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GRUPO DE ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2013/2014 Unidade Didática TÉNIS

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GRUPO DE ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2013/2014

Unidade Didática

TÉNIS

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INTRODUÇÃO

O presente Modelo de Estrutura do Conhecimento de Ténis é realizado no âmbito do

Estágio Pedagógico, inserido no plano de estudos do 2º ano do 2º Ciclo em Ensino da

Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade da Beira Interior. A

elaboração deste tem por base o Modelo proposto por Vickers (1990).

Pretende-se com este documento facilitar o processo de ensino e aprendizagem através

da criação de um conjunto de orientações sustentadas e tendo em conta a especificidade

dos alunos para o qual se dirige: turma 11ºBD da Escola Secundária Frei Heitor Pinto.

Este modelo apresenta um conjunto de princípios que ajudam a perceber a sua

importância para o professor:

coletivos; desportos individuais);

Uma E.C.

reflete uma rede de conhecimentos transdisciplinar que é o que identifica as habilidades

e estratégias num determinado desporto, e mostra como os conceitos das ciências do

desporto influenciam a performance, o ensino, ou o treino.

nhecimentos identificado no módulo 1 torna-se generativo,

conduzindo o processo de análise do ambiente de ensino e dos alunos, determinando o

alcance e a sequência da matéria, determinando os objetivos e avaliação, e selecionando

as atividades a propor aos alunos. Há portanto uma grande valorização do

conhecimento, e a análise das matérias de ensino é vista como uma das mais importantes

fases do processo.

capacidade de resolver problemas, pensar e ser criativo.

-se em três fases: 1-Análise; 2-Decisão; 3-Aplicação.

Sendo assim, referente à Fase de Análise, é apresentado no módulo 1 a Análise da

modalidade (Ténis) em Estruturas do Conhecimento, fazendo referência apenas aos

conteúdos programados e os selecionados para serem abordados e tendo em conta o

planeamento anual já efetuado pela escola, e as análises posteriores do envolvimento

(módulo 2) e dos alunos (módulo 3). Relativamente ao módulo 1 é importante ter em

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conta que a determinação do número e tipo de categorias transdisciplinares e a sua

ordem depende:

Na Fase de Decisão é determinada a extensão e a sequência da matéria (módulo 4), bem

como a sua justificação tendo em conta a análise prévia dos alunos (avaliação

diagnóstica). Só a partir daí é possível o estabelecimento de objetivos de aprendizagem

para os alunos (módulo 5) com a prática da modalidade. De seguida é necessário

determinar os momentos e processos de avaliação (módulo 6) de modo a analisar os

alunos em relação aos objetivos estabelecidos. Nesta fase são também apresentadas as

atividades de aprendizagem/Progressões de ensino (módulo 7) que englobam um

conjunto de exercícios que têm como finalidade auxiliar os alunos a atingir os objetivos

definidos.

Por fim, a Fase de Aplicação (Módulo 8), resulta de todo este processo anterior, e

consiste na sua aplicação real a diferentes níveis: Plano Anual; Plano de Unidade

Didática; Plano de Aula, entre outros. Portanto, há que ter em consideração a existência

de múltiplos constrangimentos que, ao longo do tempo, obrigam a uma tomada de

decisão e capacidade de adaptação constantes. Nesse sentido será fundamental uma

atitude de reflexão permanente, como forma de dar sentido ao processo e potenciar a

aprendizagem dos alunos.

MÓDULO 1 – ANÁLISE DA MODALIDADE DESPORTIVA

A análise da modalidade desportiva constitui-se como a primeira tarefa a desempenhar

pelo professor, na sua estruturação e organização do processo de ensino e aprendizagem.

O conteúdo surge aqui como ponto de partida para a planificação estratégica da sua

intervenção, sendo por via de um conhecimento declarativo e profundo da modalidade

que se definem os objetivos e instrumentos de atuação junto dos alunos.

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Assumindo um conhecimento transdisciplinar da matéria em estudo, esta fase ajuda o

professor a conhecer e a relacionar as diversas áreas de conhecimento, englobando

conceitos como a caracterização da modalidade a ensinar, a condição física, as

habilidades motoras da modalidade e os conceitos psicossociais.

Contudo, este conhecimento específico e diversificado, só terá significado se aplicado

em congruência com o contexto a que se propõe impor.

Assim, a estrutura de conhecimento apresentada de seguida reflete uma intrínseca

relação com a realidade a intervir, invocando aquilo a que a Vickers

denomina,”Personalized Knowledge Structure” (1990,p.55).

1.1 – CULTURA DESPORTIVA

1.1.1 – HISTÓRIA

Para começarmos a contar a origem do tênis, vamos viajar até o século XII, quando

monges franceses começaram a lançar com as mãos uma bola rústica contra os muros

dos seus mosteiros.

Há alguns historiadores que vão mais além, dizem que povos egípcios e gregos da

antiguidade já praticavam desportos que seriam precursores do tênis. Como não há

desenhos ou descrições que confirmem tal tese, estes pesquisadores usam como

exemplo expressões árabes do antigo Egito como a “rahat”, que significa palma da mão

e seria a base da palavra raquete. Dizem ainda que a origem do nome do desporto veio

da cidade egípcia Tinnis. Alguns outros pesquisadores dizem que a palavra tênis só

surgiu muitos séculos depois, derivada da expressão francesa “tenez” (traduzida como

“pegue” ou “segure”), que era dita sempre que um jogador se preparava para lançar a

bola para o adversário.

Bem antes do desporto ser conhecido como tênis, havia uma brincadeira inventada pelos

monges franceses que ganhou o nome de “jeu de paume”, que significava “jogo da

palma (da mão)”, já que ainda não se usavam raquetes. No começo, os jogadores

usavam as mãos, mas depois começaram a usar tiras de couro ou luvas.

A versão mais antiga de uma raquete surgiu por volta do século XIV, quando passou a

ser utilizado no jogo um objeto de madeira em forma de pá, conhecido como “battour”.

Contudo, apenas dois séculos mais tarde o objeto em forma de pá ganharia um cabo e

cordas trançadas. Alguns pesquisadores garantem que a invenção da raquete é italiana.

Com o tempo, o desporto começava a ganhar novas regras. A bola deixava de ser

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arremessada contra um muro e passava a ser praticado em quadras retangulares com

uma corda que dividia ela ao meio. As bolas eram feitas de materiais diversos, como lã,

tecido ou couro.

O desporto tinha caído no gosto da nobreza e alguns pesquisadores afirmam que por

volta do século XIII já existiam cerca de 1.800 quadras de tênis na França. Pouco tempo

depois, o “jeu de paume” chegava nas graças do povo inglês que também conquistou

aos reis Henrique VII e Henrique VIII, que promoveram a construção de muitas

quadras.

Após a Guerra dos Cem Anos, que durou de 1337 a 1453, o desporto praticamente tinha

desaparecido. Porém, quando a guerra terminou, o rei Luís XI da França retornou com o

desporto e até decretou como deveria ser a bola. Ela teria uma fabricação específica

com um couro especialmente escolhido, e deveria conter um chumaço de lã comprimida

no seu interior.

O rei Luís XII, sucessor de Luís XI, também era um apaixonado pelo “jeu de paume” e

foi o responsável por divulgar o desporto no país. Tanto é que pediu ajuda ao francês

Guy Forbert para que redigisse as primeiras regras.

Passaram-se séculos até que em 1873, era escrito o primeiro livro de regras do desporto,

depois de ressurgir novamente após a Revolução Francesa em que guerras foram

promovidas por Napoleão Bonaparte.

Com o sucesso garantido do tênis, a modalidade conseguiu a sua inclusão no programa

dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, na cidade de Atenas, na

Grécia. De 1896 a 1924, o tênis fazia parte do programa olímpico. Contudo, o desporto

ficaria de fora das Olimpíadas de 1928 à 1988, pois o Comitê Olímpico Internacional

era extremamente rígido com a profissionalização do desporto.

Uma competição importante que surgiu no ano de 1900, foi a Copa Davis, um

campeonato mundial de seleções entre os países disputado até hoje.

Apesar do tênis ter sido criado desde o século XIX, a primeira entidade internacional

que surgiu para este desporto foi só em 1912. A Federação Internacional de Lawn-

Tennis reunia inicialmente 12 países e em 1977 passou a ser chamada de Federação

Internacional de Tênis (FIT).

Em 1924, a entidade consolidava os princípios criados por Wingfield e lançou um novo

livro de regras, que se mantém praticamente inalterado até hoje.

Em 1968, ao mesmo tempo em que o tênis espalhava-se por todo o mundo, em vários

países, começava a surgir torneios com prêmios em dinheiro ou que pagavam pela

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presença de bons jogadores. A Federação Internacional percebeu a diminuição de

participantes nas suas competições e passou a admitir jogadores profissionais e

amadores na mesma competição. Com isso surgiam os torneios abertos.

Quatro anos mais tarde, com a separação clara já existente dos tenistas profissionais e

amadores, foi criado nos Estados Unidos, por iniciativa do norte-americano Jack

Kramer, a Association of Tennis Professionals (ATP), conhecida como Associação dos

Tenistas Profissionais.

1.1.2 – CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE

O Tênis é um desporto de raquete, que pode ser praticado individualmente ou em pares,

sendo disputado numa quadra por dois ou quatro jogadores, respetivamente singulares e

pares. A quadra é dividida em duas meia-quadras por uma rede, e o objetivo do jogo é

rebater uma pequena bola para além da rede (para a meia-quadra adversária) com ajuda

de uma raquete.

Para marcar um ponto é preciso que a bola toque no solo em qualquer parte dentro da

quadra adversária incluindo o alvado do oponente, fazendo com que o adversário não

consiga devolver a bola antes do segundo toque, ou que a devolva para fora dos limites

da outra meia-quadra. O desporto assim possui aspetos de ataque (rebater bem a bola,

dificultando a devolução do adversário) e defesa (bom posicionamento em quadra,

antecipação do lance adversário etc).

O tênis possui um intricado sistema de pontuação, que subdivide o jogo

em games/jogospt

e sets/partidaspt

. Um game é um conjunto de pontos (15-30-40-game)

e um set é um conjunto de games (1-2-3-4-5-set). Ganha o jogo/encontro aquele que

atingir um número de sets pré-definido, geralmente 2sets, sendo de 3 sets para os

grandes torneios masculinos.

Equipamento

Em 1583, surge a primeira raquete com encordoamento vertical, como as de hoje, em

substituição ao transversal. A raquete desenvolvida pelo neerlandês Mitelli, em 1675,

tem o cabo mais longo em relação à área de impacto. O aparecimento da raquete com

cabo liso, em 1891, ajuda a evitar as habituais torções no pulso. No fim do século XIX,

acontece uma grande revolução no formato: o lançamento dos primeiros modelos ovais.

A área de batida das bolas também se renova. Os minúsculos quadrados do

encordoamento multiplicam-se. Inspirada em instrumentos musicais italianos, a raquete

de 1930 é apresentada com um novo desenho.

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Esse desenho ficou conhecido por ter uma aparência de "panelões", raquetes com cabo

metálico e área de impacto maior para facilitar o jogo. Hoje em dia, a raquete mais

moderna tem a abertura na armação que reduz a resistência do ar, a área de batida é

menor e a corda mais fina.

A superfície de contato deve ser plana e ser formada por um padrão de cordas cruzadas

conectadas à moldura da raquete. O padrão de encordoamento deve ser uniforme. As

raquetes não devem exceder 73,7 cm de comprimento, incluindo o cabo; 31,7 cm de

largura. A superfície de contato com a bola não deve exceder 39,4 cm de comprimento e

29,2 cm de largura. A raquete, incluindo o cabo e as cordas, não deve conter qualquer

dispositivo que possa mudar o formato dela, ou para alterar a distribuição de peso, ou

qualquer outro meio que possa interferir no desempenho do atleta.

A Quadra (O Campo de Ténis)

A quadra deve ser um retângulo de 23,77m de comprimento por 8,23m de largura, para

os jogos de simples. Para os jogos de duplas e quadra deve medir 10,97m de largura.

Deve ser dividida ao meio por uma rede suspensa através de uma corda ou cabo

metálico, e ser suspensa por dois postes numa altura de 1,07m. A rede deve estar

completamente estendida de modo que não haja espaço entre os dois postes da rede e ter

uma malha suficientemente pequena para que a bola não passe através dela. A altura da

rede no centro da mesma deve ser de 0,914m, a qual deve estar presa no centro por uma

faixa.

Uma banda deve tapar a corda metálica ou o cabo do topo da rede. A faixa e a banda da

rede devem ser completamente da cor branca.

• O diâmetro máximo da corda ou cabo de metal é de 0,8cm.

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• A largura máxima da faixa central deve ser de 5cm.

• A faixa da rede deve ter entre 5cm e 6,35cm para cada lado.

Para os jogos de duplas, os centros dos postes da rede devem estar a 0,914m fora da

quadra de dupla de cada lado.

Para os jogos de simples, se a rede de simples é usada, os centros dos postes da rede

devem estar a 0,914m fora da quadra de simples de cada lado. Se uma rede de duplas é

usada, então a rede deve ser erguida por dois postes de simples, cada um com uma altura

de 1,07m, o qual os centros devem estar a 0,914m da quadra de simples de cada lado.

• Os postes da rede não podem ter mais que 15cm de diâmetro.

• Os postes de simples não podem ter mais que 7,5cm de diâmetro.

• Os postes da rede e os postes de simples não podem ter mais que 2,5cm acima do topo

da rede.

As linhas no final da quadra são chamadas de linhas de base e as linhas nas laterais da

quadra são chamadas de linhas laterais. Duas linhas devem ser estendidas entre as linhas

laterais da quadra, medindo 6,40m de cada lado da rede paralelas com a rede. Estas

linhas são chamadas de linha de serviço. Em cada lado da rede, as áreas entre a linha de

serviço e a rede são divididas em duas partes iguais, que são as áreas de serviço,

divididas por uma linha central. A linha central deve estar estendida paralelamente com

as linhas laterais da quadra de simples e estar no meio delas.

Cada linha de base deve ser dividida ao meio por uma marca central de 10cm de

comprimento, a qual deve ser estendida dentro da quadra paralela com as linhas laterais

da quadra.

• A linha de centro e a marca central devem ter 5cm de largura.

• As outras linhas da quadra podem ter entre 2,5cm e 5cm de largura, exceto as linhas de

base, que podem ter até 10cm.

Todas as medidas da quadra devem ser feitas de fora das linhas e todas as linhas da

quadra devem ser da mesma cor, claramente contrastando com a cor da quadra.

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1.2 – HABILIDADES MOTORAS

Pega da Raquete

Pega de Direita

Pega de Esquerda

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Pega a Duas Mãos para Bat. de Direita Pega Continental

Tipos de Pega

Pega Eastern para Bat. de Direita

Pega Eastern para Bat. de Esquerda

Pega

Fundamentos de Execução

Pega Eastern para Bat. de Direita – O vértice “V”, formado pelo polegar e o indicador, segura

a raquete no chanfro superior direito.

Pega Eastern para Bat. de Esquerda – O vértice “V”, formado pelo polegar e o indicador,

segura a raquete no chanfro superior esquerdo.

Pega a duas mãos para Batimento de Esquerda - a mão esquerda adota uma pega de direita e a

mão direita adota a pega continental. As mãos devem encontrar-se juntas, ou seja, a mão

esquerda deve situar-se imediatamente a seguir à mão direita, sobre o punho da raqueta.

Pega Continental – o vértice “V” segura a raqueta na face superior.

Erros Mais Comuns

Pegar a raqueta junto à haste ou muito junto à base do cabo;

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Posição de Espera

Posição de Espera

Posição de Espera: é uma posição de espera dinâmica que lhe possibilita entrar em ação em

qualquer parte do campo;

Fundamentos de Execução

Posicionar a raquete na horizontal, dirigida para o adversário.

Colocar os pés afastados, à largura dos ombros;

Semifletir os membros inferiores;

Inclinar o tronco ligeiramente à frente;

Distribuir o peso do corpo igualmente pelos dois apoios;

Dirigir o olhar para a frente.

Erros Mais Comuns

Pés juntos

MI em extensão

Incorreta colocação dos MS

Batimento de Direita

Fundamentos de Execução

Colocar-te na posição de espera;

Rodar o tronco/raqueta, iniciando o movimento por cima;

Fazer a preparação circular (a cabeça da raqueta descreve uma circunferência);

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Bater na bola à frente do joelho esquerdo;

Transferir o peso do teu corpo para o pé da frente;

Fazer com que a raqueta acompanhe a bola

Erros Mais Comuns

Não fazer rotação da cintura e do tronco.

Não fazer o acompanhamento da bola pela raquete (não prolongar o batimento)

Batimento de Esquerda

Fundamentos de Execução

Colocar-te na posição de espera;

Rodar os ombros/raqueta;

Baixar o ombro direito e apontá-lo para a bola;

Colocar o punho da raqueta junto ao bolso esquerdo, bem recuada;

Fazer o batimento à frente do joelho direito, de baixo para cima e de trás para a frente, com

transferência do peso do teu corpo para o pé da frente;

Fazer com que a raqueta acompanhe a bola, terminando à frente e em cima, com o M.S. em

extensão;

Ter o cuidado de, no final do movimento, não estares com o tronco voltado de frente para a rede

Erros Mais Comuns

Não realizar a rotação dos ombros,

Não realizar o acompanhamento da bola pela raquete (não terminar o batimento à frente e em

cima com o membro superior em extensão)

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Batimento de esquerda com as duas mãos

Fundamentos de Execução

Colocar-te na posição de espera;

Rodar os ombros/raqueta;

Baixar o ombro direito e apontá-lo para a bola;

Colocar o punho da raqueta junto ao bolso esquerdo, bem recuado, e a tua mão esquerda desliza

para o punho;

Fazer o batimento à frente do joelho direito, de baixo para cima e de trás para a frente, com

transferência do peso do corpo para o teu pé da frente;

Fazer com que a raqueta acompanhe a bola, terminando em cima do ombro direito com ambas as

mãos;

Ter, no final do movimento, o tronco voltado de frente para a rede.

Erros Mais Comuns

Não realizar a rotação dos ombros,

Não realizar o acompanhamento da bola pela raquete (não terminar o batimento à frente e em

cima com o membro superior em extensão)

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Serviço

Fundamentos de Execução

Colocar o pé esquerdo de modo que este forme um ângulo de 45° com a linha de fundo;

Esticar ambos os M.S., segurar a bola pelas pontas dos dedos (mão esquerda) e segurar (mão

direita) a raqueta com a pega continental;

Lançar a bola com o M.S. esticado, subindo pela frente do corpo (a bola só sai da mão no ponto

mais alto);

Fazer com que a raqueta descreva um arco muito amplo, da frente para trás, com o pulso fixo;

Transferir o peso do corpo do pé da frente para o pé de trás;

Fazer com que a raqueta descreva um pequeno arco atrás das costas, mantendo o cotovelo

elevado;

Transpor o peso do corpo do pé de trás para o pé da frente;

Bater a bola com o braço esticado, em cima e ligeiramente à frente da cabeça, com uma ação

forte de flexão do pulso;

Após bater a bola, cruzar o M.S. à frente do corpo, terminando do lado esquerdo;

Avançar o pé direito, para te reequilibrares e entrares no campo.

Erros Mais Comuns

Lançar mal a bola ao ar (a bola deve subir na vertical);

Não armar a raquete atrás das costas;

Bater a bola com o braço fletido e abaixo da cabeça.

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Remate (Smash)

Fundamentos de Execução

Colocar-te de lado (linha de ombros perpendicular à rede), com o pé esquerdo à frente e o peso

sobre o pé de trás;

Deslocar a raqueta diretamente pela frente, para cima do ombro;

Apontar para a bola com a mão esquerda;

Colocar os olhos fixos na bola;

Fazer com que a raqueta descreva um pequeno arco e bater a bola à frente do corpo, com o M.S.

esticado;

Transferir o peso do corpo para o pé da frente;

Após o batimento, cruzar o M.S. à frente do corpo e terminar do lado esquerdo;

Permanecer com o peso do corpo sobre o pé da frente, mas com o corpo já de frente para a rede.

Erros Mais Comuns

Não armar o braço atrás das costas

Não fazer a mira à bola com a mão esquerda

Não bater a bola à frente do corpo com o membro superior em extensão

Não prolongar o batimento

1.3 – FISIOLOGIA DO TREINO E CONDIÇÃO FÍSICA

Aquecimento

Como parte essencial e com uma importância fulcral, o aquecimento tem que ser

vigoroso e contemplar uma mobilização eficaz das principais articulações a serem

solicitadas no decurso da aula, intervindo na prevenção de lesões.

Os exercícios da parte inicial da aula assumem sobretudo um lugar importante para

ativar as estruturas corporais essenciais à modalidade a abordar, assim como, a

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execução de ações motoras da técnica mais complexas constituintes da parte

fundamental.

Uma das funções desta parte da aula é a de comunicar aos alunos os objetivos e as

atividades a desenvolver no decorrer da aula, não esquecendo de estabelecer ligação

com as aulas anteriores, fazendo os alunos compreenderem a sequência dos conteúdos a

abordar.

O aquecimento tem que contemplar uma mobilização geral e específica e ser adaptada

aos conteúdos e exigências dos exercícios realizados durante a aula. Nesta modalidade a

articulação escapulo-umeral é o principal alvo.

A ativação geral deve possuir uma característica lúdica e divertida, de modo a motivar

os alunos para a aula, através de jogos pré-desportivos, percursos e jogos de equipa.

Condição Física

Por condição física entende-se o nível de capacidades motoras que cada aluno possui

para a realização de uma tarefa, num determinado momento. A condição física está

diretamente relacionada com o desenvolvimento das capacidades motoras. Estas

dividem-se em condicionais (relacionadas com os processos de obtenção e

transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e sistemas

orgânicos) e coordenativas (relacionadas, essencialmente, com os processos de controlo

do movimento, dependentes do sistema nervoso central).

A análise de posições de vários autores remete-nos para a escolha da velocidade, da

resistência e da força – como capacidades condicionais – e a escolha da capacidade de

orientação e reação – como capacidades coordenativas – a desenvolver nesta matéria.

No entanto, em todas as aulas queremos proporcionar aos nossos alunos um trabalho

completo no que concerne à exercitação de todas as capacidades motoras. A seguir

abordaremos um pouco de cada uma dessas capacidades.

Força

Capacidade motora que permite superar ou contrair as resistências ao movimento, com

base em forças internas (produzidas por contração muscular, ações dos tendões e

ligamentos) e forças externas (gravidade, atrito, oposição).

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A prática desportiva evidenciou uma diversidade de tipos de força definidos como:

força máxima, força explosiva e força resistente. No caso do Ténis, a força explosiva é a

mais importante. Este tipo de força é necessária nos membros inferiores para os

deslocamentos rápidos e nos membros superiores para a realização de movimentos e

batimentos rápidos e fortes.

Resistência

Capacidade motora que permite realizar um esforço relativamente longo, resistindo à

fadiga, com uma rápida recuperação depois dos esforços, evitando a perda de qualidade

de execução.

A Resistência pode ser aeróbia (quando há equilíbrio entre o oxigénio que está a ser

necessário para o trabalho muscular, e o que está a ser transportado pela circulação até

esse tecido) ou anaeróbia (devido à grande intensidade de carga, a quantidade de

oxigénio capaz de ser utilizado pelo organismo é insuficiente para a combustão

oxidativa e o metabolismo energético processa-se em dívida de oxigénio). No caso do

Ténis que se caracteriza por esforços intermitentes, a resistência anaeróbia láctica acaba

por ter um grande peso no desenrolar do jogo.

Velocidade

Capacidade motora que permite realizar movimentos (ações motoras) no mínimo tempo

possível. É uma capacidade que, apear de condicionada pela herança genética de cada

um, pode ser melhorada se exercitada desde as idades mais baixas. Trata-se de uma

capacidade motora que diminui com a idade. A velocidade pode ser de reação,

execução ou deslocamento. No Ténis, uma maior velocidade de execução dos

movimentos é determinante para realizar os batimentos com uma maior eficácia.

Flexibilidade

Disponibilidade de uma articulação em ser movimentada ao longo de toda a amplitude

natural do movimento. É utilizada para prevenir lesões face aos movimentos rápidos e

bruscos que esta modalidade impõe. Esta prevenção deve ser efetuada através de um

trabalhos de mobilização articular no início da aula.

Reação

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Capacidade motora que permite reagir o mais rápido e corretamente a um determinado

estímulo, seja ele visual, auditivo ou cinestésico.

Orientação Espacial

Capacidade de reagir a um estímulo externo em termos de deslocação ou de

estabilização da postura.

Coordenação Óculo-manual

Visa o aperfeiçoamento da ligação do campo visual à motricidade da mão e dos dedos,

desenvolvendo a habilidade e a precisão de movimentos, tendo em atenção a natureza

do objeto (bolas grandes/pequenas, pesadas/leves), o tipo de trajetória (horizontal,

parabólica, vertical), e a posição do aluno (de pé, deitado, parado e em movimento).

Retorno à Calma

O retorno à calma deve-se verificar após cada treino, cada jogo, seja ele em que

contexto que for. No domínio escolar, esta fase é importante que seja inserida na parte

final da aula. Depois de uma solicitação física intensa na aula, é necessário repor os

mecanismos de ação a um nível equilibrado. Assim, o final da aula deve ser preenchido

com exercícios de menor solicitação física ou mesmo nenhuma. Podem ser propostos

exercícios de recuperação ativa, de relaxação total do corpo ou até uma breve conversa

com os alunos acerca das dificuldades sentidas na aula.

No entanto, é importante não confundir a relaxação do corpo com a diminuição do

estado de motivação. Pelo contrário, incluir numa aula diversos picos de motivação, um

destes particularmente no final, é o ideal.

É importante na Educação Física que os alunos saiam da aula com um nível alto de

motivação, aliciando-os e entusiasmando-os para a aula seguinte.

1.4 CONCEITOS PSICOSSOCIAIS

As características específicas desta modalidade conferem-lhe condições especialmente

favoráveis ao desenvolvimento da autonomia. Ao longo das aulas será valorizada a

capacidade de continuar a realizar, individualmente ou em grupo, as tarefas solicitadas

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pelo professor, de forma adequada, mesmo na sua ausência. Esta modalidade implica

que os alunos efetuem diferentes sequências de batimentos, havendo variadíssimos

pares a realizar em simultâneo. Desta forma, não estarão constantemente sobre o olhar

atento do professor. É essencial que demonstrem esta autonomia para que as aulas se

possam realizar com sucesso e eu possa propor exercícios cada vez mais ambiciosos.

Neste sentido a responsabilidade e o respeito deverem estar sempre presentes. Na

continuidade do citado anteriormente, o aluno terá que ser responsável, efetuando as

sequências de batimentos ou outro tipo de exercícios propostos de forma empenhada e

séria, cumprindo as regras estabelecidas, assim como demonstrar respeito pelo material

e colaborar na arrumação e preservação do mesmo.

O empenhamento na realização de tarefas propostas pelo professor e na modalidade em

si é um aspeto essencial, já que apesar de ser uma modalidade lúdica, fruto da

manipulação de materiais que os alunos não tem acesso no dia-a-dia, como a raquete e

volante, necessita de dedicação por parte dos alunos, atenção nas explicações e

compromisso na realização das atividades.

A cooperação deve estar presente em todas as situações da aula, escolhendo sempre as

ações mais favoráveis para o seu melhor aproveitamento e da turma, admitindo assim as

indicações que lhe dirigem e aceitando as opções e possíveis falhas de seus colegas.

MÓDULO II – ANÁLISE DO ENVOLVIMENTO

2.1 RECURSOS ESPACIAIS

Para o ensino da modalidade de Ténis temos disponíveis os espaços exteriores (A1 e

A2).

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2.2 RECURSOS HUMANOS

Na prática desta modalidade, estarão presentes nas aulas 16 alunos (14 rapazes e 2

raparigas), da turma do 11º BD. Assim como, o professor cooperante Carlos Elavai e os

dois estagiários (António Sousa e Vasco Ensinas) que observarão as aulas, e eu

(estagiária Helena Gil) que lecionarei as aulas a esta turma.

2.3 RECURSOS TEMPORAIS

A unidade didática referente ao ensino da modalidade de Ténis está inserida no conjunto

de matérias a lecionar durante o 3º Período, sendo-lhe destinadas dois blocos de noventa

minutos.

A carga horária semanal é de:

Nº de Horas por Semana Dias da Semana Horário das Aulas

3 horas (2x90’) Terça e Sexta-feira 11:50 às 13:20

2.4 RECURSOS MATERIAIS

TÉNIS

MATERIAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO

TOTAL Novo Bom Razoável Mau

Coletes Azuis 10

20 Verdes 10

Raquetes 5 25 6 36

Bolas 100 80 180

Redes de Ténis 1 1 1

MÓDULO III – ANÁLISE DOS ALUNOS

A combinação da análise do envolvimento e dos alunos permite uma perfeita adaptação

das sequências metodológicas aos níveis iniciais manifestados para que seja possível

dirigi-los no sentido de uma evolução coerente e real. Assim, a evolução das propostas

deve possuir bases sólidas para que os alunos assimilem novos conhecimentos, mais

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complexos e suscetíveis de serem consolidados, uma vez que se as propostas forem

demasiado difíceis os alunos nunca conseguirão passar para a aprendizagem seguinte.

Considerar este aspeto equivale, por assim dizer, à valorização da

individualidade do sujeito e da sua cognição, das atitudes e valores, ao

respeito pelas diferenças individuais e à procura de um desenvolvimento

global e contínuo. A aplicação destes critérios supõe, pelo menos, uma

dupla exigência: por um lado, a salvaguarda dos interesses dos alunos, por

outro, a definição de pré-requisitos de aprendizagem, isto é, de indicadores

dos níveis de desenvolvimento do aluno. (Pacheco, 2001)

Assim sendo, nenhum tipo de planeamento deverá ser desenvolvido sem que uma

avaliação diagnóstica tenha lugar, bem como, a sua posterior análise. A sua análise deve

ser feita tendo em conta o nível de cada aluno e o nível de cada conteúdo. Importa

perceber qual a média da turma em cada conteúdo, para perceber quais os erros mais

comuns e quais as potencialidades a serem aproveitadas.

Deste modo, na avaliação diagnóstica centramo-nos nas habilidades motoras relativas a

esta modalidade. Para a avaliação de cada um dos parâmetros foi utilizada avaliação

quantitativa de 1 a 5, à qual corresponde uma avaliação qualitativa.

Cotação Descrição

1 Não realiza

2 Cumpre apenas algumas das componentes críticas

3 Realiza o movimento apresentando algumas dificuldades

4 Apresenta algumas falhas

5 Realiza com rigor

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Justificação da Avaliação Diagnóstica de Ténis

Tendo em conta a avaliação diagnóstica realizada verificamos que menos de

metade dos alunos se encontram no nível 3 de execução dos movimentos, ou seja, que

cumprem as competências mínimas na realização do movimento, mas com algumas

dificuldades. A maioria dos alunos encontra-se num nível de habilidade muito reduzido

(2,17 a 2,92), o que significa que os alunos têm menos habilidade nesta modalidade.

Relativamente à média por determinante técnica, podemos verificar que temos de

insistir na posição espera (ou posição básica). Em relação aos gestos técnicos próprios

da modalidade, podemos verificar que em média não se apresentam muito razoáveis,

sendo necessário trabalhar bastante o serviço e batimento de direita e sobretudo o

batimento de esquerda. Através desta análise podemos verificar que os alunos que vão

necessitar de mais auxílio nas aulas de Educação Física são praticamente todos, à

exceção da Tatiana Pires, Pedro Amaral, César Gaiola, Francisco Brito, Francisco

Santos e Rafael (pois são alunos que se encontram num nível razoável).

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MÓDULO IV – EXTENSÃO E SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS

A Unidade Didática de Ténis será então formulada tendo em conta a caracterização da

turma, o número de alunos; o número de aulas disponíveis; as características

comportamentais dos alunos, e as competências a desenvolver previstas na planificação

anual do grupo de Educação Física. Contudo, estará sempre sujeita a alterações

mediante a própria evolução dos alunos ou o aparecimento de novas situações que

alterem as condições existentes neste momento.

AD – Avaliação Diagnóstica TI – Transmissão e Iniciação E – Exercitação C -

Consolidação AS – Avaliação Sumativa AA – Auto-Avaliação

MÓDULO V – DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS

No sentido de manter a coerência nos objetivos delineados é necessário ter em

consideração quer o programa da disciplina e as competências definidas pela área

disciplinar para o ano em questão, quer o desempenho inicial (avaliação diagnóstica)

demonstrado pelos alunos na primeira aula da unidade.

Estes objetivos sendo por um lado metas a atingir, servem também de referência à ação

quer do professor quer dos alunos no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

Os objetivos a alcançar contemplam sobretudo e de forma mais explícita os tradicionais

e específicos objetivos da Educação Física no âmbito das quatro categorias

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transdisciplinares do Modelo de Estrutura de Conhecimentos: Habilidades Motoras,

Cultura Desportiva, Fisiologia do Treino, e Conceitos Psicossociais.

Habilidades Motoras

Pega

Posição de Espera

Deslocamentos

Batimento de Direita

Batimento de Esquerda

Batimento de Esquerda a Duas Mãos

Serviço

Remate (Smash)

Jogo 1x1 - É capaz de dar continuidade ao jogo e fazer ponto:

o Alterna jogo curto com jogo longo, tanto à direita como à esquerda;

o É capaz de retomar a posição base, ocupando sempre o espaço da forma

mais racional possível;

o Reconhece o posicionamento do adversário e coloca a bola para os

espaços vazios e para as zonas de difícil acesso;

Cultura desportiva

O aluno conhece o objetivo do jogo, terreno de jogo, bola dentro e fora, sistema

de pontuação.

O aluno conhece e aplica o vocabulário específico da modalidade presente nas

aulas (ex: serviço, batimento de direita ou de esquerda com uma ou duas mãos,

remate, etc).

Conheça as regras a cumprir na execução do serviço: deve ser cruzado.

Saiba que é proibido invadir o campo adversário.

Fisiologia e Condição Física

O aluno desenvolve a resistência mantendo-se em constante movimento durante

as situações de aprendizagem propostas.

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O aluno realiza com correção, em exercícios de treino, com volume e

intensidade definidas pela professora, exercícios de força superior, média e

inferior.

O aluno desenvolve a coordenação dinâmica geral através das situações de

aprendizagem da modalidade.

O aluno desenvolve a velocidade de execução e de reação através dos exercícios

propostos em cada aula, quer em situações de aprendizagem da modalidade,

quer através do treino de condição física

O aluno desenvolve a capacidade condicional de flexibilidade para realizar as

ações motoras referentes a cada tarefa a uma amplitude adequada.

O aluno pratica as capacidades coordenativas orientação espacial, reação,

coordenação óculo-manual interligando adequadamente as suas ações durante a

execução de exercícios propostos na aula.

Conceitos Psicossociais

O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos

do exercício.

O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados

na aula.

O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa.

O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e

compromisso.

MÓDULO VI – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO

A avaliação é uma ação contínua, indispensável ao processo de ensino e aprendizagem.

É através dela que se determina o progresso dos alunos para, consequentemente, se

reformularem as estratégias. Assim, em cada modalidade, é essencial o planeamento de

três momentos de avaliação, sendo eles a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e

a avaliação sumativa.

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Avaliação Diagnóstica

É o primeiro momento de avaliação. A Professora serve-se dele para averiguar e registar

em que nível de aprendizagem se encontra a turma numa determinada matéria. É a partir

desta avaliação que se faz todo o trabalho de planeamento das aulas. Com base nos seus

resultados podemos ter uma ideia mais lúcida acerca das capacidades da turma, onde

podem os alunos chegar, e das dificuldades mais presentes.

Avaliação Formativa

Este momento de avaliação aparece durante todo o processo. Podemos dizer que se trata

de uma contínua recolha de dados sobre a prestação dos alunos que vai auxiliar na

regulação de todo o planeamento inicial. Esta recolha é que nos vai mostrar claramente

o estado de evolução na aprendizagem dos alunos e indicar a necessidade de modificar,

ou não, as estratégias inicialmente definidas.

Avaliação Sumativa

É o momento mais formal de avaliação realizado no final da unidade temática. Esta

avaliação fornece dados relativos ao nível de aprendizagem e respetiva evolução dos

alunos, demonstrando ainda se foram capazes de alcançar os objetivos propostos.

No que diz respeito à avaliação, na Escola Secundária Frei Heitor Pinto, a área

disciplinar de Educação Física oferece duas opções de avaliação, sendo que deve ser

escolhida uma delas no início do ano letivo com reconhecimento dos Encarregados de

Educação, sendo que esta se mantém inalterável até ao final do ano letivo. A Opção 1 é

composta por – Teste escrito (20%) + Avaliação Prática (60%) + Socio-afetivos (20%),

ou a Opção 2 que é composta por – Avaliação Prática (80%) + Socio-afetivos (20%).

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MÓDULO VII – PROGRESSÕES DE ENSINO

Uma das habilidades pedagógicas essenciais do professor é a capacidade em quebrar o

conteúdo e sequenciá-lo em experiências de aprendizagem apropriadas, estabelecendo

progressões com base nos seus objetivos instrucionais, no seu conhecimento do

conteúdo, na sua capacidade para o analisar e na avaliação das necessidades dos

estudantes em relação a este, levando a que progridam de um nível de performance para

outro.

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Progressões Pedagógicas para Sensibilização do Aluno à Bola

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Progressões Pedagógicas para Sensibilização do Aluno à Bola e à Raquete

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Progressões Pedagógicas para o Batimento de Direita e de Esquerda

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Progressões Pedagógicas para o Serviço no Ténis

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Progressões Pedagógicas para o Jogo

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MÓDULO VIII – APLICAÇÃO

Existem várias formas de organizar o conhecimento adquirido e identificado até aqui.

Este último módulo alberga os “veículos” para a aplicação do ensino, materializando na

prática todas as informações que se revestem de grande importância para o processo de

ensino – aprendizagem. Os seguintes documentos complementam a informação acerca

da aplicação:

a. Planos de aula;

b. Planos de Unidades Didáticas;

c. Documentos Relativos à Avaliação;

d. Documentos de apoio às aulas;

e. Planeamento Anual de Atividades.