grupo espírita aprendizes do evangelho de limeira · 32. se amais aqueles que vos amam, ... quadro...

12
Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira Escola de Aprendizes do Evangelho — 8ª turma 35ª aula: As parábolas III (Vida rural) Textos complementares GEAEL Aula 35 — Entre muitas, a lição que fica: Em quaisquer circunstâncias em que estejamos vivendo nossas provas, nos testes mais diretos dos defeitos a burlar, pre- cisamos recorrer à leitura para colher subsídios que norteiem o nosso esforço. Isso é fundamental, é mesmo imperioso. Manual Prático do Espírita - Ney Pietro Peres A Sabedoria do Evangelho — Carlos Torres Pastorino Mat.: 5:43-48 43. Ouvistes o que foi dito: “amarás o teu próximo e aborre- cerás o teu inimigo”. 44. Eu porém vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, 45. para que vos torneis filhos de vosso Pai que está nos céus, porque ele faz levantar-se seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. 46. Porque se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? os coletores fiscais também não fazem o mesmo? 47. E se saudardes somente a vossos irmãos, que fazeis de especial? não fazem os gentios também o mesmo? 48. Sede vós, portanto, perfeitos, assim como é perfeito vosso Pai celestial. Luc. 6:27-28 e 32-36 27. Digo porém a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, 28. abençoai os que vos amaldiçoam, orai pelos que vos difamam. 32. Se amais aqueles que vos amam, que gratidão mereceis? pois também os “pecadores” amam aos que os amam. 33. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, que gratidão mereceis? até os “pecadores” fazem isso. 34. E se emprestardes àqueles de quem esperas receber, que gratidão mereceis? até os “pecadores” emprestam aos “peca- dores” para receberem outro tanto. 35. Amai porém os vossos inimigos, fazei o bem, e emprestai, sem esperar ressarcimento; e será grande vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom para com os ingratos e maus. 36. sede misericordiosos, assim como é misericordioso vosso Pai.

Upload: lenga

Post on 12-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de LimeiraEscola de Aprendizes do Evangelho — 8ª turma

35ª aula: As parábolas III (Vida rural)Textos complementares

GEAEL

Aula 35 — Entre muitas, a lição que fica:Em quaisquer circunstâncias em que estejamos vivendo nossas provas, nos testes mais diretos dos defeitos a burlar, pre-cisamos recorrer à leitura para colher subsídios que norteiem o nosso esforço. Isso é fundamental, é mesmo imperioso.

Manual Prático do Espírita - Ney Pietro Peres

A Sabedoria do Evangelho — Carlos Torres Pastorino

Mat.: 5:43-48

43. Ouvistes o que foi dito: “amarás o teu próximo e aborre-cerás o teu inimigo”.44. Eu porém vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem,45. para que vos torneis filhos de vosso Pai que está nos céus, porque ele faz levantar-se seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.46. Porque se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? os coletores fiscais também não fazem o mesmo?47. E se saudardes somente a vossos irmãos, que fazeis de especial? não fazem os gentios também o mesmo?48. Sede vós, portanto, perfeitos, assim como é perfeito vosso Pai celestial.

Luc. 6:27-28 e 32-36

27. Digo porém a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam,28. abençoai os que vos amaldiçoam, orai pelos que vos difamam.32. Se amais aqueles que vos amam, que gratidão mereceis? pois também os “pecadores” amam aos que os amam.33. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, que gratidão mereceis? até os “pecadores” fazem isso.34. E se emprestardes àqueles de quem esperas receber, que gratidão mereceis? até os “pecadores” emprestam aos “peca-dores” para receberem outro tanto.35. Amai porém os vossos inimigos, fazei o bem, e emprestai, sem esperar ressarcimento; e será grande vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom para com os ingratos e maus.36. sede misericordiosos, assim como é misericordioso vosso Pai.

Page 2: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

2 35ªaula:AsparábolasIII(Vidarural)

Vem agora o aperfeiçoamento da lei do amor, levada ao máximo. Moisés ordenara: “ama teu próximo como a ti mes-mo” (Lev. 19:18) e “ama o estrangeiro e peregrino como a ti mesmo” (Lev. 19:34 e Deut. 10:19). No entanto, em diversos trechos dizia-se que deviam ser olhados como inimigos os amonitas e moabitas (Deut. 23:6), os amalecitas (Êx. 17:14 e Deut. 25:19), o que fazia supor que esses povos deviam ser aborrecidos. Embora em Provérbios (26:21-22) já estivesse escrito: “Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer e se tiver sede, dá-lhe de beber, porque lhe amontoarás brasas vivas sobre a cabeça e YHWH te recompensará”, não era esse o hábito entre os israelitas. (Cfr. ainda Prov. 20:22, onde se reprime a vingança. Também em Deut o 32:35, YHWH re-serva para si a vingança e a recompensa, declarando explici-tamente a lei do carma e o choque de retorno).

Jesus chega ao clímax de Suas instruções, ordenando que os inimigos devem ser amados, e não apenas perdoados; que se deve fazer bem a quem nos faça o mal (Luc.); que se deve abençoar os que nos amaldiçoam (Luc.) e orar pelos que nos difamam (Luc.) ou perseguem (Mat.), e isto, para seguir o exemplo do Pai, que é PAI DE TODOS e sobre bons e maus faz surgir o sol e vir o benefício das chuvas.

Com esse comportamento, tornar-nos-emos “filhos de Deus”, ou seja, DIVINOS, no sentido dado a essa expressão (cfr. vol . I. pág . XIII, desta obra) entre os escritores judeus da época.

Com efeito, aí reside a sabedoria o Figurando o mal pelo negativo (-1) e o bem pelo positivo (+1), e o perdão pelo 0 (zero), temos as seguintes equações:

(-1) + (-1) = -2 - mal feito mais mal retribuído = mal duplo(-1) + 0 = -1 - mal feito mais perdão = 1 mal(-1) + (+1) = 0 - mal feito mais benefício prestado = mal anulado.

Então, matematicamente se prova que só o bem pratica-do em favor de quem nos faça o mal é que consegue extirpar a dor e o sofrimento da face da Terra.

Depois vem a comparação com o modo de agir dos in-divíduos que, perante os israelitas, eram desclassificados de todo: os publicamos (coletores de impostos, cfr. pág. 88-89) e os “pecadores” (cfr. acima pág. 92). Todas essas classes, assim como os “pagãos” (isto é, os não-judeus) tem uma atu-ação humana normal: amam a seus amigos, saúdam seus irmãos, prestam benefícios aos que os ajudam, emprestam quando tem certeza de que receberão ressarcimento ... Ser igual a eles, não é vantagem. O cristão tem que ser-lhes su-perior, mais perfeito, com bondade e misericórdia suprema.

Então vem o fecho de Lucas: “sede misericordiosos como o Pai celestial”, e o outro, ainda mais rigoroso, de Mateus: “sede PERFEITOS, como perfeito é o Pai celestial”.

Aqui o ensinamento de Jesus atinge o ápice da perfeição, superando tudo o que os antigos tinham podido ensinar. A lição prossegue no mesmo tom da anterior, mas as verdades são mais

explicitamente ensinadas. Trata-se mesmo de amar os inimigos, que são, na realidade, nossos maiores benfeitores, pois nos aju-dam a evoluir mais rápida e seguramente, limando nossas arestas, quebrando nossos espinhos, limpando-nos de nossos defeitos.

Está claramente dito que, para ser cristão não basta “fazer como os outros”, retribuindo com bondade e gratidão aos be-nefícios recebidos com alegria para nós; mas retribuindo com a mesma bondade e gratidão aos “benefícios” que recebemos com lágrimas, porque nos fazem sofrer. Indispensável atingir a perfei-ção absoluta. E ninguém fica isento de aperfeiçoar se: a exigência abarca todos os cristãos.

Neste trecho, um dos mais sublimes dos Evangelhos, Jesus ensina-nos a superar a perfeição humana, e dá-nos como modelo a imitar a perfeição divina.

O Pai celestial constitui a vida de todas as criaturas, boas e más, justas e injustas, santas e criminosas, sábias e ignorantes; e a todos, igualmente, sem distinções, dá o sol e a chuva, o ar para respirar e a Terra para habitar, deixando plena liberdade a todos para que escolham seu próprio caminho. Se a estrada escolhida é errada, não há intervenção divina, nem castigo: o próprio espí-rito encontrará pela frente a parede da Lei, onde baterá a cabeça e sofrerá a dor, até que aprenda a descobrir onde está a porta que lhe permitirá sair do embaraço.

Nesta Lei do Amor Total sem restrições, baseia-se a evolu-ção, que visa à sintonia perfeita com o Amor-Integral, em atos,

Page 3: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 3

palavras e pensamentos. E só a atingiremos, quando tivermos superado todas as emoções, de tal forma que, se ofendidos, não sintamos nenhum movimento de mágoa. Certa que, quanto mais evoluído o ser, mais sentimento possui. Mas não se confunda sen-timento com emoção: o primeiro é do Espírito (individualidade) e jamais se ofende nem magoa, porque é inatingível; o segundo é do “espírito”, do corpo astral (animal) e vibra na personalida-de. Então, todas as desculpas de “brio”, de “amor-próprio”, de “honra” ou “honorabilidade”, de títulos e posições hierárquicas e nobiárquicas, são ilusões que precisamos abolir totalmente, superar integralmente, e nem sequer senti-las.

Enquanto experimentarmos qualquer movimento íntimo nesse sentido, é porque não saímos da personalidade, não esta-mos “no ponto”: lutemos para conseguir dominar essas emoções, que são sempre inferiores.

Traçado está, pois, o caminho que leva à perfeição: amar os inimigos, mas amá-los realmente, e não apenas de boca; fazer bem aos que nos odeiam, mas beneficiá-los de fato, com preces sinceras; abençoar os que nos amaldiçoam, mas abençoar do fun-do do coração, reconhecendo o bem que nos fazem, quando nos causam sofrimento e, portanto, quando nos ajudam a queimar e resgatar nossos carmas; orar pelos que nos difamam, pedindo ao Pai que lhes proporcione paz e felicidade, em quantidade e intensidade maiores que a que nos forem doadas pessoalmente a nós mesmos. E assim, com ilimitada generosidade, emprestar, se o pudermos, embora sabendo que não receberemos ressarci-mento; saudando a todos cortesmente, ainda que não recebamos resposta, ou mesmo ouçamos desaforos, mas continuar delicada-mente saudando a todos com respeito e humildade.

Só assim, diz Lucas, seremos “filhos do Altíssimo”, isto é, nos assemelharemos ao Pai, pela bondade e pela misericórdia.

A conclusão “sede misericordiosos como o Pai” explica o “sede perfeitos como o Pai”; de fato, a perfeição do Pai, que podemos imitar, reside apenas em suas qualidades que estão ao nosso alcance: O AMOR-MISERICÓRDIA e também a HUMIL-DADE. Essas, podemos vivê-las com perfeição, quando souber-mos renunciar à nossa personalidade, negar nosso eu pequeno, e viver de modo absoluto na individualidade, no Espírito, unifi-cados com a Centelha Divina, que é nosso EU real e profundo.

9º Encontro da aliança Espírita Evangélicaregional piracicaba

limeira, sp - 26 de setembro de 2010

Nós podemos mudar o mundo,começando por nos transformar.

“Não sabeis que sois o templo de Deus,E que o Espírito de Deus habita em vós?”

I COR 3.16

Page 4: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

4 35ªaula:AsparábolasIII(Vidarural)

Chakra umbilical – Sofredores - O plexo solar é o mais atingido no setor da mediunidade receptiva, na faixa dos sofre-dores e necessitados comuns, sobretudo na daquela que, tendo perdido o corpo físico, também perderam a noção da própria personalidade, de nada mais se recordando. Sabem que exis-tem porque sofrem, sentem dores, aflições, angústias, calor ou frio, como qualquer animal irracional, mas não sabem mais quem são nem quem foram quando encarnados na Terra. Com esses nada adianta perguntar, pesquisar, inquirir: são quase autômatos, em quem só restam a sensibilidade do etérico e as emoções do astral, sem nenhuma ou com pouquíssima parti-cipação do intelecto: a amnésia é total (ou quase), julgando-se ainda presos ao corpo físico, mas abandonados de todos os parentes e amigos, acabando por se esquecerem deles.

Todos os que alimentam vibrações de sofrimento, de tris-teza, de angústia e de dores físicas, se ligam pelo chakra um-bilical que pode ser definido como o chakra da mediunidade sensitiva, quase visceral. Nem é de estranhar que a ligação por aí se faça, pois o plexo solar é o centro das sensações físicas que não tenham ligação com o intelecto racional (o “cérebro do abdome”).

Ao ligar-se, o espírito transfere para o sensitivo seus so-frimentos que, de acordo com a localização por eles mentali-zada, vai refletir-se nos órgãos do médium: fígado, estômago, pulmões, baço, pâncreas, rins, bexiga etc., não se excetuando, mesmo, certos órgãos superiores, como sobretudo dores de cabeça, de garganta, de olhos etc.

O desequilíbrio nervoso ou mental é o pior deles. Nesse quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados pelos desastres, os desequi-librados pelo suicídio, os alucinados pelas perseguições dos

inimigos, os parafrênicos perseguidos, os prisioneiros das tre-vas, os enlouquecidos pelo ódio, os perturbados, pelos vícios.

De modo geral a ligação desses pobres espíritos é feita exclusivamente para tentar um reequilíbrio deles (e por vezes do próprio médium que a elas está ligado) a fim de facilitar o atendimento por parte dos “samaritanos do astral”. Não adianta querer doutriná-los ou curá-los, pois quase sempre são refratários a melhoras imediatas, sendo indispensável o tratamento a longo prazo ou a reencarnação imediata para esquecimento do passado. O meio mais eficaz de atendimen-to, a nosso ver, é constituído pela prece e pelo hipnotismo, induzindo-os ao sono profundo, a fim de serem levados pelos enfermeiros e internados nos hospitais do espaço, onde a pa-ciência dos médicos espirituais os irá tratando por meio da sugestão continuada.

No entanto, a cura pela sugestão poderá, raras vezes, ser tentada pelo dirigente capaz, por meio de passes, curadores e magnéticos, mas só em casos mais leves, em que se veja pro-babilidade de aproveitamento real. Isso porque não se deve tentar uma “caridade” talvez infrutífera, à custa da falta de caridade para com o médium, que lhe está sofrendo os im-pactos terríveis em seu organismo, com desequilíbrio de todo o sistema nervoso simpático e prejuízo dos órgãos internos.

Não devemos nós, encarnados, ter a pretensão de pos-suir maiores poderes que os desencarnados: eles os trazem para que recebam aquilo que para eles é mais difícil: fluidos magnéticos mais densos e o som da voz humana em vibração

PLEXO EPIGÁSTRICO(Grande simpático)

Formado por dois gânglios semilunares, logo acima do pâncreas, simetricamente à direita e à esquerda, o plexo epigástrico, também conhecido como plexo SOLAR pos-sui fibras aferentes e coerentes em grande número.Enerva a maior parte das vísceras abdominais, formando doze plexos secundários:

1 e 2 - dois diafragmáticos inferiores;3 - um coronário estomacal;4 - um hepático;5 - um esplênico;6 - um mesentérico superior;7 e 8 - dois supra-renais;9 e 10 - dois renais e11 e 12 - dois espermáticos (no homem) ou útero-ovarianos (na mulher).

Prancha IV: Chacra do umbigo

Page 5: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 5

mais baixa, que talvez seja o único som que sejam capazes de perceber em sua condição muito materializada; e também o contacto com o perispírito do médium, para causar-lhes nova-mente o impacto da matéria.

Outro serviço realizado pelo chakra umbilical, com inter-ferência do plexo solar, é a moldagem dos corpos astrais de espíritos que sofrem de licantropia. Como temos conhecimen-to, desde a mais remota antigüidade, os envoltórios astrais de criaturas humanas muito involuídas, animalizadas e atingi-das por vícios e por ódios, tomam a forma externa animalesca (já assistimos em reuniões, a ligações de espíritos com formas diversas de cão, de cavalo, de abutre, de lobo etc.). Aliás as lendas do “lobisomem” é um exemplo típico. Nesses casos, o médium sofre a ligação do espírito e procura moldá-lo no-vamente à forma humana, o que dificilmente é conseguido numa só reunião. Em geral o necessitado fica preso ao mé-dium o tempo necessário à remodelação da forma astral. E isso traz sofrimento ao sensitivo encarnado.

Técnicas da MediunidadeCarlos Torres Pastorino

O chacra umbilicalO terceiro centro, o umbilical (prancha IV), no umbigo

ou plexo solar, recebe uma energia primária com dez radia-ções, portanto vibra de maneira a dividir-se em dez ondula-

ções ou pétalas. É intimamente associado com os sentimentos e emoções de diversos tipos. Sua cor predominante é uma curiosa mistura de diversos tons de vermelho, embora tam-bém haja muito verde. As subdivisões são, alternadamente, mais vermelhas ou mais verdes.

Os ChacrasC. W. Leadbeater

Chacra Umbilical: — Situado à altura do umbigo, no duplo etérico, em perfeita correspondência com o plexo solar, abrangendo o fígado, os intestinos, os rins e demais órgãos do abdômen, à exceção do baço, que se encontra sob o controle do chacra esplênico. Esse centro de forças etéricas, de natureza mais rudimentar, é responsável pela assimilação e metabolis-mo dos alimentos ingeridos pelo homem. Alguns espiritualis-tas preferem chamá-lo de centro gástrico(*) e ele se apresenta na forma de um turbilhão etérico com dez ondulações, raios ou pétalas, variando entre as cores vermelhas e os tons verde cor de ervilha, matizes que resultam da decomposição do Prana absorvido do meio ambiente e ali prismado.

Quando o chacra umbilical é muito desenvolvido, o homem aumenta a sua percepção das sensações alheias, pois adquire uma espécie de tato instintivo ou sensibilidade astral incomum, que o faz aperceber-se das emanações hostis existentes no ambiente onde atua e também das vibrações afetivas que pairam no ar.

Elucidações do AlémRamatís / Hercílio Maes

Tabela 2 — O chacras e os plexos

Nome do chacra

Posição na superfíciedo duplo etérico

Posição aproxima-da do cha-cra espinal

Plexossimpáticos

Principais plexos

subsidiá-rios

Fundamental Na base da espinha

Quartavértebra

sacra

Coccígeo

Explênico Sobre o baço

Primeiralombar

Esplênico

Umbilical Sobre o umbigo

Primeiratorácica

Solar Hepático, pilórico, gástrico,

mesentéri-co etc.

Cardíaco Sobre o coração

Oitavacervical

Cardíaco Pulmonar,coronário

etc

Laríngeo Nagarganta

Terceiracervical

Faríngeo

Frontal Entre as sobrance-

lhas

Primeiracervical

Carotídeo Cavernoso e em geral os encefá-

licos

Plexo carótido

Gânglio cérvico espinal

Gânglio torácico-espinal

Coluna vertebral

Cordão simpático

Gânglio lombar-espinal

Gânglio sacro-espinal

Gânglio coccigeo-espinalPlexo coccigeoPlexos pélvicos

Plexo solar

Plexo explênicoDiafragma

Plexo cardíacoPlexo pulmonar

Plexo laringeo

Gânglio simpáticocervical superior

Prancha VI: Os chacras e o sistema nervoso

Page 6: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

6 35ªaula:AsparábolasIII(Vidarural)

Como trabalhar intimamente (II)Ney Pietro Peres — Manual Prático do Espírita

GEAEL

Ler e orar

O livro é sempre um bom companheiro. Quase sempre os pensamentos bailam e a imaginação voa, explorando as esferas de atração, em que a nossa predominância animal se compraz, quando a mente está livre, vazia ou ociosa.

O hábito da leitura edificante sempre é salutar ao nosso espírito, como meio de ampliação dos nossos conhecimentos, como enriquecimento do espírito na sintonia com as idéias renovadoras, como meio para encontrar respostas às nossas indagações, ou para fortalecer os nossos propósitos de refor-ma íntima.

O nosso trabalho de auto-aprimoramento pode ser gran-demente intensificado pela leitura das obras que nos escla-recem e incentivam ao comportamento evangélico. É pre-cisamente o meio que temos para renovar as nossas idéias, estimular a reflexão, saber como agir, escolher rumos e ali-mentar nosso espírito no trabalho permanente de efetiva apli-cação.

Em quaisquer circunstâncias em que estejamos vivendo nossas provas, nos testes mais diretos dos defeitos a burlar, precisamos recorrer à leitura para colher subsídios que nor-teiem o nosso esforço. Isso é fundamental, é mesmo imperioso.

E o orar? Por que será que o Cristo deu tanta ênfase ao “orar”? No “orai e vigiai” o Mestre da Galiléia colocou-o em primeiro lugar. “Amar a Deus sobre todas as coisas...” é outra máxima que se eleva a tudo mais.

Não será exatamente no “orar” que mais nos aproxima-mos do Criador e melhor expressamos a Ele o nosso amor? Evidentemente que dependerá do conteúdo, da essência das nossas preces, do que elas traduzem em profundidade. Não será por muito orar que seremos ouvidos, já o sabemos, bem como, “a oração não nos exime das faltas, o perdão rogado só se obtém mudando de conduta, e são as boas ações a melhor prece”. (Id., Ibid. Pergunta 661.)

É também clara a resposta dada à pergunta 910 do mes-mo livro, referindo-se à ajuda eficaz que os espíritos possam nos dar para superarmos as paixões: “Se orar a Deus e ao seu bom gênio com sinceridade, os bons espíritos virão certamen-te em seu auxílio, porque essa é a sua missão”.

“Orar constitui a fórmula básica da renovação íntima, pela qual o divino entendimento desce do Coração da Vida para a vida do coração.” (André Luiz. Mecanismos da Mediu-nidade. Capítulo XXV. “Oração, prece e renovação”.)

Constantemente vemo-nos defrontados por vibrações desgastantes que nos atingem, causando depressões, fadiga,

desânimo e irritação, provenientes de criaturas próximas ou afastadas, no próprio plano terreno ou já desen-carnadas, em condições de revolta, ora curtindo ódios ocultos, invejas, ou mantendo desafetos recônditos, de certa forma relacionadas conosco, nessa ou em outras experiências, com as quais tenhamos convi-vido no erro, e agora unidos sob o mesmo teto ou compro-metidos com objetivos profissio-nais comuns, sentimo-nos então vulne-ráveis, frágeis ainda, entre o estágio ideal a conquistar e a realidade íntima que nos condiciona ao mundo dos desejos. Encon-tramos, assim, na prece, o meio de renovação íntima, envol-vendo-nos nas vibrações balsâmicas dos planos elevados ao estabelecer a sintonia com os espíritos amigos e benevolentes, que nos impulsionam, convertidos em fiéis companheiros, que por já terem ascendido aos níveis sublimados, nos estendem a mão, desejosos de que os alcancemos.

Nos momentos de oração, despojados de interesses, sem repetir peditórios cansativos, abrimos simplesmente a nos-sa alma, desejosos de compreender mais e aceitar resigna-damente as provas que escolhemos, empenhando a nossa persistência e a nossa resistência, para bem aproveitar as oportunidades de crescer interiormente, no trabalho de auto-aprimoramento e no serviço do bem comum.

O orar é espontâneo e informal. Quanto mais profun-damente falar o coração, mais alto projetamos, em formas luminosas, os nossos sentimentos, sejam eles as expressões de intraduzíveis emoções, de dores dilacerantes, de súplicas aflitivas ou de sofrimentos buriladores. Nesses instantes emi-timos irradiações de imenso poder transformador, que inun-dam a nossa alma de energias reconfortadoras, nos ajudando a caminhar e ampliando as potencialidades espirituais. (Id., ibid. Capítulo IV. “Matéria mental e matéria física”.)

No nosso trabalho interior, as ocasiões de dificuldade em superar os defeitos arraigados ao espírito, ou os desfale-cimentos do bom ânimo são precisamente os momentos para recorrermos à prece. Aí falará o nosso coração e a sinceridade nos fará chegar aos bons espíritos, que certamente virão em nosso auxílio.

“A oração não nos exime das faltas, o perdão rogado só se obtém mudando de conduta, e são as boas ações a melhor prece”.O Livro dos Espíritos — Pergunta 661

Page 7: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 7

A automatização do bem proceder

Até que ponto chegaremos, realizando esse trabalho in-terior? Sendo-nos tão dificultoso eliminar vícios e defeitos, quando nos libertaremos e concluiremos nossa empreitada?

Essas indagações que certamente faremos de início não podem ter respostas plausíveis, mesmo a contento dos nossos apressados anseios.

De certo modo, o que nos cabe fazer é desempenhar, da melhor maneira, a nossa parte, isto é, trabalhar, trabalhar e trabalhar, permanentemente e sem pretensões. A rigor, quanto mais nos conhecemos e melhor desvendamos nossos segredos seculares, mais amplamente abrem-se os horizontes da nossa compreensão, e também melhor aquilatamos as distâncias a serem galgadas.

Apesar de tudo, em lugar dos desânimos passamos a sen-tir incontáveis emoções sustentadoras e as expressões de hu-mildade, de abnegação nos fazem penetrar num mundo novo de vivências.

Nada é mais animador do que as alegrias experimenta-das no dever cumprido, na consciência reta.

Do mesmo modo, como os hábitos nocivos seguem um mecanismo em que nos viciamos pelos processos de respostas num sistema de reflexos condicionados — como automatis-mos repetitivos —, o contínuo modelar das nossas atitudes no bem proceder cria, com o tempo, respostas naturais e es-

pontâneas, sem que para isso precisemos despender maiores esforços. Reagimos sempre evangelicamente, em quaisquer situações, como hábitos salutares adquiridos e já automati-zados, resultantes das construções íntimas, conscientemente elaboradas.

Entendemos que, na condição de espíritos em vias de re-generação, muito temos a realizar, e não podemos achar que as remodelações interiores se façam todas numa única encar-nação. No entanto, muito podemos transformar, mesmo numa atual existência, trabalhando de forma ordenada o burilamen-to das nossas diferentes facetas e ângulos de imperfeições.

No final, de regresso à pátria espiritual, com bagagem quase sempre aquém da realização desejada, é que avaliare-mos os frutos do nosso esforço, e daí nos prepararemos para nova viagem ao mundo das provas.

Contamos, porém, com os relativos meios de aferição dos rumos seguidos nessa vida. A bússola ainda é a nossa cons-ciência, dela recolhemos as respostas e por ela percebemos se estamos progredindo, isto é, conseguindo articular nossos automatismos no bem proceder. E o que periodicamente ca-recemos efetuar são as nossas auto-avaliações, assunto a ser abordado em capítulo próximo, de importante utilização no delineamento da trajetória em percurso, que nos solicita co-tidiano exercício dos bons impulsos a se tornarem um dia espontâneos.

TODOS quantos lêem a GITÃ, sabem bem que a intrepi-dez figura no alto da lista dos atributos divinos, enumerados no capítulo 16 da obra. Não estou em condições de dizer se isso foi devido às exigências da versificação ou se foi intencio-nalmente que o autor atribuiu à intrepidez o lugar de honra. A meu ver, fosse como fosse, ela merece sem favor o primeiro lugar que lhe foi designado, porque é atributo indispensável ao desenvolvimento das demais qualidades nobres.

Como se poderia, sem intrepidez, procurar a Verdade ou atrair o Amor? Como disse Pritam, o santo poeta do século 18, “o caminho que conduz ao Senhor é o caminho do bravo e não o dos covardes”. Pode substituir-se a palavra “Senhor” pela palavra “Verdade”: é o mesmo. Os bravos não são os que se armam de espadas ou fuzis etc.; são tão somente os homens intrépidos. Ao contrário, só os medrosos recorrem às armas mortíferas.

A intrepidez revela que o indivíduo está liberto de qual-quer temor externo, como doença, ferimentos, morte, perda de bens, perda de entes queridos, de reputação, de ofensas etc. Aquele que venceu o medo da morte, nem por isso venceu ou-tros temores, como erradamente se supõe amiúde. Há os que afrontam a morte, mas fogem diante de pequeninos males que a vida nos oferece quase todos os dias. Muitos estão prontos a morrer, mas não podem suportar a idéia de que morram os

seus seres afeiçoados. E ainda há os que preferem perder a vida, a ver perdidos os seus bens. Outros são capazes das mais feias ações para manter um pretendido prestígio. Não poucos se afastam de tudo quanto é reto e nobre, porque têm medo da censura que lhes pode fazer a sociedade.

Aquele que procura a Verdade deve sobrepor-se a tudo quanto é medo. Deve estar pronto a tudo sacrificar para essa busca, como fez Harish-chandra, o rei mitológico de Ayodhya, que tudo perdeu para só achar a Verdade, o bem maior que para ele havia. Pode ser uma lenda, mas de tanto valor como o mais valioso fato histórico. A intrepidez perfeita só pode ser atingida por quem se libertou da ilusão das miragens; mas podemos nos aproximar desse fim se fizermos um esforço de-cidido e perserverante, conservando a confiança em nós mes-mos.

Como disse acima, é necessário que nos desembaracemos de todos os temores de causa externa. Mas devemos nos pre-caver contra os inimigos interiores — as paixões bestiais, a cólera, ódio, a indiferença etc. Se dominarmos estas paixões, os temores desaparecerão por si mesmos, e nem chegaremos a tomar conhecimento deles. Esse medo exterior vive rodeando o nosso corpo espiritual; mas se este oferece séria resistência às investidas, ele acabará por diluir-se à força de tentar e nada conseguir, porque não dispõe de base, de substância capaz de

Mahatma Gandhi

(continua na página 11)

Page 8: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

8 35ªaula:AsparábolasIII(Vidarural)

Técnicas da Mediunidade - Carlos Torres Pastorino

CORRENTE PARASITAA “corrente parasita” ou “de Foucault”, ocorre quando o

núcleo de metal do rotor (gerador) é construído de uma só peça sólida e inteiriça.

Sendo os condutores enrolados em torno desse núcleo de metal, este pode desenvolver uma “corrente parasita”, que interfere nas linhas do campo magnético. Essas correntes, além de não terem utilidade, produzem calor no núcleo, bai-xando o, rendimento da máquina.

Para diminuir a intensidade da corrente parasita, ao invés de um bloco inteiriço, são usadas finas chapas sepa-radas; por matéria isolante. Assim, em lugar de corrente parasita única de intensidade forte, teremos uma série de pequenas e ino-fensivas correntes, que só circulam individualmente em cada lâmina.

O conhecimen-to desse efeito é de grande utilidade para constituição da mesa mediúnica; e explica por que, desde os primór-dios, os bons dirigentes de sessões fazem sentar os médiuns interca-lando-os com não-médiuns. A razão dada é que os não-médiuns ser-vem para, “sustentar a corrente”. Perfeitamente lógico e verdadeiro.

Mas agora, pela comparação com a “corrente de Foucault”, pode-mos perceber o motivo científico: se os médiuns se sentam todos de seguida na mesa, forma-se a “corrente parasita” que pode provocar interferências no campo magnético da mesa, fazendo que a vibração recebida por um médium repercuta nos que lhe estão ao lado, pertur-bando-os. Além disso, ao envolver outro médium essa vibração, pode levá-lo a enganar-se: supondo tratar-se dos fluidos de um desencarnado, talvez force a manifestação, resultando daí mistificação involuntária e inconsciente.

Mais ainda: formando o bloco monolítico de médiuns um grupo inteiriço, a intensidade da manifestação é maior, enfraquecendo as resistências dos médiuns (pela corrente parasita) e a ação dos espíri-tos se fará com muito mais violência.

Se os médiuns (sensitivos) forem intercalados com não-médiuns (não-sensitivos = isolantes) cada um deles dará sua manifestação com

a intensidade normal, sem perigo de influenciar os vizinhos e com maior possibilidade de conter a violência dos manifestantes.

Formar-se-á, dessa forma, uma corrente normal, sem perigo de parasitismos, de influências mútuas, de violências acrescidas.

Dentro do possível, pois, formem os dirigentes a mesa com essa alternância de médiuns e não-médiuns.

Além da intensidade da, corrente, e da resistência que a ela opõe o condutor, encontramos outras especialidades a estudar.

POTENCIALA diferença de “pressão elétrica” entre uma ponta do fio

e a outra extremidade determina o “potencial” elétrico da corrente.

Mede-se esse potencial pela unidade “volt”. Então, 1 volt é a diferença de potencial que produzirá 1 ampére de corren-te, através de 1 ohm. de resistência.

Logicamente, quanto maior a diferença entre os dois extremos do condutor, maior a voltagem. E é exatamente essa diferença de potencial que faz que a corrente “flua” ou caminhe, do lado mais forte para o mais fraco, (geralmente chamado “terra”).

Então, numa corrente de 120 volts, precisamos de uma resistência de 120 ohms, para termos uma corrente de 1 ampére.

Temos duas maneiras de “ligar” uma corrente a elemen-tos isolados:

LIGAÇÃO EM SÉRIEQuando a corrente passa de uma lâmpada a outra, temos

a ligação em série, e o comportamento é o seguinte:Cada uma das lâmpadas de Natal recebe 1 ampére; cada

lâmpada tem 15 ohms; as oito perfazem 120 ohms; a entrada é de 120 volts.

Donde vemos que a resistência de, cada lâmpada é soma-da à outra, e o total das resistências (120 o.) vai estabelecer a intensidade da corrente (1 a). Corrente fraca, utilizada, por exemplo, nessas lâmpadas das árvores de Natal.

LIGAÇÃO EM PARALELOMas podemos ligar diretamente a corrente total em cada

lâmpada e teremos:Entrada, 120 volts; cada lâmpada fica com os 15 ohms

de resistência, e com 8 ampéres de corrente, portanto rece-berá intensidade de corrente, em cada uma, oito vezes maior que na ligação em série. Tipo utilizado na iluminação domés-

Eletricidade (IV)

Page 9: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 9

tica, para não enfraquecer a corrente nas lâmpadas e demais aparelhos elétricos.

Vejamos dois casos semelhantes, em ligações diferentes, para bem compreender o que ocorre:

Ligação em série:

120 o 120 o120.v + ——0———0—— 1/2 a 1/2 a

Ligação em paralelo:

120 o 120 o 120 + ———————— | | o o | | - ——————— 1 a 1 a

Na primeira, a ligação em série dividiu pela metade a intensidade da corrente em cada lâmpada. Na segunda, foi deixada total a intensidade de cada lâmpada.

Círculo fechado — Isso é importante para a constituição da “corrente” mediúnica. Por isso é ela sempre construída em circuito, em redor de uma mesa ou sem mesa. Isto porque, geralmente, os médiuns têm fraca potência, e por isso a ligação é feita em série, em circuito fechado. Só médiuns de grande potência podem ser ligados em paralelo (trabalhando a sós).

POTÊNCIA ELÉTRICA

A potência elétrica depende da combinação entre:a) a intensidade da corrente (amperagem) eb) a pressão elétrica (voltagem)

A potência é medida em “watts”; 1 ampére, quando a diferença de potencial é de 1 volt.

Então conhecemos os “watts” (potência) de uma corrente, multiplicando os volts pelos ampéres.

No último exemplo que demos acima: na ligação em série, as lâmpadas poderão ter uma potência de 60 w, mas na ligação em paralelo terão 120 w, ou seja, o dobro da potência.

A energia (erg) é a potência combinada com o tempo. Mede-se em watts hora (wh) ou, para facilitar nas quanti-dades maiores, quilowatt hora (kwh). Para encontrar-se a energia, bastará multiplicar a potência pelo tempo. Por esse meio descobrimos a energia despendida.

Energia despendida pelos médiuns — Assim, nas reuniões medi-únicas podemos calcular a energia despendida Pelos aparelhos calcu-lando o potencial de força do conjunto, a intensidade da corrente, a potência do aparelho e o tempo gasto. Em vista disso é que se aconselha que as reuniões não devem durar mais do que uma hora e meia, a fim de não de gastar muita energia dos presentes. Entretanto,

a presença de pessoas com muita vitalidade (muito potencial) e com a manifestação de “espíritos” muito elevados (grande intensidade de corrente) e de médiuns de forte potência, pode demorar-se, mais, porque a energia fica muito acrescida em capacidade.

Além disso, se a corrente estiver bem ligada ao Gerador Universal da Força Cósmica (Deus) por pensamentos elevados e pre-ces desinteressadas, isso fortificará de muito a capacidade do grupo e compensará a energia consumida no intercâmbio.

TRANSFORMADORO transformador é um aparelho que consiste em duas

bobinas (um fio fino isolado, geralmente por verniz) enrolado num, núcleo de ferro doce. A corrente, ao passar pelo fio em redor do ferro, magnetiza-o e desmagnetiza-o muitas vezes por segundo. Funciona o transformador de acordo com o número de espiras (voltas), dessa primeira bobina, e com o número de espiras da outra; bobina (secundária) de saída, que é magnetizada por indução.

Por esta figura poderá ser compre-endido o mecanis-mo de um transfor-mador: se a bobina primária (de entra-da) tiver a metade, das espiras que a bobina secundária (de saída), a cor-rente que entrou com 60 volts, sairá do outro lado com 120 volts.

Entretanto, se a voltagem foi aumentada a corrente dimi-nui. Então, o interessante não é fazer o transformador traba-lhar nesse sentido, e sim no sentido contrário: diminuindo a voltagem e aumentando a corrente. Isso se consegue colocando mais espiras na bobina primária e menos na bobina secundá-ria. Como sempre existe pequena perda (2 a 3%), a corrente não aumenta na prática tanto quanto deveria fazê-lo teorica-mente.Veja o exemplo da figura.

Daí verificamos, na prática, que, em certas reuniões mediúnicas, há elementos humanos que funcionam como verdadeiros transforma-dores que aumentam a corrente. Quase sempre são pessoas que não são médiuns, e até que muitas vezes se julgam inúteis na reunião. Ficam ali parados, concentrados, firmes, mas nada sentem. No entanto, estão servin-do incalculavelmente para, o bom êxito das comunicações; são os chamados “estacas de sustentação” de uma reunião. Sem a presen-ça deles, a reunido se tornaria tão fraca que quase nada produziria.

Page 10: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

10 35ªaula:AsparábolasIII(Vidarural)

Como há esses transformadores que aumentam a corrente, exis-tem os que agem de modo inverso: diminuem a corrente. São aqueles que se “isolam” do conjunto, ou porque permaneçam preocupados com seus pensamentos próprios, ou porque cedam ao cansaço e durmam: a interrupção de corrente trabalha como um transformador que diminui a corrente, embora não na corte.

RETIFICADORChamamos assim ao aparelho que transforma a corrente

alternada em corrente contínua. Trabalha baseado no prin-cípio das válvulas, que deixam a água correr num senti-do, mas se fecham, impedindo-a de voltar. Assim, no retificador elétrico, o aparelho deixa passar os elétrons de um lado só, não lhes permitindo o regresso. O processo que fará entender é o da válvula, eletrô-nica retificadora:

A válvula é composta de um filamento que, aquecido, expele elétrons. Estes são atraídos pela placa, que os manda à frente. Mas não podem regressar da placa ao filamento. A corrente entrou alternada, ao sair da placa tem um só senti-do: é direta.

Telemediunidade — Também na reunião mediúnica há pessoas que atuam como válvulas retificadoras quase agentes catalíticos, que permitem ao aparelho sensitivo (médium) a recepção de mensagens. No entanto, essa tarefa é quase sempre afeta a seres desencarnados, que facilitam a recepção das correntes provenientes do mundo astral mais elevado ou mesmo do mundo mental. É a chamada “telemediu-nidade”, em que um “espírito” retifica as correntes mais elevadas, tomando-as acessíveis aos aparelhos encarnados. Em muitas ocasiões, esses intermediários acrescentam, a essa tarefa, a de transformadores para diminuir a intensidade da corrente, a fim de poder ser recebida pelo aparelho mediúnico.

Vejamos, agora, como se dá a comunicação propriamen-te dita, sob o ponto de vista eletrônico.

Precisamos analisar o comportamento da onda de som, combinada com a onda elétrica, fixando bem que, na mediu-nidade, também se trata de ONDA, embora seja “onda de pensamento”.

Estudemos alguns termos de rádio.

IONTEQuando os elétrons viajam por um gás, têm eles a pro-

priedade de eletrizar os átomos desse gás, que se tornam carregados; passam então a denominar-se IONTES (ou íons). Podemos definí-los, então, como átomos (ou radicais) eletri-camente carregados.

Os iontes podem ser carregados de eletricidade positiva

(formando os cationtes) ou negativa (formando os aniontes).Quanto mais a atmosfera se carrega de iontes, mais ioni-

zada fica, isto é, mais eletrificada. A iontização poderá ser positiva ou negativa.

Durante o dia, a atmosfera fica demais iontizada, e por isso os aparelhos receptores funcionam com menos perfeição, já que, além de receberem a onda hertziana, recebem também as cargas dos iontes, o que produz estática. Havendo à noite menor iontização da atmosfera, por causa da ausência das radiações solares, funcionam melhor os receptores.

Os não-médiuns — Daí a preferência para exercício da mediu-nidade das horas noturnas, Quando há poucos iontes elétricos na atmosfera, já que a mediunidade funciona à semelhança do rádio, e o comportamento das ondas de pensamento ser semelhante ao das ondas hertzianas.

Vibrando intensamente os iontes elétricos produzidos pelas radiações solares, eles interferem — embora funcionando em faixa de onda mais baixa — nas ondas mais delicadas do pensamento; assim como, de modo geral, as ondas solares luminosas interferem na mani-festação dos fluidos magnéticos e no ectoplasma. Por isso, as “sessões” de efeitos físicos necessitam de ausência de raios luminosos.

Então, para o bom funcionamento de uma reunião mediúnica, é indispensável um ambiente bem iontizado, positivamente, por pen-samentos elevados. A atmosfera assim carregada facilita as comunica-ções, já que ativa o “campo elétrico-magnético”.

O melhor meio de iontizar o ambiente é manter os acumuladores ligados ao gerador (manter mentes e corações unidos ao Pai) de modo a emitir cationtes, que saturem a atmosfera. Essa emissão é realizada pelos pensamentos de amor desinteressado e de prece desinteressada, jamais por preces particulares só para si ou para os “seus” nem com amor só por aqueles que estão em contato conosco.

Em contrapartida, os ambientes carregados negativamente, com pensamentos de egoísmo, de discussões, de futilidades, de raivas e personalismos, só permitem reuniões fracas, improdutivas e até perturbadas, delas saindo os participantes em estado pior do que entraram: mais enfraquecidos, com órgãos psíquicos e físicos afetados.

Se não houver ambiente bem iontizado, é melhor não realizar reuniões. Por isso não deve fazer-se uma sessão de intercâmbio em qualquer lugar, nem sob pretexto de “CARIDADE”. Sim, é caridade dar um copo de leite a um faminto; mas será caridade dá-lo quando estiver estragado ou envenenado?

VALVULAVejamos agora o comportamento de uma válvula ter-

moiônica, dessas que utilizamos em nossos rádio-receptores. Vemo-la construída de:

a) um FILAMENTO de metal próprio, ligado à corrente elétrica que o esquenta até o rubro (em brasa), estado em que o fio expele de si milhões de elétrons, que têm seu caminho facilitado por causa do vácuo dentro da válvula.

b) de uma PLACA de metal, que recebe o jato de elétrons e os encaminha para diante pelo fio, mas não permite que eles voltem ao filamento; assim procedendo, transforma a corren-te alternada em corrente direta ou contínua.

c) nas válvulas mais complexas, entre o filamento e a placa existe, uma GRADE, que tem a finalidade de “selecio-

Page 11: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 11

nar” o fluxo dos elétrons.Com esses elementos básicos e alguns secundários, é

obtida a RETIFICAÇÃO da corrente e sua ampliação.

Na caixa craniana temos a principal válvula do corpo humano, que será estudada mais minuciosamente no capítulo da biologia: o corpo PINEAL ou EPIFISE. Ainda aí se localiza a grande auxiliar da pineal, que é a HIPÓFISE. No resto do corpo encontramos outras “válvulas”, mas isso é objeto de outra parte do estudo.

No entanto, fique claro que, para a comunicação, necessita-mos de uma válvula detetora ou retificadora, que é o corpo pineal. Comparativamente à termoiônica, a pineal funciona recebendo corrente alternada e deixando sair corrente direta: é pois uma “transformadora de corrente”. Mas, ao mesmo tempo age tal qual um transformador de freqüência, pois recebe “ondas-pensamento” que de lá saem modificadas em “ondas-palavra”.

Essa modificação da ideação em palavras é constante, no traba-lho interno do EU, que fornece as idéias à mente abstrata; essas ondas

curtíssimas são enviadas do transmissor (coração) e captadas pela pineal (cérebro), senão aí transformadas em palavras discursivas, em raciocínios, em deduções e induções. Com a prática desse trabalho constante, embora inconsciente, a pineal exercita-se para mais tarde, mais amadurecida, poder fazer o mesmo com idéias provenientes de fora, de outras mentes por meio da telepatia.

A pineal, formidável válvula eletrônica, capta as ondas-pensa-mento (corrente alternada) e as deteta em ondas discursivas (cor-rente direta pessoal) trabalhadas pelos lobos frontais do cérebro, e depois traduzidas em som (pelo aparelho fonador), ou em desenhos ideográficos (pelos músculos das mãos).

Assim, teórica e praticamente observamos a transmutação das idéias de um ser para outro, no ponto exato da transformação das ondas.

Mas resta-nos ainda ver o processo da “comunicação” propria-mente dita.

(continua no próximo número)

romper a barreira que lhe opomos.O medo não pode ter lugar em nosso coração, desde que

nos desprendamos das idéias de riqueza de família, de con-forto material de toda espécie. “Goza de tudo renunciando a tudo” é um nobilíssimo preceito. Bens, família, prazeres, con-tinuarão conosco; o que é preciso é modificar a nossa atitu-de para com eles. São fatores da nossa vida ao cuidado de Deus e não ao nosso; nada é nosso, nem mesmo nós. Tudo pertence a Deus. Isso quer dizer que devemos nos interessar por essas coisas, não como proprietários, mas como guardas provisórios. Aquele em nome do qual nós agimos, há de nos dar força e armas necessárias para nos defendermos contra os usurpadores.

Quando deixarmos de ser donos e descermos ao papel de servidores, mais humildes que a poeira que calcamos, to-dos os temores se dissiparão como brumas, e nós atingiremos, pela nossa intrepidez, a paz inefável, podendo então ver, face a face, o Deus da Verdade.

Ninguém pode ser qualificado de virtuoso se não for in-trépido: para exprimir suas opiniões, para executar, intimora-to e forte, as ordens de sua consciência.

A força reside na ausência total do medo, e não na quan-tidade de carne e de músculos de nosso corpo.

Se temermos a Deus, nunca temeremos os homens.

Revista da LBV, nº 16, outubro de 1957, p.51.

Ante o apêlo do Cristo

“SÊDE perfeitos”! — conclamou o Divino Mestre — entretanto, sabemos que estamos presentemente mais distantes da perfeição que o verme da estrela.

Ainda assim, Jesus não formularia semelhante apelo se estives-se ele enquadrado no labirinto do “impossível”.

Podemos e devemos esposar a nossa iniciação no aprimoramen-to para a eternidade, começando a ser bons.

Todavia, é necessário distinguir bondade da displicência com que muita vez nos rendemos à falsa virtude, de vez em que, em toda parte, há bons entregues a escuras negações da verdadeira bondade.

Bons para acender a fogueira da discórdia, bons para entroni-zar a astúcia no altar devido à inteligência, bons para consolidar a maldade, bons para empreender a separação, bons para os fins da desordem, bons para a conservação da ignorância e da miséria que amortalham grande parte da humanidade.

Busquemos o padrão do Cristo e sejamos bons, quanto o Mestre nos ensinou.

É natural não possas ser apresentado, imediatamente, em car-ros de triunfo, à frente da multidão, categorizado à conta de santo ou de herói; mas podes ser bom para o próximo, estendendo-lhe as mãos fraternas.

Repara em torno da mesa farta ou ao redor da saúde que te garante a harmonia orgânica...

Podes ser o irmão do companheiro infeliz, através de alguma frase de bom ânimo, o benfeitor do coração materno infortunado, pela graça do auxílio espontâneo, o salvador da criança que luta com a enfermidade e com a morte, pela gota de remédio restaurador...

Podes ser o amigo dos animais e das árvores, o preservador das fontes e o defensor das sementes que sustentarão o celeiro de amanhã...

Desperta e faze algo pela bondade verdadeira, para que sejas admitido na escola da divina sublimação.

Não te detenhas.A vida não te reclama atitudes sensacionais, gestos imprati-

cáveis, espetáculos de glória súbita... Pede simplesmente que sejas bondoso para com aqueles que cruzam teu caminho...

Esqueçamos o mal e procuremos o bem que nos há de santificar.Ainda agora e aqui mesmo, enquanto relemos o convite do

Senhor, podemos formular no coração uma prece por todos aqueles que ainda não nos possam compreender e, pela sublime luz da ora-ção, começar a obra de nosso aperfeiçoamento para a Vida Imortal.

(continuação da página 7)

Page 12: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · 32. Se amais aqueles que vos amam, ... quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os demen-tados pela dor, os traumatizados

É preciso que se dê mais importância à leitura do Evangelho. E, no entanto, abandona-se esta divina obra;faz-se dela uma palavra vazia, uma mensagem cifrada. Relega-se este admirável código moral ao esquecimento.

1. Pedi e vos será dado. Buscai e achareis. Batei e a porta se vos abrirá, pois aquele que pede recebe, o que procura encontra, e ao que bate se abre. Qual dentre vós dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? Ou, pedindo-lhe um peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará os verdadeiros bens aos que Lhe pedirem. (Mateus, 7:7-11).

2. Do ponto de vista terreno, a máxima Bus-cai e achareis é semelhante a esta outra: Ajuda-te e o Céu te ajudará. É o princípio da lei do traba-lho e, consequentemente, da lei do progresso, pois o progresso é produto do trabalho, uma vez que o trabalho põe em ação as forças da inteligência.

Na infância da humanidade, o homem só usa-va sua inteligência na busca dos alimentos, dos meios para se proteger das intempéries e para de-fender-se dos inimigos. Mas Deus, diferenciando-o dos animais, deu-lhe a mais o desejo incessante de melhorar-se. E é esse desejo que o impulsiona a procurar meios de melhorar suas condições de vida, levando-o às descobertas, às invenções e ao aperfeiçoamento da ciência, pois é a ciência que lhe proporciona o que lhe falta. É pelas pesquisas que seu conhecimento se amplia e sua moral evolui. Às necessidades do corpo, seguem-se as do espírito. Depois do alimento material, é preciso o alimento espiritual. É assim que o homem passa do estado selvagem à civilização.

Mas o progresso que cada homem realiza in-dividualmente durante a vida é insignificante e, em muitos casos, até imperceptível. Como, então, a humanidade poderia progredir, sem a preexis-tência e a reexistência da alma? Se todos os dias almas partissem da Terra para não mais voltar, a humanidade se renovaria continuamente com se-res primitivos que teriam tudo por fazer, tudo por aprender novamente. E não haveria, então, razão para que o homem fosse hoje mais evoluído do que nas primeiras eras do mundo, já que, a cada nascimento, todo o trabalho intelectual precisaria recomeçar. Ao contrário, retornando com o pro-gresso obtido e adquirindo a cada retorno alguma experiência a mais, a alma passa gradualmente do estado selvagem à civilização material, e desta à civilização moral. (Veja capítulo IV, número 17, desta obra).

3. Se Deus tivesse liberado o homem do tra-balho físico, seus membros seriam atrofiados. Se o tivesse liberado do trabalho intelectual, sua mente teria permanecido infantil, em estado de instinto

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo 16 - “Buscai e achareis”

animal. É por isso que fez do trabalho uma necessidade, e lhe disse: “Busca e acharás; trabalha e produzirás. Dessa forma, se-rás o produto de tuas obras; terás o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito”.

4. É em virtude da aplicação desse princípio que os espíritos não tiram do homem a oportunidade do trabalho de pesquisa. Se oferecessem aos homens descobertas e invenções já prontas para serem utilizadas, de maneira que eles precisassem somente pegar o que lhes é posto nas mãos, sem se preocuparem sequer em pensar, o mais preguiçoso poderia enriquecer e o mais in-culto tornar-se sábio, sem qualquer esforço. E, tanto um como o outro, atribuiriam-se os méritos pelo que não fizeram. Não, os espíritos não isentam o homem da lei do trabalho; ao contrário, mostram-lhe a meta que deve atingir e o caminho que a ela con-duz, dizendo-lhe: “Caminha e chegarás. Encontrarás pedras no caminho. Então olha, e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se quiseres empregá-la”. (Veja O Livro dos Mé-diuns, capítulo XXVI, número 291 e seguintes).

5. Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus signifi-cam: “Pedi a luz que deve iluminar vosso caminho, e ela vos será dada. Pedi a força para resistir ao mal, e a tereis. Pedi a assistên-cia dos bons espíritos, e eles virão vos acompanhar e, como o anjo de Tobias,1 vos servirão de guias. Pedi bons conselhos, e jamais vos serão recusados. Batei à nossa porta, e ela vos será aberta. Mas pedi sinceramente, com fé, fervor e confiança. Apresentai-vos com humildade e não com arrogância. Sem isso, ficareis en-tregues às vossas próprias forças, e as quedas que sofrerdes serão a punição por vosso orgulho”.

Esse é o sentido destas palavras: “Buscai e achareis. Batei e a porta se vos abrirá”.1 Patriarca judeu que viveu antes de Cristo, autor do Livro de Tobias, em que este é guiado pelo anjo Rafael, transfigurado em humano. Veja no capítulo XXVII, número 8, desta obra, exemplo citando uma passagem que envolve Tobias.