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ANAIS - 2013
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APRESENTAÇÃO
Com o objetivo de oportunizar aos docentes das escolas municipais
divulgarem experiências pedagógicas que resultaram positivamente na construção
de conhecimentos relevantes e significativos aos educandos e à comunidade
escolar, realizamos o 4º Fórum EDUCA em AÇÃO.
A Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
recoloca a educação na perspectiva da formação e do desenvolvimento humano
pleno, reafirmando que esta é uma tarefa da gestão da escola, da docência e do
currículo. Tal responsabilidade remete ao professor a necessária condição de
produtor de história, de conhecimento, de ações que podem transformar vidas: no
entanto, reconhecer os educandos como sujeito do direito à educação e formação
plena nos obriga a recuperar dimensões da docência e do currículo soterradas sob o
tecnicismo, o positivismo e o pragmatismo que dominaram por décadas o ensino
brasileiro.
Partindo do ideário explícito pela ciência de que toda mente humana é
capaz de aprender, acreditamos sermos profissionais do conhecimento e da cultura
e, por isso, queremos enfatizar uma pratica docente inclusiva onde as diversas
dimensões do educando sejam respeitadas e valorizadas na sua complexidade e
realidade.
Buscamos encurtar a distância entre teoria e prática para qualificar os
padrões do ensino e aprimorar os níveis de aprendizagem de todos os nossos
alunos divulgando as boas práticas da Rede Municipal de Ensino de Sorocaba
apresentadas durante o Fórum, através desta publicação digital dos Anais 2013.
Acreditamos assim, construirmos nossa história e viabilizarmos uma
prática educativa que atenda as necessidades de formação dos docentes e dos
educandos na sua totalidade.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
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SUMÁRIO
Educação Infantil ..................................................................................................... 6
1. ABC Musical .................................... ...................................................................... 6
2. Amigos do Maternal – combinados e regras. ..... ............................................... 9
3. Baú de histórias .............................. ................................................................... 13
4. Brincando com o folclore ...................... ............................................................ 17
5. De Lobato a Vinícius de Moraes: uma viagem pela literatura infantil ............ 20
6. Eleições pré – escolares – praticando a cidadani a .......................................... 25
7. Jornal GH – Celebrando a etnia afro - brasileira .............................................. 29
8. Minha vida, minha rua, meu planeta. Eu cuido! .. .............................................. 32
9. Nós e o planeta somos um ...................... .......................................................... 38
10. Papa pilhas .................................. ..................................................................... 41
11. Piquenique literário. ........................ ................................................................. 47
12. Scrapbook: ferramenta para a construção da iden tidade e autonomia. ..... 51
13. Uso da lousa digital como recurso na educação i nfantil . ............................. 56
Educação Infantil e Ensino Fundamental ............................................................. 63
14. Acolhimento. ................................. .................................................................... 63
15. Feira Literária .............................. ...................................................................... 66
16. Resolvendo Situações – problema com o dominó . ....................................... 70
Ensino Fundamental I ............................................................................................. 75
17. A hora mágica da pasta azul: apostando na formação de pequenos leitores ... 75
18. Alfabeto e Canção ............................ ................................................................ 82
19. Cruzeirinho em Sala de aula .................. .......................................................... 91
20. Dicionariobol ..................................................................................................... 95
21. Estimulando a criatividade com origami ....... ............................................... 100
22. Jardim dos sonhos ............................. ............................................................ 104
23. Leitura e escrita em sala de aula: mediando a p rodução de texto de autoria
no 2º ano ........................................ ....................................................................... 108
24. Quinzinho contra a dengue ..................... ....................................................... 114
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25. Um sonho na reciclagem ....................... ........................................................ 116
26. Uso da ética nas regras de jogos e brincadeiras ........................................ 120
Ensino Fundamental II .......................................................................................... 126
27. Astronomia: uma proposta de trabalho ....................................................... 126
Educação Infantil ao Ensino Médio ..................................................................... 131
28. Ensina-me de várias maneiras, pois sou capaz de aprender ...................... 131
Síntese - Palestras ................................................................................................ 134
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Educação Infantil
1 – “ABC MUSICAL”
Profª Ana Lucia Castelo Altino
Profª Lilian Aparecida Santos de Pádua Carneiro
CEI - 53 “Dr. Benjamin Felippe Grizzi”
Eixo temático: Educação do Movimento / Música
Modalidade: Projetos
Publico alvo: Pré I e Pré II
Resumo
O Projeto “ABC Musical” teve como foco principal o tema da música e do
movimento (dança) enquanto expressões culturais. O estudo desenvolvido abordou
diferentes gêneros musicais e a cultura nas quais elas estão presentes. Foi
desenvolvido nas turmas do Pré I e Pré II e teve no espaço escolar as vivências
destas expressões. Para isso, tivemos diferentes eventos de convidados que vieram
até a escola para mostrarem seus conhecimentos e talentos.
Apresentação do tema
O Projeto teve como temática a Música e o Movimento. Por ser extremamente
diversa, a equipe buscou, através de pesquisas com a comunidade e de vários
estudos, direcionar gêneros que contemplassem a vivência que os alunos tinham e,
principalmente, ampliar seus conhecimentos sobre gêneros até então
desconhecidos.
Problematização
Nosso questionamento norteador foi primeiramente: “Quais são os principais
gêneros musicais que existem no Brasil e no mundo?” E, após este conhecimento:
“Qual meu gênero musical favorito?”
Justificativa
O Projeto “ABC Musical” foi construído a partir de uma necessidade percebida
pela equipe escolar, tanto em nossas práticas pedagógicas, no qual limitávamos ao
trabalho com músicas infantis, quanto nas pesquisas realizadas com a comunidade,
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que indicavam um universo bastante limitado no que diz respeito a conhecimento
musical das famílias. Aliado a isso, buscamos atender a lei nº 11.769, de 18 de
agosto de 2008, que tornou o ensino da música obrigatório para toda a educação
básica.
Objetivos
Nosso objetivo principal foi propiciar aos alunos a oportunidade de vivenciar e
refletir sobre a música e o movimento (dança), para que, de posse desse
conhecimento, pudessem fazer suas próprias escolhas e avaliações críticas.
Referencial teórico
Como fundamento teórico principal, utilizamos os Referenciais Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil, volume 3.
Metodologia
Para o desenvolvimento deste projeto, utilizamos diversas estratégias:
pesquisas; alfabetário musical, onde cada letra era contextualizada em um ritmo,
contendo um desenho ilustrativo e um pequeno texto informativo e no qual, cada
professora contextualizava uma atividade pedagógica; DVD viajante, atividade
interativa onde cada aluno levava para casa um DVD produzido pela equipe gestora,
que continha clips de todas os gêneros descritos no alfabetário; cardápio musical,
onde a cada semana um ritmo era tocado durante os horários dos lanches;
parcerias, como apresentação de balé, música no parque (que fica no entorno da
unidade), teatro, oficina de cordas, participação dos familiares; e apresentação de
danças (com figurino confeccionado pela escola).
Descrição da avaliação
Acompanhamos todo o processo realizando o registro escrito e fotográfico e
finalizamos com uma exposição à comunidade de todos os trabalhos desenvolvidos
e uma apresentação de danças dos alunos.
Resultados
Ao encerramento do projeto, pudemos avaliar que os resultados foram
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alcançados tanto com os alunos quanto com a comunidade, pois além do
conhecimento, percebido em sala de aula, percebemos a ampliação do gosto
musical.
Considerações finais
Este projeto requereu um grande esforço de toda a equipe, seja na questão
dos estudos, seja na produção dos materiais necessários. Entretanto, foi
extremamente recompensador, pois seus objetivos foram alcançados e elogiados
por toda a comunidade.
Referências Bibliográficas
Educação Musical: de ouvido ou por música? Márcio Coelho in Direcional Educador
– Educação Musical, edição 84;
Novos Caminhos – educação Infantil – Aline Corrêa de Souza, Difusão Cultural do
livro
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2 - “AMIGOS DO MATERNAL – COMBINADOS E REGRAS”
Profª Cláudia Calegari Cury
CEI – 31 “Victória Haddad Sayeg”.
Eixo temático: Natureza e Sociedade.
Modalidade: Projeto
Público alvo: Creche III
Resumo
O Projeto teve início em roda de conversa, onde conversávamos sobre nosso
dia na escola, como gostávamos de ser tratados e como devíamos ser com nossos
amigos. Falávamos de nossa rotina e de nosso comportamento frente a ela.
Como referência e motivação para as crianças, contei a história “Amigos” de
Helme Heine. Em sequência realizamos o relato coletivo dos fatos da história
vinculando com a rotina e combinados da turma.
A construção efetiva dos combinados aconteceu através do reconto da
história utilizando objetos. Em cada parte da história um combinado era construído
adaptado seguindo os fatos que ocorriam.
Estabelecemos relação com os animais da história, observando sua amizade,
brincadeiras e comportamentos como forma de nortear o desenvolvimento do
trabalho com exemplos positivos de convivência, ressaltando o vínculo de amor e
carinho. Demonstrando que é possível convivermos com harmonia, alegria e
confiança.
Diariamente reforçávamos os combinados, que ficava exposto em sala e para
se apropriarem mais efetivamente cada aluno confeccionou um livro dos
combinados utilizando várias linguagens.
Como forma de avaliar o processo, diariamente, conversávamos em roda e
utilizávamos o cartaz de monitoramento. Para isso precisaram se apropriar das
cores de referência. Os alunos gostavam de realizar a avaliação e os resultados
foram ótimos.
Apresentação do tema
O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de trabalhar a meta 3: Interagir de
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forma solidária, respeitando a diversidade e formando cidadãos preocupados com a
coletividade.
Problematização
Tendo em vista a necessidade do trabalho com regras e combinados, pois é o
primeiro ano das crianças na escola, esse tema foi escolhido para propiciar a
construção de habilidades que facilite a resolução de conflitos.
Justificativa
A criança desta faixa etária apresenta dificuldade de relacionar-se, própria do
seu desenvolvimento e idade, portanto faz-se necessário que o trabalho seja focado
na socialização e na apropriação das regras da sala de aula.
Objetivos
Relacionar fatos diversos com o seu cotidiano;
Participar na construção dos combinados da turma;
Construir laços de amizade;
Socializar suas dificuldades junto ao grupo.
Referencial teórico
A preocupação com a prática pedagógica na Educação Infantil está cada vez
mais presente. É necessária uma reflexão sobre a construção de valores para a
formação de cidadãos éticos, críticos e participativos dentro de uma sociedade que
precisa de regras de convivência, identificando atitudes que respeitem o outro,
proporcionando dinâmicas de relacionamento socializadoras e pacíficas.
A criança constrói conhecimento através da interação com o meio físico e
social. Neste período ela precisa de experiências e estímulos para adquirir
habilidades que superem esse momento de sua vida, onde apresenta
comportamento egocêntrico, e superando-o consiga estabelecer relações com o
outro em situações de conflito.
Gradativamente, a criança participa da construção das regras de convivência,
identificando atitudes e comportamentos aceitos e valorizados, bem como aqueles
que deverão ser transformados.
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Ao construir um vínculo afetivo com educadores e amigos de escola fica mais
fácil estabelecer e aceitar essas relações de convivência e enfrentar os desafios da
rotina escolar.
“Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar
com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso,
pelas crianças, ao conhecimento mais amplo com a realidade social e cultural.”
(RCNEI, vol. 1, p.23).
METODOLOGIA
Roda de conversa (combinados e rotina);
Leitura da história “Amigos” de Helme Heine;
Relato coletivo de fatos da história vinculado com os combinados e rotina;
Reconto da história/construção dos combinados;
Exposição dos combinados com o grupo (inspirado na história);
Apropriação do significado das cores para o processo de avaliação;
Confecção do livro dos combinados;
Avaliação dos combinados durante o processo.
Descrição da avaliação
Avaliação diária através de rodas de conversa, com apoio de cartaz de
monitoramento.
Resultados
Foram obtidos através da percepção, observando mudanças de atitudes e
utilização dos combinados e regras na rotina escolar.
Considerações finais
O trabalho realizado com regras e combinados com apoio no livro de história,
só acrescentou a esse conteúdo tão necessário e pertinente a essa faixa-etária, pois
motivou os alunos de forma muito positiva, tanto na construção dos combinados
como na sua apropriação e prática diária. O desenvolvimento do tema dessa forma
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proporcionou um ano letivo de convivência tranquila e produtiva, com
desdobramentos e aplicação renovada em outras turmas, demonstrando a eficácia
dessa prática.
Referências bibliográficas
Referencial Curricular Nacional para a educação infantil;
Matriz curricular;
Valores e Diálogos para uma Cidade Educadora.
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3 - “Baú de histórias”
Profª Cristiane Herrera Estebam dos Santos
Profª Francine Sanches de Oliveira
CEI - 62 “Monsenhor Antonio Simon Sola”
Eixo temático: Alfabetização e Letramento
Modalidade: Projeto
Publico alvo: Creche III e Pré II
Resumo
O projeto “Baú de histórias” tem como objetivo socializar práticas de contação
de histórias, por meio do uso de recursos “simples” e que podem ser encontrados
facilmente pelos professores e alunos no dia a dia, tais como: sucatas, objetos,
fantasias, dentre outros. Por meio de técnicas de contação de histórias, as
apresentadoras buscarão envolver o público participante, discutindo a importância
do processo de apreciação e seleção de boas histórias a serem apresentadas para
nossas crianças.
Apresentação do tema
O presente projeto é desenvolvido no CEI 62 – Monsenhor Antonio Simon
Sola, com alunos de Creche III e Pré II, onde cada professora conta diversas
histórias aos seus alunos, apresentando vários recursos.
Desse modo, foi organizado um “baú viajante”, onde cada criança escolhe
uma história trabalhada em sala, juntamente com os recursos simples utilizados para
sua contação, levando para casa para ser também um contador de histórias para
sua família. No dia seguinte, no retorno do “baú”, a criança relata a atividade na roda
conversa. Outra prática adotada era de socializar as histórias do baú para outras
turmas da própria escola.
Problematização
Como adaptar recursos para viabilizar o processo de contação de histórias
garantindo a presença dessa prática na rotina da educação infantil?
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Justificativa
O projeto “Baú de histórias” visa contribuir através da prática de contação de
histórias com a construção do conhecimento, assim como, com a formação do
indivíduo enquanto leitor crítico e apreciador de histórias.
No processo de contação e apreciação de histórias, diversos elementos estão
envolvidos, como por exemplo: o valor da voz, as pausas, o jogo de ritmo, os
recursos utilizados, a interação entre o contador de histórias e o ouvinte, a sensação
que a história contada pode exercer sobre quem ouve, dentre outros. Todos esses
elementos provocam na criança o interesse em ler.
Desse modo, é fundamental para sua formação que a criança desenvolva o
hábito da leitura e isso só será possível se oferecermos a ela estímulo para que essa
prática aconteça e a contação de história pode ser um excelente meio.
Objetivos
Que o educando possa:
Adquirir o gosto pela leitura;
Apreciar e saber ouvir histórias;
Desenvolver a linguagem oral;
Saber contar histórias com o auxílio de diferentes recursos.
Referencial teórico
Fundamenta-se, ainda, pelos princípios da educação infantil, previstos nas
Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2009) e nas orientações
sobre o trabalho com linguagem oral e escrita, previstas nos Referenciais
curriculares da educação infantil (1998).
Metodologia
A apresentação do projeto será organizada, levando em conta o esclarecimento
sobre:
1. Fundamentação sobre a importância da prática de contação de histórias na
educação infantil,
2. Realização de oficina com educadores para apresentação do projeto.
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3. Vivências do público alvo em práticas de contação de histórias.
Descrição da avaliação
Como uma das etapas previstas no documento Diretrizes curriculares
nacionais para a educação infantil (2009), a avaliação será utilizada como
acompanhamento do trabalho pedagógico das crianças, consistindo na observação
crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças na
proposta de trabalho.
Resultados
O resultado tem sido muito significativo e prazeroso, pois tem proporcionado
às crianças um avanço no desenvolvimento da linguagem oral, da criatividade e
contribuído com o processo de aprendizagem da leitura e escrita, além de envolver a
família e desenvolver o gosto de contar e ouvir histórias.
Observa-se uma grande necessidade em despertar nas crianças o gosto pela
leitura e o saber ouvir e apreciar boas histórias.
O trabalho com contação de histórias possibilita uma viagem por espaços
mágicos, cheios de encanto e fantasias, habitados por reis, rainhas, príncipes,
princesas, fadas, bruxas, duendes, animais falantes, meninos, meninas.
Essa fantástica viagem auxilia no desenvolvimento do imaginário, da
criatividade, da linguagem e do autoconhecimento, ela é fundamental para o
desenvolvimento humano e não pode ser limitada por falta de recursos. Esse
trabalho propôs algumas sugestões de recurso que podem enriquecer a prática de
contação de histórias e torná-las mais atrativas para os ouvintes.
Até o presente momento, já trabalhamos com as crianças algumas histórias:
- O lobo e os sete cabritinhos
- Cachinhos de ouro e os três ursos
- O lobo e os três ursinhos
- O dia em que a Terra escureceu
Observamos, desse modo, maior desenvoltura das crianças com relação à
oralidade, por meio, por exemplo, do reconto e encenação das histórias trabalhadas.
Considerações finais
O projeto tem se mostrado significativo e prazeroso, tem trazido grandes
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contribuições para o processo de ensino aprendizagem, tendo como aspecto positivo
a participação e o envolvimento da família no trabalho, o desenvolvimento da
linguagem oral das crianças, sua expressividade e criatividade.
Este trabalho trouxe também uma reflexão sobre a importância da história na
vida das pessoas e que para enriquecê-la e torná-la atrativa basta gostar de ler,
praticar e se arriscar usufruindo dos recursos que estão ao nosso alcance.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Referenciais
curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
NEDER, Divina Lúcia de Souza. A importância da contação de histórias como
prática educativa no cotidiano escolar. Pedagogia em ação, v. 1, nº 1, p. 61-64,
jan/jun. 2009.
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4 – “BRINCANDO COM FOLCLORE”
Profª Adriana Olga do Nascimento Oliveira
Profª Kátia Corte Real
CEI - 50 “Professor Alípio da Cunha Guerra”
Eixo temático: Ciências Naturais e Sociais/Diversidade
Modalidade:
Público-alvo: Creche III ao Pré-II
RESUMO
Resgatar a cultura e oferecer oportunidades da criança interagir com a
família/escola/comunidade, fortalecendo vínculos.
Após a caça ao saci na escola e sua respectiva apresentação aos alunos, de
maneira lúdica num jogo de faz de conta tão pertinente a idade (Creche III), o saci
visitará a casa de cada aluno e trará para a escola, maravilhosas surpresas do
folclore contadas pela família, por meio de objetos/fotos ou relatos no caderno
viajante.
As famílias compartilham e oferecem os subsídios para o desenrolar das
atividades, de modo vivenciado ludicamente descobrimos e resgatamos o verdadeiro
folclore para um povo!
O resultado/feedback foi fantástico, não apenas resgatamos a cultura, mas o
diálogo entre as famílias, o resgate de valores, a apropriação das histórias de vida
compartilhadas entre todos nós, não apenas belas histórias... mas, por meio desse
trabalho pode-se conhecer um pouco mais da comunidade riquíssima em
diversidade, muito batalhadora, sofrida e grata pela atuação da escola em suas
vidas...
A oralidade e expressão corporal das crianças desenvolveram-se de maneira
muito significativa, pois os pais puderam, em casa, oportunizar com seus filhos uma
melhor abertura para dialogar, contar histórias/ lendas, brincar etc...
Problematização
O que a comunidade sabe e tem a nos oferecer sobre o folclore, será que ele
é ainda transmitido de geração a geração?
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Justificativa
Promover o desenvolvimento integral das crianças, dentro de um ambiente
com propostas lúdicas e significativas, pois a cultura de um povo é um bem precioso
que deve ser cultivado e compartilhado!
Objetivos
Resgatar a diversidade cultural existente na comunidade;
Construir coletivamente o aprender: a aprender, a conhecer, a fazer e a
conviver;
Compartilhar, divulgar e apreciar o Folclore vivenciado dentro da comunidade;
Oportunizar interação aluno/família/escola/comunidade;
Fortalecer e estreitar vínculos entre todos os envolvidos.
Conteúdos
Conceituais: Construir conceitos com as crianças sobre o que é folclore por
meio de experiências vivenciadas por elas.
Procedimentais: Permitir que as crianças se apropriem de conhecimentos da
cultura humana como novas formas de brincar, cantar, dançar, falar, etc.
Atitudinais: Incentivar a valorização e o respeito pelas diferentes formas de
viver de diferentes grupos e pessoas.
Metodologia
Linguagem Oral e Escrita: fala, diálogo, parlenda, trava-língua, adivinhações,
cantigas, escrita, receita, leitura, lendas, textos informativos.
Ciências da Natureza: Exploração de diferentes materiais.
Ciências da Sociedade: diferentes formas de cantar, brincar e contar histórias;
socialização, respeito, valorização do outro, autonomia, iniciativa.
Linguagem corporal: danças, brincadeiras.
Linguagem musical: cantigas diversas.
Linguagem Visual: dramatização de lendas, histórias e causos, confecção de
adornos e objetos folclóricos.
Matemática: construção de brinquedos e objetos alusivos ao tema (formas,
cores, medidas, contagens, receitas) etc.
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Descrição da avaliação
Ocorrerá de maneira formativa por meio da observação das formas de
expressão das crianças, de seu envolvimento nas atividades e satisfação nas
próprias produções.
Resultados
O resultado foi fantástico, não apenas resgatamos a cultura, mas o diálogo
entre as famílias, o resgate de valores, a apropriação das histórias de vida
compartilhadas entre todos nós, não apenas belas histórias... mas; através desse
trabalho pudemos conhecer um pouco mais da comunidade riquíssima em
diversidade, mas muito batalhadora, sofrida e grata pela atuação da escola em suas
vidas...
Considerações finais
Pensamos aqui, no Folclore como um grande quebra-cabeça, um grande
brinquedo, em que cada peça é fundamental: danças, lendas, brincadeiras,
parlendas, adivinhações, cantigas, receitas, brinquedos, etc. Peças que formam
esse jogo chamado cultura brasileira. Quanto mais se brinca com esse jogo mais se
conhece a riqueza cultural; descobrindo, vivenciando cada peça e compartilhando-os
entre todos nós!
É a maneira mais rica e prazerosa que encontramos para desenvolver as
atividades do folclore partindo de tudo o que a comunidade tem (sua
identidade/raízes) a nos oferecer!
Referência bibliográfica
Meu Livro de Folclore - Autor: Azevedo,Ricardo - Editora: Ática
O folclore Brasileiro Editora Edelbra
Wikipédia , a enciclopédia livre
Vivências culturais da comunidade
Turma da Mônica o Folclore Brasileiro Editora Girassol
DVD Tempo de Brincar Elaine Buzzato e Valter Silva
Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Brincando com o
folclore
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5 – “De Lobato a Vinícius de Moraes: uma viagem pel a literatura infantil”
Profª Fernanda Lopes Jamas
Profª Silvia de Almeida Ferreira
CEI - 54 “Profª Sônia Aparecida Machado”
Eixo temático: Alfabetização e letramento
Modalidade: Projeto
Público-alvo: Creche II ao Pré-II
Resumo
O presente trabalho é parte do projeto de “Literatura infantil” realizado pela
equipe de profissionais do CEI 54 – Profª Sônia Aparecida Machado, que tem como
um dos objetivos a ampliação do acesso das crianças a textos literários infantis,
especificamente, obras de Monteiro Lobato e de Vinícius de Moraes, pela relevância
desses autores para a composição da literatura infantil brasileira, assim como a
importância desse gênero literário no processo de desenvolvimento do pensamento
e da linguagem da criança. Fará parte dessa apresentação a socialização de
algumas experiências da equipe escolar, demonstrando os principais resultados das
práticas propostas junto às crianças.
Apresentação do tema:
No ano de 2013 a equipe escolar do CEI 54 elegeu o tema “Literatura infantil”
para ser explorado e vivenciado de modo bastante singular em nossa rotina de
trabalho, considerando a importância desse gênero literário nas práticas escolares
da educação infantil.
Por meio da preocupação com a formação de leitores em literatura e de
ampliar as formas de acesso da criança ao texto literário é que pauta-se o presente
projeto.
Ao longo desse ano, nossa equipe vem selecionando textos literários de
importância para a formação leitora da infância, além da preocupação com o
desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança, acreditando que, por
meio da literatura infantil, a criança desenvolve-se e atribui significados muito
específicos a esse gênero literário.
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Cada agrupamento elegeu um tema em literatura infantil e que vem sendo
aprofundado por meio de diversas práticas pedagógicas, conforme segue:
Creche II: “Narrativas de Monteiro Lobato”
Creche III: “Poetizando com Vinícius de Moraes”
Pré I e Pré II: Contos tradicionais transcritos por: Irmãos Grimm; Hans Cristian
Andersen e Charles Perrault (explorando as diversas versões que tais contos são
apresentados, assim como releituras dos mesmos na linguagem infantil)
Problematização
De que maneira a literatura infantil pode ser trabalhada na educação infantil,
possibilitando o desenvolvimento do pensamento e da linguagem na criança?
Justificativa
Compreendendo a literatura infantil como um gênero literário com
características específicas e constituído a partir das necessidades do seu principal
destinatário: a criança, é que se justifica um projeto de literatura na pré escola,
considerando esse sujeito com um ser sensível ao mundo e que atribui significados
bem específicos com relação às suas vivências sociais.
Corsino (2012) afirma que
A literatura e as artes em geral, com suas lentes e ângulos
próprios, dão visibilidade ao que, muitas vezes, o nosso olhar
não alcança, não sabe definir ou não sabe dizer. Produzem
assim, conhecimentos e reflexões sobre a realidade que se
dão à interlocução com outras formas de produção do
conhecimento (CORSINO, 2012, p. 05).
Dessa maneira, o trabalho com literatura infantil na escola possibilita o
encontro da criança com formas de representação do real, por meio de uma
linguagem estética que desperta para o imaginário. E é exatamente nesse sentido,
que a literatura infantil torna-se objeto de arte, devendo estar presente nas práticas e
vivências da educação infantil.
Por meio da ludicidade das palavras e imagens, o texto literário infantil
constitui-se num recurso que liga o homem à sua cultura, ao imaginário coletivo da
sua sociedade. Para Edmir Perroti,
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A literatura é um espaço de liberdade, imaginação e
aventuras. Nesse sentido, não pode ser instrumentalizada
para uma finalidade de ensino, como, por exemplo, uma
narrativa que tem como objetivo ensinar padrões éticos e
morais [...] a literatura permite vivenciar e superar medos,
aflições e outras emoções pelos super-heróis e pelas fadas. O
objetivo é fazer com que esse mundo interior de cada um,
dialogue com a arte, mais especificamente com a literatura
(PERROTTI, 2010, p.17).
Objetivos
Ampliar o acesso dos alunos a textos de autores importantes para a
literatura infantil brasileira, tais como Monteiro Lobato/ Vinícius de Moraes
e os contos tradicionais infantis coletados por Hans Christian Andersen,
Irmãos Grimm e Charles Perrault.
Viabilizar estratégias para ampliar as formas de desenvolvimento do
desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança, por meio do
texto literário.
Referencial teórico
Esse trabalho é pautado por estudos da Literatura infantil, a partir de
pesquisadores brasileiros como Corsino (2012), Perrotti (2010) e Filho (2010).
Fundamenta-se, ainda, pelos princípios da educação infantil, previstos nas Diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil (2009) e nas orientações sobre o
trabalho com linguagem oral e escrita, previstas nos Referenciais curriculares da
educação infantil (1998).
Metodologia
A apresentação do projeto será organizada, levando em conta o
esclarecimento sobre:
Relevância da literatura infantil para a educação infantil.
Contato com autores e suas obras (narrativas e poesias), conforme o projeto
da unidade escolar.
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Realização de oficina com educadores para apresentação do projeto.
Momento destinado para a realização de uma contação de história, a partir de
texto de Monteiro Lobato.
Recital de poesias de Vinícius de Moraes.
Confecção de recursos que possam ser utilizados em projetos de trabalho
pelos professores participantes.
Descrição da avaliação
Como uma das etapas previstas no documento Diretrizes curriculares
nacionais para a educação infantil (2009), a avaliação será utilizada como
acompanhamento do trabalho pedagógico das crianças, consistindo na observação
crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças na
proposta de trabalho.
Resultados
Os resultados têm comprovado a hipótese sobre a relevância do trabalho com
literatura infantil para o desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança.
Considerações finais
Trabalhar com literatura infantil em sala de aula é criar condições para que se
formem leitores de arte, leitores de mundo, leitores plurais. Compreendendo essa
forma de linguagem como uma possibilidade de diálogo com a sociedade, nos
sentimos cada vez mais convictos de que a escola tem um papel de fundamental
importância no processo de formação de leitores mais sensíveis e comprometidos
com a vida em sociedade.
Referências bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Referenciais
curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 1998.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
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CORSINO, Patrícia. Linguagem e sentido na educação infantil: uma
homenagem a Bartolomeu Campos de Queirós . Salto para o futuro, ano XXII,
boletim nº 07, out. 2012.
FILHO, José Nicolau Gregorin. Literatura infantil: múltiplas linguagens na
formação de leitores. São Paulo: Melhoramentos, 2010.
PERROTI, Edmir. Entrevista com Edmir Perrotti . Pátio: educação infantil, ano VIII,
nº 24, jul/set 2010.
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6 - “ELEIÇÕES PRÉ-ESCOLARES - PRATICANDO A CIDADANI A”
Profª Bruna Correa Amaral
Profª Carolina Caldini
CEI – 57 “Engenheiro João Salerno”
Eixo temático: Temas Transversais
Modalidade: Atividades Sequenciadas
Publico alvo: Pré II
Resumo
Realizamos um trabalho com o tema eleições com os alunos de Pré II no
Centro de Educação Infantil de número 57 “Engenheiro João Salerno” a fim de
elaborar toda a campanha eleitoral, votação e trabalho pós - eleições buscando
cumprir as propostas realizadas.
Apresentação do tema
O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma
prática educacional voltada para a compreensão da realidade. Sendo assim,
consideramos necessária uma vivência voltada para que essa construção fosse
efetivamente alcançada. Com isso, partimos da transdisciplinaridade e dos temas
transversais para a efetivação da proposta.
Problematização
Com as Campanhas Eleitorais presentes na época e o grande interesse dos
educandos pelos candidatos elegíveis, viu-se a possibilidade de trabalhar o tema
“Eleições”, para com isso, desenvolver nos educandos a capacidade de intervir na
sua própria realidade a fim de transformá-la.
Justificativa
As eleições são um passo muito importante para a concepção da cidadania. A
partir dela somos capazes de nos perceber seres ativos, participantes e peças
fundamentais da sociedade em que vivemos. Por isso trabalhar a amplitude de
problemáticas da escola fez-se fundamental. Onde se buscava nos educandos uma
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conscientização para os problemas, necessidades e aspirações desse ambiente.
Buscando essa mesma conscientização para dificuldades no bairro, na cidade,
enfim, globais. Com isso, faz-se necessário buscar nesses educandos um interesse
precoce por esse tema eleitoral tão presente a cada dois anos no seu dia-a-dia,
realizando uma atividade sequenciada visando uma educação comprometida com o
desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na realidade para
transformá-la.
Objetivos
Compreender a cidadania como participação social;
Posicionar-se de maneira responsável e construtiva;
Conhecer características fundamentais do Brasil e de outros países com
relação a tipos de governo;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente;
Utilizar as diferentes linguagens como meio para produzir, expressar e
comunicar suas ideias;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação.
Referencial teórico
Pautamos nosso trabalho nos Temas Transversais. Apesar de sermos uma
instituição de Educação Infantil, a transdisciplinaridade é fundamental e presente na
Educação Infantil. Além disso, seus objetivos são plausíveis e adaptáveis a
realidades dos nossos educandos. Portanto, propusemos, como os Parâmetros, uma
proposta de educação pautada na construção da cidadania.
Metodologia
Levantamento de conhecimentos prévios;
Utilização de filmes para mostrar tipos de governos;
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Utilização de histórias;
Aferição de propostas de trabalho;
Seleção dos grupos e “partidos”;
Criar propostas de campanha;
Confeccionar cartazes;
Confeccionar panfletos;
Distribuição de panfletos;
Criar “jingles” para os candidatos;
Realizar “comícios” para a campanha;
Realizar votação com urna escolar;
Verificar através de gráficos os vencedores;
Trabalhar para cumprir as promessas de campanha.
Descrição da avaliação
A avaliação foi constante ao longo do processo. No qual o mais importante foi
o passo dado para a cidadania e o nível de interesse e participação nas campanhas
e processo de votação.
Resultados
Nossas propostas visavam fazer com que os educandos se percebessem
sujeitos ativos na sociedade⁄escola e desenvolver a capacidade de intervir na sua
própria realidade a fim de transformá-la. Isso foi possível já que nas propostas
questionamo-los sobre o que era mais necessário no local em que estavam
inseridos. Eles propuseram melhoras e as melhores propostas foram escolhidas. Um
ganho para as crianças, para a turma, para a escola e para toda a sociedade, pois
receberá educandos mais conscientes, preparados e capazes de agir e transformá-
la.
Considerações finais
Nosso “projeto” propôs a amplitude do trabalho com problemáticas da escola.
Porém, tendiam um objetivo global, isto é, a percepção de que, apesar de não
poderem fazer parte do processo de votação, já fazem parte da sociedade a qual
estão inseridos e são peças fundamentais dela.
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Referências Bibliográficas
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Apresentação dos Temas
Transversais . Brasília. 1998
Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Eleições pré –
escolares
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7 - “JORNAL GH – CELEBRANDO A ETNIA AFRO - BRASILEI RA”
Profª Bruna Correa Amaral
Profª Carolina Caldini
CEI – 57 “Engenheiro João Salerno”
Eixo temático: Temas Transversais
Modalidade: Atividades Sequenciadas
Publico alvo: Pré II
Resumo
Realizamos um trabalho com o tema Consciência Negra com os alunos de 2ª
etapa no Centro de Educação Infantil de número 57 “Engenheiro João Salerno” a fim
de elaborar um telejornal abordando temas referentes à cultura afro-brasileira
presente em nosso país.
Apresentação do tema
O compromisso com a construção da conscientização étnico racial pede
necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão dessa
cultura. Sendo assim, consideramos necessária uma vivência parcial de alguns
costumes trazidos ou popularizados através da cultura afro-brasileira. Com isso,
partimos da transdisciplinaridade e dos temas transversais para a efetivação da
proposta.
Problematização
Com a efetivação da lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, nossa escola
preparou uma grande exposição aberta a comunidade, com isso viu-se a
possibilidade de trabalhar o tema “Consciência Negra” buscando contribuir para o
resgate das contribuições dos povos negros em diversas áreas de nossa cultura,
visando com isso, desenvolver nos educandos não só uma conscientização, mas um
respeito inerente e uma admiração imutável por essa etnia.
Justificativa
A lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003 vigora em seu caput 1o que as escolas
realizem “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil,
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a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando
a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à
História do Brasil”. Sendo assim, fez-se necessário realizar um trabalho com
atividades sequenciadas, expondo-as em um vídeo em forma de telejornal, já que o
mesmo tem a função de informar. Fazendo com que esses educandos informem, se
informando e consequentemente aprendendo um pouco dessa cultura tão presente
em nosso país.
Objetivos
Compreender a cultura afro-brasileira;
Posicionar-se de maneira consciente com relação a essa etnia;
Conhecer características da cultura do Brasil trazidas por esse povo;
Perceber-se integrante e participativos dessa cultura;
Reconhecer os diferentes portadores de informação;
Saber se utilizar dessas fontes de informação para também informar
adquirindo e construindo assim, conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação.
Referencial teórico
Pautamos nosso trabalho nos Temas Transversais e na lei N.º 10.639, de 9 de
janeiro de 2003. Por sermos uma Instituição de Educação Infantil, adaptamos os
conteúdos presentes em ambos os portadores a fim de abranger os educandos.
Metodologia
Levantamento de conhecimentos prévios;
Reconhecimento de telejornais;
Gravação das cenas;
Realizar apreciação de receita;
Apreciar a exposição das outras turmas;
Preparar entrevistas com a gestão da escola;
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Convidar e participar de aula de capoeira;
Apresentar o telejornal para a comunidade;
Descrição da avaliação
A avaliação foi constante ao longo do processo. No qual o mais importante foi
que adquirissem uma conscientização para o tema.
Resultados
Nossas propostas visavam fazer com que os educandos percebessem a
importância e riqueza da cultura afro-brasileira no Brasil. Nosso resultado foi
alcançado ao passo que houve um encantamento por parte dos educandos que é
exposto no telejornal “produzido” por eles.
Considerações finais
Nosso projeto propôs a amplitude do trabalho com a Consciência Negra. Porém,
tendiam o objetivo de desenvolver nos educandos não só uma conscientização, mas
um respeito inerente e uma admiração imutável por essa etnia. Com a lei visando à
constância do trabalho, esses objetivos serão possíveis.
Referências Bibliográficas
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Apresentação dos Temas
Transversais . Brasília. 1998.
BRASIL. Lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003 . Altera a Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
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8 - “MINHA VIDA, MINHA RUA, MEU PLANETA. EU CUIDO!”
Profª Alessandra Lopes Jamas
Profª Vanessa Aparecida Baptista Pinto Thame
CEI - 78 “Ettore Marangoni”
Eixo Temático: Formação Pessoal, Social e Conhecimento de Mundo / Natureza e
Sociedade.
Modalidade: Projeto
Público-Alvo: Toda comunidade escolar e seus familiares
Resumo
A Educação Ambiental deve fazer parte do dia-a-dia da escola, ser vivenciada
realmente por todos, envolvendo famílias e comunidade, deve acontecer de forma
contínua e crescente atuando diretamente na realidade de cada comunidade sem
perder de vista a questão planetária.
Porém, quando falamos deste tema a ser trabalhado com crianças de 0 a 3
anos precisamos pensar primeiro em desenvolver a consciência e o conhecimento
de si próprio e do outro, para depois partirmos para o ambiente que a cerca.
Pensando nisto e nas necessidades do nosso entorno, desenvolvemos atividades
que envolvam o autoconhecimento e cuidado, respeito pelo outro e pelo ambiente,
identidade familiar e local, para que através destas possamos despertar a
comunidade escolar e as famílias para a consciência ambiental e levá-los a
compreender que o homem faz parte do meio ambiente, dando subsídios para a
ação e transformação de posturas pessoais, coletivas e do nosso ambiente (creche,
bairro).
Apresentação do tema
A Educação Ambiental deve ser abordada de maneira interdisciplinar, ela
deve permear todas as disciplinas do currículo. As questões ambientais também
abrangem aspectos socioeconômicos, culturais, políticos, éticos, estéticos, físicos,
químicos e biológicos. Deve prever a promoção da qualidade de vida, a
conscientização e o desenvolvimento sustentável, ela é um meio indispensável para
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elaborar e desenvolver formas menos prejudiciais que irão ajudar na preservação do
meio ambiente para uma manutenção da qualidade de vida na terra.
As questões ambientais devem ser observadas e trabalhadas primeiro do
ponto de vista local e regional, e depois nos demais aspectos, sabendo sempre que
as pequenas atitudes é que formam o todo. Deve-se sensibilizar os mais jovens para
os problemas ambientais existentes na própria comunidade, estimular a busca pelo
conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e atitudes para a resolução de
problemas. Desenvolver o senso crítico para descobrirem as causas reais dos
problemas e se utilizar do conceito de que meio ambiente é o lugar onde vivemos, e
de experiências de saída a campo, conhecendo o entorno, ambientes naturais e
modificados, etc.., para que se possam criar conceitos, problematizações e a busca
de soluções tornando cada aluno ou aluna um agente multiplicador de informações,
com valores, habilidades, experiências e a determinação para agir de forma
individual ou coletiva e resolver efetivamente problemas ambientais.
Problematização
O meio ambiente está sofrendo grandes impactos devido à ação do homem, e
os efeitos destes, estão presentes na nossa rua e no dia-a-dia, pois, a questão
ambiental é uma necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for
abordado, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação.
Portando, faz-se necessário construir o conceito de identidade para que as crianças
gradativamente percebam-se enquanto sujeitos e se reconheçam como parte do
meio em que estão inseridos.
Diante da problemática apresentada, pretendemos ao longo do
desenvolvimento do projeto, despertar o conhecimento e o respeito com si próprio,
com o outro e o meio.
Justificativa
É imprescindível que a criança se reconheça como parte de um grupo
(família, escola e comunidade), construa sua identidade e autonomia respeitando as
diversidades, seus direitos e deveres para assim poder compreender que faz parte
do meio ambiente que necessita ser cuidado. Na medida em que cresce, a criança
vai tomando consciência de si própria, do seu corpo, da sua relação com o meio,
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dos seus limites e possibilidades. Passa a perceber o seu papel social e a sua
capacidade de interagir e transformar. Diante disso, faz-se necessário que a escola,
ofereça meios efetivos para que seus alunos compreendam as ações do homem e
sua consequência para consigo, para sua própria espécie e com outros seres vivos,
sendo fundamental que cada aluno desenvolva suas potencialidades e adote
posturas pessoais construtivas, colaborando para a construção de uma sociedade
ética, justa em um ambiente acolhedor e saudável, percebendo a correlação dos
fatos tendo uma visão holística do mundo.
Pretendemos com esse projeto, observar, analisar nosso entorno, discutindo
formas alternativas de ação para preservarmos o local (casa, escola, bairro), e assim
construir a consciência de preservação, percebendo-se como ser integrante
dependente e transformador, pois, a escola é um espaço social e local onde o aluno
dará sequência ao seu processo de desenvolvimento global.
Objetivos
Formar pessoas com capacidade de se conhecer e reconhecer enquanto
indivíduos dotados de valores pessoais, direitos e deveres, identificando-se
como ser único e diferente dos demais, pertencentes a uma família a qual
está inserida em uma sociedade plural com algumas problemáticas
ambientais e ser capaz de interagir com esse meio de forma consciente,
construtiva, participativa e respeitando a diversidade.
Aproximar as crianças da história da família e do seu espaço social.
Desenvolver atitudes de respeito à natureza e vínculos afetivos com a escola.
Entender a importância do meio ambiente e como o homem está inserido
nele, a partir de questionamentos, observações, classificações, comparações,
análise crítica, etc.
Compreender o conceito de preservação, redução, reutilização e reciclagem,
aplicando-os ao ambiente escolar, familiar e comunitário.
Promover educação ambiental na Escola, na Família e na Comunidade.
Referencial teórico
Em ambiente urbano é comum que as pessoas achem que os problemas
ambientais estão distantes delas, e que não tem muito o que elas possam fazer para
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ajudar a contribuir, e é um trabalho de Educação Ambiental desmistificar isto e trazer
para cada um a sua responsabilidade ambiental, informando e contribuindo com a
formação de novas posturas. Alertando para que todos saibam que, por exemplo, o
problema da geração do lixo começa quando compramos os produtos com excesso
de embalagens no supermercado, e que cabe a cada um de nós exigir dos
fabricantes menos embalagens e embalagens que sejam recicláveis ou
biodegradáveis, e que é a atitude de cada um que pode transformar o todo
(REIGOTA, 2001).
Metodologia
História: O macaco e o coelho (combinados e regras de convivência).
Dinâmica do espelho: trabalhando as diferenças.
Linha do tempo: explorando o crescimento e as fases da criança.
Cartazes: características físicas das crianças (peso, altura, nº do calçado).
Gráficos: com mês de nascimento dos alunos.
História: O livro da família.
Roda de conversa: trabalhando os diferentes tipos de famílias.
Construção com sucata: representação da família.
Construção da árvore genealógica de cada criança.
Passeio pela escola para observação, cultivo e cuidado dos espaços.
Adotar uma árvore, realizar ações para seu conhecimento e cuidado.
Retomar o projeto da Horta revitalizando o espaço.
História: Têm de tudo nesta rua.
Retomar a separação dos materiais reutilizáveis e recicláveis na escola.
Atividade Para Casa: Descrever o trajeto de casa até a escola.
Passeio pelo Bairro: observação dos pontos críticos e positivos do Bairro.
Fotos e filmagens do bairro para comparar com a imagem da rua mais bonita
do mundo, escolher a rua mais bonita do bairro.
Confecção de cartaz com as coisas boas e as que precisam melhorar.
Resgate da história da formação do Bairro: livro “A história da Vila Sabiá”
Confecção de Maquete da rua mais bonita do Bairro.
Escolher um local para revitalização.
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� Recursos: Lousa digital; Livros de histórias; Vídeos e CDs; Mudas
variadas; Sucatas; Jornais e revistas; Fotos; Papéis, tintas, giz, etc.;
utilização de materiais recicláveis.
Descrição da avaliação
Análise dos acontecimentos através das observações diárias, realizando
relatórios mensais dos avanços de aprendizagem das turmas.
Resultados
Participação da comunidade nas atividades relacionadas ao projeto, melhora
na auto-estima e no sentimento de pertencimento ao bairro, revitalização da escola e
de uma rua do bairro, exposição com escola aberta à comunidade.
Considerações finais
Segundo Crivellaro (2001), devemos compreender o meio ambiente de forma
integral, sendo que sua concepção nos liga filosoficamente ao todo, valorizando as
potencialidades do local em todos os aspectos. Esse conhecimento construído, por
todos, gera uma maior compreensão, integração e participação tanto da criança
como de seus familiares numa prática escolar comprometida com a
interdependência escola/comunidade/sociedade e mundo, situa-nos como sujeitos
ativos e participantes de um momento histórico vivido em sua plenitude, na riqueza e
na diversidade de nossa própria cultura.
Só vamos construir um “mundo diferente”, quando realmente acreditarmos
que a Educação Ambiental pode contribuir efetivamente na formação de nossas
crianças e no repensar sobre o modo de se viver e se relacionar neste mundo tão
complexo, onde violência, exclusão social, fome, preconceitos, degradação
ambiental, consumismo, etc. fazem parte do cotidiano.
Referências Bibliográficas
AGENDA 21 FEITA POR CRIANÇAS JOVENS DE MAIS DE 100 PAISES. Missão
Terra, O Resgate do Planeta. Ed. Melhoramentos, 1994.
ALVES , R. O amor que acende a lua . Campinas, SP: Papirus: Speculum, 1999.
37
ANDRADE , P. O. "Excursões Ecológicas". Relatório Vivencial , Viçosa, MG, 2002.
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terr a. RJ: k Vozes,
1999.
BRASIL . Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, 1998.
LEITE, L. H. A. Pedagogia de Projetos – Intervenção no Presente . Presença
Pedagógica, Belo Horizonte, 1996.
SOULÉ, M. In: ALVES, Liana Camargo de Almeida. "Um mundo por conhecer e
preservar". Os caminhos da terra . São Paulo, 1999.
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9 - “Nós e o planeta somos um”
Profª Ana Lucia Castelo Altino
Profª Lilian Aparecida Santos de Pádua Carneiro
CEI - 53 “Dr. Benjamin Felippe Grizzi”
Eixo temático: Educação Ambiental
Modalidade: Projeto
Público-alvo: Pré-I e Pré-II
Resumo
O Projeto “Nós e o planeta somos um” teve como tema principal a qualidade
de vida, abordando os seguintes eixos: lazer, alimentação, higiene e meio ambiente.
Foi direcionado aos alunos do Pré I e Pré II, quatro e cinco anos respectivamente, e
foi construído tendo como parâmetro, além das necessidades levantadas através de
pesquisas com a comunidade, também os conteúdos contidos na matriz curricular e,
consequentemente, no planejamento das etapas atendidas. As estratégias foram
desenvolvidas com os alunos e comunidade dentro do espaço escolar e também nos
arredores do bairro. Com a exposição de encerramento, pudemos avaliar os
resultados que obtivemos, tanto pedagogicamente (conceitual) quanto nas
mudanças de hábitos (atitudinal). O resultado foi tão positivo que algumas práticas
permanecem até hoje.
Apresentação do tema
O Projeto teve como temática a Educação Ambiental. Por ser extremamente
ampla, a equipe buscou direcionar um foco principal e suas abrangências. Assim,
nosso foco foi qualidade de vida e, para que esta fosse alcançada, abordamos os
eixos: lazer (saúde mental), alimentação saudável, higiene (saúde física) e meio
ambiente (água, lixo, flora e fauna).
Problematização
Nosso questionamento norteador foi: “O que devemos saber e fazer para
termos uma melhor qualidade de vida?”
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Justificativa
A Educação Ambiental tornou-se imprescindível para a conscientização de
que cada indivíduo é responsável pela construção de um mundo justo e equilibrado
ecologicamente, requerendo responsabilidade individual e coletiva. Só o
conhecimento e a reflexão podem fazer com que as pessoas usufruam dos recursos
naturais sem danificar o meio em que vivem. Além do bem estar momentâneo,
temos que refletir sobre os resultados e consequências de nossas ações para nossa
vida e para a vida do planeta.
Objetivos
Nosso objetivo principal foi o de estimular a mudança prática de atitudes e
formação de novos hábitos com relação a utilização de recursos naturais e da
relação de bem estar com o meio em que vivemos.
Referencial teórico
Como fundamento teórico principal, utilizamos a Carta da Terra, elaborada
pelo Instituto Paulo Freire.
Metodologia
Para o desenvolvimento deste projeto, utilizamos diversas estratégias:
pesquisas, maquetes, contação de histórias, plantio de mudas dentro da unidade
escolar e em seu entorno (mega plantio), teatro, oficinas de alimentação, visitas a
parques da cidade, atividade interativa com os pais, oficinas comunitárias,
arrecadação de materiais recicláveis entre outras.
Descrição da avaliação
Acompanhamos todo o processo realizando o registro escrito e fotográfico e
finalizamos com uma exposição à comunidade de todos os trabalhos desenvolvidos.
Resultados
Ao encerramento do projeto, pudemos avaliar que os resultados foram
alcançados tanto com os alunos quanto com a comunidade, pois além do
conhecimento, percebido em sala de aula, registramos as mudanças de hábitos que
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até hoje são realizadas em nossa escola.
Considerações finais
Este foi um projeto extremamente rico pelo valor dos conhecimentos
construídos e, principalmente, pela mudança prática e pontual observada em nossos
alunos e comunidade.
Referências bibliográficas
Além da Carta da Terra, pesquisamos as obras: O universo da sala de aula:
uma experiência em pedagogia de projetos, da autora Lúcia Lima Fonseca; O
espaço e o tempo da criança, do autor Euclides Redin; e O brinquedo sucata e a
criança – a importância do brincar, da autora M.M. Machado.
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10 – “PAPA PILHA”
Profª Cássia Beatris de Campos
Profª Débora Soares
Profª Monica Poldi do Espírito Santo
CEI – 18 “Miguel Cheda”
Eixo temático: Natureza e Sociedade
Modalidade: Projeto
Público-alvo: Creche III ao Pré-II
Resumo
O projeto Papa Pilha foi desenvolvido durante o no letivo de 2012 com todas
as turmas da unidade escolar (Creche III, Pré I e Pré II), cuja finalidade foi promover,
por meio da Educação Ambiental, a conscientização dos nossos alunos e
comunidade atendida quanto ao correto descarte das pilhas usadas, construindo
com as crianças a ideia de que é importante preservar a natureza, ampliando seu
entendimento para com as ações de conservação do meio ambiente, estimulando
atitudes e hábitos conscientes de cidadania e sustentabilidade, analisando os efeitos
nocivos das pilhas jogadas no meio ambiente, através da coleta de pilhas para o
correto descarte.
Apresentação do tema
Este projeto foi idealizado pela equipe de professoras da Unidade, mediante a
preocupação com as questões ambientais e a necessidade de educar nossos alunos
para uma atuação cidadã consciente e responsável para com a preservação do meio
ambiente.
O descarte das pilhas diretamente na natureza ocasiona vários prejuízos,
poluindo os solos e as águas subterrâneas com resíduos tóxicos. O correto descarte
contribui para minimizar os efeitos nocivos da contaminação.
Assim entende-se que ações, que acionam a consciência planetária dos
alunos e da sua família para a preservação ambiental, por mais simples que possa
parecer são necessárias para a mudança de pensamento e de hábitos que
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prejudicam a natureza. É preciso fazer com que as pessoas compreendam que a
sua ação individual somada a de outras pessoas, promovem o bem de todos.
Problematização
Nosso desafio foi em como trabalhar a consciência ambiental e planetária, a
sustentabilidade com os alunos de modo lúdico, sem deixar escapar informações
técnicas e científicas de relevante importância sobre o tema, para minimizar os
impactos ambientais, atingindo não só o ambiente escolar, como toda a comunidade
em geral.
Justificativa
Mediante o desequilíbrio dos ecossistemas, provocados pelas degradações e
o mau uso dos recursos naturais, motivados pela ambição e consumismo do ser
humano, percebemos a emergência de ações em prol da conservação da vida na
Terra.
As gerações futuras herdarão um sério problema, o qual reside em manter
vivas milhares de espécies da fauna e flora que estão em risco de extinção, devido a
destruição do seu habitat, incluindo aqui a espécie humana. Até mesmo a vida do
Homem está ameaçada pelos efeitos do aquecimento global e pelo esgotamento de
recursos naturais, anteriormente tidos como inesgotáveis, como a água por exemplo.
Portanto, as crianças de agora sentirão mais os efeitos dessa devastação.
Assim, é fundamental que as escolas estejam engajadas em ações que promovam a
consciência para a conservação do meio ambiente, nas palavras de Edgar Morin e
Moacir Gadotti é preciso desenvolver com os alunos a Cidadania Planetária, que
entendo o individuo inserido na coletividade terrena, onde todos devem compartilhar
interesses comuns quanto a qualidade de vida, a justiça social e a preservação da
vida na Terra.
Objetivos
� CONCEITUAIS
Construir com as crianças a ideia de que é importante preservar a
natureza;
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Ampliar seu entendimento para com as ações de conservação do meio
ambiente;
Estimular atitudes e hábitos que contribuam com o meio ambiente, como a
coleta de pilhas para o correto descarte;
Analisar com as crianças os efeitos nocivos da pilha no meio ambiente;
Relacionar outras fontes de poluição ambiental.
� PROCEDIMENTAIS
Observar os efeitos da ação humana na natureza;
Pesquisar mais informações que contribuam com o entendimento do tema;
Aplicar o conhecimento adquirido para a construção de hábitos que
preservem o meio ambiente;
Fazer a coleta de pilhas, recolhendo-as em casa e trazendo-as até a
escola para serem depositadas no coletor Super Pilha.
� ATITUDINAIS
Ser consciente da necessidade de preservar a natureza;
Contribuir com atitudes de preservação do meio ambiente;
Divulgar práticas de conservação da natureza;
Conhecer e interessar-se por boas práticas de respeito à natureza;
Sensibilizar-se com as causas em prol da defesa do meio ambiente e para
a preservação da vida.
Referencial teórico
Nosso destino comum é compartilhar com todos nossa vida no planeta. Nossa
identidade é ao mesmo tempo individual e cósmica. É preciso educar para
conquistar um vínculo amoroso com a Terra, não para explorá-la, mas para amá-la.
É preciso compreender que somos interdependentes com a natureza. “A sensação
de pertencimento à Terra não se inicia na idade adulta e nem por um ato de razão.
Desde a infância, sentimo-nos ligados com algo que é muito maior do que nós.
Desde criança nos sentimos profundamente ligados ao universo e nos colocamos
diante dele num misto de espanto e de respeito. A educação pode ter um papel
nesse processo se colocar questões filosóficas fundamentais, mas também se
souber trabalhar ao lado do conhecimento essa nossa capacidade de nos encantar
com o universo.” (Moacir Gadotti)
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O desenvolvimento sustentável visto de forma crítica tem um componente
educativo muito forte: a preservação do meio ambiente depende de uma consciência
ecológica e essa formação da consciência depende da educação.
O descarte das pilhas que se faz em lixões e aterros sanitários, liberando
componentes tóxicos que contaminam o solo, os cursos d’água e os lençóis
freáticos, afetando a flora e a fauna e o homem, pela cadeia alimentar. Devido a
tudo isso a Resolução nº 257/99 do CONAMA, resolve passar aos fabricantes ou
importadores para que estes adotem diretamente, ou por meios de terceiros, os
procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambiental
adequado.
Dentre os temas que preocupam a humanidade, a questão ambiental é a,
mais preocupante, por isso resolvemos abordar em sala de aula com as crianças,
pois desde pequenos já temos que aprender a cuidar do nosso planeta.
Metodologia
Iniciamos o desenvolvimento do projeto através da criação da história “Super
Pilha”, criada pela professora Cássia Beatris de Campos, através da qual os alunos
tiveram contato lúdico, interagindo e apropriando-se do tema, além da confecção do
boneco coletor de pilhas. Antes de iniciarmos o trabalho com os alunos, o tema e o
projeto foram apresentados aos pais em reunião, no intuito de que quando os alunos
falassem do tema em casa, os pais já estarem sabendo e envolvidos com o projeto,
podendo auxiliar os alunos no desenvolvimento das tarefas propostas. Com os
alunos o projeto foi iniciado com o filme “Wall-e”, sensibilizando-os, apresentamos a
história envolvendo-os ludicamente e preparando-os para a chegada do
representante do Super Pilha (boneco coletor), incentivando-os a coleta e descarte
correto de pilhas usadas, que provavelmente seria descartada no lixo doméstico
inadequadamente. Também foram apresentados pequenos vídeos retirados da
internet (Youtube), mostrando os efeitos nocivos do descarte incorreto das pilhas e
os materiais tóxicos liberados no meio ambiente devido ao descarte incorreto.
Realizamos com os alunos o monitoramento da quantidade de pilhas coletadas e
quais os tipos de pilhas e baterias mais usadas e descartadas.
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Descrição da avaliação
Foi realizada, através da observação quanto à participação e envolvimento
dos alunos, nas atividades desenvolvidas sobre o projeto.
Resultados
Houve engajamento geral da comunidade e dos alunos, havendo relato por
parte dos pais do envolvimento e conscientização dos alunos e seus familiares no
projeto desenvolvido.
Considerações finais
A realização do projeto Papa Pilha trouxe o início de uma conscientização
ambiental para os alunos e a comunidade atendida na Unidade escolar; os
resultados foram positivos com a aceitação, participação e colaboração por parte
dos pais e alunos, que pedem a continuidade deste projeto no ano de 2013.
Referências bibliográficas
BRASIL, Anna Maria; SANTOS, Fátima. Equilíbrio ambiental e resíduos na
sociedade moderna.3 ed. São Paulo: Brasil Sustentável Editora , 2007
GADOTTI, Moacir.Pedagogia da Terra. 5 ed. São Paulo: Pierópolis, 2000.
GADOTTI, Moacir.: Pedagogia da terra e cultura de sustentabilidade.Revista
Lusófona de educação,v.6, n.6,2005. Disponível em
http://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/a rticle/view/842/681
Experiência mostra estrago das pilhas no meio ambiente. Disponível em
http://www.ecoinforme.com.br/main_noticia.asp?id_noticia=868&id_tipo_noticia=3&id
_secao=104
Perigo: lixo tecnológico. Disponível em
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/perigo-lixo-tecnologico-
426131.shtml
As pilhas podem ser agrupadas em 4 grandes grupos. Disponível em
http://ecopagina.home.sapo.pt/amb_pilha.html
Pilhas e baterias: lixo tóxico dentro de casa. Disponível em
http://www.slideshare.net/M4RC14/pilhas-e-baterias
46
Pilhas e baterias. Disponível em
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pilhas-e- baterias/pilhas-e-baterias-
1.php
Descarte de pilhas. Disponível em
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pilhas-e- baterias/pilhas-e-baterias-
2.php
Impacto das pilhas no meio ambiente. Disponível emhttp://www.g-sat.net/fisico-
quimica-1966/impacto-das-pilhas-no-meio-ambiente-18 2488.html
O brincar e o planeta. Disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=OR_J8KUkXMI&feature= related
Reciclagem de pilhas e baterias. Disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=OESxsSnMqO4
Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Papa Pilhas
47
11 - “PIQUENIQUE LITERÁRIO”
Profª Ana Cristina Oliveira Germano
Profª Soraia Aparecida Aprimo Ferreira Uno
CEI - 07 “Francisca Moura Pereira da Silva”
Eixo temático: Linguagem Oral e Escrita / Identidade e autonomia / Natureza e
sociedade
Modalidade: Projeto
Publico alvo: Creche II ao Pré II
Resumo
O projeto “Piquenique Literário” encanta a todos os participantes, em especial,
as crianças. Nele a leitura é o grande protagonista e dá um espetáculo! Os alunos
vibram com as histórias encenadas pelos educadores e contadas por eles. E depois,
se deliciam lendo seus próprios exemplares colhidos (e escolhidos) dos galhos das
árvores, na praça em frente à escola e, continuamente, dentro das salas de aula e
nos diversos espaços educativos. É mágico!!! A interação entre as crianças de
diferentes faixas etárias, desde o nosso Creche II até o Pré II, é muito saudável e
enriquecedor. Todos, juntos, estão participando de um projeto educativo para
formação de leitores.
O projeto foi baseado no texto de Cláudio Fragata, que narra a história do
Antonio que derramou as letras do livro e não conseguiu juntá-las, assim nasceu
uma floresta no quintal da sua casa e os frutos das árvores não poderiam ser outros
senão livros!
Um boneco cheio de letrinhas também foi criado para ser o agente propulsor
do despertar pelo interesse à leitura das crianças. O Sr. Alfabeto vai para suas
casas compartilhar de bons momentos em família e uma prazerosa leitura. Tudo é
devidamente registrado e narrado em sala de aula, pelo olhar dos alunos. Além
disso, as crianças trazem de casa um presente, com o início da letra escolhida pelo
educador ou por meio de sorteio, para presentear o boneco amigo.
O resultado é o visível aumento do interesse pela leitura e pela exploração da
biblioteca da escola, inclusive pelos pais dos alunos.
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Apresentação do tema
Comer juntos é um ritual que une as pessoas, quando duas ou mais se
reúnem em torno de uma mesa farta nasce a partilha, não só do alimento para o
corpo, mas sim do combustível para a alma: bons papos, boas leituras e trocas!
Buscando estimular ainda mais o gosto e o prazer pela leitura, oferecemos
diariamente um vasto repertório aos nossos alunos desde bem pequenos.
Assim, surgiu a ideia de fazermos um passeio diferente, unindo a apreciação
da natureza, a ideia de partilhar e a alegria de ouvir histórias: marcamos um
piquenique literário!
Problematização
Como levar a criança a interessar-se e interagir com o mundo da leitura e da
escrita?
Justificativa
As crianças de hoje vivem cercadas de informações escritas, desde as
visíveis nas ruas por onde passam, na televisão em que assistem, nos jogos
eletrônicos que tem contato, por meio dos celulares, Ipad, vídeo games e afins,
assim como nos demais veículos de comunicação, já que vivemos num mundo
letrado. A escola tem o papel de proporcionar a compreensão destes códigos às
crianças, não ignorando tais influências, utilizando para tanto os mais diversificados
recursos pedagógicos, despertando ainda a curiosidade para o entendimento e
conhecimento de sua utilidade em nossas vidas.
Objetivos
Incentivar o hábito da leitura;
Conhecer e apreciar diferentes gêneros literários;
Socializar-se;
Estimular a partilha de alimentos e afetos;
Envolver a comunidade, estimulando a leitura;
Envolver a família na biblioteca ambulante;
Divertir-se.
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Referencial teórico
A criança deve reconhecer a linguagem oral e escrita como algo seu e de seu
contexto, onde ela vai recriar e construir hipóteses a respeito desse novo objeto de
conhecimento, buscando descobrir esse mundo escrito que a cerca. Ferreiro (1987)
afirma que “É necessário imaginação pedagógica para dar às crianças
oportunidades ricas e variadas de interagir com a linguagem escrita. [...] É
necessário entender que a aprendizagem da linguagem escrita é muito mais que a
aprendizagem de um código de transcrição: é a construção de um sistema de
representação”.
Metodologia
Contação e leitura de histórias e textos diversos (jornais, bilhetes, panfletos,
livros);
Escrita e leitura, de maneira não convencional;
Exposição no varal;
Utilização do Jornal Cruzeirinho;
Uso de fantoches e fantasias;
Confecção de cartazes convidando a comunidade para participar.
Descrição da avaliação
A avaliação será realizada por meio da observação dos avanços das crianças
em relação ao interesse pelo universo da leitura e escrita e das hipóteses citadas
por elas neste processo. Serão utilizadas sondagens e a ficha de desenvolvimento
do aluno.
Resultados
Por intermédio desse trabalho é possível verificar um maior interesse das
crianças pela leitura e escrita, que tem se manifestado na escola e em casa. As
solicitações de idas à biblioteca pelas crianças são comuns e constantes. As
retiradas de livros se tornam momentos prazerosos e de trocas. Nos cadernos
viajantes há relatos de pais satisfeitos com o aumento do interesse dos filhos pela
leitura, os quais os fazem ler mais também.
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Houve melhora e avanços significativos na oralidade de todas as turmas e
aumento na percepção da escrita e seus códigos, de acordo com as fases do
desenvolvimento.
Considerações finais
Nossas crianças não podem ficar alheias a este mundo repleto de
informações e rápidas transformações. Devem, desde na Educação Infantil,
conhecer o mundo letrado, para tornarem-se cidadãos ativos e participativos no
futuro e, num movimento mais breve, serem crianças mais antenadas com os
acontecimentos que ocorrem em seu universo infantil.
Devem tornar-se leitores assíduos e críticos, obtendo conhecimento por meio
dos livros e todos os meios de comunicação escrita a que tem acesso. Além disso,
devem ler por prazer!
Por tudo isto, e pelos resultados alcançados, este projeto foi tão gratificante e
valoroso. O envolvimento e entusiasmo de todos os participantes e executores foram
explícitos. O sucesso do Piquenique Literário, junto ao Aniversário do Sr. Alfabeto,
foi tão grande e significativo que o primeiro evento ocorreu em 2012, teve cobertura
e foi publicado no Cruzeirinho e, neste ano de 2013, o mesmo se repetiu. Portanto, a
prática já foi incorporada, com alegria e validação de todos da equipe, inclusive das
crianças, ao calendário escolar da unidade de ensino.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Ministério da
Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEC,
1998.
Matriz Curricular da Rede Municipal de Sorocaba.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. Tradução Horácio Gonzales. São
Paulo: Cortez Autores Associados, 1987.
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12 - “SCRAPBOOK: FERRAMENTA PARA A CONSTRUÇÃO DA ID ENTIDADE E
AUTONOMIA”
Profª Joselaine Augusto Rangel Caetano
CEI - 79 “João Tortello”
Eixo temático: Natureza e Sociedade
Modalidade:
Publico alvo: Creche II
Resumo
O projeto do álbum com textos teve como objetivo principal promover a
construção da identidade e da autoestima dos alunos, ele aconteceu durante todo o
ano servindo de apoio para o processo de ensino aprendizagem. A cada mês era
construída uma página do álbum com o foco em alguma abordagem que havia sido
trabalhada em sala de aula, os alunos participavam da construção das páginas
ajudando na colagem das fotos e dos adereços. Em roda de conversa eles
relembravam a atividade escolhida. Alguns textos eram escolhidos pela professora
que compartilhava com os alunos. Este trabalho promoveu junto às crianças o
estimulo a linguagem e integração com os pares, enriquecendo a construção global
da identidade e o conceito do eu no mundo, fomentando principalmente o
desenvolvimento da autoimagem, elemento fundamental para a construção da
autoestima.
Apresentação do tema
O trabalho com identidade na Educação Infantil é extremamente importante
para o desenvolvimento global das crianças, construir a identidade implica conhecer
os próprios gostos e preferências e dominar habilidades e limites, sempre levando
em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as pessoas com quem se convive, é a
partir das experiências vivenciadas que a criança passa a compreender-se como um
ser único em meio a outros seres igualmente singulares, ou seja, um ser com
identidade própria. Ao iniciar o projeto de identidade e solicitar fotos para o trabalho,
constatei que dois alunos da sala nunca haviam sido fotografados, então surgiu à
52
ideia do álbum, como mais um elemento para a construção da identidade e
fortalecimento da autoestima.
Problematização
A aquisição da autoimagem se dá por aprendizagem. Ao interagir com as
pessoas que lhe são importantes a criança recebe retorno verbal e não verbal que
reforça suas particularidades. A avaliação que faz de si surge a partir da avaliação
que os outros fazem dela. O déficit de algum aspecto da aparência é menos
importante que os sentimentos que o acompanham, a imagem que a criança tem de
si pode não ser exata e quanto mais real essa imagem, maior facilidade ela terá de
se comportar diante da vida, e ao gostar de sua autoimagem fortalecerá a sua
autoestima, a criança se esforça para ser aprovada e quando não obtém êxito na
construção de uma autoimagem pode generalizar essa inadequação para outras
áreas, inclusive apresentado sérios problemas de convivência e de aprendizagem, a
avaliação que fizer de si determinará seu comportamento diante da vida.
Justificativa
As crianças pensam o mundo de um jeito especial e muito próprio, é a partir
das relações que estabelecem com a realidade em que vivem, com o meio familiar e
com as pessoas com quem se relacionam no cotidiano que elas passam a “ler” e
compreender o mundo. Cabe à educação facilitar essa “leitura” e compreensão,
possibilitando o reconhecimento, pela criança, da sua própria história de vida e
resgatando a importância das suas ações e atitudes no processo de construção da
história da humanidade, estimular sempre a sua autoestima e autonomia e propor
atividades que sejam próprias do mundo lúdico e do imaginário da criança e que
colaborem para a formação de uma identidade autêntica e respaldada em valores
éticos necessários ao cidadão consciente do seu papel na construção da sua
história e da história do outro.
Objetivos
Promover a construção da autoimagem;
Desenvolver a percepção das características individuais e coletivas;
Valorizar as características individuais e coletivas;
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Estimular a interação com os pares;
Estreitar laços afetivos familiares;
Apreciar a sua imagem e a de seus pares;
Promover a autoestima e autonomia
Referencial teórico
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a
criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inscrita em uma sociedade, com uma determinada
cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo
meio social em que se desenvolve, mas também o marca. Dentro desta concepção
podemos fundamentar os elementos do trabalho realizado que considera a criança e
suas particularidades como fundamentais para o grupo social ao qual está inserida,
pois todo o processo de socialização promove a troca entre os pares, a valorização
do individuo e a construção da autonomia, da autoestima e consequentemente da
identidade.
Metodologia
Neste trabalho foi construído um álbum de 10 páginas, sendo uma para cada
mês:
Fevereiro: Baile de carnaval
Março: Meio ambiente
Abril: Dia do Índio
Maio: Dia das Mães
Junho: Festa Junina
Agosto: Folclore
Setembro: Amigos
Outubro: Dia das Crianças
Novembro: Faz de conta
Dezembro: Natal.
Passo a passo:
1. Roda de Conversa: levantamento de hipótese sobre o que é um álbum de fotos.
2. Apresentação de um álbum comum para as crianças observarem e manipularem.
3. Apresentação para as crianças da proposta do álbum.
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4. Durante a atividade do mês todas as crianças eram fotografadas.
5. Roda de Conversa com fotos individuais da atividade realizada, neste momento
cada criança falava de sua foto (o que estava fazendo, o que mais gostava na
foto).
6. Apresentação do modelo da página que seria elaborada.
7. Preparação anterior das páginas, que foram feitas com papel cartão e color set.
8. Colagem dos tapetinhos, (papeis recortados previamente), das fotos e colocação
dos adereços da página.
9. Alguns textos eram escolhidos pela professora com foco em aprendizagem,
afetividade e identidade, posteriormente eram compartilhados em roda de
conversa com os alunos que ajudavam na colagem, estes textos também tinham
o objetivo de promover uma reflexão junto às famílias quando do recebimento do
álbum.
10. Depois de todo o processo terminado as crianças recebiam sua página para
observar e compartilhar com os amigos.
11. O encerramento da atividade aconteceu em dezembro com a entrega do álbum
durante uma festa, a participação foi total, todas as crianças receberam alguém da
família e durante a entrega era nítida a satisfação das crianças em compartilhar seus
álbuns.
Descrição da avaliação
A avaliação se deu por meio da observação durante as atividades, e também
pelos relatos das crianças e das famílias em relação ao trabalho realizado.
Resultados
Pudemos perceber o desenvolvimento do prazer em observar-se e gostar-se,
as crianças ficaram muito satisfeitas com o resultado final do álbum, estavam muito
ansiosas em compartilhar com suas famílias, pudemos constatar ainda que o nosso
objetivo principal que era o desenvolvimento da autoestima foi atingido pois havia
um contentamento em todo o grupo durante a entrega dos álbuns para as famílias,
as crianças queriam ser vistas e a aprovação dos pais as deixavam orgulhosas de si
mesmas.
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Considerações finais
Este trabalho me proporcionou uma emoção muito grande, pois ele surgiu a
partir de uma grande inquietação. Como podemos aceitar que em uma época onde
os recursos midiáticos estão tão expostos, uma criança não tenha a oportunidade de
ser fotografada e de apreciar a sua imagem? Então a partir desta inquietação que
em alguns momentos ganhou nuances de indignação, percebi que cabia a mim
oportunizar a essas crianças a inserção neste universo da autoimagem, com um
trabalho árduo, utilizando materiais alternativos, esta foto acabou se tornando um
álbum e um projeto pedagógico que promoveu a todas as crianças do grupo o
fortalecimento da identidade e auto estima, foi muito gratificante fazer parte deste
momento que se estendeu para além da escola envolvendo as famílias no processo,
que passaram a se interessar, pois as crianças chegavam em casa empolgadas
descrevendo o que estava acontecendo na sala de aula. Para mim o papel da
educação é promover junto aos alunos e a comunidade a certeza que todos temos
direito de acesso a uma vida justa e com igualdade.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para Educação
Infantil. Secretaria de Educação fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo, Paz e Terra, 1999.
LADEIA, Delia. O Eu criança na educação infantil. Em pauta – Revista Criança do
professor de educação infantil, Brasília, n.35, p.19-21,2001.
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13 – “USO DA LOUSA DIGITAL COMO RECURSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL”
Profª Giovana Lisboa
Profª Michele Nascimento Machado
CEI - 47 “Profª Betty de Souza Oliveira”
Eixo temático: Novas Tecnologias
Modalidade: Projeto
Publico alvo: Creche II ao Pré II
Resumo
O presente trabalho visa oferecer aos professores sugestões de como utilizar
a lousa digital na educação infantil, como recurso pedagógico na elaboração de
atividades permanentes, ocasionais e sequenciais de acordo com o currículo da
faixa etária.
O trabalho em sala de aula torna-se mais rico e prazeroso quando há a
utilização de mais uma possibilidade, a ferramenta da lousa digital na educação
infantil, visto o quanto a sociedade atual está inserida num mundo da era
tecnológica.
Com os alunos, as estratégias são diversificadas de acordo com o conteúdo
trabalhado, porém, com o uso da lousa digital percebe-se o crescente desejo de
aprender a aprender.
Apresentação do tema
Sabe-se que é de extrema importância estimular os alunos em todas as suas
potencialidades, além de estar atento a necessidade de se propor experiências de
aprendizagem significativas contextualizadas a vivência dos alunos que contemplem
os conteúdos da Matriz Curricular da Educação Infantil e dos Referenciais
Curriculares Nacionais para a educação infantil, para tanto a reflexão deve estar
presente no cotidiano pedagógico dos docentes e as formações em serviço vir ao
encontro dessas expectativas e dos desafios que se apresentam no trabalho
docente.
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Os alunos da educação infantil estão inseridos numa sociedade na era da
informática, o grande desafio atual é como inserir o uso da lousa digital de forma
significativa no cotidiano das práticas em sala de aula para alunos dessa faixa etária.
Com esse enfoque é que se pensou em formação com profissional
especializado nessa nova tecnologia que invade as salas de aula da educação
básica, além das formações oferecidas pelo sistema de ensino, uma formação
específica para professores da unidade e mais, alguns horários para elaborar aulas
para a turma em que se trabalha, atendendo às necessidades específicas de cada
sala.
Contudo, ao utilizar a lousa digital, há precedentes que diz respeito ao
conhecimento prévio de alguns recursos do programa disponibilizado e ainda, a
flexibilidade de abrangência em enxergar a transdisciplinaridade dos conteúdos e
nas possibilidades que a lousa digital pode contribuir na sequência didática ou nas
atividades permanentes da sua turma, devido a ser um novo recurso na sala de
aula.
O trabalho pedagógico que se utiliza do recurso da lousa digital, favorece a
observação para a avaliação individual da meta 7 - que especifica a habilidade em
conhecer e interagir com novas tecnologias, na FADA – Ficha de Acompanhamento
do Desenvolvimento do Aluno.
Ao pensar nesse recurso, o docente se utiliza de uma gama de possibilidades
para interagir com os conteúdos e as experiências de aprendizagem tornam-se
significativas e desafiadoras.
Seja em atividades permanentes como a Chamadinha, seja em atividades
como construção de gráficos com números do seu dia a dia, entre outras
possibilidades, os alunos iniciam a sua percepção de que as tecnologias estão a
favor da construção do conhecimento, além das informações que se registram por
meio dos recursos midiáticos.
Problematização
Atualmente percebemos o quanto as novas tecnologias têm feito parte do
cotidiano das pessoas e que por mais simples que o indivíduo seja, tem em casa um
aparelho de TV, que faz com que esse mesmo indivíduo tenha acesso a
informações e até mesmo tome posse de determinados conhecimentos. O contato
58
com outras mídias é cada dia mais comum, seja com celulares, ifones, ipads, tablets,
notebooks, etc. e com diferentes aplicativos, os atrativos são igualmente diversos
para alimentar a curiosidade e o interesse das crianças. E a escola? O que tem
oferecido de instigante e que provoque a curiosidade dos alunos e desperte o
interesse em aprender? Pautando-se nestas e em outras indagações é que as
autoras discorrem neste material. Como trabalhar com a lousa digital na educação
infantil integral de forma significativa com os alunos? Existe formação e os
profissionais de educação sentem-se seguros para utilizar este recurso como forma
de produzir conhecimento?
Justificativa
Diante das inovações tecnológicas, torna-se fundamental uma postura
observadora, porém, ativa quando se trata de aquisição de conhecimentos.
Devemos refletir sobre os diferentes aspectos do desenvolvimento infantil sejam eles
sociais, cognitivos, afetivo-emocionais, etc, já que as informações circulam de forma
acelerada e estão disponíveis nas mais diferentes e, outrora, impensadas formas.
Diariamente somos bombardeados por elas. As crianças, cada dia mais cedo, têm
acesso aos diferentes meio de comunicação e demonstram não só interesse como
domínio sobre determinados aparelhos. Daí outra questão a ser pensada: o
desenvolvimento das crianças e sua aprendizagem. Que contribuições as novas
tecnologias trazem para esses indivíduos?
A escola é a outra face da moeda que representa as interações sociais, além
da família. A escola precisa, urgentemente repensar a sua relação com os meios de
comunicação. Não ignorá-los ou considerá-los inimigos. Também não pode pensar
em imitá-los, porque neles predomina a função lúdica, de entretenimento, e não
exclusivamente de organização da compreensão do mundo e das atitudes.
Por essas razões, utilizar os recursos tecnológicos em sala de aula para a
elaboração de atividades, pode ser uma forma de acompanhar o ritmo do
crescimento tecnológico, sem deixar de lado a prática reflexiva, o desenvolvimento
de atividades lúdicas e significativas para os alunos.
A proposta de utilizar a Lousa Digital como recurso na Educação Infantil
refere-se à inserção das mídias no cotidiano escolar desde a mais tenra idade, onde
os alunos têm a possibilidade de experimentar sensações e descobertas que estão
59
associadas às suas vivências em casa, em família e na escola: o contato com
computadores é um exemplo disso.
Objetivos
Criar atividades que ofereçam aos alunos a oportunidade de contato com
novas tecnologias e suas linguagens;
Conhecer e interagir com a lousa digital;
Desmistificar com os alunos e com os professores o uso da lousa digital.
Relacionar o uso da lousa digital ao uso doméstico do computador.
Referencial teórico
Ao deparar com as transformações que atualmente se apresenta com
rapidez e movimenta o planeta, é obvio ocorre mudanças que se remetem a área da
tecnologia da comunicação e da informação, dada a importância no seu papel
central na dita era da informatização! Segundo o artigo “Tecnologias do
conhecimento: os desafios da educação” Ladislau Dowbor, diz que na medida em
que a educação não é uma área em si, mas um processo permanente de construção
de pontes entre o mundo da escola e o universo que nos cerca, a nossa visão tem
de incluir estas transformações. Não apenas a técnica de ensino que muda,
incorporando uma nova tecnologia, é a própria concepção do ensino que tem que
repensar os seus caminhos. Daí a grandiosidade do desafio da gestão do
conhecimento, o autor completa dizendo:
“... A gestão do conhecimento torna-se assim um espaço mais
amplo, no qual a educação tem de reconstruir o seu papel,
reencontrar o seu lugar. Não basta assimilar informática, internet
e outras tecnologias do conhecimento: as novas tecnologias
trazem transformações nas formas de trabalhar o conhecimento,
e exigem por sua vez novas formas de organização do tempo,
do espaço, das relações internas da escola: são as chamadas
mudanças organizacionais.”
Assim, a reflexão do trabalho docente frente a tais desafios impulsiona a
novas práticas, para que desde a tenra idade a criança desmistifique estar a frente
das tecnologias e muito mais, utilizar-se delas para construir seus conhecimentos,
60
desta forma, Moacir Gadotti em seu artigo “Perspectivas atuais da Educação” deixa
claro a relevância em estimular educomunicação e educação tecnológica desde a
educação infantil:
“O que cabe à escola na sociedade informacional? Cabe a ela
organizar um movimento global de renovação cultural,
aproveitando-se de toda essa riqueza de informações... A escola
não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela
precisa ser um centro de inovação. Temos uma tradição de dar
pouca importância à educação tecnológica, a qual deveria
começar já na educação infantil.
Tais considerações realizadas pelos dois autores ditam o quanto as
tecnologias invadem a vida do ser humano, inclusive as salas de aulas. Cabe a
escola e ao docente organizar seus tempos e espaços estimulando os alunos a
descobrir um campo tão significativo nos dias atuais, reestruturando sua postura
diante de novas possibilidades e assim, utilizar a linguagem tecnológica como
ferramenta no trabalho pedagógico, seja qual for o conteúdo abordado nas diversas
áreas do conhecimento.
Metodologia
As atividades em que se apresentam o uso da Lousa Digital como recurso na
Educação Infantil, serão elaboradas abordando criança da faixa etária de 2 a 5 anos
(Creche 2 ao Pré 2) que frequentam a Unidade Escolar em período integral. As
propostas e abordagens referem-se utilização do Programa SMART Notebook em
atividades permanentes como “Chamadinha”, com nome, com fotos; temas para
rodas de conversa, contagens diversas, gráficos, escrita do nome; hipóteses de
escrita, etc. Sugere-se que ao desenvolver atividades tendo a lousa digital como
recurso, que divida-se a turma em atividades diversificadas para que se trabalhe
com grupos menores, considerando a capacidade de concentração de cada faixa
etária.
Descrição da avaliação
A avaliação poderá ocorrer de maneira processual, visando o
acompanhamento do desenvolvimento e desempenho dos alunos, bem como o
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aspecto afetivo destacando-se o interesse, curiosidade e autoconceito a serem
adquiridos ou estimulados nos alunos. A abordagem de conteúdos ficará a critério
do professor considerando a faixa etária atendida norteando-se pela Matriz
Curricular, Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e demais documentos
que tratem do desenvolvimento infantil como um todo.
Resultados
Em sala de aula, os resultados podem ser acompanhados mediante avaliação
processual do desempenho e desenvolvimento dos alunos nas atividades propostas.
Na escola, como um todo, os resultados podem ser observados e
monitorados quanto ao número de vezes que o professor planeja a atividades com a
lousa digital.
Considerações finais
O desafio da educação é promover a reflexão e o desenvolvimento do olhar
crítico frente às informações adquiridas pelo sujeito, independentemente da
tecnologia a que tem acesso, a fim de que este tenha condições de transformar a
informação adquirida no aqui e agora em informação que lhe sirva em longo prazo,
ou seja, em algo consistente e não meramente ilustrativo e passageiro. Com as
crianças menores, o desafio não é menor! A formação na primeira infância pode ser,
e acreditamos que seja, o diferencial para o adulto do futuro, ou seja, a aquisição de
conhecimentos por meio do contato com as diferentes tecnologias só tem a
acrescentar à construção do conhecimento, mas nós, educadores temos como
missão nortear os olhares para que essa construção seja significativa, envolvente e
útil.
Referências Bibliográficas
COll, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento . Tradução
Dihel, Emília de Oliveira. Porto Alegre: Artmed, 1994 .
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à práti ca
educativa . São Paulo: Paz e Terra, 1996 .
SOARES, Ismar de Oliveira. Mas afinal, o que é educomunicação? Disponível em:
<HTTP://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/27.pdf> Acesso em 11 ago 2012.
62
Dowbor, Ladislau. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação
Disponível em: <http://www.mhd.org/artigos/dowbor_tecnologias.html>
Apostila SMART Notebook 11.pdf e Tutorial de Instalação SMART NOTEBOOK
11.pd
63
Educação Infantil e Ensino Fundamental
14 – “ACOLHIMENTO”
Profª Ana Lílian Martins de Almeida Souza
Profª Cássia Sousa Fornari
E.M. “Prof. Walter Carretero”
Eixo temático: Linguagens, Arte e Educação e Cultura
Modalidade: Projetos
Publico alvo: Educação Infantil e Ensino Fundamental
Resumo
O projeto foi desenvolvido pelo corpo docente com a finalidade de entreter e
tranquilizar as crianças, visto que na entrada para as aulas os alunos estavam
sempre agitados. Esse projeto vem sendo desenvolvido desde o ano de 2004,
levando além do entretenimento, relaxamento e acesso a cultura, tem a participação
dos próprios alunos nas apresentações. Hoje o Projeto Acolhimento é “marca
registrada” da escola, encantando não só as crianças, mas toda a comunidade e
visitantes.
Apresentação do tema
Sabendo que as crianças não tinham acesso a cultura e ao entretenimento,
deu-se o nome “Projeto Acolhimento” fazendo alusão a recepção amável e
afagadora. Em referência as linguagens, a mesma se faz presente no cotidiano das
crianças dentro e fora do contexto escolar. Como educadoras de Educação Infantil e
Ensino Fundamental sentimos a necessidade de ampliar o repertório cultural de
nossos alunos, apresentando-lhes as diversidades culturais de qualidade e que
abordam temas pertinentes a infância e ao convívio social.
Problematização
“Como prender a atenção de crianças que tiveram pouco acesso a cultura e
ao entretenimento, ao mesmo tempo que se faz referência as diversas formas de
linguagem?”
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Justificativa
Apesar da leitura diária já fazer parte de nossa rotina, sentimos a necessidade
de um projeto que contemplasse a literatura infantil de outras formas, ampliando os
conhecimentos de nossos alunos e favorecendo o contato com textos literários de
qualidade. Para tanto, selecionamos alguns livros de renomados autores e músicas
que apresentassem em suas obras características peculiares, tais como: linguagens
e imagens sedutoras, rico vocabulário, diversidades de temas abordados,
valorização da cultura, interação autor – leitor, etc. Permitindo que as crianças
construam o não diretamente observado, conheçam a forma de viver, pensar, agir e
o universo de valores e costumes de outras populações situadas em outros tempos
e lugares, alheios à contemporaneidade.
Objetivos
Relaxar e concentrar;
Entreter e animar;
Desenvolver os diversos tipos de linguagem;
Construir progressivamente o hábito cultural;
Desenvolver e assimilar, através das apresentações, literatura, músicas,
poesias e conceitos relacionados às demais áreas do conhecimento.
Referencial teórico
O principal referencial teórico que justifica o presente trabalho está pautado
nas propostas apresentadas nos Referenciais Curriculares Nacionais de Educação
Infantil, no documento Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a
inclusão de seis anos de idade MEC/SEB, 2007 e nos Parâmetros Curriculares
Nacionais e demais livros estudados que tratam da importância da ludicidade no
processo educacional das crianças.
Metodologia
Pesquisados e selecionados os livros, músicas, peças de teatros de
renomados autores, escritores e compositores, cada professor realiza junto a seus
alunos uma coletânea para posteriormente selecionar o que será abordado para a
apresentação. Geralmente o que se é apresentado é trabalhado como conteúdo em
65
sala de aula, fazendo com que as leituras e sistematizações resultam nas diversas
apresentações, os quais são expostos também à comunidade.
Descrição da avaliação
As avaliações são realizadas mediante o interesse e participação dos alunos;
durante as apresentações, sistematizações orais e os registros produzidos.
Resultados
Os alunos apresentaram maior interesse durante as realizações das
apresentações, e o acolhimento durante a entrada para as aulas se faz de forma
tranquila e prazerosa; ampliam o vocabulário; interessam-se por livros, peças de
teatro, músicas, concertos, enfim uma gama de cultura que anteriormente não se
observava.
Considerações finais
O projeto é prazeroso e produtivo para todos os envolvidos no processo,
ampliando-se a comunidade e visitantes em geral.
Nossos objetivos são atingidos e superados, pois o projeto realizado além de se
estender também a comunidade é trabalhado como conteúdo em sala de aula.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação. Referenciais Curriculares Nacionais de Educação
Infantil.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Ensino
Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão de seis anos de idade.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Parâmetros
Curriculares Nacionais.
BERNABEU, Natalia; GOLDSTEIN, Andy. A Brincadeira como ferramenta
pedagógica.
Carvalho, Ana Maria Almeida; MAGALHÃES, Celina M. C.; PONTES, Fernando A.
R. . Brincadeira e cultura: brincadeiras de todos os tempos.
66
15 – “FEIRA LITERÁRIA”
Profª Celestina Cruz Pedroni da Fonseca
Profª Janaína de Lourdes Gabriel
EM “Prof Walter Carretero”
Eixo temático: Linguagem
Modalidade: Projeto
Publico alvo: Educação Infantil e Ensino fundamental
Resumo
O projeto foi aplicado junto às salas de Educação Infantil e Ensino
Fundamental da EM Professor Walter Carretero. Visando ampliar o repertório
literário dos alunos, cada ano/etapa estudou um conceituado escritor da literatura
infantil.
Diversos livros foram trabalhados junto às turmas, explorando variados temas.
Surgiram das leituras diferentes trabalhos relacionados à Arte, Linguagem,
Matemática, Ciências, História e Geografia; culminando em trabalhos que foram
expostos aos pais e a comunidade escolar e local ao final do projeto.
Apresentação do tema
A linguagem oral e escrita se faz presente no cotidiano das crianças dentro e
fora do contexto escolar. Como educadoras de Educação Infantil e Ensino
Fundamental, sentimos a necessidade de ampliar o repertório literário de nossos
alunos, apresentando-lhes textos de qualidade e que abordassem temas pertinentes
à infância e ao convívio social.
Problematização
“Como articular a literatura às demais áreas do conhecimento, de forma
prazerosa e significativa?”
Justificativa
Apesar da leitura diária já fazer parte de nossa rotina, sentimos a necessidade
em um projeto sobre literatura infantil, para ampliar os conhecimentos de nossos
alunos e favorecer o contato com textos literários de qualidade.
67
Para tanto, selecionamos alguns livros de renomados autores, que
apresentassem em suas obras características peculiares, tais como: linguagens e
imagens sedutoras, rico vocabulário, diversidades de temas abordados, valorização
da cultura, interação autor - leitor... Permitindo que as crianças construam o não
diretamente observado, conheçam a forma de viver, pensar, agir e o universo de
valores e costumes de outras populações situadas em outros tempos e lugares,
alheios à contemporaneidade.
Objetivos
Ampliar o repertório de textos literários;
Observar a norma culta da escrita;
Perceber a funcionalidade da escrita, valorizando-a;
Construir progressivamente o hábito leitor;
Desenvolver e assimilar, através da literatura, conceitos relacionados às
demais áreas do conhecimento.
Referencial teórico
O principal referencial teórico que justifica o presente trabalho está pautado
nas propostas apresentadas nos Referencias Curriculares Nacionais de Educação
Infantil, no documento Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a
inclusão de seis anos de idade MEC/SEB, 2007 e nos Parâmetros Curriculares
Nacionais.
Metodologia
Pesquisados e selecionados livros de renomados autores da Literatura Infantil
Brasileira, cada professora realizou junto aos seus alunos a leitura de vários livros,
sempre sistematizando as leituras oralmente ou através de algum registro.
Cada sala optou por alguns livros que foram explorados mais profundamente, os
quais a professora articulou às demais áreas do conhecimento, explorando além da
Linguagem também a Matemática, Arte, Ciências, História e Geografia.
As leituras e sistematizações resultaram em diversos produtos, os quais
foram expostos aos pais e aos demais alunos da escola.
68
Descrição da avaliação
As avaliações foram realizadas mediante o interesse e participação dos
alunos; durante as sistematizações orais e os registros produzidos.
Resultados
Os alunos apresentaram maior interesse durante as realizações das leituras
diárias; ampliaram o vocabulário; interessam-se por livros nos momentos de leitura
individual.
Considerações finais
O projeto foi prazeroso e produtivo tanto para os alunos quanto para as
professoras, pois nos permitiu uma viagem ao encantador universo da literatura
infantil, em especial ao dos escritores estudados.
Nossos objetivos foram atingidos e superados, pois o projeto realizado
anteriormente somente com a Educação Infantil, se estendeu a toda a unidade
escolar e ampliou-se, culminando neste projeto aqui descrito.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação. Referenciais Curriculares Nacionais de
Educação Infantil .
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Ensino
Fundamental de nove anos: orientações para a inclus ão de seis anos de idade.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.Parâmetros
Curriculares Nacionais.
ROCHA, Ruth. Romeu e Julieta.
ROCHA, Ruth. A casa do Marcelo.
ROCHA, Ruth. A família do Marcelo.
ROCHA, Ruth. A rua do Marcelo.
ROCHA, Ruth. A casa do Marcelo.
ROCHA, Ruth. O bairro do Marcelo.
ROCHA, Ruth. Terezinha e Gabriela.
ROCHA, Ruth. Histórias das mil e uma noites.
ROCHA, Ruth. Pedrinho Pintor.
69
ROCHA, Ruth. Tenho medo, mas dou um jeito.
ROCHA, Ruth. O menino que quase morreu afogado no lixo.
ROCHA, Ruth. De hora em hora.
ROCHA, Ruth. O trenzinho do Nicolau.
ROCHA, Ruth. Palavras, muitas palavras.
ROCHA, Ruth. Livro de números do Marcelo.
SOUZA, Mauricio de. Quadrinhos turma da Mônica.
Ziraldo. O pequeno planeta perdido
Ziraldo. Turma do Perere
Ziraldo. O menino maluquinho.
Ziraldo. Os dez amigos.
Ziraldo. Pelegrino e Petrônio.
Ziraldo. Um bichinho na linha.
Ziraldo. Diga-me com quem come.
Ziraldo. O menino marrom.
BANDEIRA, Pedro. Reconto
BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o Arco-iris
BANDEIRA, Pedro. Reconto
BANDEIRA, Pedro. Reconto
AZEVEDO, Ricardo. Os Livros dos sentidos
AZEVEDO, Ricardo.
AZEVEDO, Ricardo. Livro de Papel
FUNARI, Eva. Felpo Filpa
BELINSK, Tatiane. O caso do bolinho .
70
16 – “RESOLVENDO SITUAÇÕES PROBLEMA COM O DOMINÓ”
Profª Rosângela de Fendi Vaz
Aluna Educadora Vanessa Raquel Amaral Bueno
EM “Prof. Luiz Almeida Marins”
Eixo temático: Matemática
Modalidade:
Publico alvo: Pré I, Pré II e 1º ano
Resumo
Este projeto teve início no ano de 2011 com uma turma de primeiro ano do
ensino fundamental e teve duração de 4 meses, realizados no segundo semestre.
Este tema foi abordado porque senti necessidade de trabalhar com os alunos de
uma forma lúdica com as dificuldades que estavam tendo em relacionar os
númerais, quantidades, sequência numérica e em realizar adições. O projeto
desenvolveu-se nos anos de 2011 e 2012 na Escola Municipal “Prof. Luiz Almeida
Marins”, no bairro Júlio de Mesquita, em Sorocaba. Ao término do projeto, pude
acompanhar o desenvolvimento e o avanço que as crianças tiveram em relação aos
conteúdos vivenciados e trabalhados com o auxílio do Dominó.
Apresentação do tema
Este tema foi escolhido, pois, de acordo com os PCNs “em matemática, deve-
se dar importância ao desempenho de um papel ativo na construção do seu
conhecimento”, além de ter como princípio que “a atividade matemática escolar não
é olhar para as coisas prontas e definitivas, mas a construção e a apropriação de um
conhecimento pelo aluno, que servirá dele para compreender e transformar sua
realidade”. O projeto com o jogo do Dominó propiciou esta apropriação, desde sua
construção até o final, com a resolução de problemas feita a partir das peças do
mesmo.
Problematização
Dá para aprender fazer continhas usando o Dominó?
Justificativa
71
Além de sentir a necessidade do grupo em trabalhar com os conteúdos mais
formais da matemática como a adição, sequência e relação numeral/quantidade,
trabalhei dois temas transversais descritos nos PCNs: “os projetos proporcionam
contextos que geram a necessidade e a possibilidade de organizar os conteúdos de
forma a lhes conferir significado”, entre eles: “desenvolver nos alunos a confiança na
própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos, o
empenho em participar ativamente das atividades em sala de aula e o respeito à
forma de pensar dos colegas (ética) e reciclagem de lixo (uso das caixinhas de leite
longa vida para confecção do jogo meio ambiente)”.
Objetivos
Confeccionar um jogo de Dominó a partir de um elemento diferenciado
usando a reciclagem (caixa de leite);
Conhecer a história do Dominó;
Conhecer as regras do jogo Dominó;
Conhecer os diferentes tipos de dominó que podem ser jogados;
Compreender e jogar o Dominó de acordo com as regras acordadas;
Compreender a estrutura do jogo de Dominó;
Aprender a jogar o Dominó em duplas e grupos grandes;
Resolver situações problemas com o Dominó;
Participar de outros jogos que usam as peças do Dominó;
Socializar as estratégias e jogadas durante as rodadas do Dominó;
Registrar as situações problemas.
Referencial teórico
Em um contexto de oficinas, “os jogos propostos têm como objetivo coletar
importantes informações sobre como o sujeito pensa, para ir simultaneamente
transformando o momento de jogo em um meio favorável à criação de situações que
apresentam problemas a serem solucionados” (Macedo, pág. 13). Ao jogar, as
crianças entregam-se totalmente ao que estão fazendo, são sérias e intensas. Ainda
de acordo com Macedo, pág. 14, “o confronto de diferentes pontos de vista,
essencial ao desenvolvimento do pensamento lógico, está sempre presente no jogo,
72
o que torna esta situação particularmente rica para estimular a vida social e a
atividade construtiva da criança”.
Metodologia
Além da proposta tradicional, usei o Dominó de outras maneiras, dada a riqueza
desse material. Entre diversas variações possíveis, as que optei, além de
aprofundarem o conhecimento do jogo em sua versão tradicional, permitiram sua
exploração em diferentes níveis de dificuldade. As etapas seguidas neste Projeto
foram:
1) Exploração livre do jogo (possibilitar brincadeiras como empilhar, construir
fileiras ou coisas para serem derrubadas e brincar livremente);
2) Conhecimento das peças, através de questões, tais como: a) Qual é o
número total de peças? Quantos e quais números aparecem? Quantas vezes
aparecem cada número? Quantas peças há por número? Existem peças
idênticas?
3) Confecção do material coletivo feito a partir das caixas de leite;
4) Organização de peças feitas a partir de algum critério;
5) Jogar de acordo com as regras coletivamente;
6) Jogar de acordo com as regras em grupos menores;
7) Jogo da memória;
8) Peças escondidas;
9) Batalha do dominó;
10) Resolução de situações problemas;
11) Registro de algumas situações em livro individual.
Resumindo, para que obtivesse o resultado esperado e os meus objetivos
fossem alcançados, baseei-me em quatro etapas descritas por Macedo, pág. 18:
a) Exploração dos materiais e aprendizagem de regras;
b) Prática do jogo e construção de estratégias;
c) Resolução de situações-problemas;
d) Análise das implicações do jogar.
73
Descrição da avaliação
A avaliação aconteceu durante todo o desenvolvimento do Projeto e em todas
suas etapas, com momentos de análise dos procedimentos efetuados pelas crianças
de acordo com a atividade desenvolvida, bem como da professora, analisando o
impacto produzido durante as mesmas. A proposta desta avaliação baseou-se na
observação direta e constante do aluno. Ao final do livro com os registros das
situações-problemas, fizemos uma avaliação coletiva do Projeto, que se transformou
em um texto coletivo.
Resultados
Os resultados foram muito positivos e os objetivos alcançados, tanto em
relação aos conteúdos de matemática, quanto aos dos eixos temáticos citados.
Crianças com
dificuldade em
relacionar
numeral/quantidade,
sequências e fazer
adições
Início do projeto
17
Final do projeto
4
Considerações finais
Acredito que ao trabalharmos com jogos, conseguimos atingir todos os níveis
de aprendizagem, pois a criança necessita ter ou adquirir habilidades tanto nos
conteúdos procedimentais como atitudinais e conceituais o que nem sempre é
possível quando trabalhamos somente com uma perspectiva focada nos conteúdos
escolares. Foi muito gratificante observar o comprometimento e avanço do grupo e
ainda mais quando o projeto “saiu” dos muros da escola, pois os pais se
interessaram e passaram a jogar o Dominó com seus filhos, ficando admirados com
as estratégias usadas pelas crianças.
Referências Bibliográficas
PCNs – Matemática;
Referencial de Educação Infantil
74
4 Cores, Senha e Dominó - Lino de Macedo – Ana Lúcia Petty – Norimar Christie
Passos, Ed. Casa do Psicólogo;
Jogos e Situações-problema - Lino de Macedo – Ana Lúcia Petty – Norimar Christie
Passos, Ed Artmed;
A Matemática na Educação Infantil – Kátia Smole – Ed. Artes Médicas
Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Resolvendo
Situações – problema com o dominó
75
Ensino Fundamental I
17 – “A HORA MÁGICA DA PASTA AZUL: APOSTANDO NA FORMAÇÃO DOS
PEQUENOS LEITORES”
Profª Natalia Simões Passos Wey
E.M. Profª Josefina Zília de Carvalho
Eixo temático: Alfabetização E Letramento
Modalidade:
Público alvo: 3º Ano
Resumo
O projeto que apresentamos baseia-se no uso de uma pequena biblioteca de
classe, empréstimos semanais de livros, rodas de conversa sobre as leituras e
registros das mesmas em cadernos individuais.
As atividades são realizadas pelos alunos do 3o ano D do Ensino
Fundamental da Escola Municipal Josefina Zilia de Carvalho.
Tomamos o livro infantil como uma manifestação artística, que sensibiliza,
amplia horizontes e expande a capacidade e o interesse em analisar o mundo.
Ao realizar o trabalho percebemos o envolvimento dos alunos quando falam
com propriedade dos livros, alegram-se com a rotina de trocá-los e até os mais
tímidos encorajam-se para contar o que descobriram ao ler.
Apresentação do tema
A formação do leitor através do contato efetivo com Literatura Infantil
priorizando a apreciação, admiração e acomodação diante de algo que lhe pareça
bonito, diferente e instigante.
Problematização
Os estudos realizados acerca da literatura infantil demonstram que os livros
destinados às crianças se constituíram, ao longo de sua história, num eficiente recurso
didático a serviço da educação.
76
Muitos dos livros aos quais as crianças têm acesso na escola são pouco ou
nada interessantes, estão voltados aos interesses pedagógicos, à moralização,
formação do bom caráter, e ao treino de leitura das aulas de Português, como se
“ler” fosse apenas decifrar letras e construir palavras. Além disto, estão cheios de
intenções que não a sensibilização para a arte literária e para o gosto pela leitura.
Assim, permanecem distantes do seu público alvo e subestimam sua capacidade
intelectual.
Contudo, há obras repletas de sensibilidade, tratam de forma lúdica,
fantástica, artística e inteligente, os mais diversos temas. Não foram escritas para
moralizar, treinar a leitura, ou qualquer outro motivo senão o de expressar e mexer
com os sentimentos, fazer “Arte” através do livro.
Justificativa
De acordo com as propostas elaboradas pelos Referenciais e Parâmetros
Nacionais, bem como as Matrizes Curriculares da Rede Municipal a formação do
leitor apoia-se em práticas consistentes e permanentes de leitura.
Sabendo que a emoção da experiência artística toca profundamente os
indivíduos, é importante a todos e de responsabilidade daqueles que educam,
pretendemos encontrar formas relevantes de trabalhar estas questões.
Objetivos
Defender a descoberta e o acesso à arte literária pelas crianças através do
empréstimo semanal de livros.
Resgatar o valor da arte literária e da leitura pelo prazer.
Tornar a leitura e o registro da mesma um hábito agradável e rotineiro através
do empréstimo semanal de livros.
Referencial teórico
A literatura infantil recebeu nos últimos anos uma atenção particular no meio
intelectual e pedagógico brasileiro. O afastamento pelas crianças dos livros, o
avanço da tecnologia, motivaram uma preocupação com a formação da infância e
seu futuro, originando assim muitas discussões.
77
O gênero literário destinado às crianças apareceu durante o século XVII,
época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam
repercussões no âmbito artístico, que persistem até os dias atuais. O aparecimento
da Literatura Infantil teve características próprias, pois decorreu da ascensão da
família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da
reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à associação
com os estudos da Psicologia sobre o desenvolvimento infantil e a Pedagogia, já
que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.
Zilbermam (1984), afirma que
a era pedagógica emergiu no seio da nova ideologia.
Assistiu-se assim ao desenvolvimento da literatura infantil
com a finalidade de se preparar a criança burguesa para
assumir sua função dirigente e a criança pobre para
converter-se em mão-de-obra.
Por destinar-se às crianças, colaborar com a dominação das mesmas, servir
diretamente aos interesses pedagógicos, e por deixar de ser arte para ser um
instrumento de ensino, a literatura infantil foi contemplada durante muito tempo
como um problema pedagógico e não literário.
Segundo Zilberman (1984), dentre as explicações para a dificuldade da
Literatura Infantil em legitimar-se como forma de expressão artística, duas são
bastante expressivas. A primeira fundamenta-se no o peso histórico de relacionar-se
em sua origem com os assuntos pedagógicos. E a segunda fundamenta-se nas
relações implícitas estabelecidas em nossa sociedade onde aquilo que é destinado à
criança e não ao adulto é menor, é inferior, ou seja, não é arte.
Aguiar (1998), afirma que a produção literária para a criança no Brasil se
caracteriza pela tensão entre dois pólos: pedagogismo e proposta emancipatória,
massificação e liberdade expressiva.
E na perspectiva da liberdade expressiva aliamo-nos a autora na seguinte
fala:
78
A literatura infantil é um agente emancipador, capaz de
projetar a criança para além do universo cotidiano,
criando a vida como ela ainda pode ser vivida. Por isso,
seu caráter educativo em sentido amplo, deve ser
resgatado, em detrimento da função meramente
pedagógica. Aguiar (1998, p95.)
Metodologia
O projeto dura em torno de 2 horas/aulas e deve realizar-se durante todo o
ano letivo.
Acontece na própria sala de aula porque a Biblioteca é usada nas aulas de
Informática.
Os livros ficam expostos na lousa, onde se coloca o giz, e em carteiras (Fotos
e vídeo em anexo).
Parte I – Preparação:
Seleção criteriosa de 40 livros na biblioteca da escola: escolhi a maioria pelos
autores, tipo de letra, ilustrações, variando o grau de dificuldade porque há
crianças que lêem muito e outras que desanimam quando vêem um livro com
muitas páginas. Os livros escolhidos nesse primeiro momento devem ficar em
nossa sala ao longo de um semestre. Depois disso trocaremos por outros
títulos.
Organização das pastas azuis e dos cadernos usados no projeto.
Elaboração de bilhete aos responsáveis, explicando o trabalho e pedindo
apoio e colaboração na realização das atividades.
Explicação às crianças sobre o que faríamos a cada semana.
Parte II – Aplicação:
Escolha e empréstimo dos livros propriamente ditos.
Registro do número do livro escolhido por cada um, a criança só leva um livro
se tiver devolvido o anterior.
Roda de conversa: as crianças contam aos colegas o que acharam da obra
lida (tipo de texto, ilustrações, história em si, autor).
79
Mostra de atividades realizadas no caderno para a professora.
Escolha de outro livro e colagem da atividade/registro a se realizar no
caderno.
Descrição da avaliação
A avaliação do projeto se dá continuamente através da observação do
empenho, responsabilidade na realização das atividades, expectativa das crianças
em relação ao dia do projeto (toda quinta-feira). E na roda de conversa, o que
contam sobre o livro e a maneira que contam.
Registros nos cadernos: são 31 alunos, a maioria realiza as atividades. A
cada aula em torno de três esquecem a pasta.
Análise das filmagens realizadas: observamos o desenvolvimento e a fluência
das crianças nas falas sobre os livros.
Resultados
Como se mede a imaginação do outro quando lê e projeta-se além dos muros
escolares?
É subjetivo mensurar a sensibilização de uma criança. Mas há indícios de que
a atividade tem sido significativa: as crianças falam com propriedade dos textos
lidos, alegram-se com a rotina de trocar os livros, até os mais tímidos encorajam-se
para contar o que descobriram e leram.
A nomeação do projeto também foi uma forma de avaliá-lo. Já era intenção
deixar que as crianças escolhessem um nome. Passados 40 dias de realização das
atividades sugeri que encontrássemos um. Disse-lhes que pensassem em algo e
dali a uma semana faríamos a votação. Dentre vários nomes sugeridos pelas
próprias crianças, o mais votado foi “A HORA MÁGICA DA PASTA AZUL”. Se as
crianças classificaram como “hora mágica” um momento que passam na escola,
escolhendo e falando de livros é sinal de que aquilo tem feito diferença na vida dela,
tem sido “mágico”... Conclui que atingimos um importante objetivo do projeto: abrir
as portas para um mundo diferente, repleto de possibilidades há serem vividas.
80
Considerações finais
As possibilidades de trabalho pedagógico bem sucedido com leitura literária
aumentam se o processo de ensino/aprendizagem for repensado pelos sujeitos
envolvidos direta e indiretamente no mesmo, incluindo-se aí outra filosofia de
avaliação. Contudo, a prática didática de leitura só tem lugar num modelo menos
imediatista, restritivo e repetidor de conhecimento e de linguagem.
Faz-se necessário um resgate da importância real da Literatura Infantil,
garantindo às crianças a possibilidade de vivenciarem a fantasia, a beleza, a
emoção e o prazer que a arte proporciona.
Referências Bibliográficas
AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura Infantil . Presença Pedagógica. Belo Horizonte, v.4, n.21,
p. 94-6, 1998.
ZILBERMAN, Regina e MAGALHÃES, Lígia Cademartori. Literatura Infantil: autoritarismo
e emancipação.2ª ed. São Paulo: Ática, 1984.
Anexos
BILHETE
Srs pais ou responsáveis, toda quinta-feira seu (a) filho(a) levará para casa
um livro de nossa biblioteca.
Os livros devem ser preservados para que muitas crianças possam usá-lo.
(não dobrar, não rasgar, não sujar nem molhar).
No caderno de leitura faremos semanalmente um pequeno e importante
registro sobre a leitura realizada.
Se sua criança ainda não lê, você pode ajudá-la ou mesmo ler para ela. Seu
exemplo e sua companhia valem ouro...
O mais importante é que você certifique-se que a criança realizou a
atividade, mesmo que com auxílio, e que isso aconteça toda semana .
A criança só poderá levar um livro se o outro tiver sido entregue.
Conto com vocês, um abraço forte,
Professora Natalia.
Ciente: ____________________________________________________________
81
82
18 – “ALFABETO & CANÇÃO”
Profª Eliane Pimentel Camillo Barra Nova de Melo
Profª Silvana Rosa Santos
Profª Sílvia Helena Amorim Costa
E.M.Prof. Edemir Antonio Digiampietri
Eixo temático: Alfabetização e Letramento
Modalidade: Atividades Permanentes
Público alvo: 1º Ano
Resumo
O trabalho ALFABETO & CANÇÂO tem como objetivo alfabetizar os alunos
do 1º ano do Ensino Fundamental da E.M. Edemir Antonio Digiampietri por meio de
cantigas e parlendas. O mesmo está organizado numa sequência de atividades em
que os alunos são desafiados a ler fazendo uso de estratégias de leitura e escrever
de acordo com suas hipóteses de escrita, pois ainda não sabem ler nem escrever
convencionalmente, por isso, o uso de textos que as crianças já trazem em suas
memórias é de fundamental importância. Durante a realização das atividades
promove-se a socialização dos conhecimentos individuais, a interação aluno-aluno e
professor-aluno através de intervenções pedagógicas que se fizerem necessárias.
Os resultados obtidos até agora foram avanços significativos nas hipóteses de
escrita, autonomia na realização das atividades, progressos no trabalho em duplas e
no reconhecimento do alfabeto.
Apresentação do tema
O projeto tem como eixo temático a alfabetização, vista como um processo
amplo que visa desenvolver as quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar,
ler e escrever, uma vez que a LDB (9394-96) em seu art. 32 já assegura que “[...] o
ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola
pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica
do cidadão, mediante: (Redação dada pela lei nº11.274, de 2006) – o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo” (BRASIL, 1996, p.20, grifo nosso).
A alfabetização mais que uma obrigatoriedade legal, é de fundamental
importância para a formação de cidadãos, pois, vivemos em um mundo letrado e
83
para que possamos atuar nele de forma consciente, é preciso que não apenas
compreendamos seus meios de comunicação tanto orais, como visuais e escritos,
como também sejamos capazes de utilizá-los para transformarmos a realidade na
qual estamos inseridos. A alfabetização apresenta-se como um grande desafio para
o nosso país, tanto que no último ano a presidenta da república criou uma medida
provisória (Nº 586, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2012) que dispõe sobre o apoio
técnico e financeiro da União aos entes federados no âmbito do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa, com a finalidade de promover a alfabetização dos
estudantes até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental da
educação básica pública, aferida por avaliações periódicas. Essa medida é de
fundamental importância visto que o Brasil tem 12,9 milhões de pessoas
analfabetas, segundo o relatório de 2012 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios), organizada pelo do (IBGE, 2011). De acordo com a pesquisa, o
número de pessoas com mais de 15 anos que não conseguem sequer escrever um
bilhete diminuiu apenas 1,1% em relação a 2009. A taxa registrada em 2011 foi de
8,6%. Em 2009, essa taxa chegava a 9,7%. Isso mostra que apesar do
analfabetismo ter diminuído no Brasil, essa queda ainda é muito pequena e,
portanto, requer novas medidas, novas soluções, novas reflexões e ações a respeito
do ensino da língua, e é justamente com este propósito que organizamos e
desenvolvemos esta sequência de atividades, pois se pensarmos no índice de
analfabetos funcionais que chega a 20,4% dos brasileiros com mais de 15 anos, o
mesmo índice observado em 2009 pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011), o
tema tornar-se-á ainda mais relevante, desafiador e essencial.
O tema alfabetização também é o foco do trabalho com os 1º anos de acordo
com a matriz curricular de Sorocaba que dentro do conteúdo de leitura, sugere que
sejam trabalhados “[...] textos de tradição oral, listas, parlendas, cantigas, adivinhas,
poemas, trechos de histórias,”; no conteúdo referente a produção de texto
podemos encontrar “produção de textos de memória, segundo sua hipótese de
escrita.” e ainda nos conteúdos refentes à escrita alfabética sugere o trabalho com
o “alfabeto em letra de imprensa maiúscula, representação gráfica das letras do
alfabeto e palavras com letras móveis” (SOROCABA, s/d,p.116 e 117). Ou seja, o
tema alfabetização está presente desde a LDB, os PCNs até a Matriz Curricular do
84
município de Sorocaba e consequentemente nas sequências didáticas efetivamente
desenvolvidas em sala de aula.
Problematização
Alunos que ainda não são alfabetizados são capazes de escrever de acordo
com hipóteses próprias em relação ao sistema de escrita alfabético e utilizar
estratégias de leitura que os auxiliem a descobrir o significado de escritas
convencionais? Em Psicogênese da Língua escrita, Emília Ferreiro e Ana
Teberosky (1986), fazendo uso da psicolinguística contemporânea e da teoria
psicológica e epistemológica de Piaget, provam através de experiências realizadas
com crianças de idades entre 4 e 6 anos de classes média e baixa que todos
chegam ao ensino fundamental com um grande conhecimento a respeito da escrita.
Esses conhecimentos possuem duas origens: a primeira corresponde as hipóteses
construídas pela própria criança, independente de um interlocutor informante, ou de
um modelo adulto, como a hipótese do nome (onde a criança considera ser possível
escrever apenas os nomes dos objetos), e também a teoria da quantidade mínima
(uma vez que neste período, em média considera-se necessário a existência de 3 a
4 caracteres em média, para que algo possa estar escrito e ser lido, e da variedade (
considera que é preciso escrever com caracteres diferentes, sem repetições lado a
lado). Ou seja, qualquer criança cria hipóteses a respeito de como se escreve e
portanto, é capaz de escrever, mesmo ainda sem estar alfabetizada. No entanto,
também existem conhecimentos socialmente conhecidos, onde faz necessário, além
da interação com o objeto “escrita”, também com um interlocutor que informe ou dê
modelos de determinados conceitos que seriam impossíveis de se descobrir
sozinho, por exemplo: os nomes das letras, a orientação da leitura, as ações
pertinentes ao ato de ler, o conteúdo específico de diferentes gêneros, etc. As
autoras propõem 5 hipóteses de escrita: hipótese do nome, da quantidade e da
variedade, silábica, alfabética e ortográfica. Tais hipóteses foram reclassificadas e
difundidas por Weiz como pré-silábica, silábica sem valor sonoro, silábica com valor
sonoro (nas vogais ou nas consoantes, ou mesmo em ambas, dependendo da
palavra ou texto a ser escrito), silábica alfabética, alfabética e ortográfica. Isto nos
mostra que ao mesmo tempo que é importante incentivar a criança para escrever de
acordo com suas hipóteses próprias, também faz-se necessário dar-lhes modelos e
oportunidades de reflexão sobre seus atos e os de seus colegas, isso nos remete a
85
um segundo questionamento, até que ponto o conhecimento do alfabeto é
necessário para o avanço das hipóteses de escrita construídas pelas crianças?
Como podemos notar, a partir do momento que a criança consegue perceber a
relação fonema/grafema, construindo assim uma hipótese silábica em relação à
escrita, isto é, passa a utilizar uma letra para representar cada som da fala; é
preciso que ela domine tanto o fonema quanto o grafema das letras do alfabeto para
que ela consiga prosseguir com suas hipóteses, até que domine o sistema de escrita
alfabético.
A fim de auxiliar as crianças no domínio do alfabeto e consequentemente no
avanço de suas hipóteses de escrita, foi proposto um trabalho com textos de
memória, como as cantigas e parlendas. Dessa forma, a criança conhece o
conteúdo que deve ser escrito, tendo de despender esforços apenas em como
escrevê-lo, o que já requer muito esforço por parte daqueles que ainda não são
alfabetizados. Ao mesmo tempo, o trabalho com uma sequência de atividades, como
essas que aqui propomos, faz com que as crianças vão paulatinamente dominando
as estratégias que devem utilizar para realizar cada atividade, dessa forma, sentem-
se cada vez mais seguras e autônomas na realização das mesmas. Também, as
atividades propostas desafiam os alunos a lerem fazendo uso de estratégias como
antecipação, inferência e verificação. Como ainda não sabem ler
convencionalmente, precisam fazer uso das pistas que as palavras ou textos lhes
trazem: número de letras, letra inicial, letra final, etc. e sem dúvida, tudo isso é
trabalhado em meio à socialização entre pares e destes com a professora, afim de
que alunos sejam também ensinantes e não apenas aprendentes.
Justificativa
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) nos indaga que “Para aprender
a ler e escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita
representa e como ela representa graficamente a linguagem” (BRASIL, p. 82) e
ainda que: “[...] algumas situações didáticas favorecem especialmente a análise e a
reflexão sobre o sistema alfabético de escrita e a correspondência fonográfica são
atividades que exigem uma atenção à análise – tanto quantitativa como qualitativa –
da correspondência entre segmentos falados e escritos (BRASIL, 1998, p.82). São
86
situações privilegiadas de atividades epilinguísticas, em que, basicamente, o aluno
precisa:
Ler, embora ainda não saiba ler; e
Escrever, apesar de ainda não saber escrever.
Nas atividades de “leitura” o aluno precisa analisar todos os indicadores
disponíveis para descobrir o significado do escrito e poder realizar a “leitura” de duas
formas:
- pelo ajuste da “leitura” do texto, que conhece de cor, aos segmentos escritos; e
- pela combinação de estratégias de antecipação (a partir de informações obtidas no
contexto, por meio de pistas) com índices providos pelo próprio texto, em especial os
relacionados à correspondência fonográfica.
Mas não é qualquer texto que, além de permitir esse tipo de “leitura”, garante
que o esforço de atribuir significado às partes escritas coloque problemas que
ajudem o aluno a refletir e a aprender. “No primeiro caso, os textos mais adequados
são as quadrinhas, parlendas e canções, que, em geral, se sabe de cor” (BRASIL,
1998, p. 82-83).
O que acabamos de ler justifica a escolha das cantigas e parlendas para o
trabalho com alfabetização, pois como são textos que as crianças trazem em suas
memórias, quando são solicitados a lê-los, se arriscam, pois já sabem o conteúdo
que está escrito, precisam apenas se concentrar no ajuste do que estão “lendo” com
o que realmente está escrito, afim de “adivinharem” o escrito, como muitas crianças
dizem. Também, no momento de escrever uma cantiga, como já dominam o que
devem escrever, podem concentrar-se no como escrever, dessa forma, os alunos
tem oportunidade de “monitorarem sua própria produção, ao menos parcialmente. A
escrita de listas ou quadrinhas que se sabe de cor permite, por exemplo, que a
atividade seja realizada em grupo e que os alunos precisem se pôr de acordo sobre
quantas e quais letras irão usar para escrever[...]” (BRASIL, 1998, p.84).
O projeto também contempla a escrita de listas nomes de animais que é um
texto privilegiado para o trabalho com alunos que não sabem ler e escrever
convencionalmente, uma vez que “[...] por ser um tipo de texto simples, as atividades
de escrita de listas possibilitam que os alunos pensem muito mais na escrita das
palavras (que letras usar, quantas usar, comparar outras escritas etc.)” onde a
função desta lista para a sala é organizar um BICHONÁRIO . Uma vez que os
87
hábitos dos animais também despertam o interesse dos alunos, isso nos dá a
oportunidade de variarmos os gêneros textuais, promovendo leitura de textos
informativos e a partir deles a produção coletiva de textos do tipo “Você sabia que”
(SÃO PAULO, 2005,s/p).
Objetivos
Reconhecer a grafia e o som das letras do alfabeto;
Dominar o sistema de escrita alfabético;
Ler e escrever antes de saber fazê-los convencionalmente;
Escrever textos fazendo uso de um escriba;
Ouvir, apreciar e escrever diferentes gêneros textuais.
Referencial teórico
Todas as atividades aqui propostas partem de uma perspectiva construtivista
de ensino aprendizagem em que “[...] o conhecimento não é concebido como uma
cópia do real, incorporado diretamente pelo sujeito: pressupõe uma atividade, por
parte de quem aprende, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já
existentes” (WEISZ, 2006, p. 58). Justamente por isso criamos situações “[...] que
permitam aos alunos vivenciar os usos sociais que se faz da escrita, as
características dos diferentes gêneros textuais, a linguagem adequada a diferentes
contextos comunicativos, além do sistema pelo qual a língua é grafada, o sistema
alfabético” (SÃO PAULO, 2005, p. 4).
A partir desta concepção de ensino e aprendizagem, partimos sempre do
conhecimento prévio do aprendiz, promovendo a interação entre os alunos através
de agrupamentos produtivos, afim de que a heterogeneidade da sala de aula,
promova uma circulação de informações enriquecedoras que gere a aquisição de
novos conhecimentos por todos, sem, no entanto menosprezar a importância do
papel do professor, que deverá ser um mediador entre o aprendiz e seu objeto de
conhecimento, no caso o sistema de escrita e a língua que se escreve pois “[...] ao
propor que se arrisque a escrever do jeito que imagina, o que o professor na
verdade está propondo é uma atividade baseada na capacidade infantil de jogar, de
fazer de conta” (SÃO PAULO, 2005, p. 5). Onde o professor irá “[...] usar tudo o que
sabe sobre as hipóteses que as crianças constroem a respeito da escrita para poder,
88
interpretando o que o aluno escreveu, ajudá-lo a avançar. Ao professor cabe
organizar a situação de aprendizagem de forma a oferecer informação adequada.
Sua função é observar a ação das crianças, acolher ou problematizar suas
produções , intervindo sempre que achar que pode fazer a reflexão dos alunos sobre
a escrita avançar (SÃO PAULO, 2005, p. 5).
Metodologia
Sequência de atividades utilizadas:
1. Uma cantiga ou parlenda que deverá ser inicialmente conhecida por todos,
portanto, cantamos várias vezes a mesma, posteriormente a oferecemos para
que seja organizada em versos, completada ou escrita, de acordo com a hipótese
de escrita de cada criança;
2. Reconhecimento do nome, do som e da grafia da letra inicial de uma palavra
retirada da cantiga, para cada letra do alfabeto, escolhemos uma cantiga ou
parlenda;
3. Pesquisa e escrita espontânea com uso do alfabeto móvel de uma lista de
animais que se iniciam com a letra em estudo;
4. Gráfico, dos animais da lista para escolha de um deles para conhecerem melhor;
5. Escrita coletiva de um texto do tipo “VOCÊ SABIA QUE...”
6. Organização de palavras que estão divididas em sílabas;
7. Reconhecimento do som inicial do nome de figuras.
Descrição da avaliação
No processo de avaliação serão utilizados três instrumentos de avaliação: 1)
Lista de palavras; 2) Ditado das letras do alfabeto fora de ordem e 3) Escrita
coletiva. As crianças serão avaliadas a partir de sondagens de hipóteses de escrita
por meio de uma lista de palavras, da autonomia na organização dos versos das
cantigas e das palavras através do uso com sucesso de estratégias de leitura para
descobrir o que está escrito, o que falta e como escrever, no reconhecimento das
letras do alfabeto, na participação da escrita coletiva dos textos e na capacidade de
escutar diferentes gêneros textuais, reconhecendo sua estrutura, linguagem e
função.
Resultados
89
Ao longo do trabalho foi possível perceber autonomia e sucesso na realização
das atividades, pois como estas apresentavam-se como uma sequência de
atividades permanentes, as crianças foram dominando quais estratégias utilizar para
realizá-las. Em relação à hipótese de escrita foram percebidos grandes avanços
como podemos visualizar abaixo.
Nº ALUNOS
ENVOLVIDOS
PS SSV SCV SA A
FEVEREIRO 88 57 07 09 04 11
ABRIL 87 10 15 37 04 21
PS – PRÉ SILÁBICO
SSV – SILÁBICO SEM VALOR SONORO
SCV – SILÁBICO COM VALOR SONORO
SA – SOLÁBICO ALFABÉTICO
A – ALFABÉTICO
Considerações finais
O desenvolvimento do projeto foi muito positivo, as crianças mantiveram-se
motivadas a realizar as atividades, passaram a apreciar textos informativos e a
participar da escrita coletiva com bastante segurança. Sempre que possível líamos
livros que falavam dos animais que haviam escolhido para conhecer melhor a vida e
produzir o texto, aos poucos grande parte da sala foi observando as diferenças e as
funções dos diferentes textos: informativo, dissertativo (para diversão) e poético.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Portuguesa. Brasília: Secretaria
de Educação Fundamental, 1988.
________. Leis Diretrizes de Bases da Educação. Brasília: Senado Federal, 1996.
FERREIRO, E. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 2007.
SÃO PAULO. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores: Letra e Vida
(Módulo 1). São Paulo: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, 2005.
________. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores: Letra e Vida
(Módulo 2). São Paulo: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, 2006.
90
WEISZ, T. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2006
Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Alfabeto e Canç ão
91
19 – “CRUZEIRINHO EM SALA DE AULA”
Profª Maria Cecília Tezotto de Moura Haro Firmo
Profª Luciane Nunes de O. Souza
EM “Sorocaba Leste”
Eixo temático: Leitura e funções da linguagem
Modalidade:
Publico alvo: 1º ao 5º Ano
Resumo
Trabalho com atividades permanentes de leitura e interpretação de texto
informativo em sala de aula, objetivando a interação e motivação da turma em torno
de um determinado tema de interesse comum das crianças.
O público alvo foram crianças do 1º ao 5º ano da “Escola Municipal Sorocaba
Leste”, de Ensino Fundamental, que mostraram melhoras na oralidade de leitura,
escrita e interpretação de textos informativos.
Apresentação do tema
O Cruzeirinho na sala de aula é um instrumento pertinente, pois a prefeitura
de Sorocaba fornece o jornal para trabalharmos com nossos alunos, além de ser
possível explorar diversos assuntos, tipos de texto e curiosidades.
A escolha do tema atende e enriquece o conteúdo da matriz curricular de
Sorocaba, dos Parâmetros curriculares, além de contemplar nossa missão.
A Missão da “Escola Municipal Sorocaba Leste” é garantir atividades
significativas dentro de uma educação ativa e aprendizagem
cooperativa para todos os alunos, buscando parcerias, monitorando
os esforços dos alunos, professores, funcionários e pais,
estabelecendo práticas pedagógicas adequadas, adaptando-os
continuamente, avaliando o trabalho e relatando resultados.
Problematização
Como o texto informativo colabora e estimula as crianças na aquisição do
processo de leitura e escrita?
Justificativa
92
O trabalho se deu para atender a necessidade de avançar com as crianças na
fluência da leitura, no entendimento do que se lê, na apresentação pela leitura e na
ampliação dos conhecimentos diversos a fim de formar crianças aptas a prosseguir
nos estudos, serem críticos e participarem efetivamente da sociedade em que
vivem.
Objetivos
Conhecer os diversos tipos de gêneros, em especial o gênero informativo;
Apropriar-se do sistema de leitura e escrita (domínio da norma culta)
Ampliar conhecimentos sobre assuntos diversos;
Tomar gosto pela leitura;
Promover o debate e diálogo através da socialização dos temas na classe.
Referencial teórico
Os eixos temáticos utilizados são a leitura e as funções da linguagem. O
jornal oferece aos alunos a possibilidade de entrar em contato com diferentes
gêneros de textos. Dada a sua diversidade textual, ele pode ser usado como recurso
didático em todos os níveis escolares, inclusive na alfabetização em que manchetes
e pequenos textos, como os anúncios e classificados ajudarão os alunos não só a
desenvolver a escrita e a leitura, mas também a compreender a importância social
da escrita.
Desde o ensino fundamental é possível colocar em prática projetos que visem
à produção de um “jornalzinho” escolar com temas de interesse dos alunos e fatos
relacionados à comunidade.
Poderiam, então, ser produzidas pelos alunos, “colunas” como as de notícias,
anúncios, recados, quadrinhos, curiosidades, etc., a periodicidade das edições e a
forma de apresentação dependerá de fatores como as condições oferecidas pela
escola e a disponibilidade de professores e alunos.
O mais importante, no entanto, é que estes estejam conscientes da
importância desses projetos para o desenvolvimento social, intelectual, cultural,
linguístico dos educandos.
Para que os alunos possam escrever textos jornalísticos de melhor qualidade,
é necessário, porém, que os professores promovam atividades sistemáticas de
93
produção textual em que se associem teoria e prática. Poderão, por exemplo, ser
realizadas atividades com notícias e editoriais.
As atividades com notícias poderão ser realizadas no Ensino Fundamental.
Para isso, os alunos deverão apenas estar minimamente habilitados a reconhecer e
produzir narrativas. A partir daí, o professor deverá, primeiramente, analisar notícias,
evidenciando suas características, inclusive termos de linguagem.
Metodologia
A metodologia do projeto segue alguns passos:
1) Recebimento do jornal;
2) Escolha do tema a ser abordado (interesse de grupos);
3) Abordagem oral do assunto com as crianças, objetivando conhecer os
conhecimentos prévios da turma;
4) Leitura do professor para a classe
5) Interpretação oral ou escrita do texto;
6) Pesquisa em casa para ampliação do tema;
7) Socialização;
8) Avaliação.
Descrição da avaliação
Verificação de melhorias das crianças;
Evolução na oralidade;
Evolução da escrita (produções textuais);
Motivação durante a atividade;
Interpretação dos vários textos e domínio da leitura.
Resultados
Alunos escrevendo melhor;
Melhoria da oralidade da turma;
Ampliação do vocabulário;
Todos ficam mais motivados para as atividades propostas.
94
Considerações finais
Ao trabalharmos com o “Cruzeirinho” em sala de aula, estamos aproveitando
a oportunidade de termos um material pedagógico de qualidade, explorando a leitura
e a escrita em sua plenitude.
Referências Bibliográficas
CASTEDO, Mirta; MOLINARI, Cláudia. Lectura de materiales informativos . In: La
lectura em La Alfabetización inicial. Província de Buenos Aires: Dirección General de
Cultura e Educación, 2008. cap. 1, págs 20-35,; cap. 2, págs77-93.
KAUFMAN, Ana Maria. Projeto Enciclopédia de animais. In: Leer y escribir: el dia a
dia em las aulas . Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2007. Cap. 6, págs 152-164.
KLISYS, Adriana. Mergulhando no universo marinho. In: ciência, Arte e Jogo:
Projetos e Atividades lúdicas na Educação Infantil . São Paulo: Peirópolis, 2010.
Cap. 1, págs 74-86
VIDEOGRAFIA:
CHARTIER, A. M. Anne Marie Chartier fala sobre leitura de textos informativos.
Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacaocontinuada/videoentrevista
DOCUMENTÁRIO LEITURA DE TEXTOS INFORMATIVOS, São Paulo: fundação
Victor Civita, 2000.
Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/projeto
95
20 – “DICIONARIOBOL”
Prof João Luis Batistela
E.M. Avelino Leite de Camargo
Eixo temático: Transdisciplinaridade.
Modalidade: Atividade Sequenciada
Público alvo: 5º Ano
Resumo
Como resultado da curiosidade dos alunos dos 5º anos da E.M. Avelino Leite
de Camargo, em manusear um dicionário, houve um replanejamento das aulas de
educação física no segundo semestre. Com a avaliação de que o assunto dicionário
estaria despertando um interesse na classe, e com o intuito de agregá-lo à disciplina,
foi discutida a proposta de escolher uma palavra aleatoriamente do dicionário e
acrescentar o sufixo bol; com a nova palavra constituída, elaborar em grupo, um jogo
ou brincadeira que traduzisse o significado da palavra original. A elaboração incluía
os itens: nome do jogo, significado, como se joga,quais são as regras, e material
utilizado. Após a criação os grupos escolhiam onde iriam apresentar seus trabalhos,
que podia ser quadra, pátio, sala ou outro ambiente. Este trabalho resultou em uma
nova gama de atividades lúdicas criadas pelos próprios alunos, com a incorporação
de Língua Portuguesa nas aulas e a elevação da autoestima.
Apresentação do tema
A expectativa de se viabilizar a transdisciplinaridade como tema oriundo, de
grande relevância e expectativa de educação global e planetária da LBD, geram uma
busca constante de atividades praticas que inclua todos os segmentos da educação,
tratando o aluno, não como partes ou segmentos como é a educação tradicional,
mas como um todo, como um ser único e especial com características e anseios
próprios, que se constrói não como um fragmento, mas um ser humano que deve ter
ciência de que o mundo depende de suas atitudes individuais e coletivas para ser
melhorado. Trabalhar a leitura, matemática, regras, estratégias e outros nas aulas de
educação física é educar o aluno de forma global, transdiciplinar e real.
Problematização
Como educar os alunos na transdisciplinaridade nas aulas de educação
96
física?
Justificativa
A educação tradicional compartimenta o conhecimento em áreas
especializadas, como se o aluno fosse composto da soma de partes e como a
sociedade fosse também infinitas partes de um processo de resolução de conflitos e
discussão de ideias para a erradicação de seus problemas maiores. Quando a
escola, que é a educação para a vida política e mundo do trabalho, compartimenta
sua educação, tira a realidade do educando, desestimulando sua atenção ao
processo educativo cotidiano e não o preparando para o futuro, descumprindo assim
sua função primordial. A transdisciplinaridade é, então, fundamental para se avançar
no entendimento do mundo, do planeta como um ser único do qual todos fazemos
parte.
Objetivos
Aprofundar as relações e o aprendizado entre os conteúdos de
conhecimentos que são propostos nos currículos, globalizando o ensino em torno do
aluno e sua realidade, evitando a educação, hoje, fragmentada.
Referencial teórico
A palavra transdisciplinaridade nos remete a ideia de transbordar as
disciplinas, transpor os limites, portanto ousar. Ousar é o termo correto se
pensarmos nas barreiras do tradicional, hoje estabelecidas e ancoradas nas várias
correntes das práticas cotidianas do ensino. Sair do seu lugar comum, do seu sofá
pedagógico, de sua zona de conforto e entrar em confronto com suas próprias ideias
e estes comuns fazeres mesmices. O que o neoliberalismo espera de todos:
acomodar-se em cada um por si.
Os cortes do todo humano desfaz a unidade pedagógica e minimiza os
conceitos do coletivo, como nos diz Morin (2003 pg15): O paradigma da
disciplinaridade, com seus desdobramentos extremados e reducionistas, a par de
suas contribuições para o conhecimento humano, desenvolveu atitudes
desqualificadoras e, em alguns casos, destrutivas para a vida humana. E continua:
Com certeza não é possível criar uma ciência do homem que anule por si só a
complexa multiplicidade do que é humano. O importante é não esquecer que o
97
homem existe e não é “pura” ilusão de humanistas pré-científicos. (2003, p113).
Nesta estrada de vários túneis encontramos em Nicolescu: A
transdisciplinaridade, como o prefixo trans indica, diz respeito àquilo que está ao
mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de
qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão do mundo presente, para o qual
um dos imperativos é a unidade do conhecimento. (1999, pg. 11).
Sommerman nos propõe pensar, como forma de educar nossos sentidos
pedagógicos nos sete eixos da transdisciplinaridade: 1- a educação intercultural e
transcultural. 2- o diálogo entre as ciências. 3- a educação inter-religiosa e
transreligiosa. 4- a integração da revolução informática na educação. 5- a educação
transpolitica. 6- a educação transdisciplinar. 7- a relação transdisciplinar: os
educadores, os educandos e as instituições, e, sua metodologia subjacente. (1999,
pg 4).
Um olhar ainda mais crítico, encontramos em Nicolescu: Um dos maiores
desafios de nossa época, como por exemplo, os desafios de ordem ética, exigem
competências cada vez maiores. Mas a soma dos maiores especialistas em suas
especialidades não consegue senão gerar uma incompetência generalizada, pois a
soma das competências não é a competência: no plano técnico, a intercessão entre
os diferentes campos do saber é um conjunto vazio. (2000, pg., 10).
Poderíamos citar um cem números de pensamentos pedagógicos cuja tese
concorde e demonstre a grande importância da para a educação sair de seu estágio
de apatia letárgica e que estamos inscritos, e também citar outro cem números de
práticas da disciplinaridade que segmenta a cortes brutos a totalidade humana e
porque não dizer animal. Esta segmentação orienta e executa uma grande
quantidade de especialista nos diversos setores da vida: médicos, engenheiros,
doutores, sem, no entanto compreender o todo; cada um puxa “sardinha” para o seu
lado, e como a “lei de Gerson” tem todo seu vigor: o outro que se vire; assim citado
acima como neoliberalismo.
Tenho certeza de que já ouviu a frase: “é o sistema que não deixa” ou “este
exame indica que você não tem nada” e a dor é sua, não te olham como um ser
completo, mas como um pedaço que tem uma dor em um lugar especifico ou um
problema financeiro determinado. Esta experiência de cada um significa sim, um
conceito prático da importância da transdisciplinaridade.
98
Metodologia
Foi proposta a união de dois ou três alunos para se formar um grupo de
trabalho. Com os grupos formados o professor abriu o dicionário e apontou qualquer
palavra sem vê-la para cada um dos grupos, a partir daí elaboraram um jogo,
brincadeira ou atividade com os seguintes tópicos: - nome do jogo (que era o nome
da palavra acrescentada o sufixo bol), - como se joga, - quais são as regras, -
material utilizado e – significado da palavra. Os trabalhos foram entregues e depois
de avaliados devolvidos aos grupos para as apresentações, que eram um a cada
aula, com parada para a roda de conversa e avaliações 10 minutos antes de
terminar a aula.
Descrição da avaliação
Os instrumentos de avaliação utilizados foram: a quantidade e qualidade de
trabalhos apresentados, as avaliações e auto-avaliações incluídas no processo e as
observações do professor.
Resultados
Com relação à transdisciplinaridade era grande o número de crianças dando
risadas das significações das palavras e sua consequente transposição para a
dimensão do jogo; foi observado também a leitura de outras palavras, assim como o
conhecimento da palavra “escolhida”. O respeito com relação aos seus colegas
aumentou em função do grau de aproximação de suas realidades, e a tarefa de estar
do outro lado do ensinar pedagógico; e a autoestima que se eleva em função do
lugar de destaque que ocupam em determinado momento de sua vida acadêmica.
Considerações finais
Como se pode observar nos resultados esta é uma prática que transpõe os
métodos e conceitos tradicionais para permitir que a realidade envolva a todos, com
suas elaborações próprias, seu ritmo próprio, e o respeito como uma atitude e não
uma imposição; os dizeres: -“como é difícil dar aula, né professor?”, ou mais adiante
–“posso apresentar de novo?” dão uma dimensão da elevação da auto-estima,
proporcionada por esta prática. E não se percam, pois no começo é meio
99
complicado, é uma bagunça organizada, um caos estabelecido, porém, este
“transbordamento” dá lugar, devagarzinho, a uma estrada cheia de surpresas, de
realizações, de auto-suficiência, e de auto-estima, na direção do cidadão completo e
não em pedaços.
Referências Bibliográficas
Araújo, M.A.L. , TRANSDICIPLINARIDADE E EDUCAÇÃO. Revista de educação
CEAP. Salvador: BA ano 8, pg 7, dez – fev. 2000.
FREIRE, J.B., As relações entre o fazer e o compreender na prática da educação
física. Dissertação de mestrado. SP: USP, 1982.
MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma reformar o pensamento. 8ª Ed.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
NICOLESCU, B. O Manifesto da Transciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999.
NICOLESCU, B. et al. Educação e Transdiciplinaridade. Editores: UNESCO, USP/
Escola.
SOMMERMAN, A. Transdiciplinaridade: Escola do: futuro. Em palestra Pedagogia da
Alternância: I Seminário Internacional por ocasião do Centro de Treinamento de
Líderes – Itapoan – Salvador - Bahia de 03 a 05 de novembro de 1999.
UNESCO. E CIRET Congresso mundial de transdiciplinaridade 1997. Congressos
internacionais sobre transdisciplinaridade: reflexões sobre emergências e convergências de
idéias e ideais na direção de uma nova ciência moderna. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902005000300003&script=sci_arttext. Acesso
em 18 de abril de 2013.
100
21 – “ESTIMULANDO A CRIATIVIDADE COM ORIGAMI”
Profª Sandra Cristina Salles Dias
Profª Marcia Fermino de Godói
E.M. Duljara Fernandes de Oliveira
Eixo temático: Artes.
Modalidade: Atividades Permanentes
Público alvo: 1º Ano
Resumo
O ORIGAMI quando ensinado na sala de aula proporciona um trabalho
interdisciplinar para crianças de qualquer idade. A arte de dobrar papel estimula ao
aprendiz, desenvolver estratégias tanto individual e coletiva como oficina de ideias e
trocas de experiências. Acredita-se serem estas atividades de aprendizagem que
rentabilizam a autonomia e a responsabilidade do aluno. Além disso, permitem o
desenvolvimento da criatividade, da concentração e persistência com Origami, arte
milenar japonesa, oferece diversos recursos para auxiliar o desenvolvimento
cognitivo motor de todo aquele que dele se utiliza, por ser um fascinante mundo de
criação. Seu uso milenar tem contribuído para o desenvolvimento e melhor
qualidade de vida para o ser humano. Seu uso e aplicação enquanto técnica pode
auxiliar e contribuir para o desenvolvimento infantil. Acredita-se que o Origami pode
colaborar para o desenvolvimento do potencial pleno de cada indivíduo, enfatizando
a observação, a persistência, a meticulosidade, a concentração e atenção, a
autoconfiança, o esforço pessoal, a coordenação motora fina e, sobretudo, a
criatividade. Ao se trabalhar o origami com crianças do 1º ano, percebe-se uma
enorme mudança de comportamento e superação em cada objeto aprendido, são
desenvolvidos de forma única, ou seja, mesmo sendo igual, todos serão diferentes
quando finalizados e expostos para a turma.Todas as atividades são desenvolvidas
em sala pela necessidade de utilização de materiais diversos. As crianças amam
aprender dobradura, já entenderam e assimilaram as principais dobras do origami.
O resultado de todo o trabalho proposto, supera as expectativas das atividades
realizadas tanto do aluno como do professor.
Apresentação do tema
101
O ORIGAMI quando ensinado na sala de aula proporciona um trabalho
interdisciplinar para crianças de qualquer idade. A arte de dobrar papel estimula ao
aprendiz, desenvolver estratégias tanto individual e coletiva como oficina de ideias e
trocas de experiências.
Problematização
A maior relevância para a realização deste projeto é mostrar de que maneira
a dobradura ajuda no desenvolvimento da arte, ilustrar um pouco da nossa cultura
através de um simples papel, pois a dobradura começou de um papel. Mostrar
também que a mesma é um recurso didático muito utilizado nas escolas e que serve
tanto para o educador ilustrar suas aulas, quanto para as pessoas fazerem suas
próprias recreações e criações nas mais diversas situações da vida.
Através da dobradura, o manuseio do papel ajuda no desenvolvimento da
criança em fase de alfabetização, pois ajuda a mesma a delinear seu espaço, como
por exemplo: o fato dela tentar unir as duas pontas do papel e seus lados.
Mostrar também como a mesma faz parte da arte/educação, ela é classificada
como um recurso interdisciplinar dentro do currículo escolar, pois através dela
podemos fazer desenhos, pinturas, colagens, recortes, dramatizações, criar histórias
e também fazer uma junção de personagens da nossa literatura, relacionado ao
tema, que norteará o desenvolvimento do trabalho.
Justificativa
A arte de dobrar o papel surgiu a milhares de ano e foi cada vez mais
tomando o espaço no convívio escolar, sabemos que a partir de uma simples dobra
podemos criar varias figuras e em cada figura forma diferente dando possibilidades a
novas peças de acordo com a criatividade de cada individuo. Este projeto tem o
objetivo de tornar as aulas de artes mais criativa na busca de infinitas possibilidades
de dobrar o papel confeccionando diversas peças utilizando a técnica da dobradura;
educar, estimular a imaginação, a concentração e desenvolver a habilidade e a
criatividade no percurso do projeto, que no decorrer do ano é trabalhada como
atividade permanente.
Objetivos
Conhecer, Compreender, Analisar, Apreciar, Socializar e propiciar momentos de
102
criatividade na arte de dobrar o papel, visando uma aula diferente e prazerosa para
os alunos do 1º ano do Ensino Fundamenta l Despertar o interesse do educando
para as inúmeras possibilidades de aplicação das dobraduras, além de proporcionar
a motivação e envolvimento com as atividades:
Pesquisar sobre o origami;
Conscientizar os alunos com a diversidades de material a ser utilizado.
Promover a socialização com dobraduras em grupo;
Apresentar o projeto na feira de conhecimento;
Apresentar peça teatral a partir das dobraduras confeccionadas;
Desenvolver habilidades de criar e recriar peças de diferentes tamanhos e
modelos.
Referencial teórico
O uso milenar do Origami tem contribuído para o desenvolvimento em melhor
qualidade de vida para o ser humano. Seu uso e aplicação enquanto técnica pode
auxiliar e contribuir para o desenvolvimento infantil.
Metodologia
O professor prepara a turma para relembrar nossas primeiras dobraduras
fazendo um chapéu de soldado, um avião, um barquinho e outros desse tipo,
mais simples.
Narrar ou contar histórias através de alguns feitos, sobre animais da nossa
região que eles conhecem e em seguida os mesmos irão montar suas
próprias historinhas.
O professor coloca no quadro os animais da história e propõe para eles
ilustrarem com dobraduras as mesmas.
Discutir com a turma as atribuições que cada uma dessas dobraduras
lhes proporcionou.
Confecção de dobraduras.
Exposição.
Descrição da avaliação
103
A avaliação será continua durante o desenvolvimento da aula, sendo que
cada aluno apresentará no termino do bimestre uma peça decorativa com dobradura
para a finalização projeto e do ano letivo para a exposição. Compreende a definição
dos instrumentos a serem utilizados no monitoramento das ações e atividades
realizadas durante o trabalho.
Resultados
Os resultados obtidos através deste projeto vêm sendo bastante significativos
e prazerosos, para o educador e educando. Percebo alunos mais criativos, críticos e
com mais autonomia diante das criações artísticas que confecciona na escola e fora
dela. O desenho que recebo de presente, sempre vem dobrado de forma diferente
do tradicional, é muito gratificante. Os trabalhos confeccionados durante o projeto
serão apresentados na Festa Cidadã da escola
Considerações finais
Os trabalhos confeccionados durante o projeto serão apresentados na Festa Cidadã
da escola.
No 4º Fórum Educa em Ação vou compartilhar o meu projeto de forma objetiva e
lúdica, com apresentação do mesmo, e uma oficina de Tsuru e o seu significado. Posso
garantir que todos os meus pares, sairão da apresentação com outro olhar de como se
trabalhar dobradura com crianças. Nada é impossível quando se tem objetivo e motivação.
"Dobrar o papel parece um ato extremamente simples, mas este simples movimento na
realidade nos fornece uma grande alegria que invade nossa alma"
(Kunihiko Kasahara)
Referências Bibliográficas
Parâmetro Curricular Nacional de Arte.
Livros de dobraduras:
GENOVA , Carlos –ORIGAMI ; A Milenar arte das Dobraduras.
IMAMURA, Paulo – ORIGAMI; Arte e Técnica da Dobradura de Papel
Sites:
www.imigrantesbrasil.com/origem-do-origami-e-sua-chegada
www.japaoemfoco.com/historia-e-significado-do-monumento-da-paz-das-criancas
www.comofazerorigami.com.br
www.Wikipédia.com.br
Anexos – Vide arquivo anexo no CD – Estimulando a
criatividade com origami
104
22 – “JARDIM DOS SONHOS”
Profª Solange Cristina Camisa Lima
Profª Valdirene Aparecida Nicoláu Nobrega Antunes
E.M. Duljara Fernandes de Oliveira
Eixo temático: Linguagem Oral e Escrita, Artes, Natureza e Sociedade e Matemática.
Modalidade: Projeto
Público alvo: 1º Ano
Resumo
O Projeto Jardim foi um trabalho realizado com as crianças do 1º ano A
(2012) do ensino fundamental (período da manhã) que se juntaram para criar um
jardim no espaço do antigo tanque de areia da escola.
Apresentação do tema
O tema foi escolhido pelas crianças após a leitura do livro “O Jardim do
Sonho” de Ronaldo Coelho Simões. O livro conta a história do Sr. Três B, ele tinha o
sonho de construir um Jardim Zoológico pois gostava muito de animais. Após
conhecer todas as dificuldades para realizar esse desejo e com a ajuda de amigos
ele cria um Jardim Botânico só com plantas que tenham nome de animais.
Problematização
Como criar um jardim? Quem serão nossos parceiros? O que precisamos
para dar início ao projeto?
Justificativa
A criação do jardim dá possibilidades às crianças de trabalhar as várias áreas
do conhecimento de maneira lúdica e prazerosa. Proporciona a formação de atitudes
responsáveis com o meio ambiente.
“(...) Na área das Ciências Naturais, o objetivo é ampliar a curiosidade das crianças,
incentivá-las a levantar hipóteses e a construir conhecimentos sobre os fenômenos
físicos e químicos, sobre os seres vivos e sobre a relação entre o homem e as
tecnologias. É importante organizar os tempos e os espaços da escola para
favorecer o contato das crianças com a natureza e com as tecnologias,
possibilitando, assim, a observação, a experimentação, o debate e a ampliação de
conhecimentos científicos (...).” (Ensino fundamental de nove anos: orientação para
105
inclusão da criança de seis anos de idade/ organização Jeanete Beauchamp,
Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento; Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007).
Objetivos
Promover nas crianças a conscientização, de forma lúdica e prazerosa, da
importância dos seres vivos – plantas, animais, ser humano;
Vivenciar situações de análise de dados e checagem de informações;
Vivenciar conceitos matemáticos: contar, somar, estimativas, leitura de
gráficos;
(...) “ampliar a curiosidade das crianças, incentivá-las a levantar hipóteses e
construir conhecimentos dobre os fenômenos físicos e químicos, sobre os
seres vivos e sobre a relação entre o homem e a natureza e entre o homem e
as tecnologias”;
(...) “favorecer o contato das crianças com a natureza e com as tecnologias,
possibilitando, assim, a observação, a experimentação, o debate e a
ampliação de conhecimentos científicos”;
Construir o conhecimento por meio de práticas que como ponto de partida e
chegada o uso da linguagem e a participação nas diversas práticas sociais de
escrita;
Interessar-se pelas próprias produções, pela de s de outras crianças e pelas
diversas obras artísticas (regionais, nacionais e internacionais) com as quais
entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura;
Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da
modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e
o respeito pelo processo de produção e criação;
Leitura e apreciação de obras de arte a partir da observação, narração,
descrição e interpretação de imagens e objetos e estabelecer correlação com
experiências pessoais.
Referencial teórico
Baseando-se nos quatro pilares da Educação e em nosso saudoso Paulo
Freire, onde o aprendiz, ser ativo, na interação com o mundo, num processo de
106
construção de relações, ao fazer e ao refletir sobre o fazer, garante seu direito de
sujeito que pensa, e torna-se produtor do próprio saber, num ambiente que
oportunize a interação do sujeito com o meio, de forma a estimulá-lo e desafiá-lo,
promover o conhecimento. Acreditando como BECKER (1992), "Construtivismo,
segundo pensamos, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu
desenvolvimento. É, por consequência, um novo modo de ver o universo, a vida e o
mundo das relações sociais", e na busca de um ambiente construtivista acreditei ser
necessário buscar na metodologia de projetos o apoio para a realização desta obra.
GARDNER (apud DOWLING, 1995) afirma que uma forma de integrar os
princípios construtivistas nas salas de aula é através da realização de "projetos".
Segundo este autor, ao longo das aulas os alunos realizam milhares de testes e
desenvolvem habilidades que muitas vezes se tornarão inúteis depois do último dia
de aula. Em contraste, o desenvolvimento de um projeto envolve a observação da
vida fora da escola, propiciando aos estudantes a oportunidade de organizar os
conceitos e habilidades previamente estabelecidos, utilizando-os a serviço de um
novo objetivo ou empreendimento.
Metodologia
Reunião com os pais para explicação do projeto.
Identificar os possíveis parceiros na construção do Jardim.
Pesquisa com a família em busca de informações sobre a construção do
jardim.
Visita do Rafael, biólogo da Prefeitura e nosso parceiro, para comparação das
informações obtidas com a família e as informações trazidas por ele.
Roda de conversa para definir as plantas para o jardim: flores, ervas e
temperos, frutas, horta.
Identificar os materiais necessários para o trabalho.
Confeccionar um livro para registro de todas as ações desenvolvidas durante
o projeto.
Descrição da avaliação
A avaliação ocorreu ao longo do projeto através da participação
das crianças nas atividades desenvolvidas.
Resultados
107
O jardim acabou se transformando em um espaço de conhecimento e
experimentos. Colhemos tomate, quiabo, rabanete, morango, hortelã, salsinha. E as
flores proporcionaram a realização do sonho das crianças: um espaço para muitas
borboletas e passarinhos.
Considerações finais
Foi muito bom ver minha turma de 2012 avançando na alfabetização,
comparando frutas e legumes comprados com os que plantamos e colhemos em
nossa horta, percebendo a importância de um pequeno pedaço de terra e tomando
consciência do por que preservar é preciso. Encontramos no “seu” Jairo (inspetor de
alunos da escola) o nosso senhor TrêsB. Com um carinho especial, ele abraçou o
projeto e partilhou com as crianças todo o seu conhecimento de mundo, toda sua
experiência de vida. O ano de 2012 foi realmente especial!
Referências Bibliográficas
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação
e do Desporto, Secretaria de educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF,
1998.
Ensino fundamental de nove anos: orientação da criança de seis anos de idade/
organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do
Nascimento; Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,
2007.
Venezia, Mike. CLAUDE Monet. tradução: Ligia Maria da Silva Rego; adaptação:
João Teodoro da Silva. São Paulo: Moderna, 1996. – Coleção Mestres das Artes.
108
23 - LEITURA E ESCRITA EM SALA DE AULA – MEDIANDO A PRODUÇÃO DE
TEXTO DE AUTORIA NO 2º ANO
Profª Fernanda Carolina Medeiros Grillo
Profª Tânia Maria Grandini Cares
E.M. “João Francisco Rosa”
Eixo temático: Alfabetização E Letramento
Modalidade: Atividade sequenciada
Público alvo: 2º Ano
Resumo
O presente trabalho pedagógico representa estudos e reflexões sobre as práticas
relacionadas à linguagem escrita no interior da escola. De acordo com os
pressupostos da perspectiva Histórico-Cultural sobre desenvolvimento humano, as
funções psíquicas humanas, como a linguagem oral e a linguagem escrita, não são
desenvolvidas de maneira espontânea. Nesse sentido, a ação do educador é
fundamental no intuito de dirigir intencionalmente o processo educativo e oportunizar
condições para o desenvolvimento das mesmas.
Neste trabalho, apresentamos as propostas planejadas e realizadas com os
alunos de 2º ano do Ensino Fundamental, no que tange às produções escritas. A
partir do referencial teórico estudado na escola (Jolibert, Curto, Marcuschi, Miller,
Schneuwly, Dolz, Vigotski), os professores organizaram uma nova forma de
trabalhar a leitura e a escrita.
A sequência planejada para este trabalho oportunizou avanços na escrita dos
alunos, que apresentaram desempenho satisfatório nos critérios de avaliação de
produção de texto.
Apresentação do tema
O tema deste trabalho está circunscrito no âmbito das discussões sobre a
linguagem escrita, no contexto de sala de aula, buscando estratégias para reflexão
sobre a língua numa abordagem de preparação para a escrita, produção de textos e
revisões.
Problematização
109
O trabalho relacionado à produção de texto apresenta-se como desafio no
contexto escolar, no que tange ao processo de significação desta atividade no
processo de ensino e aprendizagem.
Compreendemos que a problemática se insere na necessidade de criar condições
para compreensão da linguagem escrita, que permitirá outras formas de organização
da ação e de acesso ao patrimônio cultural, registrados em diferentes portadores.
Justificativa
O trabalho se justifica pela importância de desenvolver as habilidades escritoras e
leitoras, a partir de um trabalho sequenciado planejado pelo professor, com a
finalidade de oportunizar a aprendizagem da produção de textos. O papel do
professor no ensino da linguagem escrita é o de oportunizar avanços que não
aconteceriam de forma espontânea, mas intencional, por meio de atividades
planejadas de leitura e de escrita.
Objetivos
Possibilitar atividades, em sala de aula, que oportunizem a compreensão da
estrutura do gênero textual trabalhado, a produção de textos coerentes e
coesos; o desenvolvimento, a ampliação de ideias e construção de pré-textos
que trabalhem com a estrutura interna e os aspectos linguísticos do gênero;
análise de textos, reconhecendo possíveis oportunidades de melhoramento.
Referencial teórico
Nas escolas encontramos, em muitas situações, uma abordagem técnica
referente ao trabalho com a escrita. A partir dessa concepção, a escrita é ensinada
como uma habilidade motora e não como uma atividade cultural complexa.
(VIGOTSKI, 1989)
Este trabalho está fundamentado na perspectiva Histórico-Cultural que considera
a linguagem escrita como meio para a aquisição de formas mais complexas do
sujeito e de acesso ao patrimônio cultural, registrados em diferentes portadores.
A linguagem escrita não se desenvolve de forma espontânea. Deste modo,
depende do aprendizado, de construções resultantes da coletividade, da ação sobre
o meio da apropriação dos bens culturais para o seu desenvolvimento. Assim,
110
percebe-se a importância da escolarização, especificamente, do aprendizado
escolar, intencional e sistematizado, que introduzirá elementos novos para o
desenvolvimento da inteligência e personalidade.
Tradicionalmente, o ensino da gramática tem sido realizado de forma
desagregada do ensino da escrita de textos. Os conhecimentos linguísticos
trabalhados nos estudos de gramática não são relacionados à prática de produção
de textos (MILLER, 1998, p.11).
Na perspectiva do ideário Histórico-Cultural, o trabalho com a linguagem escrita
nas escolas deve considerar as relações reais entre o processo de desenvolvimento
e a aprendizagem, determinando níveis de desenvolvimento: o real (nível de
desenvolvimento das funções mentais que se estabeleceram como resultado de
certos ciclos já consolidados), o potencial (funções mentais que o sujeito
consolidará) e o proximal (distância entre o real e o potencial).
Assim, no trabalho referente à linguagem escrita, pressupomos um processo de
aprendizagem através de práticas sistematizadas, tendo o professor como mediador,
incidindo na zona de desenvolvimento proximal.
Nessa perspectiva, no trabalho referente à aquisição da linguagem escrita, o
professor pode organizar o ensino de forma que a leitura e a escrita se tornem
necessárias às crianças, que tenham significado. Ou seja, a linguagem escrita
precisa se tornar elemento da vida das crianças. Todas essas questões nos
apontam que a escrita não pode ser ensinada como um hábito motor, mas como um
instrumento que faz parte da cultura. Para JOLIBERT e colaboradores (1994), é
preciso que, em cada criança, o escrever não seja sinônimo de trabalho enfadonho e
fracasso, mas que evoque projetos realizados graças à escrita (“fazer um cartaz”
para anunciar uma exposição, “inventar um conto”, “fazer um relatório de visita” para
o diário da escola, “escrever poemas”, etc.) em lugar de “fazer exercícios de
gramática”, “completar frases”, “conjugar verbos”.
A partir de tais referenciais teóricos, discutidos e refletidos em reuniões de HTPC,
os professores elaboraram novas formas de atuação e intervenção no trabalho de
leitura e escrita.
Metodologia
Partindo da ideia de que a escrita está relacionada à produção de sentidos e
111
significados, reconhecemos que não basta dominar o código escrito: é necessário
saber usá-lo, compreender o funcionamento do mesmo. Escrever é uma tarefa
cognitiva muito complexa. A criança precisa pensar no que escrever (conteúdo,
leitor) e como escrever (gênero, formato, estrutura, grafia).
Dolz e Schneuwly (2004) propuseram uma metodologia de ensino por sequências
didáticas, concebendo os gêneros como instrumentos de comunicação.
Os procedimentos indicados nessa proposta são: apresentação inicial da
situação; primeira dimensão: projeto coletivo para a produção; segunda dimensão:
conteúdos a serem desenvolvidos; a primeira produção: esboço; os módulos: dar
conta dos problemas aparecidos (representação da situação de comunicação,
elaboração de conteúdos, planejamento do texto, elaboração de uma linguagem
comum) e verificação de todas as aquisições; produção final: por em prática o que
aprendeu.
No que se refere ao trabalho com os módulos (análise, revisão e reflexão sobre a
linguagem), os estudos de Miller (1998) podem colaborar com a sistematização de
propostas. De acordo com sua pesquisa, há possibilidades de organizarmos
atividades de reflexão e operação sobre a linguagem do ponto de vista do uso que
se faz dos conceitos linguísticos presentes na situação de leitura ou produção, a
partir de textos, elaborados pelo aluno ou de autoria diversa.
Descrição da avaliação
Para análise e avaliação do trabalho, utilizamos fichas de acompanhamento e
registros descritivos referentes a cada aluno.
Resultados
A partir do modo de participação de cada um dos sujeitos nessa atividade de
estudo e reflexão, foi possível verificar que a apropriação de alguns dos
pressupostos (desencadeados pela reflexão sobre a prática, a partir da interlocução
no grupo) circunscreveu novas formas de atuação em sala de aula.
Em linhas gerais, analisando as propostas desenvolvidas pelos professores temos
indícios do redimensionamento da prática educativa, no que se refere,
principalmente, aos modos de participação do aluno na atividade. Na área de
linguagem escrita há ênfase na sistematização do gênero textual, com intuito de
112
oportunizar condições efetivas para a produção de texto, por intermédio de reflexões
sobre a metalinguagem. A sequência planejada para este trabalho oportunizou
avanços na escrita dos alunos, que apresentaram desempenho satisfatório nos
critérios de avaliação de produção de texto.
Considerações finais
Foi possível perceber que o trabalho organizado, a partir da metodologia
apresentada, possibilitou agir com a produção textual dos alunos, não naturalizando
o trabalho, mas identificando-o como objeto de estudo. O trabalho de escrita é
também um trabalho de reescrita e as sequências didáticas podem sistematizar as
práticas de escrita e produção oral.
O desenvolvimento deste trabalho de pesquisa trouxe repercussões para os
professores, para os alunos e para a escola. Os impactos na aprendizagem dos
alunos foram partilhados e a nova proposta de organização do trabalho docente
passou a ser vista como possibilidade mais significativa de abordar os conteúdos.
As ações foram (re)pensadas e apropriadas no coletivo, através dos estudos
desencadeados. São formas de agir e dizer que vão se institucionalizando na
história das relações, vão se inscrevendo na memória coletiva. Porém, torna-se
fundamental destacar que a construção coletiva destes modos de agir não ocorre de
forma linear, mas envolve conflitos e dramas. Sobretudo, demanda trabalho
partilhado, (re)orientado, aprendido, relação com o outro que produz impactos e
efeitos sobre a prática
Referências bibliográficas
BASSAN, Larissa H. O trabalho pedagógico e a zona de desenvolvimento
proximal na aprendizagem da linguagem escrita . UNESP – Marília/SP, 2008.
Dissertação de Mestrado.
CURTO, Lluís M. et al. Escrever e ler: como as crianças e como o professor
pode ensiná-las a escrever e ler – vol I. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos . Porto Alegre:
Artes Médicas, 1994.
MARCUSCHI, Luiz A. Gêneros Textuais e Produção Lingüística . Universidade de
Brasília.Disponível em:
113
http://www.diaadia.pr.gov.br/nre/assischateaubriand/arquivos/File/LEM-
INGLES/artigo_generos_textuais.pdf
MELLO, Suely A. Algumas implicações pedagógicas da Escola de Vygots ky
para a educação infantil . Revista Pro-Posições , v.10, n.1 (28), 1999.
MILLER, Stela. O epingüístico: uma ponte entre o lingüístico e o
metalingüístico . UNESP – Marília/ SP, 1998. Tese de Doutorado.
SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola . Mercado das
Letras. Campinas, 2004.
VIGOTSKI, Lev S. A Formação Social da Mente . São Paulo. Martins Fontes, 1989.
114
24 – “QUINZINHO CONTRA A DENGUE”
Profª Rosemary Conceição Santos
Profª Flavia Liliana Criger
E.M. “Quinzinho de Barros”
Eixo temático: Natureza e Sociedade.
Modalidade: Projeto
Público alvo: 4º Ano
Resumo
O projeto Quinzinho Contra a Dengue foi desenvolvido para colaborar com a
conscientização de nossas crianças a respeito da dengue, enfatizando as ações
efetivas para evita-las, transformando-os em nossos agentes multiplicadores dessa
ação cidadã. O nosso público alvo foram nossos alunos e a comunidade local (pais)
que estiveram presentes na apresentação das atividades das crianças. Todo o
trabalho foi desenvolvido na U.E, onde também recebemos a visita do projeto saúde
na escola com palestra e apresentação de vídeo sobre o tema.Obtivemos como
resultado do nosso projeto a devolutiva traduzida em compreensão e
conscientização por parte dos alunos e comunidade acerca da necessidade de ação
preventiva contra a dengue.
Justificativa
Tendo em vista que Sorocaba enfrenta, nos últimos tempos, a maior
epidemia de dengue. Torna-se de alta relevância a execução deste projeto.
Objetivos
Trabalhar junto com as crianças, visando conscientizá-la quanto à importância
de prevenir a dengue, pois que esta é uma doença grave e que vem causando
mortes.
Identificar a dengue;
Conhecer as diversas formas de contágio, sintomas, prevenção e tratamento;
Identificar as causas de ocorrência de epidemias;
Reconhecer a importância dos hábitos de higiene com forma de manter a
saúde e prevenir doenças;
Conhecer a origem do mosquito Aedes Aegipty;
115
Adquirir hábitos e atitudes que colaborem para acabar com o mosquito e com
a dengue;
Desenvolver a cidadania;
Aplicar os conhecimentos adquiridos.
Metodologia
Levantamento das causas e consequências da dengue em suas formas
clássica e hemorrágica;
Exibição de apresentação de slides e/ou vídeos sobre o tema a fim de
esclarecer sobre a doença e motivar o trabalho a ser desenvolvido;
Motivar alunos e professores com propostas de atividades criativas e
utilização das mídias e tecnologias.
Discussão sobre os Noticiários.
Produções textuais: frases, redações, slogans, HQs, etc;
Confecção de cartazes e desenhos.
Apresentação e exposição dos trabalhos dos alunos no tablado da escola
para seus pais, professores, gestão escolar.
Descrição da avaliação
Observação da participação e envolvimento nas atividades propostas;
Acompanhamento e análise do desenvolvimento dos alunos mediante
observação da postura individual
Avaliação escrita.
Referências Bibliográficas
Site oficial do ministério da Saúde http://portal.saude.gov.br/saude/
Brasil Unido contra a Dengue: http://www.combatadengue.com.br/
Anexos:
site: www.youtube.com/watch
116
25 – “ UM SONHO NA RECICLAGEM”
Profª Celestina Cruz Pedroni da Fonseca
Profª Simone Munafó Tostes Gonçalves
E.M. Prof. Walter Carretero
Eixo temático: Linguagem, Matemática e Historia.
Modalidade: Projeto
Público alvo: 1º ao 5º Ano
Resumo
O projeto foi aplicado junto às salas do Ensino Fundamental da Escola
Municipal Professor Walter Carretero. Visando alcançar o objetivo de ter uma
formatura do sonho, partindo dos alunos várias alternativas para conquistar esse
objetivo. O trabalho foi pautado nas seguintes etapas: levantamento de custos,
definição das frentes de trabalho, trabalho coletivo com pais, alunos e comunidade
escolar. Relacionamos todo o empreendimento às várias frentes de trabalho
relacionados à Arte, Linguagem, Matemática, Ciências, História e Geografia;
culminando em todos os trabalhos pedagógicos e na tão sonhada formatura.
Apresentação do tema
A identificação de uma solução empreendedora dentro de nossa comunidade,
que além da geração de renda agregasse valor ambiental e social em nossa
comunidade.
Problematização
Como articular a realização de um sonho coletivo, através de geração de
renda?
Justificativa
A essência do empreendedorismo esta ligada na emoção do indivíduo, na
energia que o leva a transformar-se e a transformar sua vida. A Educação
Empreendedora deve desenvolver a autoestima e valorizar o potencial de
persistência dos alunos, diante dos seus sonhos, como diz Vitor Hugo, “Não há nada
como o sonho para criar o futuro”.
Para isso devemos buscar no desenvolvimento humano, social includente e
sustentável o eixo do trabalho empreendedor para a realização do sonho coletivo
dos 5º anos da Escola Municipal Professor Walter Carretero. Como este momento
global denota sério desconforto socioambiental expresso na má qualidade de vida
117
em todos os ambientes terrestres. A Educação Ambiental pode suprimir muito dos
vazios ideológicos desse tempo de extremismos políticos, desperdícios de recursos
ambientais, exageros de produção e consumo, utilizando o principio dos 3 Rs.
Para termos um futuro sustentável se faz necessário possibilitar aos alunos a
informação, a educação e o entusiasmo para que haja a transformação da ideia em
ação. Nasce então um projeto que possibilita construir com as crianças à formação
da cidadania ambiental e empreendedora.
Objetivos
Instrumentalizar as crianças sobre como elaborarem um mapa do sonho
coletivo: “Uma grande passeio de formatura”.
Criar estratégias para a realização de nosso sonho coletivo.
Gerar novos conhecimentos, constituídos por saberes, estabelecendo novas
relações entre saberes preexistentes.
Fornecer uma visão global do estado atual de nosso planeta.
Sugerir ações que possam conservar nosso planeta para gerações futuras e
beneficiar nossa própria geração através da sustentabilidade.
Referencial teórico
O principal referencial teórico que justifica o presente trabalho está pautado
nas propostas apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, Lei de
diretrizes e bases da educação nacional, Livro Pedagogia Empreendedora,
programa jovem empreendedor SEBRAE.
Metodologia
A metodologia de trabalho foi baseada em quatro conceitos principais que
são: educação financeira, empreendedorismo, preservação e reciclagem. Partindo
destes conceitos principais são trabalhados sub-conceitos, onde desenvolveremos
as atividades de acordo com as características de sua realidade educacional e
ambiental.
Educação Financeira:
Cada classe construiu um cofre, para que depositemos as moedas
economizadas.
A contribuição mensal de um valor estabelecido com todos os pais, no valor de
30 % da formatura.
118
Empreendedorismo:
A construção do mapa do sonho coletivo: “Uma grande formatura, com um
passeio em um parque aquático”.
Recolher e selecionar materiais reciclados para a venda.
Pesquisa de melhor valor.
Criar parceria com Deposito de reciclado.
Parceria com todas as salas e comunidade na seleção e coleta.
Escala de trabalho e organização, divisão de funções e tarefas.
Anotação e relatório de desempenho.
Organização da formatura e levantamento de custos.
Preservação e Reciclagem
Pesquisa e levantamento de dados, nosso trabalho pode atrapalhar a
comunidade ou auxiliar? O nosso ambiente local refletiu mudanças?
Campanha a favor da reciclagem do lixo e sua separação.
Seminário sobre os processos de reciclagem e reutilização de materiais.
Descrição da avaliação
Iniciamos o projeto no primeiro bimestre, onde em apenas um mês
contabilizamos a coleta de 8 mil PETs, estabelecemos parcerias com a comunidade,
com depósito de reciclagem que passou a retirar na escola o material a ser vendido,
chegando agora no fim do terceiro bimestre tendo como saldo do trabalho coletivo, a
camiseta 100% paga.
Resultados
Os alunos conseguiram levantar todos os fundos necessários para a
realização do sonho coletivo e houve uma mudança de postura em relação à atitude
ambiental na comunidade envolvida.
Considerações finais
O projeto foi trabalhoso, mas muito prazeroso e produtivo tanto para os
alunos quanto para as professoras, pois nos permitiu interagir com toda a
comunidade escolar. Nossos objetivos foram atingidos e superados ao realizar a
formatura, o cerimonial, baile de formatura e o grande passeio a um parque
119
aquático, vimos a alegria e o contentamento dos alunos por terem conseguido
realizar seu sonho através de seu trabalho.
Referências Bibliográficas
1. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Parâmetros
Curriculares Nacionais.
2. DOLABELA, Fernando. Pedagogia Empreendedora. Editora de Cultura, São Paulo,
2003.
3. SEBRAE. Jovens Empreendedores - Primeiros Passos - JEPP
120
26 - USO DA ÉTICA NAS REGRAS DE JOGOS E BRINCADEIRA S
Prof Thiago de Melo Martins
E.M. “Dr.Oswaldo Duarte”
Eixo temático: Ética
Modalidade: Atividades permanentes
Público alvo: 1º ao 5º Ano
Resumo
São textos instrucionais de regras de jogos populares, em que se lê, discute,
entende como proceder em um jogo e depois há a aplicação do jogo como medidor
de entendimento e aceitação do texto lido. O tema é sobre ética dentro de instruções
e aplicação de jogos. O público alvo é o primeiro ciclo do Ensino Fundamental,
pode-se aplicar desde o primeiro ano, com adaptações ao tipo de jogo, ao quinto
ano.
Este trabalho foi desenvolvido em duas Oficinas do Saber, E.M “Dr Hélio
Rosa Baldy” e E.M “Dr. Oswaldo Duarte”.
Os resultados foram maior entendimento de textos instrucionais, no caso para
jogos e dinâmicas e menores conflitos durante a aplicação dos jogos.
Apresentação do Tema
Uso de textos instrucionais de jogos para maior entendimento dos mesmos e
o respeito às regras.
Problematização
As aulas de Oficina devem estar ligadas com a Matriz Curricular do Município
e os educandos precisam participar das aulas. Havia problemas disciplinares nas
salas que dificultavam qualquer processo pedagógico e os educandos se sentiam
motivados em realizar atividades semelhantes aos da sala de aula. Como atuar ante
aos atos de desrespeito aos colegas e combinados de sala e desmotivação nas
aulas de Leitura Viva?
Justificativa
121
Resolvi trabalhar regras de jogos populares, porque abrangia questões de
leitura, interpretação de texto e aceitação de limites de atuação num jogo para o
sucesso dele. Assim, o educando percebe que para conseguir jogar, ele necessitará
compreender o que pode e o que não pode fazer e aplicá-la. Isso envolve a Ética, de
que para se conviver bem é preciso conhecer os limites entre o que é de direito em
fazer e o dever em respeitar o outro.
Objetivos
Compreender textos instrucionais de jogos populares e saber aplicá-los ao
jogar.
Referencial teórico
A questão do juízo moral é abordada por Piaget. “Toda moral consiste num
sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito
que o indivíduo adquire por estas regras.” (JM,p.2 IN La Taille.1992.p.49).
Está nos Parâmetros Curriculares Nacionais a questão da Ética dentro do
convívio escolar:
Ao lado do trabalho de ensino, o convívio dentro da escola
deve ser organizado de maneira que os conceitos de justiça,
respeito e solidariedade sejam vivificados e compreendidos
pelos alunos como aliados à perspectiva de uma “vida
boa”.Dessa forma, não somente os alunos perceberão que
esses valores e as regras decorrentes são coerentes com seus
projetos de felicidade como serão integrados às suas
personalidades:se respeitarão pelo fato de respeitá-
los.(PCNs,1997,p.80).
Estas duas referências são os pilares do projeto que visa o entendimento de
regras para além de um texto instrucional e de saber como se participar de um jogo.
Metodologia
Apresentação dos textos instrucionais de jogos para leitura compartilhada,
leitura compartilhada com os alunos, aplicação do jogo, discussão do sucesso da
aplicação das regras e relato escrito do que foi feito.
122
Descrição da Avaliação
São dois instrumentos utilizados durante a aplicação do trabalho. Primeiro é
o entendimento e a aplicação da regra no jogo, que na ação do mesmo se percebe
como o educando assimilou a instrução. Segundo compreende o relato escrito do
jogo participado.
Resultados
O primeiro resultado é o de compreender como se joga, percebendo que ao
respeitar as regras o jogo se torna mais divertido. O segundo é feito pelo relato
escrito onde o educando reflete o que ocorre e o transforma nos padrões de escrita.
Considerações finais
As crianças demonstraram grande capacidade de entendimento quanto à
aplicabilidade dos jogos pelo grande interesse que elas tinham em ir para a parte
prática. Foram necessárias algumas repetições dos jogos para se chegar a uma
interação harmoniosa sem necessidade de constante intervenção. Quando havia
brigas, se parava para discutir de novo a regras e o professor intervia para a
aplicação das mesmas.
O resultado foi altamente satisfatório e a maioria dos educandos conseguiu
participar dos jogos com diminuição drástica dos conflitos.
Referências Bibliográficas
ASSIS,Orly Zucatto Mantovani de;ASSIS,Mucio Camargo
de.(organizadores).PROEPRE: Fundamentos teóricos de educação infantil
I,Campinas,SP:Graf.FE,2002.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.Brasil. Parâmetros
curriculares nacionais:apresentação dos temas transversais, ética/Secretaria de
Educação Fundamental- Brasília:MEC/SEF,1997.
123
Anexos
Jogo Carimbo
Espécie de queimada, não tem time, somente se delimita o espaço a ser
jogado. Quem está com a bola não pode correr e nem andar com ela, deve queimar
do lugar. A pessoa queimada deverá se sentar podendo sair em duas situações,
uma pegando alguém que estiver de pé, outra pegando a bola.
Caso a bola saia do campo marcado um jogador a buscará e a lançará para o
alto, não podendo queimar alguém.
Material: Bola pequena e leve para não machucar.
Leitura dinâmica
Os educandos escolhem um livro para ler. Todos começam a ler
normalmente. O professor lançará alguns comandos:
1. Andar devagar.
2. Andar rápido.
3. Andar devagar e ler em voz alta.
4. Andar rápido e ler em voz alta.
5. Andar devagar e ler em silêncio.
6. Andar rápido e ler em silêncio.
7. Sentar e ler em voz alta.
8. Sentar e ler em silêncio.
Pode ser feito em 3 rodadas, cada rodada pode durar de 1 a 2 minutos. Depois os
educandos contam o que leram. Podem ser alguns para contar e depois retoma-se a
rodada.
Material: Livros paradidáticos.
Queimada
1. Dividir um espaço em dois, formar dois times.
2. O objetivo é queimar todos os oponentes.
3. Mãos e rostos não podem ser queimados. Nas extremidades haverá guarda-
campos, estes serão selecionados quando os primeiros jogadores forem
queimados.
4. A bola será do guarda-campo quando sair do campo determinado.
124
Material: Bola leve para não machucar durante o jogo.
Mãe da rua
Tipo de pega-pega, no qual a pessoa atravessa o espaço (rua) destinado a quem for
“mãe da rua” para outro espaço (calçada) para não ser pega, ou ser “salva”.
1. Quem for pego ajudará a “mãe da rua” a pegar os outros.
2. Quando sobrarem poucos, os pegadores poderão contar até cinco segundos
e invadir o espaço (calçada) para finalizar a brincadeira.
Variação: Ter somente um pegador por vez.
Material: Nenhum.
Bola ao centro
1. Dividir a sala em dois times.
2. Cada participante recebe um número.
3. E o outro time também recebe os mesmos números.
4. Assim haverá o número 1 dos dois times e assim por diante.
5. Cada time ficará em linha em frente para o outro, num espaço de dez metros
aproximadamente.
6. Uma bola ficará no meio do espaço entre os times. O professor chama o
número, 1 por exemplo.
7. O jogador desse número corre até a bola para “queimar” o outro. Se errar o
outro pode atacar a bola.
8. Não vale atacar no rosto.
O objetivo é a participação do jogo. Sugiro não contar pontos.
Material: Bola leve.
Tempestade
Realizado em sala de aula.
1. Fazer um círculo de cadeiras.( Imaginar que todos estão no mar e as cadeiras
são botes salva-vidas.)
2. Quem estiver sem bote ficará no mar, que é o centro do círculo. Espécie de
dança da cadeira o professor dá o comando:
• “Ala direita” (todos se levantam e sentam na próxima cadeira à direita).
125
• “Ala esquerda” (Todos se levantam e sentam na próxima cadeira à esquerda).
• “Tempestade”. (Todos se levantam e corre para uma cadeira a frente a sua).
A cada “tempestade” se retira um bote (cadeira) e a pessoa fica no centro, na
próxima “tempestade” ela terá a oportunidade de ir para outro bote.
Material: Cadeiras.
126
Ensino Fundamental II
27 – “ASTRONOMIA – UMA PROPOSTA DE TRABALHO”
Profª Ana Laura Cruz Aquino
Profª Idelzuite Azevedo Alcântara Leme
EM “Dr. Getúlio Vargas”
Eixo temático: Terra e Universo
Modalidade:
Público alvo: 7º e 8º Anos
Resumo
A proposta de participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia foi
responsável pela elaboração de uma sequência de aulas teóricas e práticas com os
alunos do 7° e 8° anos, sendo que tal trabalho é re alizado desde o ano de 2010. A
partir desse momento, os alunos que realizam a prova receberam medalhas por se
destacarem em âmbito nacional. Neste ano tem-se a participação da disciplina de
Geografia, que vem corroborar a relevância do estudo acerca da astronomia.
Apresentação do tema
Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam que a Astronomia está
presente essencialmente na disciplina de Ciências, no entanto este conteúdo ou não
é contemplado ou é pouco estudado. A partir deste panorama e ciente da necessária
divulgação desses saberes é que a Sociedade Brasileira de Astronomia (SBA) com
o apoio do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
elaboram e passaram a estimular a participação das escolas na Olimpíada Brasileira
de Astronomia (OBA).
A prova muito mais que cobrar o que os alunos sabem, procura ensinar, pois
como já foi salientado está ciente das dificuldades que ocorrem no ensino da
Astronomia, além disso, na forma como é conduzido o trabalho se dá de forma
lúdica e cooperativa.
Problematização
É possível trabalhar os conteúdos de Astronomia a partir da proposta da
Olimpíada de Astronomia?
127
Este trabalho permitirá uma compreensão dos temas referentes à Astronomia
e que devem ser de domínio dos alunos?
Justificativa
A formação do aluno exige um conjunto de ações intencionais do professor,
bem planejadas e que estimulem sua participação, deste modo uma proposta de
ensino articulada a partir de um trabalho desenvolvido por instituições se destaquem
pela confiança reconhecida, e que vem atender lacunas no processo de formação
são de vital importância para uma busca da excelência no ensino.
Objetivos
Compreender a partir da observação e reflexão os conteúdos de Astronomia
Estabelecer hipóteses e checá-las usando modelos que permitam a aplicação
de conhecimentos prévios adquiridos através do ensino de Geografia,
Ciências e Matemática, focando na contextualização do cotidiano do aluno.
Referencial teórico
Os Parâmetros Curriculares Nacionais ao tratar do ensino de Astronomia tem
como orientação:
Identificação, mediante observação direta, de algumas constelações,
estrelas e planetas recorrentes no céu do hemisfério Sul durante o ano,
compreendendo que os corpos celestes vistos no céu estão a
diferentes distâncias da Terra; valorização do conhecimento
historicamente acumulado, considerando o papel de novas tecnologias
e o embate de idéias nos principais eventos da história da Astronomia
até os dias de hoje (BRASIL,1998)
Este tema também de acordo com os PCN é parte do Eixo Temático Terra e
Universo devendo ser trabalhado nas duas primeiras séries do Ciclo II do Ensino
Fundamental.
O ensino de Astronomia na educação formal é, de acordo com Langhi e Nardi,
trabalhado de modo reduzido ou até nulo embora sejam sugeridos por órgãos e
documentos oficiais. Os mesmos autores destacam também:
estabelecimentos específicos da área da astronomia que se
preocupam em popularizar, divulgar,ensinar, pesquisar, e estudar
128
este tema e o seu ensino: planetários, observatórios
astronômicos, institutos, museus de astronomia e ciências e
afins, clubes e associações locais de astronomia amadora, e as
sociedades científicas de âmbito nacional(Langhi e
Nardi,2009,p.4)
Alguns estudos apontam também para a existência de concepções
alternativas em Astronomia como a crença de que as estações do ano são causadas
devido às diferenças na distância entre a Terra e o Sol, concepção que é reforçada
por ilustrações dos Livros didáticos.
A revisão dessa e de outras concepções dos alunos não se esgota em uma
única série ou duas como está previsto nos PCN deste modo defende-se um ensino
ao longo das séries finais, articulado com estabelecimentos específicos da área de
Astronomia, e é neste contexto que se insere a OBA.
Este trabalho também pode ser desenvolvido com outras disciplinas do
currículo, no nosso caso foi feito com a disciplina de Geografia. O que permitiu aos
alunos compreenderem a interdisciplinaridade presente no tema, como também
identificar o meio natural como tipologia na compreensão sobre a expansão marítima
europeia em que a natureza determinava as ações humanas. Ao construir um
astrolábio, por exemplo, o aluno teve a oportunidade de construir uma visão mais
aprofundada sobre o período das Grandes Navegações e consequentemente da
interligação das ciências naturais com a Matemática.
Metodologia
Discussão e reflexão de conceitos a partir das questões das provas da OBA
Exibição de vídeos relacionados aos temas trabalhados: Origem do Universo
Execução de atividades práticas: atividades sugeridas pelos organizadores da
OBA
Orientar os alunos acerca da confecção de um astrolábio.
Descrição da avaliação
Participação dos alunos que levou em consideração os seguintes aspectos:
Quais questionamentos foram feitos?
Houve uma participação nas discussões?
129
Houve envolvimento na execução das atividades práticas?
O aluno conseguiu confrontar suas concepções com os dados e resultados
observados?
Resultados
Observou-se uma ampla participação dos alunos na execução das atividades
propostas, na discussão dos resultados e muitos aceitaram participar de forma
voluntária da Prova.
Considerações finais
O envolvimento dos alunos na execução e discussão durante as aulas, os
questionamentos que muitas vezes ultrapassavam o conteúdo proposto ao tratar, por
exemplo, do Sistema Sol -Terra - Lua os alunos mostraram interesse em aprender
como ocorre a marcação do tempo nos diferentes calendários quando a proposta
inicial era trabalhar apenas as fases da Lua e as estações do ano. Outro aspecto
interessante foi o envolvimento dos alunos na elaboração do astrolábio e ao
descobrirem a posição dos astros através de um instrumento milenar que norteou as
navegações por muito tempo.
Referências bibliográficas
Brasil, Secretaria de Educação Média e Tecnologia, Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (MEC/SEMTEC,
Brasília, 1999).
Brasil, Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (1996).
Langhi Rodolfo, Nardi Roberto Ensino da astronomia no Brasil:educação formal,
informal, não formal e divulgação científica in Revista Brasileira de Ensino de Física,
v. 31, n. 4, 4402 (2009) disponível em http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/314402.pdf
Acesso em 20/04/2013
130
Anexos
Site da OBA- Olimíada Brasileira de Astronomia- no site é possível fazer a inscrição
da escola e também conseguir as provas e gabaritos dos anos anteriores
http://www.oba.org.br/site/index.php
Site PontoCiencia – neste site temos os roteiros para os experimentos sugeridos na
OBA http://www.pontociencia.org.br/
131
Educação Infantil ao Ensino Médio
28 – “ENSINA-ME DE VÁRIAS MANEIRAS, POIS SOU CAPAZ DE APRENDER”
Equipe de Professoras das Salas de Recursos Multifuncionais, representadas pelas
professoras Débora Cardoso Rodrigues, Fernanda Aparecida Mendes da Silva
Pereira, Pauline Jardini e Maria Salime Rachid Prestes
Eixo temático: Educação Inclusiva
Modalidade:
Público alvo: Educação infantil ao Ensino Médio
Resumo
O trabalho foi desenvolvido pelas professoras da Sala de Recursos
Multifuncionais (SRM) dentro do Atendimento Educacional Especializado atendendo
as diferentes deficiências.
As atividades realizadas envolvem o desenvolvimento do raciocínio lógico, da
oralidade, da leitura e escrita e principalmente das habilidades necessária para real
inclusão do aluno na sala de aula e sua autonomia, da utilização de recursos e
adaptações específicos a cada deficiência ou necessidade.
As atividades perpassam a SRM alcançando a sala regular possibilitando ao
aluno o uso de instrumentos para aprimorar sua aprendizagem.
Apresentação do tema
Atendimento Educacional Especializado é o atendimento que visa suprir o
aluno em suas limitações pedagógicas devido a uma deficiência específica. O
trabalho lúdico é o ponto principal deste atendimento pois desenvolve as diversas
habilidades e da ao aluno a possibilidade de buscar o desenvolvimento diferentes
áreas.
Instrumentos diferentes ou de adaptações de recursos para realizar as
atividades, também são desenvolvidos na SRM para serem utilizados na sala
regular.
Problematização
Como trabalhar com os alunos com deficiências, respeitando seus limites e
132
seu direito a aprendizagem em sala regular?
Justificativa
O trabalho desenvolvido visa às necessidades específicas de cada aluno
dentro da sua deficiência.
Objetivos
Conhecer as diferentes possibilidades, estratégias e recursos de realizar uma
mesma atividade.
Ampliar a percepção de mundo e as habilidades pessoais.
Compreender a utilização dos conteúdos.
Utilizar as diferentes linguagens para expressar-se.
Perceber suas próprias potencialidades.
Referencial teórico
O Atendimento Educacional Especializado que acontece na Sala de Recursos
Multifuncionais é direito de todas as crianças que dele necessitar. É um parceiro da
sala regular tendo como meta a adaptação de materiais e atividades, assim como
um atendimento em grupos menores ou quando necessário individualizado, para que
se possa suprir a necessidade do aluno quanto à adequação de atividades,
utilização de várias linguagens, adaptação de materiais e recursos.
Na Sala de Recursos Multifuncionais o aluno entra em contato com as
habilidades que lhe são importantes para que possa acompanhar a sala regular.
Metodologia
O Atendimento Educacional Especializado utiliza-se de jogos, atividades que
envolvem o lúdico e o concreto para instrumentalizar o aluno para que possa
desenvolver-se na sala regular.
É através de atividades desenvolvidas para cada aluno especificamente,
levando em conta suas possibilidades e habilidades que o professor possibilita a
superação de algumas dificuldades e/ou a substituição e adaptação de materiais e
atividades.
133
Descrição da avaliação
A avaliação é feita através do portfólio do aluno e do caderno de registro com
relatórios de cada atendimento. Sempre que necessário o Plano de Atendimento é
revisado e reelaborado, a cada avanço ou a cada adaptação que surge necessária
no decorrer dos atendimentos.
Resultados
Segundo relatos das professoras das salas regulares os alunos têm
avançado. Há também o relato dos pais sobre o desenvolvimento dos alunos nas
atividades pedagógicas, nas atividades da vida diária, na socialização e
independência na realização das atividades. Na Sala de Recursos Multifuncionais
também se percebe o desenvolvimento das suas habilidades, autoestima,
socialização e da capacidade de superar-se e atingir os objetivos propostos.
Considerações finais
O Atendimento Educacional Especializado não possui um fim determinado,
ainda está em processo de implantação e realização. O cotidiano das Salas de
Recursos tem sido de busca e superações, assim como de aprendizado.
Referências bibliográficas
A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Brasília : Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza] : Universidade Federal do
Ceará, 2010. V de 1 a 8
Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação. Secretaria da Educação
Fundamental- 3.ed. Brasília: A Secretaria, 2001
134
Síntese das Palestras:
1. “As Inquietações sobre o Ensino de Libras par a Futuros Professores”
Professora Teresa Cristina Leança Soares Alves - UF SCAR
Possui graduação em PEDAGOGIA pela Universidade de Sorocaba (1994),
graduação em Habilitação Deficientes da Audiocomunicação pelo Centro
Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (1996), graduação em Habilitação em
Supervisão Escolar pela Universidade de Sorocaba (1998) e mestrado em Educação
pela Universidade de Sorocaba (2005). Atualmente é peb II - educação especial - EE
Monsenhor João Soares na Sala de Recursos para Deficientes Auditivos e Surdos e
professora universitária pela UNISO no componente Língua Brasileira de Sinais e
professora substituta pela Universidade Federal de São Carlos - Câmpus Sorocaba -
Aprovação no Processo Seletivo Simplificado - 052/12 - Sorocaba - Departamento
de Ciências Humanas e Educação - Professor Substituto - Área: Ciências Humanas
e Educação - Sub-área: LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais.Tem experiência na
área de Educação, com ênfase em Educação Especial para Deficientes Auditivos e
Surdos.. Exame de Proficiência em Libras - PROLIBRAS/ 2007. Graduação do curso
Letras-LIBRAS ( Licenciatura) pela Universidade Federal Santa Catarina (2012),
Pólo UNICAMP em Educação à Distância.Voluntária da Associação dos Surdos de
Sorocaba. Síntese
Muitas questões e dúvidas têm surgido com relação à obrigatoriedade do
ensino da Libras nas universidades, devemos abordar os motivos pelos quais essa
disciplina foi imposta aos cursos de licenciatura e à formação de professores.
Será que o gestores e professores conhecem a graduação Letras-Libras?
Constantemente vem sendo discutida a inclusão escolar dos alunos surdos ,
bem como a melhor maneira de realiza-la de forma que o indivíduo tenha seus
direitos assegurados. Afinal, quem é o meu aluno surdo dentro da sala de aula?
135
2. “Brincar, pensar e musicalizar: o ensino de música para além da canção.”
Educação Infantil/ Ens. Fundamental 1
Profa. Érica Maldonado Julião - UNIESP
Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da USP, é Mestre em
Produção, Teoria e Crítica em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (2006).
Possui Graduações em Educação Artística: Licenciatura Plena com habilitação de
musica, pela Faculdade Paulista de Arte (2003) e em Pedagogia, pela Universidade
de Sorocaba (1999). Pós-Graduação em Recursos Humanos e Desenvolvimento
gerencial, também pela UNISO. Atualmente é Coordenadora Pedagógica e
Professora do Curso de Pedagogia da Faculdade de Sorocaba ( UNIESP) ,
Professora de Musicalização do Colégio SER .Membro do NIEPHE ( USP) e do
GPHES da UNIESP Faculdade de Sorocaba. Tem experiência na área de
Educação, com ênfase em Educação musical, atuando principalmente nos seguintes
temas: música, história da música, artes, educação, semiótica.
SÍNTESE:
A palestra visa apontar caminhos para o professor de sala de aula ( o pedagogo)
atuar com a música para além do cantar. Refletindo a partir dos poemas de Vinícius
de Moraes “ A Arca de Noé” e dos discos “ A Arca de Noé 1 e 2”, traz a discussão
sobre como o educador pode levar o aluno a pensar em questões que vão além da
mera repetição musical, ou do uso da música enquanto pano de fundo para outras
disciplinas ou intervalos de aulas. Com a inserção da música como disciplina
obrigatória, mas sem o músico dentro da escola, o professor polivalente vê-se diante
de problemas cotidianos, como utilizar a canção, como oferecer algo que possa
tornar-se significativo para a criança de Educação Infantil ao 3º ano do ensino
fundamental.
A partir das canções de Vinícius de Moraes, a professora aborda o imaginário
infantil, a ludicidade e a relação da música com a criança e seu desenvolvimento.
Esta pesquisa, que tornou-se palestra, foi baseada na semiótica abordada por Luiz
Tatit e defendida como a primeira dissertação de mestrado sobre o tema.
A metodologia da palestra prevê slides com as letras das canções, assim como a
exploração sonora das mesmas ( CDs de Vinícius de Moraes) e a apresentação de
136
uma proposta de Projeto para ser trabalhada da Educação Infantil ao 3º ano do
Ensino Fundamental, em suas diferentes faixas etárias, com ideias para
aplicabilidade pelo professor polivalente e não pelo músico.
137
3. “Cirandas no Cuidado com o Educador-Cuidador”
Profª Dulcineia de Fátima Ferreira Pereira e Profª Adriana Rosmaninho Caldeira
de Oliveira - UFSCAR
Síntese
Temos vivido um período de grandes turbulências. A competitividade do
mercado, a violência, o medo do desconhecido afastam as pessoas, silenciam as
palavras, estancam os movimentos. A falta de cuidado, de zelo pelas coisas simples
da vida, tem gerado um sentimento de impotência. Nunca foi tão contrastante a
distância entre a evolução tecnológica e as condições concretas para a melhoria da
vida, principalmente nas escolas.
Hoje, na educação, nos deparamos com desafios antes inexistentes. A
desvalorização do humano, como consequência da política neoliberal, alcançou
espaços jamais imaginados e tem causado muita dor e sofrimento na vida das
pessoas que cotidianamente convivem nos espaços escolares.
Não tem sido fácil viver neste mundo marcado por tamanhas discrepâncias.
Nós educadores somos afetados pela forma como a sociedade se organiza e
acabamos com a sensação de que vivemos numa corda bamba, é preciso ter jogo
de cintura para nos equilibrarmos neste contexto social de desvalorização do
humano. Neste cenário o papel do educador ganha uma nova dimensão: a
dimensão do cuidado. Entendemos que a educação é um espaço de encontros
humanos e que estes encontros carregam uma potência criadora e reinventora do
modo como temos vivido na escola.
Por trás dos muros das escolas muitas pessoas estão adoecendo por
conviverem com tanto descaso e descuido. Mas... se a educação é uma
possibilidade de cuidado, de encontros humanos, porque nos prendemos aos
desencontros, conflitos, disputas de poder... Porque os profissionais da educação
estão sendo acometidos pela síndrome de burnout? O que será que está doendo?
Estas perguntas começaram a nos rodear... e no decorre de alguns anos de
vivências, observações, estudos, algumas pistas foram aparecendo... Os
educadores - cuidadores, durante anos, dedicam tempo de suas vidas cuidando dos
outros, com o passar do tempo sentem na “carne” marcas do descaso das políticas
públicas.
138
Inconformadas com este contexto de sofrimento e sabendo que curamos nossas
dores cuidando da dor do outro, desenvolvemos um trabalho que coloca em pauta a
necessidade do cuidar do cuidador na educação. A partir do princípio do cuidado
temos trabalhado com educadores. Organizamos um projeto de extensão: A gestão
escolar a partir do princípio do cuidado, e muitos aceitaram o convite.
Desejávamos que gestores–educadores - cuidadores, se reconhecessem
como humanos que necessitam de cuidado e que se permitissem serem cuidados,
vivenciando a experiência “do cuidar de si”.
Movidos pelas danças circulares, vivências dialógicas, escuta sensível,
durante cinco encontros intensos cuidando do cuidador pudemos nos deparar com
surpresas...
E agora desejamos compartilhar neste Encontro – Congresso nossas experiências.
139
4. "Como Educar o Profissional do Futuro"
Prof. Ms. José Maurício Dell’Osso Cordeiro - UNIP
Graduado em Administração; Pós-graduado pela FGV e pela USP; MBA pela USP;
Mestre em Educação pela UNISO; Aposentado do Banco do Brasil; Professor
universitário da UNIP e de cursos de Pós-Graduação no SENAC e na FACENS;
Professor Orientador da JUNIP – Empresa Junior de Consultoria da UNIP; Juiz do
PSGP - Prêmio Sorocaba de Gestão Pública;
SÍNTESE:
Quais serão as profissões do futuro? Algumas possibilidades: Cuidadores
de Idosos, Agrônomo Vertical, Engenheiros de Órgãos Humanos, Engenheiro de
Clima Controlado em Locais Fechados, Pilotos de Naves Interplanetárias,
Nanomédicos, Inspetores Forenses Digitais de Cibercrimes, Gestores de Resíduo,
etc..
A Carta da Cidade Educadora traz em seu princípio 15: A cidade deverá
oferecer aos seus habitantes a possibilidade de ocuparem um lugar na sociedade,
(...) No domínio específico das relações escola-trabalho, é preciso assinalar a
relação estreita que se deverá estabelecer entre o planejamento educativo e as
necessidades do mercado de trabalho . Para este efeito, as cidades deverão
definir estratégias de formação que tenham em conta a procura social (...)”
Esta palestra pretende fazer uma reflexão sobre como acreditamos possa ser
a demanda por profissionais no futuro, bem como percebermos a sinergia que já se
observa entre as diversas áreas de conhecimento. Um bom exemplo dessa sinergia
entre áreas é o desenvolvimento de órgãos artificiais, que exigem conhecimentos
das áreas de engenharia e biologia, entre outras. Sabemos que o mercado hoje já
procura por profissionais que tenham competências especiais de flexibilidade,
facilidade de adaptação, conhecimento de outras línguas, empreendedorismo, e
isso só já é muito difícil de desenvolver nos jovens de hoje. Mais do que isso, todos
procuram hoje um “significado” para o trabalho; como criar esses significados? Uma
coisa já sabemos: o mais importante será “nunca” parar de estudar...
Vamos refletir sobre: Como podemos preparar nossos alunos para essa
fusão entre as diversas áreas do conhecimento human o (como ciência,
tecnologia, sociologia, filosofia e arte)?... Quais competências e Como
140
desenvolver essas competências para os jovens das g erações “X”, “Y”, “Z” e
“Milenium” ?. E os professores? Como capacitar os atuais professo res para
esse novo desafio?
141
5. “Comunicação Matemática e Educação para a Cidadania : fundamentos
para uma prática educativa escolar voltada para o d esenvolvimento de
habilidades cotidianas.”
Profª Drª Bárbara C. M. Sicardi Nakayama – Departam ento de Ciências
Humanas e Educação – DCHE UFSCar Sorocaba.
Graduação em Pedagogia e Mestrado em Educação na área de Metodologia de
Ensino e Formação de Professores pela UFSCar.
Doutorado em Educação na área de Educação Matemática pela UNICAMP.
Experiência na área da Educação Superior, em cursos de graduação e
especialização Lato-Sensu presenciais e a distância com ênfase em Didática,
Metodologia e Prática de Ensino e Educação Matemática.
Atualmente é professora na UFSCar – Campus Sorocaba, atuando nos cursos de
Licenciatura e Mestrado em Educação. Conduz disciplinas e pesquisas ligadas a
temática da formação de professores, metodologias e práticas educativas. Lidera os
trabalhos do grupo de pesquisa “Narrativas, formação e trabalho docente” e realiza
ações extensionistas de formação inicial e continuada com professores que ensinam
matemática na Educação Básica.
SÍNTESE:
A palestra propõe uma reflexão sobre a abordagem de Resolução de
Problemas e sua relação coma a capacidade de comunicar-se matematicamente
como forma de exercício da cidadania. Ênfase na importância da produção dos
diferentes tipos de registro nas aulas de matemática e sua relação com o
desenvolvimento de capacidades metacognitivas. Análise de atividades que
incentivem a exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas, não
apenas numéricas, mas também aquelas relativas à geometria, às medidas e às
noções de estatística de forma que as crianças desenvolvam e conservem com
prazer uma curiosidade acerca da matemática, adquirindo diferentes formas de
perceber e comunicar-se com a realidade.
142
6. “DO IMPRESSO AO DIGITAL, DO VERBAL AO VISUAL”
Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes - UNISO
Programa de Pós-Graduação em Educação
Linha de Pesquisa: educação, linguagem e tecnologia
Universidade de Sorocaba
SÍNTESE:
A palestra discutirá, por meio de reflexões teóricas e de exemplos práticos,
extraídos de experiências em sala de aula, os contextos de produção, circulação e
recepção de gêneros textuais e discursivos, impressos e digitais, verbais e verbo-
visuais - inclusive os menos valorizados ou considerados de menor prestígio -
globais e locais, que recobrem contextos sociais diversos: família, igreja, trabalho,
mídia, lazer, escola, etc. Parte-se do referencial teórico dos multiletramentos, ou
seja, de práticas de uso das linguagens verbal, visual, espacial, gestual e sonora em
contextos de pluralidade e de diversidade cultural constitutiva dos sujeitos A
pedagogia dos multiletramentos propõe práticas situadas, que façam parte dos
interesses, repertórios e modos de vida dos alunos, dentro de um enquadre crítico,
por meio de práticas transformadoras, que possibilitem usos da escrita de maneira
ética, crítica e democrática. (Rojo, 2009; GNL 2006). Espera-se abrir um amplo
espaço para discussão e para trocas de experiências e de visões dos presentes no
evento, sobre as relações da escrita na sociedade, particularmente, no contexto
escolar.
Palavras-chave: multiletramentos; gêneros textuais, gêneros discursivos, educação.
Referências:
COPE, B.; KALANTZIS, M. (orgs.) Multiliteracies – Literacy Learning and the
Design of Social Futures. New York: Routledge, 2006.
143
7. “Educação Escolar Pública, entre o velho e o nov o: aprendizagem para
todos, avaliação em processo, gestão para resultado s, ensino integral,
inclusão, família.”
Educação Infantil/ Ens. Fundamental I
Prof. Marco Aurelio Bugni - UNIESP
Doutorando em Educação pela Universidade de Sorocaba, é Mestre em
Educação pela Universidade de Sorocaba (2007). Possui formação em Pedagogia
Waldorf, Especialização em Gestão Pública pela USP (2010), Graduação em
Educação Física. Atualmente é Dirigente Regional de Ensino – Secretaria Estadual
de Educação – Diretoria de Sorocaba e Professor Efetivo do Curso de Pedagogia da
Faculdade de Sorocaba (UNIESP), nas disciplinas de Avaliação e Gestão
Educacional em Ambientes não Escolares. Tem experiência na área de Educação,
com ênfase em Gestão Escolar, atuando nos seguintes temas: aluno, escola,
avaliação e gestão escolar.
SÍNTESE:
Baseado no conceito de sensibilidade histórica, discutido por Paulo Freire, a
palestra caminha pelos desafios colocados aos educadores no convívio diário com
os alunos. A passagem de uma educação, que tinha como premissa básica a
seleção dos alunos mais aptos e cunhou seus métodos (avaliativos principalmente)
para cumprir esse objetivo, para uma educação que atenda toda a população nas
condições de trabalho postas atualmente é o grande desafio a ser superado.
Discutindo as relações dos professores com os alunos, amparado pelas
características do nosso tempo histórico pessoal, familiar, religioso e ético, o objetivo
é a ampliação da perspectiva de atuação do professor na busca pela pedagogia da
tolerância, entendida como uma virtude da convivência humana.
A metodologia envolve a participação ativa dos envolvidos, no que Paulo Freire
denominava como “círculo da cultura”, procurando desenvolver a discussão sobre as
metodologias de aprendizagem como horizonte de uma escola que atenda a todos,
inclusive os professores.
144
8. “Ensinando com o Computador: Como Utilizar a Tec nologia para
Sensibilizar o Aluno sobre a Importância da sua Dis ciplina”
João Carlos Teixeira dos Santos - FATEC
Bacharel em Matemática pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e
especialista em Tecnologia da Educação e acumula alguns anos de experiência no
ensino superior. É autor de diversos livros didáticos pela Editora Página 10
(www.pagina10.com.br). Ao longo dos anos, tem desenvolvido diversas ferramentas
em Tecnologia da Educação.
Motivação
A maioria de nós, professores, nos deparamos com o enorme problema da
falta de interesse do aluno em aprender com o método tradicional de aulas
expositivas. Estas aulas utilizam apenas os recursos com os quais nos apaixonamos
pelo ofício há 10, 20, 30 ou mais anos. Gostaríamos muito de despertar em nossos
alunos aquele entusiasmo que nos tomava quando algum conhecimento novo nos
era passado por algum de nossos professores preferidos. Porém, hoje o computador
e, sobretudo, a Web, alterou significativamente a relação professor-aluno. O primeiro
não é visto mais como a única fonte do saber, já que o Google poderá indicar o
caminho para se adquirir informação sobre praticamente tudo. E agora? Como
faremos para ensinar de modo efetivo o conteúdo das nossas disciplinas? Como
ministrar aulas com a atenção dos nossos alunos, com o envolvimento emocional e
despertar o interesse em aprender independentemente de provas, cobranças e
outros tipos de recursos baseados no medo?
A palestra
A palestra tem como objetivo demonstrar algumas formas de se usar o
computador e a Web na prática de ensino presencial e se baseia na experiência de
trabalho com os alunos no laboratório de informática. Exemplos:
a) utilização do Excel para criar planilhas de exercícios para disciplinas quantitativas
e qualitativas.
b) criação de quizzes com perguntas interativas para fixação de conceitos;
c) links para sites em que o aluno poderá aprofundar seus estudos;
d) vídeos selecionados no Youtube para a compreensão de conceitos;
e) utilização de softwares educacionais diversos;
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f) apresentar o site www.equestions.com.br de sua autoria: um espaço que tem a
opção de centralizar as ferramentas educacionais apresentadas, bem como oferecer
aos alunos informações sobre frequências, notas, objetivos, bibliografia e
comunicação envolvendo os alunos e o professor;
g) finalmente, propor um treinamento aos interessados com o objetivo de aprofundar
os temas expostos na palestra, capacitando-os para utilizar na prática.
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9. “ESCOLA NO BRASIL: ENTRE INICIATIVAS GOVERNAMENT AIS E
ENCAMINHAMENTOS PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA”
Prof. Paulo Gomes Lima - UFSCAR
Síntese
A ideia de política educacional no Brasil e gestão da educação
sob o enfoque democrático têm impactado significativamente os saberes
e fazeres da escola como um todo, mas em especial a de Educação
Básica, que na primeira década do século XXI foi objeto de arranjos
quanto à sua estrutura e funcionamento, incluídas ai as modificação
quanto à ampliação de escolaridade, avaliação da qualidade do ensino
ofertado, dentre outros. Entendendo a educação como objeto processual
que demanda forte e consciente desdobramento político, o presente
trabalho problematiza os contrapontos dessas modificações que não
devem simplesmente ser contempladas na pauta do dia sem o devido olhar
crítico que solicita maior articulação com a gestão das redes
educacionais (quando for o caso), gestão da escola e gestão da sala de
aula.
Palavras-chave: política e gestão da educação, escola no Brasil,
gestão democrática.
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10. “Projeto Social, Redes Sociais: um espaço para o desenvolvimento da
comunicação e expressão”
1º, 2º e 3° ano – Ensino Médio
Profª Ms Patrícia Glaucia Moreno - UNIESP
Possui graduação em Letras pela Fundação Dom Aguirre (1993), graduação em
Administração pela Uniso (1998), MBA em Gestão Empresarial de Negócios pela
Fundação Getúlio Vargas (2000), pós-graduada em Gestão Escolar pela
IEC/Universidade Nova Guaçu (2008) e. Mestra em Gestão de Pessoas pela
Universidade Metodista de São Paulo (2011), cuja linha de pesquisa é a formação
de Redes Sociais. Atualmente é coordenadora e docente do curso de
administração da Faculdade Integração Tietê, docente do curso de Administração
da Faculdade de Ciências Contábeis de Itapetininga, docente do curso de
Pedagogia da UNIESP Sorocaba e professora de língua portuguesa pelo Estado de
São Paulo (2006). Tem experiência em mediação escolar, educação e sistema
financeiro.
Lócus da pesquisa: ONGs: Espaço Amigo (Laranjal Paulista), Pastoral da
Sobriedade (Cerquilho) e Corelpa (Laranjal Paulista)
SÍNTESE:
O Projeto Redes Sociais: um espaço para a práxis cidadã foi um trabalho realizado
com os discentes do quarto semestre do curso de Administração de uma Faculdade
do Interior do Estado de São Paulo (período noturno) no decorrer do segundo
semestre de 2010. A Rede Social é um lugar privilegiado para o diálogo com a
sociedade, como forma dos futuros profissionais desenvolverem o comprometimento
com a sociedade. A questão central a que este trabalho remete é apresentar Redes
Sociais como uma metodologia qualitativa de ensino que pode ser utilizada em
grupos de alunos para o desenvolvimento da comunicação e expressão, por meio da
inserção numa práxis cidadã. Por meio da análise das redes sociais é possível
estudar o posicionamento estrutural e a intensidade do relacionamento entre os
atores, e verificar como ocorre o desenvolvimento de competências e habilidades.
Pode-se perceber que relações densas e coesas nas redes estudadas têm maiores
possibilidades de promover a difusão de conhecimentos entre os atores. As
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conclusões da pesquisa revelam que a inserção de alunos em práticas cidadãs pode
promover o desenvolvimento de competências e habilidades exigidas de um
profissional de Administração.
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11. “Repensando o Cotidiano Escola com Michel de Ce rteau”
Prof. Ivanilson Bezerra da Silva - UNIESP
Síntese
O cotidiano escolar é formado por uma dinâmica muito ampla. As tensões
presentes no dia a dia do professor pode levá-lo a uma profunda desmotivação em
relação a sua prática docente. Utilizando o conceito de tática de Certeau, sugiro
ressignificar a prática docente como uma estratégia de superação das ideologias que
condicionan e ritualizam o cotidiano escolar de tal forma, que a criatividade e o
pensamento crítico deixam de ser pensado como parte do processo de ensino-
aprendizagem. Pretendo pensar o professor como alguém capaz de recriar não
somente sua prática docente, mas também o cotidiano escolar. Neste sentido,
distanciamos das teorias reprodutivistas que afirmam que a escola apenas reproduz
as desigualdades sociais, econômicas e políticas. Ela pode ser um espaço em que os
professores dominem a arte de construir conhecimento criativo e reflexivo.
O professor é um intelectual capaz de inventar seu cotidiano. A arte de
reinventar o cotidiano está na tática, habilidade pela qual o professor reorganiza sua
prática, repensa seus saberes e recria o conhecimento.