação, carga e transporte foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais multiplicados pelo fator de empolamento. O problema é que este fator de empolamento já está embutido na composição de custos dos serviços. O valor medido deve ser o da seção geométrica. Vejamos:

De acordo com o Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78, o fator de empolamento, por meio do ‘fator de conversão’, já é considerado no cálculo da produção dos equipamentos, não havendo, assim, razão para se incidir novamente esse coeficiente sobre o volume extraído no corte ou empréstimo.

Trecho retirado do Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78:

‘Fator de Conversão - O fator de conversão é a relação entre o volume do material para oqual está sendo calculado o custo unitário e o volume do mesmo material que está sendomanuseado. Na terraplenagem, representa a relação entre o volume do corte e o volume

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

do material solto.Foram adotados os seguintes valores:- Material de 1ª Categoria: FC = 1,0 / 1,30 = 0,77- Material de 2ª Categoria: FC = 1,0 / 1,39 = 0,72- Material de 3ª Categoria: FC = 1,0 / 1,75 = 0,57’A declaração do DERACRE, pois, indica um sobrepreço de, pelo menos, 30% nos

volumes de cortes nos serviços de terraplenagem. (1 / 0,77 = 1,30)IRREGULARIDADE Nº 62 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Superfaturamento

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.05.097BDescrição/Fundamentação: O pagamento dos serviços de Escavação, Carga e Transporte foi

efetuado considerando o material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nos custos destes serviços.

O total de material escavado apresentado nas planilhas contratuais do contrato 4.05.097B é de 3.157.158,60 m3 de material. O total de material compactado é de 2.428.583,50, exatamente 1,3000 vezes menor que o volume escavado. Ainda, na 2ª Revisão de Projeto em Fase de Obras a relação entre cortes e aterros permaneceu em 1,30. Na 3ª Revisão, esta relação caiu para 1,21.

Esta relação de 30% de diferença entre o material compactado e o material in natura é exagerada. Normalmente, esta diferença se situa entre 9 e 12%. Isto leva a crer que o volume considerado nos cortes foi o volume empolado e não o volume geométrico da seção. Consoante Manual de Custos Rodoviários, v.4:

‘CortesA medição considerará o volume extraído, em m3 medido no corte, e a distância de transporte

entre este e o local de depósito(...)’A hipótese é confirmada pela observação do memorial de cálculo dos volumes de

terraplenagem. Claramente se observa uma coluna constando como ‘volume empolado’, que deu origem à outra coluna referente ao volume compactado considerando um fator de compactação de 1,3. São estes volumes que constam da planilha orçamentária.

Segundo a publicação ‘Como preparar orçamentos de obras’, de Aldo Dórea Mattos (Editora PINI), a relação entre o volume in natura e o volume compactado é 1,12. A Publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha (Editora PINI) também corrobora que a relação de 1,3 é a relação comum entre material empolado e argilas-arenosas, argilas, e terra úmida comum. A publicação ‘Engenharia de Custos - Uma metodologia de orçamentação de obras civis’, de Paulo Roberto Vilela Dias, considerada um valor médio de 1,11 entre o volume in situ e o volume compactado.

Se a quantidade fosse o volume geométrico da seção (como deveria) esta relação estaria, normalmente, para o tipo de solo em questão (argila siltosa), por volta de 1,09 a 1,12.

Como vemos, a relação de 1,3 adotada na orçamentação em ensejo, além de desarrazoada, demostra que os materiais não foram quantificados na seção geométrica de cortes e aterros como deveriam, e sim por meio da aplicação de coeficientes inadequados para a obtenção

dos quantitativos de terraplenagem.Como foi informado que no lote 4 já foram medidos 100% dos aterros, se considerado que

houve um pagamento indevido de 20% em razão da quantificação do material solto, foi estimado um superfaturamento de R$ 2.315.276,31, a valores iniciais do contrato.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista já terem sido executados mais de 77% do empreendimento, bem como

a previsão para término do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul ainda em 2007, não avaliamos adequada a interrupção do empreendimento por inviabilizar o iminente ganho que a população terá com a finalização da obra.

Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 59, 60, 61 e 62, esclarecemos que os pagamentos das medições de terraplenagem (escavação, carga e transporte) foram realizados considerando o material in natura, e não material solto.

Ademais, foram baseadas em levantamentos topográficos de seções transversais geométricas, aplicando o percentual de empolamento previsto no Projeto Executivo aprovado pelo DNIT.

Avaliação Preliminar: A manifestação do gestor confirma a gravíssima irregularidade. Pelo exposto, as medições dos serviços de escavação, carga e trasnporte foram baseadas em

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

levantamentos topográficos de seções transversais multiplicados pelo fator de empolamento. O problema é que este fator de empolamento já está embutido na composição de custos dos serviços. O valor medido deve ser o da seção geométrica. Vejamos:

De acordo com o Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78, o fator de empolamento, por meio do ‘fator de conversão’, já é considerado no cálculo da produção dos equipamentos, não havendo, assim, razão para se incidir novamente esse coeficiente sobre o volume extraído no corte ou empréstimo.

Trecho retirado do Manual de Custos Rodoviários - volume 1 - Metodologia e Conceitos, página 78:

‘Fator de Conversão - O fator de conversão é a relação entre o volume do material para oqual está sendo calculado o custo unitário e o volume do mesmo material que está sendomanuseado. Na terraplenagem, representa a relação entre o volume do corte e o volumedo material solto.Foram adotados os seguint es valores:- Material de 1ª Categoria: FC = 1,0 / 1,30 = 0,77- Material de 2ª Categoria: FC = 1,0 / 1,39 = 0,72- Material de 3ª Categoria: FC = 1,0 / 1,75 = 0,57’A declaração do DERACRE, pois, indica um sobrepreço de, pelo menos, 30% nos

volumes de cortes nos serviços de terraplenagem. (1 / 0,77 = 1,30)IRREGULARIDADE Nº 63 IG-PClassificação: GRAVE COM PARALISAÇÃO

Tipo: Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

Área de Ocorrência: EDITAL No. Edital: 16/2007Descrição/Fundamentação: Foram previstas operações de Escavação, Carga e Transporte

com motoscrapers com distância de transporte muito longas, de até 1200m. Para distâncias superiores a 400m, é mais razoável e econômica a utilização de escavações

com escavadeira e caminhões basculantes. Da forma como foram orçadas as escavações no lote 1, houve um incremento desnecessário de custos na terraplenagem, atentando contra os princípios da Eficiência e Economicidade.

O SICRO2 apresenta basicamente três composições distintas para os mesmos serviços de escavação: uma com motoscraper, outro com escavadeira e caminhão basculante e mais uma alternativa com pá carregadeira e basculante. Cada composição, logicamente, apresenta produtividade e preços distintos.

Normalmente, em razão do alto preço do equipamento (e conseqüente alto custo de depreciação), só se torna mais econômico - e portanto viável - escavar com motoscraper quando existe uma predominância de pequenas distâncias de transporte, com grandes compensações de volume de terra e bastante material de bota-dentro.

No caso de distâncias de 800m a 1000m, para solos de 1ª categoria, a escavação com motoscraper é 33,06% mais cara que o mesmo serviços escavação com escavadeira e basculante (SICRO2, jan/2007). Não existe justificativa, pois, para o orçamento do lote 1 ter previsto a utilização com motoscrapers até 1,2km.

É discrepante que a Escavação, Carga e Transporte com DMT de 800m será mais cara que a mesma operação com DMT de 1400m.

Segundo a publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha, a produtividade de um motoscraper cai quase 50% para distâncias até 900m, se comparado à distâncias inferiores a 150m. Isto, inclusive, pode retardar o prazo de execução da obra, que, como sabido, só é factível de ser executada na estação seca.

Esta preocupação devido ao preço superior da escavação com motoscraper, já foi externada pelo TCU no Acórdão 857/2005-P:

‘Relatório(...)E não há bom senso em se ter carregamento de terra de uma distância de 3.000 metros com

carregadeira e, na mesma obra, dispensar-se a carregadeira e utilizar-se motoscraper, equipamento utilizado apenas quando as distâncias são curtas.

(...)Acórdão(...)

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

9.8. determinar ao DNIT e à Secretaria de Controle Externo de Santa Catarina que atentem, nas fiscalizações, quanto à efetiva utilização na execução do trecho relativo ao Contrato nº PJ-090/2001 do equipamento motoscraper, indicado na planilha de preços unitários apresentada pela empresa A.R.G. Ltda., adotando, caso isso não ocorra, as providências necessárias à obtenção da reparação do dano causado ao Erário em face dessa ocorrência, instaurando, se for o caso, a competente Tomada de Contas Especial(...)’

Deve-se, então, ajustar o projeto e a planilha orçamentária de maneira a prever a escavação com motoscraper apenas nas pequenas distâncias.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? NãoJustificativa: Aliado a outras irregularidades no edital de licitação, tais quais a restrição ao

caráter competitivo do certame, a previsão antieconômica de escavação, projetos incompletos e erros na quantificação de serviços, avaliamos como mais adequado, visto o empreendimento se encontrar, ainda, no embrião das contratações, anular o edital de licitações e corrigir as devidas distorções antes que as irregularidades dêem causa a maiores prejuízos ao erário.

Documentos a evidenciar os indícios de irregularidades de n.os 63, 64, 65, 66, 67 e 68 encontram-se acostados às fls. 65-70 do anexo 1 do corrente processo.

Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 63, 64, 65, 66, 67 e 68, esclarecemos que segundo, o Manual Prático de Terraplenagem (Isaac Abram e Aroldo V. Rocha, Ed. PINI, 2000, p. 65), o motoscraper é um equipamento de grande produção em distâncias pequenas que vão de 100 a 1000m, apresentando melhor desempenho entre distâncias 200 a 500m.

Na seleção de equipamentos de transporte em terraplenagem, tem-se que levar em conta não só o fator econômico, a que se refere a equipe de analistas, mas, além disso, os fatores naturais e de projeto, tais como:

FATORES NATURAIS- Geologia: a natureza do solo, que leva em conta a granulometria, a resistência ao rolamento,

a capacidade de suporte à ação de cargas, umidade natural e a aderência são determinantes para a aplicação dos equipamentos que executarão os serviços, além do material predominante nas obras da BR-364/AC que é a argila montemorelonita (tabatinga) que dificulta ainda mais o serviço por falta de aderência.

- Topografia: terrenos acidentados implicam rampas mais fortes (declives e aclives maiores), surgindo a necessidade de grande potência do equipamento em razão da aderência nos aclives bem como problemas de segurança nos declives, haja vista que as condições de execução na região nem sempre permitem o uso de caminhões com escavadeira/carregadeira, em função das rampas de acesso ao serviço de corte serem bastante elevadas, chegando até 30%

- Clima: apesar das obras serem executadas no período de verão amazônico, há ocorrência de chuvas no referido período que acarretam uma média de 15% dos dias de serviços paralisados.

FATORES DE PROJETO- Volume: em obras rodoviárias geralmente há ocorrência de grande volume de terraplanagem,

gerando, assim, a necessidade de máquinas mais potentes e de maior capacidade de carga e transporte.

- Peso: na região em que ocorrem as obras, o material tem peso-padrão de 1720 kg/m³, haja vista tratar-se de argila montemorelonita (tabatinga).

- Empolamento: sabe-se que o empolamento é o aumento percentual de volume de um solo escavado em relação ao seu volume inicial ou in natura.

- Compactabilidade: a compactação é outro fator importante na escolha dos equipamentos que farão determinado serviço, haja vista que o mesmo deve desempolar o material de maneira que esteja compactado a 95%.

No entanto, no decorrer da execução da obra, onde for possível a utilização de escavadeira/carregadeira e caminhões, a fiscalização determinará que se execute da forma mais econômica. Por esse fato, o projeto executivo já prevê tais situações.

Conforme fotografias abaixo, demonstra-se a aclividade das rampas no local das obras da BR-364, onde verifica-se que equipamentos de potência insuficiente não conseguem executar os serviços nos cortes existentes, sendo que somente motoscrapers têm eficiência e condições de transpor as dificuldades do local (rampa e solo).

Avaliação Preliminar: Pela manifestação do gestor inferimos que existem fatores econômicos e de projeto que influem na escolha dos equipamentos a serem utilizados nos serviços de terraplenagem. Alegou-se, principalmente, que em razão destes intervenientes são necessários

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

equipamentos de potência maior para transpor as dificuldades inerentes ao trecho onde serão executadas as obras. Daí a necessidade da utilização dos motoscrapers.

Mas vejamos que foram previstas escavações com pá carregadeira e caminhão basculante. Ou seja, é perfeitamente exeqüível efetuar tais serviços com a pá carregadeira e com o caminhão basculante do trecho em ensejo. Principalmente porque dentro da composição destes serviços está também prevista a utilização de um trator de esteiras, de maior potência, a contrapor estas dificuldades.

Ora, no trecho Sena Madureira / Feijó previu-se uma escavação, carga e transporte de 1ª categoria com distância de 1.200 metros. Se é possível realizar os serviços a tal distância não seria viável executá-lo a 800m, visto que é mais econômico?

Segundo as composições do SICRO2 , a execução de escavações, cargas e transportes com escavadeiras somente se torna mais onerosa que as escavações com motoscrapers para distâncias inferiores a 600m. Haja visto que não foi justificada a impossibilidade de execução dos serviços com carregadeiras e caminhões basculantes (mesmo porque foi prevista a sua utilização para distâncias superiores a 1.200m), reiteramos a necessidade de revisão das planilha de custos da obra.

Frisamos que tal providência visa justamente a prevenir artifícios como as Revisões de Projeto em Fase de Obras nos lotes 3 e 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul. Houve nestas alterações de projeto mudanças de quantitativos de terraplenagem. Justamente nas distâncias maiores com carregadeira as quantidades decresceram. Nas distâncias menores onde se utiliza o motoscraper a quantidade subiu. Como nestes lotes as distâncias até 600m metros (com motoscraper) são incoerentemente mais caras por exemplo que as distâncias até 3000m (com carregadeira), a alteração a diminuir expressivamente as D.M.Ts pouquíssimo reduziu os custos de escavação. No contrato respectivo ao lote 4, por exemplo, a média de custos de escavação era de R$ 7,57 / m3. Nas alterações contratuais, mesmo com a diminuição considerável das distâncias de transporte, o custo reduziu apenas para R$ 7,28 /m3. No lote 3 a relação passou de R$ 7,64 / m3 para R$ 7,28 / m3, mesmo com a redução de distâncias. Quem mais se beneficiou, presumimos, foram as construtoras. Claramente houve benefício em razão de um orçamento antieconômico nos serviços de terraplenagem.

Em razão da experiência anterior, os novos lotes a serem iniciados devem ter seus orçamentos imediatamente revistos.

[...]IRREGULARIDADE Nº 68 IG-PClassificação: GRAVE COM PARALISAÇÃO

Tipo: Projeto básico/executivo deficiente ou inexistente

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.03.034ADescrição/Fundamentação: Foram previstas operações de Escavação, Carga e Transporte

com motoscrapers com distância de transporte muito longas, de até 2000m. Para distâncias superiores a 400m, é mais razoável e econômica a utilização de escavações

com escavadeira e caminhões basculantes. Da forma como foram orçadas as escavações no lote 1, houve um incremento desnecessário de custos na terraplenagem, atentando contra os princípios da Eficiência e Economicidade.

O SICRO2 apresenta basicamente três composições distintas para os mesmos serviços de escavação: uma com motoscraper, outro com escavadeira e caminhão basculante e mais uma alternativa com pá carregadeira e basculante. Cada composição, logicamente, apresenta produtividade e preços distintos.

Normalmente, em razão do alto preço do equipamento (e conseqüente alto custo de depreciação), só se torna mais econômico - e portanto viável - escavar com motoscraper quando existe uma predominância de pequenas distâncias de transporte, com grandes compensações de volume de terra e bastante material de bota-dentro.

No caso de distâncias de 800m a 1000m, para solos de 1ª categoria, a escavação com motoscraper é 33,06% mais cara que o mesmo serviços escavação com escavadeira e basculante (SICRO2, jan/2007).

Não existe justificativa, pois, para o orçamento do lote 1 ter previsto a utilização com motoscrapers até 2,0km.

É discrepante que a Escavação, Carga e Transporte com DMT de 800m será mais cara que a mesma operação com DMT de 1400m.

Segundo a publicação ‘Manual Prático de Terraplenagem’, de Isaac Abram e Aroldo V. Rocha, a produtividade de um motoscraper cai quase 50% para distâncias até 900m, se comparado à

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distâncias inferiores a 150m. Isto, inclusive, pode retardar o prazo de execução da obra, que, como sabido, só é factível de ser executada na estação seca.

Esta preocupação devido ao preço superior da escavação com motoscraper, já foi externada pelo TCU no Acórdão 857/2005-P:

‘Relatório(...)E não há bom senso em se ter carregamento de terra de uma distância de 3.000 metros com

carregadeira e, na mesma obra, dispensar-se a carregadeira e utilizar-se motoscraper, equipamento utilizado apenas quando as distâncias são curtas.

(...)Acórdão(...)9.8. determinar ao DNIT e à Secretaria de Controle Externo de Santa Catarina que atentem,

nas fiscalizações, quanto à efetiva utilização na execução do trecho relativo ao Contrato nº PJ-090/2001 do equipamento motoscraper, indicado na planilha de preços unitários apresentada pela empresa A.R.G. Ltda., adotando, caso isso não ocorra, as providências necessárias à obtenção da reparação do dano causado ao Erário em face dessa ocorrência, instaurando, se for o caso, a competente Tomada de Contas Especial(...)’

Deve-se, então, repactuar o contrato de maneira a prever escavações com motoscraper apenas nas menores distâncias.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? NãoJustificativa: Considerando que a obra do Lote 6 ainda não teve sua execução iniciada e

levando-se em conta que o contrato foi celebrado no exercício de 2003 e, o prosseguimento da obra gerará, além do superfaturamento decorrente do indício de irregularidade ora tratado, pagamentos de reajustes indevidos dele decorrente, o que pode vir a comprometer ainda mais o saneamento da questão ora abordada. Assim, aliado aos outros indícios de irregularidades apontados para este contrato, tais como, sobrepreço decorrente da quantificação indevida dos serviços de terraplanagem e desconformidade entre planilha orçamentária e projeto básico, é recomendável que a obra só se inicie após o saneamento das irregularidades mediante a repactuação do contrato com a adequada redução de custos do empreendimento.

Esclarecimentos Adicionais: Documentos a evidenciar os indícios de irregularidades de n.os 63, 64, 65, 66, 67 e 68

encontram-se acostados às fls. 65-70 do anexo 1 do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 63, 64, 65, 66, 67 e 68,

esclarecemos que segundo, o Manual Prático de Terraplenagem (Isaac Abram e Aroldo V. Rocha, Ed. PINI, 2000, p. 65), o motoscraper é um equipamento de grande produção em distâncias pequenas que vão de 100 a 1000m, apresentando melhor desempenho entre distâncias 200 a 500m.

Na seleção de equipamentos de transporte em terraplenagem, tem-se que levar em conta não só o fator econômico, a que se refere a equipe de analistas, mas, além disso, os fatores naturais e de projeto, tais como:

FATORES NATURAIS- Geologia: a natureza do solo, que leva em conta a granulometria, a resistência ao rolamento,

a capacidade de suporte à ação de cargas, umidade natural e a aderência são determinantes para a aplicação dos equipamentos que executarão os serviços, além do material predominante nas obras da BR-364/AC que é a argila montemorelonita (tabatinga) que dificulta ainda mais o serviço por falta de aderência.

- Topografia: terrenos acidentados implicam rampas mais fortes (declives e aclives maiores), surgindo a necessidade de grande potência do equipamento em razão da aderência nos aclives bem como problemas de segurança nos declives, haja vista que as condições de execução na região nem sempre permitem o uso de caminhões com escavadeira/carregadeira, em função das rampas de acesso ao serviço de corte serem bastante elevadas, chegando até 30%

- Clima: apesar das obras serem executadas no período de verão amazônico, há ocorrência de chuvas no referido período que acarretam uma média de 15% dos dias de serviços paralisados.

FATORES DE PROJETO- Volume: em obras rodoviárias geralmente há ocorrência de grande volume de terraplanagem,

gerando, assim, a necessidade de máquinas mais potentes e de maior capacidade de carga e transporte.

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- Peso: na região em que ocorrem as obras, o material tem peso-padrão de 1720 kg/m³, haja vista tratar-se de argila montemorelonita (tabatinga).

- Empolamento: sabe-se que o empolamento é o aumento percentual de volume de um solo escavado em relação ao seu volume inicial ou in natura.

- Compactabilidade: a compactação é outro fator importante na escolha dos equipamentos que farão determinado serviço, haja vista que o mesmo deve desempolar o material de maneira que esteja compactado a 95%.

No entanto, no decorrer da execução da obra, onde for possível a utilização de escavadeira/carregadeira e caminhões, a fiscalização determinará que se execute da forma mais econômica. Por esse fato, o projeto executivo já prevê tais situações.

Conforme fotografias abaixo, demonstra-se a aclividade das rampas no local das obras da BR-364, onde verifica-se que equipamentos de potência insuficiente não conseguem executar os serviços nos cortes existentes, sendo que somente motoscrapers têm eficiência e condições de transpor as dificuldades do local (rampa e solo).

Avaliação Preliminar: Pela manifestação do gestor inferimos que existem fatores econômicos e de projeto que influem na escolha dos equipamentos a serem utilizados nos serviços de terraplenagem. Alegou-se, principalmente, que em razão destes intervenientes são necessários equipamentos de potência maior para transpor as dificuldades inerentes ao trecho onde serão executadas as obras. Daí a necessidade da utilização dos motoscrapers.

Mas vejamos que foram previstas escavações com pá carregadeira e caminhão basculante. Ou seja, é perfeitamente exeqüível efetuar tais serviços com os a pá carregadeira e com o caminhão basculante do trecho em ensejo. Principalmente porque dentro da composição destes serviços está também prevista a utilização de um trator de esteiras, de maior potência, a contrapor estas dificuldades.

Ora, no trecho Sena Madureira / Feijó previu-se uma escavação, carga e transporte de 1ª categoria com distância de 1.200 metros. Se é possível realizar os serviços a tal distância não seria viável executá-lo a 800m, visto que é mais econômico?

Segundo as composições do SICRO2, a execução de escavações, cargas e transportes com escavadeiras somente se torna mais onerosa que as escavações com motoscrapers para distâncias inferiores a 600m. Haja visto que não foi justificada a impossibilidade de execução dos serviços com carregadeiras e caminhões basculantes (mesmo porque foi prevista a sua utilização para distâncias superiores a 1.200m), reiteramos a necessidade de revisão das planilha de custos da obra.

Frisamos que tal providência visa justamente a prevenir artifícios como as Revisões de Projeto em Fase de Obras nos lotes 3 e 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul. Houve nestas alterações de projeto mudanças de quantitativos de terraplenagem. Justamente nas distâncias maiores com carregadeira as quantidades decresceram. Nas distâncias menores onde se utiliza o motoscraper a quantidade subiu. Como nestes lotes as distâncias até 600m metros (com motoscraper) são incoerentemente mais caras por exemplo que as distâncias até 3000m (com carregadeira), a alteração a diminuir expressivamente as D.M.Ts pouquíssimo reduziu os custos de escavação. No contrato respectivo ao lote 4, por exemplo, a média de custos de escavação era de R$ 7,57 / m3. Nas alterações contratuais, mesmo com a diminuição considerável das distâncias de transporte, o custo reduziu apenas para R$ 7,28 /m3. No lote 3 a relação passou de R$ 7,64 / m3 para R$ 7,28 / m3, mesmo com a redução de distâncias. Quem mais se beneficiou, presumimos, foram as construtoras. Claramente houve benefício em razão de um orçamento antieconômico nos serviços de terraplenagem.

Em razão da experiência anterior, os novos lotes a serem iniciados devem ter seus orçamentos imediatamente revistos.

[...]IRREGULARIDADE Nº 74 IG-PClassificação: GRAVE COM PARALISAÇÃO

Tipo: Sobrepreço

Área de Ocorrência: EDITAL No. Edital: 16/2007Descrição/Fundamentação: A largura da camada de pavimento ‘sub-leito melhorado com cal’

considerada para a quantificação das comadas de pavimentação foi superestimada, gerando um incremento no custo do serviço previsto no edital. Também, o peso específico dos materiais de base e sub-base apresentam-se desarrazoadamente superiores aos adotados pelo SICRO2, onerando os preços de transporte do material escavado.

A seção transversal da camada ‘sub-leito melhorado com cal’ tem em sua base menor do

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trapézio a largura de 11,20m. Em sua base maior 12,40m. Tais dimensões foram calculadas considerando a inclinação de 3:2 do pavimento informada em projeto, bem como as alturas de base e sub-base de 20cm.

Nas planilhas memoriais do orçamento observa-se que foi utilizada a largura de 12,40m referente à base maior para quantificar esta camada, quando o certo seria considerar a base média (de 11,80). Tal incorreção ocasionou o acréscimo de 5% dos custos do ‘sub-leito melhorado com cal a 3%’, o equivalente a R$ 358.000,00.

Com relação ao peso específico, foi adotado para o material de base 2 t/m3 e para a sub-base 1,90 t/m3, contra 1,84 t/m3 previstos no SICRO2. Como tivemos acesso aos ensaios dos materiais das jazidas, não observamos nenhum material que justificasse tais discrepâncias. Para a base, tal alteração altera em mais de 8% os custos de transporte. Para a sub-base o percentual é de 3,2% .

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? NãoJustificativa: Aliado a outras irregularidades no edital de licitação, tais quais a restrição ao

caráter competitivo do certame, a previsão antieconômica de escavação, projetos incompletos e erros na quantificação de serviços, avaliamos como mais adequado, visto o empreendimento se encontrar, ainda, no embrião das contratações, anular o edital de licitações e corrigir as devidas distorções antes que as irregularidades dêem causa a maiores prejuízos ao erário.

Esclarecimentos Adicionais:Os memoriais de cálculo da cubagem da camada sub-leito melhorado com cal 3% encontram-

se às fls. 51/54, anexo 1 do corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne às Irregularidades 74, 75, 76, 77 e 78

esclarecemos que no Projeto Executivo foi considerado no cálculo da regularização a face média e não inferior como afirmado pela equipe de analistas.

Distância considerada = 11,80mQuanto ao peso específico adotado para os materiais de sub-base e da base 1,90 t/m3 e

2,00t/m3, a afirmação de que os ensaios não apresentam material com tais características não procede, pois basta conferir os quadros de análise estatística dos materiais que compõem os VOLUMES 3A ¿ ESTUDOS GEOTÉCNICOS: Lote 01(pág.96 e 107); Lote02 (pág. 93 e 104); Lote03 (pág.69 e 75); Lote04 (pág. 82 e 109); Lote05 (pág.84 e 90).

Ademais, o peso específico adotado pelo Manual do SICRO no valor de 1,8 t/m³ é considerado a média nacional, sendo utilizado usualmente nos Projetos de obras rodoviárias.

Os pesos específicos adotados nos projetos em questão referem-se à média dos estudos estatísticos dos ensaios realizados nas jazidas indicadas nos mesmos.

Avaliação Preliminar: Claramente os memoriais de cálculo indicam a largura de cálculo de 12,40m

Procederemos, mesmo assim o cálculo dos quantitativos de cada lote, considerando uma largura de 11,80m, uma espessura de 0,40m e o comprimento de cada trecho:

Lote 1 => 11,80 x 0,40 x 36.900m = 174.168,00 m3, diferente dos 178.788,00 m3 considerados no orçamento. Sobrepreço de R$ 181.935,60

Lote 2 => 11,80 x 0,40 x 33.400m = 157.648,00 m3, diferente dos 161.608,00 m3 considerados no orçamento. Sobrepreço de R$ 160.261,20

Lote 3 => 11,80 x 0,40 x 14.700m = 69.384,00m3, diferente dos 70.489,60 m3 considerados no orçamento. Sobrepreço de R$ 44.865,25

Lote 4 => 11,80 x 0,40 x 35.100m = 165.672,00 m3, diferente dos 173.699,20 m3 considerados no orçamento. Sobrepreço de R$ 326.707,04

Lote 5 => 11,80 x 0,40 x 35.820m = 169.070,40 m3, diferente dos 177.053,00 considerados no orçamento. Sobrepreço de R$ 333.433,20

Não só foi constatado que não foi utilizada a base média como apurou-se, no total dos lotes de 1 a 5, um sobrepreço de R$ 1.057.202,29.

Quanto ao peso específico dos materiais, segundo referências indicadas pelo DERACRE, só observamos peso específico próximo (ou mesmo levemente acima) de 1,84 t / m3 para materiais compactados. O peso específico a considerar para fins de transporte, no caso dos serviços de escavação, carga e transporte é o do material in natura. No caso dos serviços exclusivamente de transporte, o peso específico deve ser o do material solto.

[...]IRREGULARIDADE Nº 79 IG-CClassificação: GRAVE COM Tipo: Medição/ pagamento de serviços não

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CONTINUIDADE realizadosÁrea de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: 4.02.127A

Descrição/Fundamentação: Foi informado pelo DERACRE a medição de 100% dos serviços de terraplenagem. Todavia, em visita às obras no lote 1, verificamos que existem, ainda, serviços de movimentação de terra expressivos ainda a realizar.

Tal constatação, confirma a medição de serviços não realizados configurando a antecipação de pagamentos e liquidação irregular de despesa, em afronta ao art. 62 e 63 da Lei 4.320/64 e art. 38 do Decreto 93.872/86.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: A execução dos serviços pendentes, considerando que existe saldo contratual de

mais de R$ 11 milhões, pode dirimir o problema sem a necessidade de paralisação da obra.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 79, esclarecemos

que os serviços de terraplanagem tiveram suas medições realizadas em consonância com a planilha do Projeto Executivo, onde todos os serviços medidos foram executados.

Porém, devido aos períodos chuvosos e de paralisação da obra, houve a necessidade de re-executar bueiros que foram rompidos, adequação do greide para encaixe nas pontes do igarapé Lomada e rio Acuraua, onde foi criada uma curva horizontal, e ainda, correção em escorregamentos de alguns taludes.

Por isso, a constatação pelos analistas de que serviços de movimentação de terra não estavam concluídos em função das ocorrências acima relacionadas.

No entanto, os referidos serviços não acarretarão custos adicionais para o erário e serão de total responsabilidade da contratada.

Avaliação Preliminar: Caso, de fato, se trate apenas de reexecução de serviços, sem ônus para a Administração, a irregularidade se encontrará sanada. Entretanto, é razoável esperar que ocorrências tais quais o rompimento de bueiros, adequações de greide e correções de escorregamentos estejam adequadamente registradas no diário de obras, bem como as respectivas correções.

Destarte, deve-se ouvir os gestores para a devida apresentação de documento que corrobore as suas afirmações.

IRREGULARIDADE Nº 80 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Irregularidade grave na execução do convênio

Área de Ocorrência: CONVÊNIO No. Convênio: 561783Descrição/Fundamentação: Alterações de projeto, plano de trabalho e valor dos contratos sem

a anuência do órgão concedente de recursos (DNIT) e a devida celebração de Termo Aditivo ao Convênio, consoante art. 4º, § 1º, art. 15 da IN/STN 01/97.

Todos os contratos dos lotes 1 a 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul apresentaram alterações (aditivos) e Revisões de Projeto em fase de obra que alteraram substancialmente o projeto executivo aprovado pelo DNIT, bem como trouxeram alterações que ampliaram consideravelmente o custo do empreendimento, sem a anuência e aprovação do órgão concedente dos recursos.

Paralelamente, o fato de existir alterações do projeto e execução da obra sem a formalização de termos aditivos ao convênio e mesmo aos contratos (2ª alteração de projeto nos lotes 01/02 e 3ª alteração de projeto nos lotes 03/04), demonstra a omissão do órgão concedente de recursos na fiscalização do andamento da obra.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Haja vista já terem sido executados mais de 77% do empreendimento, bem como

a previsão para término do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul ainda em 2007, não avaliamos adequada a interrupção do empreendimento por inviabilizar o iminente ganho que a população terá com a finalização da obra.

Esclarecimentos Adicionais: As últimas Revisões de Projeto em Fase de Obras encontram-se às fls. 01/29, onde pode se

corroborar as alterações no Plano de Trabalho original.Manifestação do Órgão/Entidade: No que concerne à Irregularidade de nº 80, esclarecemos

que o Convênio será aditado tão logo as últimas revisões de Projeto sejam aprovadas. Contudo, não há que se falar em execução sem anuência do órgão concedente, haja vista que o mesmo está analisando as alterações propostas, bem como em omissão de fiscalização do DNIT, pois constantemente a UNIT tem verificado in loco as metas físicas apresentadas nas Prestações de Contas

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parciais, além de acompanhar a execução dos serviços mediante visitas.Avaliação Preliminar: Considerando que os serviços já estão sendo executados consoante as

modificações de projeto e considerando, ainda, que o DNIT pode não aprovar as alterações propostas, objetivamente não se pode afirmar que existe a anuência do órgão concedente. O acompanhamento do fiscal do DNIT das obras em desacordo com o plano de trabalho aprovado do convênio, posto se tratar de uma ilegalidade, somente agrava a irregularidade.

[...]IRREGULARIDADE Nº 95 IG-CClassificação: GRAVE COM CONTINUIDADE

Tipo: Descumprimento de deliberações do TCU

Área de Ocorrência: EMPREENDIMENTO

Descrição/Fundamentação: O DNIT ignorou as determinações referentes aos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Acórdão 2.371/2006-P deste Tribunal:

‘9.2.2. adote, no prazo de 30 (trinta) dias, as providências necessárias junto ao Serpro, no sentido de resolver os problemas técnicos que impedem o registro no Siasg de contratos vinculados a convênios antigos, informando ao TCU, ao final deste prazo, as medidas tomadas;

9.2.3. efetue estudo de viabilidade a fim de verificar em qual sentido deve ser feita a pavimentação do trecho da BR-364, entre Sena Madureira e Manuel Urbano, levando em consideração o fato de que a maioria das jazidas indicadas para os serviços de reforço de subleito e execução da base e sub-base encontram-se mais próximas de Sena Madureira, sendo esta ligada por via asfaltada a Rio Branco, de forma a justificar a sua execução num ou noutro sentido.’

Em ralação ao item 9.2.2, os contratos continuam não cadastrados no SIASG. A única informação prestada pelo DNIT foi um memorando da Coordenação-Geral de Construção Rodoviária para a Coordenação-Geral de Modernização e Informática (CGMI) para conhecimento e providências. Em 21/06/2007, A CGMI solicita informações ao SERPRO sobre o atendimento ao ofício 17/200/CGMI . Em resumo, nenhuma providência foi tomada. A determinação do TCU foi tratada com especial descaso.

Quanto à determinação 9.2.3 do Acórdão 2.371/2006-P, nenhum estudo foi realizado nem qualquer informação foi prestada pelo DNIT. Mais uma vez, uma determinação do TCU foi completamente ignorada.

É recomendável o prosseguimento da obra ou serviço ? SimJustificativa: Não entendemos que a irregularidade de enquadre em quaisquer dos requisitos

do art. 102 da LDO 2006 capazes de ensejar a paralisação do empreendimento.Esclarecimentos Adicionais: A resposta do DNIT as questionamentos de Auditoria encontram-se às fls. 55/65, anexo 1 do

corrente processo.Manifestação do Órgão/Entidade: Com relação à irregularidade relativa ao não cumprimento

do item 9.2.2 do Acórdão 2.371/2006-P, alegou-se que foram emitidos os Ofícios nº 17, 140 e 163/2007, da Coordenação-Geral de Modernização e Informática, não obtendo nenhum posicionamento da entidade. Ressaltou-se a dificuldade do DNIT para a solução do citado problema técnico no SIASG junto ao SERPRO, pois não tem gerência sobre aquela entidade.

Quanto à irregularidade relativa ao não cumprimento do item 9.2.3 do Acórdão 2.371/2006-P, foi informado que o chefe da UL de Rio Branco, em conjunto com um técnico do DERACRE, está concluindo o levantamento de informações com vistas a elaboração do estudo de viabilidade referenciado.

Avaliação Preliminar: Considerando o recebimento do Ofício pelo Coordenação-Geral de Modernização e Informática em 02 de fevereiro para providências e que o Coordenador-Geral da CGMI somente em 18 de julho cobrou providências do SERPRO, julgamos ter havido especial descaso com a decisão deste Tribunal. Aliás, o pedido de informações ao SERPRO só foi empreendido porque foi encaminhado ao DNIT relatório preliminar das irregularidades para manifestação da Autarquia. Caso contrário, é bem provável que nenhuma providência (nem mesmo o Ofício) teria sido tomada. Resta ouvir o Coordenador-Geral de Modernização e Informática dos motivos da especial demora na tomada de providências para o cumprimento do item 9.2.2 do do Acórdão 2.371/2006-P

Quanto á determinação 9.2.3 do Acórdão 2.371/2006-P, não foi apresentado qualquer estudo preliminar ou documento a corroborar o andamento dos estudos, de maneira que devem ser ouvidos os responsáveis.”

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5. Em conclusão ao seu relatório, a equipe de analistas formulou as propostas de encaminhamento adiante transcritas, com os necessários ajustes de forma, corroboradas pelo titular da Secex-AC:

“1) Abertura de Novo Processo / Apartado: NATUREZA: REPRESENTAÇÃO. Com fulcro no art. 37 da Resolução TCU n.º 191/2006, a constituição de processo apartado, a partir de cópia do Relatório de Levantamento de Auditoria de que se trata, deste Acórdão, e dos seus respectivos Relatório e Voto e, ainda, dos demais documentos pertinentes, com natureza de representação, para o tratamento dos indícios de irregularidades referente aos lotes 1 a 6, A e B, que não tiveram a execução iniciada, especificamente com relação às irregularidades não tratadas no TC 016.687/2007-3 (IG 45, 46, 47, 48, 49, 50, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 75, 76, 77, 78, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94), devendo ser o novo processo considerado de natureza urgente, dando-se-lhe tramitação especial, nos termos do art. 139, caput, da Resolução-TCU n.º 191/2006;

2) Audiências2.1)Audiência do Sr. MARCUS ALEXANDRE MÉDICI AGUIAR, CPF: 264.703.988-71,

Diretor Geral do DERACRE, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Previsão antieconômica nos projetos dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007 de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros). (IG 45, 46, 47, 48 e 49)

- Elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos editais de concorrência 19/2007 e 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, ‘f’ e art. 7º, § 2º, II da lei 8.666/93. (IG 48 e 49)

- Quantificação nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais escavados. (IGP 53, 54, 55, 56 e 57)

- Prática ineficiente e antieconômica nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 de previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado. (IGP 63, 64, 65, 66 e 67)

- Sobrepreço nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 em razão de erro na consideração da largura do sub-leito melhorado com cal, aumentando em 5% os quantitativos desta camada, bem como superestimativa do peso específico dos materiais de base e sub-base, onerando em 8% os custos de transporte dos materiais de base e em 3,2% os custos dos materiais da sub-base. (IGP 74, 75, 76, 77 e 78)

- Restrição ao caráter competitivo das concorrências 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007, 21/2007 e 22/2007, especificamente com relação às irregularidades não tratadas no TC 016.687/2007-3, em razão das exigências enumeradas nas irregularidades graves IGP 86 a 94 do relatório de auditoria, em afronta ao art. 30, § 1º, inciso I e II, § 5º e art. 3º, § 1º da Lei 8.666/93, bem como ao art. 37, inciso XXI da Constituição Federal. (IGP 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 2.2) Audiência do Sr. SÉRGIO YOSHIO NAKAMURA, CPF 004.641.628-58, Diretor Geral do

DERACRE à época do encaminhamento ao DNIT, para fins de aprovação, dos projetos básicos e executivos relativos às obras no subtrecho Sena Madureira / Feijó da BR-364, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Previsão antieconômica nos projetos dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros). (IG 45, 46, 47, 48, 49 e 50)

- Elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos editais de concorrência 19/2007 e 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, ‘f’ e art. 7º, § 2º, II da lei 8.666/93. (IG 48 e 49)

Page 40: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

- Quantificação nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais escavados. (IGP 53, 54, 55, 56, 57 e 58)

- Prática ineficiente e antieconômica nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007, 20/2007 e contrato 4.03.034A de previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado. (IGP 63, 64, 65, 66, 67 e 68)

- Sobrepreço nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 em razão de erro na consideração da largura do sub-leito melhorado com cal, aumentando em 5% os quantitativos desta camada, bem como superestimativa do peso específico dos materiais de base e sub-base, onerando em 8% os custos de transporte dos materiais de base e em 3,2% os custos dos materiais da sub-base. (IGP 74, 75, 76, 77 e 78) PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS.

2.3) Audiência do Sr. FLÁVIO LUIZ CALIXTO, CPF: 427.666.997-91, Gerente de Projetos do DERACRE à época da aprovação dos projetos executivos da construção da BR-364 trecho Sena Madureira / Feijó e Tarauacá / Cruzeiro do Sul., da PLANNUS ENGENHARIA LTDA, CNPJ: 00.635.202/0001-00, empresa responsável pela elaboração do projeto básico da obra de construção da BR-364 no estado do ACRE no trecho Sena Madureira / Feijó, na pessoa de seu representante legal, da FERREIRA CONSULTORIA DE ENGENHARIA LTDA, CNPJ: 00.717.939/0001-71, empresa responsável pela elaboração do projeto executivo da obra de construção da BR-364 no estado do ACRE no trecho Sena Madureira / Feijó, na pessoa de seu representante legal, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Previsão antieconômica nos projetos dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros). (IG 45, 46, 47, 48, 49 e 50)

- Elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos editais de concorrência 19/2007, 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, f) e art. 7º, § 2º, II da lei 8.666/93. (IG 48 e 49)

- Quantificação nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais escavados. (IGP 53, 54, 55, 56, 57 e 58)

- Prática ineficiente e antieconômica dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado. (IGP 63, 64, 65, 66, 67 e 68)

- Sobrepreço nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 em razão de erro na consideração da largura do sub-leito melhorado com cal, aumentando em 5% os quantitativos desta camada, bem como superestimativa do peso específico dos materiais de base e sub-base, onerando em 8% os custos de transporte dos materiais de base e em 3,2% os custos dos materiais da sub-base. (IGP 74, 75, 76, 77 e 78)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 2.4) Audiência do Sr. HUGO STERNICK, CPF: 296.677.716-87, responsável pela aprovação

dos projetos básicos das obras de construção da BR-364 entre Sena Madureira - Manuel Urbano e projetos executivos referentes aos lotes 4, 5 e 6 da mesma obra, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Previsão antieconômica nos projetos dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros). (IG 45, 46, 47, 48, 49 e 50)

Page 41: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

- Elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos editais de concorrência 19/2007, 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, f) e art. 7º, § 2º, II da lei 8.666/93. (IG 48 e 49)

- Quantificação nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais escavados. (IGP 53, 54, 55, 56, 57 e 58)

- Prática ineficiente e antieconômica dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado. (IGP 63, 64, 65, 66, 67 e 68)

- Sobrepreço nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 em razão de erro na consideração da largura do sub-leito melhorado com cal, aumentando em 5% os quantitativos desta camada, bem como superestimativa do peso específico dos materiais de base e sub-base, onerando em 8% os custos de transporte dos materiais de base e em 3,2% os custos dos materiais da sub-base. (IGP 74, 75, 76, 77 e 78)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela

aprovação dos projetos executivos das obras de construção da BR-364 entre Sena Madureira - Feijó referentes aos lotes 1, 2 e 3, com fundamento no art. 12, inciso II, e art. 43, inciso III da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Previsão antieconômica nos projetos dos editais de concorrência n.º 16/2007, 17/2007 e 18/2007 de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros). (IG 45, 46 e 47)

- Quantificação nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 e 18/2007 de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais escavados. (IGP 53, 54 e 55)

- Prática ineficiente e antieconômica dos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 e 18/2007 da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado. (IGP 63, 64 e 65)

- Sobrepreço nos editais de concorrência 16/2007, 17/2007 e 18/2007, em razão de erro na consideração da largura do sub-leito melhorado com cal, aumentando em 5% os quantitativos desta camada, bem como superestimativa do peso específico dos materiais de base e sub-base, onerando em 8% os custos de transporte dos materiais de base e em 3,2% os custos dos materiais da sub-base. (IGP 74, 75 e 76)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 2.6) Audiência do Sr. WAGNER ALVES DE SOUZA, CPF: 035.878.602-97, Sra. MARIA

ODALIS RUIZ GADELHA, CPF: 339.468.332-68, Sra. ENGRÁCIA MODESTO MENDES, CPF: 022.002.602-53, Sr. MÁRIO JORGE MORAES OLIVEIRA, 233.599.002-00 e Sr. JADER MAIA SOBRINHO, CPF: 360.253.562-20, membros da Comissão de Licitação das concorrências 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007, 21/2007 e 22/2007, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste quanto aos seguintes indícios de irregularidades:

- Restrição ao caráter competitivo das concorrências 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007, 20/2007, 21/2007 e 22/2007, especificamente com relação às irregularidades não tratadas no TC 016.687/2007-3, em razão das exigências enumeradas nas irregularidades graves IGP 86 a 94 do relatório de auditoria, em afronta ao art. 30, § 1º, inciso I e II, § 5º e art. 3º, § 1º da Lei 8.666/93, bem como ao art. 37, inciso XXI da Constituição Federal. (IGP 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 3) Determinação a Órgão/Entidade: ENTIDADES/ÓRGÃOS DO GOVERNO DO ESTADO DO

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

ACRE - Secretaria Adjunta de Compras, Licitações e Contratos - GLC - CPL-01: com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, no art. 45 da Lei n° 8.443/1992 e no art. 276 do Regimento Interno do TCU, determinar, cautelarmente e sem oitiva prévia, ao Governo do Estado do Acre - Secretaria Adjunta de Compras, Licitações e Contratos - Gerência de Licitações e Contratos - CPL 1, que suspenda todos os trâmites relativos às Concorrências n.º 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007, 21/2007 e 22/2007, bem como de todos os atos tendentes a culminar na contratação, execução e pagamento das obras rodoviárias do subtrecho Sena Madureira - Feijó da BR-364, até que o Tribunal de Contas da União decida acerca do mérito das questões levantadas no presente Relatório de Levantamento de Auditoria, e não tratadas no TC 016.687/2007-3 (IG 45, 46, 47, 48, 49, 50, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 75, 76, 77, 78, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94);

4) Determinação a Órgão/Entidade: DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES - MT: com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, no art. 45 da Lei n° 8.443/1992 e no art. 276 do Regimento Interno do TCU, determinar, cautelarmente e sem oitiva prévia, ao Departamento de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT, com fulcro no 276, caput, do Regimento Interno do TCU, que se abstenha de efetuar qualquer repasse de recursos federais para execução das obras objeto dos Convênios TT-117/2004-00 (n.º SIAFI: 521352) e TT-097/2007-00 (n.º SIAFI: 591821), enquanto não forem sanadas as ocorrências elencadas no presente Relatório de Levantamento de Auditoria, e não tratadas no TC 016.687/2007-3 (IG 45, 46, 47, 48, 49, 50, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 75, 76, 77, 78, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94);

5) Determinação a Órgão/Entidade: Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Acre: com fundamento no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, no art. 45 da Lei n° 8.443/1992 e no art. 276 do Regimento Interno do TCU, determinar, cautelarmente e sem oitiva prévia, ao Diretor-Geral do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Acre, que adote providências com vistas à suspensão, até que o Tribunal de Contas da União decida acerca do mérito das questões levantadas no presente Relatório de Levantamento de Auditoria, e não tratadas no TC 016.687/2007-3 (IG 45, 46, 47, 48, 49, 50, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 75, 76, 77, 78, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94), de todos os atos tendentes a culminar na contratação, execução e pagamento das obras rodoviárias do subtrecho Sena Madureira - Feijó da BR-364.

6) Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria de Controle Externo - AC: promova a oitiva dos responsáveis pela Gerência de Licitações e Contratos da Secretaria de Estado da Gestão Administrativa e pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Acre, para que, se assim desejarem, se pronunciem, no prazo de 15 dias úteis, a respeito das determinações cautelares adotadas;

7) Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria de Controle Externo - AC: cientificar as eventuais vencedoras das concorrências referentes à construção da BR-364 no estado do ACRE no trecho Sena Madureira / Feijó, da existência do presente processo, mediante envio de cópia deste Acórdão, bem como do Relatório e Voto que o fundamentam, facultando-lhes o ingresso nos autos para a defesa de seus direitos e o oferecimento, caso queiram, no prazo de 15 (quinze) dias, das alegações de fato e de direito que entenderem pertinentes em relação aos índícios de irregularidades levantadas no presente Relatório de Levantamento de Auditoria, e não tratadas no TC 016.687/2007-3 (IG 45, 46, 47, 48, 49, 50, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 75, 76, 77, 78, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93 e 94).

8) Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria de Controle Externo - AC: determinar à Secex/AC que encaminhe, em anexo aos ofícios de audiência e oitiva, cópia do Relatório de Auditoria, bem como do Relatório, Voto e Acórdão da decisão que vier a ser adotada.

9) Audiência do Sr. MARCUS ALEXANDRE MÉDICI AGUIAR, CPF: 264.703.988-71, Diretor Geral do DERACRE, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Execução da obra de acordo com a 2ª e 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras nos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a devida formalização dos respectivos termos aditivos, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93. (IGC 41, 42, 43 e 44)

- Medição e pagamento de serviços não executados no contrato 4.02.127A referentes à terraplenagem no lote 1 das obras no trechos Tarauacá - Cruzeiro do Sul. (IGC 79)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 10) Audiência do Sr. SÉRGIO YOSHIO NAKAMURA, CPF 004.641.628-58, Diretor Geral do

Page 43: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

DERACRE, à época da realização da concorrência que culminou no contrato 4.03.034A com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I da Lei 8.666/93, assim como atentado aos princípios da isonomia, igualdade e eficiência. (IGC 51)

- Alteração de projeto, plano de trabalho e valor dos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a anuência do órgão concedente de recursos (DNIT) e a devida celebração de Termo Aditivo ao Convênio SIAFI 561783 consoante art. 4º, § 1º, e art. 15 da IN STN 01/97. (IGC 80)

- Deficiência na qualidade e medição de serviços não executados referentes a valetas de proteção de corte no contrato 4.05.097B (lote 4), em afronta ao art. 67, § 1º e art. 69 da Lei 8.666/93. (IGC 52)

- Superfaturamento nos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B em razão da medição dos serviços de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais dos cortes realizados. (IGC 59, 60, 61 e 62)

11) Audiência do Sr. MAURO BARBOSA DA SILVA, CPF: 370.290.291-00, Diretor Geral do DNIT, com fundamento no art. 12, inciso II, e art. 43, inciso III da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Alteração de projeto, plano de trabalho e valor dos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a anuência do órgão concedente de recursos (DNIT) e a devida celebração de Termo Aditivo ao Convênio SIAFI 561783 consoante art. 4º, § 1º, e art. 15 da IN STN 01/97, caracterizando a omissão grosseira do DNIT no dever de fiscalizar a execução dos recursos da União por ele repassados. (IGC 80)

- Descumprimento a determinações do TCU referentes aos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Acórdão 2.371/2006-P. (IGC 95)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 12) Audiência do Sr. FERNANDO MANUEL MOUTINHO DA CONCEIÇÃO, CPF:

005.647.292-72, do Sr. JÚLIO BEZERRA MARTINS JÚNIOR, CPF: 616.407.512-20, e do Sr. ARNALDO AVELINO DA SILVA, CPF: 131.945.504-20, responsáveis pela fiscalização dos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B , com fundamento no art. 12, inciso II, e art. 43, inciso III da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Execução da obra de acordo com a 2ª e 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras nos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a devida formalização dos respectivos termos aditivos, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93. (IGC 41, 42, 43 e 44)

- Deficiência na qualidade e medição de serviços não executados referentes a valetas de proteção de corte no contrato 4.05.097B (lote 4), em afronta ao art. 67, § 1º e art. 69 da Lei 8.666/93. (IGC 52)

- Superfaturamento nos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B em razão da medição dos serviços de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais dos cortes realizados. (IGC 59, 60, 61 e 62)

- Medição e pagamento de serviços não executados no contrato 4.02.127A referentes à terraplenagem no lote 1 das obras no trechos Tarauacá - Cruzeiro do Sul. (IGC 79)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 13) Audiência do Sr. ANTÔNIO DE LIMA FURTADO, responsável pela fiscalização do

convênio TT-117/2004-00, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93,

Page 44: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:- Deficiência na qualidade e medição de serviços não executados referentes a valetas de

proteção de corte no contrato 4.05.097B (lote 4), em afronta ao art. 67, § 1º e art. 69 da Lei 8.666/93, caracterizando omissão grosseira do servidor em sua obrigação de fiscalizar. (IGC 52)

- Superfaturamento nos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B em razão da medição dos serviços de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais dos cortes realizados, caracterizando omissão grosseira do servidor em sua obrigação de fiscalizar. (IGC 59, 60, 61 e 62)

- Medição e pagamento de serviços não executados no contrato 4.02.127A referentes à terraplenagem no lote 1 das obras no trechos Tarauacá - Cruzeiro do Sul, caracterizando omissão grosseira do servidor em sua obrigação de fiscalizar. (IGC 79)

- Alteração de projeto, plano de trabalho e valor dos contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a anuência do órgão concedente de recursos (DNIT) e a devida celebração de Termo Aditivo ao Convênio SIAFI 561783 consoante art. 4º, § 1º, e art. 15 da IN STN 01/97, caracterizando omissão grosseira do servidor em sua obrigação de fiscalizar. (IGC 80)

14) Audiência da PLANNUS ENGENHARIA LTDA, empresa responsável pela elaboração do projeto básico da obra de construção da BR-364 no estado do ACRE no trecho Sena Madureira / Feijó, na pessoa de seu representante legal, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I da Lei 8.666/93, assim como atentado aos princípios da isonomia, igualdade e eficiência. (IGC 51)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 15) Audiência da FERREIRA CONSULTORIA DE ENGENHARIA LTDA, empresa responsável

pela elaboração do projeto executivo da obra de construção da BR-364 no estado do ACRE no trecho Sena Madureira / Feijó, na pessoa de seu representante legal, com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I da Lei 8.666/93, assim como atentado aos princípios da isonomia, igualdade e eficiência. (IGC 51)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 16) Audiência do Sr. MÁRCIO SIMÃO, Coordenador Geral de Modernização e Informática,

com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Descumprimento a determinação do TCU referente ao item 9.2.2 do Acórdão 2.371/2006-P em matéria afeta a sua responsabilidade. (IGC 95)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 17) Audiência do Sr. FLÁVIO LUIZ CALIXTO, Gerente de Projetos do DERACRE à época da

aprovação dos projetos executivos da construção da BR-364 trecho Sena Madureira / Feijó e Tarauacá / Cruzeiro do Sul., com fundamento no art. 12, inciso III, e art. 43, inciso II da Lei 8443/93,

Page 45: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

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para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:- Descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no

trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I da Lei 8.666/93, assim como atentado aos princípios da isonomia, igualdade e eficiência. (IGC 51)

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 15 DIAS. 18) Determinar ao DERACRE que, doravante, em licitações de obras a serem executadas com

recursos da União, com base na Portaria DNIT nº 721/2007, se restrinja aos itens de maior relevância técnica e financeira contidos no objeto a ser licitado em número máximo de 8 (oito) e não superior a 50% (cinqüenta por cento) das quantidades licitadas para os serviço específico. Os itens de maior relevância são entendidos como aqueles que constem do objeto licitado em valor igual ou superior a 10%.

19) Determinar ao DERACRE que exija da empresa CONSTRUMIL - CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA a reexecução de todas as Valetas de Proteção de Corte VPC-02 nas obras de construção da BR-364, lote 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, observando com especial atenção a compactação do fundo dos elementos de drenagem, os aterros apiloados no bordo das valetas e a garantia do adequado escoamento da água. Para os lotes 1, 2 e 3 do mesmo trecho, fiscalize adequadamente a execução dos serviços de modo a evitar os mesmos vícios de construção constatados no lote 4.

20) Determinar ao DNIT o cumprimento dos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Acórdão 2.371/2006-P, no prazo de 30 (trinta) dias. PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 30 DIAS.

21) Determinar ao SERPRO providências para o cumprimento do item 9.2.2 do Acórdão 2.371/2006-P, no prazo de 30 (trinta) dias. PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 30 DIAS.

22) Determinar à SECEX/AC, em observância ao princípio do contraditório (CF 88, art. 5º, LV), a realização de oitiva das empresas CONSTRUMIL - CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA, CONSTRUTORA ETAM LTDA, JM TERRAPLENAGEM E CONSTRUÇÕES, EDITEC EDIFICAÇÕES LTDA, por meio de seus responsáveis legais, para que, caso queriam, se manifestem sobre as irregularidades, haja vista que eventuais determinações a serem proferidas por esta Casa poderão repercutir nos contratos em questão, encaminhamento de cópia do Relatório, Voto e Decisão que este Tribunal adotar, bem como cópia com inteiro teor das irregularidade descritas neste Relatório aos responsáveis para subsidiar sua defesa.

[23] Audiência do Sr. LUZIEL REGINALDO DE SOUZA, CPF: 337.077.317-15, responsável pela aprovação do projeto básico das obras de construção da BR-364 entre Sena Madureira - Feijó referente ao lote 6 do mesmo trecho, com fundamento no art. 12, inciso II, e art. 43, inciso III da Lei 8443/93, para que no prazo de 15 dias se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidades:

- Previsão antieconômica nos projetos do contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros). (IG 50)

- Quantificação no contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando uma prática antieconômica em razão do sobrepreço de aproximadamente 20% no totais escavados. (IGP 58)

- Prática ineficiente e antieconômica no contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado. (IGP 68)”

6. Presentes os autos em meu Gabinete, sobrevieram novos elementos ofertados pelo DERACRE, juntados às fls. 350/360.

7. Vez que a obra em referência insere-se no Programa de Aceleração do Crescimento,

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reclamando, portanto, o tratamento célere que este Tribunal vem conferindo à análise dos empreendimentos inseridos no referido programa; e considerando, ademais, a orientação específica emanada do Plenário ao julgar o TC-016.687/2007-3, proferi despacho preliminar solicitando à Secob a emissão expedita de parecer acerca dos indícios de irregularidades graves que, no entendimento da Secex-AC, recomendavam a paralisação cautelar e inaudita altera parte dos procedimentos licitatórios para o prosseguimento da construção do trecho rodoviário em questão, o que fiz nos seguintes termos:

“Tendo em vista o deliberado pelo Plenário nos termos do item 9.4 do ACÓRDÃO Nº 1631/2007- TCU – PLENÁRIO, verbis:

‘9.4. determinar às Unidades Jurisdicionadas em referência que adotem providências no sentido de que, tão logo sejam concluídas as Concorrências nºs 16, 17, 18, 19 e 20/2007, bem como assinados os correspondentes instrumentos contratuais, sejam encaminhados a este Tribunal, por cópia, todos os atos e elementos necessários para que a Unidade Técnica Especializada do TCU – a Secretaria de Fiscalização de Obras e Patrimônio da União (SECOB) – ofereça à Corte de Contas, tempestivamente, estudos e conclusões acerca da compatibilidade em termos de preços, relativamente a cada uma daquelas cinco convocações, de maneira a afastar o risco de possíveis prejuízos aos cofres públicos por gastos indevidos;’

Determino o encaminhamento dos presentes autos à Secob, para que, com urgência, emita parecer acerca dos seguintes pontos identificados pela Secex-AC como indícios de irregularidades na execução da obra em questão, conforme relatório de fls. 163/339:

SOBREPREÇO:1. a quantificação dos volumes de Escavação, Carga e Transporte foi avaliada considerando o

material solto, e não o material in natura, gerando um aumento estimado de 20% nesse serviço. Isso porque a quantificação dos cortes foi calculada pelo DERACRE pelo volume empolado, e não pelo volume geométrico da seção, o que seria o correto;

2. A largura da camada de pavimento ‘sub-leito melhorado com cal’ foi superestimada. Usou-se a largura de 12,4m referente à base maior do trapézio, quando o correto seria utilizar a média das bases maior 12,4m e menor (11,2m), o que daria 11,80m. Isso acarreta sobrepreço nesse serviço no montante de R$ 1.057.202,29 para a soma dos 5 lotes da rodovia;

3. Foi adotado para o material de base o peso de 2t/m3, e da sub-base 1,90 t/m3, quando o correto seria 1,84 t/m3, pelo SICRO2. Isso acarreta sobrepreço de 8% nos custos de transporte do material da base e de 3,2% do material da sub-base;

INADEQUAÇÃO DO PROJETO:. Foi prevista a utilização de motoscrapers para operações de Escavação, Carga e Transporte

para distâncias muito longas, o que onera desnecessariamente o custo da terraplenagem, vez que o recomendável seria utilizar escavadeiras e caminhões basculantes.”

8. O parecer da unidade técnica foi lançado às fls. 362/377, do qual transcrevo a análise sobre os pontos acima mencionados e as conseqüentes propostas de encaminhamento, as quais contaram com a concordância do Secretário (fl. 378):

“I-A – ERRO NA QUANTIFICAÇÃO DOS VOLUMES DE ESCAVAÇÃO13. Às fls. 233, v. 1, a equipe de fiscalização considerou exagerada a relação de 1,3

correspondente ao volume de escavações e o volume de aterro no lote 1 das obras de construção da BR-364/AC. A mesma relação foi observada para os demais trechos da rodovia.

14. A SECEX-AC avaliou que normalmente esta diferença se situa entre 9 a 12% (índices entre 1,09 e 1,12). Ainda, criticou-se o fato de a quantificação das escavações não ter se originado das seções geométricas das estacas, e sim da aplicação de coeficientes para a obtenção das quantidades de terraplenagem (fls. 234, v. 1). Foram citadas especificações do DNER:

‘DNER-280/97 – terraplenagem – cortesA medição considera o volume extraído, medido no empréstimo. A distância de transporte será

medida ao longo do serviço realizado pelo equipamento transportador entre os centos de gravidade das massas.’

‘DNER 281 281/97 – terraplenagem – empréstimos

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8.1 A medição leva em consideração o volume extraído, medido no empréstimo. A distância de transporte será medida ao longo do serviço realizado pelo equipamento transportador entre os centros de gravidade das massas.’

15. Às fls. 353, v. 1, o DERACRE redargüiu:‘Não se pode afirmar que ‘a relação entre o volume in natura e o volume compactado é de

1,12’, conforme relado pelo analista, pois esta relação depende dos materiais que estão sendo escavados. Desse modo, para aferição da mesma, há a necessidade de coleta de material no campo para a análise em laboratórios para que se determine a real densidade. Ademais, a utilização de fator de empolamento de 1,3, apesar de não normatizado, é média adotada pelos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem e pelo DNIT’.

16. Resumidamente, foram inferidos dois argumentos: índice de empolamento de 1,3 é a média usual adotada pelos órgãos rodoviários; Não se pode afirmar que a relação entre o volume in natura e o volume compactado é de

1,12, pois esta relação depende dos materiais que estão sendo escavados;17. Procede-se, assim, a análise individualizada das ilações:índice de empolamento de 1,3 é a média usual adotada pelos órgãos rodoviários18. Cabe discernir a diferença entre empolamento e contração.19. Segundo Isaac Abram e Aroldo V. Rocha1:‘O empolamento pode ser definido como o aumento de volume sofrido por um material ao ser

removido de seu estado natural. É geralmente expresso como a percentagem do aumento de volume sofrido em relação ao volume original (aumento do índice de vazios). Por exemplo, o empolamento de argila seca é de 39%, o que significa que um metro cúbico de argila no estado natural (antes de ser escavada) encherá um espaço de 1,39 m3 no estado solto (depois de escavada).’ (grifo nosso)

20. Então, o empolamento é a relação entre o material solto e o escavado in natura, no corte.21. Já quanto à contração, de acordo com Aldo Dórea Mattos2:‘Quando uma quantidade de terra é lançada em um aterro e compactada mecanicamente, o

volume final é geralmente inferior ao que a mesma massa ocupava no corte. A essa diminuição volumétrica dá-se o nome de contração, expressa em percentagem do volume original. Se 1m3 de solo (no corte) ‘contrai-se’ para 0,8 m3 (aterro) após compactado, a contração é de 20%.’ (grifo nosso)

22. Logo, a contração refere-se á relação entre o material compactado e o escavado in natura, no corte.

23. Ao que parece, o que a equipe constatou como exagerado não foi o empolamento, e sim a contração (que é sempre menor que o empolamento, diga-se). O que se censurou foi a relação entre o volume de cortes (escavado) e o volume de compactações. Às fls. 286, v. 1, consta:

‘Mas a equipe de auditoria não considerou que um empolamento de 1,3 é alto. De fato, este é o índice utilizado pelo SICRO2 nos transportes de materiais de primeira categoria. A equipe criticou o fato de o volume empolado ser utilizado para a quantificação dos cortes e não o volume geométrico da seção. Aí sim, o índice de 1,3 se encontra desarrazoadamente desmedido’.

24. Se o empolamento médio utilizado pelos órgãos rodoviários é 1,30 – o que é verdade – significa que a contração é bem inferior a estes 30%, corroborando o entendimento da equipe.

25. Vejam-se os índices médios utilizados correntemente em obras rodoviárias, segundo Paulo Roberto Vilela Dias3:

Tabela 1: Índices de empolamento e contração

Tipo de solo Solto / Empolamento Compactado / Contração

Areia in situ 1,11 1,05Terra comum in situ 1,25 1,11Argila in situ 1,43 1,11Rocha extraída por in situ 1,50 1,15

1 ABRAM, Isaac. Manual Prático de Terraplenagem / Isaac Abram, Aroldo Vieira Rocha – Salvador, Bahia – pg. 43,44.2 MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos / Aldo Dórea Mattos. – São Paulo: Editora Pini, 2006, pg. 141.3 DIAS, Paulo Roberto Vilela, 1950 – 6ª Ed. – Engenharia de Custos: metodologia de orçamentação para obras civis – Itaperuna, RJ: Hoffmann, 2006, pg. 188.

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meio de explosivos calcários

Fonte: Engenharia de Custos – Uma Metodologia de orçamentação para obras civis - adaptado26. Como exemplo, para a execução de base estabilizada granulometricamente, o SICRO2

considera a contração média de 1,154. Aldo Dórea Mattos considera razoável, como média, 1,115. O DERACRE utilizou 1,30.

27. Entende-se que a relação de 1,3 para o índice de contração utilizado pelo DERACRE no orçamento de seus editais apresenta-se maior que a média adotada pelo SICRO2, bem como o usualmente considerado na bibliografia técnica.

28. Ainda, consoante normas do DNER 280/97 e 281/97, o volume a ser considerado (e medido) nas escavações é o volume de corte e não os resultantes de índices aplicados aos volumes dos aterros de maneira que tal procedimento, de acordo com o índice adotado, pode ocasionar distorções relevantes na quantificação dos serviços.

A relação de entre o volume in natura e o compactado depende dos materiais escavados29. Assiste razão ao DERACRE ao declarar que a relação de volume entre o solo retirado em

corte e o compactado depende dos materiais que estão sendo utilizados. Desta maneira, não é possível afirmar com precisão que esta relação será 1,12. Por outro lado, da mesma forma, também não é razoável considera-la, de antemão, 1,30. O DERACRE afirma que somente por meio de ensaios laboratoriais é possível confirmar qual a relação entre volumes, mas em seu orçamento utilizou generalizadamente o índice de 1,30 sem apresentar tais estudos.

30. É claro que existem índices médios para cada tipo de material – e estes índices já foram demonstrados. É óbvio, por conseguinte, que é possível algum material ter um índice de contração superior a 1,30, como é o caso comum da brita. Mas admitir tal situação como média em todos os lotes, por se tratar de circunstância incomum, em decorrência do próprio princípio da motivação, deve ser devidamente justificada e demonstrada nos autos. Isto não ocorreu.

31. Ante todo o exposto, referente à razoabilidade da aplicação do índice de 1,30 em relação ao material compactado para quantificar os volumes de escavação, avalia-se como presente o fumus boni iuris pelas seguintes confirmações:

Não quantificação dos materiais nas seções de corte e sim por meio de índices, em afronta às normas DNER 280/97 e 281/97;

Índice adotado de 1,30 superior ao utilizado pelo SICRO2 e literatura técnica.

I-B – LARGURA PARA A QUANTIFICAÇÃO DO ‘SUBLEITO MELHORADO COM CAL’ 32. Às fls. 284/286, v. 1, a equipe de auditoria relatou que a largura da camada do pavimento

‘sub-leito melhorado com cal’ considerada para a quantificação da pavimentação foi superestimada, gerando um incremento no custo do serviço previsto no edital.

33. De acordo com relatório de fiscalização, ao invés de considerar a largura média da seção de 11,80, o DERACRE utilizou a largura da 12,40m. Isto teria aumentado o orçamento dos lotes de 1 a 5 em mais de um milhão de reais.

34. Às fls. 356, v. 1, o DERACRE assim se defende:‘Os cálculos apresentados pelo analista estão certos, entretanto, não consideram as áreas de

interseções. Assim, a diferença de volume constatada, quando acrescida destas áreas, resulta na quantidade prevista na planilha orçamentária;

Corroborando esta afirmativa, para o lote 1 o analista encontrou um volume de 174.168,00 m3, que acresida da área de interseção (11.550 m2) multiplicado pela altura da camada (0,40m) resulta em um volume de 4.620 m3. Assim, somando 174.168 m3, temos 178.788 m3, exatamene o valor constante da planilha orçamentária.’

35. O DERACRE afirma, em resumo, que a equipe de auditoria não considerou as áreas de interseção. Daí a diferença de volume.

36. Ao consultar os memoriais de cálculo às fls. 51/54, v. 1 e anexo 5, verificou-se que, é verdade, as interseções deixaram de ser consideradas nos cálculos do relatório de fiscalização. Para os lotes 1 e 3, omitiram-se 12.000 m2 e 3.000 m2, respectivamente. Se tais áreas fossem consideradas,

4 ? DNIT, Manual de Custos Rodoviários. Volume 4, tomo 1, pág. 205. 3ª. ed. Rio de Janeiro, 2003.5 MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos / Aldo Dórea Mattos. – São Paulo: Editora Pini, 2006, pg. 143.

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os volumes de ‘Subleito melhorado com cal’ aumentariam 3.600 m3 e 1.200 m3 para cada lote6, eliminando as supostas superestimativas. Portanto, as irregularidades IG-P 74 e 76 apresentam-se sanadas.

37. Para os demais lotes, apesar de não constarem discriminados nos memoriais de cálculo em meio magnético (anexo 5) as áreas de interseção, a diferença de quantidades é razoável com o que se esperaria dos quantitativos omitidos. Qualquer diferença teria baixa materialidade. De acordo com cálculos às fls. 286, v. 1, para o lote 2, faltam 3.960 m3 de subleito ou 9.900m2 de interseção. No lote 4, são 8.027,2 m3 de volume ou 20.068 m2 de interseção. No lote 5, 7.982,6 m3 ou 19.956,5 m2 de interseção.

38. Julga-se, portanto, estarem também elidadas as IG-P 75, 77 e 78, em razão da omissão da equipe de fiscalização das áreas de interseção no cálculo dos volumes do ‘subleito melhorado com cal’.

39. Não persiste, pois, para a largura para a quantificação do ‘subleito melhorado com cal’ o fumus boni iuris, posto que foram sanadas as irregularidades IG-P 75 a 78.

I-C – PESO ESPECÍFICO DOS MATERIAIS DE BASE E SUB-BASE40. Às fls. 284/286, v. 1, o relatório de fiscalização indicou que o peso específico dos materiais

de base e sub-base apresenta-se desarrazoadamente superiores aos adotados pelo SICRO2, onerando os preços de transporte do material escavado.

41. DERACRE, em resposta, às fls. 257, v. 1, contestou:‘Quanto ao peso específico adotado para os materiais de sub-base e da base 1,90 t/m3 e

2,00t/m3, a afirmação de que os ensaios não apresentam material com tais características não procede, pois basta conferir os quadros de análise estatística dos materiais que compõem os VOLUMES 3A – ESTUDOS GEOTÉCNICOS: Lote 01(pág.96 e 107); Lote02 (pág. 93 e 104); Lote 03 (pág.69 e 75); Lote04 (pág. 82 e 109); Lote05 (pág.84 e 90).

Ademais, o peso específico adotado pelo Manual do SICRO no valor de 1,8 t/m³ é considerado a média nacional, sendo utilizado usualmente nos Projetos de obras rodoviárias.

Os pesos específicos adotados nos projetos em questão referem-se à média dos estudos estatísticos dos ensaios realizados nas jazidas indicadas nos mesmos’.

42. Na realidade, o peso específico médio adotado pelo SICRO2 para materiais de base e sub-base é 1,60 t/m3. No entanto, como o volume de material escavado tem que ser maior que o volume de compactação (em razão da contração do solo), para estimar o peso do material a ser transportado para a base, o peso específico deve ser multiplicado pelo índice de contração, no SICRO2 adotado como 1,15. Assim, 1,15 multiplicado por 1,60 é igual aos citados 1,84 t/m3 de material citados pela equipe de auditoria.

43. Em síntese, para executar 1m3 de base, são necessários 1,15m3 de material na jazida. Como o peso específico considerado é de 1,60 t/m3, para compactar 1m3 de base é necessário transportar 1,84 toneladas de material de jazida. Tais valores, tanto para a contração do solo quanto para o peso específico dos materiais são médios.

44. Para a contratação de uma obra pública, deve haver coerência no orçamento de referência do edital. Normalmente adotam-se coeficientes e consumos médios, avaliando que, apesar de especificidades em cada serviço possam demandar ajustes em cada composição, na média e globalmente, o orçamento encontra-se plenamente adequado para uma correta estimativa de custos e embasamento para o bom andamento do contrato.

45. O que não é razoável e proporcional é efetuar tais ajustes somente naquilo que onera o preço de cada composição. Emprega-se um peso específico dos materiais superiores à média referencial e mantém-se, por exemplo, o consumo de CAP da areia asfalto idêntica ao SICRO2, quando outros lotes na BR-364/AC (como o lote 4), após o ensaio Marshall, indicaram ser mais adequado utilizar percentuais inferiores ao referencial do DNIT. Deve haver o mínimo de coerência na metodologia utilizada.

46. Por isto, em harmonia com os outros serviços da planilha orçamentária, avalia-se que deveriam ser utilizados os pesos específicos do SICRO2, como referencial que é este sistema para obras executadas pelo DNIT. Logo, cabe a determinação ao DERACRE para que, nos próximos certames, se utilize dos coeficientes do SICRO para referenciar seus orçamentos.

6 Área x 0,4m de altura da camada.

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47. No entanto, no presente caso, os transportes de materiais de base e sub-base não estão sendo pagos á parte. Tais custos foram inseridos dentro da composição de cada serviço na planilha orçamentária (no caso a base e a sub-base). Portanto, qualquer superestimativa irá impactar em pequeno aumento de custos dentro daqueles serviços. Então, pode-se dizer que não se trata exatamente de um erro de quantitativos, e sim, de leve sobrepreço nos custos unitários.

48. Considere-se a seguinte simulação. Para o serviço de base estabilizada granulometricamente (SICRO/AM/MARÇO/2005) o custo é R$ 10,21/m3. Para uma distância de 5 Km, se o transporte local custa R$ 0,43 t/km, o preço do transporte seria de R$ 2,15. O preço do serviço de base chegaria, assim, a R$ 12,36. Caso o custo do transporte fosse aumentado em 8% (consoante fls. 286, v. 1), o preço da base aumentaria em R$ 0,17 ou 1,39%. Existe baixa materialidade, portanto. Para a sub-base a diferença é ainda menor.

49. Isto significa que, embora exista leve aumento do preço do edital para os serviços de base e sub-base com relação ao SICRO2 (algo em torno de 1%), haja vista o possível desconto a ser ofertado pelos licitantes, e em razão da baixa materialidade da irregularidade, não exista necessariamente prejuízo ao erário decorrente deste lapso.

50. Isto posto, pode-se considerar elidida tal irregularidade, concernente às IG-P 74 a 78. Lembre-se que deve haver determinação ao DERACRE que nos próximos certames utilize o SICRO2 como referência.

I-D– UTILIZAÇÃO DE MOTOSCRAPERS X ESCAVADEIRAS OU CARREGADEIRAS51. Às fls. 260, v. 1, o relatório de fiscalização apontou que foram previstas operações de

escavação, carga e transporte com motoscrapers para distâncias muito longas, representando antieconomicidade na elaboração do orçamento. Apenas se previu a utilização de pá carregadeiras e caminhões basculantes para distâncias superiores a 1.200m. A mesma constatação foi observada nos demais lotes da rodovia.

52. Segundo a equipe de auditoria, só seria econômico utilizar motoscrapers para distâncias até 400m. Tal constatação buscou evitar procedimentos ocorridos nos lotes 3 e 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul (fls. 263, v. 1):

‘Frisamos que tal providência visa justamente a prevenir artifícios como as Revisões de Projeto em Fase de Obras nos lotes 3 e 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul. Houve nestas alterações de projeto mudanças de quantitativos de terraplenagem. Justamente nas distâncias maiores com carregadeira as quantidades decresceram. Nas distâncias menores onde se utiliza o motoscraper a quantidade subiu. Como nestes lotes as distâncias até 600m metros (com motoscraper) são incoerentemente mais caras por exemplo que as distâncias até 3000m (com carregadeira), a alteração a diminuir expressivamente as D.M.Ts pouquíssimo reduziu os custos de escavação. No contrato respectivo ao lote 4, por exemplo, a média de custos de escavação era de R$ 7,57 / m3. Nas alterações contratuais, mesmo com a diminuição considerável das distâncias de transporte, o custo reduziu apenas para R$ 7,28 /m3. No lote 3 a relação passou de R$ 7,64 / m3 para R$ 7,28 / m3, mesmo com a redução de distâncias. Quem mais se beneficiou, presumimos, foram as construtoras. Claramente houve benefício em razão de um orçamento antieconômico nos serviços de terraplenagem.’ (grifo nosso)

53. Em reposta, o DERACRE assim se manifestou, às fls. 04/06, v. 1:‘- Dadas as condições topográficas da região e o curto período de execução, concentrado em

apenas quatro meses por ano, é imperiosa a necessidade de se obter o máximo de produtividade das equipes mecânicas, com vistas a abreviar o tempo necessário para a execução dos serviços que dependem dos períodos de estiagem, notadamente a terraplanagem;

- Este suposto custo adicional é compensado pela abreviação do tempo de obra e custo de mobilização de equipamentos. Importante ressalta que a metodologia imposta pela equipe de analistas vai de encontro ao princípio da economicidade e eficiência, pois haverá a necessidade de se aumentar o número de equipamentos em pelo menos 57% e redimensionar as instalações de canteiro, para garantir a produtividade prevista no projeto.

(...)No que concerne às Irregularidades 63, 64, 65, 66, 67 e 68, esclarecemos que segundo, o

Manual Prático de Terraplenagem (Isaac Abram e Aroldo V. Rocha, Ed. PINI, 2000, p. 65), o moto-scraper é um equipamento de grande produção em distâncias pequenas que vão de 100 a 1000m, apresentando melhor desempenho entre distâncias 200 a 500m.

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Na seleção de equipamentos de transporte em terraplenagem, tem-se que levar em conta não só o fator econômico, a que se refere a equipe de analistas, mas, além disso, os fatores naturais e de projeto, tais como:

FATORES NATURAISGeologia: a natureza do solo, que leva em conta a granulometria, a resistência ao rolamento, a

capacidade de suporte à ação de cargas, umidade natural e a aderência são determinantes para a aplicação dos equipamentos que executarão os serviços, além do material predominante nas obras da BR-364/AC que é a argila montemorelonita (tabatinga) que dificulta ainda mais o serviço por falta de aderência.

Topografia: terrenos acidentados implicam rampas mais fortes (declives e aclives maiores), surgindo a necessidade de grande potência do equipamento em razão da aderência nos aclives bem como problemas de segurança nos declives, haja vista que as condições de execução na região nem sempre permitem o uso de caminhões com escavadeira/carregadeira, em função das rampas de acesso ao serviço de corte serem bastante elevadas, chegando até 30%

Clima: apesar das obras serem executadas no período de verão amazônico, há ocorrência de chuvas no referido período que acarretam uma média de 15% dos dias de serviços paralisados.

FATORES DE PROJETOVolume: em obras rodoviárias geralmente há ocorrência de grande volume de terraplanagem,

gerando, assim, a necessidade de máquinas mais potentes e de maior capacidade de carga e transporte.

Peso: na região em que ocorrem as obras, o material tem peso-padrão de 1720 kg/m³, haja vista tratar-se de argila montemorelonita (tabatinga).

Empolamento: sabe-se que o empolamento é o aumento percentual de volume de um solo escavado em relação ao seu volume inicial ou in natura.

Compactabilidade: a compactação é outro fator importante na escolha dos equipamentos que farão determinado serviço, haja vista que o mesmo deve desempolar o material de maneira que esteja compactado a 95%.

No entanto, no decorrer da execução da obra, onde for possível a utilização de escavadeira/carregadeira e caminhões, a fiscalização determinará que se execute da forma mais econômica. Por esse fato, o projeto executivo já prevê tais situações.

Conforme fotografias abaixo, demonstra-se a aclividade das rampas no local das obras da BR-364, onde verifica-se que equipamentos de potência insuficiente não conseguem executar os serviços nos cortes existentes, sendo que somente moto-scrapers têm eficiência e condições de transpor as dificuldades do local (rampa e solo).’

54. O DERACRE argumentou que a utilização de basculantes iria onerar em demasiado os custos de mobilização e desmobilização, bem como a manutenção do canteiro. Alegou, também, que existe maior produtividade com a utilização dos motoscrapers. Discorreu sobre fatores naturais e de projeto que influem na escolha dos equipamentos. Todavia, não trouxe, objetivamente, cálculos e memoriais que fundamentassem tais assertivas.

55. Carece de fundamento a alegação de que a utilização dos motoscrapers aumentaria a produtividade das escavações. Isaac Abram7, em sua obra Planejamento de Obras Rodoviárias, apresenta que, em condições médias, para distância de 900m, a produtividade dos motoscrapers cai para menos da metade em comparação com distâncias até 150m. O autor adverte:

‘Deve ser analisada a conveniência da utilização de moto-scrapes para distâncias maiores, visto que será mais econômico utilizar trator de esteiras, carregadeiras e caminhões, ou escavadeiras e caminhões.’ (grifo nosso)

56. Em casos excepcionais, é verdade que inclinações do greide o tipo de solo podem inviabilizar a utilização de equipamentos de menor peso e potência. Tais fatores podem diminuir a velocidade dos equipamentos e intervir no seu tempo de ciclo, diminuindo a produtividade. Por isso, faz-se necessário conhecer a potência necessária, a potência disponível e o percentual utilizável da potência de cada equipamento a ser empregado na obra.

57. A potência necessária depende da resistência de rolamento (RR) e da resistência de greide (RG). Segundo Daniel W. Halpin e Ronald W. Woodhead8:

7 ABRAM, Isaac. Planejamento de obras rodoviárias/ Isaac Abram. Salvador, ahia, Brasil 2001- pg. 30.8 CONSTRUCTION MANAGEMENT, Second Edition – Copyright 1998, by John Wiley & Songs, Inc. pg. 121.

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‘A resistência a rolamento em veículos de pneus é uma função da superfície de rolamento e do peso total das rodas.

(...)A regra estabelece que a resistência de rolamento (RR) é de aproximadamente 40 lb/ton mais

30 lb/ton para cada 2,5cm de penetração (1 polegada) da superfície sob as rodas.’58. Existem tabelas específicas de resistência a rolamento para cada tipo de terreno.

Comumente, a resistência pode variar de 40 lb/ton, para uma estrada ligeiramente nivelada, a 400 lb/ton, para uma estrada demasiadamente fofa, barrenta ou para a areia.

59. Quanto à resistência de greide, esta variável é função da declividade do terreno. Daniel W. Halpin e Ronald W. Woodhead9 assim consideram:

‘A declividade é utilizada para calcular a resistência de greide (RG) usando-se a seguinte relação:

GR = declividade x 20 lb/ton x peso sobre as rodas (ton).’60. A potência necessária é a soma da resistência de rolamento e a resistência de greide. A

potência disponível, por sua vez, vai depender de cada equipamento. Os fabricantes disponibilizam ábacos para calcular a necessidade de marcha (e portanto velocidades de trabalho) para as máquinas em cada condição de campo. Alguns fatores podem, da mesma maneira, diminuir a potência utilizável, como a altitude e a superfície de rolamento. Igualmente, existem ábacos e tabelas que indicam os coeficientes de diminuição quanto a estes fatores.

61. Conclui-se que, é verdade, existem vários intervenientes que podem influir na produtividade e dimensionamento das patrulhas no caso de uma obra rodoviária. Entretanto, tais fatores são perfeitamente quantificáveis. Não basta a ilação de dificuldades. É necessário materializa-las, objetiva-las e, aí sim, comprovar a adequação, economicidade e eficiência da escolha.

62. Uma questão que torna difícil acatar a justificativa, diga-se, é o fato de os caminhões basculantes e carregadeiras já estarem sendo previstos para distâncias maiores de 1.200m. Ou seja, se é possível utilizar as carregadeiras e os caminhões para distâncias maiores, pergunta-se por que não para as distâncias de 600 a 800m, por exemplo.

63. Portanto, haja vista ser mais caro escavar com um motoscraper para distâncias superiores a 400 do que com uma escavadeira e caminhão basculante, para justificar a suposta economicidade e eficiência da opção (e portanto sua legalidade), tal procedimento deveria estar devidamente objetivado, explícito, demonstrado, calculado, expresso. O fato é que não está.

64. Persiste, portanto, a necessidade de demonstrar e, portanto, ouvir em audiência os gestores sobre a suposta antieconomicidade da escolha dos equipamentos para as escavações.

II – DO PERICULUM IN MORA65. Como verificado, das irregularidades em análise, permanece o fumus boni iuris para duas

delas: Erro na quantificação dos volumes de escavação (IGP 53 a 57); Previsão antieconômica de utilização de motoscrapers (IGP 63 a 67);66. Resta analisar se tais indícios de irregularidade representam risco iminente de dano ao

erário (perigo da demora) e conseqüente classificação como Irregularidade Grave com Paralisação (IG-P), à luz dos novos argumentos apresentados pelo DERACRE ás fls. 350/360, v. 1.

67. Deverá ser avaliado se a continuidade do empreendimento, tal como se encontram suas planilhas contratuais, pode redundar em dano relevante e imediato, bem como se a demora de sua resolução irá tornar impossível ou dificultar em demasiado o reparo do conseqüente prejuízo.

68. No caso em ensejo, existe a possibilidade de serem medidos e pagos serviços de escavação superestimados, a concretizar um superfaturamento. Quanto mais se demore na solução do problema, mais podem ser medidos os serviços questionados, tornando complexa, tortuosa e intricada a recuperação do prejuízo. Mostra-se, aí, evidente a presença do periculum in mora. Se avaliados os princípios da legalidade, da economicidade e da moralidade, verifica-se, também o fumus boni iuris. Estão, pois, presentes os pressupostos para a paralisação cautelar do contrato.

69. Mas não se pode afastar do foco da análise todas as variáveis intervenientes na finalidade da contratação, qual seja, o interesse público. Mirando-se no princípio da finalidade, de acordo com De Plácido e Silva, ‘ao contrário do particular, é o que se assenta em fato ou direito de proveito coletivo ou geral. Está, pois, adstrito a todos os fatos ou a todas as coisas que se entendam de

9 CONSTRUCTION MANAGEMENT, Second Edition – Copyright 1998, by John Wiley & Songs, Inc. pg. 122.

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benefício comum ou para proveito geral, ou que se imponham para uma necessidade coletiva’. Logo, se existe um benefício concreto à coletividade (interesse público primário) oriunda da construção da BR-364/AC, tal teleologia deve ser ponderada.

70. Portanto, se por um lado a paralisação do empreendimento previna a ocorrência de danos aos cofres públicos, oriunda da execução irregular do empreendimento, também impedirá a consecução de seus benefícios. A questão é responder se existe alguma alternativa de prevenir a medição dos serviços sob suspeita sem a interromper o empreendimento e os benefícios à coletividade que dele advém. Possivelmente sim.

71. Atualmente o estado do Acre já está em sua estação chuvosa. Portanto, qualquer movimentação de terra ou serviço de terraplenagem só iniciará, na melhor das hipóteses, no mês de junho de 2008. Logo, até a ordem de serviço para o início da obra, existem, pelo menos, 9 meses para o deslinde das dúvidas à respeito do orçamento do DERACRE.

72. Se for possível, também, cautelarmente, até o desfeche da matéria, reter somente os quantitativos sob suspeita relativos às operações de escavação, carga e transporte, isto evitaria a paralisação do empreendimento como um todo, ao mesmo tempo em que resguardaria o risco iminente de dano ao erário.

73. Quanto às escavações com motoscrapers para distâncias longas, deve-se determinar ao DERACRE que se certifique da efetiva utilização dos equipamentos, ajustando as medições e pagamentos caso não constatada a necessidade e real aplicação do maquinário. Deve-se, ainda, determinar que nos próximos certames, caso realmente se tornar impossível se utilizar de carregadeiras ou escavadeiras, que demonstre objetivamente, através de memorial específico, os cálculos que embasaram tal escolha.

74. Destarte, pode-se alvitrar uma solução distinta para as IG-Ps. Possivelmente, sem afastar a necessidade de audiência dos gestores, as seguintes determinações possam ser acrescidas ao encaminhamento do DERACRE:

. Determinar ao Departamento de Estradas de Rodagem, Infra-Estrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (DERACRE) que:

- com fulcro no art. 276 do RITCU, que, cautelarmente, sem a prévia oitiva das partes, retenha 20% dos pagamentos relativos às operações de escavação, carga e transporte nos serviços de terraplenagem dos contratos oriundos dos editais de licitação 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007, bem como do contrato 4.03.034A, relativos às obras de construção da BR-364/AC, trechos entre Sena Madureira e Feijó, até que o Tribunal decida sobre o mérito da quantificação de escavações nos editais de licitação com a utilização do coeficiente de contração dos solos de 1,30, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.443, de 1992;

- com fulcro no art. 250 do RITCU, que, quando da execução das escavações com motoscrapers para distâncias longas, certifique-se da efetiva utilização dos equipamentos, ajustando as medições e pagamentos caso não constatada a necessidade e real aplicação do maquinário;

- com fulcro no art. 250 do RITCU, que, nos próximos certames, caso se entender ser impossível ou antieconômica a utilização de carregadeiras ou escavadeiras nas operações de escavação, carga e transporte em distâncias superiores a 400m, demonstre objetivamente, através de memorial específico, os cálculos que embasaram a escolha pelos motoscrapers;

- com fulcro no art. 250 do RITCU, que, nos próximos certames se utilize das composições do SICRO2 para embasar os coeficientes, consumos, pesos específicos e produtividades na composição dos custos unitários dos serviços a serem executados com dinheiro da União.

. Determinar à SECEX-AC que, com base no art. 276, § 3º do RITCU, relativamente às obras de construção da BR-364/AC, trecho Sena Madureira / Feijó, proceda à oitiva da empresa CONSTRUMIL CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA, CNPJ 00.635.771/0001-55, contratada para a execução das obras no lote 6, bem como das empresas eventualmente contratadas nos certames licitatórios oriundos dos editais de licitação 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007, para que se manifestem, caso seja de seu interesse, acerca da medida cautelar de reter 20% dos pagamentos relativos às operações de escavação, carga e transporte em seus contratos até que o Tribunal decida sobre o mérito da quantificação de escavações nos editais de licitação com a utilização do coeficiente de contração dos solos de 1,30.

III – CONCLUSÃO75. Ante ao exposto, à luz dos novos argumentos do DERACRE às fls. 350/360, v. 1,

considerou-se elididas as IG-P 74 a 78, relativas aos seguintes indícios de irregularidade: Erro na quantificação do pavimento no ‘Subleito melhorado com cal’;

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Peso específico superestimado dos materiais de base e sub-base;76. Entretanto, permanece a fumaça do bom direito quanto ás seguintes irregularidades

graves: Erro na quantificação dos volumes de escavação (IGP 53 a 57); Previsão antieconômica de utilização de motoscrapers (IGP 63 a 67);77. Como conseqüência, haja vista a constatação do periculum in mora, alternativamente à

paralisação de todo o empreendimento decorrente da classificação dos presentes indícios como IG-P, sem prejuízo às audiências encaminhadas pela equipe de auditoria às fls. 320/331, v. 1, considera-se adequado encaminhar o seguinte:

. Determinar ao Departamento de Estradas de Rodagem, Infra-Estrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (DERACRE) que:

- com fulcro no art. 276 do RITCU, que, cautelarmente, sem a prévia oitiva das partes, retenha 20% dos pagamentos relativos às operações de escavação, carga e transporte nos serviços de terraplenagem dos contratos oriundos dos editais de licitação 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007, bem como do contrato 4.03.034A, relativos às obras de construção da BR-364/AC, trechos entre Sena Madureira e Feijó, até que o Tribunal decida sobre o mérito da quantificação de escavações nos editais de licitação com a utilização do coeficiente de contração dos solos de 1,30, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.443, de 1992;

- com fulcro no art. 250 do RITCU, que, quando da execução das escavações com motoscrapers para distâncias longas, certifique-se da efetiva utilização dos equipamentos, ajustando as medições e pagamentos caso não constatada a necessidade e real aplicação do maquinário;

- com fulcro no art. 250 do RITCU, que, nos próximos certames, caso se entender ser impossível ou antieconômica a utilização de carregadeiras ou escavadeiras nas operações de escavação, carga e transporte em distâncias superiores a 400m, demonstre objetivamente, através de memorial específico, os cálculos que embasaram a escolha pelos motoscrapers;

- com fulcro no art. 250 do RITCU, que, nos próximos certames se utilize das composições do SICRO2 para embasar os coeficientes, consumos, pesos específicos e produtividades na composição dos custos unitários dos serviços a serem executados com dinheiro da União.

. Determinar à SECEX-AC que, com base no art. 276, § 3º do RITCU, relativamente às obras de construção da BR-364/AC, trecho Sena Madureira / Feijó, proceda à oitiva da empresa CONSTRUMIL CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA, CNPJ 00.635.771/0001-55, contratada para a execução das obras no lote 6, bem como das empresas eventualmente contratadas nos certames licitatórios oriundos dos editais de licitação 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007, para que se manifestem, caso seja de seu interesse, acerca da medida cautelar de reter 20% dos pagamentos relativos às operações de escavação, carga e transporte em seus contratos até que o Tribunal decida sobre o mérito da quantificação de escavações nos editais de licitação com a utilização do coeficiente de contração dos solos de 1,30.” (Grifos no original).

É o relatório.

VOTO

Em apreciação relatório de Levantamento de Auditoria realizado pela Secex-AC nas obras de construção de trecho rodoviário Sena Madureira-Cruzeiro do Sul – BR-364, no Estado do Acre, no âmbito do PT 26782023814220012.

2. Não posso iniciar esse voto sem reiterar meu reconhecimento pela inegável qualidade técnica dos trabalhos desenvolvidos pela equipe de fiscalização da Secex-AC, responsável pela elaboração do relatório de levantamento lançado nestes autos, bem como render o devido louvor ao percuciente parecer elaborado pelo Diretor em substituição da Secob, ACE Rafael Jardim Cavalcante.

3. As manifestações produzidas no âmbito da Secex-AC e da Secob demonstram o alto nível de excelência a que chegou a equipe técnica dedicada à tormentosa e árida análise das questões relacionadas às obras públicas.

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4. De fato, a soma dos esforços dos servidores e do corpo de julgadores desta Casa é que permite ao Colegiado decidir temas complexos como os apreciados neste processo, sem perder de vista, de um lado, os impactos que as deliberações da Corte de Contas acarretam quando se decide pela paralisação de empreendimentos fundamentais para o desenvolvimento do país, como é o caso da rodovia em apreço e, de outro, por óbvio, a atenção que deve ser conferida ao resguardo dos sempre escassos recursos públicos empregados.

5. Diante dos graves indícios de irregularidades apontados pela Secex-AC, importa ao TCU adotar as medidas necessárias com vistas a prevenir danos ao erário, evitando, sempre que possível, recomendar ao Congresso Nacional o bloqueio dos recursos orçamentários e financeiros destinados ao empreendimento, desde que seja possível a aplicação de determinações de caráter acautelatório e que objetivem corrigir a tempo as irregularidades detectadas.

6. Essa é a tônica que orienta os trabalhos do TCU em matéria de obras públicas. No caso sob exame, acresce-se em importância o fato de a construção do trecho rodoviário avaliado encontrar-se inserido no Plano de Aceleração do Crescimento – PAC.

7. Orientado por essas premissas, dediquei imediata atenção aos indícios de irregularidades graves com indicativo de paralisação apontados pela equipe de fiscalização.

8. Vários achados de auditoria mereceram a classificação de IGP (com indicativo de paralisação) e ensejaram a inclusão do empreendimento no rol de obras públicas com indícios de irregularidades graves encaminhadas ao Congresso Nacional por meio do Acórdão nº 1.953/2007-Plenário, obras essas que poderão ter as verbas bloqueadas no Orçamento da União do próximo exercício caso não saneadas as irregularidades, à vista das disposições constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2008.

9. Os achados de auditoria em questão constituem cinco grupos de indícios do tipo IGP para as obras de construção da BR-364 no subtrecho compreendido entre Sena Madureira e Feijó:

quantificação superestimada dos volumes de escavação (IGPs 53 a 57); quantificação superestimada do pavimento no “sub-leito melhorado com cal” (IGPs

74 a 78); peso específico superestimado dos materiais de base e sub-base, acarretando

sobrepreço (IGPs 74 a 78); previsão antieconômica de utilização de motoscrapers (IGPs 63 a 67); e restrição ao caráter competitivo de licitações (IGPs 86 a 94).

10. Passo a tratar de cada um desses grupos, tendo em conta os elementos constantes dos autos e o decidido pelo Plenário nos autos do TC-016.687/2007-3.

11. Inicio pelo tema da restrição ao caráter competitivo das Concorrências de nºs 16 a 22/2007, conduzidas pelo DERACRE.

12. Conforme já assinalei no relatório que antecede este voto, as disposições constantes dos editais que supostamente representavam restrição à competitividade já foram apreciadas pelo Tribunal nos autos do TC-016.687/2007-3, relatado por mim na Sessão Plenária de 15 de agosto do corrente ano, ocasião em que o Colegiado acolheu voto condutor da minha lavra em que analisei os indícios apontados a esse título e concluí, no que fui acompanhado pelo Plenário, pela sua improcedência.

13. Importa consignar que, embora o relatório da equipe técnica registre que as Concorrências nº 21 e 22/2007 não tenham sido abordadas no TC-016.687/2007-3, as análises levadas à efeito naqueles autos e que fundamentaram a deliberação do Plenário também são aplicáveis a essas duas licitações, visto que dizem respeito ao prazo supostamente exíguo estabelecido para a visita dos licitantes no local em que se realizarão as obras, o que, por si só, não configura restrição ao caráter competitivo. Eventuais situações concretas que afetassem a isonomia entre os concorrentes quando das decisões adotadas pela comissão de licitação, essas sim, poderiam ser objeto de questionamento,

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mas não as regras abstratas do edital, aplicáveis a todos os interessados.

14. Com relação à quantificação superestimada do pavimento no “sub-leito melhorado com cal” e do peso específico dos materiais de base e sub-base, acarretando sobrepreço (IGPs 74 a 78), verifico que o exame empreendido pelo Diretor em substituição da Secob logrou elidir os respectivos indícios, no primeiro caso, em razão de dado não levado em consideração pela equipe de auditoria – as áreas de interseção no cálculo dos volumes do sub-leito. E no segundo, em razão da baixa materialidade do eventual sobrepreço apontado, o qual, ademais, encontra-se embutido nos preços gerais de transporte orçados, o que dilui a sua significância no conjunto dos serviços dessa natureza, podendo inclusive, ser absorvido pelo desconto oferecido pela proposta que vier a vencer a licitação.

15. No que tange à quantificação dos volumes de escavação, o parecer da Secob corrobora a análise da Secex-AC, permanecendo o indício de irregularidade grave que enseja a audiência dos responsáveis, visto a possibilidade de se estar diante de prática de sobrepreço na ordem de 20%. Todavia, alternativamente à paralisação da licitação, entendo, na mesma linha esposada pelo parecerista da unidade especializada, que a adoção de medida cautelar tendente ao bloqueio, no mesmo percentual, dos futuros pagamentos para os serviços, conjuga o resguardo do interesse público na execução da obra e protege o erário contra eventual dano. A medida preventiva propiciará a continuidade do empreendimento sem riscos maiores de prejuízos aos cofres públicos até que os responsáveis apresentem suas razões de justificativa e, dessa forma, seja viabilizado o contraditório e o amadurecimento das questões que pairam sobre esse indício de sobrepreço, possibilitando ao Tribunal, ao final, deliberar conclusivamente sobre o mérito de tal ponto.

16. Também há concordância da Secob, a princípio, com as conclusões da unidade regional no que concerne à utilização antieconômica de motoscrapers. O diretor em substituição da Secob repele, com abalizada doutrina técnica, as alegações preliminares do DERACRE quanto ao aumento da produtividade das escavações com o equipamento questionado. Aduz, ademais, que a entidade estadual executora das obras com recursos federais pode, perfeitamente, apresentar a necessária quantificação de fatores que influem na opção em utilizar os motoscrapers e não apenas declinar meras ilações sobre as dificuldades do terreno, como foi o caso até o momento. Por essa razão, entendo que há de se prosseguir na realização de audiência dos responsáveis, sem prejuízo de determinação de caráter cautelar para que o DERACRE certifique-se da real necessidade de utilização do maquinário, ajustando as medições e pagamentos às situações concretas dos trabalhos de campo e demonstrando, em relatórios específicos a serem encaminhados ao TCU, a imprescindibilidade dessa opção nas medições que vierem a ser pagas, até que esta Casa se pronuncie em definitivo sobre a questão.

17. Tratei, até agora, dos indícios de irregularidades encontrados no trecho da BR-364 entre Sena Madureira e Feijó, onde se deu, exclusivamente, a ocorrência de IGPs.

18. Para os outros dois trechos em que se dividem as obras insertas no PT 26782023814220012, Tarauacá-Cruzeiro do Sul e Feijó-Tarauacá, não houve indicação de paralisação, embora diversas tenham sido as irregularidades graves identificadas e que ensejam a realização de audiências a vários responsáveis bem como a expedição de determinações corretivas, conforme sugerido pela Secex-AC e com as quais expresso minha concordância e submeto à consideração do Plenário, nos termos da minuta de acórdão que apresento na seqüência. Ademais, outros dois processos abrangem irregularidades identificadas em outras fiscalizações sobre os trechos referidos: O TC-000.791/2007-0 trata de monitoramento sobre os serviços de recuperação da rodovia recém terminada no trecho Feijó-Tarauacá; e o TC-010.662/2005-0 analisa indícios de superfaturamento de serviços no canteiro de obras e na quantificação dos insumos dos lotes 2, 3 e 4 da obra em curso no trecho Tarauacá-Cruzeiro do Sul.

19. Com relação a outras irregularidades apontadas na fiscalização relatada neste feito, discordo das propostas de audiência dos dirigentes do DNIT, Srs. Mauro Barbosa da Silva e Márcio Simão,

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em razão de descumprimento de determinações do Tribunal consubstanciadas nos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Acórdão nº 2.371/2006-Plenário, verbis:

“9.2. determinar ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte - Dnit que:.......................9.2.2. adote, no prazo de 30 (trinta) dias, as providências necessárias junto ao Serpro, no

sentido de resolver os problemas técnicos que impedem o registro no Siasg de contratos vinculados a convênios antigos, informando ao TCU, ao final deste prazo, as medidas tomadas;

9.2.3. efetue estudo de viabilidade a fim de verificar em qual sentido deve ser feita a pavimentação do trecho da BR-364, entre Sena Madureira e Manuel Urbano, levando em consideração o fato de que a maioria das jazidas indicadas para os serviços de reforço de subleito e execução da base e sub-base encontram-se mais próximas de Sena Madureira, sendo esta ligada por via asfaltada a Rio Branco, de forma a justificar a sua execução num ou noutro sentido;”

20. Verifico da deliberação em questão que, para o item 9.2.3, não houve fixação de prazo para seu cumprimento, razão pela qual considero inviabilizada a caracterização da irregularidade, mesmo porque foram apresentadas justificativas relatando a adoção de medidas preliminares tendentes à dar cumprimento à determinação.

21. Para o item 9.2.2., entendo que a obrigação primordial para regularizar a questão é do SERPRO.

22. Por essas razões, considero mais adequado fixar prazo para que os órgãos envolvidos – DNIT e SERPRO – adotem as providências necessárias à conclusão das medidas preconizadas por esta Corte de Contas, findo o qual os gestores omissos poderão ser sancionados em caso de não atendimento.

23. Também considero imprópria a realização de audiência ao Sr. Mauro Barbosa da Silva, em razão de possível deficiência na fiscalização dos convênios celebrados com o Governo do Acre, visto que essa responsabilidade deve ser averiguada, inicialmente, nos fiscais do DNIT designados para tanto, o que já está sendo providenciado, conforme minuta de acórdão que ora apresento aos meus pares.

24. Em nível procedimental, vejo como desnecessária a abertura de novo processo de representação para tratar dos indícios de irregularidades não abordados no TC-016.687/2007-3, conforme cogitado pela Secex-AC, podendo as fases subseqüentes terem continuidade neste mesmo feito, sem prejuízo para a celeridade que a matéria requer.

25. Por fim, anoto que as outras determinações sem caráter cautelar a serem expedidas ao DERACRE, conforme sugerido pela SECOB, podem aguardar o resultado das audiências e serem adotadas quando da apreciação de mérito deste processo, quando possíveis outras determinações venham a ser agregadas.

Ante o exposto, Voto por que seja adotado o acórdão que ora submeto à consideração deste Plenário.

T.C.U., Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 3 de outubro de 2007.

VALMIR CAMPELOMinistro-Relator

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ACÓRDÃO Nº 2065/2007 – TCU – Plenário

1. Processo TC-016.214/2007-52. Grupo II, Classe de Assunto V – Relatório de Levantamento de Auditoria (Fiscobras 2007)3. Interessado: Congresso Nacional4. Entidade: Secretaria de Infra-Estrutura do Estado de Tocantins 5. Relator: Ministro Valmir Campelo6. Representante do Ministério Público: não atuou7. Unidades Técnicas: Secex-AC e Secob8. Advogado constituído nos autos: não há9. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Relatório de Levantamento de Auditoria realizado pela Secex-AC nas obras de construção de trecho rodoviário Sena Madureira-Cruzeiro do Sul – BR-364, no Estado do Acre, no âmbito do PT 26782023814220012.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Marcus Alexandre Médici Aguiar, Diretor Geral do DERACRE, para que apresente, no prazo de quinze dias, razões de justificativa, tendo em vista as seguintes ocorrências:

9.1.1. previsão antieconômica nos projetos dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007 de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.1.2. elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos Editais de Concorrência 19/2007 e 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, “f” e art. 7º, § 2º, II, da lei 8.666/93;

9.1.3. quantificação nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.1.4. prática ineficiente e antieconômica nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 de previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.1.5. execução da obra de acordo com a 2ª e 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras nos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a devida formalização dos respectivos termos aditivos, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único, da Lei 8.666/93;

9.1.6. medição e pagamento de serviços não executados no Contrato 4.02.127A referente à terraplenagem no lote 1 das obras no trechos Tarauacá - Cruzeiro do Sul;

9.2. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Sérgio Yoshio Nakamura, Diretor Geral do DERACRE à época, para que apresente, no prazo de quinze dias, razões de justificativa, tendo em vista as seguintes ocorrências:

9.2.1 previsão antieconômica nos projetos dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e Contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.2.2. elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto

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básico/executivo nos Editais de Concorrência 19/2007 e 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, “f” e art. 7º, § 2º, II, da lei 8.666/93;

9.2.3. quantificação nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e Contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.2.4. prática ineficiente e antieconômica nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e Contrato 4.03.034A de previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.2.5. descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I, da Lei 8.666/93;

9.2.6. alteração de projeto, plano de trabalho e valor dos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a anuência do órgão concedente de recursos (DNIT) e a devida celebração de Termo Aditivo ao Convênio SIAFI 561783 consoante art. 4º, § 1º, e art. 15 da IN STN 01/97;

9.2.7. deficiência na qualidade e medição de serviços não executados referentes a valetas de proteção de corte no Contrato 4.05.097B (lote 4), em afronta ao art. 67, § 1º e art. 69 da Lei 8.666/93;

9.2.8. superfaturamento nos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B em razão da medição dos serviços de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto);

9.3. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Flávio Luiz Calixto, Gerente de Projetos do DERACRE à época, para que apresente, no prazo de quinze dias, razões de justificativa, tendo em vista as seguintes ocorrências:

9.3.1. previsão antieconômica nos projetos dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e Contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.3.2. elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos Editais de Concorrência 19/2007, 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, “f” e art. 7º, § 2º, II, da lei 8.666/93;

9.3.3. quantificação nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e Contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.3.4. prática ineficiente e antieconômica dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e Contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.3.5. descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá/Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de

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transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I, da Lei 8.666/93;

9.4. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência das empresas PLANNUS ENGENHARIA LTDA, empresa responsável pela elaboração do projeto básico da obra de construção da BR-364 no Estado do Acre no trecho Sena Madureira / Feijó, e FERREIRA CONSULTORIA DE ENGENHARIA LTDA, empresa responsável pela elaboração do projeto executivo da obra de construção da BR-364 no Estado do Acre no trecho Sena Madureira / Feijó, para que apresentem, no prazo de quinze dias, razões de justificativa, tendo em vista as seguintes ocorrências:

9.4.1. previsão antieconômica nos projetos dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e Contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.4.2. elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos Editais de Concorrência 19/2007, 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, “f” e art. 7º, § 2º, II, da lei 8.666/93;

9.4.3. quantificação nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e Contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.4.3. prática ineficiente e antieconômica dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e Contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.4.4. descaracterização completa do projeto básico/executivo nos lotes de 1 a 4 das obras no trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, com alterações antieconômicas das distâncias médias de transporte nos serviços de terraplenagem, substituição da base melhorado com areia e cimento 4% por base de solo-cimento 6%, substituição de sub-base estabilizado com solo e areia por sub-base estabilizada granulometricamente, retirada da cal na regularização do sub-leito; alteração do consumo de materiais betuminosos, substituição dos meios-fios MFC-01 por meios-fios MFC-03, supressão de obras de arte especiais licitadas e inclusão de outras não licitadas, dentre outras modificações, caracterizando falhas e omissões no projeto básico, em afronta ao art. 6º, IX e ao art. 7º, I, da Lei 8.666/93;

9.5. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Hugo Sternick, responsável pela aprovação dos projetos básicos das obras de construção da BR-364 entre Sena Madureira - Manuel Urbano e projetos executivos referentes aos lotes 4, 5 e 6 da mesma obra para que, no prazo de quinze dias, se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidade:

9.5.1. previsão antieconômica nos projetos dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007 e Contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.5.2. elaboração de orçamento da obra em desconformidade com o projeto básico/executivo nos Editais de Concorrência 19/2007, 20/2007, em afronta ao art. 6º, IX, “f” e art. 7º, § 2º, II, da lei 8.666/93;

9.5.3. quantificação nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007 e

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20/2007 e Contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.5.4. prática ineficiente e antieconômica dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 18/2007, 19/2007 e 20/2007 e Contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.6. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Eduardo de Souza Costa, responsável pela aprovação dos projetos executivos das obras de construção da BR-364 entre Sena Madureira - Feijó referentes aos lotes 1, 2 e 3, para que, no prazo de quinze dias, se manifeste em razão dos seguintes indícios de irregularidade:

9.6.1. previsão antieconômica nos projetos dos Editais de Concorrência n.º 16/2007, 17/2007 e 18/2007 de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.6.2. quantificação nos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 e 18/2007 de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo do projeto, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.6.3. prática ineficiente e antieconômica dos Editais de Concorrência 16/2007, 17/2007 e 18/2007 da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.7. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência dos Srs. Júlio Bezzera Martins Júnior e Arnaldo Avelino da Silva, responsáveis pela fiscalização dos contratos, para que, no prazo de quinze dias, se manifestem sobre os seguintes indícios de irregularidade:

9.7.1. execução da obra de acordo com a 2ª e 3ª Revisão de Projeto em Fase de Obras nos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a devida formalização dos respectivos termos aditivos, em confronto com o art. 60, caput e parágrafo único e art. 61, caput e parágrafo único da Lei 8.666/93;

9.7.2 deficiência na qualidade e medição de serviços não executados referentes a valetas de proteção de corte no Contrato 4.05.097B (lote 4), em afronta ao art. 67, § 1º e art. 69 da Lei 8.666/93;

9.7.3. superfaturamento nos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B em razão da medição dos serviços de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto);

9.7.4. medição e pagamento de serviços não executados no Contrato 4.02.127A referentes à terraplenagem no lote 1 das obras no trechos Tarauacá - Cruzeiro do Sul;

9.8. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Antônio de Lima Furtado, responsável pela fiscalização do Convênio TT-117/2004-00, para que, no prazo de quinze dias, se manifeste sobre os seguintes indícios de irregularidades que caracterizam omissão na obrigação de fiscalizar:

9.8.1. deficiência na qualidade e medição de serviços não executados referentes a valetas de proteção de corte no Contrato 4.05.097B (lote 4), em afronta ao art. 67, § 1º e art. 69 da Lei 8.666/93;

9.8.2. superfaturamento nos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B em razão da medição dos serviços de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto);

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9.8.3. medição e pagamento de serviços não executados no Contrato 4.02.127A referentes à terraplenagem no lote 1 das obras no trechos Tarauacá - Cruzeiro do Sul;

9.8.4. alteração de projeto, plano de trabalho e valor dos Contratos 4.02.127A, 4.05.120A, 4.05.097A e 4.05.097B sem a anuência do órgão concedente de recursos (DNIT) e a devida celebração de Termo Aditivo ao Convênio SIAFI 561783 consoante art. 4º, § 1º, e art. 15 da IN STN 01/97;

9.9. promover, com base no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso IV, do Regimento Interno, a audiência do Sr. Luziel Reginaldo de Souza, responsável pela aprovação do projeto básico das obras de construção da BR-364 entre Sena Madureira - Feijó referente ao lote 6 do mesmo trecho, para que, no prazo de quinze dias, se manifeste sobre os seguintes indícios de irregularidades:

9.9.1. previsão antieconômica nos projetos do Contrato 4.03.034A de substituição total dos solos orgânicos por areia, mesmo quando as profundidades de corte do material superam a 2 (dois) metros e mesmo onde os lençóis de água estavam abaixo do corpo dos cortes (ou aterros);

9.9.2. quantificação no Contrato 4.03.034A de volumes de compactação superiores aos previstos em memorial de cálculo oriundos das notas de serviços, bem como cubagem de Escavação, Carga e Transporte considerando o volume empolado (solto), ocasionando sobrepreço de aproximadamente 20% no total escavado;

9.9.3. prática ineficiente e antieconômica no Contrato 4.03.034A da previsão de operações de Escavação, Carga e Transporte com motoscrapers com distâncias de transporte muito longas, mesmo quando disponíveis escavadeiras e pás carregadeiras que, nestas distâncias maiores, possuem produtividades superiores e custos inferiores ao orçado;

9.10. promover a oitiva das empresas CONSTRUMIL - CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA, CONSTRUTORA ETAM LTDA, JM TERRAPLENAGEM E CONSTRUÇÕES, EDITEC EDIFICAÇÕES LTDA, para que, caso queriam, manifestem-se sobre os indícios de irregularidades que recaem sobre os Contratos 4.02.127A, 4.03.034A, 4.03.097B, 4.05.120A e 4.05.097A, encaminhando-se-lhes cópia deste acórdão, relatório e voto;

9.11. fixar o prazo de 30 (trinta) dias para que o DNIT dê cabal cumprimento ao item 9.2.3 do Acórdão nº 2.371/2006-TCU-Plenário, informando ao Tribunal, por meio da Secex-AC, sobre as providências adotadas;

9.12. fixar, com base no art. 43, inciso I, da Lei nº 8.443/92, o prazo de 60 (sessenta) dias para que o SERPRO adote as providências necessárias à resolução de problemas técnicos que impedem o registro no Siasg de contratos vinculados a convênios antigos, informando ao Tribunal as medidas adotadas;

9.13. determinar ao DERACRE, com base no art. 43, inciso I, da Lei nº 8.443/92, que:9.13.1. exija da empresa CONSTRUMIL – CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM

LTDA a reexecução de todas as Valetas de Proteção de Corte VPC-02 nas obras de construção da BR-364, lote 4 do trecho Tarauacá / Cruzeiro do Sul, observando com especial atenção a compactação do fundo dos elementos de drenagem, os aterros apiloados no bordo das valetas e a garantia do adequado escoamento da água;

9.13.2. fiscalize adequadamente a execução dos serviços para as obras dos lotes 1, 2 e 3 do mesmo trecho, de modo a evitar os mesmos vícios de construção identificados no lote 4;

9.14. determinar cautelarmente ao DERACRE que, com fundamento no art. 45 da Lei nº 8.443/92 e no art. 276 do Regimento Interno deste Tribunal;

9.14.1. quando da execução do Contrato 4.03.034A e dos contratos que advierem das Concorrências nºs 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007, retenha 20% (vinte por cento) dos pagamentos relativos às medições dos serviços de escavação, carga e transporte, até que o Tribunal se pronuncie sobre o mérito da questão;

9.14.2. quando da execução das escavações com motoscrapers para distâncias longas, certifique-se da efetiva utilização dos equipamentos, ajustando as medições e pagamentos caso não constatada a necessária aplicação desse maquinário, atestando com o devido detalhamento, objetivo e quantificado, em relatórios próprios, todas as circunstâncias e fatores que justifiquem a

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Page 63: GRUPO II – CLASSE V – Plenário · Web view2007/10/04  · 2.5) Audiência do Sr. EDUARDO DE SOUZA COSTA, CPF: 426.024.246-68, responsável pela aprovação dos projetos executivos

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imprescindibilidade dessa opção nas medições que vierem a ser pagas, até que esta Casa se pronuncie em definitivo sobre a adequação, economicidade e eficiência da escolha;

9.15. determinar à Secex-AC que proceda à oitiva da empresa CONSTRUMIL CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM LTDA e das empresas que eventualmente venham a ser contratadas para executar o objeto das concorrências nºs 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007, para que se manifestem, caso seja de seu interesse, a respeito das ocorrências que motivaram as medidas cautelares adotadas neste acórdão;

9.16. dar ciência deste acórdão, bem como do relatório e voto que o fundamentam à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, informando que os indícios de irregularidades encontrados nas obras de construção de subtrecho rodoviário Sena Madureira-Feijó da BR-364, no Estado do Acre, no âmbito do PT 26782023814220012, não exigem, até o momento, a paralisação da execução física, orçamentária ou financeira do Contrato 4.03.034A ou dos contratos que advierem das Concorrências nºs 16/2007, 17/2007, 18/2007, 19/2007, 20/2007, 21/2007 e 22/2007, desde que observadas as determinações constantes do item 9.14 e seus subitens, deste acórdão;

9.17. enviar, ainda, cópia deste acórdão, bem como do relatório e voto que o fundamentam, ao Governo do Estado do Acre, ao Departamento de Estradas e Rodagem do Acre – DERACRE e ao Departamento de Infra-estrutura de Transportes – DNIT.

10. Ata nº 41/2007 – Plenário 11. Data da Sessão: 3/10/2007 – Ordinária12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-2065-41/07-P 13. Especificação do quórum: 13.1. Ministros presentes: Marcos Vinicios Vilaça (na Presidência), Valmir Campelo (Relator), Ubiratan Aguiar, Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro.13.2. Auditor convocado: Marcos Bemquerer Costa.

MARCOS VINICIOS VILAÇA VALMIR CAMPELOna Presidência Relator

Fui presente:

LUCAS ROCHA FURTADOProcurador-Geral

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