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Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná 1 Direitos Reservados UFPR Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1 Estrutura Interna 1 Estrutura Interna do Concreto Disciplina: TC 030 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I GRUPO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ADAPTADO POR: PROF. RONALDO MEDEIROS-JUNIOR Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1 Estrutura Interna 2 • Complexa • Estrutura Heterogênea • Composição depende de Inúmeros Fatores Concreto A ESTRUTURA DO CONCRETO Micro Estrutura Macro Estrutura Introdução Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção ESTRUTURA INTERNA Estrutura do concreto Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1 Estrutura Interna 3 Resistência Deformações Durabilidade Densidade e compacidade Fatores externos e agentes agressivos Estrutura interna permeabilidade ..... Introdução Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção ESTRUTURA INTERNA Estrutura do concreto Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1 Estrutura Interna 4 • Agregados • Pasta • Macro-poros Macro Estrutura Introdução Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção ESTRUTURA INTERNA Estrutura do concreto Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1 Estrutura Interna 5 Micro Estrutura • Agregados • Pasta • Água • Micro-poros • Zona de Transição Introdução Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção ESTRUTURA INTERNA Estrutura do concreto Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1 Estrutura Interna 6 Macro-poros Micro-poros > 50 nm < 50 nm • Resistência • Permeabilidade • Retração por secagem • Fluência Introdução Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção ESTRUTURA INTERNA Estrutura do concreto

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Prof. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

1

Estrutura Interna do Concreto

Disciplina:TC 030 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

GRUPO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOADAPTADO POR: PROF. RONALDO MEDEIROS-JUNIOR

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2

• Complexa

• Estrutura Heterogênea

• Composição depende de Inúmeros Fatores

Concreto

A ESTRUTURA DO CONCRETO

Micro Estrutura

Macro Estrutura

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Estrutura do concreto

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3

Resistência

Deformações

DurabilidadeDensidade e

compacidade

Fatores

externos e

agentes

agressivos

Estrutura

internapermeabilidade

.....

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Estrutura do concretoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

4

• Agregados

• Pasta

• Macro-poros

Macro Estrutura

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Estrutura do concreto

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Micro Estrutura

• Agregados

• Pasta

• Água

• Micro-poros

• Zona de Transição

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Estrutura do concretoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Macro-poros Micro-poros

> 50 nm < 50 nm

• Resistência• Permeabilidade

• Retração por secagem• Fluência

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Estrutura do concreto

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RetraçãoRetração

Cimento (kg/m3) a/c Retração (x10-5)

Pasta 1800 0,25 220

Argamassa 550 0,50 90

Concreto 450 0,30 20

Concreto 450 0,50 80

Concreto 450 0,70 140

Concreto 250 0,30 5

Concreto 250 0,50 20

Concreto 250 0,70 40

Agregados Relação a/c

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Estrutura do concretoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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FluênciaFluência

Aumento de deformação com o tempo, sob carregamento constante!

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Estrutura do concreto

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Fluência x RelaxaçãoFluência x Relaxação

Em estruturas de concreto onde há restrição à deformação (deformação

imposta), a fluência apresentará um decréscimo da tensão com o tempo!

Tensão constante Deformação

aumentaFLUÊNCIA

Deformação constante

Resistência diminui

RELAXAÇÃO

tempo

tempo

σσ x x t x Ɛt x Ɛ

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Estrutura do concretoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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RelaxaçãoRelaxação

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Estrutura do concreto

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Fluência e relaxação Fluência e relaxação –– efeitosefeitos

• Perda de protensão ao longo do tempo em peças de concreto

protendido ( previsão no cálculo )

• Ocorrência de flechas provocam fissuração de elementos de vedação e

revestimentos

• Transferência de tensões do concreto para o aço em peças

comprimidas de concreto armado

Ruptura com cargas mais baixas

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Estrutura do concretoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Microscópio Eletrônico de Varredura MEV

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Microestrutura

Microestrutura

Estudo através de microscopia ótica e eletrônica

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13(Leica)

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MicroestruturaProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Aumentos de até 900.000 xImagens tridimensionais

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Microestrutura

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Microscópio Eletrônico de Varredura MEV

EDS - Espetroscopia por Energia Dispersiva por feixes de raios X

DRX – Difração de raios X

Permite identificar qualitativa e quantitativamente a composição de uma região da amostra

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MicroestruturaProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Importância do estudo da Importância do estudo da microestruturamicroestrutura

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Microestrutura

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� Auxiliar na previsão e otimização das propriedades

físicas e mecânicas do concreto;

� Prevenir manifestações patológicas nas estruturas;

� Ferramenta para análise de manifestações patológicas;

� “Contribuir” para a durabilidade das estruturas;

�Desenvolvimento de novos aditivos, adições e suas

consequências;

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MicroestruturaProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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�Ensaios não-destrutivos

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Características físicas:

- Ocupam 80 a 90 % do volume

- Influenciam: E - módulo de elasticidadeCondutibilidade térmicaResistência mecânica

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Agregados

FASE AGREGADO

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20

Efeitos da geometria dos grãos:

Porosidade: absorvem água - altera a/c e ZT

Pode faltar água na região de aderência do agregado com a pasta

Agregados leves - argila expandida, ...

Agregados naturais como a areia e os seixos tem superfície polida com pouca porosidade.

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Agregados

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21

Efeitos da geometria dos grãos:

Rugosidade: Aumenta aderência com a pasta, Altera a fluidez

Britas tem superfície

mais rugosa

Areia e os seixo são menos rugosos.

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AgregadosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Efeitos da geometria dos grãos:

Forma dos grãos: Grãos lamelares reduzem a fluidez

Alongados ou lamelares± cúbico

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Agregados

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Classificação:

�Normais (cúbicos, esféricos ou tetraédricos): todas as dimensões aproximadamente iguais

�Lamelares: há grande variação na ordem de grandeza das dimensões

Forma ou geometria

Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes – Assessor Técnico Comercial Itambé

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AgregadosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Maiores superfícies de interface(superfícies preferenciais de ruptura)

Forma ou geometria

�Esféricas: melhores características�Lamelares: < trabalhabilidade; portanto, > consumo de cimento

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Agregados

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Grãos lamelares

Maior quantidade de vazios

Maior consumo de pasta de cimento

Aumenta retraçãoAumenta calor ....

Agregados mais rugosos

Maior aderência c/ pasta

Reduz a fluidez

Exige mais pastaMaior custo

Maior consumo de cimento

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AgregadosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Pasta = matriz contínua e porosa

• Idade da pasta ou grau de hidratação

• Quantidade de água ou a/c

• Proximidade com uma superfície

Não é homogênea nem imutável!!!

FASES CONSTITUINTES DA PASTA

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Pasta

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Estagio I: Em contato com a água ocorre uma rápida dissolução dos grãos do cimento. Sobem as concentrações de álcalis solúveis, Ca2+, SO4

2- e íons OH em solução, resultando em um pH de 12 a 13.

Estagio II: Os íons Ca2+, SO42- e íons OH reagem com os

silicatos e aluminatos para formar gel de C-S-H, etringita e portlandita, formando uma barreira em torno dos grãos de

cimento não hidratados, retardando novas hidratações, permitindo um período de trabalhabilidade durante o qual o

concreto deve ser lançado e assentado.

Estágios da hidratação do cimento:

( K. Luke)

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PastaProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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Estagio III: Durante o Estágio II, a concentração de íons Ca2+ continua a aumentar, reiniciando lentamente a hidratação dos grãos de cimento atrás da barreira.

Com a supersaturação de Ca2+, seguida da precipitação de Ca(OH)2, ocorre uma rápida hidratação dos grãos de cimento

gerando gel de C-S-H e etringita.A formação de gel de C-S-H e o intertravamento das partículas promovem a pega e o endurecimento.

( K. Luke)

Estágios da hidratação do cimento:

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Pasta

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3 fases

Fase 1 - Sólidos

Fase 2 – Vazios ou poros

Fase 3 - Água

FASES CONSTITUINTES DA PASTA

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PastaProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

30

1: C-S-H

2: Ca(OH)2 ou (C-H)

3: Vazio Capilar

(Moranville, 1992)

C-S-H

C-H

Vazio

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Pasta

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FASE 1 FASE 1 -- SÓLIDOSSÓLIDOS

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– produtos da hidratação;

• C-S-H;

• Hidróxido de cálcio;

• Sulfoaluminatos;

• Etringita;

• Observação: existem grãos anidros (não hidratados).

FASE 1 -SÓLIDOS

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Pasta - Sólidos

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3 principais produtos da hidratação do cimento Portland;

• C-S-H;

• Hidróxido de cálcio;

• Etringita.

C-H

Etringita

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2C3S + 6H C3S2H3 + 3CH + 120 cal/g

2C2S + 4H C3S2H3 +CH + 62 cal/g

50 % a 60% do volume da pasta

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Estruturas Fibrilares: C-S-H

Cristais de C3S e C2S hidratados

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• São as estruturas C-S-H:

C=CaO, S=SiO2, H=H2O

• Estruturas unidas através de ligações de Van

Der Waals

• Excelente resistência mecânica e química

Estruturas Fibrilares: C-S-H

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Estruturas Fibrilares: C-S-H

(Furnas Centrais Elétricas)

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Cristais de C-S-H crescendo depois de duas semanas de

hidratação (a/c=0,8). A morfologia dos cristais

depende das condições de cura.

www.cementlab.com

Cristais de silicato de cálcio hidratado (C-S-H)

FONTE: ALIZADEH, 2011

Estruturas Fibrilares: C-S-H

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Estruturas Prismáticas: C-H C-H

2C3S + 6H C3S2H3 + 3CH + 120 cal/g

2C2S + 4H C3S2H3 +CH + 62 cal/g

20 % a 25% do volume da pasta

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Estruturas Prismáticas: C-H

• Cristais de grande tamanho

• Formas hexagonais

• Formados p/ hidróxido de cálcio - Ca(OH)2

C-H

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Estruturas Prismáticas: C-H

•pH elevado da pasta (pH ≅ 13)

• Cristais porosos, solúveis em água, muito reativos quimicamente

• Baixa resistência mecânica.

C-H

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Estruturas Prismáticas: C-H

Micrografias (MEV)(Silva , F.J. da, IME)

C-HC-S-H C-HC-S-H

C-H

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Etringita: Produto da hidratação dos Aluminatos

Cristais grandes e volumosos

Formados por C3A + gesso hidratados

(ocupa menor volume)

Instáveis, com a redução na concentração de sulfato,

a etringita se decompõe, formando monossulfato

C3A +3CSHx + 32H C3A . 3CSH32 Etringita

C3A + CSHx + 12H C3A . CS.H12 Monossulfato

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• Etringita:

Reação do C3A em solução de gesso.

Concrete.cee.hiroshima-u.ac.ip/research e.html

C3A +3CSHx + 32H C3A . 3CSH32 Etringita primária

C3333A + gesso hidratados

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• Formam-se nas primeiras horas de hidratação;• São os primeiros cristais da pasta a se formar• Cristais em formato de agulhas;• Agulhas se intertravam e prendem muita água;• Cristais muito porosos com baixa resistência mecânica

C6AS3H32

Etringita, Aft

_

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• Etringita:

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45

(Griesser, A.;Swiss Federal Institute of Tecnology, 2002)(Stark, J.; Bollmann, K., Bauhaus-University Weimar Germany,)

Cristais em formato de agulhas;

Podem ocasionar uma hidratação inadequada (falsa pega) levando ao enrijecimento prematuro do concreto, prejudicam a trabalhabilidade (altera início e fim de pega) – depende do sulfato adicionado ao clínquer.

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• Etringita:

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Etringita secundária em vazio de ar

Na presença de umidade no concreto já endurecido, a etringita recristaliza em cristais maiores dentro dos vazios.

Etringita secundária em microfissuras

(Sta

rk, J

.; B

ollm

ann,

K.,

Bau

haus

-Uni

vers

ity W

eim

ar G

erm

any,

)

(Maria Virginia Heumann e Fabiana Moares)

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Etringita secundária:

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Micrografia eletrônica (MEV) mostrando um vazio capilar

com alguns cristais de estruturas crescendo para o

seu interior.

(Mehta e Monteiro, 2006)

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Etringita secundária:

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48

Etringita secundária em vazio de ar

Etringita secundária:

Depósitos secundários em um vazio de ar: Pequenas agulhas de etringita secundária.

(Sta

rk, J

.; B

ollm

ann,

K.,

Bau

haus

-Uni

vers

ity W

eim

ar G

erm

any,

)

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49

A etringita é instável e se transforma em cristais de monossulfato.

Com a redução na concentração de sulfato, a etringita se decompõe, em monossulfato, se o sulfato volta a estar

disponível, forma-se novamente a etringita.

C4AS.H18

_

Monossulfato Afm

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Pasta - SólidosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

50

A etringita é instável e se transforma em cristais de monossulfato.

(Grie

sser

, A.;

Sw

iss

Fed

eral

Inst

itute

of T

ecno

logy

, 20

02)

•Cristais hexagonais organizados em forma de “rosas”

•Vulnerável ao ataque de sulfatos

Monossulfato Afm

C4AS.H18

_

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• Monossulfato:

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51

Etringita

Monossulfato

(Mehta e Monteiro, 1984)

C3A . 3CSH32

C3A . CS.H12

C-S-H

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Grãos de clínquer não hidratados:

Grãos de clínquer não hidratados

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Pasta - Sólidos

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Volumes Relativos x Grau de hidratação em pasta com a/c=0,5

(Wei

ss, J

.; 20

05)

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Pasta - SólidosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

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(Wei

ss, J

.; 20

05)

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Pasta - Sólidos

FASE “PASTA MATRIZ”

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FASE 2 FASE 2 –– VAZIOS E VAZIOS E POROSPOROS

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Pasta – Vazios/PorosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

56

Vazios na pasta endurecida:

São de extrema importância

Maior quantidade de vazios:

� > porosidade� > permeabilidade� < resistências mecânica � < resistência química� > retração � > fluência

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Pasta – Vazios/Poros

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57

� Espaço interlamelar no C-S-H;

� Vazios capilares;

� Vazios de ar incorporado;

� Vazios de ar aprisionado;

Onde estão?

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Pasta – Vazios/PorosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

58

Espaço interlamelar no C-S-H 1 a 4 nm

Vazios capilares 0,01 a 1 µm

Ar incorporado 0,05 a 1 mm

Ar aprisionado 0,5 a 5 mm

1 nm � 10-9 m

Que tamanho?

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Pasta – Vazios/Poros

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59

Intervalos dimensionais dos sólidos e poros na pasta endurecida

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Pasta – Vazios/PorosProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

60

Espaço interlamelar das estruturas C-S-H:

Estruturas C-S-H formam lamelas muito próximas5 a 25Å (1 Å= 10-10m)

Poros muito pequenos - pouco afetam a resistência mecânica ou a permeabilidade.

Porém, quando a água sai

destes espaços, podem ocasionar retração significativa.

IntroduçãoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de ConstruçãoESTRUTURA INTERNA

Pasta – Vazios/Poros

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Vazios Capilares:

� Poros formados pela parte da água de amassamento que não reage.

� 20 a 25% peso de CP em água reage quimicamente (“água estequeométrica”)

� Toda água além, sobra e fica dentro dos poros capilares

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62

Vazios Capilares:

Qual a faixa comum de relação a/c?

a/c comum: 0,40 a 0,65

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63

Vazios Capilares:

Mas porque não usamos 0,20 a 0,22 que é a água necessária para reação química com o cimento?

Fluidez

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64

Sobra 50 a 70% da água utilizada

Vazios Capilares:

Resultado disso:

É isso que gera os poros capilares nos concretos e argamassas

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65(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

100 cm3 + H2O cm3

Densidade do cimento?

3,18 g/cm3

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66(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

318 g de cim.

± 200 g de H2O

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67(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

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68(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

318 g de cim.

Vt = 100 + 318x0,7 == 320 cm3

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69(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

318 g de cim.

Vvaz. Cap. = 320 – 200 = 120 cm3 = 37%

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70(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

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71(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

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72(Mehta e Monteiro, 2006)

Vazios Capilares:

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73

Poros provocados pela água que “sobra” da relação a/c.

(Her

vé N

eto,

E.;

2008

)

Vazios Capilares:

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74

Poros com diâmetros de 0,01 µm a 1,0 µm.

10 nm a 1000 nm

• Quanto > a/c, maior a quantidade de poros capilares e maiores os seus diâmetros.

• Poros com Ø < 50nm não afetam a resistência mecânica mas provocam forte retração com a saída da água.

• Poros com Ø > 50nm prejudicam a resistência mecânica mas não causam muita retração com a saída da água.

Vazios Capilares:

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75

Ar Aprisionado:

Bolhas de ar (± 5 mm) ficam aprisionadas devido a mistura na betoneira

Representa (1 a 2 %) do volume total do concreto

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76

Os aditivos incorporadores de ar (IAR) também são compostostensoativos iônicos que reduzem a tensão superficial da água.

Moléculas do aditivo

(Mehta/Monteiro)

Aditivos Incorporadores de ar:

Ar incoporado:

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77

Incorporador de ar

1. As bolhas de ar se repelem devido a cargas de igual polaridadeatuando em suas superfícies.

2. O sistema de microbolhas é estável, não se desfazendofacilmente mediante vibração convencional. Contribuem para diminuira exsudação.

(Mehta/Monteiro)

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Ar incoporado:

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78

Ar incoporado:

• Bolhas de 50 a 200 µm.

• Aumenta a fluidez;

Incorporação de ar também é utilizada para resistênciaao fenômeno gelo-degelo.

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79Micrografia MEV mostrando uma bolha de ar incorporado de 1 mm.

(Mehta e Monteiro, 2006)

Ar incoporado:

Esféricos

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80

FASE 3 FASE 3 –– ÁGUAÁGUA

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Pasta – Água

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81

Na pasta recém endurecida existe muita água, tanto livre (líquida) ou quimicamente combinada.

Estas “águas” são mais ou menos fáceis de sair do concreto, a pasta que é inicialmente saturada sofre uma perda contínua da água até o equilíbrio com a

umidade do meio ambiente.

Sob calor 100 % da água pode sair.

A ÁGUA NA PASTA ENDURECIDA:

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Pasta – ÁguaProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

82

� Quimicamente combinada

� Interlamelar

� Adsorvida

� Capilar ou livre

A água presente na pasta é classificada em função da dificuldade com que pode ser removida.

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Pasta – Água

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83

1. Água quimicamente combinada de cristalização

• Integra a estrutura física do C-S-H e CH

• Varia de 0,20 a 0,25 kg/kg cimento anidro (para 100 %

de hidratação)

• 500ºC inicia a saída da água nos cristais Ca(OH)2

• 900ºC sai a água das estruturas C-S-H

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84

2. Água interlamelar ou água de gel

• “monomolecular”, fixada ao C-S-H por pontes de H

(presa entre as lâminas das estruturas C-S-H)

• apenas se movimenta p/ U.R. < 11% e temp. > 100 ºC;

• Pode causar fluência e forte retração

xxxxxxx

x

x

xxx

x x x x x

Lamela deC-S-H

xxxxxxx

x

x

xxx

x x x x x

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Pasta – Água

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85

3. Água adsorvida

• aderida às superfícies sólidas, sob atração elétrica

(pontes de hidrogênio)

• apenas se movimenta p/ U.R. < 30%;

xxxxxxx

x

x

xxx

x x x x x

xxxxxxx

x

xxx

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x

xxxxxxx

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x

xxxxxxx

x

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xxxxxxx

x

xxx

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x

xxxxxxx

x

xxx

x x x x x

x

• Sua saída é o principal

causador da retração por

secagem.

Lamela deC-S-H

6 camadas de água

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86

4. Água capilar

• No interior dos vazios;

• (nos poros entre 5 nm e 50 nm) sob efeitos de

tensão capilar → retração hidráulica ou de

secagem

• (nos poros acima de 50 nm) – “água livre”, sua

saída não causa retração

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Pasta – Água

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87(Mehta e Monteiro, 2006)

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88(José Freitas Jr.)

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89

www.concrete.org

Fissuras decorrentes da retração do concreto no estado plástico.

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90

www.concrete.org

Fissuras decorrentes da retração do concreto no estado endurecido.

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http://propriedadesdoconcreto.blogspot.com.br/

Fissuras decorrentes da retração do concreto no estado endurecido.

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92

Quais as águas da

pasta hidrata?

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94

AA ZONAZONA DEDE TRANSIÇÃOTRANSIÇÃO::

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Zona de Transição

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95

Zona de Transição

Zona de Transição

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Zona de Transição

A ESTRUTURA DO CONCRETO

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96

Onde ocorre preferencialmente a ruptura no concreto

Concreto 1 Concreto 2

Zona de transição

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Zona de Transição

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97

A ZT é a interface entre o agregado e a pasta Espessura de aproximadamente 1/20 mm

É o “elo” mais frágil do concreto

As rupturas em concretos comuns iniciam na zona de transição

A ZONA DE TRANSIÇÃO:Introdução

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Zona de TransiçãoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

98(Mehta e Monteiro, 1994)

agregado

Zona de transição Pasta de Cimento

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Zona de Transição

Baixa resistência mecânica da ZT:

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99

Baixa resistência mecânica da ZT:

Concentração de “etringita” - cristais grandes, porosos com baixa resistência mecânica

Filme de água - aumenta a/c (exsudação interna)

Os cristais de hidróxido de cálcio se posicionam paralelamente à superfície do agregado, favorecendo a existência de planos de clivagem.

(Paulon, V.; 1991)

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Zona de Transição

A ZONA DE TRANSIÇÃO:

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100(Mehta e Monteiro, 1994)

agregado

Zona de transição Pasta de Cimento

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Zona de Transição

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101

Zona de Transição

(Mehta e Monteiro,2006)

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Zona de TransiçãoProf. Dr. Ronaldo Medeiros-Junior | Materiais de Construção 1Estrutura Interna

102

Corante azul indicando a maior porosidade da zona de transição no entorno dos grãos dos agregados graúdos.

www.cmc-concrete.com

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Zona de Transição

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103

Exsudação é a tendência da água de amassamento vir à superfície do concreto recém lançado, devido ao sua

densidade (1g/cm3) ser menor que a dos agregados (≈2,4g/cm3) e a do cimento (≈ 3,1g/cm3).

Fenômeno faz com que o fator a/c da superfície fique enorme, reduzindo a resistência mecânica na região.

(Granato, Basf)

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Zona de Transição

A ZONA DE TRANSIÇÃO: Exsudação

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104

21:33

(Mehta e Monteiro,2006)

Exsudação interna é a não visível.

É a água que ao subir fica presa sob os agregados e vergalhões de aço.

A exsudação interna prejudica a aderência da pasta de cimento aos agregados e

vergalhões de aço.

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Zona de Transição

Exsudação interna

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105Silia Fume Association

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Zona de Transição

Exsudação interna

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106

A ZONA DE TRANSIÇÃO:

Concreto convencional Concreto de alta resistência - CAR

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Zona de Transição

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107

ZT “perfeita”

(Aïtcin, 2000)

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Zona de Transição

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO - CADMICROESTRUTURA

FASE AGREGADORocha com alta resistência.Lamelaridade prejudica.

FASE PASTA MATRIZBaixas relações A/A - minimizam vazios.Sílica ativa, mais C-S-H e efeito microfiler.

ZONA DE TRANSIÇÃOBaixas relações A/A e a SA melhoram ZT.

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108

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

•CONCRETO: Estrutura, Propriedades e Materiais, P. Kumar Metha e Paulo J. M. Monteiro, São Paulo: Pini, 1994.

•CONCRETE, Microstucture,Properties and Materials, , P. Kumar Metha e Paulo J. M. Monteiro,

McGraw-Hill, 2006

•Aulas Prof. José Marques Filho

•A microestrutura do concreto convencional – Concreto Ensino, Pesquisa e Realizações – IBRACON, Capítulo 19, Vladimir A. Paulon.

•Considerações sobre a microestrutura do concreto, Luis Fernando Kaefer

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Estrutura Interna

Materiais de ConstruçãoA ESTRUTURA DO CONCRETO